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Slides de aula_Neuropsicologia_Unidades 01 e 02

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Neuropsicologia
Histórico, conceitos e campos de atuação 
Princípios de Avaliação Neuropsicológica
PROF.ª DRA. RAQUEL LUIZA SANTOS DE CARVALHO
raquel.carvalho@unigranrio.edu.br
O interesse pelo estudo da Neuropsicologia é recente?
O interesse pelo estudo da Neuropsicologia é recente?
“Apesar da delimitação recente
conhecimento humano, o interesse pelo estudo
desta especialidade do
da
neuropsicologia é antigo. Desde a antiguidade, o homem
buscou compreender as relações entre cérebro,
comportamento e cognição.”
A resposta é NÃO!
(HAMDAM; PEREIRA; RIECHI, 2011)
Papiro descoberto no Egito por Edwin Smith no século XIX (cerca de 1700 a.C. e 3000 a.C.):
tratado de cirurgia que contém a descrição clínica detalhada de pelo menos 48 casos com os
respectivos tratamentos racionais e prognósticos (favorável, incerto e desfavorável). Registra
as primeiras tentativas de buscar a localização cortical das funções mentais mediante
descrições das lesões cerebrais.
Indícios da cultura asteca, em crânios de pessoas submetidas a trepanação, feita de
maneira precisa e coerente, de forma a não deixar duvida quanto a existência de um
racional por trás das cirurgias.
HIPÓCRATES (460-377 a.C.) e o cérebro como órgão responsável pelo
pensamento e sensações – alteração da linguagem e do lado direito do
corpo.
HERÓFILO (130-201 a.C.) e a anatomia do cérebro – ventrículos 
responsáveis pela cognição.
A hipótese cerebral em contraposição à hipótese cardíaca:
o cérebro como a sede da mente
DESCARTES (séc. XVII) e a glândula pineal como sede da 
mente.
GALL (séc. XVIII) e estudos sobre a localização cerebral.
Século XIX
Foi apenas no século XIX que as correlações anátomo-clínicas entre
lesões cerebrais e patologia da linguagem tornaram-se um
importante foco de atenção.
Entre os estudiosos que
comprometimento na linguagem
investigaram 
decorrentes
indivíduos com 
de lesão cerebral,
destaca-se Broca e Wernicke.
✓ Paul Broca (1824-1880) descobriu que a expressão verbal estava associada ao terço
posterior do giro frontal inferior esquerdo. Sua descoberta foi de grande importância,
pois foi a primeira evidência da localização de uma função mental complexa.
✓ Karl Wernicke (1848-1909) descreveu casos em que a lesão de uma parte do cérebro, o
terço posterior do giro temporal superior esquerdo, determinava a perda da capacidade
de compreensão da linguagem, enquanto que a linguagem expressiva motora
permanecia intacta.
A controvérsia localizacionismo versus holismo
Neuropsicologia moderna
Donald Hebb 
Karl Lashley 
Aleksander Luria
O termo neuropsicologia foi utilizado pela primeira vez em
1913 (Osler), mas o seu desenvolvimento começou em
1940, a partir dos trabalhos de Hebb.
Hebb
Em 1949,propôs uma
“teoria para a memória com base na plasticidade sináptica”
Esta teoria, em síntese, admite que a transmissão de
mensagens entre os neurônios pode ser regulada, não sendo
um fenômeno rígido e imutável, mas algo modulável de acordo
com as circunstâncias.
Lashley
As funções cerebrais
requerem a participação de grandes massas cerebrais de tecido
nervoso e por isso ele formulou uma teoria de funcionamento
cerebral denominada de “ação de massa”, que diminui a
importância dos neurônios individuais, das conexões neuronais
específicas, e das regiões cerebrais distintas.
Luria
Investigou as funções
superiores nas suas relações com os mecanismos cerebrais
e desenvolveu a noção do sistema nervoso funcionando
como um todo, considerando o ambiente social como
determinante fundamental dos sistemas funcionais
responsáveis pelo comportamento humano.
Luria
Afirmava que as funções psíquicas do homem são produtos
de uma larga evolução, possuem uma estrutura complexa e
estão sujeitas a modificações em seus elementos
constitutivos.
Histórico - Luria
“toda atividade mental humana é um sistema funcional
complexo efetuado por meio de uma combinação de
estruturas cerebrais funcionando em concerto, cada uma
das quais dá a sua contribuição particular para o sistema
funcional como um todo.”
