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SEGUROS DE PESSOAS
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros – ENS
 E73s Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Seguros de pessoas / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria 
 de ensino Técnico; assessoria técnica de Elizabeth Vieira Valente Bartolo e 
 Bruno Kelly. – 19. ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2023.
 3,47 Mb ; PDF
 1. Seguros de pessoas. I. Bartolo, Elizabeth Vieira Valente. II. Kelly, Bruno. 
 III. Título. 
 
 0023-2686 CDU 368.91(072) 
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
BRUNO KELLY – 2023
ELIZABETH VIEIRA VALENTE BARTOLO – 2023/ 2022/ 2021
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO
PICTORAMA DESIGN
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
19ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2023
SEGUROS DE PESSOAS
A 
Escola de Negócios e Seguros promove, desde 1971, diversas 
iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um 
mercado de seguros, previdência complementar, capitalização 
e resseguro cada vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
SEGUROS DE PESSOAS
 1. CONCEITOS BÁSICOS 8
 UM POUCO DE HISTÓRIA 9
O Seguro de Pessoas no Tempo 9
 SEGURO DE PESSOAS NOCÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 10
 NOÇÕES GERAIS 12
 SUJEITOS DA OPERAÇÃO 13
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO 15
 CUSTEIO DO PLANO 16
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO DAS COBERTURAS 16
Benefício Definido 16
Contribuição Variável 17
 VALORES GARANTIDOS 18
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 19
 CARREGAMENTO 19
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 21
 ENCAMPAÇÃO DE APÓLICES 21
 FIXANDO CONCEITOS 1 22
SUMÁRIO
INTERATIVO
SEGUROS DE PESSOAS
 2. COBERTURAS DE RISCO 23
 INTRODUÇÃO 24
 CONTRATAÇÃO 24
 Proposta de Contratação 25
Proposta de Adesão 26
Apólice 27
Bilhete de Seguro 27
Certificado Individual 27
 PERÍODO DE COBERTURA 28
 CÁLCULO DO PRÊMIO 28
 COBERTURAS 29
Morte (Natural ou Acidental) 29
Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD) 30
Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD) 31
Doenças Graves 32
Acidentes Pessoais 32
Diárias por Incapacidade (DI) 37
Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 37
Perda de Renda 38
Perda De Certificado De Habilitação De Voo (PCHV) 38
Auxílio-Funeral 38
 SEGURO EDUCACIONAL 39
 SEGURO PRESTAMISTA 40
 SEGUROS COLETIVOS E COBERTURAS PARA SEGURADOS DEPENDENTES 41
 REGRAS ESPECÍFICAS PARA SEGUROS DE VIGILANTES 43
 REGRAS ESPECÍFICAS PARA SEGUROS DE ACIDENTES PESSOAIS DE PASSAGEIROS 43
 CAPITAL SEGURADO 43
 VIGÊNCIA 45
 CARÊNCIA 45
 CESSAÇÃO DE COBERTURA 46
SEGUROS DE PESSOAS
 PERDA DE DIREITOS 47
 CANCELAMENTO E REABILITAÇÃO DA APÓLICE 48
 RENOVAÇÃO DA APÓLICE 49
 RISCOS EXCLUÍDOS 49
 DISTRIBUIÇÃO DE EXCEDENTE TÉCNICO 51
 FORMA DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO 52
 FIXANDO CONCEITOS 2 54
 3. COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 55
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 56
 CARACTERÍSTICAS DA COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 56
 FIXANDO CONCEITOS 3 58
 4. NOÇÕES DE RISCO E PRECIFICAÇÃO 
 NOS SEGUROS DE PESSOAS 59
 NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO DE RISCOS E SUA FINALIDADE 60
 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 61
Porcentagem Extra de Agravamento 61
Agravamento Temporário 61
Agravamento Permanente 61
 ANTISSELEÇÃO DE RISCOS 62
 MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO DE SEGUROS 62
 TÁBUAS DE MORTALIDADE 63
Elementos de uma Tábua de Mortalidade 64
 A UTILIZAÇÃO DA TÁBUA DE MORTALIDADE 65
 TAXA PURA 65
 REGIMES FINANCEIROS 67
SEGUROS DE PESSOAS
Regime Financeiro de Repartição Simples 68
Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura 68
Regime Financeiro de Capitalização 69
FATORES QUE INFLUENCIAM NO CÁLCULO DO PREÇO 
DOS SEGUROS DE PESSOAS E DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 74
Seguros de Pessoas – Cobertura por Morte 74
Previdência Complementar – Renda Mensal Vitalícia Imediata (Anuidade Imediata Vitalícia) 76
 FIXANDO CONCEITOS 4 79
 5. NOÇÕES DE REGULAÇÃO DE 
 SINISTRO E ATUALIZAÇÃO DE VALORES 80
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE 
O PROCESSO DE REGULAÇÃO DE SINISTROS 81
 REGULAÇÃO DO PROCESSO DE SINISTRO 82
 UMA NOÇÃO HISTÓRICA SOBRE ATUALIZAÇÃO DE VALORES 83
 AS REGRAS ATUAIS DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES 83
 FIXANDO CONCEITOS 5 85
 ESTUDOS DE CASO 87
 ANEXOS 89
Tábuas de Mortalidade 93
 GABARITO 97
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99
8
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
01
BÁSICOS
CONCEITOS
 ■ Conhecer os aspectos 
históricos do ramo de 
seguro de pessoas e a 
evolução histórica da 
legislação de seguros do 
Brasil, correlacionando tais 
aspectos com a operação 
do mercado de seguros 
da atualidade. 
