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Resumo --------------------------Mecanismos de Agressão e Defesa-------------------------- Sistema Imunológico ----------------------------------------------------------- Para que serve? Serve para proteger tudo, inclusive do que está entrando a todo momento no organismo. Tem que proteger macro e micro (que geralmente são piores). Sol e traumas também são agressores. Sistema imune defende tudo, principalmente o que eu não enxergar. Conjunto de células, tecidos e moléculas responsáveis pela defesa do organismo, a partir do reconhecimento (Self e non-self) e eliminação de patógenos e da reparação tecidual e celular, com o intuito de manter a homeostasia. Self: próprio. Non-self: não próprio. Estar em homeostase não significa não estar inflamado. É necessário equilíbrio da resposta imunológica. Curiosidades Imunossupressores: corticoide que abaixa o sistema imune. Fármacos. Pessoas transplantadas tomam para não ter a rejeição do órgão. Alergia é quando a imunidade está muito alta, a defesa encara o agressor pior do que ele realmente é. Hipersensibilidade. Rede dinâmica e altamente interativa. Resposta coletiva e coordenada. Pro-inflamatória: está inflamado mais libera secreção anti-inflamatória (dinâmica), ou seja, equilíbrio. Imunidade inata Já nasce com você. Assim que encontra o agressor, já tem uma resposta pronta. Inespecífica (não é boa em nada, mas faz um pouco de tudo). Primeira resposta que entra em ação. Não tem memória. De 0 a 12 horas. Imunidade adaptativa É especifica. Sabe reconhecer o patógeno e desenvolver uma resposta. Repara e elimina o processo infeccioso. Segunda resposta. Tem memória. Dias de duração. Inflamação: respostas do organismo para um dano tecidual (trauma. Inflamação infecciosa: inflamação causada por patógeno. Principais componentes do sistema imunológico Barreiras físicas. Pele. Muco. Reflexo de piscar. Reflexo de tosse e espirro. Pelos e muco das narinas. Cílios traqueais e pulmonares. Barreiras químicas. Sebo e suor. HCI e enzimas digestivas. Lisozima e fosfolipase-A nas lagrimas e salivas. Ph ácido na vagina. β- defensinas produzidas pelos epitélios. Enzimas proteolíticas e peptídeos antimicrobianos no intestino delgado. Barreiras microbiológicas (microbiota residente). Pele. Boca. TGI. Vagina. Barreiras celulares inatas Neutrófilo Leococito mais abundante no sangue periférico. Especializado em fagocitose. Citotoxidade mediada por anticorpos. Secreção de lisozimas, defensinas e proteínas catiônicas. Localização: sangue → tecidos. Monocito Maior de todos os lecocitos (15 a 50mm). Presença de um ou mais nucléolos. Especializados em fagocitose e apresentação de antígenos. Localização: sangue → tecidos (macrófagos) Eosinófilos Representam de 3 a 5% dos leucócitos. Núcleo bilobulado e granulações citoplamáticas. Secreção de peroxidades, arilsulfatase, fosfolase ácida e fosfolipase. Doenças alérgicas parasitárias e neoplásicas. Localização: sangue → tecido. Basófilos Granulócito (80 grânulos grandes por célula). Múcleo bilobulado ou irregular. Presença de grânulos secretores de histamina, heparina, leucotrienos, tromboxanos e prostaglandinas. Doenças alérgicas mediadores por IgE. Localização: sangue → tecidos. OBSERVAÇÃO Grânulos são bolsinhas que armazenam a substancia. Mastócitos Maior que o basófilo/ menor resposta em relação aos basófilos. Granulócitos (1000 grânulos pequenos por célula). Núcleo redondo e regular. Presença de grânulos secretores de histamina e heparina. Reações inflamatórias e alérgicas. Localização: tecidos. Células dendriticas Conexão entre resposta imune inata e adquirida. Apresentadoras de antígeno a linfócitos T naive. Regulação da resposta imunológica. Migram de tecido periféricos para os gânglios linfáticos. Localização: órgãos linfoides e tecidos. Células Resposta Adaptativa Linfócito T Alta capacidade de alteração morfológica. Núcleo grande e denso/fina camada de citoplasma. Regulação da resposta imune, ativação de fagócitos e linfócitos B. Imunidade celular – produção de citocinas. Podem ser do tipo CD4 (Th) ou CD8 (Tc). Localização: órgãos linfoides e sangue → tecidos Linfócito B Alta capacidade de alteração morfológica. Núcleo grande e denso/fina camada de citoplasma. Imunidade humoral – produção de anticorpos (imunoglobulinas). Localização: órgãos linfoides e sangue Natural Killer Constituem 10 a 20% dos leucócitos no sangue. Citoplasma granular. Maturação timo-independente. Resposta rápida – citotoxidade e síntese de citocinas. Destruição de células tumorais e