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Saúde Mental - Unidades de Atenção à Saúde Mental

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ENFERMAGEM
UNIDADES DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL
Livro Eletrônico
NATALE SOUZA
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade 
Estadual de Feira de Santana – em 1999; 
pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – 
Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, 
em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e 
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura 
Municipal de Salvador e atua como Educadora/
Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – 
FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. 
Além disso, é docente em cursos de pós-
graduação e preparatórios para concursos há 16 
anos, ministrando as disciplinas: Legislação do 
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde 
Pública e específicas de Enfermagem.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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ENFERMAGEM
Unidades de Atenção à Saúde Mental
Prof.ª Natale Souza 
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SUMÁRIO
Saúde Mental: Reforma Psiquiátrica, RAPS, CAPS e Urgências em Saúde Mental .4
Apresentação .............................................................................................4
Reforma Psiquiátrica ...................................................................................5
Histórico da Reforma ...................................................................................6
Rede de Atenção Psicossocial – RAPS e os Centros de Atenção Psicossocial – 
CAPS ......................................................................................................16
Resolução n. 32, de Dezembro de 2017 .......................................................34
Questões de Concurso ...............................................................................40
Gabarito ..................................................................................................44
Gabarito Comentado .................................................................................45
Referências Bibliográficas ..........................................................................50
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ENFERMAGEM
Unidades de Atenção à Saúde Mental
Prof.ª Natale Souza 
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SAÚDE MENTAL: REFORMA PSIQUIÁTRICA, 
RAPS, CAPS E URGÊNCIAS EM SAÚDE MENTAL
Apresentação 
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS – Universi-
dade Estadual de Feira de Santana –, em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva 
pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz –, em 2001, em Direito Sanitário 
pela FIOCRUZ, em 2004, e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo 
como Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Proje-
to Caminhos do Cuidado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e 
preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas 
de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela Editora Con-
cursos Psicologia; Legislação do SUS – comentada e esquematizada / Po-
líticas de Saúde; Legislação do SUS e Saúde Coletiva 500 questões pela 
Editora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas 
de Enfermagem – Editora Sanar; 1000 Questões Residências em Enferma-
gem – Editora Sanar; e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto 
como “concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em mais de 12 concursos 
e seleções públicas. Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tempo ao estudo 
dos Conhecimentos Específicos de Enfermagem, da Legislação Específica do SUS e aos 
milhares de profissionais que desejam ingressar em uma carreira pública.
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Nesta aula abordaremos os seguintes temas: Reforma Psiquiátrica, RAPS e 
Urgências em Saúde Mental, de forma que você saiba o que realmente é cobra-
do nos certames do conteúdo. Fique atento(a) aos grifos e caixas de textos, além 
dos comentários das questões.
Reforma Psiquiátrica
Segundo Brasil (2005), o início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil 
é contemporâneo da eclosão do “movimento sanitário”, nos anos 70, em favor 
da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da 
saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalha-
dores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de 
tecnologias de cuidado.
Embora contemporâneo da Reforma Sanitária, o processo de Reforma Psiqui-
átrica brasileira tem uma história própria, inscrita num contexto internacional de 
mudanças pela superação da violência asilar. Fundado, ao final dos anos 70, na 
crise do modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, por um lado, e na 
eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos pacien-
tes psiquiátricos, o processo da Reforma Psiquiátrica brasileira é maior do que a 
sanção de novas leis e normas e maior do que o conjunto de mudanças nas políticas 
governamentais e nos serviços de saúde.
Brasil (2005), traz a seguinte o seguinte conceito para a Reforma Psiquiátrica:
A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo, composto de atores, insti-
tuições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos 
federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, 
nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de 
seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário social e da opi-
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nião pública. Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, 
valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das 
relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por im-
passes, tensões, conflitos e desafios.
Histórico da Reforma
Neste item, trarei de forma breve, de acordo com a divisão de Brasil (2005), os 
períodos da Reforma Psiquiátrica.
Histórico da Reforma: Crítica do Modelo Hospitalocêntrico (1978-1991)
•	 O ano de 1978 costuma ser identificado como o de início efetivo do movi-
mento social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país.
•	 O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), movimento plural 
formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações 
de familiares, sindicalistas, membros de associações de profissionais e pesso-
as com longo histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano.
•	 É sobretudoeste Movimento, por meio de variados campos de luta, que pas-
sa a protagonizar e a construir a partir deste período a denúncia da violência 
nos manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede 
privada de assistência e a construir coletivamente uma crítica ao chamado 
saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas 
com transtornos mentais.
•	 Passam a surgir as primeiras propostas e ações para a reorientação da as-
sistência. O II Congresso Nacional do MTSM (Bauru, SP), em 1987, adota o 
lema “Por uma sociedade sem manicômios”. Neste mesmo ano, é realizada a 
I Conferência Nacional de Saúde Mental (Rio de Janeiro).
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•	 Neste período, são de especial importância o surgimento do primeiro CAPS 
no Brasil, na cidade de São Paulo, em 1987, e o início de um processo 
de intervenção, em 1989, da Secretaria Municipal de Saúde de San-
tos (SP) em um hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local 
de maus-tratos e mortes de pacientes. É esta intervenção, com repercussão 
nacional, que demonstrou de forma inequívoca a possibilidade de construção 
de uma rede de cuidados efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico.
•	 Também no ano de 1989, dá entrada no Congresso Nacional o Projeto de 
Lei do deputado Paulo Delgado (PT/MG), que propõe a regulamentação 
dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva 
dos manicômios no país.
