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Tratamento de Feridas

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Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Tratamento de Feridas 
 
→ Feridas ocorrem em todas as espécies, porém em equídeos é notável uma 
maior incidência, devido ao seu comportamento agitado, sua presença em esporte s e 
por serem animais de tração. 
→ Fer idas localizadas nas extremidades dista is, são mais complicadas, devido à 
falta de tecido de revestimento, má circulação, movimento articular, maio r 
predisposição para contaminação e consequentemente infecção. 
 
Primeiros Socorros 
 O cuidado adequado das feridas deve ser um equil íbrio entre a melhora do 
ambiente da ferida, fazendo os devidos procedimentos de limpeza, sem que as células 
que fazem parte do processo de cicatrização sejam prejudicadas. 
 
Avaliação da Ferida 
 É necessário uma avaliação cautelosa da ferida, sem isso o tratamento pode ser 
prejudicado pela indicação e realização da terapia inadequada. 
 
 → Estruturas anatômicas envolvidas : Feridas que atingem articulações, 
l igamentos, tendões e outras estruturas de muita movimentação, são mais difíceis de se 
tratar, pois a cicatrização é mais complicada. 
 - Nunca se deve fazer uma sutura em locais de grande 
movimentação, estes requerem uma cicatrização por segunda intenção. 
 
 
 
Articulação metatarsofalangeana 
de equino, com tendões flexores 
comprometidos, pode ser indicação 
de eutanásia. 
Articulação escapuloumeral de equino, 
tentativa de suturar uma área de 
grande movimentação e cicatrização 
por segunda intenção. 
Higroma (exsudato inflamatório) no túber do 
olécrano de equino. Deve-se drenar o líquido 
através de uma pequena incisão ventral. O 
higroma acontece em locais (estruturas ósseas) 
que tem muito contato com o solo. 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
→ Presença de infecção e tecido necrosado: 
A infecção de uma ferida é o fator que mais prejudica a 
cicatrização, por isso é sempre necessário manter a ferida 
limpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 → Tempo decorrido da lesão até o atendimento: De acordo com a 
literatura, a ferida só poderá ser suturada em menos de 6 horas de ocorrência, após 
isso ela é considerada infectada, entretanto, toda ferida deve ser avaliada pelo 
médico veterinário para ser definida um tratamento adequado, caso exista circulação 
pode-se fazer a sutura. Tal literatura é seguida mais para lesões em tendão. 
 - Existe a possibilidade de reavivar as bordas necrosadas da ferida, 
uti l izando uma gaze, depois que começar o sangramento pode-se suturar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deve-se retirar o tecido 
necrosado (branco) com um 
bisturi. Durante a cicatrização é 
necessário um cuidado extra, 
para que não ocorra a formação 
de tecido de granulação 
exuberante (vermelho). 
Ferida em face, fio feito o reavivamento das bordas necrosadas para que fosse feita uma sutura. 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Classificação das Feridas 
 São avaliadas de acordo com o grau de contaminação. 
 → Feridas Limpas: São observadas somente em ambiente cirúrgico, em 
operações que não envolvam o trato respiratório, digestório e urogenital. 
 → Feridas Limpas Contaminadas: Observadas em ambiente cirúrgico, em 
operações que envolvam o lúmen do trato respiratório, digestório e urogenital. 
 → Feridas Contaminadas: Possuem natureza traumática, tem 
contaminação e tecido necrótico envolvidos. 
 → Feridas Sujas ou Infectadas: Envolvem um grande número de bactérias, 
inflamação, edema e supuração. 
 
Classificação das Feridas 
 → Incisão: Corte feito com um bisturi que permite que uma área seja acessada 
para operação 
 → Hematoma: Acúmulo de sangue ou lesão de microvasos. 
 → Abrasões: Escoriações, raspados, esfolados... 
 → Contusão: Trauma interno que se manifesta externamente somente com uma 
área de alopecia, após o tecido pode começar a necrosar, internamente ocorre lesão 
no subcutâneo com edema, exsudação e ruptura de pele. 
 → Lacerações: São as mais comuns, geralmente produzidas por objetos 
angulares, como cercas de arame farpado e mordidas. Possui bordas irregulares, com 
danos nos tecidos subjacentes. 
 → Perfuração: Produzida por objetos cortantes, geralmente são feridas mais 
difíceis de serem tratadas, pois podem acarretar problemas futuros, como o tétano, a 
medida preventiva é a vacinação correta dos animais, nesses traumas é necessário 
cuidado para que não haja uma zona anaeróbica na ferida, o tratamento é feito com 
penicilina, associada ou não, ao ceftiofur. 
 
