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Tópico 2 - A natureza do conhecimento

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A natureza do conhecimento	
Apresentação
O conhecimento modifica o ser humano, uma vez que o transforma constantemente para que ele 
se realize como ser pensante. Sem essa capacidade de conhecer, as pessoas não seriam o que são, 
tampouco demonstrariam a evolução política, econômica e social que viveram, pois o 
conhecimento constitui um aspecto da própria existência.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá de que forma o conhecimento evoluiu ao longo do 
tempo, desde a sua origem na Grécia até os dias atuais, saberá as diferenças entre o conhecimento 
adquirido pelo senso comum e o conhecimento científico, e quando estudar os tipos de 
conhecimento. Nessa abordagem, também será possível identificar a importância da produção de 
conhecimento, que acontece a partir de um método embasado em técnicas de investigação, 
permitindo o pensamento científico.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir conhecimento, a sua origem, essência e os seus tipos.•
Explicar a importância da produção de conhecimento e dos seus critérios de validação.•
Reconhecer a evolução do conhecimento científico.•
Desafio
Ao estudar o conhecimento classificado como filosófico, foi possível observar que o pressuposto 
natural do ser humano se baseia em querer explicar os fatos naturalmente, pois faz parte da sua 
essência. Para tanto, a filosofia usa o questionamento constante no dia a dia, mas diferentemente 
do senso comum, o conhecimento filosófico problematiza o relacionamento do indivíduo com o 
meio em que está inserido.
Vamos pensar que você, aluno, participará de um seminário para discussão do tema conhecimento 
filosófico e seu grupo recebe o seguinte texto para debate:
 
 
A partir dessa citação, você deve elaborar um texto dissertativo para ser apresentado no seminário, 
tendo como ponto de partida a questão:
Como o conhecimento filosófico está presente nessa frase e como ele se relaciona com o cotidiano 
social das pessoas? Justifique.
Infográfico
As mudanças de paradigmas ocorrem de tempos em tempos e acompanham a linha histórica da 
humanidade. Na Pré-história, por exemplo, a verdade era sobrenatural, os fenômenos eram 
atribuídos aos deuses e a humanidade constrói o seu primeiro paradigma da ciência. Na Idade 
Média, o homem é entendido como criatura de Deus e o paradigma se revela religioso, no qual a 
Igreja domina a cultura da sociedade, então surge a Teoria do Conhecimento. Todavia, na Idade 
Moderna, o conhecimento é atrelado ao conceito de personalidade e inteligência. No entanto, a 
primeira grande ruptura para a visão científica ocorre no século XX, com as primeiras mudanças 
tecnológicas e sociais.
Para melhor compreender essas mudanças, veja, no Infográfico a seguir, as diferentes visões do 
conhecimento e a sua influência na ciência clicando em cada imagem.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
Ao pesquisar sobre o conhecimento, logo entende-se a forte relação que ele tem com a evolução 
do contexto social que cerca a humanidade e o quanto é possível integrá-lo às descobertas do 
homem e à sua própria transformação ao longo das décadas. Desde a Grécia até a chamada pós-
modernidade, o conhecimento se modificou e passou a ser mola propulsora na busca do saber 
constante. 
No capítulo A natureza do conhecimento, da obra Pesquisa Aplicada às Relações Públicas, será 
possível identificar a origem do conhecimento e de que forma ele acompanha a evolução da 
sociedade ao longo dos anos. Dessa forma, serão apresentados os tipos de conhecimento em que o 
conhecimento científico preza por uma investigação sobre as verdades apresentadas, capaz de 
produzir novos conceitos. Um aspecto interessante do capítulo também pode ser visto na forma 
como uma produção de conhecimento é validada para nomear e representar as instituições que 
fomentam o conhecimento. Aproveite as dicas e as leituras exclusivas deste capítulo para 
acrescentar mais conhecimento à sua jornada acadêmica.
Boa leitura.
PESQUISA 
APLICADA ÀS 
RELAÇÕES 
PÚBLICAS
Fernanda Rocha de Aguiar
A natureza do 
conhecimento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir conhecimento, a sua origem, essência e os seus tipos.
  Explicar a importância da produção de conhecimento e dos seus 
critérios de validação.
  Identificar a evolução do conhecimento científico.
Introdução
O conhecimento é uma produção de saberes da sociedade que acom-
panha a sua própria evolução ao longo do tempo e do espaço, em que 
o homem exercita sua criatividade e os infinitos questionamentos sobre 
os fatos. 
Ao longo dos anos, o ser humano evoluiu, assim como as diferentes 
abordagens sobre o que lhe cerca, desde as afirmações de um conheci-
mento clássico até a criação do pensamento sistêmico.
Neste capítulo, você vai conhecer a origem do conhecimento e sua 
classificação, entenderá como ele é produzido e como ocorre sua evo-
lução diante das fases pelas quais a sociedade vem passando. 
A origem e os tipos de conhecimento
O ser humano sempre precisou empregar a sua inteligência e criatividade 
para vencer os desafi os impostos pela própria natureza, os quais o levaram à 
constante refl exão e à busca de soluções. Assim, o homem descobriu o fogo, 
inventou a roda e registrou a longa trajetória da sua existência em função da 
produção de conhecimento.
