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Balistica( Eduardo Padua)

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E-BOOK
BALÍSTICABALÍSTICA
FORENSEFORENSE
 
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Impressão do Ebook
Literatura recomendada
Ciência integrante da física que estuda o movimento
de projéteis através do movimento destes.
Projéteis são objetos sólidos, sem propulsão própria
que se deslocam em um espaço. Para mover-se é
necessário o uso de uma ferramenta propulsora que
pode ser mecânica (arma) ou manual (força humana).
(https://pt.quora.com/Por-quanto-tempo-uma-bala-voa-antes-de-cair-no-
ch%C3%A3o-se-n%C3%A3o-tiver-obst%C3%A1culos)
Conceito
Para Vicente J. M. DiMaio “balística é a ciência do
movimento dos projéteis”.
Balística vem do grego ballein, que é o ato de lançar
um projétil
(https://br.depositphotos.com/vector-
images/rastro-da-
bala.html)
Conforme João da Cunha Neto explica: balística vem
do termo em língua inglesa bullet que por ventura,
vem do francês boulette. Uma bola pequena, como
eram os primeiros projéteis ogivais de armas de
antecarga que veremos mais à frente.
Em relação a bala, devemos nos atentar em usar
nomenclaturas como munição ou cartucho e deixar o
significado de bala apenas para o doce que se chupa.
Conceito
(https://www.feijaoveneza.com.br/bala-de-goma-1kg-pacote)
A balística como ciência estuda a arma, munição,
trajeto e trajetória e seus efeitos no alvo (podendo
ser este alvo de qualquer material).
Podemos dividir os ramos que serão estudados
mais a fundo em: balística interna, balística
intermediária, balística externa, balística terminal
ou balística de efeitos, balística forense e balística
do caos.
(https://www.uppericias.com.br/servicos-periciais/balistica/)
Balística forense como o próprio nome já diz, é a área
da criminalística responsável pela análise pericial das
armas de fogo, seus componentes, munições e
projéteis no âmbito da justiça e da investigação
criminal.
Normalmente realizada por peritos criminais das
polícias civil, técnico-científicas, federal ou de órgãos
que exerçam a mesma função, porém, peritos civis
podem ser indicados ou contratados para atuação em
casos mais complexos.
Balística interna visa o estudo das armas e munições
antes do disparo própriamente ditos.
Pode analisar a munição, estrutura da arma,
raiamento do cano, propelente utilizado, sistema de
percussão, etc.
(https://cacbrasil.org.br/planos-de-associacao/)
(http://12aapcienciasforenses.blogspot.com/2010/05/o-que-e-balistica.html
Balística intermediária, para alguns autores, a
balística intermediária já está presente na balística
externa. Outros entendem que não, ela é um ramo
independente que estuda os efeitos sofridos após o
projétil sair da arma, mas ainda sob efeito dos gases
da combustão.
(https://correiodoscampos.com.br/carambei/2019/03/04/disparo-de-
arma-de-fogo-em-interior-de-bar-fere-uma-pessoa)
Balística externa, estuda a atuação das forças
físicas sobre o projétil do momento que este
abandona seu cano até o momento em que acerta
o alvo, ou cai ao solo através da gravidade,
analisando sua rotação, precessão, nutação,
alcance, força na boca do cano e a determinadas
distâncias, velocidade e etc.
(https://www.youtube.com/watch?v=fcHvfIuPPlk)
Balística terminal ou de efeitos estuda os
fenômenos causados pelo projétil no alvo desde
o impacto até sua parada total, alvo este que
pode ser humano, animal ou material.
Como o projétil atua atingindo esse alvo direta
ou indiretamente (ricochete ou através de
barricada)
(https://www.clubedetiroitajai.com.br/blog/5-dicas-
para-acertar-o-alvo-no-tiro-esportivo/)
Em balística terminal observa-se muito
conceitos de medicina legal como orifício de
entrada, orifício de saída, trajeto, orla de enxugo,
zona de tatuagem, câmara de mina de Hoffman e
etc.
Em um tiro direto, sem contato do projétil com
outros meios que podem freiar ou mudar sua
trajetória, normalmente o perito encontrará um
orfício menor e bem delimitado na entrada e um
maior e estrelado na saída.
Ainda dentro da balística terminal outro ponto a
ser abordado é a cavitação, que pode ser
temporária ou permanente.
Conforme aborda o Manual de Armamento e Tiro
da Polícia Civil do Estado de São Paulo, na
cavitação temporária temos sua formação pela
onda de choque gerada pelo projétil em contato
com o corpo em alta velocidade. Esta onda dilata e
destrói tecidos, além de gerar forte pressão em
órgão internos o que pode levar ao seu
rompimento.
Ainda segundo o Manual a cavitação
permanente: “Consiste no trajeto principal por
onde o projétil adentra ao corpo até sua parada
ou transfixação. Os tipos de projéteis interferem
diretamente sobre esta cavidade. Alguns tipos de
projéteis podem vir a separar o núcleo da capa e
com a fragmentação gera outras cavidades”. 
Balística do caos, como o próprio nome já traz,
não é algo definido facilmente.
É o ramo que trata como o ser humano agirá ao
ser atingido por um projétil de arma de fogo.
É algo hipotético, mas duas pessoas de mesma
massa corpórea e estatura reagirão de maneiras
diferentes ao receberem o projétil no mesmo
ponto e a mesma velocidade.
Todos os fatores externos e internos influenciam
neste momento, como o tipo de projétil, carga de
propelente, o tamanho do cano da arma, ângulo
de entrada, distância do alvo, quantidade de
tecido adiposo, tipo de roupa, presença de
anteparo, impacto em osso, saúde da pessoa no
momento, nível de adrenalina, efeito de
substâncias de abuso, etc.