 
Exemplo de ferida limpa Exemplo de ferida limpa contaminada Exemplo de ferida contaminada Exemplo de ferida suja 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Cicatrização 
 Vários fatores podem afetar adversamente a cicatrização das feridas, como a 
má nutrição, hipovolemia, hipotensão, hipóxia, hipotermia, infeção, trauma e o uso de 
medicamentos de ação anti-inflamatória. 
É um processo complexo, dividido em fases, são elas: Coagulação, inflamação, 
proliferação, contração e remodelamento. 
 → Coagulação: É o processo imediato após o surgimento da ferida, nessa 
fase ocorre uma cascata de coagulação, onde substancias vasoativas, proteínas 
adesivas, fatores de crescimento e proteases são liberadas, para ditar e desencadear 
as outras fases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 → Inflamação: Os sinais físicos são rubor, calor, edema dor e perda de 
função. Em nível celular temos a presença de vasodilatação, aumento da 
permeabilidade celular e migração de leucócitos para a área afetada (neutrófilos, 
macrófagos e l infócitos. A inflamação é necessária para que ocorra a cicatrização da 
ferida, porém caso se torne crônica irá impedir que o processo corra adequadamente, 
atrapalhando a cicatrização. 
 
→ Proliferação: Se trata da proliferação de novas células e é dividida em 
três fases: Reepitelização, fibroplasia (ocorre a partir do 3°-4° dia pós lesão, é o 
processo de formação do tecido de granulação pelos fibroblastos) e 
neovascularização (nova rede vascular). 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
→ Contração: Esse processo ocorre de fora para dentro com a migração 
das células epiteliais, para que haja o fechamento da ferida, tais células irão se 
multiplicar e migrar até que encontrem a margem da borda contraria, finalizando a 
migração, em seguida são formadas múltiplas camadas. 
 
 → Remodelamento: É a etapa final da contração da ferida, onde os 
bordos já se encontraram, corresponde ao processo de maturação do colágeno, que 
geralmente é mais espesso, resistente e organizado. 
 
Estágios de Cicatrização da Ferida e Tecido de Granulação Exuberante 
 A duração e intensidade do estágio inflamatório são 
geralmente determinadas pela extensão da lesão, quanto maior o 
trauma, maior o processo inflamatório. Quando se tem a presença 
de tecido necrótico, algum material estranho, infecção ou quando 
se trata de uma ferida suja, o tempo de tratamento é muito maior. 
 No estágio de proliferação ocorre o desenvolvimento do 
tecido de granulação (consiste primeiramente em vasos sanguíneos 
neoformados, fibroblastos e produtos de fibroblastos), tal tecido é 
necessário para fechar completamente a ferida, porém tem-se que 
ter um cuidado extremo quando se trata de equinos, principalmente 
em feridas em membros, pois pode formar o tecido de granulação 
exuberante. 
 O tecido de granulação diminui sua proliferação conforme a ferida é 
preenchida, quando se inicia a contração, a proliferação pode -se manter por período 
indeterminado, resultando no tecido de granulação 
exuberante, alguns fatores podem contribuir para sua 
formação, são eles: 
 - Localização: Feridas localizadas em membro pélvico 
e articulações cicatrizamlentamente, devido a 
movimentação constante. 
 - Persistência : Da inflamação e/ou infecção. 
 - Tratamento: Açúcar ou mel estimulam a formação do 
tecido de granulação, não é indicado o uso em membros 
de equinos, se for uti l izado é necessário saber o momento 
de interromper o uso, antes que o tecido de granulação salte para cima das bordas da 
ferida. Quando se tem muito tecido de granulação exuberante deve-se sedar o animal 
e retirar o excesso com um bisturi, o tratamento com corticoides ajuda a diminuir. 
 