O estudo que pesquisa o significado do conhecimento faz parte da abor-
dagem da gnosiologia ou da teoria do conhecimento, que é formada partir 
do termo grego “gnosis”, que significa conhecimento e “logos”, que significa 
doutrina (BECK, 2017). Essa teoria reflete sobre a concordância do pensamento 
entre sujeito e objeto. 
O objeto pode ser entendido como uma ideia, um fenômeno, um conceito, 
que é visto de forma consciente pelo sujeito. Essa relação define o que é inato 
ao ser humano: refletir sobre a aparência das coisas, procurando respostas 
para suas inquietudes para satisfazer a sua natural curiosidade. Esse sentido 
gnosiológico alerta para duas necessidades prementes ao homem: a de conhecer 
algo sem outro interesse senão o de saber sobre o objeto: e o conhecer que 
objetiva uma prática, a satisfação de uma necessidade psicológica vital na sua 
esfera do conhecimento.
Origem do conhecimento
O conhecimento tem seus primórdios na Grécia antiga, com base na tríade 
fi losofi a-ciência-tecnologia. Os primeiros fi lósofos — os pré-socráticos — 
dedicavam-se a um conjunto de indagações principais: por que e como as 
coisas existem? O que é o mundo? Qual é a origem da natureza e quais são 
as causas de sua transformação? Essas indagações colocavam no centro a 
pergunta: o que é o ser? (CHAUÍ, 2000).
As obras de Platão e de Aristóteles discutem as grandes concepções do 
conhecimento que, em mais de 2 mil anos, é sempre a questão central a ser 
discutida e que orienta os caminhos buscados pelos homens (BAZZANALLA 
et al., 2013).
O homem apresenta admiração pelo saber e, desde a antiguidade, absorvia 
o seu entender a partir dos fenômenos que sentia, revelando-se um verdadeiro 
intérprete da realidade exterior. Mas, com o passar do tempo, ele deixou de ter 
essa postura contemplativa e passou a assumir uma nova atitude, tornando-
-se mais ativo frente aos fatos. Esse movimento foi protagonizado por René 
Descartes, filósofo francês e considerado o pai da modernidade. A partir dessa 
abordagem, surgiu o moderno problema do conhecimento em que o homem 
se debruça sobre seu próprio ato de conhecer e tenta “[...] resolver a questão 
de como é possível haver conhecimento a partir de sua própria racionalidade” 
(BAZZANALLA et al., 2013, p. 33).
O fato é que, em toda forma de interpretação da realidade que o homem 
produziu ao longo de sua história, o conhecimento apresenta-se como um 
dilema entre a mente e as coisas, o que denota a reflexão se o ser e o saber 
não serão aspectos do mesmo problema. Ou seja, a complexidade da realidadeem que o homem está inserido traduz a afirmação de que não há segurança 
A natureza do conhecimento2
com relação ao conhecimento das coisas ou firmeza quanto à verdade do 
conhecimento, pois os seres humanos afetam e são afetados pelo que lhes 
cercam (CARVALHO, 2008).
O conhecimento é útil para o homem porque o lança ao desconhecido 
e isso lhe traz prazer e satisfação, a partir do momento em que o instiga a 
pensar e a se prover de sabedoria, garantindo não apenas uma vida de fatos e 
experiências empíricas, mas atribuindo sentido. O conhecimento adquirido 
é um instrumento usado para agir, por isso, o conhecer não é apenas estar 
informado sobre alguma coisa, mas aplicar na prática um desafio da atualidade, 
a partir de tantas transformações tecnológicas. 
A origem do conhecimento humano é abordada de forma autêntica em um profundo 
estudo sobre a descoberta do fogo na Pré-história, por meio do filme A Guerra do 
Fogo, de 1981. 
Nessa abordagem, você pode observar as descobertas do pensamento humano 
diante da realidade que o cerca e a sua interação com essa realidade, produzindo 
conhecimento e novas formas de agir.
Tipos de conhecimento
Para que a ciência seja devidamente compreendida é preciso entender os 
diversos tipos de conhecimento e suas principais características. É aceitar 
que os diversos níveis de conhecimento se apresentam no cotidiano do ser 
humano, pois a ciência relaciona-se com o meio acadêmico, com a pesquisa, 
com a educação e com a cultura da sociedade.
O senso comum
O conjunto de normas e variáveis de uma sociedade produz modos de ação que 
correspondem à forma como se vive e as diferentes relações entre as pessoas 
e os fatos que as envolvem. Há que se pensar como tratar as pessoas, como se 
comportar nos diversos ambientes, o que é admitido, o que é proibido e quais 
são os aspectos da experiência prática que as pessoas ensinam umas às outras 
em suas formas espontâneas de saberes. O conjunto desses conhecimentos 
forma o senso comum.
3A natureza do conhecimento
O senso comum nasce da experiência cotidiana da vida levada em sociedade. 
É um saber produzido por hábitos e por costumes, com práticas, tradições, 
regras de conduta, etc., tudo o que se necessita para orientar o dia a dia de uma 
pessoa. Trata-se de um saber informal, adquirido de forma natural, a partir 
do contato com os outros, com os aspectos que atravessam a vida e com os 
objetos que a envolvem. 
