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metodologia QUESTÃO - Escolha um dos três paradigmas geográficos a seguir: a) Geografia Lógico-formal: Neopositivismo (método dedutivo e racionalismo) b) Geografia Marxista: Materialismo histórico dialético c) Geografia Humanística: Fenomenologia, hermenêutica, existencialismo. Desenvolva uma redação entre 500 e 550 palavras apresentando e explicando apenas um paradigma: 1. Origem, os principais autores e conceitos. 2. Base filosófica do paradigma. 3. Um estudo desenvolvido por este paradigma. 4. Um exemplo de pesquisa a partir deste paradigma. Geografia Marxista: Materialismo histórico dialético Originou-se na França, espalhando-se para vários países europeus a partir da década de 1960 e em finais da década de 1970, correntes marxistas proliferam de forma expressiva nas ciências humanas no continente americano, assim, estabelecendo-se a Geografia marxista nos Estados Unidos e no Brasil. Fruto da reação ao neopositivista, da grande revolução política e cultural e das transformações econômico-sociais (sistema capitalista) iniciados na década de 1960 no mundo ocidental. Contrapondo-se ao capitalismo, as opções socialista e comunista tomavam força no cenário mundial. A palavra marxismo (Marx + ismo) advém do nome do grande intelectual e revolucionário alemão do século XIX, Karl Marx. Assim, quando falamos em marxismo ou marxista, aquele que é partidário do marxismo, estamos nos referindo a um conjunto específico de ideias desdobradas ou oriundas das obras e do pensamento de Marx. Principais características do marxismo: método historicista de interpretação, sustentado no historicismo crítico e materialista; ênfase na análise econômica e suas formas sociais de produção; trabalho como categoria central; teoria do valor do trabalho; perspectiva da revolução, um outro modo de produção, com divisão mais igualitária da riqueza. Seus principais autores foram: os franceses Pierre George e Yves Lacoste; os americanos Edward Soja, Richard Peet e Willian Bunge; o catalão Horácio Cape; o britânico David Harvey; o escocês Neil Smith e os brasileiros Armando Corrêa da Silva, Manuel Correia de Andrade, Milton Santos, Ruy Moreira, Carlos Walter Porto-Gonçalves, Antonio Carlos Robert Moraes e Wanderley Messias da Costa. A Geografia Marxista, também denominada de Geografia Crítica ou Radical, tem sua base filosófica no materialismo histórico (toda a realidade é material) e dialético (na Grécia Antiga, era a arte do diálogo e no sentido moderno, significa o modo de pensarmos as contradições da realidade, de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação) desenvolvido por Karl Marx entre 1840 e 1880. A essência deste paradigma em Geografia está no rompimento com o Positivismo e no entendimento do espaço geográfico como produto social. Começou a dominar na Geografia a concepção d e espaço social, relacional, um espaço entendido pelas lutas e contradições sociais, adoção do materialismo histórico e dialético, em substituição ao espaço absoluto e relativo das Geografias Positivista (método empírico e indutivo) e Neopositivista (método racionalista e dedutivo). O trabalho de investigação do geógrafo não estaria mais em descrever os lugares ou elaborar e aplicar modelos espaciais de desenvolvimento econômico, mas sim em revelar a essência da dinâmica e das desigualdades espaciais, a partir da relação constante e dialética entre empiria e teoria. Um estudo desenvolvido por esse paradigma geográfico é o das desigualdades socioespaciais e um exemplo de pesquisa é o do Peet (1985), no qual procura sintetizar dois conceitos: o primeiro, marxista, de que a desigualdade e a pobreza são produzidas inevitavelmente pelas sociedades capitalistas; e a ideias geográfico-sociais, de que a desigualdade pode transmitir -se de uma geração a outra, através do meio ambiente, de oportunidades e serviços em que se encontra o indivíduo ao nascer. Portanto, o objetivo deste trabalho é combinar uma explicação teórica convincente sobre as origens da desigualdade, com algumas generalizações empíricas sobre quem é pobre e exatamente como persiste a desigualdade sob as condições de um capitalismo avançado