infectadas por vírus. Localização: sangue → tecidos. De onde Vem? Orgãos linfoides primários geram a hepatopoese (formação, desenvolvimento e maturação das células sanguíneas) para morar nos órgãos linfoides secundários. Orgãos Linfoides Primarios- Medula Óssea Estroma: tecido responsável pela sustentação, nutrição, proliferação e diferenciação das células hematopoiéticas. Células hematopoiéticas: células sanguíneas em desenvolvimento. Medula óssea vermelha produção de células sanguíneas. Medula óssea amarela: constituída principalmente por tecido adiposo (presente apenas em adultos). Orgãos Linfoides Primarios- Timo Maturação dos linfóticos T (pró-linfócitos) produzidos na medula óssea. Por meio da produção de fatores de desenvolvimento e proliferação de linfócitos T. Timosina alfa. Timopoetina. Timulina. Fator tímico humoral. Orgãos Linfoides Secundários Linfonodos. Baço. Tonsilas e adenoide. Agregados de linfócitos e células apresentadoras de antígenos. Pulmões. Mucosa do trato digestório. MALT – Tecido linfoide associado à mucosas GALT: tecido linfoide associado ao TGI BALT: tecido linfoide associado os brônquios NALT: tecido linfoide associado as mucosas nasais SALT: tecido linfóide associado à pele VALT: tecido linfóide associado aos vasos sanguíneos CALT: tecido linfóide associado ao olho (conjuntiva) GALT – Tecido linfoide associado ao TGI Função de barreira: Enzimas proteolíticas gástricas, intestinais e pancreáticas Peristaltismo Mucina: glicoproteína responsável pela viscosidade do muco Tight junctions Células dendríticas, macrófagos e linfócitos T e B presentes nas placas de Peyer e nos linfonodos mesentéricos Células de Paneth: secretam lisozimas, TNF-α, criptidinas (antimicrobianos) e hormônios que regulam a secreção, a motilidade, o fluxo sanguíneo intestinal e a diferenciação celular Microbiota: secreção de substâncias antimicrobianas (colicinas), produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e competição por sítios de adesão ------------------ Resposta Imune Inata e Inflamação ---------------- Dano tecidual e resposta inflamatória ---------------------------------- Na circulação tem diversos tipos de leucócitos (células brancas do sistema imune). Neutrófilos Monócitos Eosinófilos Basófilos No tecido tem os mastócitos (já moram no tecido) e outros leucócitos que são chamados de células residentes. Macrófagos Células dendríticas Quando está sem nenhum dano tecidual, sem nenhum processo inflamatório, esse sistema está parado esperando para defender contra qualquer tipo de invasores. Quando cortamos o dedo o primeiro reflexo da dor é oriundo do sistema nervoso (ativação do sistema nervoso). Estímulo dos nervos aferentes que levam até o sistema nervoso, e eudevolvo sentindo dor. Visualmente pode-se notar sangue, rubor (área avermelhada) e calor. Isso acontece por conta do vaso dilatação. Edema aparece por eu tem maior extravasamento de líquidos e sangue nessa região. OBSERVAÇÃO Monócito: está na circulação sanguínea. Macrófago: está no tecido. mama A “segunda dor” que aparece tem outro mecanismo para ativar o sistema nervoso, então a área fica dolorida. Perda da função, a gente passa a não utilizar mais a área lesionada até que ela cicatrize. Cinco sinais cardinais da inflamação: Rubor Calor Tumor (também chamado de edema) Dor Perda da função Células envolvidas nesses processos Uma vez que teve uma lesão tecidual e a entrada de microrganismos, eles não vão ficar parados no local do corte, eles vão tentar entrar nas células para infecta-las e ser capaz de se reproduzir. Para serem capaz de se multiplicar, eles precisam competir com as células que já existem no organismo. Eles não conseguem se multiplicar no sangue, somente no tecido. As bactérias que entraram nesse corte começam a produzir toxinas bacterianas. Rastros da bactéria, como nosso cabelo caindo no chão. As toxinas são reconhecidas pelas células do tecido, principalmente pelo mastócito. Quando agentes infecciosos ultrapassam as barreiras do sistema imune alcançando os tecidos subjacentes, entram em contato com populações de células da imunidade inata. A bactéria não vai se identificar de primeira. “Intuição” não falha. A intuição do sistema imune chama receptores de reconhecimento padrão (PRR). A interação dessas células com os agentes infecciosos ocorre por intermédio dos receptores de reconhecimento padrão (PRR), que por sua vez reconhecem os padrões moleculares associados a patógenos (PAMP). OBSERVAÇÃO Primeira dor é reflexo/susto. Segunda dor é a que persiste e fica dolorido. PAMP: estruturas