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DIREITO CONSTITUCIONAL

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PM-BA
Curso de Formação de Soldado
DIREITO CONSTITUCIONAL
Constituição da República Federativa do Brasil: Dos princípios fundamentais .......................1
Dos Direitos e garantias fundamentais......................................................................................2
Da organização do Estado ......................................................................................................21
Da Administração Pública. Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios ..29
Da Segurança Pública .............................................................................................................34
Constituição do Estado da Bahia. Dos princípios fundamentais ............................................36
Direitos e garantias fundamentais ...........................................................................................37
Dos Servidores Públicos Militares ...........................................................................................38
Da Segurança Pública .............................................................................................................37
Exercícios ................................................................................................................................40
Gabarito ...................................................................................................................................44
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Apostila gerada especialmente para: Éverton Rodrigues 466.111.648-80
1
Gabarito
Exercícios Constituição da República Federativa do Brasil: Dos princípios fundamentais
— Princípios fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Dis-
trito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019).
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou direta-
mente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 estão previstos no art. 1º da Constituição e são:
A soberania, poder político supremo, independente internacionalmente e não limitado a nenhum outro na 
esfera interna. É o poder do país de editar e reger suas próprias normas e seu ordenamento jurídico.
A cidadania é a condição da pessoa pertencente a um Estado, dotada de direitos e deveres. O status de 
cidadão é inerente a todo jurisdicionado que tem direito de votar e ser votado.
A dignidade da pessoa humana é valor moral personalíssimo inerente à própria condição humana. Funda-
mento consistente no respeito pela vida e integridade do ser humano e na garantia de condições mínimas de 
existência com liberdade, autonomia e igualdade de direitos.
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, pois é através do trabalho que o homem garante sua 
Apostila gerada especialmente para: Éverton Rodrigues 466.111.648-80
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subsistência e contribui para com a sociedade. Por sua vez, a livre iniciativa é um princípio que defende a total 
liberdade para o exercício de atividades econômicas, sem qualquer interferência do Estado.
O pluralismo político que decorre do Estado democrático de Direito e permite a coexistência de várias ideias 
políticas, consubstanciadas na existência multipartidária e não apenas dualista. O Brasil é um país de política 
plural, multipartidária e diversificada e não apenas pautada nos ideais dualistas de esquerda e direita ou demo-
cratas e republicanos. 
Importante mencionar que união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal é caracterizada 
pela impossibilidade de secessão, característica essencial do Federalismo, decorrente da impossibilidade de 
separação de seus entes federativos, ou seja, o vínculo entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios é 
indissolúvel e nenhum deles pode abandonar o restante para se transformar em um novo país.
Quem detém a titularidade do poder político é o povo. Os governantes eleitos apenas exercem o poder que 
lhes é atribuído pelo povo.
Além de ser marcado pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, a separação 
dos poderes estatais – Executivo, Legislativo e Judiciário é também uma característica do Estado Bra-
sileiro. Tais poderes gozam, portanto, de autonomia e independência no exercício de suas funções, para que 
possam atuar em harmonia. 
Fundamentos, também chamados de princípios fundamentais (art. 1º, CF), são diferentes dos objetivos fun-
damentais da República Federativa do Brasil (art. 3º, CF). Assim, enquanto os fundamentos ou princípios funda-
mentais representam a essência, causa primária do texto constitucional e a base primordial de nossa República 
Federativa, os objetivos estão relacionados à destinação, ao que se pretende, às finalidades e metas traçadas 
no texto constitucional que a República Federativa do Estado brasileiro anseia alcançar.
O Estado brasileiro é democrático porque é regido por normas democráticas, pela soberania da vontade 
popular, com eleições livres, periódicas e pelo povo, e de direito porque pauta-se pelo respeito das autoridades 
públicas aos direitos e garantias fundamentais, refletindo a afirmação dos direitos humanos. Por sua vez, o 
Estado de Direito caracteriza-se pela legalidade, pelo seu sistema de normas pautado na preservação da segu-
rança jurídica, pela separação dos poderes e pelo reconhecimento e garantia dos direitos fundamentais, bem 
como pela necessidade do Direito ser respeitoso com as liberdades individuais tuteladas pelo Poder Público.
Dos Direitos e garantias fundamentais
— Gerações de Direitos Fundamentais (Teoria de Vasak):
Direitos Fundamentais de 1ª Geração: liberdade individual – direitos civis e políticos;
Direitos Fundamentais de 2ª Geração: igualdade – direitos sociais e econômicos;
Direitos Fundamentais de 3ª Geração: fraternidade ou solidariedade – direitos transindividuais, difusos e 
coletivos.
— Direitos e deveres individuais e coletivos
Os direitos e deveres individuais e coletivos são todos aqueles previstos nos incisos do art. 5º da Constitui-
ção Federal, que trazem alguns dos direitos e garantias fundamentais. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes:
Princípio da igualdade entre homens e mulheres:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Como o próprio nome diz, o princípio prega a igualdadede direitos e deveres entre homens e mulheres.
Princípio da legalidade e liberdade de ação:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
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Como ser livre, todo ser humano só está obrigado a fazer ou não fazer algo que esteja previsto em lei.
Vedação de práticas de tortura física e moral, tratamento desumano e degradante:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
É vedada a prática de tortura física e moral, e qualquer tipo de tratamento desumano, degradante ou contrá-
rio à dignidade humana, por qualquer autoridade e também entre os próprios cidadãos. A vedação à tortura é 
uma cláusula pétrea de nossa Constituição e ainda crime inafiançável na legislação penal brasileira.
Liberdade de manifestação do pensamento e vedação do anonimato, visando coibir abusos e não responsa-
bilização pela veiculação de ideias e práticas prejudiciais:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
A Constituição Federal pôs fim à censura, tornando livre a manifestação do pensamento. Esta liberdade, 
entretanto, não é absoluta não podendo ser abusiva ou prejudicial aos direitos de outrem. Daí, a vedação do 
anonimato, de forma a coibir práticas prejudiciais sem identificação de autoria, o que não impede, contudo, a 
apuração de crimes de denúncia anônima.
Direito de resposta e indenização:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem; 
O direito de resposta é um meio de defesa assegurado à pessoa física ou jurídica ofendida em sua honra, 
e reputação, conceito, nome, marca ou imagem, sem prejuízo do direito de indenização por dano moral ou 
material. 
