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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EM ATIVIDADES LOGÍSTICAS 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Gradua-
ção. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educa-
cionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conheci-
mento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desen-
volvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de pro-
mover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou ou-
tras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiá-
vel e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e 
ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na 
oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento 
e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................... 2 
1.INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5 
2.TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) ......................................................................... 5 
2.1.Evolução Da TI ........................................................................................................... 6 
2.2.Características Da TI .................................................................................................. 7 
2.3.A Importância Da TI Nas Empresas ........................................................................... 9 
3.TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO APLICADAS A LOGÍSTICA ............................... 10 
3.1.Warehouse Management System (WMS) ................................................................ 10 
3.2.Transportation Management Systems (TMS) ........................................................... 11 
3.3.Códigos De Barras ................................................................................................... 12 
3.4.Radio-Frequency Identification (RFID) ..................................................................... 12 
3.5.Tecnologia de Reconhecimento de Voz ................................................................... 14 
3.6.Electronic Data Interchange (EDI) ............................................................................ 15 
3.7.Vendor Managed Inventory (VMI) ............................................................................ 16 
3.8.Enterprise Resource Planning (ERP) ....................................................................... 17 
4.TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS MODELANDO O FUTURO DA LOGÍSTICA .......... 17 
4.1.Decisões Mais Ágeis ................................................................................................ 18 
4.2.Colaboração ............................................................................................................. 19 
4.3.Resposta Eficiente A Clientes E Consumidores ....................................................... 20 
4.4.Administração De Riscos ......................................................................................... 21 
4.5.Visibilidade ............................................................................................................... 22 
4.6.Otimização De Custos .............................................................................................. 22 
 
 
 
 
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5.COMO AS ORGANIZAÇÕES SÃO AFETADAS PELA TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 23 
6.SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL (ERP) ............................... 25 
7.MOBILIDADE .............................................................................................................. 26 
8.TECNOLOGIA PARA VISIBILIDADE E DESEMPENHO ............................................ 29 
9.NAVEGANDO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO .......................................................... 30 
9.1.Leilão Reverso ......................................................................................................... 32 
10.LOGÍSTICA REVERSA ............................................................................................. 33 
10.1.Uso Da Tecnologia Na Logística Reversa .............................................................. 35 
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Hoje os avanços tecnológicos tem proporcionado à humanidade um patamar de 
informação jamais visto antes na história da humanidade, o mundo tornou-se um espaço 
onde tudo está interligado grade parte desse nível de informação se deve a evolução 
computacional e a rede mundial de computadores. 
 
“A evolução da tecnologia da informação tornou possível um meio global de co-
municação com total disponibilidade de informação, juntamente com a estabili-
dade de informações, juntamente com o estabelecimento de uma nova fronteira 
digital, para caminhar na direção de uma economia globalizada” (DI SERIO E 
DUARTE, 2001). 
 
Devido essa evolução no nível de informação o modo de tratamento dela também 
evoluiu, surgindo assim como ferramenta de tratamento dessas informações a tecnologia 
da informação segundo pesquisa realizada SEBRAE (2010) apontam que cerca de 60% 
das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) no país fazem investimentos em Tecnologia da 
Informação. Em 2009, esses investimentos atingiram US$ 7, 4 bilhões 
Hoje não basta apenas oferecer um serviço ou determinado produto para um mer-
cado consumidor, as organizações tem que levar em conta vários estudos de mercado 
como por exemplo condição financeira da população, como esse produto será distribuído 
qual o retorno de lucro para a organização, tais informação podem determinar a vida ou 
morte das empresas. A tecnologia vem atuando com um importante papel nas organiza-
ções nos processos de planejamento, implementação e controle de uma forma bem sa-
tisfatória tanto para o consumidor como para as empresas que adotam essa pratica. 
 
2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) 
O que é TI? 
 
 
 
 
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“Tecnologia da Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade 
para tratar e ou processar dados ou informações, tanto de forma sistêmica como esporá-
dica, quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo” Cruz (2010, p.26) 
2.1. Evolução Da TI 
“A importância da informação no mercado tão globalizado como nos dias de hoje 
é um dos protagonistas pelo crescimento do mercado de TI; a tecnologia da informação 
pode ser decisiva para o sucesso ou fracasso de uma empresa, contribuindo assim para 
que a organização seja ágil, flexível e forte" (ALBERTIN, 2OOO). 
“Os computadores não supriam as necessidades de modo satisfatório e exigiam 
mão de obra especializada, devido à complexidade de seus programas. Nos anos 70 e 
80, os equipamentos tornam-se mais acessíveis, houve acentuado queda nos preços” 
(BOAR,1999) 
Surgem de forma rudimentar, os microcomputadores, os quais permitiram melhor 
integração entre os usuários e os especialistas de TI, abrindo caminhos para novas des-
cobertas tecnológicas. “Definitivamente os microcomputadores ganharam espaço e tor-
nara-se popularizados, devido ao preço e a capacidade de armazenamento de informa-
ção” (LAURENTINO, 2002). O principal propósito de coletar, manter e manipular os da-
dos dentro da empresa e tomar decisões,abrangendo desde o estratégico até o opera-
cional. “Estas atividades foram conduzidas informalmente por vários anos. Entretanto, 
com a disponibilidade de computadores de alta velocidade, que possuem capacidade de 
armazenagem de dados cada vez maior, os procedimentos em torno do manuseio de 
dados tornaram-se mais estruturados” (BALLOU, 2001, p.109) 
Os computares tornou-se muito mais velozes, de diferentes tamanhos. Seus meios 
de armazenamento têm maior capacidade permitindo acessos aos dados de forma mais 
direta. Nas tecnologias de entrada. dos cartões e fitas de papel perfurados, chegou-se 
ao teclado, ao escaneamento óptico, e mais recentemente, ao reconhecimento de voz. 
 
 
 
 
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“Nas tecnologias de saída, dos relatórios impressos, evolui-se pra as para as exibições 
de textos e gráficos em vídeo os hipertextos multimídia” (COSTA e SIQUEIRA, 2002). 
“Novos sistemas operacionais e programas para gerenciamento de redes locais 
tornaram-se populares e mais fáceis de serem utilizados gerenciadores com novas fun-
ções e armazenamento dados não estruturados já estão presentes no mercado” 
(DOLCI et al, 2004). 
Mas surgiu a necessidade de se ter uma visão global deste fluxo. Somente na 
década de 90, o desenvolvimento tecnológico avançou significativamente e a TI venceu 
os obstáculos e criou novas alternativas. “Surge uma das mais importantes ferramentas 
que revolucionou a história da informação: a Internet” (LAURINDO, 2002, p.28-31). 
Durante os anos de 90 e até os dias atuais, o desenvolvimento da tecnologia da 
informação e a expansão da internet em todo o planeta têm sido por diversas perspecti-
vas, de fundamental importância. Não há dúvida de que no futuro a época atual será 
lembrada com a mesma intensidade como por exemplo, a época da revolução industrial, 
alavancada pela máquina a vapor. “Guardadas as devidas proporções, o computador e 
a internet são certamente a máquina a vapor dos dias atuais”. (PIRES, 2004, p.46) 
2.2. Características Da TI 
A TI tem como obrigação disponibilizar recursos para a execução de tarefas seja 
eficaz de armazenagem, solicitação de produtos ou serviços ofertados pelas empresas. 
Possui também um papel fundamental na coleta de informações e até mesmo nas ne-
cessidades do mercado. Auxiliando e disponibilizando tais informações para uma boa 
tomada de decisões dentro da empresa, tornando assim a implementação da logística 
mais eficiente, tais recursos são de natureza computacional, são programas de compu-
tadores, onde há uma infinidade de ofertas no mercado, todos com finalidade de apre-
sentar soluções logísticas que ajudem a empresa a ser torna eficaz nas suas atividades 
 