comuns conservadas evolutivamente e essenciais para a sobrevivência dos microrganismos. Flagelina: componente dos flagelos bacterianos. LPS: lipopolissacarideos da parede de bactérias gram-negativas. Zimosan: componentes da parede celular de fungos. dsRNA: RNA dupla fita, comum em alguns vírus. PRR: encontrados em diferentes populações celulares e pode estar presente tanto na membrana plasmática ou no citoplasma. Receptores tipo toll (TLR) - membrana plasmática Receptores tipo RIG-1 (RLR) - citoplasma Receptores tipo Nod (NLR) - citoplasma Mecanismos de reconhecimento de patógenos Quando ocorre a interação PAMP-PRR, há ativação de sinais intracelulares que culminam na indução da transcrição de genes importantes para a ativação celular, produção de mediadores inflamatórios e a indução da fagocitose. Diferentes PRR são expressos numa mesma célula, o que faz que esta tenha capacidade de reconhecer várias classes de microrganismos. 1. Interação PAMP-PRR 2. Ativação de sinais intracelulares 3. Transcrição de genes 4. Produção de mediadores inflamatórios Citocina é uma proteína produzida a partir da transcrição gênica que faz a mediação da inflamação. Células que participam Todas aas células apresentam PRR Nesse primeiro momento quem participa principalmente são as células da imunidade inata Mastócitos Macrófagos Células dendriticas residentes O mastócito já passou pelos quatro passos e vai produzir mediadores inflamatórios. Histamina: aumento da permeabilidade vasodilatação Bradicinina: vai para o sistema nervoso central e estimula a dor (segunda dor) crônica. Curiosidades Anti-inflamatório é inibidor da ciclooxigenase (cox), então eu não vou produzir as substâncias que potencializam a ação da histamina e da bradicinina. Anti-inflamatório acaba com a dor, mas não mata bactéria Não pode tomar anti-inflamatório quando começa a sentir tonsilite, pois você pode piorar. É necessário tomar ele acompanhado de antibiótico. Com o dano na membrana, ocorre a ativação da fosfolipase-A, que quebra os fosfolipídios de membrana liberando ácido aracquidônico, que vai ser convertido em: TXA2 vasoconstrição: agregação plaquetária PGE2 vasodilatação: aumento da permeabilidade vascular PGI2 vasodilatação: inibição da agregação plaquetária Isso acontece pelas enzimas ciclooxigenases e lipoxigenases PGE2 e PGI2 potencializam a ação da histamina e da bradicinina Ou seja, região menos vermelha, menos quente e com menos dor Com o aumento do calibre do vaso e da permeabilidade (células não estão tão juntas), ocorre um extravasamento de plasma sanguíneo. Isso é positivo, pois no sangue além das células te algumas proteínas, fatores de coagulação, plaquetas, etc.... Parte das proteínas extravasam junto com o plasma. Esse extravasamento de liquido e proteínas chama-se exsudato inflamatório, que é responsável pelo tumor/edema. Existem proteínas de fase aguda e de complemento. Proteínas de fase aguda Sãoliberadas no período agudo da inflamação Classe de proteínas, sintetizadas no fígado, cuja concentração ou no plasma aumenta (+) ou diminui (-) em resposta a inflamação. PFA positivas (+) Proteína-C reativa Amiloide A Ceruloplasmina Haptoglobina Proteína ligadora de manose PFA negativas (-) Pré-albumina Albumina Transferrina Ativação do sistema complemento Quimiotaxia de neutrófilos e macrófagos Quimiotaxia é a passagem do vaso para o tecido Opsonização de microrganismos Albumina: síntese diminuída pelas citocinas pró-inflamatórias; aumento da permeabilidade vascular, com consequente saída para os espaços extravasculares. Transferrina: consequência da produção diminuída por danos nos hepatócitos decorrentes da inflamação. Proteínas do complemento Série de pró-enzimas plasmáticas, sintetizadas pelo fígado e por macrófagos, que podem ser ativadas por microrganismos e complexos antígeno-anticorpo. Quando ativadas, essa cascata enzimática resulta na quimiotaxia de leucócitos, lise de microrganismos e no aumento do processo de fagocitose devido a opsonização (marcação) Complexo de ataque a membrana (morte de patógenos) Complexos de ataque a membrana (MAC) As proteínas do complemento vão organizar em torno do patógeno Elas vão se organizar até formar um furo (poro) na membrana do patógeno Com esse furo o patógeno perde a estabilidade, pois perdeu sua barreira Então começa a ter entrada de líquido e sais minerais para dentro da bactéria, e o que ta dentro começa a sair Com esse desequilíbrio (da parte interna e externa) o patógeno morre. Promove um alise osmótica, a célula bacteriana se rompe. Começa a entrar muito