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Reconhecer os conceitos 
básicos relacionados aos 
seguros de pessoas, bem 
como os sujeitos envolvidos 
na contratação deste tipo 
de seguro; Conhecer as 
formas de contratação, os 
tipos de planos e coberturas 
oferecidas pelos seguros de 
pessoas, diferenciando os 
tipos de planos e serviços.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ UM POUCO DE HISTÓRIA
⊲ SEGURO DE PESSOAS 
NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO 
DE 2002)
⊲ NOÇÕES GERAIS
⊲ SUJEITOS DA OPERAÇÃO
⊲ FORMAS DE CONTRATAÇÃO
⊲ CUSTEIO DO PLANO
⊲ MODALIDADES DE 
ESTRUTURAÇÃO 
DAS COBERTURAS
⊲ VALORES GARANTIDOS
⊲ ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
⊲ CARREGAMENTO
⊲ MIGRAÇÃO DE APÓLICES
⊲ FIXANDO CONCEITOS
9
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 UM POUCO DE HISTÓRIA 
A necessidade de segurança é inerente ao ser humano. Desde sua origem, 
sofrendo as consequências das situações climáticas e dos ataques de 
animais e de outros homens, de doenças, invalidez e morte, o homem sentiu 
a necessidade de buscar formas de proteção, desde a integração em tribos 
ou grupos até a criação de moradias que minimizassem certos perigos. 
Posteriormente, o homem comprovou haver situações que poderiam 
determinar a perda de seus bens e observou que, para desenvolver suas 
atividades com segurança, teria que descobrir alguma maneira de estar 
protegido. Surgiu então a “ideia” do seguro.
 — O Seguro de Pessoas no Tempo
O Código Comercial Brasileiro, publicado em 1850 e ainda em vigor – 
apenas nos itens referentes ao Direito Comercial Marítimo –, determinava a 
proibição da contratação dos seguros de vida de pessoas livres. Era permitida 
somente a contratação de seguros para as vidas dos escravos, já que não 
eram considerados pessoas, e sim mercadorias. Dessa forma, no Brasil, o 
seguro de vida teve sua prática retardada por ter sido considerado, durante 
longo tempo, uma especulação imoral.
Em 1905, surgiu um “plano” que cobria as vidas dos empregados de 
uma cadeia de armazéns varejistas, contratado por meio de diversas 
apólices individuais que exigiam a realização prévia de exames médicos. 
O “plano” utilizado foi o denominado seguro temporário renovável 
automaticamente e os prêmios das apólices eram recolhidos e pagos à 
seguradora pelo empregador. 
Em 1910, foi emitida, nos EUA, a primeira apólice de Seguro de Vida em 
Grupo, que apresentava como condições: não realização dos exames 
médicos individuais prévios, prêmios quitados pelos segurados e benefício 
por morte do funcionário pago ao beneficiário por ele indicado.
Saiba mais
Com a publicação do Código 
Civil Brasileiro, em 2002, foinecessário que a SUSEP e 
o CNSP revisassem todos 
os normativos, inclusive 
aqueles relacionados 
aos Seguros de Pessoas. 
Naquela oportunidade, foram 
consolidadas disposições 
dispersas em inúmeros 
normativos, com o objetivo 
de propiciar aos segurados 
mais informações e 
transparência quanto às suas 
obrigações aos seus direitos.
10
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
O Código Civil Brasileiro, publicado em 1916 e já inteiramente revogado, 
passou a considerar a vida e as faculdades humanas objetos seguráveis, o 
que foi mantido pelo Código Civil publicado em 2002 (Lei 10.406/02).
Em 1929, o Seguro de Vida em Grupo surgiu no Brasil, época em que o referido 
ramo já estava consolidado e modernizado nos EUA. Foi introduzido em nosso 
mercado, seguindo o modelo americano no que se referia a taxas e condições.
Em 1954, no Brasil, foi publicada uma portaria que definiu padrões para o 
ramo de acidentes pessoais, sendo aquele ano considerado o marco inicial 
para o desenvolvimento da carteira.
 SEGURO DE PESSOAS NO 
 CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
 (LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 
O Código Civil Brasileiro apresenta uma série de artigos aplicáveis aos 
seguros, sendo alguns voltados, exclusivamente, para os contratos de 
seguros de pessoas. 
Os principais são:
[...]
Art. 789 – Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipula-
do pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre 
o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.
Art. 790 – No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a 
declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preserva-
ção da vida do segurado.
Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interes-
se, quando o segurado é cônjuge, ascendente ou descendente 
do proponente.
Art. 791 – Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não 
tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é 
lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de 
última vontade.
Parágrafo único. O segurador, que não for cientificado opor-
tunamente da substituição, desobrigar-se-á pagando o capital 
segurado ao antigo beneficiário.
11
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Art. 792 – Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qual-
quer motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado 
será pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, 
e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da 
vocação hereditária.
Parágrafo único. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, 
serão beneficiários os que provarem que a morte do segurado 
os privou dos meios necessários à subsistência.
Art. 793 – É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao 
tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou já 
se encontrava separado de fato.
Art. 794 – No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de mor-
te, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, 
nem se considera herança para todos os efeitos de direito.
Art. 795 – É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamen-
to reduzido do capital segurado.
Art. 796 – O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, 
ou por toda a vida do segurado.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o 
segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta 
de pagamento, nos prazos previstos, acarretará, conforme se 
estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já 
formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente 
ao prêmio pago.
Art. 797 – No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um 
prazo de carência, durante o qual o segurador não responde 
pela ocorrência do sinistro.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o segurador é obrigado 
a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já 
formada.
Art. 798 – O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o 
segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial 
do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, obser-
vado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é 
nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por 
suicídio do segurado.
Art. 799 – O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda 
que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade 
do segurado provier da utilização de meio de transporte mais 
arriscado, da prestação de serviço militar, da prática de esporte, 
ou de atos de humanidade em auxílio de outrem.
12
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Art. 800 – Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se 
nos direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o 
causador do sinistro.
Art. 801 – O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou 
jurídica em proveito do grupo que a ela, de qualquer modo, se 
vincule.
§ 1º O estipulante não representa o segurador perante o grupo 
segurado, e é o único responsável, para com o segurador, pelo 
cumprimento de todas as obrigações contratuais.
§ 2º A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência 
expressa de segurados que representam 3/4 do grupo.
Art. 802 – Não se compreende nas disposições desta Seção a garantia do 
reembolso de despesas hospitalares ou de tratamento médico, 
nem o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado.