Liberdade religiosa e de consciência:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos reli-
giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alter-
nativa, fixada em lei;
O Brasil é um Estado laico, que não possui uma religião oficial, mas que adota a liberdade de crença e de 
pensamento, assegurada a variedade de cultos, a proteção dos locais religiosos e a não privação de direitos 
em razão da crença pessoal.
A escusa de consciência é o direito que toda pessoa possui de se recusar a cumprir determinada obrigação 
ou a praticar determinado ato comum, por ser ele contrário às suas crenças religiosas ou à sua convicção filo-
sófica ou política, devendo então cumprir uma prestação alternativa, fixada em lei. 
Liberdade de expressão e proibição de censura:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença;
Aqui, temos uma vez mais consubstanciada a liberdade de expressão e a vedação da censura.
Proteção à imagem, honra e intimidade da pessoa humana:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
Com intuito da proteção, a Constituição Federal tornou inviolável a imagem, a honra e a intimidade pessoa 
humana, assegurando o direito à reparação material ou moral em caso de violação.
Proteção do domicílio do indivíduo:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência).
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Proteção do sigilo das comunicações:
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996).
A Constituição Federal protege o domicílio e o sigilo das comunicações, por isso, a invasão de domicílio e a 
quebra de sigilo telefônico só pode se dar por ordem judicial.
Liberdade de profissão:
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer; 
É livre o exercício de qualquer trabalho ou profissão. Essa liberdade, entretanto, não é absoluta, 
pois se limita às qualificações profissionais que a lei estabelece.
Acesso à informação:
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
O direito à informação é assegurado constitucionalmente, garantido o sigilo da fonte.
Liberdade de locomoção, direito de ir e vir:
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da 
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Todos são livres para entrar, circular, permanecer ou sair do território nacional em tempos de paz.
Direito de reunião:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente 
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Os cidadãos podem se reunir livremente em praças e locais de uso comum do povo, desde que não venham 
a interferir ou atrapalhar outra reunião designada anteriormente para o mesmo local.
Liberdade de associação:
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente;
No Brasil, é plena a liberdade de associação e a criação de associações e cooperativas para fins lícitos, não 
podendo sofrer intervenção do Estado. Nossa Segurança Nacional e Defesa Social é atribuição exclusiva do 
Estado, por isso, as associações paramilitares (milícias, grupos ou associações civis armadas, normalmente 
com fins político-partidários, religiosos ou ideológicos) são vedadas.
Direito de propriedade e sua função social:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
Além da ideia de pertencimento, toda propriedade ainda que privada deve atender a interesses coletivos, 
não sendo nociva ou causando prejuízo aos demais.
Intervenção do Estado na propriedade:
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XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Cons-
tituição;
 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
O direito de propriedade não é absoluto. Dada a supremacia do interesse público sobre o particular, nas 
hipóteses legais é permitida a intervenção do Estado na propriedade.
Pequena propriedade rural:XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento;
A pequena propriedade rural é impenhorável e não responde por dívidas decorrentes de sua atividade pro-
dutiva. 
Direitos autorais:
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Além da Lei de Direitos Autorais, a Constituição prevê uma ampla proteção às obras intelectuais: criação 
artística, científica, musical, literária etc. O Direito Autoral protege obras literárias (escritas ou orais), musicais, 
artísticas, científicas, obras de escultura, pintura e fotografia, bem como o direito das empresas de rádio fusão 
e cinematográficas. A Constituição Federal protege ainda a propriedade industrial, esta difere da propriedade 
intelectual e não é objeto de proteção da Lei de Direitos Autorais, mas sim da Lei da Propriedade Industrial. 
Enquanto a proteção ao direito autoral busca reprimir o plágio, a proteção à propriedade industrial busca conter 
a concorrência desleal.
Direito de herança:
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”; 
O direito de herança ou direito sucessório é ramo específico do Direito Civil que visa regular as relações ju-
rídicas decorrentes do falecimento do indivíduo, o de cujus, e a transferência de seus bens e direitos aos seus 
sucessores.
Direito do consumidor:
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
O Direito do Consumidor é o ramo do direito que disciplina as relações entre fornecedores e prestadores de 
bens e serviços e o consumidor final, parte hipossuficiente econômica da relação jurídica. As relações de con-
sumo, além do amparo constitucional, encontram proteção no Código de Defesa do Consumidor e na legislação 
civil e no Procon, órgão do Ministério Público de cada estado, responsável por coordenar a política dos órgãos 
e entidades que atuam na proteção do consumidor.
Direito de informação, petição e obtenção de certidão junto aos órgãos públicos:
Apostila gerada especialmente para: Éverton Rodrigues 466.111.648-80
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XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de inte-
resse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aque-
las cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, 
de 2011).
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações 
de interesse pessoal;
Todo cidadão, independentemente de pagamento de taxa, tem direito à obtenção de informações, protocolo 
de petição e obtenção de certidões junto aos órgãos públicos, de acordo com suas necessidades, salvo neces-
sidade de sigilo.
Princípio da proteção judiciária ou da inafastabilidade do controle jurisdicional:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Por este princípio o, Poder Judiciário não pode deixar de apreciar as causas de lesão ou ameaça a direito 
que chegam até ele.
Segurança jurídica:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Direito adquirido é aquele incorporado ao patrimônio jurídico de seu titular e cujo exercício não pode mais 
ser retirado ou tolhido.
Ato jurídico perfeito é a situação ou direito consumado e definitivamente exercido, sem nulidades perante a 
lei vigente.
Coisa julgada é a matéria submetida a julgamento, cuja sentença transitou em julgado e não cabe mais re-
curso, não podendo, portanto, ser modificada.
Tribunal de exceção:
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
O juízo ou tribunal de exceção seria aquele criado exclusivamente para o julgamento de um fato específico 
já acontecido, onde os julgadores são escolhidos arbitrariamente. A Constituição veda tal prática, pois todos 
os casos devem se submeter a julgamento dos juízos e tribunais já existentes, conforme suas competências 
pré-fixadas.
Tribunal do Júri:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
O Tribunal do Júri é o instituto jurisdicional destinado exclusivamente para o julgamento da prática de crimes 
dolosos contra a vida. 