Ferida de grande extensão 
com infecção e tecido 
necrótico, causada por 
transporte inadequado de 
equino e vacas nelore. 
Tecido de granulação exuberante em 
membro pélvico de equino. 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
O tecido de granulação exuberante tem características irregulares, com sulcos 
que vão para cima da borda da ferida e é marcado por uma inflamação crônica. Não 
se sabe ao certo os motivos que causam tal problema, mas tem-se teorias. 
A teoria mais aceita diz que: 
 
↓ O2 → ↑ Colágeno → X Apoptose de fibroblastos → ↑ Fibroblastos → ↑ Contração da ferida 
 
 
→ Diferenciais do Tecido de Granulação Exuberante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pitiose, ocorre em áreas de 
alagamento. Na foto tem-se 
o tecido de granulação 
exuberante associado ao 
pseudofungo da pitiose 
Abronemose, ocorre mais na 
parte ventral dos olhos. Na 
foto tem-se abronemose 
associada a tecido de 
granulação exuberante. 
CCE, ocorre mais em cordilhos 
velhos. Na foto tem-se CCE 
associado ao tecido de 
granulação exuberante em pênis, 
na região de genital o tratamento 
é mais difícil, pois se tem recidivas. 
Sarcoide, causado pelo 
papiloma vírus bovino. Na 
foto tem-se sarcoide 
associado ao tecido de 
granulação exuberante 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Manejo Ideal da Ferida 
 → Contensão adequada do animal, física e/ou química. 
 - A contensão química é feita em poucos procedimentos, pois na maioria 
das vezes somente a física é suficiente, casos que envolvam pescoço, tórax e 
abdômen tem uma indicação de sedação com xilazina ou detomidina. 
 - Animais com suspeita de lesão em tendão não devem ser sedados, pois 
seu peso todo irá para os membros, agravando a ferida. 
 → Remoção dos pelos na região da ferida, pois os mesmos, além de serem um 
corpo estranho, são fontes de bactérias . 
 - Deve-se l impar a ferida primeiramente com água, l impar com solução 
fisiológica e gaze e fazer a tricotomia, para que as margens sejam avistadas e o 
médico veterinário consiga fazer uma avaliação correta da ferida e avaliar a 
complexidade do caso. 
 
Desbridamento/Debridamento 
 É uma maneira eficaz de reduzir a carga bacteriana dentro de uma ferida e 
minimizar a quantidade de tecido necrótico, estes, são os principais obstáculos para 
uma cicatrização eficaz das feridas. De uma forma mais resumida, é a limpeza da 
ferida. 
 → Desbridamento Cortante: Se tira o tecido necrótico com o auxíl io de 
uma tesoura e/ou bisturi. Deve-se tomar cuidado e fazer o procedimento do cautela e 
paciência, uma vez que o animal está sedado, logo, ainda possui reflexos e pode se 
mover e causar um acidente, cortando o que não se deve. 
 
 → Desbridamento Mecânico: Consiste em limpar a ferida com o auxíl io de 
gaze e solução fisiológica. 
 
→ Desbridamento Químico: Feito com o líquido de Dakin (água sanitária), 
iodo ou clorexidine, somente para tratamento inicial (1-3 vezes no máximo), pois 
interferem na multiplicação celular, impedindo que haja uma cicatrização eficaz. 
- O clorexidine tem uma ação mais fraca e por isso é muito util izado 
após cirurgias e em feridas, mas é comprovado que retarda/prejudica em certo nível a 
cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Tipos de Cicatrização 
 → Cicatrização por Primeira Intensão: Técnica em que a ferida é suturada e 
fechada usando técnica asséptica, é feita em feridas com uma perda mínima de 
tecido e com contaminação bacteriana mínima, ou seja, deve estar bem limpa, após 
o desbridamento, pois o excesso de bactérias predispõe a deiscência dos pontos, 
devido a infecção e inflamação. É indicada após excisões cirúrgicas e as técnicas de 
sutura são diversas, o fio de sutura mais indicado são os fios absorvíveis . É necessário 
reduzir o espaço morto para evitar hematomas e seromas, que podem se desenvolver 
e formar um abscesso. 
 
 → Cicatrização Primária Tardia: A ferida é inicialmente tratada de forma aberta 
(segunda intenção) para permitir o Desbridamento e reduzir a contaminação 
bacteriana. Quando os bordos da ferida se aproximam naturalmente, é feita uma 
sutura, em alguns casos somente uma parte da ferida pode ser suturada, essa é uma 
forma de reduzir o tempo de cicatr ização de uma ferida. 
 - Antes de fazer a sutura em uma ferida de cicatrização primária tardia, é 
necessário remover uma pequena fi leira da pele para que haja cicatrização. 
 
 → Cicatrização por Segunda Intensão: Neste tipo de cicatrização ocorre perda 
excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. A aproximação primária das 
bordas não é possível. As feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de 
contração e epitelização. É uti lizada quando se tem uma ferida cuja cujas bordas 
estão distantes, feridas contaminadas por agentes infecciosos, feridas com corpos 
estranhos e feridas que não podem ser suturadas (Ex: Articulações e outras áreas com 
muita movimentação). 
 - Em grandes animais para afastar parasitas é muito util izado o spray de 
prata. 
 