 NOÇÕES GERAIS 
Os planos de seguros de pessoas são aqueles destinados a oferecer 
coberturas de risco (por exemplo, morte, invalidez, doenças graves) ou 
coberturas por sobrevivência.
Atenção
A cobertura por sobrevivência é aquela que garante o pagamento do capital segurado 
pela sobrevivência do segurado ao período de diferimento contratado ou a compra, 
mediante pagamento único, de renda imediata.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos seguros de pessoas cujo evento 
gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data predeterminada.
Em resumo, todas aquelas situações que não se enquadram no conceito de cobertura 
de sobrevivência apresentado acima, automaticamente, são entendidas como cobertu-
ra de risco.
13
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 SUJEITOS DA OPERAÇÃO 
Na contratação de um plano de seguros de pessoas estão envolvidas as 
seguintes partes:
Segurado
Pessoa física que contrata o plano ou, no caso de contratação sob 
a forma coletiva, que adere ao plano.
Seguradora
Pessoa jurídica obrigatoriamente constituída sob a forma de socie-
dade anônima – S/A, que assume a responsabilidade pela cobertura 
dos riscos especificados na apólice, mediante o recebimento do prê-
mio correspondente.
Corretor
Pessoa física ou jurídica que faz a intermediação da contratação 
do plano.
Beneficiário
Desde que respeitadas as determinações legais e regulamentares, 
beneficiário é a pessoa física ou jurídica livremente indicada pelo 
segurado para receber os valores dos capitais segurados – indeni-
zações –, na hipótese de ocorrência do sinistro.
Estipulante 
Pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano coletivo, 
ficando investido de poderes de representação do segurado, nos 
termos da legislação e regulamentação em vigor.
Sobre o Estipulante
O estipulante só pode ser beneficiário em um plano de seguros de pessoas 
se comprovado o legítimo interesse para que ele figure nessa condição.
Esse é o caso, por exemplo, do Seguro Prestamista, que veremos mais adiante. 
O estipulante será identificado como:
 ■ estipulante-instituidor: aquele que participa, total ou parcial-
mente do custeio do plano; 
 ■ estipulante-averbador: aquele que não participa do custeio 
do plano.
Não podem ser estipulantes, salvo quando estiverem estipulando apólices 
para seus próprios funcionários:
Atenção
A figura do Estipulante existe 
somente nos planos de 
seguros coletivos.
14
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ corretoras de seguros, seus sócios,dirigentes, administradores, 
empregados, prepostos ou representantes;
 ■ corretores; 
 ■ sociedades seguradoras, seus dirigentes, administradores, empre-
gados, prepostos ou representantes.
O estipulante tem várias obrigações a cumprir, como:
 ■ fornecer à seguradora todas as informações necessárias para a 
análise e a aceitação do risco;
 ■ manter a seguradora informada a respeito dos dados cadastrais dos 
segurados, das alterações na natureza do risco coberto, bem como 
de quaisquer eventos que possam, no futuro, resultar em sinistro;
 ■ fornecer ao segurado, sempre que solicitado, quaisquer informações 
relativas ao contrato de seguro;
 ■ comunicar de imediato à seguradora a ocorrência de qualquer 
sinistro ou expectativa de sinistro, referente ao grupo que repre-
senta, assim que delas tiver conhecimento, quando tal comunica-
ção estiver sob sua responsabilidade;
 ■ dar ciência aos segurados dos procedimentos e prazos estipula-
dos para a liquidação dos sinistros; 
 ■ comunicar de imediato à SUSEP quaisquer procedimentos que 
considerar irregulares quanto ao seguro contratado, bem como 
fornecer àquela autarquia quaisquer informações solicitadas den-
tro do prazo por ela estabelecido.
Sempre que houver qualquer alteração nas condições contratuais que 
implique modificação nas escolhas dos segurados, ônus ou dever para eles, 
a referida alteração somente será válida com a anuência prévia e expressa 
de segurados que representem, no mínimo, 3/4 do grupo segurado.
Quando o plano for contratado com previsão de consignação em folha, as 
condições gerais deverão conter dispositivo determinando que a ausência 
do repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo consig-
nante à seguradora não poderá causar qualquer prejuízo aos segurados ou 
respectivos beneficiários, no que se refere à cobertura e aos demais direitos.
Nos seguros contributários, ou seja, quando os segurados são respon-
sáveis pelo pagamento, total ou parcial, dos valores dos prêmios, o não 
repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo estipulan-
te à seguradora, nos prazos contratualmente estabelecidos, poderá acar-
retar a suspensão ou o cancelamento da cobertura, a critério da segurado-
ra, além de sujeitar o estipulante às cominações legais.
15
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Nas apólices coletivas, em que o estipulante possui com o grupo segurado, 
exclusivamente, o vínculo de natureza securitária referente à contratação 
do seguro, deverá haver tratamento de apólice individual, no que concerne 
ao relacionamento dos segurados com a seguradora.
Nos seguros contributários, é vedado ao estipulante:
I - cobrar dos segurados quaisquer valores relativos ao seguro além 
dos especificados pela seguradora;
II - rescindir o contrato sem anuência prévia e expressa de um número 
de segurados que represente, no mínimo, 3/4 do grupo segurado;
III - efetuar propaganda e promoção do seguro sem prévia anuência 
da seguradora; 
IV - vincular a contratação de seguros a qualquer de seus produtos.
Os sujeitos vinculados ao estipulante são caracterizados da seguinte forma:
 ■ componente segurado: pessoa que já aderiu ao seguro, tendo sido 
aceita pela sociedade seguradora, ou seja, que já participa do pla-
no coletivo de seguros de pessoas contratado pelo estipulante; 
 ■ componente segurável: pessoa que pode vir a ser incluída no pla-
no, ou seja, pessoa passível de se tornar um componente segurado.
Saiba mais
A regulamentação vigente estabelece que na proposta e nas condições gerais do pla-
no deverá constar a informação de que o segurado poderá consultar a situação cadas-
tral de seu corretor de seguros no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu 
registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO 
Os planos de seguros de pessoas podem ser contratados de duas formas: 
individual ou coletiva.