Princípio da legalidade, da anterioridade e da retroatividade da lei penal:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Para ser crime, tem que estar expressamente previsto na lei penal. Se a conduta não está prescrita no Có-
digo Penal, não é crime e não há pena. Uma nova lei penal não retroage, não se aplica a condutas praticadas 
antes de sua entrada em vigor, mas se a lei nova for mais benéfica, esta sim poderá ser aplicada para beneficiar 
o réu.
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Princípio da não discriminação:
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
Decorre do princípio da igualdade.
Crimes inafiançáveis, imprescritíveis e insuscetíveis de graça e anistia:
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos ter-
mos da lei;
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles responden-
do os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento).
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático.
• Crimes inafiançáveis e imprescritíveis: Racismo e ação de grupos armados contra a ordem constitucional 
e o Estado Democrático;
• Crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia: Prática de Tortura, Tráfico de drogas e entorpecen-
tes, terrorismo e crimes hediondos.
Os crimes inafiançáveis são aqueles que não admitem fiança, ou seja, que não dão ao acusado o direito 
de responder seu processo em liberdade até a sentença condenatória, mediante pagamento de determinada 
quantia pecuniária ou cumprimento de determinadas obrigações;
Crimes imprescritíveis são aqueles que não prescrevem e podem ser julgados e punidos em qualquer tem-
po, independentemente da data em que foram cometidos;
Crimes insuscetíveis de graça e anistia são aqueles que não permitem a exclusão do crime com a rescisão 
da condenação e extinçãototal da punibilidade (anistia), nem a extinção da punibilidade, ainda que parcial 
(graça).
Princípio da intranscendência da pena:
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre-
tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até 
o limite do valor do patrimônio transferido;
A aplicação da pena deve ser sempre pessoal e não pode ser cumprida por pessoa diversa da pessoa do 
condenado.
Individualização da pena:
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
Pela individualização da pena, é garantida a fixação das penas, observado o histórico pessoal a atuação 
individual, de modo que cada indivíduo possa receber apenas a punição que lhe é devida.
Proibição de penas:
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
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e) cruéis.
Como afirmativa dos direitos humanos e da dignidade da pessoa humana, a Constituição Federal de 1988 
veda a pena de morte, pena perpétua, de banimento e de trabalhos forçados e cruéis.
Estabelecimentos para cumprimento de pena:
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade 
e o sexo do apenado;
Respeito à Integridade Física e Moral dos Presos:
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
Direito de permanência e amamentação dos filhos pela presidiária mulher:
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação;
Também em atenção à dignidade da pessoa humana, a Constituição Federal de 1988 determina que as pe-
nas sejam cumpridas em diferentes tipos de estabelecimento de acordo com a gravidade e natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado, respeitando-se sua integridade física e moral, garantindo ainda à apenada mulher, 
o direito de permanecer com os filhos e ter condições dignas de amamenta-los.
Extradição:
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
A extradição é um ato oficial de cooperação internacional que consiste na entrega de uma pessoa – o ex-
traditando, acusado ou condenada pela prática de um ou mais crimes em território estrangeiro, ao país que 
o reclama. A Constituição determina que não haverá extradição de brasileiro nato em nenhuma hipótese, e o 
naturalizado somente nas exceções previstas.
Direito ao julgamento pela autoridade competente
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Devido Processo Legal:
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Contraditório e a ampla defesa:
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Ninguém poderá ser punido ou condenado sem o devido processo legal, onde deverá ser assegurado, sob 
pena de nulidade absoluta, o direito de resposta e ampla defesa, com sentença transitada em julgado (que não 
cabe mais recurso) prolatada pelo juízo ou autoridade judiciária competente.
Provas ilícitas:
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Provas ilícitas são aquelas obtidas por meio ilegal ou fraudulento, ou que infrinja as normas e princípios bá-
sicos de direito, motivo pelo qual não são aceitas no processo judicial.
Presunção de inocência:
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Todo cidadão é considerado inocente até que se prove o contrário, com o trânsito em julgado da sentença 
condenatória.
Identificação criminal:
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
Apostila gerada especialmente para: Éverton Rodrigues 466.111.648-80
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em lei; (Regulamento).
A identificação criminal será feita diante de fundada suspeita da validade e veracidade dos documentos 
cíveis apresentados ou quando já se tem notícias reputadas a pessoa civilmente identificada sobre uso de di-
versos nomes e fraude em registros policiais.
Ação Privada Subsidiária da Pública:
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
A ação penal privada subsidiária da pública é admitida nos casos em que a lei não prevê a ação como pri-
vada, mas sim como pública (condicionada ou incondicionada). Entretanto, o Ministério Público, titular da ação 
penal, permanece inerte e não apresenta a denúncia no prazo legal, abrindo-se a possibilidade para que o ofen-
dido, seu representante legal ou seus sucessores ingressem com a ação penal privada subsidiária da pública.
A publicidade dos atos processuais e o segredo de Justiça:
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o inte-
resse social o exigirem;
Em regra, todos os atos processuais são públicos, salvo o segredo de justiça, que pode ser determinado de 
ofício pelo juiz da causa, para segurança jurídica das partes, proteção dos interesses de menor, interesse social 
ou demanda de grande repercussão etc., ou a requerimento justificado das partes do processo.
Legalidade da prisão:
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
Salvo flagrante delito, o cidadão só pode ser levado preso por autoridade policial, mediante ordem judicial 
escrita e devidamente fundamentada.
Comunicabilidade da prisão:
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
Informação ao preso:
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegu-
rada a assistência da família e de advogado;
Identificação dos responsáveis pela prisão:
LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
Na ocasião de prisão, são direitos do preso a comunicação de sua prisão e o local onde se encontra à sua 
família e ao juízo competente, bem como conhecer as autoridades policiais responsáveis por sua prisão e in-
terrogatório.
Relaxamento da prisão ilegal:
LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
O relaxamento da prisão consiste em que o acusado seja posto em liberdade, pela incidência de alguma 
ilegalidade no ato de sua prisão.
Garantia da liberdade provisória:
LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança;
A liberdade provisória é o instituto processual que garante ao acusado o direito de aguardar em liberdade 
o transcorrer do processo criminal até o trânsito em julgado de sua sentença penal condenatória, mediante o 
estabelecimento ou não de determinadas condições e a colaboração com as investigações.