 
 
 
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como controle de entrada e saída de mercadorias o fluxo das informações é muito impor-
tante nas operações ligadas a logísticas, como: pedidos de clientes, necessidade de es-
toque, movimentações nos armazéns, entrega e entre outras ações. 
Há alguns estudiosos que chama esse informalmente este fluxo de informação 
logística de “modal infoviário” modelo este criado para trafegar quantidades enormes de 
dados para assim facilitar e agilizar os processos no transporte de carga. Antigamente, 
este fluxo dava-se através de papeis chamados ‘’blocos de pedidos’’ onde o pedido era 
descrito manualmente, feito isso o pedido era enviado para o centro de processamento 
de dados o (CPD), onde lá era analisado o cliente e seu limite de credito antes cadas-
trado, e só então seu pedido era liberado, isso tonava o processo com uma comunicação 
lenta pouco confiável e com grande possibilidade de erros, sem contar que o raio de 
atuação das empresas limitava-se a alguns quilômetros de seu espaço físico, devido não 
ter tratamento informatizado para transferir essas informações. 
Atualmente o gerenciamento e transferência de dos eletrônicos tem sido um 
grande avanço uma vez que , com isso podemos observar uma eliminação de alguns 
processos que tornavam a atividade logística lenta e menos rentável para a empresa, no 
que se diz respeito à comunicação informatizada o ganho tanto na agilidade quanto na 
consistência da informação veio a aumentar. A quantidade de erros dentro do processo 
diminui como um todo e um dos grandes parceiros que possibilitaram este avanço foram 
os sistemas de informação aplicados às empresas. 
Sendo assim, para o tratamento destas informações, não bastar ter apenas equi-
pamentos e materiais para a produção, a mão de obra qualificada vem a ser, um dos 
fatores primordiais dentro de qualquer empresa, o responsável pelo tratamento das infor-
mações que é o profissional da tecnologia da informação. Este deve ter formação espe-
cífica para manusear, exercer tarefas relacionadas à informática dentro da empresa tor-
nada as execuções das tarefas confiáveis e aplicáveis. 
 
 
 
 
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2.3. A Importância Da TI Nas Empresas 
Conforme Chopra e Meindln (2001, p.354): 
 
“Informação é essencial para tomar boas decisões de gerenciamento de cadeia 
de suprimentos porque ela proporciona o conhecimento do escopo global neces-
sário para tomar boas decisões. A tecnologia da informação proporciona as fer-
ramentas para reunir estas informações e analisá-las objetivando tomar as me-
lhores decisões sobre a cadeia de suprimentos.” 
 
TI é uma ferramenta essencial para as empresas atualmente, este tem como ob-
jetivo aumentar o fluxo de informações trafegadas na mesma, ou seja, aumento das ope-
rações e atividades e competitividade no mercado além de reduzir os custos da empresa. 
Oferecendo a ela estatísticas de crescimento em vendas, atendimento, raio de atuação 
entre outros. TI organiza as informações dentro da empresa, proporcionando rápido 
transporte da informação e oferecendo sigilo a dados que pertence somente à empresa, 
Conforme Chopra e Meindl (2001): 
 
“informação é essencial para tomar boas decisões, A tecnologia da informação 
proporciona as ferramentas para reunir estas informações e analisá-las objeti-
vando tomar as melhores decisões”. 
 
De maneira geral, eficiência significa fazer bem as coisas, enquanto que eficácia 
fazer as coisas certas. A eficácia está associada ao uso dos recursos, enquanto a eficá-
cia está associada com a satisfação de metas, objetivos e requisitos. Eficiência está re-
lacionada com aspectos internos a atividades de TI e a adequada utilização dos recursos, 
enquanto que a eficácia confronta os resultados das aplicações de TI com os resultados 
das aplicações de TI com os resultados no negócio da empresa e os possíveis impactos 
na sua operação e estrutura. Ser eficaz em TI significa utilizá-la para alavancar o negócio 
da empresa, tornando-a mais competitiva. 
 
 
 
 
 
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3. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO APLICADAS A LOGÍSTICA 
Rogers (2003) define logística e tecnologia da informação como uma aplicação da 
informática, que é usado para ajudar no planejamento, implementação, controle de pro-
cedimentos para o transporte e armazenamento de bens e serviços do ponto de origem 
ao ponto de consumo. Estabelecer uma conexão entre logística e tecnologias da infor-
mação, pode-se ter retornos no desenho logístico. 
É importante o uso da tecnologia aplicada a logística, pois permite a integração e 
colaboração entre os setores, aumentando e facilitando a capacidade de alimentação de 
informações na cadeia logística (HUSCROFT et al, 2013). Todos os setores de uma or-
ganização estão ligados por um sistema, os dados bem organizados ficam mais fácil para 
um gestor tomar decisões. 
Salgado (2013), destaca que, cada área da empresa, ligada a logística recebe, 
processa armazena e gera informações que podem ser processadas manualmente, por 
planilhas eletrônicas, ou estar integradas por um sistema, um programa de computador, 
que compartilhe os dados com as demais áreas. 
3.1. Warehouse Management System (WMS) 
O Warehouse Management System (WMS) é utilizado para administrar armazéns, 
almoxarifado ou centro de distribuição,o software auxilia na redução de custo, aumento 
de produtividade, confiabilidade, rastreabilidade e precisão nas informações, sendo im-
portante para o desempenho do armazém. 
O Software WMS é uma ferramenta informatizada, que tem a função de gerenciar 
por meio da automação as tarefas habituais de um centro de distribuição logístico (VI-
ERA, 2012; ACKERMAN, 2004), descreve que, o WMS é a união de hardware e software 
buscando o eficiente controle de estoques, espaços físicos e facilitar as atividades que 
os empregados desempenham. 
 
 
 
 
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O WMS, traz vários benefícios ao gestor para administrar um armazém, como: 
melhora o aproveitamento do espaço, agilidade nos pedidos, redução de perdas, erros 
de processos de armazenagem e dependência do fator humano (CAXITO, 2011). 
3.2. Transportation Management Systems (TMS) 
O Transportation Management Systems (TMS) monitora e controla frotas e cargas, 
apoiando a negociação quanto ao frete, planejamento e execução de tarefas, tendo como 
principais benefícios: redução de custos dos transportes; do tempo necessário para pla-
nejar a distribuição e montagem de cargas; e disponibiliza as informações on-line (BRUM, 
2015). 
O auxílio a gestão da cadeia de suprimento nos níveis táticos e operacionais, apoi-
ando a tomada de decisões por meio das informações transacionais, com alto nível de 
detalhe, propiciando o controle das operações, apoiando também nas negociações de 
contratos e capacidade das instalações, essas são características do TMS (FESTA e 
ASSUNÇÃO, 2012). 
As operações de transportes têm um “grande impacto nas organizações, principal-
mente financeiros, estima-se que um terço dos custos logísticos seja de transporte, 
quando é um produto de baixo custo pode chegar a um terço, quando o frete tem grande 
representação” (CAXITO 2011, p.46). 
Para Salgado (2013, p.94), o TMS “permite o planejamento e o monitoramento das 
atividades envolvidas desde a etapa de programar uma coleta, passando pela consolida-
ção da carga até sua efetiva entrega e pagamento”. Para tanto, todas as operações de 
distribuição, planejamento de rotas, emissão de documentos, montagem de cargas, 
acompanhamento das entregas e rastreamento podem ser feitas pelo sistema TMS. 
 