Esse tipo de conhecimento é adquirido desde o nascimento até a infância 
e segue pela fase adulta à medida que forma as pessoas a partir de sua 
interação e não requer grandes esforços, a exemplo dos saberes formais 
da ciência. 
No entanto, as certezas trazidas pelo senso comum geralmente serão 
questionáveis, pois são adquiridas pelas aparências e pelas formas de cultura 
popular, de forma subjetiva. Os ditos populares, as crenças e as tradições não 
apresentam um estudo científico, mas um conjunto de pressupostos básicos 
que acompanham a realidade da sociedade. Seu caráter é empírico, porque 
deriva diretamente da experiência cotidiana, assim como é assistemático, 
uma vez que não é estruturado de forma racional, tanto como se adquire 
ou quanto é formado. Além disso, o senso comum é ametódico porque não 
segue um conjunto de regras formais que advêm de um estudo planejado 
(BAZZANALLA et al., 2013).
O conhecimento popular é valorativo, ele se fundamenta com base no 
estado de ânimo e nas emoções e implica uma dualidade de realidade entre 
o sujeito e o objeto.
Conhecimento teológico
O conhecimento teológico deriva da fé e de dogmas que fazem o indivíduo se 
comportar levando em conta o que aprendeu em sua natureza religiosa. Nesse 
contexto, há preceitos baseados no medo e na percepção de fatos espantosos 
que direcionam uma pessoa para o caminho em que ela acredita.
Esse conhecimento baseia-se em dogmas, em leis e em fatos normalmente 
inquestionáveis sob o ponto de vista de quem o defende, pois foi adquirido 
pela fé divina ou pela crença religiosa. Assim como o senso comum, o 
conhecimento teológico gera questionamentos sobre os fenômenos da vida, 
pois surge diante de paradigmas adotados e ultrapassa os limites formais 
da ciência. 
A natureza do conhecimento4
O conhecimento teológico é valorativo e inspiracional pelo fato de as 
suas verdades serem reveladas pelo sobrenatural, é infalível e indiscutível 
(são verdades exatas), é sistemático por ser obra do Criador, então as suas 
evidências não são verificadas (LAKATOS, 2011).
Conhecimento filosófico
Esse conhecimento deriva da pura razão, um desejo natural do ser humano. 
Aristóteles já mencionava que o conhecimento é pressuposto natural do ser 
humano, pois, de fato, ele quer explicar os fatos de forma natural por fazer 
parte da sua essência. Para tanto, usa-se o questionamento constante no dia a 
dia, mas diferente do senso comum, esse preocupa-se em indagar o relacio-
namento do indivíduo com o meio em que está inserido.
As perguntas realizadas para proverem esses questionamentos encontram 
base no método socrático de questionamento constante, também conhecido 
como maiêutica. Por meio de perguntas sobre determinado assunto o indivíduo 
pode descobrir a verdade sobre algo. Para Sócrates, todo o conhecimento é 
latente na mente humana, podendo este ser estimulado por meio de respostas 
a perguntas feitas de modo perspicaz. 
Conforme Bazzanalla et al. (2013), a filosofia é um saber aberto, sistemático 
e racional que não é dogmático. Ainda que haja esse contexto um tanto quanto 
subjetivo, o conhecimento filosófico não tem embasamento em fatos que não 
sejam fundamentados na razão.
Conhecimento científico
A etimologia da palavra “razão” serve de orientação para a compreensão de 
seu sentido originário. Ela vem do grego logos, oriunda do verbo légein, que 
tomou o sentido de razão e palavra, linguagem, que usualmente se traduz por 
contar, reunir, juntar, calcular (CHAUÍ, 2000).
Esse conhecimento prevê uma investigação racional a partir do uso de um 
método científico que avalia o conhecimento empírico. Essa ciência destacada 
constitui uma forma de conhecimento ativa, investigativa, mas, sobretudo 
crítica, à medida que avança na produção de conhecimento. 
Destaca-se que esse conhecimento também é fomentado pela leitura e pela 
reflexão, provocado intencionalmente como se apresentam os conteúdos. Mas, 
ao contrário do senso comum, o conhecimento científico é sistemático, pois 
5A natureza do conhecimento
possui um método de um saber ordenado, formado a partir de um conjunto 
de ideias que formam uma teoria.
Além disso, o conhecimento científico pode ser comprovado, o que define 
seu princípio da verificabilidade, em que a ideia deve ser conferida sob a ótica 
da ciência. Também se menciona que o conhecimento científico é falível — 
não é definitivo, pois determinada ideia ou teoria pode ser substituída por 
outra mais atual ou mais completa. Além disso, esse conhecimento é racional, 
explicativo, analítico e tem investigação metódica.
A produção de conhecimento e seus critérios 
de validação
O processo de produção do conhecimento sobre o mundo social passa 
necessariamente pela releitura do que se vê em forma de representações. 