Prisão civil:
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescu-
sável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Apostila gerada especialmente para: Éverton Rodrigues 466.111.648-80
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A Constituição Federal de 1988 extinguiu, em regra, a prisão civil por dívidas, salvo a do alimentanteina-
dimplente (pensão alimentícia). E, a Súmula Vinculante 25, STF tornou ilícita a prisão civil de depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade do depósito.
São remédios constitucionais em casos de violação de:
- Liberdade: Habeas Corpus
- Direito Líquido e certo: Mandado de Segurança
- Informações: Habeas data
- Preceito constitucional que necessite de norma regulamentadora: Mandado de Injunção
Habeas corpus:
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Mandado de Segurança:
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habe-
as corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Mandado de Injunção:
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania;
Habeas data:
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Ação Popular:
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patri-
mônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência;
A Ação Popular é o instrumento constitucional adequado, por meio do qual qualquer cidadão pode vir a 
questionar a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Assistência Judiciária:
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos;
Todos aqueles que não podem arcar com as custas judiciárias sem prejuízo de seu sustento pessoal e de 
sua família, para se ter o acesso à justiça, têm direito à assistência judiciária gratuita.
Indenização por erro judiciário:
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença;
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Gratuidade de serviços públicos:
LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania (Regulamento).
A Constituição Federal traz como direito fundamental a gratuidade de serviços públicos – registro civil, a ob-
tenção de certidão de óbito, as ações de Habeas corpus e Habeas data aos economicamente hipossuficientes.
Princípio da Celeridade Processual:
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e 
os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
É fundamental a garantia da razoável duração do processo, de forma a evitar que direitos se percam no 
transcorrer processual pela demora do Judiciário.
Aplicabilidade das normas de direitos e garantias fundamentais:
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Assim, todas as normas relativas aos direitos e garantias fundamentais são autoaplicáveis.
Rol é exemplificativo:
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
O rol dos direitos elencados no art. 5º da CF/88 não é taxativo, mas sim exemplificativo. Os direitos e ga-
rantias ali expressos não excluem outros de caráter constitucional, decorrentes de princípios constitucionais, 
do regime democrático, ou de tratados internacionais. Assim, os direitos fundamentais podem ser esparsos, 
consubstanciados em toda legislação nacional, inclusive infraconstitucional.
Tratados e Convenções Internacionais de Direitos Humanos
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equiva-
lentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na 
forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018).
Com a Emenda Constitucional n° 45 de 2004, as normas de tratados internacionais sobre direitos humanos 
passaram a ser reconhecidas como normas de hierarquia constitucional, porém, somente se aprovadas pelas 
duas casas do Congresso por 3/5 de seus membros em dois turnos de votação.
Submissão à Jurisdição do Tribunal Penal Internacional:
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado ade-
são. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
O Brasil se submeteu expressamente à jurisdição do Tribunal Penal Internacional, também conhecido por 
Corte ou Tribunal de Haia, instituído pelo Estatuto de Roma e ratificado em 20 de junho de 2002 pelo Brasil. 
A Emenda Constitucional n° 45/2004, deu a esta adesão força constitucional. O objetivo do TPI é identificar e 
punir autores de crimes contra a humanidade.
— Direitos sociais
Os chamados Direitos Sociais são aqueles que visam garantir qualidade de vida, a melhoria de suas condi-
ções e o desenvolvimento da personalidade. São meios de se atender ao princípio basilar da dignidade humana 
e estão previstos no art. 6º, CF.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015).
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Do direito ao trabalho
Os direitos relativos aos trabalhadores podem ser de duas ordens:
- Direitos individuais, previstos no art. 7º, CF;
- Direitos coletivos dos trabalhadores, previstos nos arts. 9º a 11, CF.
Os direitos individuais dos trabalhadores são aqueles destinados a proteger a relação de trabalho contra 
uma profunda desigualdade, de modo a compatibilizar a função laboral com a dignidade e o bem-estar do tra-
balhador que é a parte hipossuficiente da relação trabalhista.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social:
Proteção contra despedida arbitrária ou sem justa causa:
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei comple-
mentar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Os contratos de trabalho são, em regra, por prazo indeterminado e a legislação protege a continuidade das 
relações laborais contra dispensa imotivada.
Seguro-Desemprego:
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
O seguro desemprego é o direito de todo trabalhador à assistência financeira temporária,que tenha prestado 
serviços laborais a empregador e sido dispensado sem justa causa, por mais de seis meses. Nos termos do art. 
4º da Lei do seguro desemprego, o benefício será concedido ao trabalhador desempregado, por período máxi-
mo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados 
da data de dispensa que deu origem à última habilitação, nos seguintes critérios:
SEGURO DESEMPREGO
1ª Solicitação:
Parcelas Tempo de trabalho
4 (quatro) 12 a 23 meses
5 (cinco) 24 meses ou mais
2ª Solicitação:
Parcelas Tempo de trabalho
3 (três) 9 a 11 meses
4 (quatro) 12 a 23 meses
5 (cinco) 24 meses ou mais
3ª Solicitação:
Parcelas Tempo de trabalho
3 (três) 6 a 11 meses
4 (quatro) 12 a 23 meses
5 (cinco) 24 meses ou mais
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS):
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
Pode-se dizer que o FGTS é uma espécie de conta poupança compulsória do trabalhador, gerida pela Caixa 
Econômica Federal e regida pela Lei 8.036/1990. Mensalmente, o os empregador deve depositar nas contas 
vinculadas de seus funcionários o valor correspondente a 8% (oito por cento) do salário de cada trabalhador.
Salário mínimo:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
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previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-
ção para qualquer fim;
O salário mínimo é o estabelecido para jornada padrão de 44 horas semanais, podendo ser proporcional, em 
caso de jornada inferior.
Piso salarial:
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
O piso salarial corresponde ao menor salário que determinada categoria profissional pode receber pela sua 
jornada de trabalho, considerando a extensão e complexidade do trabalho desenvolvido e devendo ser sempre 
superior ao salário-mínimo nacional.
Irredutibilidadade do salário:
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
A irredutibilidade salarial garante que o empregado não venha a ter o seu salário reduzido arbitrariamente 
pelo empregador, durante todo o período do contrato de trabalho. É uma garantia à estabilidade econômica do 
trabalhador.
