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E-BOOK BALÍSTICABALÍSTICA FORENSEFORENSE Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. Acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um Aluno Premium? Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br Seja bem-vindo! Vamos fazer história juntos! @CESSETEMBRO @ANOVACLASSE http://cessetembro.com.br/cursos http://www.anovaclasse.com.br/ http://instagram.com.br/CESSETEMBRO http://instagram.com.br/ANOVACLASSE Clique no ícone da impressora. 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Balística vem do grego ballein, que é o ato de lançar um projétil (https://br.depositphotos.com/vector- images/rastro-da- bala.html) Conforme João da Cunha Neto explica: balística vem do termo em língua inglesa bullet que por ventura, vem do francês boulette. Uma bola pequena, como eram os primeiros projéteis ogivais de armas de antecarga que veremos mais à frente. Em relação a bala, devemos nos atentar em usar nomenclaturas como munição ou cartucho e deixar o significado de bala apenas para o doce que se chupa. Conceito (https://www.feijaoveneza.com.br/bala-de-goma-1kg-pacote) A balística como ciência estuda a arma, munição, trajeto e trajetória e seus efeitos no alvo (podendo ser este alvo de qualquer material). Podemos dividir os ramos que serão estudados mais a fundo em: balística interna, balística intermediária, balística externa, balística terminal ou balística de efeitos, balística forense e balística do caos. (https://www.uppericias.com.br/servicos-periciais/balistica/) Balística forense como o próprio nome já diz, é a área da criminalística responsável pela análise pericial das armas de fogo, seus componentes, munições e projéteis no âmbito da justiça e da investigação criminal. Normalmente realizada por peritos criminais das polícias civil, técnico-científicas, federal ou de órgãos que exerçam a mesma função, porém, peritos civis podem ser indicados ou contratados para atuação em casos mais complexos. Balística interna visa o estudo das armas e munições antes do disparo própriamente ditos. Pode analisar a munição, estrutura da arma, raiamento do cano, propelente utilizado, sistema de percussão, etc. (https://cacbrasil.org.br/planos-de-associacao/) (http://12aapcienciasforenses.blogspot.com/2010/05/o-que-e-balistica.html Balística intermediária, para alguns autores, a balística intermediária já está presente na balística externa. Outros entendem que não, ela é um ramo independente que estuda os efeitos sofridos após o projétil sair da arma, mas ainda sob efeito dos gases da combustão. (https://correiodoscampos.com.br/carambei/2019/03/04/disparo-de- arma-de-fogo-em-interior-de-bar-fere-uma-pessoa) Balística externa, estuda a atuação das forças físicas sobre o projétil do momento que este abandona seu cano até o momento em que acerta o alvo, ou cai ao solo através da gravidade, analisando sua rotação, precessão, nutação, alcance, força na boca do cano e a determinadas distâncias, velocidade e etc. (https://www.youtube.com/watch?v=fcHvfIuPPlk) Balística terminal ou de efeitos estuda os fenômenos causados pelo projétil no alvo desde o impacto até sua parada total, alvo este que pode ser humano, animal ou material. Como o projétil atua atingindo esse alvo direta ou indiretamente (ricochete ou através de barricada) (https://www.clubedetiroitajai.com.br/blog/5-dicas- para-acertar-o-alvo-no-tiro-esportivo/) Em balística terminal observa-se muito conceitos de medicina legal como orifício de entrada, orifício de saída, trajeto, orla de enxugo, zona de tatuagem, câmara de mina de Hoffman e etc. Em um tiro direto, sem contato do projétil com outros meios que podem freiar ou mudar sua trajetória, normalmente o perito encontrará um orfício menor e bem delimitado na entrada e um maior e estrelado na saída. Ainda dentro da balística terminal outro ponto a ser abordado é a cavitação, que pode ser temporária ou permanente. Conforme aborda o Manual de Armamento e Tiro da Polícia Civil do Estado de São Paulo, na cavitação temporária temos sua formação pela onda de choque gerada pelo projétil em contato com o corpo em alta velocidade. Esta onda dilata e destrói tecidos, além de gerar forte pressão em órgão internos o que pode levar ao seu rompimento. Ainda segundo o Manual a cavitação permanente: “Consiste no trajeto principal por onde o projétil adentra ao corpo até sua parada ou transfixação. Os tipos de projéteis interferem diretamente sobre esta cavidade. Alguns tipos de projéteis podem vir a separar o núcleo da capa e com a fragmentação gera outras cavidades”. Balística do caos, como o próprio nome já traz, não é algo definido facilmente. É o ramo que trata como o ser humano agirá ao ser atingido por um projétil de arma de fogo. É algo hipotético, mas duas pessoas de mesma massa corpórea e estatura reagirão de maneiras diferentes ao receberem o projétil no mesmo ponto e a mesma velocidade. Todos os fatores externos e internos influenciam neste momento, como o tipo de projétil, carga de propelente, o tamanho do cano da arma, ângulo de entrada, distância do alvo, quantidade de tecido adiposo, tipo de