Ou seja, para tentar compreender o mundo é preciso, em um primeiro 
momento, desconstruí-lo, assim como o faz o mecânico de automóveis 
que, para compreender seu “objeto”, qual seja, o motor, precisa desmontá-
-lo para depois remontá-lo, agora munido de um saber enriquecido pela 
prática (GOMES, 2001).
Assim, quem produz o conhecimento se depara com o objeto a ser anali-
sado e precisa desenvolver uma atitude crítica de forma a “desmontar” esse 
“objeto”, na forma de categorias conceituais, buscando o seu entendimento, 
também enriquecido pela atuação prática. Portanto, nesse movimento de ir e 
vir, produzir conhecimento científico significa fazer aproximações conceituais, 
de modo a compreender o objeto em sua pujança e movimento.
Ciência é todo e qualquer conhecimento produzidode forma sistemática 
por meio de um método previamente definido, apoiado em técnicas de inves-
tigação que proporcionem o conhecimento acerca de um determinado objeto 
de estudo. Dessa forma, valida-se que existe diferença entre o conhecimento 
que origina-se no senso comum e aquele produzido a partir de procedimen-
tos sistemáticos que buscam o conhecimento sobre um objeto previamente 
delimitado (pensamento científico).
O ato de avaliar, de julgar e de escolher como bom ou ruim, importante 
ou irrelevante, correto ou incorreto, é um comportamento ou uma ação ex-
tremamente comum e habitual na vida humana, sendo ainda mais relevante 
na atividade científica. A avaliação é a própria atividade científica, pois, 
A natureza do conhecimento6
em busca de respostas aos problemas, os pesquisadores ininterruptamente 
avaliam conceitos, dados colhidos e teorias expostas anteriormente por seus 
pares (FREITAS, 1998).
Na reportagem da Universidade de São Paulo (USP), que pode ser acessada pelo 
link a seguir, a professora Lia Queiroz do Amaral fala do processo de validação do 
conhecimento científico.
https://qrgo.page.link/UHqMo
Métodos de validação da produção de conhecimento
A palavra “técnica” vem do grego tékhne e signifi ca arte. Se o método pode 
ser entendido como o caminho, a técnica pode ser considerada o modo de 
caminhar. Técnica subentende o modo de proceder em seus menores detalhes, 
é a operacionalização do método segundo normas padronizadas. É o resultado 
da experiência e exige habilidade em sua execução. Um mesmo método pode 
comportar mais de uma técnica (KOTAIT, 1981 apud OLIVEIRA, 2011).
As escolhas metodológicas validam a descoberta científica em que podem 
ser utilizadas as seguintes categorias: 
  classificação quanto ao objetivo da pesquisa;
  classificação quanto à natureza da pesquisa;
  classificação quanto à escolha do objeto de estudo. 
Já no que se refere às técnicas de pesquisa, os estudos podem utilizar as 
categorias a seguir: 
  classificação quanto à técnica de coleta de dados;
  classificação quanto à técnica de análise de dados.
Oliveira (2011) sintetiza, no Quadro 1, a seguir, as diferenças entre as 
formas de construção e a validação da produção de conhecimento. 
7A natureza do conhecimento
Fonte: Oliveira (2011, documento on-line).
Classificação 
quanto aos 
objetivos da 
pesquisa
Classificação 
quanto à 
natureza da 
pesquisa
Classificação 
quanto à esco-
lha do objeto 
de estudo
Classificação 
quanto à téc-
nica de coleta 
de dados
Classificação 
quanto à 
técnica de 
análise de 
dados
  Descritiva
  Exploratória
  Explicativa
  Explorató-
rio-descri-
tiva
  Qualitativa
  Quantitativa
  Qualitativa-
-quantita-
tiva
  Estudo de 
caso único
  Estudo de ca-
sos múltiplos
  Amostra-
gens não 
probabilísticas
  Amostragens 
probabilísticas
  Estudo 
censitário
  Entrevista
  Questionário
  Observação
  Pesquisa 
documental
  Pesquisa 
bibliográfica
  Pesquisa
  Triangulação
  Pesquisa-ação
  Experimento
  Análise de 
conteúdo
  Estatística 
descritiva
  Estatística 
multiva-
riada
  Triangu-
lação na 
análise
Quadro 1. Classificações técnicas de validação de um método
Ao estabelecer a forma de construção do conhecimento a partir do objeto 
de estudo escolhido, a análise de dados firmará a comprovação das hipóteses 
ou a demonstração do novo conhecimento estabelecido. A análise dos dados 
é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela é que serão 
apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que po-
derá ser final ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores 
(LAKATOS; MARCONI, 2001). Existem várias técnicas de análise de dados, 
mas as principais são a análise de conteúdo e a estatística descritiva.
  Análise de conteúdo — A análise de conteúdo é um conjunto de 
técnicas de análise das comunicações (BARDIN, 2009) que tem por 
objetivo enriquecer a leitura e ultrapassar as incertezas, extraindo 
conteúdos por trás da mensagem analisada. A autora afirma que a 
análise de conteúdo possui duas funções básicas: função heurística, 
que aumenta a prospecção à descoberta, enriquecendo a tentativa 
exploratória; e função de administração da prova, em que, pela análise, 
buscam-se provas para afirmação de uma hipótese. Assim, a análise 
de conteúdo trata de trazer à tona o que está em segundo plano na 
mensagem que se estuda, buscando outros significados intrínsecos 
na mensagem.