 
 
 
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3.3. Códigos De Barras 
A o código de barras foram inicialmente desenvolvidos para atender a necessida-
des de indústrias específicas e, em seguida, foram padronizados para usar em diferentes 
áreas das empresas e mercado (KUMAR e NIGAM, 2014). 
Os códigos de barras têm por finalidades, identificar produtos, caixas de embar-
que, locais de armazenagem, palhetes retornáveis, documentos, contêineres, etc. (SAL-
GADO, 2013). 
Conforme o mesmo autor, Salgado (2013) existem dois tipos de códigos de barras: 
os lineares que são utilizados em embalagens individuais que encontramos nas pratelei-
ras dos supermercados e farmácias e também nas caixas de papelão para embarque e 
transporte; os bidimensionais são mais comuns em medicamentos, porque permitem con-
ter informações em pequenas embalagens. 
Caxito (2011), ressalta que, as principais vantagens e desvantagens do código de 
barra são: vantagens: rapidez e melhoria da segurança na coleta de dados; economia de 
tempo entre a entrada de dados, processamento e disponibilização da informação; mini-
mização dos custos quando comparada a coleta manual de dados; redução de erros de-
correntes da digitação de dados; melhoria do nível de serviço e redução de tempo para 
o consumidor; entre outros. Entre as desvantagens estão: custo considerável de equipa-
mentos para leitura e impressão; monitoramento para verificar a qualidade de leitura e 
impressão dos códigos de barra; cuidado extra com produtos suscetíveis a danos físicos 
a superfície da etiqueta/área contendo o código, ocasionando erros de leitura. 
3.4. Radio-Frequency Identification (RFID) 
O Radio-Frequency Identification (RFID) tem sido amplamente utilizado nos últi-
mos anos e vem ganhando popularidade nas indústrias de transformação e varejo no 
decorrer dos anos (OSYK et al, 2012; ANAND e WAMBA, 2013). 
 
 
 
 
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RFID é uma tecnologia de controle que permite a rastreabilidade dos bens por 
meio de todas as etapas da cadeia de produção (NGAI et al., 2008; SHI. PAN e LANG, 
2009). 
Tal tecnologia ganhou importância no cenário logístico por ser seguro quando 
pensa em rastreabilidade por ser: versátil em contextos operacionais (exemplo: à prova 
de água, antimagnético, suportando altas temperaturas); versátil no contexto logístico, 
permitindo um leque muito diferente de distâncias de leitura; ter longa vida útil, etc. (SA-
RAC, ABSI e DAUZERE-PERES, 2010). 
Para Salgado (2013) essa tecnologia utiliza a rádio frequência para leitura de da-
dos, conta com as etiquetas inteligentes, etiquetas com microchip, que medem menos de 
1 milímetro, os produtos podem ter o microchip num local não visível ao olho humano. 
Para Caxito (2011) uma das características da etiqueta RFID é a leitura dos pro-
dutos em movimento, essa tecnologia facilita o controle de fluxo em toda a cadeia da 
empresa, desde fabricação a entrega no cliente. Poucos estudos ainda são feitos refe-
rente a tecnologia RFID na indústria, porém, as vantagens que essas tecnologias trazem 
para o negócio são muitas, tais como: otimização do processo de negócio, aprimora-
mento da comunicação de sistema para sistema, entre outros (KUMAR, 2016). 
RFID (Radio Frequency IDentification) é um termo genérico que descreve um sis-
tema que transmite a identidade de um objeto ou mesmo pessoa usando ondas de rádio. 
Esta tecnologia se enquadra dentro de uma categoria tecnologia de identificação auto-
mática. Dentro desta categoria ou grupo encontram-se os leitores óticos, código de barras 
e leitores biométricos. Estes equipamentos em grande parte surgiram com o objetivo de 
eliminar as operações manuais e também aumentar a acurácia dos dados entrados em 
computadores. 
A diferença entre os coletores de código de barras, ainda bastante difundidos, é 
que estes necessitam da interação humana para sua operação, enquanto o RFID foi pro-
jetado para coletar dados e efetuar a transmissão sem a necessidade do ser humano. 
 
 
 
 
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Milhares de organizações utilizam hoje esta tecnologia. O que mais tem atraído a atenção 
das empresas é efetivamente o potencial que a tecnologia oferece para uma maior visi-
bilidade e maior controle da cadeia de abastecimento, uma vez que é perfeitamente fac-
tível identificar o posicionamento de um produto ao longo da cadeia de forma totalmente 
precisa. 
Os custos das etiquetas ainda continuam elevados e complexos estudos ainda 
precisam ser efetuados para concluir se é viável ou não a implantação do RFID, princi-
palmente pelo lado tangível. Os leitores de rádio frequência posicionados em prateleiras 
ou em posições estratégicas podem monitorar o fluxo dos produtos movimentados entre 
áreas, despachados, vendidos, etc. Em supermercados, por exemplo, a tecnologia pode 
avisar a área de estoques quando os produtos nas gôndolas estão terminando para que 
sejam repostos. 
O mesmo pode passar entre a área de estoques do supermercado e o fornecedor 
de produto, para que haja um fluxo mais ágil e tudo sem a interferência de pessoas. Em 
2003, a gigante varejista Wal-Mart deu o pontapé inicial para a divulgação e maior uso 
da tecnologia exigindo que os seus cem maiores clientes colocassem etiquetas em suas 
caixas de produtos. O objetivo era estrategicamente baixar o preço das etiquetas, possi-
bilitando que outras empresas viessem a adotar a tecnologia. Embora não seja a única 
razão, de certa forma a estratégia funcionou. E RFID hoje é uma tecnologia poderosa e 
é um item importante na agenda das organizações. 
3.5. Tecnologia de Reconhecimento de Voz 
A tecnologia habilitada por voz está de certa forma assumindo a partir de onde a 
tecnologia de código de barras de certaforma permaneceu, com uma promessa de trazer 
à cadeia de abastecimento um maior desempenho operacional. 
Os trabalhadores nos depósitos e centros de distribuição conseguem elevar subs-
tancialmente a produtividade com um decréscimo dos erros de operação. É um sistema 
onde os profissionais usam aparelhos auriculares e microfones que se conectam a um 
 
 
 
 
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computador. Este computador por sua vez se conecta a um servidor que roda a aplicação 
principal a qual irá receber os dados que são transmitidos através de ondas de rádio. 
A informação deste servidor é enviada ao computador móvel e é transformada em 
uma fala que é ouvida pelo operador através do auricular, dando instruções sobre o pe-
dido a ser separado – essencialmente: produto, quantidade e local. Uma vez finalizada a 
operação, o profissional avisa da finalização do processo, o computador reconhece a voz 
e retroalimenta o servidor. Este processo permite que operadores trabalhem com as 
mãos livres e não necessitem acessar informações em telas de computadores. No Brasil, 
o Pão de Açúcar, adotou a tecnologia em uma de suas unidades de distribuição, através 
da implantação da tecnologia de voz Vocollect. 
3.6. Electronic Data Interchange (EDI) 
Para Salgado (2013), no EDI, as empresas compartilham e trafegam informações 
através de redes de telecomunicação, com regras e padrões internacionais para troca de 
dados, conhecido como EDIFACT. 
O EDI é o movimento de dados do negócio interno ou externo a empresa, eletro-
nicamente estruturado por, um computador processável e que tenha formato que permita 
que os dados sejam transferidos a partir de um aplicativo de negócio local, para um outro 
aplicativo de negócios, (HILL e FERGUSON,1998). 
Rogers, Daugherty e Stank (1992), descrevem que, o EDI é uma tecnologia chave 
para o comércio eletrônico, permitindo a troca de informação como, documentos padrões 
de transações, conhecimentos de embarque ou pedidos de compra em duas organiza-
ções, entre computadores. 
 