Tratamento de Feridas por Segunda Intenção 
 Existem diversos tratamentos com resultados satisfatórios, o importante é que o 
método selecionado permita a progressão natural do processo de cicatrização. 
 Não existe uma pomada cicatrizante, mas sim pomadas que auxiliam na 
cicatrização, mantendo um ambiente favorável para que a ferida siga cicatrizando de 
uma forma fisiológica, como por exemplo, diminuindo a proliferação bacteriana, que 
retardam a cicatrização. 
 O principal fator para o tratamento de feridas é a higienização correta, pa ra 
que haja a redução da concentração bacteriana e de tecido necrosado. 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Tratamento 
 Inicialmente é feita a tricotomia em volta da ferida, em seguida a higienização 
e desbridamento. 
 Se necessário pode-se util izar antibioticoterapia sistêmica, bandagens, gesso 
e/ou curativos não aderentes. 
 - Em feridas que precisarem do uso de curativos deve-se ter um cuidado a 
mais, desde a limpeza e correta aplicação de pomadas até a pressão da bandagem 
sobre a ferida; 
 - As bandagens não permitem a entrada de agentes externos e sujidades, 
porém se colocar apertado/pressão demais pode prejudicar a cicatrização e formar o 
tecido de granulação exuberante; 
 - A antibioticoterapia deve ser associada ao tratamento quando mesmo 
com alguns dias a ferida continua com pus, persistindo o processo infeccioso. Também 
é usada quando a ferida é profunda; 
 - Usa-se o gesso principalmente quando há fraturas ósseas associadas, 
mas também pode-se util izar em casos a parte. O uso do gesso branco não é 
recomendado, pois demora muito a endurecer, nesse caso deve -se util izar o gesso 
sintético, que seca mais rápido, porém é mais caro. 
 
Adjuvantes no Tratamento de Feridas 
 → Antissépticos: Usados no inicio do tratamento, 1-3 vezes, no máximo: 
 - Iodo povidine (entre 0,1/0,2%); 
 - Água oxigenada 3%. 
 
 → Fitoterápicos: Tem propriedades terapêuticas cicatrizantes que reduzem a 
concentração bacteriana e o processo de inflamação: 
 - Barbatimão, babosa, copaíba, calêndula, confrey, Croton lechleri. 
 
 → Enxertos biológicos: Usado em feridas que nãocicatrizam e feridas extensas: 
 - Pele: Ventre do abdômen ou crina; 
 - Placenta; 
 - Pericárdio: 
 - Pele de ti lápia: Está em teste. 
 
 
 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
→ Medicina Integrativa : 
 - Laserterapia: Estimula o crescimento de novas células epiteliais na borda 
da ferida; 
 - Ozonioterapia: Usado no manejo diário da ferida, possui ação 
bactericida, diminuindo a inflamação e ajudando na cicatrização. 
 
 → Outros: 
 - Açúcar: Estimula a formação do tecido de granulação; 
 - Corticoides: Dexametasona; 
 - Mel de abelha: Estimula a formação do tec ido de granulação; 
 
* Mel e açúcar, devem ser usados com cuidado, sabendo a hora de interromper seu 
uso, que é quando o tecido de granulação começa a subir para cima da borda da 
ferida, após isso deve-se diluir dexametasona na pomada e continuar o tratamento 
com o mesmo. 
 
 → Mistura para uso diário em feridas, principalmente em habronemose e tecido 
de granulação exuberante: 
 - 20g de triclorfon (organofosforado com ação antiparasitária, impedindo 
miíases); 
 - 500g de furanil (antibacteriano a base de clorexidina); 
 - 10ml de dexametasona (anti -inflamatório esteroidal que inibe o 
crescimento do tecido de granulação); 
 - 20ml de DMSO (anti-inflamatório não esteroidal que auxil ia na 
penetração dos outros fármacos na lesão, ou seja, é um carreador dos medicamentos 
acima para a ferida). 
 