A natureza do conhecimento8
  Estatística descritiva — Segundo Mattar (2001, p. 62), “[...] os métodos 
descritivos têm o objetivo de proporcionar informações sumarizadas 
dos dados contidos no total de elementos da(s) amostra(s) estudada(s)”. 
As estatísticas descritivas utilizam as medidas de posição, que servem 
para caracterizar o que é “típico” no grupo, e de dispersão, que servem 
para medir como os elementos estão distribuídos no grupo.
A necessidade de avaliação da atividade científica é também motivada pelo 
número crescente de publicações que estão sendo produzidas. Atualmente, há 
um notável aumento de trabalhos submetidos à publicação devido ao aumento 
do número de instituições mundialmente ativas atuando na área de pesquisa.
Para avaliar a produção e a produtividade científico-tecnológica, têm-se 
utilizado largamente alguns indicadores de desempenho (FREITAS, 1998, 
documento on-line): 
  índice de citações;
  prestígio dos periódicos em que os trabalhos são publicados;
  publicações em periódicos que fazem uso da avaliação por pares (o que 
valida o trabalho perante a comunidade científica);
  levantamento e índices de produtividade;
  levantamento quantitativo da produção por instituições, por áreas do 
conhecimento, por regiões ou por países. 
As análises quantitativas bibliométricas da atividade científica partem 
tanto da contagem da produtividade dos pesquisadores, das áreas científicas 
e das instituições, quanto da contagem das citações dos trabalhos dos autores 
ocorridas em outros textos. Essa contagem de produtividade tem a função de 
mapear a atividade científica e a produtividade das instituições — em geral, 
esses dados são utilizados por agências de fomento e por órgãos voltados à 
política científica. São análises quantitativas que, na maioria das vezes, não 
enfocam questões relativas à qualidade dos trabalhos, pelo próprio aspecto 
escolhido para avaliar. A análise de citações tem a pretensão de "medir" a 
qualidade dos trabalhos científicos via dados quantitativos, baseando-se no 
impacto ou na importância dada pela comunidade científica a alguns autores 
e seus trabalhos.
No Brasil, a Plataforma Lattes é utilizada pela maioria das instituições de 
pesquisa. Nela, é possível registrar a vida acadêmica — progressiva e atual — 
de pesquisadores e de estudantes do País. Trata-se do resultado de um estudo 
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),e 
9A natureza do conhecimento
se constitui em uma base de dados pública no que diz respeito à inserção e 
à recuperação da informação por meio da internet. A Plataforma Lattes é 
um sistema de informação único que integra bases de dados curriculares e 
instituições das áreas da ciência e da tecnologia (SOUZA, 2018).
Os resultados alcançados por meio da produção científica podem ser so-
cializados em congressos e em publicações nos mais diversos formatos, como 
livros, capítulos de livros e artigos em periódicos científicos. Além disso, os 
programas de pós-graduação, por meio da produção científica, têm contribuído 
para a formação de pesquisadores, de professores e de profissionais para a 
melhoria da qualidade de ensino nos cursos e nas diversas áreas do conheci-
mento junto ao mercado de trabalho (KUNSCH, 2015).
Existe uma divindade? E ela tem ação sobre nós? Qual é a origem do mal? 
Assista ao vídeo do escritor e filósofo brasileiro Mário Sergio Cortella sobre a filosofia 
no dia a dia e as perguntas que a humanidade se faz há séculos.Segundo Cortella, saber 
colocar um ponto de interrogação naquilo que parece óbvio é um movimento filosófico.
https://qrgo.page.link/eMjyw
No artigo “Sociedade e conhecimento: novas tecnologias e desafios para a produção 
de conhecimento nas Ciências Sociais”, é possível acompanhar o debate sobre algumas 
questões ligadas às relações entre sociedade e conhecimento. No artigo, os autores 
abordam as temáticas da sociedade da informação e da interdisciplinaridade (redes), 
associadas aos avanços nas tecnologias de informação e comunicação.
https://qrgo.page.link/kr5mh
Qual é a relação entre produção de conhecimento e poder? É possível acessar a 
verdade por meio do conhecimento? Essas questões foram feitas por Michel Foucault 
e são apresentadas, de forma crítica, na publicação a seguir.
https://qrgo.page.link/RzfPU
A evolução do conhecimento científico
As mudanças de paradigmas ocorrem de tempos em tempos e acompanham 
a linha histórica da humanidade. Para melhor compreender essas mudanças, 
A natureza do conhecimento10
apresentamos as diferentes visões do conhecimento e sua infl uência na ciência 
(BEHRENS; OLIARI, 2007).
Na Pré-história, a verdade era sobrenatural, revelada por inspiração 
divina e todos os fenômenos da natureza eram atribuídos aos deuses. A 
humanidade construiu seu primeiro paradigma a partir da ciência, no qual 
acredita ser capaz de explicar e de organizar a natureza, a vida social e 
o mundo psíquico, tendo como bases paradigmáticas a existência de dois 
mundos: o mundo real e o sobrenatural (CARDOSO, 1995 apud BEHRENS; 
OLIARI, 2007).