Proteção aos que percebem remuneração variável:
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
Os empregados que recebem salários com valores variáveis, como comissões sobre vendas etc, nunca 
devem receber salário inferior ao mínimo. Como o salário mínimo mensal estipulado em lei corresponde a uma 
jornada laboral mensal de 220 horas, a garantia mínima aqui estipulada terá como parâmetro o salário mínimo-
-hora.
Décimo Terceiro Salário ou Gratificação Natalina:
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
O 13º salário é a garantia do recebimento de um salário integral (ou proporcional ao período trabalhado, se 
for o caso) por ocasião das comemorações de final de ano a todos os trabalhadores, aposentados e pensionis-
tas do INSS.
Remuneração superior por trabalho noturno:
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Uma vez que a a redução do sono regular pode comprometer a saúde, o trabalho noturno tem remuneração 
superior em 20% a mais sobre a hora diurna trabalhada para os trabalhadores urbanos e 25%, para os traba-
lhadores rurais.
Considera-se trabalho noturno:
– entre às 22h de um dia até às 5h do dia seguinte para trabalhadores urbanos;
– entre às 21h de um dia e às 5h do dia seguinte, para os trabalhadores rurais da agricultura; e
– entre às 20h de um dia e às 4h do dia seguinte, para os trabalhadores rurais pecuária.
Proteção do salário contra retenção dolosa:
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
É vedada a retenção salarial dolosa, sendo permitidos apenas os descontos salariais autorizados em Lei.
Participação nos lucros:
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participa-
ção na gestão da empresa, conforme definido em lei;
A Participação nos Lucros e Resultados da empresa corresponde a uma recompensa pelo reconhecimento 
do bom desempenho e produtividade, pago a todos os funcionários de determinada empresa sobre o lucro ex-
cedente de determinado período de suas atividades.
Salário-família:
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XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
O salário-família é um benefício da previdência social correspondente ao valor pago ao empregado de baixa 
renda, que receba salário no valor de até R$ 1.655,98, inclusive ao doméstico e ao trabalhador avulso, e possua 
filhos menores de 14 anos de idade ou portadores de deficiência, sem limite de idade.
Jornada de Trabalho:
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943).
A Constituição Federal garante ao trabalhador jornada de trabalho não superior a oito horas diárias ou qua-
renta e quatro horas semanais, facultada a compensação e a redução.
Jornada especial para turnos ininterruptos de revezamento:
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo nego-
ciação coletiva;
O trabalho em turno ininterrupto de revezamento é aquele prestado por trabalhadores que se revezam nos 
postos de trabalho nos horários diurno e noturno. É bastante comum em empresas que funcionam em tempo 
integral, sem pausas. A jornada do trabalhador de turnos ininterruptos deve ser de seis horas diárias.
Repouso (ou descanso) semanal remunerado (DSR):
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
O Descanso ou Repouso Semanal Remunerado corresponde a um dia de folga semanal remunerado ao 
trabalhador a ser concedido preferencialmente aos domingos.
Pagamentos de horas extras:
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide 
Del 5.452, art. 59 § 1º).
O pagamento de horas extras caracteriza-se pela remuneração superior em, no mínimo, 50% das horas 
trabalhadas, além da jornada diária, lembrando que a legislação trabalhista permite o excedente em apenas 2 
horas extraordinárias diárias, totalizando 10 horas diárias trabalhadas, salvo condições excepcionais. É licita 
também a compensação de jornada (banco de horas), quando ao invés de receber o acréscimo salarial que 
lhe é devido, o trabalhador passa a ter direito a usufruir a compensação das horas excedentes em períodos de 
folga para descanso e lazer, mediante o cumprimento de alguns requisitos legais pela empregadora. 
Férias remuneradas:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Após um ano de trabalho efetivo (período aquisitivo), todo trabalhador passa a ter direito a um período de 
até 30 dias para descanso e lazer, com percebimento de salário integral, acrescido de 1/3 constitucional. As 
férias são concedidas a critério do empregador, que após o término do período aquisitivo, tem até um ano para 
concedê-las (período concessivo).
Licença à gestante:
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Também chamada de Licença maternidade, corresponde ao período em que a mulher está prestes a ter um 
filho, acabou de ganhar um bebê ou adotou uma criança. Nesses contextos, a mulher tem direito a permanecer 
afastada do seu trabalho e receber o saláriomaternidade, benefício previdenciário pago à pessoa nessas con-
dições. Em regra, a licença maternidade é de 120 dias, podendo ser ampliado para 180 dias, nos casos em que 
a empregadora for aderente ao Programa Empresa Cidadã.
Licença-paternidade:
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
A Licença-paternidade é período de 5 dias, que se inicia no primeiro dia útil após o nascimento da criança em 
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que o pai tem direito a afastar-se de suas atividades laborais, sem prejuízo de seu salário. Nos casos em que 
a empresa esteja cadastrada no programa Empresa Cidadã, o prazo poderá ser estendido por mais 15 dias, 
totalizando 20 dias.
Proteção da mulher no mercado de trabalho:
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
A proteção ao trabalho da mulher é questão de ordem pública, com vias a garantir a isonomia de condições 
laborais. Assim, são vedadas diferenciações arbitrárias, salvo quando a natureza da atividade, pública ou no-
toriamente o exigir. São vedadas as diferenciações em razão do gênero para fins de remuneração, formação 
profissional e possibilidades de ascensão. A proteção à gravidez, proibição de revistas íntimas ou práticas que 
venham a ferir a dignidade feminina são alguns dos exemplos de medidas de proteção do mercado de trabalho 
da mulher.
Aviso Prévio:
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Nas relações de emprego, o aviso prévio consiste na comunicação da rescisão do contrato de trabalho por 
uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedência mínima de 30 dias. O 
aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado, quando concedido por qualquer uma das partes.
Redução dos riscos do trabalho:
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
É dever da empregadora a redução dos riscos inerentes às atividades desempenhadas por seus colaborado-
res, através do cumprimento de todas as normas regulamentadoras de saúde, higiene e segurança, bem como 
do fornecimento de equipamentos de proteção individual e da exigência da execução de todas as normas da 
empresa por seus funcionários, sob pena de justa causa.