 
 
 
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3.7. Vendor Managed Inventory (VMI) 
Salgado (2013), descreve VMI como uma técnica que permite o acompanhamento 
pela indústria, das vendas de seus produtos no varejo e repor automaticamente os esto-
ques quando necessário, reduzindo o tempo de análise e coleta dos dados. Para JI, 
SHEN e WEI (2008), o VMI cria valor tanto para o fornecedor quanto para o cliente, na 
situação de ganha-ganha. 
O fornecedor beneficia-se pela maior confiabilidade na gestão da produção e dis-
tribuição de seus produtos, podendo minimizar os níveis de ruptura e maximizar a coor-
denação das entregas. 
Para o cliente elimina-se necessidade de gerir os seus estoques, tirando os custos 
associados a este. No VMI, decisões logísticas centralizam-se no centro de distribuição, 
possibilitando minimizar os custos de armazenagem e movimentação (GUIMARÃES et 
al, 2015). 
O VMI é uma cadeia de fornecimento bem conhecido e amplamente utilizada entre 
um fornecedor e um cliente, (por exemplo, fornecedor/fabricante ou distribuidor/vere-
gista), em que o fornecedor gerencia o estoque no cliente e decide quando e quanto 
reabastecer (TAT, TALEIZADEH e ESMAEILI, 2013; LEE, CHO e PAIK, 2015). 
 Dong e Xu (2002) e Niranjana, Wagnera e nguyen (2012), ressaltam que no VMI, 
o fornecedor está autorizado a gerir o estoque no cliente. Sendo assim, os varejistas não 
são apenas protegidos contra falta ou excesso de mercadoria, mas também não incorrem 
em custos de encomenda (DARWISH e ODAH, 2010). 
O VMI pode oferecer para o comprador e o fornecedor em uma cadeia de supri-
mentos, redução na quantidade de reabastecimento, após sua implementação (DONG e 
XU, 2002). O VMI pode ter papel de uma cadeia de suprimentos integrada (JI, SHEN, e 
WEI, 2008). Para Kuk (2004), esse regime de cooperação entre fornecedor e comprador 
 
 
 
 
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é amplamente utilizada por um número de empresas bem conhecidas que vão desde 
Walmart, Intel e Shell. 
3.8. Enterprise Resource Planning (ERP) 
O ERP é um pacote de software de negócios que planeja recursos empresariais 
combinando uma série de módulos que atendem todos os requisitos de uma organização, 
estruturando, automatizando e combina tarefas de todo o negócio, como: compras, ven-
das, controle de estoque, recursos humanos, produção planejamento e finanças. (ERDE-
BILLI e ERKAN, 2011) 
Para Alecrim (2010), o ERP se divide em módulos conforme a necessidade da 
empresa, sendo os principais: financeiro, contabilidade, recursos humanos, ativo fixo, 
processos, projetos e jurídicos, podendo serem complementados se necessário com os 
módulos estoques, distribuição de produtos, frota, comercio exterior, gestão do conheci-
mento, controle de materiais, automação comercial, análise de risco. 
Al Bar et al. (2011), ressaltam que, o ERP satisfaz a demanda da gestão empre-
sarial, unindo todos os departamentos da empresa, oferecendo solução para avaliar, pro-
gramar e gerir os negócios. O ERP oferece ferramentas para a gestão compartilhada, 
integrando e otimizando processos de negócios, sendo flexíveis o suficiente para adap-
tar-se às necessidades futuras das organizações (RETTIG, 2007). 
 
4. TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS MODELANDO O FUTURO DA LO-
GÍSTICA 
Já de longo tempo a tecnologia da informação tem sido de extremo suporte às 
atividades e funções pertinentes a cadeia de abastecimento. A integração de processos, 
dados e aplicações com clientes e fornecedores é uma necessidade básica de qualquer 
 
 
 
 
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organização e é importante afirmar que as ferramentas para esta integração estão dispo-
níveis e com grau de maturidade bastante elevado. Os benefícios provenientes do uso 
destas ferramentas geram melhores níveis de serviço aos clientes, custos mais competi-
tivos e crescimento mais consistente. 
Pode parecer óbvio, mas é extremamente importante que a cada adição ou im-
plantação de uma nova tecnologia, os processos sejam revisitados para se obter o má-
ximo de resultados. A complexidade das mudanças e transformações a serem executa-
das está sensivelmente conectada ao tipo de tecnologia que será inserida. 
Na prática, a implantação de um sistema voltado para controle de estoques, ou a 
implantação de um TMS (Transportation Management System) – Sistema de Gerencia-
mento de Transportes, demanda menor revisão ou reengenharia de processos que um 
completo sistema de gestão empresarial – ERP, ou mesmo uma solução completa para 
o “Supply Chain Management”, nos quais se inclui também a solução de controle de es-
toques. A tecnologia possibilita ainda visualizar os processos através de ferramentas 
BPM (Business Process Management) – Gestão de Processos de Negócio as quais per-
mitem modelar os processos e identificar oportunidades de melhoria. 
Ainda que as operações logísticas não recebam a atenção devida de grande parte 
das organizações, esta área se encontra sob forte pressão para maximizar desempenho, 
enquanto as condições mercadológicas se tornam mais difíceis e complexas. Em tal ce-
nário, não resta dúvidas de que a tecnologia necessita ser investigada e usada, e segu-
ramente a atenção da liderança deve estar voltada também para esta função, para efi-
cazmente dar as respostas buscadas pelos clientes. 
4.1. Decisões Mais Ágeis 
Algumas tendências oferecem oportunidades importantes para a tomada de deci-
sões. Entre elas estão mobilidade e redes de processos de negócios. De uma maneira 
geral, a mobilidade causa um impacto significativo no mundo em que vivemos e o impacto 
 
 
 
 
19 
 
da mesma nas organizações continua uma tendência crescente, principalmente no con-
texto da logística global onde a necessidade das decisões em tempo real tem demandado 
cada vez mais dos sistemas e processos existentes. 
Soluções que tragam maior visibilidade e controle da cadeia de abastecimento 
precisam ter uma visão mais abrangente dos processos e extrapolar as quatro paredes 
da organização.A mobilidade continua melhorando a competitividade das organizações, 
uma vez que oferece maior agilidade e oferece melhores condições para reações mais 
rápidas. 
Recentemente emergiu o conceito do “Big Data”. Este é um termo que surgiu para 
referir-se ao enorme volume de dados encontrados pela sociedade e pelas empresas. A 
possibilidade de reunir os dados das diferentes organizações existentes na cadeia de 
valor, transformando-os em informações úteis e exequíveis passa a ser o grande desafio 
em múltiplas áreas. Soluções voltadas a processar os dados e transforma-los em infor-
mações tem sido disponibilizada no mercado. O bom uso destas soluções permite o su-
porte às decisões e a utilização das mesmas fazendo sinergia com ferramentas voltadas 
para a visibilidade da cadeia de abastecimento, passa a ser uma necessidade inquestio-
nável para aumentar o desempenho das organizações. 
4.2. Colaboração 
As redes de processos de negócio é um conceito, respaldado fortemente por tec-
nologias existentes onde as empresas extrapolam a sua cadeia de valor movendo-se 
para fora de suas fronteiras e participando de processos de negócios de outras empresas 
para se complementarem. Estas redes são importantes para desenhar e executar pro-
cessos para uma cadeia de abastecimento inteiramente colaborativa, envolvendo várias 
organizações – desde o varejo até fornecedores - e aumentando a visibilidade dos pro-
cessos. Esta iniciativa permite reduzir custos na cadeia devido a um maior controle dos 
estoques e execução logística baseado em decisões conjuntas. 
 