•	 É o início das lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica nos campos legis-
lativo e normativo. Com a Constituição de 1988, é criado o SUS – Sistema 
Único de Saúde, formado pela articulação entre as gestões federal, estadual 
e municipal, sob o poder de controle social, exercido através dos “Conselhos 
Comunitários de Saúde”.
Histórico da Reforma: Começa a Implantação da Rede Extra-Hospitalar 
(1992-2000)
•	 A partir do ano de 1992, os movimentos sociais, inspirados pelo Projeto 
de Lei Paulo Delgado, conseguem aprovar em vários estados brasileiros as 
primeiras leis que determinam a substituição progressiva dos leitos psi-
quiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental. É a partir 
deste período que a política do Ministério da Saúde para a saúde mental, 
acompanhando as diretrizes em construção da Reforma Psiquiátrica, co-
meça a ganhar contornos mais definidos.
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•	 É na década de 1990, marcada pelo compromisso firmado pelo Brasil na as-
sinatura da Declaração de Caracas e pela realização da II Conferência Nacional 
de Saúde Mental, que passam a entrar em vigor no país as primeiras normas 
federais regulamentando a implantação de serviços de atenção diária, funda-
das nas experiências dos primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-dia, e as 
primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos. 
Neste período, o processo de expansão dos CAPS e NAPS é descontínuo. As 
novas normatizações do Ministério da Saúde, de 1992, embora regu-
lamentassem os novos serviços de atenção diária, não instituíam uma 
linha específica de financiamento para os CAPS e NAPS.
Reforma Psiquiátrica depois da Lei Nacional (2001-2005)
É somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, 
que a Lei Paulo Delgado é sancionada no país. A aprovação, no entanto, é de um 
substitutivo do Projeto de Lei original, que traz modificações importantes no texto 
normativo. Assim, a Lei Federal n. 10.216 redireciona a assistência em saúde men-
tal, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, 
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas 
não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios. Ainda 
assim, a promulgação da Lei n. 10.216 impõe novo impulso e novo ritmo 
para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil.
•	 É no contexto da promulgação da Lei n. 10.216 e da realização da III Confe-
rência Nacional de Saúde Mental que a política de saúde mental do Governo 
Federal, alinhada com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica, passa a consoli-
dar-se, ganhando maior sustentação e visibilidade.
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•	 A partir deste ponto, a rede de atenção diária à saúde mental experimenta 
uma importante expansão, passando a alcançar regiões de grande tradição 
hospitalar, onde a assistência comunitária em saúde mental era praticamente 
inexistente. Neste mesmo período, o processo de desinstitucionalização de 
pessoas longamente internadas é impulsionado, com a criação do Progra-
ma “De Volta para Casa”.
•	 Uma política de recursos humanos para a Reforma Psiquiátrica é construída, e 
é traçada a política para a questão do álcool e de outras drogas, incorporando 
a estratégia de redução de danos.
•	 Realiza-se, em 2004, o primeiro Congresso Brasileiro de Centros de Atenção 
Psicossocial, em São Paulo, reunindo dois mil trabalhadores e usuários de 
CAPS. Este processo caracteriza-se por ações dos Governos Federal, Estadu-
al, Municipal e dos movimentos sociais, para efetivar a construção da transi-
ção de um modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, para um 
modelo de atenção comunitário.
•	 O período atual caracteriza-se, assim, por dois movimentos simultâneos:
1) a construção de uma rede de atenção à saúde mental substitutiva ao modelo 
centrado na internação hospitalar, por um lado,
2) e a fiscalização e redução progressiva e programada dos leitos psiquiátricos 
existentes, por outro.
É neste período que a Reforma Psiquiátrica se consolida como política ofi-
cial do Governo Federal. Existem em funcionamento, hoje, no país, 689 Centros 
de Atenção Psicossocial e, ao final de 2004, os recursos gastos com os hospitais 
psiquiátricos passam a representar cerca de 64% do total dos recursos do Ministé-
rio da Saúde para a saúde mental.
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1. (CESPE/FUB/2013) Acerca da reforma psiquiátrica, julgue o item que se segue.
O processo de reforma psiquiátrica brasileira tem uma história inteiramente atrela-
da à reforma sanitária, pois ambas previam, desde o início, mecanismos claros para 
a extinção dos manicômios.
Errado.
De início, a reforma psiquiátrica, tinha o objetivo de extinguir os manicômios. Já 
a reforma sanitária tinha como objetivo a luta pela garantia dodireito universal à 
saúde e construção de um sistema único e estatal de serviços.
2. (FCC/TRE-AMP/2010) O Programa de Inclusão Social pelo Trabalho para porta-
dores de transtornos mentais ou com transtornos decorrentes do uso de álcool e 
outras drogas vem sendo desenvolvido principalmente após a
a) reforma agrária.
b) reforma social.
c) reforma psiquiátrica.
d) mudança modular psiquiátrica.
e) mudança social e agrária.
Letra c.
Após a Lei n. 10.216/2001, uma política de recursos humanos para a Reforma Psi-
quiátrica é construída e é traçada a política para a questão do álcool e de outras 
drogas, incorporando a estratégia de redução de danos.
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3. (CESPE/FUB/2013) Acerca da reforma psiquiátrica, julgue o item que se segue
A reforma psiquiátrica preconiza a criação de ambulatórios de especialidades por 
ser um serviço de saúde que concentra poucos recursos, tem ampla cobertura e 
garante a acessibilidade.
Errado.
A proposta da Reforma foi a extinção dos manicômios e a assistência comunitária, 
com criação de espaços que concentrassem recursos suficientes para garantir a 
integralidade do cuidado.
Lei n. 10.216, de 06 de Abril de 2001
Neste item, discorrerei sobre a Lei em questão e discutiremos algumas questões 
para fixação. Deixo claro que os grifos são da minha autoria.