Nos séculos VIII a VI a.C., na Grécia Antiga, surgiu a Era da Teoria do 
Conhecimento Clássico, em que tudo se explica como parte da natureza, 
pois a verdade está presente nela. Por isso, a busca pela verdade só se dá pela 
razão, que pode ser usada como instrumento de conhecimento do mundo, das 
coisas, da natureza. Nesse período, o conhecimento científico caracterizou-se 
pela abordagem racional, discursiva e demonstrativa. O objeto era focalizado 
a partir da visão de racionalidade.
Na Idade Média, surgiu a Teoria do Conhecimento, na qual a verdade 
está posta: há um criador que é Deus, o máximo Bem. O homem é entendido 
como criatura de Deus, ele se define na relação com o absoluto. A verdade 
se acessa pela fé, em especial, na crença a partir das Escrituras Sagradas. A 
racionalidade do pensamento é aceita, mas acima dele está a fé. A partir disso, 
a igreja dominava e tinha o monopólio da cultura. Nesse período, ocorreram 
poucas inovações científicas, pois os cientistas sofriam muita repressão por 
parte da igreja (BEHRENS; OLIARI, 2007). Com o surgimento do Renas-
cimento, o homem precisava ser liberto e “pegar nas suas próprias mãos” o 
processo do conhecimento. A visão teocêntrica tendia a ser superada pela 
visão antropocêntrica, assim, a nova cultura focalizou-se no homem, que se 
acreditava o senhor do cosmo e da natureza. 
Com a Idade Moderna e as afirmações de Descartes, nasceu o período 
em que o conhecimento passou a ser aceito a partir da certeza absoluta e 
inquestionável. Assim, o fundamento último do conhecimento foi garantido 
pela certeza e pela objetividade.
Na segunda fase da Modernidade, no final do século XVIII até o início 
do século XIX, por meio de testes quantificadores matemáticos, buscou-se a 
compreensão da pessoa e de sua personalidade e inteligência. Nesse período, 
a psicologia tornou-se ciência e separou-se da filosofia, e, a partir disso, 
emergiram várias teorias psicológicas, entre elas, a Teoria Comportamental. 
Todas essas teorias tentavam explicar o comportamento humano no enquadro 
da simplificação de “causa e efeito”.
11A natureza do conhecimento
Assim, o paradigma tradicional começou a ser questionado, no início do 
século XX, e a ruptura foi acelerada, quando a visão de considerar científico 
o que se enquadrasse dentro do modelo linear de causa-efeito proposto pela 
física mostrou-se insuficiente para lidar com as contradições insuperáveis, com 
a desordem e com a incerteza por ela mesma detectadas. Essa ruptura entre o 
mundo moderno e o contemporâneo caracterizou o final de uma história e o 
começo de outra (MORAES, 1997 apud BEHRENS; OLIARI, 2007).
O mundo repleto de incertezas, contradições, paradoxos, conflitos e desafios 
levou ao reconhecimento da necessidade de uma visão complexa. Essa visão 
significa renunciar ao posicionamento estanque e reducionista de conviver 
no universo. Significa aceitar o questionamento intermitente dos problemas 
e das suas possíveis soluções. Assim, busca aceitar uma mudança periódica 
de paradigma, uma transformação na maneira de pensar, de se relacionar e de 
agir para investigar e integrar novas perspectivas (BEHRENS; OLIARI, 2007).
Assim, surgiu o pressuposto da complexidade que busca a contextualização 
dos fenômenos e reconhece as causas recursivas, em especial, apresentadas 
pela impossibilidade de explicação dos fenômenos pelo pressuposto da simpli-
ficação. Na contextualização, amplia-se o foco dos elementos para as relações 
que ocorrem entre eles, sendo que nenhum dos dois desaparece, pois ambos 
são importantes. Percebem-se redes de interconexões, nas quais o pesquisador 
distingue o objeto de seu contexto, sem perder de vista sua inserção, sem 
isolá-lo. Passa-se do pensamento disjuntivo para o integrador, com visão de 
totalidade e de interconexão (BEHRENS; OLIARI, 2007).
Veja como um paradigma pode ser explicado. Uma das expressões mais recorrentes 
no vocabulário de quem tenta falar difícil é “paradigma”. No entanto, são poucas as 
pessoas que conhecem o real significado dessa palavra. O termo “paradigma”, no 
sentido definido pelo filósofo T.S. Kuhn, está intimamente relacionado à ciência e às 
revoluções científicas. Ele representa um guia para análise e interpretação da natureza. 
Ou, como costuma-se dizer, são óculos que ajudam o cientista a ver e a compreender 
a natureza. Vamos a um exemplo. 