 
 
 
20 
 
A qualidade dos serviços é melhorada devido a uma maior agilidade e mais inteli-
gente forma de resposta às demandas. Claramente, o melhor caminho para otimizar os 
custos da cadeia de valor não é deslocando a ineficiência para outros membros da ca-
deia, ainda que deveras comum, mas sim encontrando proposições sustentáveis que 
ofereçam soluções mais competitivas. É importante considerar não apenas as grandes 
empresas neste modelo. Existem membros na cadeia de valor que apresentam um 
campo extremamente fértil no campo colaborativo, como é o caso de transportadores e 
terceiros muitas vezes responsáveis por fazer o acondicionamento de produtos e até 
mesmo a separação dos pedidos para posterior movimentação. Quanto mais se integra 
estes elementos no processo e se permite sua participação, maiores podem ser os be-
nefícios tangíveis e intangíveis. 
4.3. Resposta Eficiente A Clientes E Consumidores 
Já desde longo tempo atividades voltadas para melhor entender e atender ao cli-
ente tem sido desenvolvida alinhadas a uma redução cíclica de custos. Este balancea-
mento estratégico é extremamente importante, uma vez que o aumento de nível de ser-
viço muitas vezes leva a maiores custos na cadeia de valor decorrente de elevação de 
estoques, investimentos e inovações e entregas agilizadas para mencionar alguns ele-
mentos. 
Por outro lado, a preocupação com a execução em sintonia com o planejamento 
tem sido um desafio na cadeia de abastecimento. As organizações cujo planejamento é 
baseado nas estimativas encontram ainda maior dificuldade, já que a complexidade e os 
eventos que causam problemas são muitos e podem levar a sérias rupturas no cumpri-
mento dos objetivos, desde greves, lentidão e burocracia alfandegária, acidentes nas ro-
dovias, atrasos de produção em outros membros da cadeia, problemas de qualidade, 
entre outros muitos. 
A capacidade de reação de cada organização com relação aos elementos antes 
mencionados pode dar-lhe uma vantagem competitiva importante. Por isso também a 
 
 
 
 
21 
 
importância de se ter um alto e efetivo controle da cadeia que venha a dar maior visibili-
dade dos processos e dos eventos. Ao longo dos anos, a cadeia de abastecimento tem 
sido alvo de constantes otimizações tornando a cada vez mais enxuta. 
Portanto os níveis de estoque decresceram significativamente obrigando as em-
presas a serem muito mais eficazes quando ocorrem eventos não planejados ou não 
esperados. Quando problemas ocorrem na cadeia, a possibilidade de se faltar estoque é 
eminente, podendo causar paradas de produção se componentes importantes não forem 
entregues a tempo ou perda de receita e insatisfação caso o cliente final não receba o 
produto. 
Essa busca exacerbada por redução de estoques tem gerado significativos impac-
tos na cadeia logística. Os problemas sempre existirão, por mais que se tente minimiza-
los. Ocasionalmente se vê em algumas organizações a existência de planos de contin-
gência para atender alguns clientes mais estratégicos. 
Às vezes é melhor ter um custo de capital maior que perder o cliente em decorrên-
cia da deterioração de níveis de serviço provocada pela síndrome da redução dos níveis 
de estoque na cadeia. Logicamente, há que se encontrar uma equação segura entre 
prestar um bom serviço ao cliente, com uma execução alinhada ao planejamento. As 
ferramentas tecnológicas quando bem implantadas e usadas pode trazer este suporte 
aos decisores. 
4.4. Administração De Riscos 
As organizações enfrentam grandes desafios voltados para a administração dos 
riscos na cadeia de abastecimento. As otimizações e as reduções de custos, através de 
conceitos como Just-in-time e redução de fornecedores, e o real enxugamento da cadeia 
de abastecimento tem levado as empresas a enfrentarem maiores riscos. Não bastasse 
isso, características externas como economias voláteis e incertas, regras impostas pelos 
governos, clientes mais demandantes, ciclos mais curtos e rápidos da vida dos produtos 
também geram os seus impactos. Para tanto, as empresas se voltam ao desenvolvimento 
 
 
 
 
22 
 
e implementação de estratégias visando reduzir as vulnerabilidades através de uma abor-
dagem pragmática, identificando os pontos de falha ao longo da cadeia de abasteci-
mento. Planos estratégicos de mitigação e contingência são construídos com a finalidade 
de evitar possíveis rupturas. Inovação e tecnologia são constantemente acessadas para 
solucionarem estas brechas. 
4.5. Visibilidade 
De uns tempos para cá, as exigências voltadas a ter um maior controle do que 
ocorre na cadeia como um todo tem sido um requisito forte nas organizações. Para tanto, 
aplicações tecnológicas que retornam informações que possibilitam maior visibilidade do 
que está ocorrendo tem sido bastante comum no dia a dia das empresas. Mas o que é 
esta tão famigerada visibilidade da cadeia de que tanto se fala? É a capacidade que as 
organizações possuem de rastrear produtos, materiais, componentes que se encontram 
em deslocamento de um fabricante até seu ponto de uso. O importante do uso do con-
ceito suportado por tecnologias já maduras é a possibilidade que se tem de também dar 
a conhecer ao cliente final qual é a posição e a situação do item em trânsito. A tecnologia 
permite respostas rápidas, melhorando e fortalecendo a cadeia de valor. Sistemas espe-
cialistas de transporte – TMS – e de armazenagem – WMS (Warehouse Management 
System) – apoiam sobremaneira esta funcionalidade permitindo acessos mais rápidos e 
com informações mais claras dos eventos. 
4.6. Otimização De Custos 
Muitas são as oportunidades para a otimização de custos na cadeia de abasteci-
mento. E o equilíbrio entre a redução de custos e os níveis de serviço ao cliente é uma 
equação nem sempre fácil de ser encontrada, pois se conectam a uma série de eventos 
e variáveis ao longo da cadeia nem sempre previstos, como é o caso de acidentes, greves 
e até muitas vezes imposições governamentais ou a entrada de um novo concorrente no 
mercado que pode desestabilizar o fluxo e o funcionamento da cadeia da valor. 
 
 
 
 
23 
 
Promover a redução de custos significa avaliar a cadeia fim a fim, seja na estraté-
gia e nas capacidades de produção, níveis de estoque, desenho da cadeia de abasteci-
mento e fluxo dos processos, bem como equipamentos demovimentação para trechos 
longos e os curtos e internos à organização. E logicamente pessoas. Ferramentas sofis-
ticadas para lidar com estes elementos existem no mercado e são amplamente acessí-
veis. 
A aplicação destas ferramentas não está apenas vinculada a funções apenas ope-
racionais. Os níveis táticos e estratégicos também são atendidos, promovendo uma me-
lhoria contínua, com sensíveis identificações de onde os custos podem ser otimizados, 
gerando uma cadeia mais ágil e confiável. A otimização de rotas dos veículos através de 
sistemas especialistas, como o TMS tem sido regularmente avaliado pelas empresas 
como fator de eficiência. 
 