LEI N. 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que 
trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, 
cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, re-
cursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou 
qualquer outra.
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus 
familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no 
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
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I – Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II – Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saú-
de, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III – Ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV – Ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V – Ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade 
ou não de sua hospitalização involuntária;
VI – Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII – Receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de 
seu tratamento;
VIII – Ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX – Ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3º É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, 
a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, 
com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabe-
lecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam 
assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os 
recursos extra hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1º O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do pa-
ciente em seu meio.
§ 2º O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a ofere-
cer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo servi-
ços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3º É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em 
instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos 
mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no 
parágrafo único do art. 2º.
Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação 
de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de 
suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicos-
social assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão 
de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do trata-
mento, quando necessário.
Art. 6º A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico cir-
cunstanciado que caracterize os seus motivos.
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Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I – Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II – Internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pe-
dido de terceiro; e
III – Internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, 
deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse 
regime de tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do 
paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8º A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico 
devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se 
localize o estabelecimento.
§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas 
horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do es-
tabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado 
quando da respectiva alta.
§ 2º O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou res-
ponsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.
Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação 
vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segu-
rança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais 
internados e funcionários.
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento se-
rão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao 
representante legal do paciente,bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo 
máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser 
realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, 
e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho 
Nacional de Saúde.
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão 
nacional para acompanhar a implementação desta Lei.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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4. (IADES/BAHIA/2014) De acordo com a Lei n. 10.216/2001, Lei da Reforma Psi-
quiátrica no Brasil, é correto afirmar que:
a) a internação, em qualquer de suas modalidades, será indicada mesmo nos ca-
sos em que os recursos extra hospitalares se mostrem suficientes.
b) a internação involuntária é aquela determinada pela justiça.
c) a internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de 72 horas, ser 
comunicada ao Ministério Público Estadual, pelo responsável técnico do esta-
belecimento, no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser 
adotado quando da respectiva alta.
d) não constitui direito da pessoa portadora de transtorno mental ter acesso à pre-
sença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua 
hospitalização involuntária.
e) as pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos podem ser rea-
lizadas sem o consentimento expresso do paciente ou de seu representante legal.
Letra c.
De acordo com o art. 8º, parágrafo 1º, da lei em questão:
A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devida-
mente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o 
estabelecimento.
§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, 
ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabeleci-
mento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando 
da respectiva alta.
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5. (AOCP/HUCAM-UFES/2014) Qual Lei Federal redireciona a assistência em saúde 
mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comuni-
tária e dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais?
a) 224 de 1992.
b) 336 de 2002.
c) 10.216 de 2001.
d) 3.088 de 2011.
e) 10.708 de 2003.
Letra c.
A Lei n. 10.216/2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras 
de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
6. (AOCP/HUCAM-UFES/2014) No Brasil, em 1989, dá entrada no Congresso Na-
cional um projeto de Lei que inicia as lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica 
nos campos legislativos e normativos, e propõe a regulamentação dos direitos da 
pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. 
Esse projeto é denominado
a) Projeto de Lei Paulo Delgado.
b) Projeto de Lei Roberto Delgado.
c) Projeto de Lei Paulo Amarante.
d) Projeto de Lei Roberto Amarante.
e) Projeto de Lei Pedro Amaral.
Letra a.
Um pouco de história:
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A reforma psiquiátrica e suas demandas
Inicialmente intitulado como um movimento contestador da visão médica tradicio-
nal sobre a doença mental, o processo de reforma psiquiátrica instituiu-se fomen-
tando tal discussão e lançando propostas alternativas em relação aos manicômios, 
cujo arcabouço explicita-se por meio dos seguintes propósitos: dissolver a barreira 
entre assistentes e assistidos; abolir a reclusão e repressão imposta aos pacientes 
e promover a liberdade com responsabilidade dos mesmos e a prática de discussão 
em grupo, envolvendo uma postura essencialmente interdisciplinar.
No Brasil o Projeto de Lei “Paulo Delgado” propõe a extinção progressiva do modelo 
psiquiátrico clássico, inclusive de hospitais especializados, propondo a sua substituição 
por outras modalidades assistenciais. Após 12 anos de tramitação no Congresso Nacio-
nal, a Lei n. 10.216 foi sancionada pelo Presidente da República em 6 de abril de 2001. 
Esta Lei dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e sobre a reinserção social do doente mental em seu meio, além de proibir 
a construção de novos hospitais psiquiátricos e a contratação pelo serviço público de 
leitos e unidades particulares deste tipo. Desta forma, a internação só será indicada 
quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
Rede de Atenção Psicossocial – RAPS e os Centros de Atenção 
Psicossocial – CAPS
Vamos falar de Rede? Utilizarei a mesma metodologia: trarei a Portaria na 
íntegra, com grifos, sinalizações e esquemas e fixaremos com questões sobre 
os temas deste item.
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O que é a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS?
A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção 
aberto e de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das pessoas 
com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade.
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o 
atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do 
uso de crack, álcool e outras drogas.
A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede é composta por serviços 
e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); 
os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura, 
as Unidades de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais 
Gerais, nos CAPS III).
Rede de atenção psicossocial: serviços e equipamentos
Faz parte dessa política o programa De Volta para Casa, que oferece bol-
sas para pacientes egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos.