 ■ individual: quando a relação entre os segurados e a seguradora 
é direta;
 ■ coletiva: quando a relação entre os segurados e a seguradora é 
indireta, por meio do estipulante.
http://www.susep.gov.br
16
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
A contratação coletiva se destina a garantir coberturas para grupos de pessoas que, de 
uma forma lícita, vinculem-se ao estipulante, devendo o vínculo entre essas pessoas e o 
estipulante estar definido no contrato de forma clara e objetiva.
 CUSTEIO DO PLANO 
O custeio do plano pode ser:
 ■ não contributário: quando os segurados não pagam os valores dos 
prêmios, sendo o plano inteiramente custeado pelo estipulante; 
 ■ contributário: quando os segurados são responsáveis pelo paga-
mento, total ou parcial, dos valores dos prêmios.
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO 
 DAS COBERTURAS 
As coberturas podem ser estruturadas na forma de benefício definido ou 
de contribuição variável.
 — Benefício Definido
A cobertura estruturada na forma de benefício definido é aquela em que 
o valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de 
renda, e o valor do prêmio são previamente estabelecidos na proposta.
17
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Importante
Todas as coberturas de risco são estruturadas na modalidade de benefício definido.
Exemplos:
1) Quando o segurado contrata um plano com cobertura de morte (cobertura de risco), 
ele está contratando uma cobertura que é estruturada na modalidade de benefício de-
finido, pois os valores do capital segurado e do prêmio já estão previamente definidos 
na proposta.
2) Quando o segurado contrata um plano e define, no momento da contratação, o capi-
tal segurado que irá receber à vista ao final do período de diferimento, caso sobreviva, 
ele está contratando uma cobertura estruturada na modalidade de benefício definido.
 — Contribuição Variável
Na cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável, o 
segurado tem a opção de poder efetuar contribuições ao plano a qual-
quer tempo e de valor definido por ele, independentemente dos valores 
e prazos de pagamento de prêmios estarem definidos na proposta de 
contratação. Ou seja, nas coberturas estruturadas na modalidade de con-
tribuição variável, não é obrigatório que o valor da contribuição e o prazo 
de pagamento dos prêmios estejam previamente definidos na proposta.
Destaca-se que o valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou 
sob a forma de renda, será calculado ao final do período de diferimento, 
com base no saldo acumulado na Provisão Matemática de Benefícios a 
Conceder (PMBaC) e no fator de cálculo.
A Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC) corresponde aos com-
promissos da Seguradora para com os segurados de seus respectivos planos, relativos 
aos benefícios a conceder sob o regime financeiro de capitalização.
Parágrafo Único. A provisão deve ser constituída para a cobertura de benefícios 
decor rentes de planos ou produtos estruturados no regime financeiro de capitalização. 
Fator de cálculo
Resultado numérico calculado mediante a utilização de taxa de juros e tábua de mortali-
dade, quando for o caso, utilizado para obtenção do capital segurado a ser pago sob a 
forma de renda.
18
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na modalidade de 
contribuição variável.
Exemplo: o Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL – é um plano em que o segu-
rado paga prêmios que podem ou não ter os seus valores estabelecidos previamente. 
Ao final do período de diferimento, a seguradora calcula o valor do capital segurado, 
pago sob a forma de renda, com base no valor acumulado na PMBaC e no fator de 
 cálculo. É fácil imaginar que quanto mais o segurado tiver acumulado, maior será o 
valor de renda que ele irá receber.
Período de diferimento 
Período compreendido entre a data de início de vigência da cobertura por sobrevivên-
cia e a data contratualmente prevista para início do pagamento do capital segurado.
 VALORES GARANTIDOS 
Representam direitosdos segurados ou dos beneficiários previstos nos 
planos com cobertura de morte, estruturada no regime financeiro de capi-
talização, e nos planos com cobertura por sobrevivência. São eles: 
Resgate
Corresponde ao direito que os segurados e, quando tecnicamen-
te possível, os beneficiários têm de retirar os recursos da PMBaC 
durante o período de diferimento, desde que observadas determi-
nadas regras;
Portabilidade
É o direito garantido aos segurados de movimentar os recursos da 
PMBaC durante o período de diferimento, desde que observadas 
determinadas regras.
Saldamento
Consiste na manutenção da cobertura originalmente contratada, 
com redução proporcional do capital segurado contratado, na 
eventualidade da paralisação do pagamento dos prêmios. 
Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser 
efetuado automaticamente pela sociedade seguradora, quando 
o segurado deixa de pagar o plano e não solicita o resgate dos 
recursos acumulados na PMBaC. Nesses casos, a sociedade segu-
Atenção
No caso de portabilidade, 
os recursos financeiros 
deverão ser movimentados 
diretamente entre as 
sociedades seguradoras, 
ficando vedado que transitem, 
de qualquer forma, pelo 
segurado ou pelo estipulante.
O saldamento e o benefício 
prolongado deverão manter 
as principais características 
da cobertura originalmente 
contratada, sendo facultada 
a utilização de tábua 
de mortalidade distinta 
para cálculo do benefício 
prolongado, desde que 
prevista na nota técnica 
atuarial.
19
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
radora deve comunicar ao segurado o fato, de forma a ficar claro 
que o segurado tem direito a uma cobertura com capital segurado 
menor do que aquele inicialmente contratado sem a necessidade 
de continuar a pagar prêmios.
Benefício prolongado
Consiste na manutenção temporária da cobertura contratada, 
mantendo o capital segurado originalmente contratado, na even-
tualidade de ocorrer a paralisação do pagamento dos prêmios.
Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão de 
dois valores garantidos: resgate e portabilidade.
Em contrapartida, nos planos com cobertura de risco, e desde que tal 
cobertura seja estruturada no regime financeiro de capitalização, é possível 
a previsão dos seguintes valores garantidos: resgate, portabilidade, 
saldamento e benefício prolongado.
