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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem
	Acadêmico: Jéssica Santos Assis
	R.A.22234608-5
	Curso: Bacharelado em serviço social
	 Disciplina: Fundamentos históricos e teóricos- metodológicos do Serviço Social II
	Valor da atividade: 3
	Prazo: 18/08/2023
Instruções Institucionais para Realização da Atividade 
(Não precisa apagada as instruções)
1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Esta é uma atividade individual. Caso identificado cópia de colegas, o trabalho de ambos sofrerá decréscimo de nota;
4. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador, renomeie e envie em forma de anexo no campo de resposta da atividade MAPA;
5. Formatação exigida para esta atividade: documento Word, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12, Espaçamento entre linhas 1,5, texto justificado; 
6. Ao utilizar quaisquer materiais de pesquisa referência conforme as normas da ABNT;
7. Critérios de avaliação: Utilização do template; atendimento ao Tema; Constituição dos argumentos e organização das Ideias; Correção Gramatical e atendimento às normas ABNT.
Em caso de dúvidas, entre em contato com seu Professor Mediador. Bons estudos!
O Serviço Social, desde a sua concepção enquanto profissão, passou por várias fases de transformação que moldaram as práticas e abordagens adotadas pelos assistentes sociais. Uma mudança paradigmática ocorreu durante o Movimento de Reconceituação na América Latina, nas décadas de 1960 e 1970. Este movimento representou uma ruptura com as práticas tradicionais assistencialistas e propôs uma perspectiva mais crítica e politizada da prática profissional do assistente social.
Antes do Movimento de Reconceituação, o Serviço Social era caracterizado por uma abordagem mais conservadora, centrada no indivíduo e focada em intervenções imediatas e paliativas para problemas sociais. Neste contexto, o assistente social se concentrava em soluções assistencialistas e individualizadas para a superação de problemas sociais. Para entender isso na prática, iremos analisar o caso do adolescente Alan Mendes. Nesse cenário pré-reconceituação, a abordagem para lidar com a situação do adolescente Alan, possivelmente, seria focada em soluções imediatas e individualizadas, como o encaminhamento a programas de assistência social ou aconselhamento individual.
No entanto, o Movimento de Reconceituação trouxe uma importante reorientação para o Serviço Social, incitando a profissão a adotar uma visão mais crítica e estrutural dos problemas sociais. Esta abordagem crítica analisa os problemas sociais, não como questões individuais, mas como resultantes de estruturas socioeconômicas mais amplas e, portanto, demandam soluções mais estruturais e coletivas.
Hoje, ao olhar para a situação de Alan, a assistente social Ana Helena, seguindo os princípios orientadores do Movimento de Reconceituação, abordaria o caso de Alan considerando o contexto social e econômico mais amplo que contribuiu para o envolvimento de Alan no tráfico de drogas. Esta análise envolveria a consideração das condições socioeconômicas precárias da família Mendes, incluindo o desemprego do pai, a ausência de uma renda estável, a falta de acesso a serviços públicos básicos como educação e saúde, e a falta de vagas em creches para as irmãs gêmeas de Alan. Esta análise estrutural proporciona uma compreensão mais profunda das causas fundamentais que levaram Alan a se envolver no tráfico de drogas e possibilitaria o desenvolvimento de estratégias de intervenção mais amplas e eficazes.
Neste contexto, a questão é discutida por Queiroz (2018) na análise minuciosa do modelo neoliberal que se mostra bastante relevante. O neoliberalismo, caracterizado pela hegemonia do mercado, pela mercantilização dos direitos sociais e pela responsabilização individual, tem profundas implicações para a questão social. No modelo neoliberal, os problemas sociais, como a pobreza e a exclusão social, são frequentemente interpretados como falhas individuais, desviando a atenção das desigualdades estruturais subjacentes.
Nesse sentido, é fundamental para os assistentes sociais compreenderem as dinâmicas do neoliberalismo e os princípios do Movimento de Reconceituação. O conhecimento e a compreensão desses marcos teóricos e históricos permitem aos assistentes sociais desenvolver uma análise crítica dos problemas sociais e desenvolver estratégias de intervenção comprometidas com a promoção dos direitos humanos e da justiça social.
Então Considerando a situação de Alan Mendes e sua família e me colocando no lugar de Ana Helena, como assistente social, minha primeira responsabilidade seria oferecer um espaço seguro e acolhedor para Isabel expressar suas preocupações e medos em relação ao futuro de seu filho. No entanto, além de trabalhar com Alan, seria importante considerar a família como um todo. O Plano Individual de Atendimento (PIA) para Alan seria um aspecto importante, mas a situação de vulnerabilidade social e econômica da família requer uma intervenção mais ampla. Assim, seria crucial trabalhar em conjunto com outras instituições e serviços sociais para assegurar que a família tenha acesso a serviços de saúde, educação e assistência social adequados.
Nesse sentido, seria fundamental orientar Isabel sobre possíveis estratégias para melhorar a situação socioeconômica da família. Isso poderia envolver, por exemplo, orientar Moacir sobre a busca de emprego para que assim as dificuldades venham a melhorar dentro de casa, defender o direito das gêmeas Ana Rosa e Ana Júlia de terem acesso a creches, e garantir que Alex receba o atendimento de saúde adequado para seu problema de saúde. Além disso, trabalharia para garantir que Alan tenha acesso à educação e possa retornar à escola, entendendo a educação como um direito fundamental e um importante instrumento para a sua reabilitação e integração social.
Referências:
QUEIROZ, L. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2018.
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
FALEIROS, V. P. Estratégias em Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2003.
BAPTISTA, M. V. Matriz teórico-metodológica do Serviço Social. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
MONTAÑO, C. A natureza do Serviço Social: um ensaio sobre sua gênese, a "específicidade" e sua reprodução. São Paulo: Cortez, 2011.