roupa, presença de anteparo, impacto em osso, saúde da pessoa no momento, nível de adrenalina, efeito de substâncias de abuso, etc. São esses e inúmeros outros fatores que constituem a balística do caos e que nos leva a entender porque cada indivíduo reage de um jeito ao receber em seu corpo um projétil disparado. Evolução histórica O ser humano desde a pré-história faz o uso de armas para ataque e defesa. Naturalmente desprovido de grande força muscular, sem exoesqueleto ou uma pele dura para proteção e sem garras ou dentes afiados. Restou-lhe o uso da inteligência para garantir sua sobrevivência. (https://www.estudokids.com.br/idade-da-pedra-periodos-e-seu-fim/) A criação das primeiras ferramentas e armas de pedra lascada como machados, lanças e pontas de flecha foram um diferencial para a sobrevivência do homem primitivo. Sendo o primeiro passo nas armas de arremesso e por consequência na utilização de projéteis (https://agencia.fapesp.br/pontas-de-pedra-lascada- levantam-questoes-sobre-a-pre-historia- brasileira/22526/) (https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_da_Pedra) Com a evolução das ferramentas e refinamento das armas, novas possibilidades surgiram para o homem pré-histórico. Podendo caçar e se alimentar melhor, bem como, proteger seu grupo de predadores e invasores o desenvolvimento humano começou a andar em passos largos. (https://vladfacas.wordpress.com/2016/03/17/a-historia-da- cutelaria/) Evoluindo ainda mais a tecnologia e fabricação de ferramentas, descobriu-se as ligas metálicas que possibilitaram ao homem um maior poderefetivo de ataque e defesa, porém, ainda com a dificuldade da proximidade do inimigo, já que eram armas para uso a curta distância. (https://www.nationalgeographic.pt/historia/idade-do-bronze-a-alvorada- um-mundo-novo_1740) (https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/02/armas-da-idade- do-bronze-sao-encontradas-na-escocia.html) Com o intuito de manter uma distância segura e poder utilizar para caça e defesa, surgiu a funda. Uma das primeiras armas a utilizar projéteis que poderiam ser pedras ou qualquer outro material rigido a ser lançado a distância. A funda representa aquilo que foi o início da balística utilizando projéteis com auxílio de uma ferramenta e das forças estudadas pela física. (http://confrariando.com/davi-golias-e-o-vendedor- de-fundas/) (http://makaracaju.blogspot.com/2015/08/funda- simplicidade-e-eficiencia.html) O Dicionário Online de Português traz a seguinte definição: “Arma de arremesso formada por uma peça central presa a duas tiras de couro. Provavelmente a primeira arma a ser concebida para lançar uma pedra com mais força do que um homem poderia ter só com o braço e a mão”. (https://blogtiale.blogspot.com/2011/02/funda-de-davi-modelo-e- moldes.html) (https://www.dicio.com.br/funda/) Não só da força do homem poderia ser vencida uma guerra. Com o avanço da tecnologia das armas e armaduras, novos instrumentos de guerra deveriam ser criados. Um divisor de águas nesse quesito veio através dos chineses com a invenção da pólvora. Uma mistura de 75% de nitrato de potássio, 13% de carvão e 12% de enxofre. Utlizada em seu princípio apenas para fogos de artifício, logo viu-se um um campo para uso desta invenção em batalhas. Apesar da escassez de fontes, acredita-se que entre os séculos IX e XI os chineses começaram a introduzir a pólvora dentro de tubos de bambu, criando assim uma espécie de lança chamas, denomidada de lança de fogo. Mais tarde começaram a atirar junto pedras e outros objetos para formação de estilhaços e assim, surgir um protótipo de arma de fogo. (http://analisescristocentricas.blogspot.com/2014/05 /a-invencao-da-polvora-deram-origem-as.html) Posteriormente o bambu que era frágil e rompia após o disparo foi gradativamente substituido por metal. Surgiram aí os primeiros canhões de mão. Esta arma tinha mais efeito psicológico do que efetivo em campo de batalha, mas com seu aperfeiçoamento foi possível chegar as armas que conhecemos hoje. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o_de_ m%C3%A3o) Com a entrada da pólvora na Europa, surgem os primeiros canhões fixos. Armas rústicas e imprecisas que disparavam esferas de chumbo ou pedras. Porém, ainda sim, eficazes em batalhas e ataques a fortalezas. No século XIV já havia várias menções destas armas em manuscritos da época, evidenciando sua disseminação. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o#/med ia/Ficheiro:Malbork_-_Bombarda.JPG) Eficazes e grandes, os canhões conforme foram modernizando, ganharam seu espaço dentro da guerra e das linhas de defesa, mas uma coisa que havia se perdido e que necessitava voltar era a possibilidade de um único soldado manipular a arma de fogo em campo levando ela até onde fosse necessário, sem precisar de um grande contingente para isso ou cavalos para puxarem essa arma. Daí surgiu a necessidade de armas portáteis. Armas de mecha ou matchlock. Ainda rudimentares, surgiram no século XV e dipunham de um estopim que deveria ser aceso pelo atirador que quando pressionava a alavanca ou o gatilho a ponta acesa do estopim aproximava da carga de pólvora que efetuava o disparo com a queima do propelente. Não muito eficazes em dias chuvosos ou a noite entregando a posição para o inimigo, esse tipo de arma foi utilizada até os anos de 1700. (https://br.pinterest.com/pin/609604499558685863/) (https://es.wikipedia.org/wiki/Llave_de_mecha) Armas de roda ou wheellock. Em substituição das armas de mecha, as armas de roda tinham sua ignição por atrito e não por fogo direto. Era usada uma chave para dar corda ao mecanismo que quando pressionava o gatilho, a roda era liberada e molas eram colocadas em um movimento giratório, causando atrito através de uma pedra chamada pirita de ferro. As armas de roda foram utilizadas simultâneamente as de mecha, porém as wheellock tinham um auto custo em relação a sua opositora. Armas wheellock possibilitaram a criação de pistolas, possíveis de serem carregadas em coldres, além de estarem a pronto emprego, não necessitando ser “armada” ao avistar o inimigo. (Pistola wheellock de 2 canos do imperador Charles V, possibilitava o disparo individual de um cano por vez.) (http://firearmsbrasil.com.br/historia-das- armas/historia-armas-fogo-matchlock-wheellock/) Armas de pederneira ou flintlock. Mais simples, barato e confiável. Este sistema veio para substituir o sistema de roda e o de mecha. De cordo com Cunha Neto, as armas de pederneira eram denomindadas mosquetes, enquanto as de alma raiada posteriormente foram denominadas rifles. Mosquetes foram mais bem utilizados por serem mais rápidos de serem recarregados, enquanto os rifles levavam mais tempo para um remuniciamento visto que o chumbo e pólvora deixavam as raias cheias de detritos e sujeira, sendo uma arma destinada a atiradores de elite. Como pederneira, era utilizada uma pedra de sílex que era colocada no cão. Ao ser armado e disparado, o atrito da pedra de sílex com o aço da peça frizzen causava uma verdadeira chuva de faíscas em volta do cão. (http://firearmsbrasil.com.br/historia-das- armas/historia-das-armas-fogo-armas-pederneira/) Eram utilizados cartuchos de papel já com o projétil, propelente e mistura iniciadora. Em armas de alma lisa, era utilizado como bucha. Isso aumentou bem o tempo de recarga para o atirador com arma longa ou curta. (https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho- metalico/) Armas de percussão ou percussionlock system. Sistema revolucionário, sua inovação estava na espoleta ou percussion cap, que era um pequeno recipiente de cobre ou latão com fulminato de mercúrio que gerava faíscas quando atingido no recipiente conhecido como ouvido. (https://www.youtube.com/watch?v=jnwLpz0AQBs) (https://pt.wikipedia.org/wiki/Percuss%C3%A3o_% 28arma_de_fogo%29) Assim, passamos de um sistema arcaico de alimentação por antecarga, ou seja, alimentação diretamente na boca do cano para o de retrocarga, o qual a munição é inserida na traseira do cano, formato utilizado em todos armamentos atualmente com excessão de armas encomendadas por saudosistas que gostam do estudo da evolução armamentista. Munições Como vimos anteriormente, as recargas eram manuais e feitas pela boca do cano, após este período surgiram os cartuchos de papel que facilitaram o trabalho do operador da arma. Com o advento das armas de retrocarga, sugiram os cartuchos de papelão e os primeiros exemplares de munições metálicas que tinham como principal vantagem o melhor aproveitamento da energia da queima dos gases e a proteção contra humidade. Há também o melhoramento dos projéteis que deixaram de serem esferas de chumbo e passaram a ter o formato que conhecemos hoje com os projéteis minié. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mini%C3%A9_ball) Um dos primeiros estojos metálicos foi patenteado por Casimir Lefaucheux em 1836. Seu diferencial era que a espoleta não estava na base do estojo, mas sim em um pino lateral que deveria ser atingido pelo cão que acionava a espoleta não aparente. (https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-metalico/) Por volta de 1846, Houlier com o aprimoramento de Louis Flobert criaram o primeiro sistema de fogo circular. Consistia em um estojo de latão que utilizava unicamente o fulminato da espoleta para expelir o projétil, sem carga de propelente. Munição de pouca força, porém, com menos barulho e menor contaminação do ar com gases tóxicos provenientes da pólvora. Foi a primeira munição indicada para treino em local fechado. (https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-metalico/) Estojos atuais em sua maioria são de latão, mas podemosencontrar modelos em cobre, alumínio, aço, latão niquelado e etc. (Fonte da imagem própria) Podem ser cônicos, cilindricos, com ou sem aro, cada tipo e modelo correspondente ao seu calibre e modelo de arma. (Fonte da imagem própria) Os estojos de latão são vantajosos por serem mais baratos e reaproveitáveis. Os de aluminío e cobre deformam facilmente com o calor, não sendo recomendado a sua recarga. Os de aço por serem mais rigídos também são difícieis de recarregar, além de não expandirem bem não formando o “selo de gás” permitindo a vazão de gases e perca de energia. Assim como, por serem mais rígidos, têm histórico de difiuldades na extração gerando pane de extração nas armas. Os estojos de níquel ou latão niquelado são considerados estojos “premium”, pois atrasam a oxidação do metal e reduzem o atrito, além de serem fáceis de recarregar e tem boa durabilidade. (https://www.hornadyle.com/the-difference-between- critical-defense-and-critical-duty) (https://www.hornady.com/ammunition/critical-defense#!