São esses e inúmeros outros fatores que
constituem a balística do caos e que nos leva a
entender porque cada indivíduo reage de um
jeito ao receber em seu corpo um projétil
disparado.
Evolução histórica
O ser humano desde a pré-história faz o uso de
armas para ataque e defesa.
Naturalmente desprovido de grande força
muscular, sem exoesqueleto ou uma pele dura
para proteção e sem garras ou dentes afiados.
Restou-lhe o uso da inteligência para garantir sua
sobrevivência.
(https://www.estudokids.com.br/idade-da-pedra-periodos-e-seu-fim/)
A criação das primeiras ferramentas e armas de
pedra lascada como machados, lanças e pontas
de flecha foram um diferencial para a
sobrevivência do homem primitivo. Sendo o
primeiro passo nas armas de arremesso e por
consequência na utilização de projéteis
(https://agencia.fapesp.br/pontas-de-pedra-lascada-
levantam-questoes-sobre-a-pre-historia-
brasileira/22526/)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_da_Pedra)
Com a evolução das ferramentas e refinamento
das armas, novas possibilidades surgiram para o
homem pré-histórico.
Podendo caçar e se alimentar melhor, bem como,
proteger seu grupo de predadores e invasores o
desenvolvimento humano começou a andar em
passos largos.
(https://vladfacas.wordpress.com/2016/03/17/a-historia-da-
cutelaria/)
Evoluindo ainda mais a tecnologia e fabricação de
ferramentas, descobriu-se as ligas metálicas que
possibilitaram ao homem um maior poderefetivo
de ataque e defesa, porém, ainda com a
dificuldade da proximidade do inimigo, já que
eram armas para uso a curta distância.
(https://www.nationalgeographic.pt/historia/idade-do-bronze-a-alvorada-
um-mundo-novo_1740)
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/02/armas-da-idade-
do-bronze-sao-encontradas-na-escocia.html)
Com o intuito de manter uma distância segura e
poder utilizar para caça e defesa, surgiu a funda.
Uma das primeiras armas a utilizar projéteis que
poderiam ser pedras ou qualquer outro material
rigido a ser lançado a distância.
A funda representa aquilo que foi o início da
balística utilizando projéteis com auxílio de uma
ferramenta e das forças estudadas pela física.
(http://confrariando.com/davi-golias-e-o-vendedor-
de-fundas/)
(http://makaracaju.blogspot.com/2015/08/funda-
simplicidade-e-eficiencia.html)
O Dicionário Online de Português traz a seguinte
definição: “Arma de arremesso formada por uma
peça central presa a duas tiras de
couro. Provavelmente a primeira arma a ser
concebida para lançar uma pedra com mais força
do que um homem poderia ter só com o braço e a
mão”.
(https://blogtiale.blogspot.com/2011/02/funda-de-davi-modelo-e-
moldes.html)
(https://www.dicio.com.br/funda/)
Não só da força do homem poderia ser vencida
uma guerra.
Com o avanço da tecnologia das armas e
armaduras, novos instrumentos de guerra
deveriam ser criados.
Um divisor de águas nesse quesito veio através
dos chineses com a invenção da pólvora. Uma
mistura de 75% de nitrato de potássio, 13% de
carvão e 12% de enxofre.
Utlizada em seu princípio apenas para fogos de
artifício, logo viu-se um um campo para uso desta
invenção em batalhas.
Apesar da escassez de fontes, acredita-se que
entre os séculos IX e XI os chineses começaram a
introduzir a pólvora dentro de tubos de bambu,
criando assim uma espécie de lança chamas,
denomidada de lança de fogo.
Mais tarde começaram a atirar junto pedras e
outros objetos para formação de estilhaços e
assim, surgir um protótipo de arma de fogo.
(http://analisescristocentricas.blogspot.com/2014/05
/a-invencao-da-polvora-deram-origem-as.html)
Posteriormente o bambu que era frágil e rompia
após o disparo foi gradativamente substituido
por metal.
Surgiram aí os primeiros canhões de mão.
Esta arma tinha mais efeito psicológico do que
efetivo em campo de batalha, mas com seu
aperfeiçoamento foi possível chegar as armas
que conhecemos hoje.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o_de_
m%C3%A3o)
Com a entrada da pólvora na Europa, surgem os
primeiros canhões fixos. Armas rústicas e
imprecisas que disparavam esferas de chumbo ou
pedras. Porém, ainda sim, eficazes em batalhas e
ataques a fortalezas.
No século XIV já havia várias menções destas
armas em manuscritos da época, evidenciando
sua disseminação.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o#/med
ia/Ficheiro:Malbork_-_Bombarda.JPG)
Eficazes e grandes, os canhões conforme foram
modernizando, ganharam seu espaço dentro da
guerra e das linhas de defesa, mas uma coisa que
havia se perdido e que necessitava voltar era a
possibilidade de um único soldado manipular a
arma de fogo em campo levando ela até onde
fosse necessário, sem precisar de um grande
contingente para isso ou cavalos para puxarem
essa arma.
Daí surgiu a necessidade de armas portáteis.
Armas de mecha ou matchlock.
Ainda rudimentares, surgiram no século XV e
dipunham de um estopim que deveria ser aceso
pelo atirador que quando pressionava a alavanca
ou o gatilho a ponta acesa do estopim aproximava
da carga de pólvora que efetuava o disparo com a
queima do propelente.