5. COMO AS ORGANIZAÇÕES SÃO AFETADAS PELA TECNOLOGIA 
DA INFORMAÇÃO 
Atuando no extremo da cadeia, por intermédio da demanda, os clientes estão exi-
gindo maior flexibilidade, melhores serviços, qualidade superior e preço adequado. Com 
essa orientação estratégica, começam a aparecer dificuldades no processo, principal-
mente no reconhecimento das fontes de fornecimento que podem oferecer maior compe-
titividade. Existe uma maior necessidade de obter informações sobre o desempenho dos 
fornecedores e de suas qualificações, seja para serviços simples ou complexos, seja para 
materiais que comporão produtos já existentes ou para novos produtos que requerem 
perfis diferenciados de fornecedores. 
É fundamental que tanto fornecedores como clientes compradores estejam cons-
cientes do desempenho de cada um, com relação a requerimentos, capacidades e posi-
cionamento de mercado. Essa afirmação vale para ambos os lados. Embora o cliente 
 
 
 
 
24 
 
tenha o direito de exigir desempenho do seu fornecedor, este por sua vez deve exigir 
reconhecimento pelo serviço realizado. 
Em resumo, o termo colaboração, no que se refere ao conceito “ganha-ganha”, 
aparece uma vez mais como elemento de valor agregado para as organizações. Ainda 
que pareça um clichê, essa expressão deve valer para todos os níveis do relacionamento. 
As organizações devem considerar formas diferentes para manter sua competitividade e 
diferencial no mercado; devem se preocupar com a relevância que têm a cadeia de abas-
tecimento e de demanda no processo estratégico de fornecimento e compra, buscando 
redução de custos, velocidade e nível de serviço com qualidade. 
A gestão da cadeia de abastecimento orientada pela demanda é uma mudança de 
paradigma. Os clientes, por meio da cadeia de valor, estão determinando como querem 
os seus pedidos, como e quando devem ser entregues e como devem ser manuseados. 
A redução dos custos de manutenção dos estoques é um dos grandes objetivos. O nível 
de serviço é indicador fundamental no relacionamento: as ordens precisam ser despa-
chadas com todos os itens, na quantidade exigida, no tempo requerido e na qualidade 
especificada. Cumprir esses requisitos significa continuidade dos negócios. Caso contrá-
rio, as perdas podem ser irreparáveis. 
Contudo, muitas empresas ainda não estão preparadas para “fornecer” ou para 
“comprar”. Não entendem a cadeia de abastecimento e o direcionamento que a demanda 
impõe. Hoje, não se fala mais em pedir, transportar e receber. Fala-se em logística. Fala-
se em cadeia de abastecimento, que vai do fornecedor até o cliente final. É composto por 
estratégias, alianças, processos, relacionamento e respeito mútuo. 
Portanto, quem não entender dessa forma está fora do mercado! O papel primor-
dial da tecnologia da informação é prover suporte para as estratégias organizacionais 
que venham a trazer a vantagem competitiva ou pelo menos não deixar que haja uma 
desvantagem competitiva. Estrategicamente tecnologia e sistemas de informação podem 
 
 
 
 
25 
 
e devem ser usados nas organizações para desenvolver serviços e produtos de tal ma-
neira que venha a dar uma vantagem no mercado local e global, dependendo do contexto 
em que a empresa se insere. 
O conjunto de sistemas estratégicos faz referência a uma grande quantidade de 
possibilidades, inclusive aqueles sistemas que são chamados de transacionais, que rea-
lizam as atividades operacionais do dia, recebendo e enviando dados, que circulam in-
terna e externamente a organização. Esta arquitetura de sistemas que usam a tecnologia 
como suporte podem ser sistemas corporativos de gestão (ERP´s), sistemas de suporte 
a decisão, ferramentas de planejamento, mas que seguramente ajudam a reduzir a des-
vantagem competitiva e atingir os objetivos estabelecidos pela organização. Na cadeia 
de abastecimento é muito evidente que as cadeias competem entre si, e não apenas 
empresas contra empresas. 
Neste contexto a integração é fundamental. E para tal, a adoção de ferramentais 
de tecnologia torna a vida da organização muito mais simples e se não lhe dá a vantagem 
competitiva, muitas vezes necessária, ao menos reduz o impacto da desvantagem. 
 
6. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL (ERP) 
Conhecidamente, as áreas dentro das organizações atuavam e algumas ainda 
atuam, no formato dos silos, onde os departamentos desempenhavam independente-
mente entre eles e trocando informações absolutamente necessárias, porém sem a de-
vida integração. Os sistemas de informação seguiam a mesma natureza. Existiam os 
sistemas contas a pagar e contas a receber, o sistema de produção e controle de esto-
que, planejamento de materiais, compras, produção, todos trabalhando individualmente 
e desarticulados. Estes sistemas se comunicavam via as famosas interfaces que trans-
portavam os dados lá e cá. 
 
 
 
 
26 
 
Esta prática evidentemente gerava ineficiências na cadeia de valor e nos proces-
sos internos. Surge então o conceito do ERP – Enterprise Resource Planning, ou sistema 
de gestão empresarial, que foi projetado com o propósito de melhorar a falta de integra-
ção e comunicação entre as diversas áreas empresariais. Pelo uso de um banco de da-
dos comum às diversas funções se torna possível integrar as áreas, uma vez que, por 
exemplo, cadastros de produtos, materiais, clientes e fornecedores são elementos usa-
dos na maioria das funções organizacionais. 
Havia, portanto, uma redundância de recursos para manter os cadastros atualiza-
dos nas diversas áreas. A unificação das informações da empresa, concentrando num 
único ponto, proporciona maior visibilidade e maior agilidade na tomada das decisões. O 
ERP trouxe às empresas um aumento significativo na produtividade das organizações 
através da melhoria de eficiência, maior integração entre as áreas e maior confiabilidade 
nas informações, uma vez que a partir da implantação do sistema elas passaram a ser 
únicas para todas as áreas. 
Nos dias atuais as empresas têm muito mais facilidade para avaliar, controlar e 
administrar os seus negócios. No contexto da Logística, a integração proporcionada pelo 
ERP leva a geração de planos mais maduros e consistentes através de cadastros, com-
pras, recebimentos, estoques e entregas mais confiáveis. 
 
7. MOBILIDADE 
A cadeia de valor cada vez mais tem requerido tomada de decisão em tempo real 
e muitas vezes as aplicações e sistemas existentes não correspondem e são extrema-
mente deficientes para atender a este quesito. A procura por soluções que deem maior 
controle e visibilidade em tempo real obriga a implantar sistemas móveis que atuam fora 
das quatro paredes da organização. Aí a mobilidade desempenha um papel importante 
na criação de uma cadeia de abastecimento mais eficaz e inteligente. A utilização de 
conceitos de mobilidade, contudo passa primeiramente pelo seu uso adequado dentro da 
 
 
 
 
27 
 
organização visando atender aos níveis de serviço adequados às demandas dos clientes 
e, por conseguinte gerando uma maior satisfação. 
Desta maneira, as empresas buscam melhorar a entrega, seja mantendo proces-
sos mais enxutos, controlando os estoques adequadamente, organizando o posiciona-
mento dos produtos no depósito – através de WMS; ações essas quevão muito além de 
se manter controles manuais. Dispositivos sem fio são utilizados para alimentar sistemas 
corporativos em tempo real, invés de rodar lotes noturnos. Se as empresas buscam cada 
vez mais agilidade e visibilidade, as ações necessitam ser eficazes e imediatas em toda 
a cadeia. 
A partir do momento em que se melhora a visibilidade e o controle das quantidades 
– maior acurácia – há uma correspondência imediata na melhoria das entregas e dos 
níveis de serviço. Mas não basta otimizar a cadeia internamente. Para ter decisões mais 
rápidas, há que se possa colaboração entre as partes – fora das quatro paredes. Dispo-
sitivos inteligentes permitem aprovações ou mesmo alterações de pedidos de maneira 
muito mais rápida, sem a necessidade de estar presente no escritório. 
Há, portanto uma comunicação mais frequente, mais contínua na relação entre as 
diferentes áreas na cadeia e entre fornecedores e compradores, que seguramente per-
mite a tomada de decisões muito mais rápidas. Os desafios são grandes e muitos espa-
ços ainda existem para ser conquistado através do uso da tecnologia móvel. As organi-
zações estão redesenhando seus processos e suas soluções visando incluir os benefí-
cios que a tecnologia vem oferecendo. E têm obtido avanços extraordinários. 
O que há alguns anos atrás era “sonho” hoje já é uma realidade. É certo que em 
futuro não muito distante, os líderes organizacionais poderão manter os negócios ro-
dando sem a necessidade de estarem presentes em seus escritórios, podendo trabalhar 
remotamente ou visitando seus clientes e parceiros e automaticamente despachando 
suas atividades de qualquer lugar do globo. Interessante ainda mencionar, que há uma 
 