Durante uma aula de ciências, o professor solta uma pedra e ela cai no chão. O 
mestre, em seguida, explica aos alunos que o objeto despencou em decorrência da 
força da gravidade, que o puxou para baixo. A explicação é baseada no paradigma 
newtoniano, segundo o qual matéria atrai matéria. Quanto maior o objeto, mais 
atração ele exerce. Como nosso planeta é muito maior do que a pedra, ele a atrai e 
A natureza do conhecimento12
não o contrário. Assim, o paradigma estabelecido por Newton nos ajuda a observar 
e a entender o fenômeno das coisas que caem. A explicação pode parecer óbvia, 
mas não é. Os aristotélicos anteriores a Newton tinham uma maneira diferente de 
compreender o fenômeno. Para eles, a tendência das coisas é voltar ao seu estado 
natural. O estado natural dos objetos pesados são os locais baixos, assim como o 
estado natural das coisas leves são os locais altos. Assim, uma pedra cai pelo mesmo 
motivo pelo qual um balão sobe: ela está voltando ao seu estado natural. Digamos, 
no entanto, que, em vez de cair, a pedra fique flutuando no ar. Professores e alunos 
certamente ficariam estarrecidos. Por quê? Porque a natureza estaria contrariando o 
paradigma. A pedra voadora seria uma anomalia, um fenômeno que não se encaixa 
na expectativa que temos com relação à natureza. (Detalhe: um bebê não acharia 
nada de anormal no episódio, pois ele ainda não aprendeu o paradigma segundo 
o qual as coisas caem quando soltas).
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa; LDA, 2009.
BAZZANELLA, A. et al. Metodologia científica. Indaial: Editora Uniasselvi, 2013.
BECK, C. Ciclo gnosiológico (Paulo Freire). Andragogia Brasil, [s. l.], 2017. Disponível em: 
https://andragogiabrasil.com.br/ciclo-gnosiologico. Acesso em: 3 maio 2019.
BEHRENS, M. A.; OLIARI, A. L. T. A evolução dos paradigmas na educação: do pensa-
mento científico tradicional a complexidade. Revista Diálogo Educacional, [s. l.], v. 7, n. 
22, p. 53-66, 2007.
CARVALHO, J. W. S. Da teoria do conhecimento à metodologia científica: dilemas con-
temporâneosda pesquisa social. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso 
de Ciências Sociais da UNIFAP, v. 1, n. 1, p. 1-13, 2008. Disponível em: https://periodicos.
unifap.br/index.php/pracs/article/view/11/n1Savino.pdf. Acesso em: 3 maio 2019.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2000.
FRAU, E. Filosofia. Aula teórica. Núcleo Pedagógico. SlideShare, [s. l.], 18 mar. 2016. Dis-
ponível em: https://www.slideshare.net/ericafrau/4-filosofia-e-senso-comum. Acesso 
em: 3 mai. 2019.
FREITAS, M. H. A. Avaliação da produção científica: considerações sobre alguns critérios. 
Psicologia Escolar e Educacional, [s. l.], v. 2, n. 3, p. 211-228, 1998. Disponível em: http://
www.scielo.br/pdf/pee/v2n3/v2n3a02.pdf. Acesso em: 3 maio 2019.
GOMES, A. A. Considerações sobre a pesquisa científica: em busca de caminhos para 
a pesquisa científica. Intertemas, Presidente Prudente, v. 5, p. 61-81, 2001. Disponí-
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13A natureza do conhecimento
KUNSCH, M. M. K. Os campos acadêmicos em comunicação organizacional e relações 
públicas no brasil: caracterização, pesquisa científica e tendências. Revista Internacional 
de Relaciones Públicas, Málaga, v. 5, n. 10, p. 105-124, 2015.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEU PENSAMENTO – conhecimento teológico. Meu Gibi, [s. l.], 26 mar. 2016. Disponível 
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OLIVEIRA, M. F. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas em 
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SOUZA, M. Produção científica brasileira: caminhos norteadores para instituições de 
fomento à pesquisa. Brazilian Journal of Information Studies: Research Trends, [s. l.], v. 12, 
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Leituras recomendadas
CARVALHO, M. C. M. (org.). Construindo o saber: metodologia científica, fundamentos 
e técnicas. 6. ed. Campinas: Papirus, 1997.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
MORRIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.
A natureza do conhecimento14
Dica do professor
A bibliometria é uma excelente ferramenta para estabelecer a validação do conhecimento 
científico. Como área de estudo da ciência da informação, ela tem um papel relevante na análise da 
produção científica de um país, uma vez que seus indicadores revelam o grau de desenvolvimento 
de uma área do conhecimento. No âmbito desses estudos, seus indicadores se caracterizam 
pelas decisões relacionadas à pesquisa e no quanto houve de atendimento às premissas dos 
métodos escolhidos.
Acompanhe, nesta Dica do Professor, como essa ferramenta funciona e quais são os principais 
indicadores que ela compõe.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/66a90a56dd3e2dd8f1a1bddba9291dc2
Exercícios
1) O conhecimento surge com produção de contexto social, pesquisas, ou a partir de 
questionamentos filosóficos. Quando entendemos que o conhecimento se relaciona com a 
sociedade e é criado a partir do senso comum, podemos afirmar que:
A) Os seus preceitos são verdadeiros, por isso podem ser considerados um método com regras 
formais. 
B) Trata-se de um conhecimento de caráter sistematizado.
C) As suas certezas são questionáveis, pois são adquiridas subjetivamente, de forma empírica.