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 
A assistência financeira é o empréstimo financeiro oferecido ao titular do 
plano, sendo vedada a concessão ao segurado que possua, exclusivamente, 
plano estruturado no regime financeiro de repartição.
Para tal, é firmado contrato entre o segurado e a seguradora, e a assistência 
financeira somente poderá ser concedida durante o período anterior ao 
pagamento da indenização do seguro.
 CARREGAMENTO 
O Carregamento é a denominação da remuneração que as seguradoras 
recebem para custear a manutenção de sua operação.
O critério e a forma de cobrança do carregamento deverão constar da 
proposta de contratação e da proposta de adesão, do regulamento, da 
nota técnica atuarial e, no caso de planos coletivos, do contrato, devendo 
ser observados os seguintes limites, conforme o tipo de estruturação:
Cobertura de Risco
Não há limite de carregamento. 
20
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Cobertura por Sobrevivência
 » 10% para as coberturas estruturadas na modalidade de contri-
buição variável; 
 » 30% para as coberturas estruturadas na modalidade de bene-
fício definido.
Os percentuais de carregamento deverão constar da proposta de 
contratação e da proposta de adesão, bem como do contrato. Para os 
planos individuais, os percentuais de carregamento também deverão 
constar do regulamento e da nota técnica atuarial.
Os percentuais de carregamento incidirão, exclusivamente, sobre o 
valor dos prêmios efetivamente pagos à seguradora, ficando vedada a 
cobrança de quaisquer outros valores.
O carregamento poderá ser cobrado:
 ■ no pagamento dos prêmios; 
 ■ no resgate ou na portabilidade de recursos.
Nota Técnica Atuarial 
Documento técnico elaborado por atuário contendo a formulação utilizada nos cálculos 
do prêmio, as formas de custeio e as obrigações, considerando os regimes financeiros 
adotados no plano.
Saiba mais
Existem planos que admitem a cobrança de carregamento em percentual superior 
aos 30%, aplicado, exclusivamente, sobre os prêmios pagos durante os primeiros 120 
dias de vigência do plano, desde que o valor do carregamento nivelado durante a 
vigência do plano não seja superior a 30% do prêmio efetuado para a cobertura de 
sobrevivência e a periodicidade de pagamento do prêmio seja, no máximo, anual.
As sociedades seguradoras ficam obrigadas, caso estruturem planos na forma prevista 
acima, a devolverem 100% dos prêmios pagos referentes à cobertura por sobrevivência 
bem como a parcela do prêmio da cobertura de risco referente ao risco a decorrer, no 
caso de solicitação de cancelamento do plano, por qualquer motivo, dentro dos primeiros 
120 dias de vigência do plano.
21
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 
A migração de apólices consiste na transferência de apólice coletiva, em 
período não coincidente com o término da respectiva vigência.
No caso de recepção de grupo de segurados e assistidos, originado 
em processo de migração de apólices, deverão ser admitidos todos os 
componentes do grupo cuja cobertura esteja em vigor, inclusive aqueles 
afastados do serviço ativo por acidente ou doença, podendo ser estendidas 
à nova seguradora as condições gerais, as condições especiais, o contrato 
e a nota técnica atuarial, mediante autorização da SUSEP, na forma da 
regulação específica.
Nos casos de migração de apólices, não será iniciada a contagem de novo 
prazo de carência para segurados já incluídos no seguro pela apólice 
anterior, em relação às coberturas e aos respectivos valores já contratados.
 ENCAMPAÇÃO DE APÓLICES 
A encampação de apólices consiste na substituição de apólice coletiva, ao 
fim de sua vigência, por nova apólice emitida por outra seguradora.
No caso de encampação de apólice de seguro não contributário estipula-
do por empregador em favor de seus empregados, é admitida a dispensa 
de proposta de adesão, desde que não haja modificação na apólice que 
implique ônus ou dever para os segurados ou redução de seus direitos.
Em que pese estar prevista a dispensa de proposta de adesão, isso não 
implica dispensa, por parte da seguradora, de emissão e de envio ou dis-
ponibilização dos certificados individuais aos segurados.
22
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 1 
1. A empresa ABC contratou um seguro coletivo para seus funcionários, sob 
a forma de seguro contributário. Sabemos que as contratações de seguros 
coletivos tem uma relação entre os segurados de forma indireta, por meio 
do Estipulante que, neste caso, é representado pela empresa ABC. Sob as 
características dessa forma de contratação, podemos afirmar que:
(a) Nos seguros contributários, sempre que houver alteração nas con-
dições contratuais que implique em modificação nas escolhas dos 
segurados, em ônus ou em dever para eles, a referida alteração 
somente será válida com a anuência prévia e expressa de segura-
dos que representem, no máximo, 3/4 do grupo segurado.
(b) Nos seguros contributários, o não repasse dos prêmios à segurado-
ra, nos prazos contratualmente estabelecidos, não poderá acarretar 
a suspensão ou o cancelamento da cobertura.
(c) Componente segurado é a pessoa que pode vir a ser incluída no 
plano.
(d) Migração de apólice consiste na transferência de apólice coletiva, 
em período não coincidente com o término da respectiva vigência.
(e) Quando o estipulante paga parte dos prêmios, fica facultado a ele 
rescindir o contrato, sem necessidade de anuência dos segurados.
2. Um proponente foi conversar com o seu corretor para melhor entender 
como os preços de um seguro de vida pode variar em funçãoda modalidade 
de estruturação de coberturas. O corretor informou que existem planos 
estruturados sob a modalidade de benefício definido e outros estruturados 
sob a modalidade de contribuição variável e esclareceu que:
(a) Coberturas dos seguros de pessoas somente podem ser estrutura-
das na modalidade de benefício definido.
(b) Cobertura estruturada na modalidade de benefício definido é aque-
la em que os valores do capital segurado e do prêmio podem ser 
estabelecidos previamente, na proposta.
(c) Cobertura por sobrevivência é sempre estruturada na modalidade 
de benefício definido.
(d) Cobertura de morte natural não pode ser estruturada na modalida-
de de benefício definido.
(e) Cobertura de invalidez é sempre estruturada na modalidade de 
benefício definido.