/) A mistura iniciadora que compõe a espoleta, segundo Tocchetto trata-se de estifinato de chumbo, nitrato de bário, trissulfeto de antimônio, tetrabenzeno e alumínio atomizado. As espoletas podem ser divididas em Boxer e Berdan, sendo seu diferencial a presença da bigorna e de 2 eventos na Berdan e apenas 1 na Boxer. (https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho- metalico/) A diferença técnica de Boxer e Berdan não será aprofundada, porém, visualmente ela é perceptível e seu uso também, vez que a Berdan é melhor para queima rápida do propelente para projéteis de alta energia. (https://gassentiro.com.br/historia-do-cartucho-metalico/) Atualmente os cartuchos são divididos em dois grandes grupos. Os de fogo central, grande maioria das munições em que a espoleta é alocada ao centro do estojo e os de fogo circular ou rimfire em que a mistura iniciadora é espalhada pela borda do culote do estojo. Atualmente as munições de fogo circular que encontramos no mercado são .22 short, .22 LR e .17 HMR Por apresentarem um número de falhas maior, estes calibres são mais recomendáveis para uso em estande de tiro. (Fonte da imagem própria) Além das convencionais, há também as munições de treino conhecidas como NTA (non toxic ammunition) que não expelem vapores de chumbo que causam saturnismo. Essas munições vem com a inscrição NTA em seu estojo e CR (clean range) na espoleta. As munições de armas curtas da CBC possuem um “V” em sua espoleta. Nos calibres .357 Magnum, .454 Casull e .500 S&WM são marcadas com a letra “C”. (https://congressoemfoco.uol.com.br/area/pais/exercito-usa- sistema-de-controle-de-municao-de-empresa-privada- especialistas-apontam-riscos/) As munições classificadas como +P e +P+ geram pressão, na câmara, maior do que as munições de uso comum (standart). Este aumento de pressão resulta em maior velocidade do projétil propiciando maior energia no momento de atingir o alvo Atualmente as munições designadas como +P+ não são reconhecidas pela SAAMI. Existem apenas 5 calibres que podem levar cargas +P, são eles: .38 SPL, .380 ACP, 9X19 mm, 38 super, .45ACP. SAAMI - Sporting Arms and Ammunition Manufacturers’ Institute Quanto ao propelente, há vários tipos para cada calibre e finalidade. Em substituição a pólvora negra que libera grande quantidade de fumaça e elementos tóxicos no ar, hoje temos propelentes chamados de propelentes de base simples com nitrocelulose; base dupla com nitrocelulose e nitroglicerina; e base tripla com nitrocelulose, nitroglicerina e nitroguanadina. Ao falarmos de projéteis, há uma infinidade destes na indústria nacional e internacional sendo quase impossível relacionar todos. Eles podem ser ogivais de chumbo nú, chumbo de canto vivo, semi-canto-vivo, jaquetada, semi- jaquetada, ponta plana, ponta oca, frangível, cônica, capa de latão, etc. Há uma discução sobre os projéteis de ponta oca e sua efetividade de perfuração, expansão e perda da jaqueta em anteparos, mas, atualmente, é de entendimento mútuo que são as melhores munições para o uso policial tendo em vista um ambiente urbano em que há a necessidade de reação em legítima defesa a uma injusta agressão de um transgressor da lei. (https://www.academiadearmas. com/tipos-de-projeteis-guia-resumido /) Quando falamos de munição de armas de alma lisa, falamos de cartuchos que podem conter bagas de chumbo “balins” ou chumbo unitário “balote” bem como dois ou três balotes menores. São constituídas de uma base de latão ou latão níquelado, um estojo de polímero em seu interior o propelente separado do projétil por uma bucha. No início do século pássado havia cartuchos de papelão, mas por se deformarem rápido e sofrerem com ação da humidade, deixaram de serem fabricados. Hoje encontramos esses cartuchos para espingardas de alma lisa como a famosa 12 e revólveres como o revólver Judge do calibre .36GA da fabricante de armas nacional Taurus. (https://www.passeidireto.com/arquivo/52933320/id entificacao-de-municoes) Bucha é geralmente um disco ou um aglomerado de material, usado em uma arma para vedar, ou selar, os gases responsáveis por realizar a propulsão do projétil e para separar a pólvora das bagas de chumbo, ou outras munições utilizadas. Realizam ainda a tarefa de manter a pressão em nível adequado, tanto na câmara quanto no cano durante o deslocamento da carga de balins. Há também a possibilidade do uso de munição menos letal para este tipo de cartucho como o antimotim que dispara bagas de polímero a curtas distâncias e elastômero popularmente conhecida como bala de borracha. (Fonte da imagem própria) Armas Há uma diferenciação entre o disparo e o tiro. Mas para facilitar o entendimento, ao longo das aulas eles serão tratados como sinônimos. Em suma, disparo é o avanço da massa percussora e tiro é o momento em que