Alexander Luria
Formalizou a ideia de sistemas funcionais, havendo 
três sistemas funcionais que trabalham juntos:
Os sistemas funcionais são organizados 
hierarquicamente:
- Área Primária - recebem impulsos da periferia ou 
os enviam para ela;
- Área Secundária - informações são processadas 
ou programadas;
- Área Terciária - realizam as funções integrativas.
Unidade para regular o tono/vigília e os estados mentais
- Deve haver um ponto de excitação ótima / estado ótimo do córtex
sem a qual é impossível a atividade normal/ curso organizado da
atividade mental.
- Há um balanço entre excitação e inibição e uma mobilidade dos
processos nervosos que permite a mudança de uma atividade a
outra.
- Subcórtex e tronco cerebral
✓Unidade funcional receptora (localizada posteriormente ao sulco central):
receber, analisar e armazenar a informação. Ex: áreas que se ocupam da
visão, audição e somestesia.
✓Unidade funcional executora (em posição anterior ao sulco central):
programar, coordenar e verificar as ações do indivíduo, sobretudo as ações
conscientes. Ex: áreas que lidam diretamente com a motricidade.
Fuentes et al., 2014
✓Unidade receptora:
ÁREAS PRIMÁRIAS→ ÁREAS SECUNDÁRIAS→ ÁREAS TERCIÁRIAS
✓ Essas duas unidades se organizam de forma
hierárquica, em áreas classificadas como primárias,
secundárias e terciárias.
✓ As áreas primárias recebem projeções de diferentes modalidades sensoriais e realizam 
uma primeira análise da informação.
✓ As áreas secundárias trabalham e integram essa informação.
✓ As áreas terciárias produzem esquemas simbólicos que sustentam a atividade cognitiva
mais sofisticada.
✓ Unidade executora:
- Área primária representada pela área motora do córtex.
- Área secundária se incumbe de preparar os programas motores posteriormente
encaminhados à região primária.
- Área terciária representada pela região pré-frontal, que tem por função a formulação de
intenções e programas de ação, bem como a regulação e o monitoramento do
comportamento mais complexo.
- Nota-se que a informação flui das áreas primárias para as secundárias e terciárias na
unidade receptora e teria fluxo inverso na unidade executora’.
2ª metade do século XX
A neuropsicologia firmou-se efetivamente enquanto área de 
estudo.
2ª metade do século XX
Ainda entre os avanços obtidos, destacam-se a introdução e o
desenvolvimento de técnicas de observação do cérebro e/ou
de sua atividade (tomografia computadorizada, ressonância
magnética, tomografia por emissão de pósitrons).
2ª metade do século XX
Aperfeiçoamento dos instrumentos de avaliação
neuropsicológica, e o desenvolvimento de
métodos de intervenção com o objetivo de obter
a restauração de funções psíquicas superiores
comprometidas por lesão cerebral.
2ª metade do século XX
As técnicas de imagem funcional computadorizada do
sistema nervoso (que podem produzir imagens precisas do
fluxo sanguíneo cerebral ou do metabolismo neuronal),
permitem concluir fortemente em favor da localização
cerebral das funções neurais (mesmo das mais complexas,
como a linguagem).
Histórico – 2ª metade do século XX
As diferentes regiões, contudo, não funcionam isoladamente,
mas apresentam alto grau de interação, ou seja, não há uma
função pura mas uma combinação bastante complexa de
ações psicológicas e fisiológicas em cada comportamento que
o indivíduo realiza.
Brasil
Na década de 1980:
Grupos estudiosos das relações do cérebro com a Cognição
e o Comportamento haviam se formado em diferentes
locais e instituições, mas desenvolviam suas pesquisas de
maneira individualizada, sem estabelecer uma troca de seus
conhecimentos.
Brasil
Em setembro de 1988:
professores Norberto Rodrigues e Jayme Antunes Maciel Jr.,
ocorreu o marco histórico da fundação da Sociedade
Brasileira de Neuropsicologia (SBNp), em Assembléia Geral
da Academia Brasileira de Neurologia, durante o XIII
Congresso Brasileiro de Neurologia, em São Paulo.
COMPORTAMENTO
COGNIÇÃO EMOÇÃONeuropsicologia: Definições
2001: National Academy of Neuropsychology
“applied science of brain-behavior relationships” – ciência 
aplicada das relações entre cérebro e comportamento
1995: Lezak
“A neuropsicologia é uma ciência voltada para a expressão do
comportamento por meio das disfunções cerebrais e ampara-se na
avaliação de determinadas manifestações do indivíduo para a
investigação do funcionamento cerebral”.