líquido, ela vai inchando até se romper Quimiotaxia Citocinas vão ser liberadas pelas células que foram ativadas pelo PAMP, principalmente pelos macrófagos residentes. Esses macrófagos ao sofrerem os quatros passos vão liberar citocinas Existem várias citocinas Elas são uma classe de mediadores da inflamação Os mediadores inflamatórios (citocina) vão para a luz do vaso (corrente sanguínea, as células que estão na corrente sanguínea “farejam” esses mediadores e migram para o local da inflamação. Citocinas Proteínas secretadas por leucócitos em resposta a microrganismos ou antígenos que se ligam a receptores específicos e influenciam a atividade, a diferenciação, a proliferação e a sobrevida das células imunológicas, assim como regulam a produção e a atividade de outras citocinas. Existem em grande variedade e atuam no organismo de forma autócrina, parácrina ou endócrina. Elas podem ser pró-inflamatórias (aumentar a inflamação) ou anti- inflamatórias (diminuir a inflamação) Passos da quimiotaxia de leucócitos Processo de migraçãode leucócitos do vaso para p tecido 1. Rolamento: rolar 2. Adesão: aderir 3. Migração (diapedese: migrar) A célula vai para periferia do vaso, chamado de marginação (ou seja, ela vai ficando marginalizada) até que ela consegue grudar na parede do vaso e passar para o tecido Células transmigratórias Neutrófilos Monócitos Eosinófilos Basófilos Nem sempre vão todas, somente as necessárias. O sistema complemento e as proteínas de fase aguda já marcaram a bactéria (opsonização) As células que acabaram de chegar já estão com o ambiente preparado e só encostar e fagocitar esse patógeno. Fagocitose Fagocitose do patógeno Formação do fagossomo e fusão com o lisossomo celular Degradação do patógeno Enzimas proteolíticas Espécies reativas de oxigênio Ânion superóxido Peroxido de hidrogênio Espécies reativas de nitrogênio Oxido nítrico Conversão de antígenos em fragmentos de peptídeos Exocitose Resolução da resposta inflamatória Por conta da perda da função, precisas “limpar a área de guerra” Sai células pró-inflamatórias e entram a anti-inflamatória As citocinas conseguem se ligar no macrófago M1 (joga fogo no parquinho) e fazer com que ele mude para o macrófago M2 (joga agua) e assim eu vou diminuindo a inflamação Isso acontece com as células que já estavam la Pode acontecer necrose e apoptose Até acontecer a regeneração tecidual Um desfecho diferente Se meu sistema não conseguir se livrar desses microrganismos, chama a resposta imune adaptativa (o chefão) que é mais especifica. ------------------ Resposta Imune Adaptativa Celular ---------------- Resposta imune adaptativa ---------------------------------------------- Linfócitos B humoral Linfócitos T Celular Natural killer Conceitualmente, fazem parte da imunidade inata Derivação do linfócito T Características Anticorpos e citocinas Alta especificidade Memoria imunológica Interação entre o sistema imune inato e adaptativo Células que transmigraram estão no tecido Neutrófilos Monócitos Eosinófilos Basófilos Fizeram a fagocitose Células dendriticas também fizeram fagocitose Apesar de não ser a função principal dela Ela só faz esse processo por que ela vai conectar uma resposta a outra, ou seja, apresentação de antígeno. Quando estiver destruindo o patógeno ele libera pequenos fragmentos que serão armazenados para formar a memória imunológica. Assim que a célula dendritica encontra ao antígeno, ela precisa ligar o “GPS” para ter um direcionamento, chamado CCR7. Quando ela liga o GPS, ela vai tentar captar sinais (quimosinas) Quem está soltando essas quimosinas são os linfonodos (casinhas dos linfócitos) Os linfócitos estão secretando essas substancias para guiar essas células quando necessário. As células dendriticas chegam nos linfonodos através do sistema linfático. Linfócitos T naive Inocentes/ingênuos Linfócitos que nunca foram ativados. Linfócitos T de memoria Já foram apresentados para um antígeno antes. Medula óssea está constantemente produzindo novas células imunes. Produz células naive que entram em contato com o antígeno e viram de memória. Células dendriticas apresentam o antígeno para os linfócitos T naive. Eles vão se conectar, “vão dar as mãozinhas” Essa maoszinhas dadas são chamadas de sinais de apresentação de antígeno. Tem três sinais que precisam acontecer obrigatoriamner epara que esse patógeno seja reconhecido O sinal três é um complemento. Sinal 2 CD80/CD86- grupamento de diferenciação Esse sinal é chamado de coestimulatorio Moléculas co-estimulatorias Induzem a proliferação dos linfócitos Funcionam