 
 
 
28 
 
mudança de paradigma muito forte, pois esta tecnologia basicamente “questiona” estru-
turas em silos onde impera a falta de comunicação e de integração. 
A evolução tecnológica dos celulares, tanto nos dispositivos quantos nas aplica-
ções, faz-nos crer que a tão almejada visibilidade em tempo real em pouco tempo será 
um benefício para muitos ao invés de utilização por poucos. A incorporação de GPS (Ge-
ographic Positioning Systems), as sempre avançadas funcionalidades nas aplicações e 
a capacidade de troca de mensagens, progrediram muito nos últimos anos. Para se ter 
uma ideia, existem aplicações que rodam em celulares que monitoram o posicionamento 
de veículos, despachos e trajeto, podendo relatar qualquer evento que venha a aconte-
cer. 
A cobertura dos celulares tem sido outro fator positivo – ainda que melhorias de-
vam ser rigorosamente e urgentemente implantadas. A quantidade de empreendedores 
interessados em investir nestas aplicações é bastante grande o que seguramente é outro 
benefício a ser considerado. Atualmente, a proliferação dos dispositivos móveis é cres-
cente. 
Praticamente todas as pessoas possuem o seu aparelho. Isto se deve principal-
mente à queda dos preços, permitindo que um maior contingente de pessoas possa fazer 
a sua aquisição. Esta redução de preço é mais uma vantagem e benefício para as em-
presas, o que há uma década seria proibitivo. Este fato seguramente abre as portas para 
um maior interesse das empresas em orientar a sua execução para obter maior visibili-
dade da cadeia através da utilização dos dispositivos móveis. Apenas empresas maiores 
conseguiam justificar o uso da tecnologia, o que limitava a expansão para fora das quatro 
paredes das organizações. 
Observando o mercado concluímos que o consumidor está cada vez mais imerso 
na busca de informações, relacionadas com o produto e com os níveis de serviço. As 
organizações que se orientam pela demanda, obrigatoriamente precisam entender este 
 
 
 
 
29 
 
comportamento para avaliar como executar e agir internamente e cada vez mais colabo-
rar com seus parceiros, independentemente de sua posição na cadeia de valor. 
 
8. TECNOLOGIA PARA VISIBILIDADE E DESEMPENHO 
A modelagem da cadeia de abastecimento traz benefícios importantes no que con-
cerne a visibilidade além de apresentar um método para realizar análises de cenários 
através de gráficos e mapas, em busca da melhor estratégia a ser adotada. O desenho 
ou projeção da cadeia de abastecimento, ou mesmo a modelagem e otimização da 
mesma está relacionada em determinar a infraestrutura logística dentro de um horizonte 
de planejamento. 
Estas decisões estão fortemente orientadas à estrutura física, como por exemplo 
localização de fábricas, armazéns, centros de distribuição, localização dos principais for-
necedores e clientes. O objetivo da modelagem é buscar a melhor relação estratégica 
entre custos e níveis de serviço, maximizando os lucros e trazendo valor para a organi-
zação. É crucial entender as necessidades de negócio, as variáveis estratégicas para 
que haja uma definição ótima de onde alugar ou construir os ativos para obter um de-
sempenho financeiro e operacional alinhado com as prerrogativas estratégicas. 
Conhecidamente existem muitos desafios na cadeia de abastecimento tanto no 
aspecto de execução como na modelagem, em função da enorme quantidade de variá-
veis existentes. O objetivo, normalmente é maximizar o lucro e os níveis de serviço ante 
a minimização dos custos e dos riscos. Os conflitos existem principalmente quando a 
organização possui uma variedade grande produtos, apresentando restrições e limita-
ções de capacidade, com margens variadas para cada tipo de produto. As ferramentas 
existentes permitem efetuar simulações para identificar e visualizar as alternativas e 
como elas se comportam diante dos riscos associados, os quais podem afetar o desem-
penho e a capacidade que a organização pode ter para reagir às mudanças impostas 
pelo mercado. 
 
 
 
 
30 
 
Esta funcionalidade é extremamente importante, pois suporta no direcionamento 
dos investimentos a serem realizados. Em paralelo, estas aplicações permitem determi-
nar um equilíbrio entre o planejamento de longo prazo e os objetivos estabelecidos, pos-
sibilitando uma otimização da infraestrutura de produção e distribuição, em sintonia com 
as demandas projetadas dos clientes. As simulações na modelagem da infraestrutura da 
cadeia de abastecimento é algo extremamente complexo e mesmo as ferramentas exis-
tentes necessitam de pessoas especialistas no aplicativo e pessoas com conhecimento 
do negócio tanto estrategicamente quanto operacionalmente. Muitas empresas se dão 
mal nas implantações deste tipo de tecnologia exatamente porque delega a execução 
para a área de sistemas. 
Esta é uma iniciativa deveras importante para a organização e as melhores pes-
soas internas com conhecimento logístico e áreas correlatas devem participar efetiva-
mente. Quando ocorre a decisão para se efetuar a modelagem do ecossistema logístico, 
seja para iniciar, expandir ou rever a malha da organização, muitos aspectos devem ser 
levados em consideração, visando prevenir que volatilidades de mercado não venham a 
impactar o sucesso da empresa. 
E não são apenas elementos técnicos como centros de distribuição, fábricas, ar-
mazéns, infraestrutura logística, custos de transporte para movimentar entre os diferentes 
sites, localização de clientes, fornecedores e concorrentes, que devem ser considerados, 
mas também macroeconômicos, tais como: impostos, tarifas, incentivos, variações mo-
netárias entre outros. 
 
9. NAVEGANDO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO 
O relacionamento entre o comércio eletrônico e a cadeia de abastecimento abriu 
novos caminhos para as organizações por meio do desenvolvimento de novos modelos 
de processos, suportados por ferramentas nunca antes imaginadas. 
 
 
 
 
31 
 
 
O comércio eletrônico é um meio pelo qual as empresas podem se relacionar co-
mercialmente com seus fornecedores, clientes e consumidores em uma escala global. 
Com a tecnologia da informação, é possível agilizar o fluxo de informações e reduzir os 
custos totais,já que ela possibilita a eliminação de certas barreiras existentes no comér-
cio tradicional. Esse “relacionamento eletrônico” permite que as companhias sejam mais 
eficientes e flexíveis, respondam rapidamente às necessidades dos clientes e trabalhem 
de forma mais próxima dos fornecedores. 
A tecnologia tem evoluído rápida e constantemente. As organizações, aos trope-
ços, procuram acompanhar essa evolução, tentando alcançar a vantagem competitiva e 
tirar proveito dela. Esse novo modelo de comercialização está mudando o dia-a-dia das 
empresas e das pessoas. Ainda existem temas importantes a serem tratados, como a 
segurança das informações, principalmente com o cartão de crédito, confiabilidade na 
entrega, prazo e produto, preços e qualidade. 
O comércio eletrônico está transformando o mercado com mudanças nos modelos 
de negócio, nos relacionamentos entre as diversas organizações e com sua contribuição 
para a reestruturação do mercado. Não é um sonho ou algo que pertence ao futuro. É 
real e está acontecendo. E está acontecendo rapidamente, de forma que muitas histórias 
de sucesso já podem ser narradas. 
 