o projétil é liberado. (https://br.freepik.com/fotos-premium/atirando-com-uma-pistola- recarregando-a-arma-o-homem-esta-mirando-no-alvo_21040749.htm) Cunha Neto traz o seguinte exemplo para deixar mais claro. O ato de pressionar o gatilho a seco, sem munição, você pode efetuar um disparo. Se houver munição, será um tiro. Bem como se jogar uma munição ao fogo e o projétil se desprender do estojo, teremos um tiro, porém, sem disparo. Conforme o também entendimento de Levi Inimá de Miranda. Armas de pressão cujo princípio de funcionamento é o emprego de gases comprimidos para impulsão de projétil, os quais podem estar previamente armazenados em uma câmara ou ser produzidos por ação de um mecanismo, tal como um êmbolo solidário a uma mola. (Carabina Cometa Orion SPR 5.5mm- Madeira/ Airsofts Brasil) Armas de fogo são exclusivamente aquelas armas de arremesso complexas que utilizam, para expelir seus projéteis, a força expansiva dos gases resultantes da combustão da pólvora. Seu funcionamento, em princípio, não depende do vigor, da força física do homem (TOCCHETTO, 2011, p. 2). (Pistola Gock G17, Gen.5, cal. 9x19 mm) Quanto a classificação: As armas podem ser classificadas como de porte, aquelas que o operador consegue carregar consigo em um coldre e pode ser transportada até de maneira dissimulada. É o caso do revólver e da pistola, por exemplo. Armas portáteis, que necessitam das duas mãos ou o apoio de uma bandoleira, como no caso do fuzil, espingarda e carabina. Obs.: Isto é uma classificação, em nada tem haver com o direito de posse e porte. Há também as armas fixas como canhões navais e terrestres fixos. Móveis como alguns canhões, que necessitam de um veículo para sua tração. E por fim as semi portáteis como a metralhadora que pode ser transportada por membros da tropa e fixada em um ponto. Mas as armas aqui citadas são de uso exclusivo das forças armadas, não sendo o foco do nosso estudo Quanto ao sistema de carregamento, como já visto anteriormente, pode ser: Antecarga – carregamento realizado pela boca do cano como o arcabuz. Retrocarga – carregamento realizado pela traseira do cano, método utilizado nas armas atuais como espingardas e pistolas.Quanto ao tamanho do cano, de acordo com o Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105): São armas curtas as armas de porte como revólver, pistola ou garrucha. São armas longas as armas de apoio, do tipo portateis como fuzil, rifle, espingarda, carabina e submetralhadora. Quanto ao tamanho do cano, de acordo com o Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105): São armas curtas as armas de porte como revólver, pistola ou garrucha. São armas longas as armas de apoio, do tipo portateis como fuzil, rifle, espingarda, carabina e submetralhadora. Quanto a alma do cano: Pode ser de alma lisa: são armas que o interior de seu cano seja liso, polido e sem raiamento. Apropriada a munições unitárias ou por bagas (balins) como espingarda e alguns modelos de revólver. Pode ser de alma raiada: Tem raiamento interno, responsáveis pelo movimento giroscópico do projétil ao sair do cano. Essas armas são as convencionais como pistolas e revólveres. E o raiamento poligonal em tese servirá para evitar o desgaste do cano, chumbamento e será melhor aproveitado em calibres grossos como .45ACP Quanto ao sistema de acionamento segundo o Manual de Armamento e Tiro da PCSP, pode ser: Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação para o disparo; sendo que a ação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes. Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações: a primeira é o armar do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito. Dupla ação – Sistema onde se faz possível a execução do tiro tanto em ação simples, como em ação dupla. Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de disparo ocorre em duas etapas, uma antes e outra depois do disparo. Ação striker fire em armas de fogo é um sistema de acionamento para pistolas em que não há um cão aparente. Ao apertar o gatilho libera o percussor, dispara o projétil, ejeta o estojo deflagrado e prepara a arma para um novo disparo. Ou seja, só é preciso puxar o ferrolho da arma antes de dar o primeiro tiro. Pistola Taurus TS9 – 9x19mm. (https://www.armeriabrasil.com.br/product-page/pistola-taurus- ts9-cal-9mm) Pistola Taurus modelo 1911 - .45ACP (https://maxiarmas.com.br/2021/03/18/pistola- 1911-cal-45ac/) Safe Action® Há três dispositivos de segurança mecânicos e automáticos que operam de forma independente e estão incorporados ao sistema de controle de disparo da pistola. Toda pistola GLOCK vem com 3 dispositivos independentes de segurança: Trava do gatilho Trava do percussor Trava de queda Todos os três dispositivos de segurança desarmam sequencialmente a medida que o gatilho é puxado. Eles se armam automaticamente de novo quando o dedo do gatilho é liberado. (https://br.glock.com/pt-BR/Tecnologia/Safe-Action-System) Quanto ao funcionamento, podem ser: Armas de tiro unitário: São armas simples em que todo o processo de ciclagem cabe ao atirador. Podem ser simples em armas de um cano ou múltiplo para armas com mais canos. É comum em