Consulte o gabarito clicando aqui.
23
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
02
COBERTURAS
de RISCO
 ■ Entender as nuances 
técnicas e operacionais 
das coberturas de 
risco, permitindo a 
comercialização de 
produtos de seguros 
em conformidade com 
as condições gerais 
propostas.
 ■ Reconhecer os 
instrumentos de 
contratação de um 
plano de seguros, 
compreendendo as 
principais características 
dos seguros de pessoas.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Entender os fatores que 
influenciam o cálculo 
do prêmio da cobertura 
de morte, bem como 
distinguir o Seguro Auxílio 
Funeral da Assistência 
Funeral. 
 ■ Assimilar as características 
dos planos e coberturas 
de risco, sendo capaz de 
correlacionar cada uma 
delas com as respectivas 
necessidades dos 
clientes.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ INTRODUÇÃO
⊲ CONTRATAÇÃO
⊲ PERÍODO DE COBERTURA
⊲ CÁLCULO DO PRÊMIO
⊲ COBERTURAS
⊲ SEGURO EDUCACIONAL
⊲ SEGURO PRESTAMISTA
⊲ CAPITAL SEGURADO
⊲ VIGÊNCIA
⊲ CARÊNCIA
⊲ CESSAÇÃO DE COBERTURA
⊲ PERDA DE DIREITOS
⊲ CANCELAMENTO E 
REABILITAÇÃO DA APÓLICE
⊲ RENOVAÇÃO DA APÓLICE
⊲ RISCOS EXCLUÍDOS
⊲ DISTRIBUIÇÃO DE 
EXCEDENTE TÉCNICO
⊲ FORMA DE PAGAMENTO 
DA INDENIZAÇÃO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
24
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 INTRODUÇÃO 
Os planos com coberturas de risco (morte, invalidez, doenças graves) 
têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segura-
do e aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as 
garantias contratadas. 
Como exemplo desses planos, temos o Seguro de Vida, o Seguro Fune-
ral, o Seguro de Acidentes Pessoais, o Seguro Educacional, o Seguro Via-
gem, o Seguro Prestamista, o Seguro de Diária por Internação Hospitalar, o 
Seguro-Desemprego (perda de renda), o Seguro de Diária por Incapacida-
de e o Seguro de Perda de Certificado de Habilitação de Voo.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos seguros de pessoas 
cujo evento gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data pre-
determinada.
Recentemente, por meio da circular 667, de 4 de julho de 2022, a Susep 
flexibilizou a estruturação de coberturas, gerando, assim, maior liberdade 
para a criação de novas garantias. O objetivo é permitir que o mercado 
cresça nesse segmento, com a oferta de produtos mais completos e ade-
quados às necessidades do consumidor.
Capital Contratado é o valor a ser pago pela seguradora na ocorrência 
do sinistro, limitado ao valor do capital segurado da respectiva cobertura 
contratada.
 CONTRATAÇÃO 
Na formalização da contratação de um plano de seguros de pessoas 
com cobertura de risco são utilizados os seguintes instrumentos contra-
tuais: proposta de contratação, proposta de adesão, apólice, bilhete e 
certificado individual.
25
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Quando da assinatura da proposta ou da solicitação de aumento do valor 
do capital segurado, para efeito de subscrição, é facultado à seguradora 
solicitar informação ao proponente ou ao segurado a respeito da contra-
tação de outros seguros de pessoas com coberturas concomitantes. Por 
outro lado, é vedado o estabelecimento de cláusula que obrigue o segu-
rado a comunicar à seguradora sobre a contratação posterior de outros 
seguros de pessoas com coberturas concomitantes.
A rejeição de proponente pela razão única de ser portador de deficiência 
configurará discriminação e será passível de punição, nos termos da legis-
lação específica.
Nas condições contratuais, é vedada a inclusão de cláusula de concorrência de 
apólices, exceto no caso de coberturas que garantam o reembolso de despesas.
Atenção
O contrato coletivo poderá estabelecer critérios específicos sobre a variação da 
quantidade de componentes do grupo segurado em relação à quantidade original que 
ensejem o dever de comunicação à seguradora para fins de avaliação de necessidade 
de repactuação do valor do capital segurado global.
 — Proposta de Contratação 
A proposta de contratação é o documento que contém a declaração do 
risco e dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de contratação, o proponente, pessoa física ou jurídica, 
expressa a intenção de contratar uma cobertura (ou coberturas), manifes-
tando pleno conhecimento das condições contratuais.
Atenção
Proponente é o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), no caso de con-
tratação individual, ou em aderir ao contrato, no caso de contratação coletiva.
Na contratação de um plano coletivo, quem assina a proposta de contratação é o esti-
pulante. Já na contratação de um plano individual, quem assina a proposta de contra-
tação é o segurado.
26
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Proposta de Adesão 
A proposta de adesão é o documento que contém a declaração do risco e 
dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de adesão, o proponente, pessoa física, expressa a intenção 
de aderir à contratação coletiva, manifestando pleno conhecimento das 
condições contratuais.
Com o objetivo de dar transparência aos segurados quanto aos seus direi-
tos e suas obrigações, a regulamentação das coberturas de risco prevê 
que as propostas de contratação e as de adesão deverão:
 ■ informar o percentual (ou percentuais) de reversão de excedente 
técnico bem como o prazo de carência, quando previsto pelo plano;
 ■ fazer constar: a) os valores, em moeda corrente nacional, do prê-
mio à vista, e, quando for o caso, do prêmio total fracionado de 
cada uma das parcelas; b) a taxa de juros remuneratórios pactua-
da; c) o número e a periodicidade das parcelas; d) os juros de mora 
ou outros acréscimos legalmente previstos;
 ■ discriminar a forma e o critério de custeio de cada cobertura con-
tratada;
 ■ estabelecer os valores dos prêmios e dos capitais segurados, dis-
criminados por cobertura. Os valores deverão ser estabelecidos 
na proposta de contratação, nos casos de planos individuais, e na 
proposta de adesão, nos casos de planos coletivos;
 ■ conter a informação de que:
– se o segurado, seu representante legal, ou seu corretor de segu-
ros fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam 
influir na aceitação da proposta ou no valor do prêmio, ficará preju-
dicado o direito à indenização, além de estar o segurado obrigado 
ao pagamento do prêmio vencido;
– a aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco;
– o registro do plano na SUSEP não implica, por parte da SUSEP, 
incentivo ou recomendação à sua comercialização.