Adicional por atividades penosas, insalubres ou perigosas:
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
O trabalho penoso é aquele considerado extremamente desgastante para a pessoa humana, em que o tra-
balhador depreende um esforço além do normal para o desempenho de suas atividades. Não há regulamenta-
ção de um adicional.
O trabalho insalubre é aquele em que o empregado, no exercício de suas atividades, expõe-se a qualquer 
agente físico, químico ou biológico, nocivo à saúde, e que com o passar do tempo podem ocasionar uma doen-
ça ocupacional. O adicional de insalubridade pode variar entre:
- 10% (dez por cento) em grau mínimo;
- 20% (vinte por cento) em grau médio;
- 40% (quarenta por cento) em grau máximo de exposição, calculado sob o salário mínimo, nos termos da lei. 
São exemplos de atividades insalubres as exercidas por profissionais da saúde, radiologistas, mineradores, 
entre outros.
E, por fim, o trabalho perigoso é aquele que envolve constante risco à integridade física do trabalhador. 
Como exemplos, temos as atividades profissionais com inflamáveis, explosivos, energia elétrica, segurança 
pessoal ou patrimonial, com o uso de motocicleta, entre outros. O adicional de periculosidade é correspondente 
a 30% (trinta por cento) sobre o salário-base.
A insalubridade é diferente da periculosidade e os adicionais não são cumulativos!
Aposentadoria:
XXIV – aposentadoria;
A aposentadoria é o benefício concedido pela Previdência Social ao trabalhador segurado da previdência 
que preencher os requisitos legais para sua concessão, consistente na prestação pecuniária recebida men-
salmente pelo aposentado, calculada conforme suas contribuições à previdência ao longo de toda a sua vida 
laboral.
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Assistência aos filhos pequenos:
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
A Constituição Federal, com vistas a proteção do trabalho dos genitores de filhos e dependentes pequenos, 
garante assistência gratuita a seus filhos e dependentes, entretanto, tal dispositivo, ainda depende de regula-
mentação para o seu pleno exercício.
Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho:
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Por este inciso, a Constituição Federal reconheceu as convenções e acordos coletivos como instrumentos 
com força de lei entre as partes, desde que conformes com o texto constitucional.
Proteção em face da automação:
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
A proteção em face da automação consiste em proteger a classe trabalhadora do desemprego pela auto-
mação abusiva, bem como em garantir de forma efetiva a saúde e a segurança no meio ambiente de trabalho 
automatizado.
Seguro contra acidentes de trabalho:
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
O seguro contra acidentes de trabalho é uma garantia ao empregado, às expensas do empregador, que 
assume os riscos da atividade laboral, mediante pagamento de um adicional sobre folha de salários de seus 
empregados, com administração atribuída à Previdência Social. Tal seguro tem função de seguridade por ser 
destinado a beneficiários atingidos por doença ou acidente, que estejam associados ao sistema previdenciário. 
O Seguro contra acidentes de trabalho está regulamentado pela Lei 8.212/91.
Ação trabalhista nos prazos prescricionais:
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000).
A todo trabalhador é garantido o direito de propor Reclamatória (ou Reclamação) Trabalhista, dentro dos 
prazos processuais legais. O prazo prescricional de uma reclamação trabalhista é de 02 anos, a partir da res-
cisão do contrato de trabalho! Esse é o prazo para que o trabalhador possa ingressar com a Ação Trabalhista. 
O prazo prescricional de 05 anos, previsto no mesmo inciso da Constituição, refere-se ao período cujos direitos 
podem ser questionados, ou seja, o funcionário pode reclamar apenas dos direitos correspondentes aos últimos 
05 (cinco) anos trabalhados.
Não discriminação:
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador por-
tador de deficiência;
Proibição de distinção do trabalho:
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respec-
tivos;
Trabalho do menor:
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho 
a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
- De 14 a 16 anos: Só pode trabalhar na condição de aprendiz.
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- De 16 a 18 anos: É vedado o exercício de trabalho noturno, perigoso ou insalubre.
- A partir de 18 anos: Trabalho normal.
Igualdade ao trabalhador avulso:
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanentee o trabalhador 
avulso.
O trabalhador avulso é aquele que presta serviços a uma empresa de maneira eventual e que, apesar de não 
possuir vínculo empregatício, possui os mesmos direitos que os trabalhadores com vínculo e a sua prestação 
de serviços deve obrigatoriamente ser intermediada por um sindicato de sua categoria.
Empregados domésticos: 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos inci-
sos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, princi-
pais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, 
XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 72, de 2013).
Os Direitos Coletivos dos Trabalhadores “são aqueles exercidos pelos trabalhadores, coletivamente ou no 
interesse de uma coletividade” (LENZA, 2019, p. 2038) e compreendem:
Liberdade de Associação Profissional Sindical: prerrogativa dos trabalhadores para defesa de seus interes-
ses profissionais e econômicos.
Direito de Greve: direito de abstenção coletiva e simultânea do trabalho, de modo organizado para defesa 
de interesses dos trabalhadores. Importante mencionar que serviços considerados essenciais e inadiáveis à 
sociedade não podem ser paralisados totalmente para o exercício do direito de greve. Ademais, o STF (2017) 
entende que servidores que atuam diretamente na área de segurança pública não podem entrar em greve em 
nenhuma hipótese.
Direito de Participação Laboral: assegura a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados 
dos órgãos públicos em que interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão.
Direito de Representação na Empresa: Nos termos do art. 11, CF: nas empresas de mais de duzentos em-
pregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os empregadores.
— Direitos de nacionalidade
A nacionalidade é a condição de sujeito natural do Estado, que pode participar dos atos pertinentes à nação. 
A atribuição da nacionalidade se dá por dois critérios:
Jus solis: será brasileiro todo aquele nascido em território nacional;
Jus sanguinis: será brasileiro todo filho de nacional, mesmo nascido no exterior.
O Brasil adota, em regra, o critério do jus solis, mitigado por critérios do jus sanguinis. O art. 12 da Constitui-
ção Federal elenca os direitos da nacionalidade, dividindo os brasileiros em dois grandes grupos: os brasileiros 
natos e os naturalizados.
Art. 12 São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não 
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço 
da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em reparti-
ção brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, 
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
54, de 2007).