espingardas de caça e tiro esportivo com canos sobrepostos ou paralelos e em garruchas. (https://www.pantanalsports.com.br/d/armas-de-fogo/espingarda-boito- a681-monogatilho-luxo-cal-12-cano-paralelo-oxidado.aspx) Armas de repetição: Armas que podem ser disparadas mais de uma vez sem a necessidade de uma recarga, a operação de alimentação é realizada exclusivamente pela força do atirador, seja pressionando o gatilho e acionando o movimento do tambor, alimentando por alavanca, por um ferrolho ou movimento de bombeamento. Elas são carregadas por um carregador, tambor ou receptáculo (tubo). Podem ser subdivididas em: Ação de revólver. (https://www.1911brasil.com.br/armas-de-fogo/revolveres/ revolver-taurus-357-mag-rt6088-6-5-info) Ação de ferrolho ou bolt action. (https://beartac.com.br/rifle-22-cbc-8122-bolt-action-10-tiros-23- coronha-em-madeira/) Ação por alavanca ou lever action. (https://beartac.com.br/carabina-puma-357-magnum-20-inox-taurus/) Ação por bomba ou pump action. (https://www.rotadosolarmas.com.br/produtos/espingarda-cbc- military-3-0-cano-de-19-polegadas-com-acessorios/) Armas semiautomáticas: São armas que utilizam dos gases provenientes do disparo para ciclar automaticamente, sem a necessidade do agente manipular o ferrolho. Os gases impulsionam o ferrolho em um movimento rápido que expele o estojo deflagrado e rearma o mecanismo. O atirador deverá soltar o gatilho para que possa efetuar um novo disparo. Sistema mais comum em pistolas, mas também encontrado em rifles, fuzis, carabinas e espingardas. Armas automáticas: São armas que atiram em modo contínuo, através de rajada, sendo necessário o operador manipular o ferrolho uma única vez, “engatilhando” a arma e manter seu gatilho pressionado para que os disparos sejam efetuados sem parada, até o momento em que o operador deseje parar ou a munição acabe. (https://cf.fandom.com/wiki/Metralhadoras) Calibre pode ser entendido como real ou nominal. O calibre real corresponde aos cheios do raiamento. O calibre nominal corresponde aos fundos e ao diâmetro do projétil. Qué pouco maior que o cano, já que o projétil deve ser forçado ao raiamento para ter rotação. (https://cacbrasil.org.br/planos-de-associacao/) A nomenclatura é feita através de números que correspondem ao calibre real seguida de uma nomenclatura escolhida pelo frabricante. Essa nomenclatura segue três padrões diferentes: o europeu, o inglês ou o americano. Que geralmente indica o país de fabricação, mas não é uma obrigação seguir. Por exemplo, um calibre produzido na europa pode receber uma nomenclatura americana, vai da vontade do fabricante. Na europa é usado o sistema métrico, assim como no Brasil, daí nomenclaturas como 9x19mm ou 10mm. Os ingleses preferem o uso do milésimo de polegada, seguido por 3 algarismos como .300 Winchester Magnum e o .454 Casull. Os americanos preferem centésimos de polegadas, com 2 algarismos como no .40 S&W, .45 ACP e o famoso .38SPL (que todo mundo esquece de citar o ponto) Outra confusão que pode surgir é quanto a nomenclatura. Alguns calibres podem receber nomes diferentes vindo de seus fabricantes ou países Ex: no Brasil temos o calibre .380 ACP, que pode ser encontrado como 9 mm Kurtz, 9 mm Browning ou 9x17 mm (os 17 refere-se ao estojo) Em calibres de armas de alma lisa o valor representa a fração de chumbo para obter uma libra (454 gramas aproximadamente). (Centro de material bélico – PMSC) (https://portaldotiro.com/artigos- tecnicos/municao/conceitos-basicos-sobre-calibre/) (https://www.pantanalsports.com.br/d/armas-de- fogo/municao-cartuchos-espingardas-cal-12.aspx) Lembrando que independente do calibre, sempre haverá variações no tipo do projétil, propelente, estojo e etc. Aqui algumas variações de projéteis. (https://www.primeguns.com.br/municao-para- armas-de-fogo-entenda-as-diferencas/) O projétil é a parte do cartucho que será lançada através do cano. É Composto pela ponta (parte superior do projétil, fica quase sempre exposta, fora do estojo; corpo (cilíndrico, geralmente para aumentar a fixação do projétil ao estojo); e base (parte inferior do projétil, fica presa no estojo e está sujeita ás ações dos gases resultantes da queima da pólvora). Balística terminal Quando falamos em balística terminal devemos pensar vários fatores, como tipo de munição, distância do tiro, expansão ou não do projétil, área vital, energia, adrenalina, lesões de interesse médico legal, etc. Vários são os fatores abordados e dentro desta área também será vista a balística do caos. A incapacitação se dará através da perda significativa de sangue pela lesão perfurocontundente ou dispersão de energia cinética rompendo vazos calibrosos. Também, ocorrerá se acertar o centro da cabeça na zona de incapacitação imediata. Aqui a morte é iminente, enquanto que por hemorragia, despende-se um tempo em que o agressor permanece ativo e com possibilidade de ataque. É importante observar o diâmetro do projétil e sua capacidade de expansão e penetração.Alguns modelos chegam a expandir 60% do seu diâmetro original, causando mais danos. Porém, podem ter um menor poder de penetração. (https://hojenomundomilitar.com.br/armas-de-fogo-modernas-para-operacoes- policiais/) Velociade