Não muito eficazes em dias chuvosos ou a noite
entregando a posição para o inimigo, esse tipo de
arma foi utilizada até os anos de 1700.
(https://br.pinterest.com/pin/609604499558685863/)
(https://es.wikipedia.org/wiki/Llave_de_mecha)
Armas de roda ou wheellock.
Em substituição das armas de mecha, as armas de
roda tinham sua ignição por atrito e não por fogo
direto.
Era usada uma chave para dar corda ao
mecanismo que quando pressionava o gatilho, a
roda era liberada e molas eram colocadas em um
movimento giratório, causando atrito através de
uma pedra chamada pirita de ferro.
As armas de roda foram utilizadas
simultâneamente as de mecha, porém as
wheellock tinham um auto custo em relação a sua
opositora.
Armas wheellock possibilitaram a criação de
pistolas, possíveis de serem carregadas em
coldres, além de estarem a pronto emprego, não
necessitando ser “armada” ao avistar o inimigo.
(Pistola wheellock de 2 canos do imperador
Charles V, possibilitava o disparo individual de
um cano por vez.)
(http://firearmsbrasil.com.br/historia-das-
armas/historia-armas-fogo-matchlock-wheellock/)
Armas de pederneira ou flintlock.
Mais simples, barato e confiável. Este sistema veio
para substituir o sistema de roda e o de mecha.
De cordo com Cunha Neto, as armas de
pederneira eram denomindadas mosquetes,
enquanto as de alma raiada posteriormente foram
denominadas rifles.
Mosquetes foram mais bem utilizados por serem
mais rápidos de serem recarregados, enquanto os
rifles levavam mais tempo para um
remuniciamento visto que o chumbo e pólvora
deixavam as raias cheias de detritos e sujeira,
sendo uma arma destinada a atiradores de elite.
Como pederneira, era utilizada uma pedra de sílex
que era colocada no cão. Ao ser armado e
disparado, o atrito da pedra de sílex com o aço da
peça frizzen causava uma verdadeira chuva de
faíscas em volta do cão.
(http://firearmsbrasil.com.br/historia-das-
armas/historia-das-armas-fogo-armas-pederneira/)
Eram utilizados cartuchos de papel já com o
projétil, propelente e mistura iniciadora. Em
armas de alma lisa, era utilizado como bucha.
Isso aumentou bem o tempo de recarga para o
atirador com arma longa ou curta.
(https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-
metalico/)
Armas de percussão ou percussionlock system.
Sistema revolucionário, sua inovação estava na
espoleta ou percussion cap, que era um pequeno
recipiente de cobre ou latão com fulminato de
mercúrio que gerava faíscas quando atingido no
recipiente conhecido como ouvido.
(https://www.youtube.com/watch?v=jnwLpz0AQBs)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Percuss%C3%A3o_%
28arma_de_fogo%29)
Assim, passamos de um sistema arcaico de
alimentação por antecarga, ou seja, alimentação
diretamente na boca do cano para o de
retrocarga, o qual a munição é inserida na
traseira do cano, formato utilizado em todos
armamentos atualmente com excessão de armas
encomendadas por saudosistas que gostam do
estudo da evolução armamentista.
Munições
Como vimos anteriormente, as recargas eram
manuais e feitas pela boca do cano, após este
período surgiram os cartuchos de papel que
facilitaram o trabalho do operador da arma.
Com o advento das armas de retrocarga, sugiram
os cartuchos de papelão e os primeiros
exemplares de munições metálicas que tinham
como principal vantagem o melhor
aproveitamento da energia da queima dos gases e
a proteção contra humidade.
Há também o melhoramento dos projéteis que
deixaram de serem esferas de chumbo e
passaram a ter o formato que conhecemos hoje
com os projéteis minié.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Mini%C3%A9_ball)
Um dos primeiros estojos metálicos foi
patenteado por Casimir Lefaucheux em 1836.
Seu diferencial era que a espoleta não estava na
base do estojo, mas sim em um pino lateral que
deveria ser atingido pelo cão que acionava a
espoleta não aparente.
(https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-metalico/)
Por volta de 1846, Houlier com o aprimoramento
de Louis Flobert criaram o primeiro sistema de
fogo circular.
Consistia em um estojo de latão que utilizava
unicamente o fulminato da espoleta para expelir o
projétil, sem carga de propelente.
Munição de pouca força, porém, com menos
barulho e menor contaminação do ar com gases
tóxicos provenientes da pólvora.
Foi a primeira munição indicada para treino em
local fechado.
(https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-metalico/)
Estojos atuais em sua maioria são de latão, mas
podemosencontrar modelos em cobre, alumínio,
aço, latão niquelado e etc.
(Fonte da imagem própria)
Podem ser cônicos, cilindricos, com ou sem aro,
cada tipo e modelo correspondente ao seu calibre e
modelo de arma.
(Fonte da imagem própria)
Os estojos de latão são vantajosos por serem mais
baratos e reaproveitáveis.
Os de aluminío e cobre deformam facilmente com
o calor, não sendo recomendado a sua recarga.
Os de aço por serem mais rigídos também são
difícieis de recarregar, além de não expandirem
bem não formando o “selo de gás” permitindo a
vazão de gases e perca de energia. Assim como,
por serem mais rígidos, têm histórico de
difiuldades na extração gerando pane de extração
nas armas.
Os estojos de níquel ou latão niquelado são
considerados estojos “premium”, pois atrasam a
oxidação do metal e reduzem o atrito, além de
serem fáceis de recarregar e tem boa
durabilidade.