Caso Clínico Equino 
 Inicialmente foi feita a l impeza 
e desbridamento para a análise da 
ferida, onde se constatou a ruptura 
dos tendões extensores superior e 
profundo do dedo, com indicação de 
eutanásia. O animal já apresentava 
tecido de granulação exuberante na 
ferida. 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
 Foi feita uma tentativa de corrigir 
o andar do cavalo com uma 
ferradura de extensão de talão e 
um molde de PVC com atadura, 
ambos não surgiram efeito. 
Quando era feito o curativo, 
mesmo com os devidos cuidados 
da ferida, o mesmo ficava aderido 
na lesão, atrapalhando sua 
cicatrização. 
 Depois de inúmeras 
tentativas foi util izado o curativo não 
aderente que impedia a aderência da 
gaze/atadura na pele. Com isso 
também foi uti lizado o gesso branco, 
que era trocado a cada 1 semana. Com 
a util ização do gesso foi formada uma 
nova ferida dorsalmente ao metatarso, 
que foi tratada depois da lesão 
primária. 
 Com o tempo a ferida foi 
cicatrizando como não houve uma 
sutura dos tendões, a ferida 
cicatrizou sozinha. Por esse motivo 
foi feita uma artrodese 
(imobilização de uma articulação), 
para melhorar a condição de vida 
do animal. 
 - Artrodese química: 
Com o animal sedado, é aplicado 
álcool 70% dentro da articulação, o 
álcool queima terminações 
nervosas, inibindo a dor. Não deve 
ser feita em áreas de grande 
movimentação. 
 O tratamento durou cerca 
de 10 meses. 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
Tratamento de Feridas por Primeira Intenção 
 → Incisão elíptica sob a pele para reparo de um defeito 
alongado: Pode ser feita em feridas alongadas, em que as 
bordas estão distantes, permitindo que a sutura não tenha 
excessiva tensão. 
 - Divulsão (soltar a pele da musculatura) da pele 
com a tesoura romba; 
 - Fi leira de sutura simples separado. 
 
 → Fechamento da ferida com incisões que 
aliviam a tensão ou técnica da expansão da malha : 
São feitas pequenas incisões cutâneas que aliviam a 
tensão adjacente a ferida, para facil itar seu 
fechamento, diminuindo o tempo de cicatrização do 
defeito primário, o sangramento das incisões pode 
facilitar o sucesso da técnica ao ajudar na 
revascularização. 
 - Pode ser feita a sutura Donatti; 
 - No pós operatório podem ser uti l izados atadura e gesso. 
 
 → Retalho deslizante em forma de H : 
É uma técnica para reparo de defeitos 
retangulares ou quadrados, onde são feitas 
suturas perto-longe-longe-perto ou Donatti, 
são feitas também pontos simples 
separados. 
 
 → Zetaplastia : É uma técnica para relaxamento 
de defeitos elípticos, fazendo um Z. 
 
 → Remoção de excesso de tecido cicatricial : É 
feita uma incisão na pele, retirando o excesso de 
tecido. Depois de fechada, a ferida terá um grande 
espaço morto, que formará exsudato que pode 
desenvolver para um seroma, para que isso não aconteça é feito um dreno (Dreno de 
Penrose), que devem ser retirados 10-15 dias após a cirurgia. 
 
Zetaplast ia 
Retalho des l i zante em forma de H 
Fechamento da fer ida com incisões que al iv iam a 
tensão ou técnica da expansão da malha 
Inc isão el íptica sob a pele para 
reparo de um defei to alongado 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 5° Período de Medicina Veterinária – UniLavras – 2023/2 
 
 
 → Enxerto: Indicado em feridas que não sejam passíveis de serem suturadas ou 
que não venham a cicatrizar por segunda intenção. Por motivos estéticos, geralmente 
os enxertos cutâneos são obtidos da parte ventra l do abdome do equino ou da base 
da crina. Os fragmentos são retirados com o animal sedado, com anestesia local, e 
são colocados na placa de Petri . A ferida é preparada fazendo-se uma série de 
pequenas ‘bolsas’, com lâminas de bisturi n° 15 ou 11, onde os fragmentos serão 
encaixados. A ferida irá cicatrizar de dentro para fora. 
 
 - Cuidados pós-operatórios: 
 1° Curativo não aderente; 
 2° Ataduras/bandagens; 
 3° Confinamento em baia; 
 4° Trocar as ataduras 1 vez na semana; 
 5° Se necessário fazer antibioticoterapia sistêmica (para impedir a 
infecção – Enrofloxacina 2,5 mg/kg BID por 7 dias e Fenilbutazona 4,4 mg/kg SID. 
 
Complicações no Tratamento de Feridas 
 → Formação excessiva de componentes de reparo ( Tecido de granulação 
exuberante); 
 → Formação contraturas ; 
 → Deficiência na formação de tecido cicatricial. 
Remoção de excesso de tecido cicatr ic ia l

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