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MARC 3 Transtornos de ansiedade e TOC

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Transtornos de ansiedade e TOC 
Transtornos de ansiedade 
 Ansiedade é uma sensação subjetiva e 
desagradável que está relacionada ao medo ao 
perigo eminente (algo que coloque a vida em 
risco) e a preocupação (antecipação de algum 
perigo); 
 São os quadros psiquiátricos mais comuns ao 
longo da vida; 
 Acontece em até 10% das crianças e 
adolescentes; 
 Idosos costumam ser menos ansioso que os 
jovens  o pico de aparecimento são em 
adultos jovens e tende a diminuir com a idade; 
 São 2x mais prevalentes em mulheres do que 
em homens; 
 Ter pais com ansiedade e depressão aumenta 
o risco (cerca de 2 a 4x) de desenvolver um 
transtorno de ansiedade, particularmente TP e 
TAG  mostra que tem um aspecto genético 
envolvido; 
 O tabagismo e o abuso de álcool são fatores de 
risco para o desenvolvimento; 
 É relativa em cada indivíduo; 
 Vem acompanhada de sintomas físicos; 
 Saber diferenciar a ansiedade fisiológica da 
ansiedade patológica; 
 Ansiedade patológica  quando traz prejuízos 
para o pct; 
- 3 principais critérios: 
I. Intensidade de sintomas; 
II. Tempo; 
III. Grau de prejuízo e sofrimento; 
Fisiopatologia 
 É um processo multifatorial que está 
relacionando aos processos de luta e fuga; 
 Medo  amigdala; 
 Preocupação  alças 
corticoestriatotalamocorticais; 
 A serotonina é o neurotransmissor essencial 
envolvido, mas tem outros como o GABA, 
dopamina e a noradrenalina; 
 
 
Classificação 
 
Sintomatologia 
 Sintomas físicos: 
- Autonômicos  taquicardia, vasoconstrição, 
sudorese, aumento do peristaltismo, náusea, 
midríase, piloereção, vertigem; 
- Musculares  dores, contraturas, tremor, 
tensão; 
- Cinestésicos  parestesia, calafrios, ondas 
de calor; 
- Respiratórios  sensação de sufocamento e 
asfixia; 
 Sintomas psíquicos: 
- Nervosismo, apreensão, insegurança, 
dificuldade de concentração, sensação de 
estranheza, despersonalização (estranheza 
referida a si mesmo) e desrealização (sensação 
de irrealidade referida ao ambiente); 
Transtorno de ansiedade 
generalizada (TAG) 
 Ansiedade e preocupação excessiva que 
envolve vários eventos e atividades; 
 É crônico  na maioria dos dias, por no 
mínimo 6 meses; 
 Indivíduo considera difícil de controlar a 
ansiedade; 
 Mais prevalente nas mulheres (2:1); 
 Causa prejuízo e sofrimento ao pct e está 
associado a: 
- Inquietação ou sensação de estar com nervos 
à flor da pele; 
- Dificuldade de concentração os brancos; 
- Fatigabilidade; 
- Irritabilidade; 
- Tensão muscular; 
- Alterações de sono  normalmente insônia 
inicial; 
 O diagnóstico diferencial deve ser feito com as 
condições clínicas que possam causar 
ansiedade, como: 
- Intoxicação por cafeína ou abuso de 
estimulantes; 
- Abstinência de álcool e sedativos; 
- Transtorno de pânico; 
- Fobias; 
- TOC; 
- Transtorno depressivo e distimia; 
 O curso tende a ser crônico e flutuante, em 
casos leves pode ser feito o tratamento com 
psicoterapia, sem que haja intervenção 
medicamentosa; 
 É necessário fazer orientações gerais em 
relação a práticas de exercícios físicos e 
redução do uso de cafeínas e álcool; 
 O TTO medicamentoso é baseado no uso de 
antidepressivos ISRS ou venlafaxina; 
 BZO podem ser utilizados em associação, com 
o cuidado de reduzir a dose ou descontinuar 
gradativamente após 2 a 3 semanas; 
 A duração do tratamento pode ser longa, em 
alguns casos por vida toda; 
Ataques de pânico 
 São ataques abruptos de medo ou desconforto 
intenso que alcança o pico em poucos minutos 
(1 a 30 minutos, em média 5 minutos) e vem 
associado a pelo menos 4 desses sintomas: 
- Palpitação, taquicardia; 
- Sudorese; 
- Tremores ou abalos; 
- Sensação de falta de ar e sufocamento; 
- Sensação de asfixia; 
- Dor ou desconforto torácico; 
- Náusea ou desconforto abdominal; 
- Tontura, instabilidade, vertigem; 
- Calafrios ou ondas de calor; 
- Paresias; 
- Desrealização ou despersonalização; 
- Medo de morrer; 
- Medo de perder o controle ou enlouquecer; 
 Pode ter causas orgânicas ou acontecer 
associado a um quadro clínico; 
 Pode acontecer no contexto de outras doenças 
psiquiátricas  o mais comum é o pct que tem 
uma fobias específica e desenvolver um 
ataque de pânico após o gatilho da fobia; 
Transtorno de pânico 
 O ataque de pânico vira um transtorno 
quando: 
- Os ataques de pânico são recorrentes; 
- Não tem fatores desencadeantes; 
- Seguidos de pelo menos 1 mês de: 
preocupação em ter novos ataques, 
comportamento evitativo, mudança 
desaptativas por medo de novas crises, medo 
intenso das consequências das crises; 
 O transtorno do pânico costuma ser 
acompanhado por agorafobia  medo de 
estar sozinho em locais públicos – 
especialmente aqueles onde sair possa ser 
difícil ou o auxílio pode não estar disponível, 
caso sobrevenha um ataque de pânico; 
 A agorafobia pode estar presente sem que 
haja transtorno de pânico associado e é 
diagnóstica independente da presença do 
transtorno de pânico; 
 