(https://www.hornadyle.com/the-difference-between-
critical-defense-and-critical-duty)
(https://www.hornady.com/ammunition/critical-defense#!/)
A mistura iniciadora que compõe a espoleta,
segundo Tocchetto trata-se de estifinato de
chumbo, nitrato de bário, trissulfeto de
antimônio, tetrabenzeno e alumínio atomizado.
As espoletas podem ser divididas em Boxer e
Berdan, sendo seu diferencial a presença da
bigorna e de 2 eventos na Berdan e apenas 1 na
Boxer.
(https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-
metalico/)
A diferença técnica de Boxer e Berdan não será
aprofundada, porém, visualmente ela é
perceptível e seu uso também, vez que a Berdan
é melhor para queima rápida do propelente para
projéteis de alta energia.
(https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-metalico/)
Atualmente os cartuchos são divididos em dois
grandes grupos. Os de fogo central, grande
maioria das munições em que a espoleta é
alocada ao centro do estojo e os de fogo circular
ou rimfire em que a mistura iniciadora é
espalhada pela borda do culote do estojo.
Atualmente as munições de fogo circular que
encontramos no mercado são .22 short, .22 LR e
.17 HMR
Por apresentarem um número de falhas maior,
estes calibres são mais recomendáveis para uso
em estande de tiro. 
(Fonte da imagem própria)
Além das convencionais, há também as munições
de treino conhecidas como NTA (non toxic
ammunition) que não expelem vapores de
chumbo que causam saturnismo.
Essas munições vem com a inscrição NTA em seu
estojo e CR (clean range) na espoleta.
As munições de armas curtas da CBC possuem um
“V” em sua espoleta. Nos calibres .357 Magnum,
.454 Casull e .500 S&WM são marcadas com a letra
“C”.
(https://congressoemfoco.uol.com.br/area/pais/exercito-usa-
sistema-de-controle-de-municao-de-empresa-privada-
especialistas-apontam-riscos/)
As munições classificadas como +P e +P+ geram
pressão, na câmara, maior do que as munições de
uso comum (standart). Este aumento de pressão
resulta em maior velocidade do projétil
propiciando maior energia no momento de atingir
o alvo
Atualmente as munições designadas como +P+
não são reconhecidas pela SAAMI.
Existem apenas 5 calibres que podem levar cargas
+P, são eles: .38 SPL, .380 ACP, 9X19 mm, 38 super,
.45ACP.
SAAMI - Sporting Arms and Ammunition
Manufacturers’ Institute
Quanto ao propelente, há vários tipos para cada
calibre e finalidade.
Em substituição a pólvora negra que libera
grande quantidade de fumaça e elementos
tóxicos no ar, hoje temos propelentes chamados
de propelentes de base simples com
nitrocelulose; base dupla com nitrocelulose e
nitroglicerina; e base tripla com nitrocelulose,
nitroglicerina e nitroguanadina.
Ao falarmos de projéteis, há uma infinidade
destes na indústria nacional e internacional
sendo quase impossível relacionar todos.
Eles podem ser ogivais de chumbo nú, chumbo
de canto vivo, semi-canto-vivo, jaquetada, semi-
jaquetada, ponta plana, ponta oca, frangível,
cônica, capa de latão, etc.
Há uma discução sobre os projéteis de ponta oca e
sua efetividade de perfuração, expansão e perda
da jaqueta em anteparos, mas, atualmente, é de
entendimento mútuo que são as melhores
munições para o uso policial tendo em vista um
ambiente urbano em que há a necessidade de
reação em legítima defesa a uma injusta agressão
de um transgressor da lei.
(https://www.academiadearmas.
com/tipos-de-projeteis-guia-resumido
/)
Quando falamos de munição de armas de alma
lisa, falamos de cartuchos que podem conter
bagas de chumbo “balins” ou chumbo unitário
“balote” bem como dois ou três balotes menores.
São constituídas de uma base de latão ou latão
níquelado, um estojo de polímero em seu
interior o propelente separado do projétil por
uma bucha.
No início do século pássado havia cartuchos de
papelão, mas por se deformarem rápido e
sofrerem com ação da humidade, deixaram de
serem fabricados.
Hoje encontramos esses cartuchos para
espingardas de alma lisa como a famosa 12 e
revólveres como o revólver Judge do calibre .36GA
da fabricante de armas nacional Taurus.
(https://www.passeidireto.com/arquivo/52933320/id
entificacao-de-municoes)
Bucha é geralmente um disco ou um aglomerado
de material, usado em uma arma para vedar, ou
selar, os gases responsáveis por realizar a
propulsão do projétil e para separar a pólvora das
bagas de chumbo, ou outras munições utilizadas.
Realizam ainda a tarefa de manter a pressão em
nível adequado, tanto na câmara quanto no cano
durante o deslocamento da carga de balins.
Há também a possibilidade do uso de munição
menos letal para este tipo de cartucho como o
antimotim que dispara bagas de polímero a
curtas distâncias e elastômero popularmente
conhecida como bala de borracha.
(Fonte da imagem própria)
Armas
Há uma diferenciação entre o disparo e o tiro. Mas
para facilitar o entendimento, ao longo das aulas
eles serão tratados como sinônimos.
Em suma, disparo é o avanço da massa
percussora e tiro é o momento em que o projétil
é liberado.
(https://br.freepik.com/fotos-premium/atirando-com-uma-pistola-
recarregando-a-arma-o-homem-esta-mirando-no-alvo_21040749.htm)
Cunha Neto traz o seguinte exemplo para deixar
mais claro.
O ato de pressionar o gatilho a seco, sem
munição, você pode efetuar um disparo. Se
houver munição, será um tiro.