juntamente com a secreção de citocinas, envolvidas na diferenciação dos linfócitos Células dendríticas Cd28- grupamento de diferenciação Moléculas co-receptoras Interagem com o CD80 e CD86 Linfócitos Sinal 1 MHC- complexo principal de histocompatibilidade Classe de moléculas que apesnetam a ntígenos proteicos Tipo I (todas células) e tipo II (APCs profissionais- LB, MO, DC) Pouca especificidade Tem um “bracinho” que segura o antígeno que vai ser reconhecido por outro receptor chamado CD4 ou CD8 Células dendriticas Via do MHC I e II II O patógeno sempre vai ser extracelular, pois ele fica dentro de uma vesícula Célula não está infectada Célula profissionais Antígenos extracelulares Linfócitos T CD4 auxiliares (th) I Patógeno intracelular Célula infectada Todas as células são MHC I porque não tem mecanismo para fagocitar e deixar antígeno isolado. CD8 Linfócito T citotóxico Na hora da apresentação do antígeno, a célula sofre um processo de expansão clonal e via linfócitos T efetores (ativados) Vão fazer vários clones Células dendriticas e linfócitos T efetores vão para o local da inflamação pelo sistema circulatório. Alguns linfócitos vão permanecer nos linfonodos para guardar memória CD8 vai junto para matar alguma célula que possa ter sido infectada CD8 se liga com o MHC I e promove a morte da célula Esse processo se chama beijo da morte ou golpe letal. Linfócitos T CD4 auxiliares (th) Mediante o estímulo pela APC (MHC II) podem se diferenciar em: Linfocitos T th1- induzido por IL-12 Produzem IL-2 induzindo sua própria proliferação (autócrina) e a proliferação e aumento da capacidade citotóxica dos linfócitos T CD8 Produzem IFN-Y, envolvido na ativação de macrófagos infectados com patógenos intracelulares como microbactérias, protozoários e fungos, além de desempenhar papel importante na ativação de linfócitos T CD8 O IFN-Y faz retroalimentação positiva sobre outros LTH0 (zero), induzindo sua polarização para a via de diferenciação th1 e inibindo a via th2 Linfocitos T th2- induzido por IL-4 Produzem IL-4. IL-5, IL-6 E IL-10, favorecendo a produção de anticorpos por linfócitos B Estão associados com as doenças alérgicas e infecções por helmintos, pois a IL-4 induz a classe de imunoglobinas IgE e a IL-5 induz a proliferação e a ativação de eosinófilos A IL-4 também promove retroalimentação positiva para a via th2 e suprime a via th1 Linfócitos T th17 Produzem citocinas IL-22, IL-26 e citocinas da família IL-17 são potentes indutoras da inflamação, induzindo à infiltração celular e produção de outras citocinas pró-inflamatórias. Importantes na proteção contra infecção por microrganismos extracelulares Linfocitos Treg (CD4+ CD25+) Expressam a molécula CD25 e o fator nuclear FOXP3 Induzem a supressão das células T efetoras, bloqueando a ativação e a função destes linfócitos, sendo assim importantes no controleda resposta imunológica a Ag próprios e não próprios Liberação de citocinas inibitórias como IL-10 e TGF-β Células natural killer Ativadas por IFN-α, IFN-β e 1L-12 (macrófagos) Produzem IFN- que participa da ativação de macrófagos, levando a produção de IL-12 (ativadora de th1) Secretam, assim como os linfócitos T CD8, perforinas e granzimas Participam da resposta inflamatória desde o início (inata e adaptativa) Reconhecem as células infectadas pela baixa expressam de MHC I, complementando a ação dos linfócitos T CD8 Participam da vigilância imunológica, especialmente se tratando de tumores Curiosidades CD8 mata quando a célula já foi infectada por meio da interação com MHC I Natural killer também, mas não tem MHC I Resposta imune adaptativa humoral ---------------------------- Resposta Imune Adaptativa Linfócito B Característica Anticorpos e citosinas Alta especificidade Memoria imunológicaAtivação dos linfócitos B São naive até se encontrarem com o patógeno Os patógenos podem adentrar no sistema linfático e dar de cara com os linfócitos Os linfócitos B naive tem alguns receptores chamados de iGM, que vão reconhecer o patógeno eapresentar para o linfócito T MHC II 3 sinais 1º sinal: MHC II ↔ TCR 2º sinal: CD80/86 ↔ CD28 3º sinal: CD40 (linfócito T) ↔ CD40L (linfócito B) De primeiro momento quando os linfócitos encontrarem pela primeira vez o antígeno, ele vai ter uma secreção de imunoglobulinas (anticorpos não específicos) Quando ele encontrar novamente esse antígeno, ele já sabe qual anticorpo tem que produzir, então ele vai secretar imunoglobulinas especificas Após o segundo contato ele passa a se chamar plasmocito Nada mais é que o linfócito B ativado Parte desses plasmocitos