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www.grancursosonline.com.brA RAPS está presente nos seguintes serviços, desenvolvendo diversas ações:
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/conheca_raps_rede_atencao_psicossocial.pdf
PORTARIA n. 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*)
(Incorporada à Portaria de Consolidação No 3 - Consolidação das normas sobre 
as redes do Sistema Único de Saúde) – NÃO SOFREU ALTERAÇÃO
Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno men-
tal e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Considerando a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da 
Criança e do Adolescente e dá outras providências;
Considerando as determinações da Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe 
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redire-
ciona o modelo assistencial em saúde mental;
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Considerando a Lei n. 10.708, de 31 de julho de 2003, que institui o auxílio-reabilitação 
psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de internações;
Considerando o Decreto n. 7.179, de 20 de maio de 2010, que institui o Plano Integrado 
de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas;
Considerando as disposições contidas no Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, 
que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o planejamento da 
saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;
Considerando a Política Nacional a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Dro-
gas, de 2003;
Considerando a Portaria n. 336/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2002, que regulamenta o 
funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS);
Considerando a Portaria n. 816/GM/MS, de 30 de abril de 2002, que institui, no âmbito 
do SUS, o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada a Usuários de Álcool e 
outras Drogas;
Considerando as diretrizes previstas na Portaria n. 1.190/GM/MS, 4 de junho de 2009, 
que institui Plano Emergencial de ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em 
Álcool e outras Drogas (PEAD);
Considerando a Portaria n. 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece 
diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria, n. 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, que reformula a Po-
lítica Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências SUS;
Considerando as recomendações contidas no Relatório Final da IV Conferência Nacional 
de Saúde Mental Intersetorial, realizada em 2010;
Considerando a necessidade de que o SUS ofereça uma rede de serviços de saúde 
mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para atender 
as pessoas com demandas decorrentes do consumo de álcool, crack e outras drogas; e
Considerando a necessidade de ampliar e diversificar os serviços do SUS para a atenção 
às pessoas com necessidades decorrentes do consumo de álcool, crack e outras drogas 
e suas famílias,
Art. 1º Fica instituída a Rede de Atenção Psicossocial,
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De pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno 
mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras dro-
gas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 2º Constituem-se diretrizes para o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial:
I – Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;
II – Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
III – combate a estigmas e preconceitos;
IV – Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência mul-
tiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
V – Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
VI – Diversificação das estratégias de cuidado;
VII – desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas à 
promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
VIII – desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
IX – Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos 
usuários e de seus familiares;
X – Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de 
ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
XI – promoção de estratégias de educação permanente; e
XII – desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com neces-
sidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção 
do projeto terapêutico singular.
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Art. 3º São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:
Atenção para a diferença entre objetivos gerais e objetivos específicos.
Art. 4º São objetivos específicos da Rede de Atenção Psicossocial:
I – Promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis (crian-
ça, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas);
II – Prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas;
III – reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas;
IV – Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por 
meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária;
V – Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde;
VI – Desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em parceria 
com organizações governamentais e da sociedade civil;
VII – Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de preven-
ção e cuidado e os serviços disponíveis na rede;
VIII – Regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção 
Psicossocial; e
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IX – Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de efetivi-
dade e resolutividade da atenção.
Art. 5º A Rede de Atenção Psicossocial é constituída pelos seguintes componentes:
I – Atenção básica em saúde, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) Unidade Básica de Saúde;
b) Equipe de atenção básica para populações específica
c) Centros de Convivência
II – Atenção psicossocial especializada, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) Centros de AtençãoPsicossocial, nas suas diferentes modalidades;
III – atenção de urgência e emergência, formada pelos seguintes pontos de atenção:
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IV – Atenção residencial de caráter transitório, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) Unidade de Recolhimento;
b) Serviços de Atenção em Regime Residencial;
V – Atenção hospitalar, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) enfermaria especializada em Hospital Geral;
b) serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou trans-
torno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas;
VI – Estratégias de desinstitucionalização, formada pelo seguinte ponto 
de atenção:
a) Serviços Residenciais Terapêuticos; e
VII – reabilitação psicossocial.
Art. 6º São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção básica em 
saúde os seguintes serviços:
I – Unidade Básica de Saúde: serviço de saúde constituído por equipe multiprofissio-
nal responsável por um conjunto de ações de saúde, de âmbito individual e coletivo, que 
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo 
de desenvolver a atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das 
pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades;
II – Equipes de Atenção Básica para populações em situações específicas:
a) Equipe de Consultório na Rua: equipe constituída por profissionais que atuam de 
forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação 
de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde, sendo responsabilidade 
dessa equipe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, ofertar cuidados em saúde 
mental, para:
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b) equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter 
Transitório: oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção, coordenando o 
cuidado e prestando serviços de atenção à saúde de forma longitudinal e articulada com 
os outros pontos de atenção da rede; e
III – Centro de Convivência: é unidade pública, articulada às Redes de Atenção à 
Saúde, em especial à Rede de Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à população em 
geral espaços de sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade.
§ 1º A Unidade Básica de Saúde, de que trata o inciso I deste artigo, como ponto de 
atenção da Rede de Atenção Psicossocial tem a responsabilidade de desenvolver ações 
de promoção de saúde mental, prevenção e cuidado dos transtornos mentais, ações 
de redução de danos e cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do uso de 
crack, álcool e outras drogas, compartilhadas, sempre que necessário, com os demais 
pontos da rede.
§ 2º O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculado à Unidade Básica de Saúde, 
de que trata o inciso I deste artigo, é constituído por profissionais de saúde de diferen-
tes áreas de conhecimento, que atuam de maneira integrada, sendo responsável por 
apoiar as Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica para populações 
específicas e equipes da academia da saúde, atuando diretamente no apoio matricial e, 
quando necessário, no cuidado compartilhado junto às equipes da(s) unidade(s) na(s) 
qual(is) o Núcleo de Apoio à Saúde da Família está vinculado, incluindo o suporte ao 
manejo de situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno mental e aos problemas 
relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas.
