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A ERA DO RÁDIO Getúlio Vargas @tudoconectado FONTE: MEMORIAL DA DEMOCRACIA O rádio foi o principal veículo de comunicação de massa do Brasil entre 1930 e o início da década de 1960. Naquela época, não existia televisão. Computador e telefone celular era coisa de ficção científica, daí nem se sonhava com internet e redes sociais. Havia o telefone fixo, mas era uma novidade acessível a poucas famílias. As notícias demoravam a chegar e eram raras. Quem podia lia jornais, porém quase dois terços da população brasileira era analfabeta. Poucos conheciam o disco, e só se ouvia música quando tocada ao vivo. Afinal, a indústria fonográfica também engatinhava. A chegada do rádio mudou totalmente essa situação de isolamento. Por meio desse aparelho, milhões de pessoas tiveram acesso a notícias, músicas, radionovelas, programas humorísticos, esportivos e de variedades. Tudo numa velocidade jamais imaginada. Cantores e compositores encantavam multidões de norte a sul. Mulheres de todas as cidades acompanhavam as radionovelas. As conversas foram enriquecidas por informações que chegavam pelas ondas de rádio. As pessoas se sentiam integradas, tinham um repertório comum de notícias, músicas, fantasias. O rádio criou moda, estimulou debates, transmitiu informações, reduziu a distância entre pessoas, entre países. E se mostrou um poderoso instrumento de propaganda política. As emissoras de rádio foram financiadas, em sua maioria, pelos produtos de empresas norte- americanas que começaram a chegar para o consumidor brasileiro. Eram os novos produtos industrializados, como sabonetes, cremes dentais, a Coca-Cola e a Aspirina. Para que os brasileiros fossem atraídos para essas novidades, contrataram empresas de publicidade dos Estados Unidos, que investiram nas emissoras comerciais, financiando programas inteiros. O rádio foi um instrumento fundamental de mudança de mentalidade — e do domínio da indústria cultural norte-americana no Brasil. A emissora mais importante no Brasil, e que se tornaria modelo para as outras, foi a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. A liberação das propagandas nas rádios trouxe desenvolvimento às emissoras, que puderam investir mais, visto que agora possuíam recursos para tanto. As radionovelas e os programas musicais se popularizaram, lançando diversos artistas; os programas informativos também conquistaram grande importância junto ao povo. O rádio tornou-se, então, um importante meio de comunicação em massa. Em 1934, Vargas instituiu o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que possuía entre suas atribuições a de controle de conteúdo nas transmissões. O DIP era diretamente vinculado ao presidente, que via na radiodifusão um importante veículo para propaganda ideológica e cultural. Com o início da era da televisão no Brasil em 1950, tornou-se ainda mais necessária a criação de um código para o setor da radiodifusão no país. Somente em 1958, com Juscelino Kubistchek na presidência, surgiu um amplo projeto de código. Durante o seu curto mandato presidencial em 1961, Jânio Quadros criou o Conselho Nacional de Telecomunicações, subordinado à presidência, mas com uma Comissão Técnica de Rádio no Ministério da Viação e Obras Públicas. A regulação da radiodifusão brasileira começou efetivamente em 1964, nos primeiros dias do Governo Castelo Branco – 42 anos depois da primeira emissora de rádio surgir no Brasil. Criada pela Lei Geral de Telecomunicações, a Anatel foi a primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil, em 5 de novembro de 1997, e até hoje é a entidade responsável pela regulação do setor. A agência é uma autarquia vinculada ao Ministério das Comunicações, com administração independente e autonomia financeira Baseado na leItura dO TEXTO SOBRE "A ERA DO RÁDIO" resolva as questões abaIxo: 1. O que mudou com a chegada do Rádio no Brasil? 2. Com a chegada do rádio no Brasil várias empresas começaram a investir no Brasil, elevando o investimento desse meio de comunicação. Dessa forma, por quem as emissoras de rádio foram financiadas? 3. Quais produtos financiados pelo capital estrangeiro foram introduzidos nesse tempo? 4. De que forma os brasileiros foram atraídos para consumir os produtos dos Estados Unidos? 5. Através de qual governo o rádio foi regularizado no Brasil? 6. Comente a importância da liberação das propagandas nas rádios. 7. De que forma o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi fundamental para o Governo de Getúlio Vargas? 8. Como é chamada a entidade responsável pelas Telecomunicações no Brasil? A radiodifusão no Brasil ficou décadas sem devida regulação, havendo apenas um ato publicado por Epitácio Pessoa que designava a Repartição Geral dos Correios e Telégrafos como responsável pelas transmissões de radiotelegrafia e de radiotelefonia. Apenas em 1931, no governo de Getúlio Vargas, surgiu interesse para regular a atividade da radiodifusão. Naquela época, havia uma preocupação do governo com a disseminação de emissoras de rádio no país, pois já haviam centenas e o número estava em constante crescimento. Naquele ano, o governo publicou um decreto que tinha como principais aspectos a concessão de canais para entes privados e a legalização da propaganda comercial. FONTE: MEMORIAL DA DEMOCRACIA ATIVIDADE https://www.infoescola.com/biografias/getulio-vargas/
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