Bem como se jogar uma munição ao fogo e o
projétil se desprender do estojo, teremos um
tiro, porém, sem disparo.
Conforme o também entendimento de Levi
Inimá de Miranda.
Armas de pressão cujo princípio de
funcionamento é o emprego de gases
comprimidos para impulsão de projétil, os quais
podem estar previamente armazenados em uma
câmara ou ser produzidos por ação de um
mecanismo, tal como um êmbolo solidário a uma
mola.
(Carabina Cometa Orion SPR 5.5mm- Madeira/
Airsofts Brasil)
Armas de fogo são exclusivamente aquelas armas
de arremesso complexas que utilizam, para
expelir seus projéteis, a força expansiva dos gases
resultantes da combustão da pólvora. Seu
funcionamento, em princípio, não depende do
vigor, da força física do homem (TOCCHETTO,
2011, p. 2).
(Pistola Gock G17, Gen.5, cal. 9x19 mm)
Quanto a classificação:
As armas podem ser classificadas como de porte,
aquelas que o operador consegue carregar consigo
em um coldre e pode ser transportada até de
maneira dissimulada. É o caso do revólver e da
pistola, por exemplo.
Armas portáteis, que necessitam das duas mãos ou o
apoio de uma bandoleira, como no caso do fuzil,
espingarda e carabina.
Obs.: Isto é uma classificação, em nada tem haver com
o direito de posse e porte.
Há também as armas fixas como canhões navais e
terrestres fixos.
Móveis como alguns canhões, que necessitam de
um veículo para sua tração.
E por fim as semi portáteis como a metralhadora
que pode ser transportada por membros da tropa
e fixada em um ponto.
Mas as armas aqui citadas são de uso exclusivo
das forças armadas, não sendo o foco do nosso
estudo
Quanto ao sistema de carregamento, como já visto
anteriormente, pode ser:
Antecarga – carregamento realizado pela boca do
cano como o arcabuz.
Retrocarga – carregamento realizado pela traseira
do cano, método utilizado nas armas atuais como
espingardas e pistolas.Quanto ao tamanho do cano, de acordo com o
Regulamento para Fiscalização de Produtos
Controlados (R-105):
São armas curtas as armas de porte como
revólver, pistola ou garrucha.
São armas longas as armas de apoio, do tipo
portateis como fuzil, rifle, espingarda, carabina e
submetralhadora.
Quanto ao tamanho do cano, de acordo com o
Regulamento para Fiscalização de Produtos
Controlados (R-105):
São armas curtas as armas de porte como
revólver, pistola ou garrucha.
São armas longas as armas de apoio, do tipo
portateis como fuzil, rifle, espingarda, carabina e
submetralhadora.
Quanto a alma do cano:
Pode ser de alma lisa: são armas que o interior de
seu cano seja liso, polido e sem raiamento.
Apropriada a munições unitárias ou por bagas
(balins) como espingarda e alguns modelos de
revólver.
Pode ser de alma raiada: Tem raiamento interno,
responsáveis pelo movimento giroscópico do
projétil ao sair do cano. Essas armas são as
convencionais como pistolas e revólveres. E o
raiamento poligonal em tese servirá para evitar o
desgaste do cano, chumbamento e será melhor
aproveitado em calibres grossos como .45ACP
Quanto ao sistema de acionamento segundo o
Manual de Armamento e Tiro da PCSP, pode ser:
Ação simples – No acionamento do gatilho
apenas uma operação para o disparo; sendo que
a ação de armar o conjunto de disparo já foi feita
antes.
Ação dupla – No acionamento do gatilho
ocorrem duas operações: a primeira é o armar do
conjunto de disparo e a segunda é o disparo
propriamente dito. 
Dupla ação – Sistema onde se faz possível a
execução do tiro tanto em ação simples, como em
ação dupla.
Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de
disparo ocorre em duas etapas, uma antes e outra
depois do disparo.
Ação striker fire em armas de fogo é um sistema
de acionamento para pistolas em que  não há um
cão aparente.
Ao apertar o gatilho libera o percussor, dispara o
projétil,  ejeta o estojo deflagrado  e  prepara a
arma para um novo disparo.
Ou seja, só é preciso puxar o ferrolho da arma
antes de dar o primeiro tiro.
Pistola Taurus TS9 – 9x19mm.
(https://www.armeriabrasil.com.br/product-page/pistola-taurus-
ts9-cal-9mm)
Pistola Taurus modelo 1911 - .45ACP
(https://maxiarmas.com.br/2021/03/18/pistola-
1911-cal-45ac/)
Safe Action® Há três dispositivos de segurança
mecânicos e automáticos que operam de forma
independente e estão incorporados ao sistema de
controle de disparo da pistola.
Toda pistola GLOCK vem com 3 dispositivos
independentes de segurança:
Trava do gatilho
Trava do percussor
Trava de queda
Todos os três dispositivos de segurança
desarmam sequencialmente a medida que o
gatilho é puxado. Eles se armam automaticamente
de novo quando o dedo do gatilho é liberado.
(https://br.glock.com/pt-BR/Tecnologia/Safe-Action-System)
Quanto ao funcionamento, podem ser:
Armas de tiro unitário: São armas simples em
que todo o processo de ciclagem cabe ao
atirador. Podem ser simples em armas de um
cano ou múltiplo para armas com mais canos. É
comum em espingardas de caça e tiro esportivo
com canos sobrepostos ou paralelos e em
garruchas.