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§ 3º Quando necessário, a Equipe de Consultório na Rua, de que trata a alínea “a” do inciso II 
deste artigo, poderá utilizar as instalações das Unidades Básicas de Saúde do território.
§ 4º Os Centros de Convivência, de que trata o inciso III deste artigo, são estratégicos 
para a inclusão social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que fazem uso de 
crack, álcool e outras drogas, por meio da construção de espaços de convívio e susten-
tação das diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.
Art. 7º O ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção psicossocial 
especializada é o Centro de Atenção Psicossocial.
§ 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é constituído 
por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza aten-
dimento às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territo-
rial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo, e não intensivo.
§ 2º As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas prioritariamente em 
espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de 
forma articulada com os outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes.
§ 3º O cuidado, no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial, é desenvolvido por in-
termédio de Projeto Terapêutico Individual, envolvendo em sua construção a 
equipe, o usuário e sua família, e a ordenação do cuidado estará sob a respon-
sabilidade do Centro de Atenção Psicossocial ou da Atenção Básica, garantindo 
permanente processo de cogestão e acompanhamento longitudinal do caso.
§ 4º Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes modalidades:
I – CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as 
faixas etárias; indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes;
II – CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo 
também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, conforme a organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com 
população acima de setenta mil habitantes;
III – CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Propor-
ciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo 
feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a 
outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regi-
ões com população acima de duzentos mil habitantes;
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www.grancursosonline.com.brIV – CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas 
do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de 
crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, 
indicado para Municípios ou regiões com população acima de setenta mil habitantes;
V – CAPS AD III: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas 
do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contí-
nuos. Serviço com no máximo doze leitos, leitos para observação e monitoramento, de 
funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana; indicado para Municí-
pios ou regiões com população acima de duzentos mil habitantes; e
VI – CAPS I: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persis-
tentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço aberto e de caráter 
comunitário indicado para municípios ou regiões com população acima de cento e cin-
quenta mil habitantes.
Art. 8º São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência e 
emergência o SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, as portas hospitala-
res de atenção à urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde, entre outros
§ 1º Os pontos de atenção de urgência e emergência são responsáveis, em seu âmbito 
de atuação, pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado nas situações de urgência 
e emergência das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
§ 2º Os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência 
e emergência deverão se articular com os Centros de Atenção Psicossocial, os 
quais realizam o acolhimento e o cuidado das pessoas em fase aguda do transtorno 
mental, seja ele decorrente ou não do uso de crack, álcool e outras drogas, devendo nas 
situações que necessitem de internação ou de serviços residenciais de caráter transitó-
rio, articular e coordenar o cuidado.
Art. 9º São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção residencial 
de caráter transitório os seguintes serviços:
I – Unidade de Acolhimento: oferece cuidados contínuos de saúde, com funciona-
mento de vinte e quatro horas, em ambiente residencial, para pessoas com neces-
sidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que 
apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompa-
nhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório cujo tempo de permanência 
é de até seis meses; e
II – Serviços de Atenção em Regime Residencial, entre os quais Comunidades Te-
rapêuticas: serviço de saúde destinado a oferecer cuidados contínuos de saúde, de ca-
ráter residencial transitório por até nove meses para adultos com necessidades clínicas 
estáveis decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
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§ 1º O acolhimento na Unidade de Acolhimento será definido exclusivamente 
pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial de referência que será responsável 
pela elaboração do projeto terapêutico singular do usuário, considerando a hierarquiza-
ção do cuidado, priorizando a atenção em serviços comunitários de saúde.
§ 2º As Unidades de Acolhimento estão organizadas nas seguintes modalidades:
I – Unidade de Acolhimento Adulto, destinados a pessoas que fazem uso do crack, álcool 
e outras drogas, maiores de dezoito anos; e
II – Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil, destinadas a adolescentes e jovens (de 
doze até dezoito anos completos).
§ 3º Os serviços de que trata o inciso II deste artigo funcionam de forma articulada com:
I – A atenção básica, que apoia e reforça o cuidado clínico geral dos seus usuários; e
II – O Centro de Atenção Psicossocial, que é responsável pela indicação do acolhimento, 
pelo acompanhamento especializado durante este período, pelo planejamento da saída 
e pelo seguimento do cuidado, bem como pela participação de forma ativa da articula-
ção intersetorial para promover a reinserção do usuário na comunidade.
Art. 10. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção hospita-
lar os seguintes serviços:
I – Enfermaria especializada para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno 
mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em 
Hospital Geral, oferece tratamento hospitalar para casos graves relacionados aos trans-
tornos mentais e ao uso de álcool, crack e outras drogas, em especial de abstinências e 
intoxicações severas;
II – serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou trans-
torno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas ofere-
ce suporte hospitalar, por meio de internações de curta duração, para usuários de álcool e/
ou outras drogas, em situações assistenciais que evidenciarem indicativos de ocorrência de 
comorbidades de ordem clínica e/ou psíquica, sempre respeitadas as determinações da Lei 
n. 10.216, de 6 de abril de 2001, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima 
ou curta permanência. Funciona em regime integral, durante vinte e quatro horas diárias, 
nos sete dias da semana, sem interrupção da continuidade entre os turnos.
§ 1º O cuidado ofertado no âmbito da enfermaria especializada em Hospital Geral de 
que trata o inciso I deste artigo deve estar articulado com o Projeto Terapêutico Indivi-
dual desenvolvido pelo serviço de referência do usuário e a internação deve ser de curta 
duração até a estabilidade clínica.