 É mais frequente em mulheres (2:1) e a idade 
média de início é de 25 anos; 
 O primeiro ataque de pânico, na maioria das 
vezes, ocorre de forma completamente 
espontânea; 
OBS: o pct precisa ter dois desses 6 sintomas 
Agorafobia 
 Medo intenso ou comportamento evitativo 
de: 
- Transporte público; 
- Espaços abertos demais; 
- Locais fechados; 
- Ficar em fila ou medo da multidão; 
- Sair de casa sozinhio; 
OBS: precisa ter pelo menos 2 das 5 situações 
 Pode ter início após exercício físico, trauma 
emocional, atividade sexual, ou uso de 
substâncias, como cafeína, álcool e outras; 
 Pode ter sintomas físicos  
- Palpitações; 
- Sudorese; 
- Tremores; 
- Boca seca; 
- Calafrios ou sensações de calor; 
- Sensação de falta de ar ou de asfixia; 
- Dor ou desconforto torácico; 
- Náusea ou dor abdominal; 
- Tontura e parestesias; 
 Na emergência o diagnóstico diferencial deve 
ser feito para excluir: IAM, doenças da tireoide 
e da paratireoide, arritmias, abuso de 
substâncias; é importante também fazer o 
diagnóstico diferencial com outros transtornos 
mentais como, fobia social e específica; 
 O início ocorre geralmente na fase adulta, e o 
curso, na maioria das vezes, tende a ser 
crônico; 
 O TTO é feito com antidepressivos  atenção 
especial aos efeitos colaterais pois, esses 
grupos de pcts costumam ser mais sensíveis; 
 Utiliza-se ISRS ou venlafaxina em doses mais 
baixas do que as utilizadas nos transtornos 
depressivos; 
 Os tricíclicos também podem ser utilizados 
assim como os BZO de ação curta, como o 
alprazolam (utilizar por curto prazo com 
coadjuvantes na fase inicial do tratamento); 
 A duração do TTO costuma ser de 8 a 12 meses 
após a melhora do quadro; 
 Importante sempre orientar o 
acompanhamento psicoterápico; 
Fobia específica 
 Medo ou ansiedade intenso em relação a um 
objeto ou uma situação  causam resposta 
imediata e são ativamente evitados ou 
suportados com intenso sofrimento; 
 O medo é desproporcional; 
 Persistente por pelo menos 6 meses; 
 Causam sofrimento ou prejuízo intenso para o 
pct; 
 As fobias mais comuns são: 
- Animais; 
- Ambientes naturais; 
- Sangue, injeções, ferimentos; 
- Morte; 
- Espaços fechados; 
 O TTO é feito com psicoterapia e a utilização 
de betabloqueadores, principalmente quando 
tem transtorno de pânico associado 
Fobia social 
 Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma 
ou mais situações sociais em que o indivíduo é 
exposto a avaliação do outro; 
- Situações de desempenho; 
- Interações sociais; 
- Ser observado; 
 O pct teme agir de forma vergonha ou 
constrangedora; 
 As situações sociais quase sempre provocam 
medo ou ansiedade  essas situações são 
ativamente evitadas ou suportadas com 
intenso sofrimento; 
 O medo é desproporcional; 
Medidas não farmacológicas 
gerais 
 A principal formade TTO para os transtornos 
de ansiedade são as medidas não 
farmacológicas; 
 Terapias psicológicas  TCC é a que tem mais 
evidências; 
 Práticas de atividades físicas; 
 Higiene do sono; 
 Boa alimentação; 
 Evitar bebidas estimulantes e o fumo; 
 Pratica de terapias alternativas  
mindfullness (é a que tem mais evidência – é 
como se fosse meditação mais sem a parte 
religiosa/cultural envolvida), acupuntura, 
yoga, fitoterápicos, aromaterapia, 
cromoterapia; 
Orientações quanto ao TTO 
farmacológico 
 Começar o TTo com doses baixas e ir titulando 
a partir da resposta do pct; 
 O pct pode apresentar discreta piora no início 
