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Aula 5 - 1 ano - Influencia na escola do behaviorismo

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Aula 5 – P.E.P.
As influências do ambientalismo-comportamentalismo na escola
Todos os procedimentos estudados (reforço, extinção, discriminação, generalização) podem ter muita importância na obtenção de comportamentos desejados ou na eliminação de atos indesejados no contexto escolar.
Na visão dos comportamentalistas, o desenvolvimento seria resultado de diversas aprendizagens acumuladas ao longo da vida de uma pessoa. Nesse caso, os dois processos (desenvolvimento e aprendizagem) não se distinguiriam. Em relação às práticas educativas, o ensino por parte dos educadores consiste em planejar e organizar condições que tornem mais eficiente a aprendizagem de conteúdos e habilidades, utilizando reforçadores na organização da
aprendizagem por pequenos passos. (FONTANA e CRUZ, 1997)
Dentre os recursos a serem usados no processo pedagógico, destacam-se elogios, notas, pontos positivos e outras formas de premiações, conforme o desempenho e o rendimento do aluno.
Como críticas os pesquisadores destacam que essa visão coloca os seres humanos como criaturas passivas frente ao ambiente, pois o adulto, o educador é agente determinante, ele é quem ensina e promove o desenvolvimento e aprendizado. “Ensina e dá tudo aquilo que a criança não tem, moldando seu comportamento, seu caráter e seus conhecimento (...) A educação acarretou um excessivo diretivismo pelo adulto” (OLIVEIRA et all, 1999, p. 29).
A concepção Ambientalista da educação valoriza o papel do professor, cuja importância havia sido minimizada na abordagem inatista. Coloca em suas mãos a responsabilidade de planejar, organizar e executar
– com sucesso – as situações de aprendizagem. Por outro lado, as teorias ambientalistas tiveram também efeitos nocivos na prática pedagógica. Programar o ensino deixou de ser uma atividade cognitiva de pesquisar condições de aprendizagem para se tornar uma atividade meramente formal de colocar os projetos de aula numa fórmula-padrão.
O professor é considerado aquele que sabe tudo e o aluno fica como espectador de todo o processo de ensino e aprendizagem. O aluno é direcionado pelo educador, tornando-o extremamente passivo. Constitui-se numa concepção individualista, um método isolador por faltar benefícios da experiência em grupo, não considerando que os discentes aprendem coletivamente, haja vista que a figura do professor é imprescindível para o direcionamento dos conteúdos. O discente não tem opção de discordar já que ele não possui habilidades e/ou conhecimentos prévios.
A figura ao lado ilustra esta concepção, na qual o professor busca a homogeneização, moldando os alunos para serem seguidores de seus próprios pensamentos, levando-os à reprodução, desconsiderando os conhecimentos prévios que possuem e as diferenças singulares. Neste sentido, temos o ensino tradicional, os discentes repetem, são passivos ao meio e o tempo todo são direcionados.
Assim, a escola forma pessoas acríticas, sem iniciativa e a exclusão daqueles que não se encaixam no ritmo
solicitado é verificada com frequência, já que todos precisam “funcionar” da mesma forma e ao mesmo tempo.
A principal crítica que se faz ao ambientalismo é quanto a própria visão de homem adotada: a de seres humanos como criaturas passivas face ao ambiente, que podem ser manipuladas e controladas pela simples alterações das situações em que se encontram. Nessa concepção, não há lugar para novos comportamentos. Com isto, deixou-se de valorizar situações onde a aprendizagem possa ocorrer de forma espontânea.

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