§ 2º O acesso aos leitos na enfermaria especializada em Hospital Geral, de que trata 
o inciso I deste artigo, deve ser regulado com base em critérios clínicos e de gestão 
por intermédio do Centro de Atenção Psicossocial de referência e, no caso de o usuário 
acessar a Rede por meio deste ponto de atenção, deve ser providenciado sua vinculação 
e referência a um Centro de Atenção Psicossocial, que assumirá o caso.
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§ 3º A equipe que atua em enfermaria especializada em saúde mental de Hospital Geral, 
de que trata o inciso I deste artigo, deve ter garantida composição multidisciplinar 
e modo de funcionamento interdisciplinar.
§ 4º No que se refere ao inciso II deste artigo, em nível local ou regional, compõe a rede 
hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool e outras drogas, observando o território, 
a lógica da redução de danos e outras premissas e princípios do SUS.
Art. 11. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial nas Estratégias de 
Desinstitucionalização os Serviços Residenciais Terapêuticos, que são moradias in-
seridas na comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa 
permanência (dois anos ou mais ininterruptos), egressas de hospitais psiquiátricos e 
hospitais de custódia, entre outros.
§ 1º O componente Estratégias de Desinstitucionalização é constituído por ini-
ciativas que visam a garantir às pessoas com transtorno mental e com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de internação de longa 
permanência, o cuidado integral por meio de estratégias substitutivas,na perspectiva 
da garantia de direitos com a promoção de autonomia e o exercício de cidadania, bus-
cando sua progressiva inclusão social.
§ 2º O hospital psiquiátrico pode ser acio-
nado para o cuidado das pessoas com trans-
torno mental nas regiões de saúde enquanto o 
processo de implantação e expansão da Rede 
de Atenção Psicossocial ainda não se apresenta 
suficiente, devendo estas regiões de saúde prio-
rizar a expansão e qualificação dos pontos de 
atenção da Rede de Atenção Psicossocial para 
dar continuidade ao processo de substituição 
dos leitos em hospitais psiquiátricos.
§ 3º O Programa de Volta para Casa, enquanto 
estratégia de desinstitucionalização, é uma polí-
tica pública de inclusão social que visa contribuir 
e fortalecer o processo de desinstitucionalização, 
instituída pela Lei n. 10.708, de 31 de julho de 
2003, que provê auxílio reabilitação para pes-
soas com transtorno mental egressas de interna-
ção de longa permanência.
Art. 12. O componente Reabilitação Psicossocial da Rede de Atenção Psicossocial é 
composto por iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/
cooperativas sociais.
§ 1º As ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da in-
clusão produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental 
ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em iniciativas de 
geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/ cooperativas sociais.
§ 2º As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/coopera-
tivas sociais de que trata o § 1º deste artigo devem articular sistematicamente as redes 
de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no território para garantir 
a melhoria das condições concretas de vida, ampliação da autonomia, contratualidade e 
inclusão social de usuários da rede e seus familiares.
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Art. 13. A operacionalização da implantação da Rede de Atenção Psicossocial se dará 
pela execução de quatro fases:
FASES DA IMPLANTAÇÃO DA RAPS
I – Fase I - Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial:
II – Fase II - adesão e diagnóstico:
III – Fase III - Contratualização dos Pontos de Atenção:
IV – Fase IV - Qualificação dos componentes:
I – Fase I - Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial:
a) realização pelo Colegiado de Gestão Regional (CGR) e pelo Colegiado de Gestão da 
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), com o apoio da SES, de 
análise da situação de saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, com dados primários, 
incluindo dados demográficos e epidemiológicos, dimensionamento da demanda assis-
tencial, dimensionamento da oferta assistencial e análise da situação da regulação, da 
avaliação e do controle, da vigilância epidemiológica, do apoio diagnóstico, do transpor-
te e da auditoria e do controle externo, entre outros;
b) pactuação do Desenho da Rede de Atenção Psicossocial no CGR e no CGSES/DF;
c) elaboração da proposta de Plano de Ação Regional, pactuado no CGR e no CGSES/
DF, com a programação da atenção à saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno 
mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, incluin-
do as atribuições, as responsabilidades e o aporte de recursos necessários pela União, 
pelo Estado, pelo Distrito Federal e pelos Municípios envolvidos; na sequência, serão 
elaborados os Planos de Ação Municipais dos Municípios integrantes do CGR;
d) estímulo à instituição do Fórum Rede de Atenção Psicossocial que tem como finali-
dade a construção de espaços coletivos plurais, heterogêneos e múltiplos para partici-
pação cidadã na construção de um novo modelo de atenção às pessoas com sofrimento 
ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, mediante o acompanhamento e contribuição na implementação da Rede de 
Atenção Psicossocial na Região;
II – Fase II - adesão e diagnóstico:
a) apresentação da Rede de Atenção Psicossocial no Estado, Distrito Federal e nos Mu-
nicípios;
b) apresentação e análise da matriz diagnóstica, conforme o Anexo I a esta Portaria, na 
Comissão Intergestores Bipartite (CIB), no CGSES/DF e no CGR;
c) homologação da região inicial de implementação da Rede de Atenção Psicossocial na 
CIB e CGSES/DF;
d) instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, formado 
pela SES, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e apoio 
institucional do Ministério da Saúde, que terá como atribuições:
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1. mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;
2. apoiar a organização dos processos de trabalho voltados a implantação/implementa-
ção da rede;
3. identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;
4. monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;
e) contratualização dos Pontos de Atenção;
f) qualificação dos componentes;
III – Fase 3 - Contratualização dos Pontos de Atenção:
a) elaboração do desenho da Rede de Atenção Psicossocial;
b) contratualização pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município dos 
pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial observadas as responsabilidades 
definidas para cada componente da Rede;
c) instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município que compõe o CGR, com 
apoio institucional da SES;
IV – Fase 4 - Qualificação dos componentes:
a) realização das ações de atenção à saúde definidas para cada componente da Rede, 
previstas nos arts. 6º ao 12 desta Portaria; e
b) cumprimento das metas relacionadas às ações de atenção à saúde, que deverão ser 
definidas na matriz diagnóstica para cada componente da Rede serão acompanhadas de 
acordo com o Plano de Ação Regional e dos Planos de Ações Municipais.