do TTO; 
 Medicação durante 4 a 8 semanas para avaliar 
resposta; 
 Após resposta, medicação por 6 a 12 meses; 
 Os BZO agem dentro da amigdala (como se 
desligassem); eles evitam a resposta ansiosa 
mais não previnem o surgimento de ansiedade 
 por isso não é recomendado o uso a longo 
prazo; 
Transtorno obsessivo 
compulsivo (TOC) 
 É caracterizado pela existência de 
pensamentos obsessivos e/ou 
comportamentos compulsivos; 
 TOC = dúvida, nojo, culpa, imperfeição, 
incompletude  doença da dúvida; 
 Os pensamentos obsessivos são ideias, 
sentimentos ou imagens intrusivas, ou seja, 
que invadem o pensamento da pessoa de 
forma repetida e contra a sua vontade  gera 
ansiedade e desconforto; o pct tenta ignorar 
ou reprimir mas não consegue então gera mais 
ansiedade e desconforto; 
 As compulsões são comportamentos 
repetitivos ou atos mentais estereotipados, 
que têm como objetivo aliviar os pensamentos 
obsessivos (temporariamente); pode ser um 
comportamento repetitivo ou um ato mental; 
 A compulsão segue uma regra rígida; tem uma 
ordem específica  geralmente quando o pct 
não consegue realizar seguindo a ordem, ele 
recomeça; 
 Vira um transtorno quando: 
- As obsessões passam a ser recorrentes e 
persistentes; 
- As compulsões são recorrentes e 
incontroláveis; 
- Atrapalha o funcionamento ou causa 
sofrimento intenso; 
- Consomem tempo  mais de 1 horas por dia; 
 Na idade adulta, ambos os sexos são 
igualmente propensos e a idade média de 
início costuma ser por volta dos 20 anos; 
 O principal neurotransmissor envolvido é a 
serotonina; 
 As áreas cerebrais mais acometidas parecem 
ser o córtex frontal, os gânglios basais e o 
cíngulo; 
 Tem um componente genético importante; 
 Existem alguns mecanismos de defesa 
relacionados a esse transtorno: 
- Isolamento  a ideia obsessiva não é 
acompanhada de um afeto; 
- Anulação  tentativa de reduzir o 
pensamento através de comportamentos; 
- Formação reativa  produção de um 
comportamento para satisfazer um desejo; 
 Curso crônico e flutuante; 
 O sintoma mais comum é a obsessão de 
contaminação, seguido pela compulsão de 
lavagem ou esquiva compulsiva de objetos 
supostamente contaminados; 
 O segundo padrão mais comum é uma 
obsessão de dúvida, seguida por rituais de 
verificação, por exemplo, retornar diversas 
vezes para casa para verificar se a porta estava 
fechada; 
 O diagnóstico diferencial deve ser feito com 
outras condições médicas, como: 
- Síndrome de Tourette; 
- Outros transtornos de tiques; 
- Epilepsia; 
- Esquizofrenia; 
- Transtorno de personalidade obsessivo-
compulsivo; 
- Fobias; 
- Transtornos depressivos; 
 A maioria dos pct demoram cerca de 5 a 10 
anos para buscarem tratamento, pois 
procuram manter seus sintomas em segredos; 
 O TTO medicamentoso é feito com 
antidepressivos em doses elevadas 
(clomipramida em casos refratários, ISRS, 
venlafaxina); 
 
Medicações (ISRS) Dose 
Fluoxetina 20 a 80 mg 
Sertralina 50 a 200 mg 
Paroxetina 20 a 60 mg 
Citalopram 20 a 60 mg 
Escitalopram 10 a 30 mg 
Fluvoxamina 50 a 300 mg 
Obsessão  pensamentos repetitivos; 
Compulsão  comportamentos, rituais; 
 
 Quando utiliza ISRS, em alguns casos, pode ser 
necessário uma dose acima da bula (dose off 
label); são potentes e é a medicação de 
escolha; 
 Pode utilizar a risperidona em associação aos 
antidepressivos; 
 Importante orientar a psicoterapia  TCC

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