 
 
 
32 
 
O impacto do comércio eletrônico atinge tanto as empresas quanto a sociedade. 
As mudanças provenientes do seu uso influenciam radicalmente o comportamento e as 
expectativas dos clientes, de modo a redefinirem o mercado ou até mesmo criarem mer-
cados totalmente novos. À sociedade é apresentada uma nova forma de acessar infor-
mações ou comprar bens. Barreiras geográficas e de tempo são eliminadas. O estilo de 
vida se altera. 
Em sua essência, o comércio eletrônico requer uma mudança radical na forma de 
pensar, agir e propor modelos de negócios, quer estejam voltados especificamente para 
a relação entre a indústria e o comércio ou entre o comércio e o consumidor. As organi-
zações estão buscando um caminho para que o comércio eletrônico possa definitiva-
mente melhorar os processos de negócio, tanto no âmbito interno como no externo. 
E, sem dúvida, o domínio da tecnologia levará a uma melhor integração das ca-
deias de abastecimento, tornando-as logisticamente muito mais eficientes. Independen-
temente das características e do envolvimento do cliente, é certo que o comércio eletrô-
nico poderá afetar de forma positiva todas as cadeias de abastecimento e as organiza-
ções, puras ou tradicionais, e elas deverão estar preparadas para enfrentar esse novo 
modelo. 
Os portais de compras são canais para aquisição de produtos e serviços, tanto 
diretos como indiretos, utilizando como meio principal a tecnologia da Internet cuja finali-
dade é suportar a obtenção de itens sejam estratégicos ou não, com maior agilidade na 
cadeia. Normalmente a missão principal dos portais de compras é alcançar os menores 
preços de produtos e serviços que estão sendo buscados, seja no contexto global ou 
local. 
9.1. Leilão Reverso 
O leilão reverso ou pregão eletrônico é um método para tomada de preços onde 
os fornecedores competem entre si com a finalidade de vender os seus produtos e/ou 
serviços. Esta é uma forma bastante dinâmica e prática cujo objetivo é alcançar preços 
 
 
 
 
33 
 
mínimos e melhores condições de negociação rapidamente e é bastante utilizado para 
obtenção de produtos e materiais principalmente “commodities” como equipamentos de 
informática, através de aplicações eletrônicas, próprias ou alugadas. O leilão reverso ou 
pregão eletrônico, como o próprio nome diz é efetuado via sistemas que podem ser pro-
prietários ou alugados, uma vez que existem muitas empresas no mercado que se espe-
cializaram em operar estas ferramentas. 
O processo é bastante simples. A empresa que irá adquirir os produtos ou serviços 
lança uma solicitação de compra via web e potenciais fornecedores comumente já ca-
dastrados entram com os seus valores. As atividades se dão em um tempo bastante curto 
e os preços decrescem rapidamente, a cada rodada de negociação eletrônica. 
Os critérios para finalizar o leilão podem ser o atingimento do menor valor estipu-
lado, número de rodadas ou mesmo por tempo. Quando escolhido o fornecedor é extre-
mamente importante avaliar as condições de entrega e sua capacidade em entregar o 
produto ou serviço conforme especificação sem perder outras características como qua-
lidade, recursos, níveis de serviço e elementos logísticos. 
Ainda que os fornecedores estejam propensos a apresentar propostas competiti-
vas e de preço baixo, é conveniente avaliar se outros fornecedores potenciais estarão 
participando do processo. Este fator dá garantias de que critérios de qualidade possam 
ser cumpridos eliminando uma preocupação que deve estar sempre presente. 
 
10. LOGÍSTICA REVERSA 
Durante os últimos anos, a preocupação com o meio ambiente tem se tornado 
extremamente importante e um dos maiores problemas para autoridades, empresas e 
cidadãos comuns é de como solucionar a cada vez mais crescente geração de resíduos 
e como tratá-los. 
 
 
 
 
34 
 
Como os padrões e níveis de vida melhoram e a população cresce, o consumo 
aumenta em todas as suas esferas, tais como aquisição de produtos, consumo de água, 
maior demanda por alimento, maior necessidade de terras para plantio, criação de ani-
mais para abate e assim por diante. Atualmente, os produtos eletrônicos têm um ciclo de 
vida cada vez menor, tornando-se rapidamente obsoletos e com novas versões sendo 
lançadas a ciclos cada vez mais reduzidos. 
Em paralelo, a população demanda produtos cada vez mais ecologicamente cor-
retos e obrigam fabricantes a adotar comportamentos cada vez mais voltados à proteção 
do meio ambiente. Por outro lado, governantes criam leis de proteção ambiental obri-
gando cada vez mais as organizações a se preocuparem com um futuro cada vez mais 
responsável. 
Desta maneira, a reciclagem de materiais tem apresentado um aumentado inte-
resse com o objetivo de reduzir perdas, resíduos e aumentar a eficiência. Iniciativas elo-
giáveis têm sido colocadas em prática com o intuito de proteger o meio ambiente, para 
evitar que metais, materiais eletrônicos, pilhas, baterias e pneus sejam lançados à natu-
reza, em rios, florestas e lagos. 
Uma vez que o ciclo de vida dos produtos se torna mais reduzido e os governos 
obrigam as organizações a reciclar e dar um destino aos produtos e materiais obsoletos 
e danificados, as empresas se veem na obrigação de buscar alternativas para melhorar 
ou mesmo criar sistemas de coleta e retorno de produtos e materiais para ganhar a con-
fiança de consumidores e obter de certa forma uma vantagem competitiva. 
Enfim, as organizações ou pelo menos parte delas estão olhando a logística re-
versa como um processo que permite a otimização do fluxo reverso e buscam aproveitar-
se do momento onde a grande preocupação está direcionada ao meio ambiente. 
 
 
 
 
35 
 
10.1. Uso Da Tecnologia Na Logística Reversa 
A Logística Reversa ainda que apresente alto potencial de receita e lucratividade, 
não tem recebido altos investimentos das empresas no emprego de tecnologia e por sua 
vez as empresas de tecnologia não têm investido suficientemente para atender aos re-
querimentos e funcionalidades necessárias para a sua boa administração. 
Os sistemas de ERP dos mais diversos desenvolvedores têm apresentado ainda 
características bastante rudimentares para suportar a iniciativa. O fato de os investimen-
tos das organizações ainda serem concentrados no fluxo convencional da cadeia de 
abastecimento não tem atraído a atenção das empresas produtoras de ERP. Com isso 
as empresas convivem com processos manuais, utilizando mão de obra intensiva, ou até 
mesmo terceirizando o problema. 
Não há dúvidas de que nos próximos anos a preocupação com a logística reversa 
e a administração dos retornos tende a aumentar e maiores investimentos seguramente 
serão direcionados para atender a esta demanda. A utilização da tecnologia para auto-
matizar osretornos irão gerar muitas áreas de oportunidade tais como: melhoria no nível 
de serviço, uma vez que a flexibilidade nos programas de devolução proporciona uma 
maior facilidade para se realizar negócios; redução de custos devido às melhores deci-
sões e visibilidade; maior controle e maior eficiência. 
As ferramentas tecnológicas permitem efetuar um rastreamento de produtos retor-
nados, possibilitando ter uma visão histórica do fluxo do referido material. Funcionalida-
des convencionais, como programação de roteiros, programação operacional, controle 
de estoques, são elementos que podem perfeitamente ser administrados por tecnologias 
convencionais existentes e maduras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
REFERÊNCIAS 
AMORIM, Gleison de Sousa. ELLER, Tarcísio. LEITE, Iranor Luciano. Tecnologia da In-
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