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Auditorias de Sistemas Conforme Oliveira (2015, p. 106), a auditoria é processo sistemático, documentado e independente para poder obter evidências e avaliá-las objetivamente com relação ao atendimento dos critérios definidos pela organização (normas internas e externas). “Trata-se de um processo de avaliação humana para determinar o grau de aderência a um padrão específico, resultando em um julgamento”. O que não significa que a avaliação (auditoria) terá visões diferenciadas em função de seus auditores, pelo contrário, este processo deve ser confiável a todas as partes interessadas, com base nos princípios de independência, imparcialidade e competência. O processo de auditoria não envolve apenas a verificação in loco, ela deve ser planejada e seus resultados devem ser utilizados para a melhoria contínua. A auditoria, no âmbito da qualidade, deve ser praticada e vista como uma oportunidade de melhoria (FALCONI CAMPOS, 1994). Dentro desta lógica, a Anvisa 2016 descreve que as auditorias têm ciclo de vida, com etapas definidas, e que devem ser associadas ao ciclo PDCA, conforme demonstrado na Figura. A auditoria deve buscar a efetividade da implementação, adequação e conformidade a procedimentos, instruções, desenhos ou outros documentos pertinentes. E pode ser realizada por investigação, exame ou avaliação de evidência objetiva, e não deve ser confundida como atividade de inspeção ou de fiscalização puramente (OLIVEIRA, 2015). Dentro deste princípio, a própria ISO desenvolveu uma norma específica que rege as diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental, norma ISO 19011:2002. O documento (norma), inclusive, define algumas finalidades da auditoria: • Satisfazer requisitos para certificação em uma norma de sistema de gestão. • Verificar conformidade com requisitos contratuais. • Obter e manter confiança na capacidade de um fornecedor. • Contribuir na melhoria do sistema de gestão. Falconi Campos (2004) classifica as auditorias em três categorias básicas: • Auditoria de Sistema: responsável por verificar se o sistema e a política da organização estão sendo seguidos, assim como o gerenciamento da rotina de trabalho. • Auditorias de processos: responsável por verificar se os processos estão padronizados, se os padrões estão sendo seguidos, se os padrões são adequados, se os colaboradores estão treinados e capacitados nos padrões e se as ferramentas e os instrumentos de trabalho estão em condições adequadas de uso. • Auditoria de produtos: é utilizada para verificar a conformidade dos produtos com os padrões determinados. Ainda, devemos considerar que as auditorias podem ser internas, realizadas pelo pessoal da própria empresa, ou externas, realizadas por terceiros, geralmente empresas especializadas, consultorias ou organismos credenciados de certificação. Alguns fatores devem ser considerados no planejamento da auditoria da qualidade, conforme definido por Juran e Gryna (1992): • Cronograma: deve-se definir um calendário de atividades, visando a uma melhor organização e aproveitamento dos recursos. No entanto, a organização pode optar por realizar auditorias surpresas como meio de evitar acobertamento de erros. • Áreas a serem auditadas: definir as prioridades. • Documentação: criar e identificar os documentos necessários para as atividades de auditoria (fluxogramas, formulários para relatórios, relatórios de auditorias anteriores etc.). • Objetividade: visa ser objetivo com relação à exigência da norma, no entanto, o auditor pode ter senso crítico e gerar questionamento para fins de melhoria. • Descoberta das causas: o auditor pode ou não descobrir as causas dos problemas (não conformidades), mas isso também pode ser realizado pela própria empresa, seguindo recomendações do auditor (relatório de auditoria). • Competência dos auditores: os auditores devem possuir conhecimentos técnicos do processos e atividades que serão auditadas, mas também é necessário que sejam treinados nos aspectos humanos da qualidade. Referência: Gerenciamento e controle de qualidade - Leonardo Ferreira Eliana Belo Silva.
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