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II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quin-
ze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira (Redação dada 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994).
Cargos privativos do brasileiro nato: (art. 12, § 3º, CF)
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999).
Naturalização 
A naturalização é um meio derivado, de aquisição secundária da nacionalidade brasileira, permitida ao es-
trangeiro ou apátrida que preencher determinados requisitos.
Também chamado de heimatlos, o apátrida é aquele que não possui nenhuma nacionalidade, já o polipátrida 
é aquele que tem mais de uma nacionalidade.
A Lei nº 13.445/2017, que institui a Lei de Migração trata de diversas questões acerca da nacionalidade e 
do processo de naturalização, sendo vedada a diferenciação arbitrária entre brasileiros natos e naturalizados.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição.
Portugueses:
Aos portugueses com residência permanente no país serão atribuídos os mesmos direitos dos brasileiros, 
desde que haja reciprocidade.
Art. 12
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição (Redação dada 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994).
Perda da Nacionalidade:
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse na-
cional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 
3, de 1994).
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 3, de 1994).
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, 
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994).
Extradição, repatriação, deportação e expulsão
A extradição, repatriação, deportação e expulsão são medidas do Estado soberano para enviar uma pessoa 
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que se encontra refugiada em seu território a outro Estado estrangeiro. 
Segundo o Ministério da Justiça (2021), a extradição é um ato de cooperação internacional que consiste na 
entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama. Não haverá 
extradição de brasileiro nato. Também não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de 
opinião. 
Repatriação é medida administrativa consistente no processo de devolução voluntária de uma pessoa ao 
seu local de origem ou de cidadania, por estar impedida de permanecer em território brasileiro após determi-
nado período.
A deportação será aplicada nas hipóteses de entrada ou estada irregular de estrangeiros no território nacio-
nal e a repatriação ocorre quando o clandestino é impedido de ingressar em território nacional pela fiscalização 
fronteiriça e aeroportuária brasileira. 
A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território 
nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado, configurado pela prática de 
crimes em território brasileiro.
O banimento, que é a entrega de um brasileiro para julgamento no exterior, prática comum na época da di-
tadura militar, é vedado pela Constituição.
— Direitos políticos
Os Direitos Políticos visam assegurar a participação do cidadão na vida política e estrutural de seu Estado, 
garantindo-lhe o acesso à condução da coisa pública. Abrangem o poder que qualquer cidadão tem na con-
dução dos destinos de sua coletividade,de uma forma direta ou indireta, ou seja, sendo eleito ou elegendo 
representantes junto aos poderes públicos.
Cidadania e nacionalidade são conceitos distintos, logo nacional é diferente de cidadão. A condição de na-
cional é um pressuposto para a de cidadão. A cidadania em sentido estrito é o status de nacional acrescido dos 
direitos políticos, isto é, o poder participar do processo governamental, sobretudo pelo voto. 
Nos termos do art. 14 da Constituição Federal a soberania popular é exercida pelo sufrágio (voto) universal, 
direto e secreto, com valor igual para todos. Ademais, estabelece também os instrumentos de participação se-
midireta pelo povo.
Plebiscito: manifestação popular do eleitorado que decide acerca de uma determinada questão. Assim, em 
termos práticos, é feita uma pergunta à qual responde o eleitor. É uma consulta prévia à elaboração da lei.
Referendo: manifestação popular, em que o eleitor aprova ou rejeita uma atitude governamental, normal-
mente uma lei ou projeto de lei já existente.
Iniciativa Popular: é o direito de uma parcela da população (1% do eleitorado) apresentar ao Poder Legisla-
tivo um projeto de lei que deverá ser examinado e votado. Os eleitores também podem usar deste instrumento 
em nível estadual e municipal.
Alistamento eleitoral (direitos políticos ativos):
Consiste na capacidade de votar, participar de plebiscito e referendo, subscrever projeto de lei de iniciati-
va popular e de propor ação popular e se dá através do alistamento eleitoral, obrigatório para os maiores de 
dezoito anos e facultativo para os maiores de dezesseis e menores de dezoito, para os analfabetos e para os 
maiores de setenta anos. 
São inalistáveis os estrangeiros e os conscritos durante serviço militar obrigatório, ou seja, aqueles que se 
alistaram no exército e foram convocados a prestar serviço militar.
Elegibilidade eleitoral (direitos políticos passivos):
Os direitos políticos passivos consistem na possibilidade de ser votado, ou seja, na elegibilidade que é a ca-
pacidade eleitoral passiva consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados mandatos políticos, 
mediante eleição popular, desde que preenchidos os devidos requisitos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
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II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; Regulamento.
VI - a idade mínima de:
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) 30 para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) 18 anos para Vereador.
Inelegibilidades:
A Constituição não menciona exaustivamente todas hipóteses de inelegibilidade, apenas fixa algumas. Em 
regra:
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Há também a inelegibilidade derivada do casamento ou do parentesco com o Presidente da República, com 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e com os Prefeitos, ou com quem os haja substituído dentro 
dos seis meses anteriores ao pleito.
§7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até 
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titu-
lar de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Quanto à reeleição e desincompatibilização, a Emenda Constitucional nº 16 trouxe a possibilidade de re-
eleição para o chefe dos Poderes Executivos federal, estadual, distrital e municipal. Ao contrário do sistema 
americano de reeleição, que permite apenas a recondução por um período somente, no Brasil, após o período 
de um mandato, o governante pode voltar a se candidatar para o posto.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subse-
quente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997). 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Por sua vez, o militar é elegível, se cumpridos alguns requisitos:
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará au-
tomaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
O Mandato Eletivo pode ser impugnado:
§ 10 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude;
§ 11 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da 
lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Suspensão e Perda dos Direitos Políticos 
A perda e a suspensão dos direitos políticos podem-se dar, respectivamente, de forma definitiva ou tem-
porária. Ocorrerá a perda quando houver cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado, 
no caso de recusa em cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (é o caso do serviço militar 
obrigatório). Por sua vez, a suspensão dos direitos políticos se dá enquanto persistirem os motivos desta, ou 
seja, enquanto não retoma a capacidade civil, o indivíduo terá seus direitos políticos suspensos; readquirindo-a, 
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alcançará, novamente o status de cidadão. Também são passíveis de suspensão os condenados criminalmente 
(com sentença transitado em julgado). Cumprida a pena, readquirem os direitos políticos; no caso de improbi-
dade administrativa, a suspensão será, da mesma forma, temporária.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
— Partidos Políticos
Partidos políticos são associações de pessoas de ideologia e interesses comuns, com a finalidade de exer-
cer o poder a partir da vontade popular, determinando o governo e a orientação política nacional. Juridicamente, 
são verdadeiras instituições, pessoas jurídicas de direito privado, constituídas na forma da lei civil, perante o 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas e que gozam de imunidade e autonomia para gerir sua organização interna.