Art. 14. Para operacionalização da Rede de Atenção Psicossocial cabe:
I – à União, por intermédio do Ministério da Saúde, o apoio à implementação, financiamen-
to, monitoramento e avaliação da Rede de Atenção Psicossocial em todo território nacional;
II – ao Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, apoio à implementação, coorde-
nação do Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, financiamento, contra-
tualização com os pontos de atenção à saúde sob sua gestão, monitoramento e avaliação da 
Rede de Atenção Psicossocial no território estadual de forma regionalizada; e
III – ao Município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, implementação, coor-
denação do Grupo Condutor Municipal da Rede de Atenção Psicossocial, financiamento, 
contratualização com os pontos de atenção à saúde sob sua gestão, monitoramento e 
avaliação da Rede De Atenção Psicossocial no território municipal.
Art. 15. Os critérios definidos para implantação de cada componente e seu financia-
mento, por parte da União, serão objetos de normas específicas a serem publicadas pelo 
Ministério da Saúde.
Art. 16. Fica constituído Grupo de Trabalho Tripartite, coordenado pelo Ministério da 
Saúde, a ser definido por Portaria específica, para acompanhar, monitorar,avaliar e se 
necessário, revisar esta Portaria em até cento e oitenta dias.
Art. 17. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
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7. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP/ANALISTA EM SAÚDE/2015) 
As Redes de Atenção Psicossocial – RAPS têm como um de seus objetivos gerais
a) oferecer abrigo às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack.
b) encaminhar as pessoas com transtorno mental aos serviços da comunidade.
c) efetivar ações de controle junto aos indivíduos dependentes de álcool.
d) ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral.
e) realizar estudos epidemiológicos que indiquem as demandas das comunidades.
Letra d.
De acordo art.3º da Portaria em questão:
São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:
I – Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;
II – Promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades de-
correntes do uso de crack, álcool e outras
drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e
III – garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no 
território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contí-
nuo e da atenção às urgências.
8. (FUNDEP/PREFEITURA DE BELA VISTA DE MINAS – MG/2014) Sobre as atribuições 
dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), assinale a alternativa INCORRETA.
a) Realizar atendimento somente em regime de atenção de urgência.
b) Promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que en-
volvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjun-
tas de enfrentamento dos problemas. Os CAPs também têm a responsabilidade de 
organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território.
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c) Apoiar e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, no PSF (Programa 
de Saúde da Família), e no PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde)
d) Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área.
Letra a.
De acordo a Portaria n. 3.088/2011, em seu art.7º, parágrafo 1º, os CAPS:
§ 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é constituído por 
equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza atendimento às 
pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territorial, em regime 
de tratamento intensivo, semi-intensivo, e não intensivo.
9. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA – DF/2017) No que concerne à 
rede de atendimento psicossocial, é correto afirmar que a atenção básica em saúde 
se faz presente no(a)
a) Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
b) SAMU 192.
c) UPA 24 horas.
d) Serviço de Atenção em Regime Residencial.
e) Atenção Hospitalar.
Letra a.
De acordo com a Portaria n. 3.088/2011, em seu art. 6º, inciso III, parágrafo 2º:
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculado à Unidade Básica de Saúde, de que 
trata o inciso I deste artigo, é constituído por profissionais de saúde de diferentes áreas 
de conhecimento, que atuam de maneira integrada, sendo responsável por apoiar as 
Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica para populações específicas 
e equipes da academia da saúde, atuando diretamente no apoio matricial e, quando 
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necessário, no cuidado compartilhado junto às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) 
o Núcleo de Apoio à Saúde da Família está vinculado, incluindo o suporte ao manejo de 
situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno mental e aos problemas relaciona-
dos ao uso de crack, álcool e outras drogas.
10. (FUNCAB/EMSERH/2016) No planejamento de programas de saúde mental, é 
preciso estar atento às diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) dentre as 
quais destaca-se:
a) respeito ao direito humano à alimentação, garantindo o acesso a uma alimen-
tação saudável.
b) promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde.
c) combate a estigmas e aos preconceitos contra os profissionais de saúde do SUS.
d) garantia do acesso e da qualidade dos serviços na rede privada de atendimento, 
sob a lógica interdisciplinar alternativa.
e) desenvolvimento de atividades extraterritoriais, que favoreçam a inclusão social 
do doente mental em regiões menos populosas com vistas à promoção de autono-
mia e ao exercício da cidadania.
Letra b.
De acordo com a Portaria n. 3.088/2011, em seu art.2º, são DIRETRIZES da RAPS:
I – Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;
II – Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
III – combate a estigmas e preconceitos;
IV – Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência mul-
tiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
V – Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
VI – Diversificação das estratégias de cuidado;
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VII – desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas à 
promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
VIII – desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
IX – Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos 
usuários e de seus familiares;
X – Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de 
ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
XI – promoção de estratégias de educação permanente; e
XII – desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com neces-
sidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção 
do projeto terapêutico singular.