(https://www.pantanalsports.com.br/d/armas-de-fogo/espingarda-boito-
a681-monogatilho-luxo-cal-12-cano-paralelo-oxidado.aspx)
Armas de repetição: Armas que podem ser
disparadas mais de uma vez sem a necessidade de
uma recarga, a operação de alimentação é
realizada exclusivamente pela força do atirador,
seja pressionando o gatilho e acionando o
movimento do tambor, alimentando por alavanca,
por um ferrolho ou movimento de bombeamento.
Elas são carregadas por um carregador, tambor ou
receptáculo (tubo).
Podem ser subdivididas em:
Ação de revólver.
(https://www.1911brasil.com.br/armas-de-fogo/revolveres/
revolver-taurus-357-mag-rt6088-6-5-info)
Ação de ferrolho ou bolt action.
(https://beartac.com.br/rifle-22-cbc-8122-bolt-action-10-tiros-23-
coronha-em-madeira/)
Ação por alavanca ou lever action.
(https://beartac.com.br/carabina-puma-357-magnum-20-inox-taurus/)
Ação por bomba ou pump action.
(https://www.rotadosolarmas.com.br/produtos/espingarda-cbc-
military-3-0-cano-de-19-polegadas-com-acessorios/)
Armas semiautomáticas: São armas que utilizam
dos gases provenientes do disparo para ciclar
automaticamente, sem a necessidade do agente
manipular o ferrolho.
Os gases impulsionam o ferrolho em um
movimento rápido que expele o estojo deflagrado e
rearma o mecanismo.
O atirador deverá soltar o gatilho para que possa
efetuar um novo disparo.
Sistema mais comum em pistolas, mas também
encontrado em rifles, fuzis, carabinas e
espingardas.
Armas automáticas: São armas que atiram em
modo contínuo, através de rajada, sendo
necessário o operador manipular o ferrolho uma
única vez, “engatilhando” a arma e manter seu
gatilho pressionado para que os disparos sejam
efetuados sem parada, até o momento em que o
operador deseje parar ou a munição acabe.
(https://cf.fandom.com/wiki/Metralhadoras)
Calibre pode ser entendido como real ou
nominal.
O calibre real corresponde aos cheios do
raiamento.
O calibre nominal corresponde aos fundos e ao
diâmetro do projétil. Qué pouco maior que o
cano, já que o projétil deve ser forçado ao
raiamento para ter rotação.
(https://cacbrasil.org.br/planos-de-associacao/)
A nomenclatura é feita através de números que
correspondem ao calibre real seguida de uma
nomenclatura escolhida pelo frabricante.
Essa nomenclatura segue três padrões diferentes:
o europeu, o inglês ou o americano. Que
geralmente indica o país de fabricação, mas não é
uma obrigação seguir. Por exemplo, um calibre
produzido na europa pode receber uma
nomenclatura americana, vai da vontade do
fabricante.
Na europa é usado o sistema métrico, assim como
no Brasil, daí nomenclaturas como 9x19mm ou
10mm.
Os ingleses preferem o uso do milésimo de
polegada, seguido por 3 algarismos como .300
Winchester Magnum e o .454 Casull.
Os americanos preferem centésimos de
polegadas, com 2 algarismos como no .40 S&W, .45
ACP e o famoso .38SPL (que todo mundo esquece
de citar o ponto)
Outra confusão que pode surgir é quanto a
nomenclatura.
Alguns calibres podem receber nomes diferentes
vindo de seus fabricantes ou países
Ex: no Brasil temos o calibre .380 ACP, que pode
ser encontrado como 9 mm Kurtz, 9 mm
Browning ou 9x17 mm (os 17 refere-se ao estojo)
Em calibres de armas de alma lisa o valor
representa a fração de chumbo para obter uma
libra (454 gramas aproximadamente).
(Centro de material bélico – PMSC)
(https://portaldotiro.com/artigos-
tecnicos/municao/conceitos-basicos-sobre-calibre/)
(https://www.pantanalsports.com.br/d/armas-de-
fogo/municao-cartuchos-espingardas-cal-12.aspx)
Lembrando que independente do calibre,
sempre haverá variações no tipo do projétil,
propelente, estojo e etc.
Aqui algumas variações de projéteis.
(https://www.primeguns.com.br/municao-para-
armas-de-fogo-entenda-as-diferencas/)
O projétil é a parte do cartucho que será lançada
através do cano. É Composto pela ponta (parte
superior do projétil, fica quase sempre exposta,
fora do estojo; corpo (cilíndrico, geralmente para
aumentar a fixação do projétil ao estojo); e base
(parte inferior do projétil, fica presa no estojo e
está sujeita ás ações dos gases resultantes da
queima da pólvora).
Balística terminal
Quando falamos em balística terminal devemos
pensar vários fatores, como tipo de munição,
distância do tiro, expansão ou não do projétil,
área vital, energia, adrenalina, lesões de
interesse médico legal, etc.
Vários são os fatores abordados e dentro desta
área também será vista a balística do caos.
A incapacitação se dará através da perda
significativa de sangue pela lesão
perfurocontundente ou dispersão de energia
cinética rompendo vazos calibrosos.
Também, ocorrerá se acertar o centro da cabeça
na zona de incapacitação imediata. Aqui a morte
é iminente, enquanto que por hemorragia,
despende-se um tempo em que o agressor
permanece ativo e com possibilidade de ataque.
É importante observar o diâmetro do projétil e
sua capacidade de expansão e penetração.Alguns
modelos chegam a expandir 60% do seu diâmetro
original, causando mais danos. Porém, podem ter
um menor poder de penetração.
(https://hojenomundomilitar.com.br/armas-de-fogo-modernas-para-operacoes-
policiais/)
Velociade do projétil e nível de energia muito
influenciam na lesão e formação da cavitação.