No Brasil, o pluralismo político é um dos fundamentos da República, e diferente de outras nações aqui não 
foi instituído o dualismo. (direita e esquerda ou democratas e republicanos). Os partidos políticos têm liberdade 
de organização partidária, sendo livres a criação, fusão, incorporação e a sua extinção, observados o caráter 
nacional, a proibição de subordinação e recebimento de recursos financeiros de entidades ou governo estran-
geiros, a vedação da utilização de organização paramilitar, além do dever de prestar contas à Justiça Eleitoral 
e do funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
De acordo com a Lei das Eleições, coligações partidárias são permitidas. 
Os partidos políticos, uma vez devidamente constituídos e registrados no TSE, têm direito a recursos do 
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão para fins de propagandaeleitoral.
Da organização do Estado
— Estado federal brasileiro, União, Estados, Distrito Federal, municípios e territórios
Estado Federal Brasileiro
São elementos do Estado a soberania, a finalidade, o povo e o território. Assim, Dalmo de Abreu Dallari 
(apud Lenza, 2019, p. 719) define Estado como “a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de 
um povo situado em determinado território”.
Soberania é o poder político supremo e independente que o Estado detém consistente na capacidade para 
editar e reger suas próprias normas e seu ordenamento jurídico.
A finalidade consiste no objetivo maior do Estado que é o bem comum, conjunto de condições para o desen-
volvimento integral da pessoa humana.
Povo é o conjunto de indivíduos, em regra, com um objetivo comum, ligados a um determinado território pelo 
vínculo da nacionalidade.
Território é o espaço físico dentro do qual o Estado exerce seu poder e sua soberania. Onde o povo se esta-
belece e se organiza com ânimo de permanência.
A Constituição de 1988 adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a 
forma federativa de Estado. Note tratar-se de três definições distintas. 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:
• Forma de Estado: Federação
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• Forma de Governo: República
• Regime de Governo: Democrático
• Sistema de Governo: Presidencialismo
O federalismo é a forma de Estado marcado essencialmente pela união indissolúvel dos entes federativos, 
ou seja, pela impossibilidade de secessão, separação. São entes da federação brasileira: a União; os Estados-
-Membros; o Distrito Federal e os Municípios. Brasília é a capital federal e o Estado brasileiro é considerado 
laico, mantendo uma posição de neutralidade em matéria religiosa, admitindo o culto de todas as religiões, sem 
qualquer intervenção.
Fundamentos da República Federativa do Brasil
O art. 1.º enumera, como fundamentos da República Federativa do Brasil:
- soberania;
- cidadania;
- dignidade da pessoa humana;
- valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
- pluralismo político.
Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil
Os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil não se confundem com os fundamentos e es-
tão previstos no art. 3.º da CF/88:
- construir uma sociedade livre, justa e solidária;
- garantir o desenvolvimento nacional;
- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais
O art. 4.º, CF/88 dispõe que a República Federativa do Brasil é regida nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios:
- independência nacional;
- prevalência dos direitos humanos;
- autodeterminação dos povos;
- não intervenção;
- igualdade entre os Estados;
- defesa da paz;
- solução pacífica dos conflitos;
- repúdio ao terrorismo e ao racismo;
- cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
- concessão de asilo político.
Competências
Competência é o poder, normalmente legal, de uma autoridade pública para a prática de atos administrativos 
e tomada de decisões. As competências dos entes federativos podem ser:
Materiais ou administrativas, que se dividem em: exclusivas e comuns;
Legislativas, que compreendem as privativas e as concorrentes, complementares e suplementares;
 Exclusiva, que é aquela conferida exclusivamente a um dos entes federativos (União, Estados, Distrito Fe-
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deral e Municípios), com exclusão dos demais.
 Privativa, que é aquela enumerada como própria de um ente, com possibilidade, entretanto, de delegação 
para outro. 
Concorrente, que é a competência legislativa conferida em comum a mais de um ente federativo. 
Na complementar, o ente federativo tem competência naquilo que a norma federal (superior) lhe dê condição 
de atuar e na suplementar, por sua vez, o ente federativo supre a competência federal não exercida, porém, 
se esta o exercer, o ato aditado com base na competência suplementar perde a eficácia, naquilo que lhe for 
contrário. 
Sempre que falarmos em competência comum ou exclusiva, devemos excluir a ideia de “legislar”. Sempre 
que falarmos em legislar, estaremos tratando necessariamente de uma competência privativa ou concorrente.
Entes Federativos
União
A União é o ente federativo com dupla personalidade. Internamente, é uma pessoa jurídica de direito público 
interno, com autonomia financeira, administrativa e política e capacidade de auto-organização, autogoverno, 
autolegislação e autoadministração. Internacionalmente, a União é soberana e representa a República Federa-
tiva do Brasil a quem cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro. Os bens da União são 
todos aqueles elencados, no art. 20, CF.
São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das 
vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um 
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem 
como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceâni-
cas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas 
ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 46, de 2005).
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Como ente federativo, a União possui competências administrativas que lhe são exclusivas (art. 21, CF), 
competências legislativas privativas (art. 22, CF), competências administrativas comuns com Estados, Distrito 
Federal e Municípios (art. 23, CF) e competências legislativas concorrentes com Estados, Distrito Federal e 
Municípios (art. 24, CF).
Competências 
Administrativas
Comuns e 
Exclusivas
Arts. 21 e 
23, CF
Competências 
Legislativas
Privativas e 
Concorrentes
Arts. 22 e 
24, CF
Competência administrativa exclusiva da União: art. 21, CF
Art. 21. Compete à União:
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I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território na-
cional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especial-
mente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento eco-
nômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomuni-
cações, nos termos da lei, que disporá sobre

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