Neuropsicologia: Definições
Área multidisciplinar que investiga as relações existentes entre o
funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), as funções cognitivas e o
comportamento, tanto nas condições normais quanto nas patológicas.
Resgatar pessoas de condições anteriormente consideradas críticas ou
irrecuperáveis, a necessidade de propiciar a inclusão social ou escolar e de
prover o julgamento no contexto legal impõem a necessidade de uma forma de
diagnóstico e auxílio que contemplem não apenas a identificação das patologias,
mas também seu impacto na vida do indivíduo e em seu ambiente.
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO 
NEUROPSICOLÓGICA
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO 
NEUROPSICOLÓGICA
1. Auxílio diagnóstico:
• quando o exame é solicitado para fornecer subsídios
para a identificação e a delimitação do quadro, a
avaliação visa responder uma pergunta que tem a
ver com a origem, a natureza ou a dinâmica da
condição em estudo.
• Pode ocorrer na prática clínica de consultórios ou hospitalar.
• As questões diagnósticas geralmente querem saber qual é o problema do paciente e
como ele se apresenta.
-Isso implica que seja feito um diagnóstico diferencial entre quadros que têm
manifestações muito semelhantes ou passíveis de serem confundidas.
-A questão subsequente é o quanto existe de disfunção, o que implica que as medidas
do exame sejam tomadas a partir de um parâmetro, seja ele o funcionamento prévio, a
idade ou o nível sociocultural.
• A sensibilidade do exame para fazer esse diferencial depende da escolha precisa dos
testes e sobretudo do poder do investigador em identificar as pistas para as
hipóteses diagnósticas.
2. Prognóstico:
• O diagnóstico está feito, mas se deseja estabelecer o curso da evolução e 
o impacto que a patologia em questão terá a longo prazo.
• A avaliação neuropsicológica pode identificar esses recursos com 
bastante precisão, mapeando as forças e as fraquezas cognitivas, e, 
assim, contribuindo para prever o que esperar quanto à evolução do 
paciente.
3. Orientação para o tratamento:
• Ao estabelecer a relação entre o comportamento e o substrato cerebral 
ou a patologia, a avaliação neuropsicológica não só delimita áreas de 
disfunção, mas também estabelece as hierarquias e a dinâmica dos 
transtornos em estudo. Tal delineamento pode contribuir para a escolha 
ou para mudanças no tratamento medicamentoso ou outros.
• A orientação para o tipo de psicoterapia também pode ser estabelecida a 
partir da avaliação neuropsicológica.
4. Auxílio para planejamento da reabilitação:
• A avaliação neuropsicológica estabelece quais são as forças e as fraquezas
cognitivas, provendo, assim, um “mapa” para orientar quais funções
devem ser reforçadas ou substituídas por outras. Além disso, permite
auxiliar as mudanças nas opções profissionais, acadêmicas e no ambiente
familiar, ampliando os recursos cognitivos que possibilitam melhora na
qualidade de vida.
5. Seleção de paciente para técnicas especiais:
• Alguns tipos de tratamentos requerem indicações precisas quanto aos
sujeitos que se beneficiariam pelo fato de envolverem riscos cognitivos
potenciais. Esse é o caso quando se cogita a indicação de tratamento
cirúrgico para indivíduos epiléticos.
• A análise fina de funções permite separar subgrupos de pacientes de uma
mesma patologia, possibilitando uma triagem específica de sujeitos para
um procedimento ou tratamento com medicamento.
6. Perícia:
• O objetivo da avaliação neuropsicológica no contexto forense não é 
apenas aferir se um indivíduo apresenta ou não determinada condição ou 
transtorno e, a partir desses dados, elaborar uma intervenção relevante. 
Mas auxiliar a tomada de decisão dos profissionais da área do direito em 
determinada questão legal.
Referências
HAMDAN, Amer Cavalheiro; PEREIRA, Ana
Paula Almeida de; RIECHI, Tatiana Izabele
Jaworski de Sá. Avaliação e Reabilitação
Neuropsicológica: Desenvolvimento Histórico
e Perspectivas Atuais. Interação em
n. especial, p. 47-58.
https://revistas.ufpr.br/ps
v. 15,
em <
Psicologia,
Disponível
icolog
Referências
Leitura do capítulo 2 (As principais três unidades funcionais) da obra Luria A. 
(1981).Fundamentos de neuropsicologia. São Paulo: Ed. USP.
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✓ Meu e-mail raquel.carvalho@unigranrio.edu.br
mailto:raquel.carvalho@unigranrio.edu.br

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