do projétil e nível de energia muito influenciam na lesão e formação da cavitação. (http://blog.tocandira.com.br/desvendando-a-nomenclatura-dos-calibres- de-armas-de-fogo/) Incapacitação do agente tem total ligação com a balística do caos. Não basta acertar o alvo que se deseja, mas outros fatores como fisiologia, uso de drogas, adrenalina, mentalidade de combate e desejo pela vida influenciam na hora do tiroteio. O uso de uma munição jaquetada pode influenciar, já que ela pode em teoria atravessar mais facilmente barreirar por seu núcleo de chumbo ser recoberto por uma liga metálica mais dura como latão ou cobre. Comprimento do cano também influenciam na estabilidade do projétil e ganho de energia pelo poder de expansão dos gases provenientes da queima do propelente. Obs. Tamanho é documento! Pense em um agressor ferido, porém que utilizou de alguma droga estimulante, associado ao desejo de viver, este não cessará a agressão até que sua munição acabe ou sua arma entre em pane. RT 605 cano de 2 polegadas e RT357H cano de 8,3 polegadas. (https://www.armastore.com.br/armas-de- fogo/revolveres/revolver-taurus-rt-605-calibre-357-mag-2- inox/) (https://www.1911brasil.com.br/armas-de- fogo/revolveres/revolver-taurus-rt-357h-357-mag-dual-tone-8- 3-7-info) Em medicina legal, ao observar as lesões causadas, deve-se determinar a distância do tiro. Se encostado, a curtíssima, curta, média ou longa distância. Nos casos de tiro encostado em plano ósseo podemos encontrar um fenômeno chamado câmara de cina de Hoffmann e sinal de Benassi ou Benassi-Cueli que basicamente é um halo de fuligem sobre o periósteo. Outro sinal do tiro encostado é o sinal de Werkgaertner. Nos diz Genival Veloso França quan aos disparos a curta distância: “Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases.” A forma arredondada ou elíptica diz respeito a posição do atirador, se este encontrava-se em um plano retilíneo ou não. A inclinação da arma determinará junto da posição da vítima. A orla de escoriação se dá pela ação contusa do projétil ao perfurar a pele arrancando-a através de seu movimento de penetração. Este sinal pode conter microfissuras radiais e deverá ter bordas invertidas caracterizando entrada de um corpo estranho. Halo de enxugo ou orla de Chavigny é a passagem do projétil por tecidos causando atrito e contusão, limpando nesses tecidos suas impurezas. O halo ou zona de tatuagem surge da impregnação de grãos de pólvora que não entraram em combustão e que alcançaram o corpo no momento do disparo. A zona ou orla de esfumaçamento é proveniente da fuligem fina de pólvora combusta que localiza- se ao redor do ferimento de entrada. Também conhecida como zona de falsa tatuagem, pois, lavando o local ela desaparece, ao contrário da tatuagem que é fixa pelo encrostamento da pólvo incombusta. A zona de chamuscamento, comumente vista em regiões cobertas de pelos, os quais ficam crestados e quebradiços, tipicos de ação por calor. A pele pode ficar apergaminhada em tom vermelho-escura. A aréola equimótica é vista como um ponto, decorrente da sufusão hemorrágica oriunda da ruptura de pequenos vasos próximos do ferimento. Zona de compressão de gases, vista apenas nos primeiros instantes no vivo causada pela depressão da pele em virtude dos gases quentes propelidos pelo cano da arma. Em disparo a distância temos: A orla de escoriação, ou anel de Fisch, segundo França, “tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro.” (Encarte colorido. Genival Veloso França. Medicina Legal) Ainda citando Genival Veloso França: “temos o sinal de funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold. Na lâmina externa do osso, o ferimento de entrada é arredondado, regular e em forma de “saca-bocado”.” “Na lâmina interna, o ferimento é irregular, maior do que o da lâmina externa e com bisel interno bem definido, dando à perfuração a forma de um funil ou de um tronco de cone. O ferimento de saída é exatamente o contrário.” (Encarte colorido. Genival Veloso França. Medicina Legal) Se o projétil atingir o crânio tangencialmente, teremos aí o buraco de fechadura. Assim como característico em medicina legal são as perfurações por múltiplos projéteis, característicos de uso de cartuchos de armas de alma lisa. Munição anti-motim (https://www.saladearmas.com/noticia/cartuchos-antimotim- antidisturbios) (https://www.cbc.com.br/produtos/12-70-antimotim-curta-distancia/) Primeiramente ao falarmos em balística é necessário identificar a arma periciada. Como visto nas aulas anteriores, há vários tipos e modelos. Aqui falaremos das formas de identificá-las. Identificação direta ou imediata. Identifica por nome, tipo, marca, nacionalidade, calibre e etc. A identificação pode ser genérica, quando identifica o gênero, como revólver, pistola, espingarda. Específica, quando determina a espécie no mesmo gênero como Revólver Taurus .38 SPL e revólver Rossi .38 SPL Individual quando o reconhecimento é particular, como pelo número de série. Identificação indireta ou mediata. É feita por estudos comparativos macroscópicos e microscópicos nos elementos que constituem a