ficaram secretando anticorpo e lidando com a infecção Parte desses linfócitos ficaram no linfonodo como memoria Parte que vai para guerra: plasmocitos Parte que fica na memória: linfócitos B Resposta primaria Resposta 5 a 10 dias após contato com Ag Secreção de IgM Pouca produção de IgG Menor afinidade dos anticorpos Resposta secundaria Resposta rápida (1 a 3 dias após contato) Secreção de IgG Mudança de classe de cadeia pesada (igA, IgE) Maior afinidade dos anticorpos Anticorpos ou imunoglobulinas Glicoproteínas produzidas pelos linfócitos B, a partir do reconhecimento do antígeno pelo receptor de células B (BCR) Reconhecem antígenos protéicos (LT dependente) e não proteicos (LT independente) Estão presentes nos fluidos humorais: plasma, linfa, líquido peritoneal, lágrima e saliva Se ligam à antígenos livres Neutralização de toxinas (barreira física ou alteração conformacional) Opsonização de antígenos (via clássica do SC - IgG e IgM) Constituídos por duas cadeias polipeptídicas leves (cadeia L - light) e duas cadeias pesadas (cadeia H - heavy) Constituídos por duas regiões: Região variável: correspondem à parte da molécula que se liga ao antígeno e estão localizadas na porção amino-terminal do anticorpo (VL e VH) Região constante: inclui a porção carboxi-terminal da molécula (CL e CH) As cadeias leves se unem às cadeias pesadas por pontes dissulfeto, e a união entre as duas cadeias pesadas também é feita por pontes dissulfeto. Divididos em cinco classes IgD Presentes na superfície de células B atuando como receptores Função efetora ainda não descrita IgM Presentes na superfície de células B atuando como receptores Produzida e secretada pelos linfócitos B, principalmente no baço, linfonodo e medula óssea. Primeira a ser produzida frente a um estímulo antigênico específico, associada à infecção aguda (recente ou ainda em curso) IgA Secretada por linfócitos B presentes nas mucosas: paredes dos tratos intestinal, respiratório, geniturinário pele e glândulas mamárias Principal imunoglobulina contida no colostro e no leite IgE Produzida por linfócitos B localizados, principalmente, abaixo das superfícies corpóreas como pele e mucosas Relacionada à indução da inflamação e à resposta imune efetora contra helmintos e doenças alérgicas (mastócitos, basófilos e eosinófilos) IgG Principal tipo presente no sangue e a mais ativa nos mecanismos de defesa mediado por anticorpos Neutralização de toxinas, imobilização de bactérias, sensibilização para NK, ativação do complemento e opsonização Única capaz atravessar a barreira placentária em humanos Curiosidades Quando a mãe toma a vacina antitetânica durante a gravidez, estará imunizando o feto e protegendo-o de desenvolver tétano na cicatriz umbilical Reações de hipersensibilidade e autoimunidade ------------------ Hipersensibilidade Reações excessivas e indesejáveis produzidas pelo sistema imune normal São danosas, desconfortáveis e as vezes fatais Conhecida como “alergia” Faz parte tanto do inato, quanto do adaptativo Categorizada em quatro tipos: Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV Hipersensibilidade tipo I Chamada de hipersensibilidade tipo I, imediata ou hipersensibilidade anafilática Ocorre quando encontra agressores ambientais Ex: leite, pólem, frutos do mar, etc.... Pode acometer diversos sistemas: Pele: urticaria e eczema Olhos: conjuntivite (diversos tipos) Nasofaringe: rinorreia e rinite Tecido broncopulmonares: asma Tecido gastrointestinal: gastroenterite A do tipo I pode causar diversos sintomas desde inconveniências mínimas até a morte Leva cerca de 15 a 30 minutos, após a exposição ao antígeno embora as vezes possa ter início mais demorado (10-12 horas) Individuo deve ter sido sensibilizado pelo antígeno previamente Na primeira vez quando temos o primeiro contato com o antígeno, não temos reação nenhuma, apenas na segunda vez IgE de memoria 1. Primeira exposição ao antígeno 2. IgE para o antígeno é produzido e a memória para ele é guardada 3. Exposição subsequente ao antígeno resulta em uma produção maciça de IgE que se liga ao receptor Fc dos mastócitos 4. O antígeno se liga ao IgE do mastócito ativando ele 5. E por fim, o mastócito ativado degranula, liberando histamina e outros compostos vasoativos Mediada por IgE, mastócitos e basófilos Individuo deve ter sido sensibilizado pelo antígeno previamente Amplificada e/ou modificada pelas plaquetas, neutrófilos e eosinófilos 1. Fagocitose do antígeno 2. Migração das APCs para apresentação e desenvolvimento de resposta imunológica específica 3. Apresentação