D) A forma de adquirir o senso comum precede da fé que as pessoas têm em Deus.
E) O senso comum estabelece formas de pesquisa científica, porque advém das culturas 
populares.
2) O conhecimento científico se origina da aplicação de pressupostos que invariavelmente não 
são adquiridos pelo senso comum, mas a partir de uma investigação racional. Isso ocorre, 
pois esse tipo de conhecimento utiliza:
A) um método de investigação e crítica na produção do conhecimento.
B) uma forma de investigação passiva.
C) um método que ignora o conhecimento empírico.
D) um método de crítica sem relação com uma produção do conhecimento.
E) um trabalho ametódico.
3) A produção de conhecimento científico necessita de alguma validação em seu meio. Essa 
validação acontece com algumas práticas, como as análises quantitativas biométricas, que 
servem para:
A) manter a contagem da produtividade dos parágrafos das produções.
B) manter a lista de autores atualizada.
C) desenvolver as áreas científicas das instituições para relacioná-las ao conhecimento empírico.
D) mapear a atividade científica e a produtividade das instituições – geralmente, esses dados são 
utilizados por agências de fomento e órgãos voltados à política científica.
E) indagar a crença dos pesquisadores quanto ao conhecimento gerado pelas pesquisas.
4) A Teoria do Conhecimento surgiu na Idade Média, quando já havia grande interesse em 
descobrir mais sobre a natureza do homem, apesar do grande desafio de se chegar às 
conclusões pertinentes, em meio às constantes mudanças de comportamento e costume dos 
homens. É possível identificar que a verdade sobre essa teoria pode ser resumida pela 
afirmação:
A) A verdade não se acessa pela fé, apesar de o homem ser criatura de Deus.
B) Há um criador, que é Deus, o máximo bem e o homem é criatura de Deus.
C) A verdade não se relaciona com as escrituras sagradas.
D) A verdade se relaciona com Deus, por isso há muitas inovações tecnológicas.
E) A igreja não domina a cultura, por isso as inovações crescem.
5) Na evolução da produção de conhecimento, observa-se a abordagem do paradoxo 
complexo. Como se apresenta o mundo nessa abordagem?
A) Repleto de revoluções e contradições que asseguravam a melhor solução aos problemas.
B) Voltado ao teocentrismo (Deus no centro), assegurando estabilidade ao pensamento.
C) Refletindo uma visão estanque e reducionista.
D) Desafiando todo e qualquer questionamento que pudesse ameaçar a visão linear dos 
problemas.
E) Repleto de incertezas, contradições, paradoxos, com questionamento constante aos 
problemas.
Na prática
O senso comum destaca o modo de pensar de uma sociedade, uma civilização ou da maioria das 
pessoas, com noções que são aprendidas pelas pessoas por meio de suas vivências no cotidiano. 
Ele descreve as crenças, o conhecimento comum, baseado em pressupostos básicos que aparecem 
no cotidiano, sem se preocupar com uma investigação detalhada para atingir seu real significado.
Na Prática, você verá um exemplo de pesquisa vivenciada por alguns sociólogos em determinada 
comunidade, em que se observa que há aspectos culturais do local que refletem nas crenças e 
produzem significados. Coube a esses profissionais a identificação de algumas características do 
modo de viver da região que se enquadram como práticas do senso comum. Observa-se que os 
exemplos se assemelham a crenças populares que, com o passar das gerações, traduzem-se em 
sentenças tidas como verdades e que fomentam o senso comum dessa comunidade, com a 
transmissão da cultura.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Conhecimento para encantar
Assista ao vídeo a seguir, do escritor e filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella, sobre a experiência 
do saber no dia a dia e a relação entre a literatura e a filosofia. Segundo Cortella, "o melhor de mim 
é aquilo que eu ainda não sei, aquilo que eu desconheço, aquilo que me renova e me coloca em 
criatividade".
Aponte a câmera para o código e acesse o link doconteúdo ou clique no código para acessar.
A relação entre ciência e senso comum
O patrimônio cultural é constituído por certos saberes, lugares, monumentos, objetos e modos de 
fazer. Diante desse campo do conhecimento, revela-se a clareza de que a ciência tem influência 
direta na delimitação do patrimônio cultural material. Acompanhe o que diz este artigo sobre o 
conhecimento científico e o senso comum no contexto da racionalidade moderna.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conhecimento, verdade e discurso em Foucault
Qual é a relação entre produção de conhecimento e poder? É possível acessar a verdade por meio 
do conhecimento? Leia, na publicação a seguir, sobre essas questões postas, por Michel Foucault, 
de forma crítica.
https://www.youtube.com/embed/TEyf3YdOzWI
https://journals.openedition.org/pontourbe/359
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A construção do conhecimento na modernidade e na pós-
modernidade: implicações para a universidade
Neste artigo, você conhecerá os marcos teóricos do conhecimento que instrumentaram a ciência e 
a tecnologia na idade moderna.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://colunastortas.com.br/conhecimento-verdade-e-discurso-em-foucault/
https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/artigos/a-construcao-do-conhecimento-na-modernidade-e-na-pos-modernidade-implicacoes-para-a-universidade

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