munição e a munição do suspeito a ser comparada. Balística forense Nas armas de alma lisa, a identificação é feita através das deformações nos cartuchos e nas espoletas. Nas armas de alma raiada, a identificação é feita através das estrias do projétil em microcomparação. (https://www2.camara.leg.br/atividade- legislativa/comissoes/grupos-de-trabalho/56a- legislatura/legislacao-penal-e-processual- penal/apresentacoes-em- eventos/apresentaosinab120419_JooAmbrsio.pdf) A comparação é realizada através de um microscópio óptico chamado microcomparador balístico. (https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/grupos-de- trabalho/56a-legislatura/legislacao-penal-e-processual-penal/apresentacoes-em- eventos/apresentaosinab120419_JooAmbrsio.pdf) Lembrando que a manipulação do projétil nunca deverá ser feita com pinça metálica ou qualquer objeto que possa causar danos as estrias. Deverá utilizar material emborrachado ou de plástico para maior preservação, vez que o projétil pode estar em perfeitas condições ou já danificado por conta do choque em um osso ou anteparo. Ao retirar o projétil do corpo, deverá ser acondicionado em envelope de papel pardo e depois em saco plástico lacrado. Nunca colocar dois projéteis ou dois estojos juntos no mesmo recipiente ou com munição íntegra. Evitar quedas, não deixar em contato com superfície áspera ou abrasiva. Não inscrever nada no estojo ou projétil, escreva no saco plástico do lacre. Busca-se padrões para o exame. Os exames serão qualitativos quando as características forem marcantes, evidentes e presentes na maioria dos padrões examinados. E serão quantitativos sequenciais, quando se tem características inconstantes e tênues. Quanto aos resultados, podem ser: Conclusivos de concordância: quando o projétil foi expelido pelo cano da arma periciada como suspeita e a marca do pino percutor e a mesma; Conclusivo de discordância: o projétil não foi expelido pelo cano da arma periciada suspeita, nem a marca do percurtor é semelhante; Inconclusivo: Quando não há microelementos necessários para conclusão das características individualizadoras. Exame resíduográfico. O exame é feito para a detecção de vestígios de disparo de arma de fogo nas mãos do suspeito consiste na pesquisa de íons ou fragmentos metálicos de chumbo, coletado das mãos do suspeito medianteo atrito de uma fita adesiva contra sua mão e fixação da fita em um papel filtro. Nessas tiras de papel filtro é borrifada solução acidificada de rodizonato de sódio. Se as tiras apresentarem pontos de coloração avermelhada, indicam resultado positivo para o disparo. Fonte: Artigo • Quím. Nova 27 (3) • Jun 2004 • https://doi.org/10.1590 /S0100-40422004000300009 ) A presença destes elementos, entretanto, deve ser interpretada com cautela, já que influências externas podem atuar decisivamente em uma análise final, especialmente pelo fato dos elementos serem facilmente encontrados em diversas atividades ocupacionais. Como por exemplo, atividades relacionadas a reparos e manutenção de automóveis constituem-se em importantes fontes de contaminação de antimônio, bário e chumbo. Esta variabilidade tem sido constatada e pode ser associada às características próprias de cada indivíduo (tamanho das mãos, atividades ocupacionais e hábitos higiênicos), assim como ao estado de conservação das armas de fogo utilizadas. Perícia em estojo Numeração de estojo Na perícia em estojo é observada a marca que fica de arranhão de quando o estojo sai do carregador para a câmara e a marca de impacto lateral de entrada na câmara no culote do estojo. (https://www.youtube.com/watch?v=fqD6O2BcEK4) Dentre as várias partes que devemos observar, estão a marca da culatra da arma no estojo, marca de arrasto, de retardo, de impressão do percutor, de cisalhamento e de extração. (https://docplayer.es/119343935-Centro-de-estudios-balisticos-rosario.html) (https://gassentiro.com.br/40-sw-x-excesso-de-pressao-cuidados/) Rompimento de parede do estojo por falta de cobertura da câmara. (https://gassentiro.com.br/40-sw-x-excesso-de-pressao-cuidados/) (https://gassentiro.com.br/municoes-p-e-p/) Câmara com e sem suporte. (https://gassentiro.com.br/municoes-p-e-p/) (https://docplayer.com.br/1537878-Pcf-lehi-sudy-dos-santos- instituto-nacional-de-criminalistica-area-de-pericias-em- balistica-forense.html) Referências DIMAIO, Vicent J. M. Gunshot wounds: practical aspects of firearms, ballistcs, and forensic techniques. 3ª ed. Boca Raton: CRC Press, 2016. CUNHA NETO, João da. Balística para profissionais do direito. – São Paulo: Clube de Autores, 2020. Plataforma Malthus Galvão. Disponível em: https://malthus.com.br/default.asp? oba=1195zzz5z20z1z0z50zz1110310000031181010200 0000FFFFFFz778867089 NAKAMURA, Edson Minoru, et. al. Manual de armamento e tiro. São Paulo, 2015. Portal Gassen Treinamentos de Armamento e Tiro. Disponível em: https://gassentiro.com.br/ Portal Armas Club. Disponível em: https://www.armasclub.com/ Glock do Brasil. Disponível em: https://br.glock.com/pt-BR/ E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro o curso de "BALISTICA FORENSE".
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