Resolução n. 32, de Dezembro de 2017
Em dezembro de 2017, com o intuito de fortalecer a Rede de Atenção Psi-
cossocial, o Ministério da Saúde publicou a Resolução n. 32. Ela não revoga a 
Portaria n. 3.088/2011, mas traz novos arranjos. Sugiro que fique atento(a) 
às propostas, mas tenha em mente que a anterior não foi revogada – por este 
motivo, inclui as duas na aula.
Utilizarei a Resolução na íntegra, para que não percamos nenhum detalhe.
Vamos lá?
MINISTÉRIO DA SAÚDE
COMISSÃO INTERGESTORESTRIPARTITE
DOU de 22/12/2017 (n. 245, Seção 1, pág. 239)
Estabelece as Diretrizes para o Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
A COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE, no uso de suas atribuições que lhe confe-
rem o art. 14-A da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, e os arts. 30, inciso I, e 32, 
inciso I, do Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, e considerando a Lei n. 10.216, 
de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras 
de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
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Considerando a Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de In-
clusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
Considerando o Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei 
n. 8080/1990;
Considerando a Portaria de Consolidação n. 3, de 28 de setembro de 2017, que trata da 
“Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde”.
Considerando a Portaria de Consolidação n. 5, de 28 de setembro de 2017, que tra-
ta da “Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema 
Único de Saúde”;
Considerando a Portaria de Consolidação n. 6, de 28 de setembro de 2017, que trata da 
“Consolidação das normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais 
para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde”;
Considerando a pactuação ocorrida na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) no dia 14 
de dezembro de 2017, resolve:
Art. 1º - Estabelecer as diretrizes para o fortalecimento da RAPS. Considera-se como 
componentes da RAPS os seguintes pontos de atenção:
1. Atenção Básica;
2. Consultório na Rua;
3. Centros de Convivência;
4. Unidades de Acolhimento (Adulto e Infanto-Juvenil);
5. Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) I e II;
6. Hospital Dia;
7. Unidades de Referência Especializadas em Hospitais Gerais;
8. Centros de Atenção Psicossocial nas suas diversas modalidades;
9. Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental;
10. Hospitais Psiquiátricos Especializados.
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Componentes da RAPS os seguintes pontos de atenção – Resolução n. 32/2017:
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Art. 2º - Habilitar e incentivar todos os serviços da RAPS que estejam tecnicamente 
aprovados pela Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, do De-
partamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção à Saúde 
(CG-MAD/DAPES/SAS) e garantir a continuidade do financiamento das obras de serviços 
desta Rede que também estejam tecnicamente aprovados.
Art. 3º - Pactuar diretrizes clínicas para linhas de cuidados na RAPS.
Art. 4º - Pactuar critérios de acompanhamento e monitoramento da RAPS, com metas, 
indicadores qualitativos e quantitativos, estimulando ainda a adequada regulação do 
acesso dos usuários aos diferentes pontos de atenção da Rede.
Art. 5º - Vedar qualquer ampliação da capacidade já instalada de leitos psiquiátricos 
em hospitais especializados, conforme registro do CNES nesta data, reafirmando o 
modelo assistencial de base comunitária.
Art. 6º - Aprovar a criação de “Equipes Multiprofissionais de Atenção Especia-
lizada em Saúde Mental”, com objetivo de prestar atenção multiprofissional no nível 
secundário, apoiando de forma articulada a atenção básica e demais serviços das re-
des de atenção à saúde.
Art. 7º - Aprovar a criação de nova modalidade de Centro de Atenção Psicos-
social de Álcool e outras Drogas do Tipo IV (CAPS AD IV), com funcionamento 24 
horas, prestando assistência de urgência e emergência, para ofertar linhas de cuidado 
em situações de cenas de uso de drogas, especialmente o crack (“cracolândias”), de 
forma multiprofissional e intersetorial.
Art. 8º - Fortalecer e apoiar técnica e financeiramente o processo de desinstitucionali-
zação de pacientes moradores em Hospitais Psiquiátricos:
I – habilitar 200 SRTs até o final de 2018;
II – Garantir maior flexibilidade aos gestores municipais para a organização das SRTs;
Art. 9º - Ampliar a oferta de leitos hospitalares qualificados para a atenção a pessoas 
com transtornos mentais e/ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas.
I – Estimular a qualificação e expansão de leitos em enfermarias especializadas em 
Hospitais Gerais;
II – Reestruturar a equipe multiprofissional mínima requerida para o funcionamento das 
enfermarias especializadas em Hospitais Gerais;
III – Monitorar sistematicamente a taxa de ocupação mínima das internações em Hospi-
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tais Gerais para o pagamento integral do procedimento em forma de incentivo;
IV – Reajustar o valor de diárias para internação em hospitais especializados de forma 
escalonada, em relação aos atuais níveis, conforme o porte do Hospital.
Art. 10º - Financiar pesquisas que subsidiem a implantação de Programas de Preven-
ção ao Uso de Álcool e Outras Drogas para adolescentes e jovens.
Art. 11º - Fortalecer a parceria e o apoio intersetorial entre MS/MJ/MDS/MT em relação 
as Comunidades Terapêuticas.
Art. 12º - Promover ações de Prevenção ao Suicídio, por meio de parcerias com Estados 
e Municípios, bem como instituições que atuam nesta área.
Art. 13º - Esta Resolução entre em vigor na data de sua publicação.
RICARDO BARROS - Ministro de Estado da Saúde
MICHELE CAPUTO NETO - Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
MAURO GUIMARÃES JUNQUEIRA - Presidente do Conselho Nacional de Secretarias Mu-
nicipais de Saúde
Modalidades de CAPS – segundo Resolução n. 32/2017:
CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas 
etárias; indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes;
CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo 
também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, conforme a organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com 
população acima de setenta mil habitantes;
CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona 
serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feria-
dos e finais de semana, ofertando

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