de antígeno via MHC II pra LT naive 4. Ativação de linfócito T CD4 5. Diferenciação para Th2 – liberação de citocinas ativadoras de LB 6. Ativação de LB para produção de IgE 7. Sensibilização de mastócitos com anticorpos IgE 8. Segunda exposição ao mesmo alérgeno: reação cruzada com IgE + células e degranulação de mastócitos com liberação de várias substâncias farmacologicamente ativas (histamina, quimiocinas, fator ativador plaquetário, prostaglandinas e leucotrienos) Curiosidades Quando aparece alergia, o medicamento perde o efeito Apenas linfócitos B libera imunoglobulina Celulite = inflamação da célula da pele Celulite da bunda = lipodistrofia ginóide Sufixo “lite” significa inflamação Obeso inflamado = metainflamação Por que dizem que o obeso está sempre inflamado? Existem dois tipos de tecido adiposo: visceral e subcutâneo; o excesso de lipídeos/gordura comprime os vasos sanguíneos e o tecido adiposo libera mediadores inflamatórios e acontece a quimiotaxia. “Aumentar a imunidade” = aumentar a imuno competência Hipersensibilidade tipo II Chamada de hipersensibilidade tipo II ou hipersensibilidade citotóxica Os antígenos são endógenos (residem no interior ou na superfície corporal dos seres rádios) “ de um corpo para outro” Antígenos de superfície celular ou matriz extracelular Mediada por IgG e IgM Dependente do sistema complemento (mediadores) Participação de células NK Ocorre em: Anemias hemolíticas auto-imune Eritroblastose fetal (sistema Rh) Incompatibilidade sanguínea (mãe-feto) Transfusões incompatíveis Trombocitopenia auto-imune (deficiência de plaquetas – trombócitos) Transfusões incomatíveis Tipos sanguíneos: O: é o doador universal, possui anticorpos anti-A e anti-B, só pode receber sangue do tipo O. A: é um dos mais comuns e contem anticorpos anti-B, só podendo receber sangue do tipo A e O. B: é um dos mais raros e contem anticorpos anti-A, só podendo receber sangue do tipo B e O. AB: é um dos mais raros também e não possui anticorpo contra A ou B, podendo receber sangue de todos os tipos semque haja reação. Hipersensibilidade tipo III Complexos imunes (Ag:Ac) Ag: antígeno Ac: anticorpo Chamada de hipersensibilidade tipo III ou hipersensibilidade imune complexa Anticorpos IgG, poucos IgM Antígenos exógenos (microrganismos) ou endógenos (autoimunidade) Complexos antígenos: antígenos são solúveis no plasma podendo ser destruídos e eliminados por fagocitose A reação leva de 3-8 horas para se manifestar Quando ocorre a maior formação de complexos do que a eliminação dos mesmos, ocorre a reação de HS III (hipersensibilidade III) Recrutamento de células imunes com inflamação local Curiosidades Complexo imune: são formados quando os linfócitos B aumentam a produção de anticorpos contra um determinado antígeno ou quando há excesso de antígenos A precipitação dos complexos no endotélio vascular em locais de filtração (rim) como glomérulos, membrana sensorial e membrana sinovial e membrana basal da epiderme. Glomérulonefrite: inflamação, acompanhada de proteinúria (proteína na urina), hipoproteinemia (baixa quantidade de proteína no sangue) e edema (insuficiência renal) Principios de imunensaios Ou testes sorológicos, são técnicas para detectação de antígenos, anticorpos ou substância que desempenham papel de antígenos como droga, hormônios... São baseados nos princípios de que antígenos específicos irão estimular reações imunológicas muito especificas e de proteínas produzidas pela reação imunológica, chamadas anticorpos, podem ser usadas para sinalizar a presença de um composto-alvo na amostra. 1. Sensibilização com Ac de captura 2. Adição do Ag de interesse 3. Adição do Ac secundário conjugado com enzima 4. Adição de substrato 5. Consumo do substrato com liberação de produto fluorescente/colorido Hipersensibilidade tipo IV É a única mediada por linfócitos T Chamada de hipersensibilidade tipo IV ou hipersensibilidade tardia Mediada por linfócitos T a antígenos exógenos Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas Ex: tuberculose, lepra, blastomicose, leishmaniose, etc. Dermatite de contato: hera venenosas, agentes químicos, metais pesados, etc. Doenças celíaca (distúrbio intestinal causado pelo glúten = trigo) Gliadina presente no glúten Glúten = proteína A lesão do tipo IV é caracterizada por calosidade e eritema Leva cerca de 48-72 horas para se manifestar Hipersensibilidade I, II e III são mediadas por anticorpos, e se diferencia da hipersensibilidade IV, porque ela é a única que não possui anticorpos e sim, são mediadas por linfócitos T I, II E III envolve