(http://blog.tocandira.com.br/desvendando-a-nomenclatura-dos-calibres-
de-armas-de-fogo/)
Incapacitação do agente tem total ligação com a
balística do caos.
Não basta acertar o alvo que se deseja, mas outros
fatores como fisiologia, uso de drogas, adrenalina,
mentalidade de combate e desejo pela vida
influenciam na hora do tiroteio.
O uso de uma munição jaquetada pode
influenciar, já que ela pode em teoria atravessar
mais facilmente barreirar por seu núcleo de
chumbo ser recoberto por uma liga metálica mais
dura como latão ou cobre.
Comprimento do cano também influenciam na
estabilidade do projétil e ganho de energia pelo
poder de expansão dos gases provenientes da
queima do propelente.
Obs. Tamanho é documento!
Pense em um agressor ferido, porém que
utilizou de alguma droga estimulante, associado
ao desejo de viver, este não cessará a agressão
até que sua munição acabe ou sua arma entre em
pane.
RT 605 cano de 2 polegadas e RT357H cano de 8,3
polegadas.
(https://www.armastore.com.br/armas-de-
fogo/revolveres/revolver-taurus-rt-605-calibre-357-mag-2-
inox/)
(https://www.1911brasil.com.br/armas-de-
fogo/revolveres/revolver-taurus-rt-357h-357-mag-dual-tone-8-
3-7-info)
Em medicina legal, ao observar as lesões causadas,
deve-se determinar a distância do tiro. Se
encostado, a curtíssima, curta, média ou longa
distância.
Nos casos de tiro encostado em plano ósseo
podemos encontrar um fenômeno chamado
câmara de cina de Hoffmann e sinal de Benassi ou
Benassi-Cueli que basicamente é um halo de
fuligem sobre o periósteo.
Outro sinal do tiro encostado é o sinal de
Werkgaertner.
Nos diz Genival Veloso França quan aos disparos a
curta distância:
“Estes ferimentos podem mostrar: forma
arredondada ou elíptica, orla de escoriação,
bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona
de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento,
zona de queimadura, aréola equimótica e zona de
compressão de gases.” 
A forma arredondada ou elíptica diz respeito a
posição do atirador, se este encontrava-se em um
plano retilíneo ou não. A inclinação da arma
determinará junto da posição da vítima.
A orla de escoriação se dá pela ação contusa do
projétil ao perfurar a pele arrancando-a através
de seu movimento de penetração. Este sinal pode
conter microfissuras radiais e deverá ter bordas
invertidas caracterizando entrada de um corpo
estranho.
Halo de enxugo ou orla de Chavigny é a passagem do
projétil por tecidos causando atrito e contusão,
limpando nesses tecidos suas impurezas.
O halo ou zona de tatuagem surge da impregnação
de grãos de pólvora que não entraram em
combustão e que alcançaram o corpo no momento
do disparo.
A zona ou orla de esfumaçamento é proveniente
da fuligem fina de pólvora combusta que localiza-
se ao redor do ferimento de entrada.
Também conhecida como zona de falsa tatuagem,
pois, lavando o local ela desaparece, ao contrário
da tatuagem que é fixa pelo encrostamento da
pólvo incombusta. 
A zona de chamuscamento, comumente vista em
regiões cobertas de pelos, os quais ficam
crestados e quebradiços, tipicos de ação por
calor. A pele pode ficar apergaminhada em tom
vermelho-escura.
A aréola equimótica é vista como um ponto,
decorrente da sufusão hemorrágica oriunda da
ruptura de pequenos vasos próximos
do ferimento.
Zona de compressão de gases, vista apenas nos
primeiros instantes no vivo causada pela
depressão da pele em virtude dos gases quentes
propelidos pelo cano da arma.
Em disparo a distância temos:
A orla de escoriação, ou anel de Fisch, segundo
França, “tem aspecto concêntrico nos orifícios
arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos
ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito
importante, pois pode esclarecer a direção do tiro.”
(Encarte colorido. Genival Veloso França. Medicina
Legal)
Ainda citando Genival Veloso França: “temos o sinal
de funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold.
Na lâmina externa do osso, o ferimento de entrada é
arredondado, regular e em forma de “saca-bocado”.”
“Na lâmina interna, o ferimento é irregular, maior
do que o da lâmina externa e com bisel interno
bem definido, dando à perfuração a forma de um
funil ou de um tronco de cone. O ferimento de
saída é exatamente o contrário.”
(Encarte colorido. Genival Veloso França. Medicina Legal)
Se o projétil atingir o crânio tangencialmente,
teremos aí o buraco de fechadura.
Assim como característico em medicina legal são
as perfurações por múltiplos projéteis,
característicos de uso de cartuchos de armas de
alma lisa.
Munição anti-motim
(https://www.saladearmas.com/noticia/cartuchos-antimotim-
antidisturbios)
(https://www.cbc.com.br/produtos/12-70-antimotim-curta-distancia/)
Primeiramente ao falarmos em balística é
necessário identificar a arma periciada.
Como visto nas aulas anteriores, há vários tipos
e modelos.
Aqui falaremos das formas de identificá-las.
Identificação direta ou imediata.
Identifica por nome, tipo, marca, nacionalidade,
calibre e etc.
A identificação pode ser genérica, quando
identifica o gênero, como revólver, pistola,
espingarda.
Específica, quando determina a espécie no mesmo
gênero como Revólver Taurus .38 SPL e revólver
Rossi .38 SPL
Individual quando o reconhecimento é particular,
como pelo número de série.
Identificação indireta ou mediata.
É feita por estudos comparativos macroscópicos e
microscópicos nos elementos que constituem a
munição e a munição do suspeito a ser
comparada.
Balística forense
Nas armas de alma lisa, a identificação é feita
através das deformações nos cartuchos e nas
espoletas.
Nas armas de alma raiada, a identificação é feita
através das estrias do projétil em
microcomparação.
(https://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/comissoes/grupos-de-trabalho/56a-
legislatura/legislacao-penal-e-processual-
penal/apresentacoes-em-
eventos/apresentaosinab120419_JooAmbrsio.pdf)
A comparação é realizada através de um
microscópio óptico chamado microcomparador
balístico.
(https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/grupos-de-
trabalho/56a-legislatura/legislacao-penal-e-processual-penal/apresentacoes-em-
eventos/apresentaosinab120419_JooAmbrsio.pdf)
Lembrando que a manipulação do projétil nunca
deverá ser feita com pinça metálica ou qualquer
objeto que possa causar danos as estrias.
Deverá utilizar material emborrachado ou de
plástico para maior preservação, vez que o
projétil pode estar em perfeitas condições ou já
danificado por conta do choque em um osso ou
anteparo.
Ao retirar o projétil do corpo, deverá ser
acondicionado em envelope de papel pardo e
depois em saco plástico lacrado.
Nunca colocar dois projéteis ou dois estojos
juntos no mesmo recipiente ou com munição
íntegra.
Evitar quedas, não deixar em contato com
superfície áspera ou abrasiva.
Não inscrever nada no estojo ou projétil, escreva
no saco plástico do lacre.
Busca-se padrões para o exame.
Os exames serão qualitativos quando as
características forem marcantes, evidentes e
presentes na maioria dos padrões examinados.
E serão quantitativos sequenciais, quando se tem
características inconstantes e tênues.
Quanto aos resultados, podem ser:
Conclusivos de concordância: quando o projétil
foi expelido pelo cano da arma periciada como
suspeita e a marca do pino percutor e a mesma;
Conclusivo de discordância: o projétil não foi
expelido pelo cano da arma periciada suspeita,
nem a marca do percurtor é semelhante;
Inconclusivo: Quando não há microelementos
necessários para conclusão das características
individualizadoras.
Exame resíduográfico.
O exame é feito para a detecção de vestígios de
disparo de arma de fogo nas mãos do suspeito
consiste na pesquisa de íons ou fragmentos
metálicos de chumbo, coletado das mãos do
suspeito medianteo atrito de uma fita adesiva
contra sua mão e fixação da fita em um papel
filtro. 
Nessas tiras de papel filtro é borrifada solução
acidificada de rodizonato de sódio. Se as tiras
apresentarem pontos de coloração avermelhada,
indicam resultado positivo para o disparo.
Fonte:  Artigo  •  Quím. Nova 27
(3) • Jun 2004 • https://doi.org/10.1590
/S0100-40422004000300009 )
A presença destes elementos, entretanto, deve ser
interpretada com cautela, já que influências
externas podem atuar decisivamente em uma
análise final, especialmente pelo fato dos elementos
serem facilmente encontrados em diversas
atividades ocupacionais. 
Como por exemplo, atividades relacionadas a
reparos e manutenção de automóveis constituem-se
em importantes fontes de contaminação de
antimônio, bário e chumbo.
Esta variabilidade tem sido constatada  e pode ser
associada às características próprias de cada
indivíduo (tamanho das mãos, atividades
ocupacionais e hábitos higiênicos), assim como ao
estado de conservação das armas de fogo utilizadas.
Perícia em estojo
Numeração de estojo
Na perícia em estojo é observada a marca que fica
de arranhão de quando o estojo sai do carregador
para a câmara e a marca de impacto lateral de
entrada na câmara no culote do estojo.
(https://www.youtube.com/watch?v=fqD6O2BcEK4)
Dentre as várias partes que devemos observar,
estão a marca da culatra da arma no estojo,
marca de arrasto, de retardo, de impressão do
percutor, de cisalhamento e de extração.
(https://docplayer.es/119343935-Centro-de-estudios-balisticos-rosario.html)
(https://gassentiro.com.br/40-sw-x-excesso-de-pressao-cuidados/)
Rompimento de parede do estojo por falta de
cobertura da câmara.
(https://gassentiro.com.br/40-sw-x-excesso-de-pressao-cuidados/)
(https://gassentiro.com.br/municoes-p-e-p/)
Câmara com e sem suporte.
(https://gassentiro.com.br/municoes-p-e-p/)
(https://docplayer.com.br/1537878-Pcf-lehi-sudy-dos-santos-
instituto-nacional-de-criminalistica-area-de-pericias-em-
balistica-forense.html)
Referências
DIMAIO, Vicent J. M. Gunshot wounds: practical
aspects of firearms, ballistcs, and forensic
techniques. 3ª ed. Boca Raton: CRC Press, 2016.
CUNHA NETO, João da. Balística para profissionais
do direito. – São Paulo: Clube de Autores, 2020.
Plataforma Malthus Galvão. Disponível em:
https://malthus.com.br/default.asp?
oba=1195zzz5z20z1z0z50zz1110310000031181010200
0000FFFFFFz778867089
NAKAMURA, Edson Minoru, et. al. Manual de
armamento e tiro. São Paulo, 2015.
Portal Gassen Treinamentos de Armamento e Tiro.
Disponível em: https://gassentiro.com.br/
Portal Armas Club. Disponível em:
https://www.armasclub.com/
Glock do Brasil. Disponível em:
https://br.glock.com/pt-BR/
E-book oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro
 o curso de "BALISTICA FORENSE".

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