anticorpos, a IV não, pois envolve apenas linfócitos Por que algumas pessoas têm alergia e outras não? Por conta do MHC (major histocompatibility complex) ou complexo principal de histocompatibilidade, que é uma região genômica ou família de genes, o qual tem um papel importante no S.I. e na determinação da identidade biológica de cada um. O MHC codifica um grupo de antígenos ou proteínas encontradas nas superfícies MHC: representa o conjunto de genes responsável por codificar as moléculas de histocompatibilidade em uma determinada espécie, sendo chamado no ser humano de sistema HLA (Human Leukocyte Antigen) O MHC no ser humano está localizado no braço curto do cromossomo6, sendo esses genes reunidos em três grupos Classe I: condificam as moléculas clássicas de histocompatibilidade HLA-A, B e C Classe II: codificam as moléculas clássicas HLA-DR, OQ e DP Classe III: não codificam moléculas de histocompatibilidade, e sim outras moléculas, algumas fazem parte do S.I e outras não. Ex: proteínas do complemento, fatores de necrose tumoral, chaperonas, etc.... MHC é bastante variável entre os indivíduos Herança genética (HLA do pai + HLA da mãe) Alguns genes apresentam uma mesma sequência de ácidos nucléicos em todos os membros de uma população - genes não polimórficos Ex: b2-microglobulina Outros genes apresentam alelos variantes no mesmo locus Ex: gene HLA-B com variantes HLA-B7, HLA-B8, HLA-B27, HLA-B51 Doença celíaca: A molécula de MHC será codificada pelos genes do HLA que são inúmeros. No grupo que codifica os genes de classe II, encontram-se os HLA-DQ, que codificarão proteínas para o MHC II chamado HLA-DQ. Os indivíduos que codificam os HLA do tipo DQ2 e DQ8 apresentam a doença celíaca pois esses MHC II se ligam fortemente a gliadina e desencadeiam a resposta imune Autoimunidade É a falha em uma divisão funcional do sistema I chamada de autotolerância, que resulta em respostas imunes contra células do próprio organismo Qualquer doença que resulte desse tipo de respostas é chamada de doença autoimune. Essa falha ocorre pelos seguintes mecanismos 1. Sobrevivência LT que reconhecem MHC + autoantígenos ou apenas MHC 2. Falha na mudança de classe das Ig ou na indução de apoptose dos LB 3. Falha no mecanismo de anergia funcional (é a inativação funcional dos linfócitos T) E com tudo isso ocorre a destruição do próprio como se fosse não próprio! Curiosidades Produção de leucócitos órgãos linfoides primários secundários (maturação dos linfócitos T); outros tipos de leucócitos vão direto para os linfonodos OBSERVAÇÃO Alelo: Forma alternativa de um mesmo gene que ocupa o mesmo locus em cromossomos homólogos Gene: Sequência de DNA que codifica e determina as características dos organismos Locus: Posição que um gene ocupa em um cromossomo Qual a função do sistema imune? Distinção do próprio e do não próprio Como ele faz isso? Processo de seleção: comportamento de linfócitos T 1. Não reconhecem e sofrem apoptose por falta de estímulo 2. Reconhecem avidamente e sofrem apoptose por serem autoreativos 3. Reconhecem pouco e são selecionados para maturação nos órgãos linfóides periféricos Processo de Seleção: o comportamento de linfócitos B 1. Não respondem nem proliferam em resposta a antígenos próprios e sobrevivem 2. Interagem a partir de IgM com antígenos próprios na medula óssea e sofrem mudança de classe de Ig ou morte por apoptose Tolerância ao próprio 1. O sistema imune tem a capacidade de distinguir o próprio do não- próprio, ou seja, de tolerar os antígenos do hospedeiro e responder a antígenos estranhos. 2. Para isso, existem vários processos adquiridos ativamente, em que linfócitos auto-reativos são excluídos ou inativados após encontrar antígenos próprios Exemplos de doenas autoimunes Tireoidite de Hashimoto: Infiltração de LT na tireoide causando a destruição das células tireoidianas resultando no hipotireoidismo Diabetes mellitus tipo I: Infiltração de linfócitos T nas ilhotas pancreáticas causando a destruição das células β, impossibilitando a produção de insulina Gastrite autoimune: Anticorpos se ligam às células parietais, bloqueando a bomba de H+, e ao fator intrínseco, impedindo a ativação da B12 levando a anemia perniciosa Lupus eritematoso sistêmico: Anticorpos contra constituintes nucleares (DNA, RNA, histonas) formam complexos imunes (HS III) e se depositam nos tecidos Artrite reumatoide: Infiltração de LT, neutrófilos, macrófagos e DC e produzem metaloproteinases promovendo a quebra do colágeno e dos proteoglicanos
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