– o segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor 
de seguros, no site www.susep.gov.br, utilizando-se do número 
de registro profissional na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
Importante
A informação do registro do 
plano na SUSEP não implica, 
por parte daquela Autarquia, 
incentivo ou recomendação 
à sua comercialização. 
Essa informação deverá ser 
inserida, necessariamente, em 
todo e qualquer material de 
comercialização e propaganda 
utilizado pela seguradora.
http://www.susep.gov.br
27
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Apólice
Após receber a proposta de contratação, a seguradora emite a apólice, 
assinada por um representante legal da seguradora, que é o documentoque formaliza a aceitação da cobertura solicitada pelo proponente, nos 
planos individuais, ou pelo estipulante, nos planos coletivos.
 — Bilhete de Seguro
Documento jurídico emitido pela seguradora que dispensa a obrigato-
riedade da proposta e substitui a apólice. É utilizado para agilizar a contra-
tação de determinada modalidade de seguro.
 — Certificado Individual
O certificado individual é o documento destinado ao segurado, emitido pela 
seguradora no caso de contratação coletiva, quando da aceitação do pro-
ponente, das renovações do seguro e nas alterações de valores do capital 
segurado ou do prêmio. Seu envio aos segurados é obrigatório, não se apli-
cando apenas nos casos de seguros de pessoas com capital global.
A mesma regulamentação estabelece ainda que:
 ■ deverão constar da proposta de contratação (no caso de planos 
individuais) ou da proposta de adesão (no caso de planos coleti-
vos) e da respectiva apólice os valores do prêmio à vista e, quando 
for o caso, do prêmio total fracionado de cada uma das parcelas, 
ambos expressos em moeda nacional, além da taxa de juros remu-
neratórios pactuada, do número de parcelas, sua periodicidade e 
os juros de mora ou outros acréscimos legalmente previstos;
 ■ o início e o final da vigência das coberturas contratadas deverão 
ser especificados na apólice, no certificado individual e nas pro-
postas de contratação e de adesão; 
 ■ para os seguros que não tenham cobertura vitalícia, deverá constar 
em destaque, na proposta de contratação, na proposta de adesão, na 
apólice e do certificado individual, a seguinte informação: “Este segu-
ro é por prazo determinado, tendo a seguradora a faculdade de não 
renovar a apólice na data de vencimento, sem devolução dos prêmios 
pagos nos termos da apólice”.
28
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 PERÍODO DE COBERTURA 
O período de cobertura é aquele durante o qual o segurado ou os benefi-
ciários, quando for o caso, farão jus aos capitais segurados contratados. O 
período de cobertura pode ser temporário ou vitalício.
Período de cobertura temporário é aquele em que o pagamento do capi-
tal segurado somente será feito se o evento ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado no contrato.
Período de cobertura vitalício é aquele em que o pagamento do capital 
segurado será feito quando ocorrer o evento, a qualquer tempo. 
 CÁLCULO DO PRÊMIO 
O valor do prêmio é fundamental para a manutenção dos níveis de equilí-
brio das apólices.
Seu cálculo leva em consideração o perfil do proponente ou do segurado, 
bem como da cobertura contratada.
É da junção desses dois fatores que os subscritores, após analisar a massa 
segurada nos casos de contratação coletiva, precificam o valor do prêmio.
Nesse sentido, é importantíssimo que sejam analisadas a idade do propo-
nente/segurado, em paralelo com seu perfil médico, componentes heredi-
tários, esportes praticados, estilo de vida (profissão, sedentarismo, tabagis-
mo, obesidade) e doenças preexistentes.
Tal análise deve ser acrescida por aquela das coberturas contratadas, já 
que o subscritor terá que levar em consideração a junção das caracterís-
ticas pessoais do proponente/segurado com as coberturas pretendidas, 
para poder fixar o valor do prêmio. Exemplo: se o proponente pretende 
a contratação de uma cobertura de acidentes pessoais e, em seu perfil, 
consta que ele pratica salto de paraquedas, a fixação do valor do prêmio 
levará em consideração essa junção do perfil com a cobertura contratada 
gerando, possivelmente, um prêmio agravado.
Dessa forma, podemos dizer que a fixação do valor do prêmio influen-
cia, sobremodo, os custos da apólice e, consequentemente, a comissão 
de corretagem da renovação, a distribuição do Excedente Técnico e a 
manutenção do relacionamento das partes envolvidas na contratação.
Exemplo
Um plano de seguros de 
pessoas com cobertura de 
morte por qualquer causa 
pode ter um período de 
cobertura temporário ou 
vitalício. No primeiro caso, 
os beneficiários somente 
receberão o capital segurado 
se a morte do segurado 
ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado 
no contrato, enquanto no 
segundo caso, o capital 
segurado será pago quando 
ocorrer a morte do segurado, a 
qualquer tempo.
29
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Nas contratações de planos coletivos, o primeiro passo para o cálculo do 
prêmio é calcular a taxa pura. Essa taxa pode ser única para todo o grupo 
segurado ou diferenciada por idade ou faixa etária. Ela é chamada de 
“pura” porque não considera os carregamentos para custeios comerciais 
e administrativos, apenas o risco.
 COBERTURAS 
Os planos podem oferecer, juntos ou separadamente, as coberturas deta-
lhadas a seguir.
 — Morte (Natural ou Acidental)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento do capital segurado 
ao beneficiário em caso de morte do segurado principal, tanto por causas 
naturais como acidentais.
Atenção
É importante que fique claro para o segurado que, além da atualização monetária, o 
valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente, em decorrência da mudança de idade 
do segurado. Sofrerá acréscimo também em consequência do aumento do risco, com a 
finalidade de manter o equilíbrio atuarial, financeiro e econômico do plano.
Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, deverá ser estabeleci-
do, nas condições gerais, que os prêmios serão alterados de acordo com a faixa etária 
do segurado.
Nos planos contratados de forma coletiva, o modo como os prêmios serão alterados de 
acordo com a faixa etária do segurado, incluindo os valores ou percentuais, deverão 
constar das condições contratuais e ser disponibilizados aos proponentes quando da 
adesão ao seguro. No caso dos planos contratados de forma individual, deverá constar 
das condições gerais, um item estabelecendo a forma como os prêmios serão altera-
dos de acordo com a faixa etária do segurado, incluindo os valores ou percentuais.
A nova regulamentação, diferentemente da anterior, não estabelece mais as taxas para 
as coberturas, devendo a nota técnica atuarial especificá-las.
30
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Importante
A denominação do plano de seguro, incluindo o nome fantasia dos planos de seguros 
comercializados, se utilizado, não poderá induzir os segurados a erro quanto à abran-
gência das coberturas oferecidas.
As sociedades seguradoras são responsáveis direta ou indiretamente pelas informa-
ções e serviços prestados por seus intermediários e por todos aqueles que comerciali-
zarem seus produtos.
A garantia de morte para os segurados menores de 14 anos destina-se ao reembolso 
das despesas com funeral, devidamente comprovadas.
As condições contratuais poderão prever coberturas relativas a diferentes ramos de se-
guros, observadas as regulamentações específicas de cada ramo e a regulamentação 
específica sobre contabilização em ramos.
 — Invalidez Laborativa Permanente 
Total por Doença (ILPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em 
caso de invalidez laborativa permanente total, consequente de doença.
A invalidez laborativa permanente total por doença é aquela para a qual 
não se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os recursos tera-
pêuticos disponíveis no momento de sua constatação, para a atividade 
laborativa principal do segurado, ou seja, para aquela pela qual o segurado 
obteve maior renda dentro de determinado exercício anual, definido nas 
condições contratuais.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos, para efeitos 
dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal 
atestada por profissional legalmente habilitado.
Não podem figurar como segurados dessa cobertura as pessoas que 
não exerçam qualquer atividade laborativa, sendo vedado o oferecimento 
e a cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.
Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização deveser 
paga de uma só vez ou sob a forma de renda certa, temporária ou vitalícia, em 
prestações mensais, iguais e sucessivas, conforme acordado entre as partes.
31
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga 
sob a forma de renda, o segurado poderá ser automaticamente excluído 
da apólice, conforme a estruturação técnica do plano, com a consequente 
devolução de valores eventualmente pagos após a constatação da invali-
dez, devidamente atualizados nos termos da regulamentação específica.
No caso de o segurado não ser excluído da apólice, se o estado de inva-
lidez laborativa cessar antes do término do pagamento da renda contra-
tada, o valor do capital segurado da cobertura de ILPD será reintegrado.
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga 
sob a forma de renda, caso o segurado permaneça na apólice, o valor do 
prêmio deverá ser ajustado, de acordo com as coberturas remanescentes, 
a partir da respectiva data de pagamento da indenização.
 — Invalidez Funcional Permanente 
Total por Doença (IFPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em 
caso de invalidez funcional permanente total, consequente de doença que 
cause a perda da existência independente do segurado.
É considerada perda da existência independente do segurado a ocorrên-
cia de quadro clínico incapacitante que inviabilize de forma irreversível o 
pleno exercício das relações autonômicas do segurado, comprovado na 
forma definida nas condições gerais ou especiais do seguro.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos para os efei-
tos dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal, 
atestada por profissional legalmente habilitado.
A forma e a periodicidade de pagamento da indenização seguem os 
mesmos critérios da garantia de invalidez laborativa permanente total 
por doença.
Importante
Os casos de invalidez permanente por doença, previstos nas coberturas apresentadas 
anteriormente, devem ser comprovados pela apresentação de declaração médica.
A aposentadoria por invalidez concedida por instituições oficiais de previdência ou 
assemelhadas não caracteriza por si só o estado de invalidez permanente.
Atenção
É vedado o oferecimento 
de cobertura em que o 
pagamento da indenização 
esteja condicionado à 
impossibilidade do exercício, 
pelo segurado, de toda e 
qualquer atividade laborativa.
32
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Doenças Graves
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização 
em decorrência do diagnóstico de doenças devidamente especificadas 
e caracterizadas nas condições gerais ou especiais do plano de seguro 
como “graves”, sendo vedada a estipulação de critérios de cálculo do capi-
tal segurado com base nas despesas médicas e hospitalares incorridas 
pelo segurado para o tratamento da doença.
 — Acidentes Pessoais
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais, normalmente incluídas 
nos planos de Seguro de Acidentes Pessoais, têm por objetivo garantir aos 
beneficiários do segurado ou a ele próprio o pagamento de uma indeniza-
ção, caso venha a falecer ou se tornar inválido em decorrência de acidente 
pessoal ou, ainda, tenha a necessidade de se submeter a tratamento médi-
co em função de acidente.
Incluem-se no conceito de acidente pessoal os danos físicos decorrentes de:
 ■ ação da temperatura do ambiente ou influência atmosférica, quando 
a elas o segurado ficar sujeito, em decorrência de acidente coberto;
 ■ escapamento acidental de gases e vapores;
 ■ sequestros e tentativas de sequestros; 
 ■ alterações anatômicas ou funcionais da coluna vertebral, de ori-
gem traumática, causadas, exclusivamente, por fraturas ou luxa-
ções, radiologicamente comprovadas.
Nas situações em que está prevista a indenização por suicídio, esta deverá 
ocorrer como acidente pessoal e não como morte natural.
Estão excluídos do conceito de acidentes pessoais:
 ■ doenças, incluídas as profissionais, quaisquer que sejam suas cau-
sas, ainda que provocadas, desencadeadas ou agravadas, direta 
ou indiretamente por acidente, ressalvadas as infecções, os esta-
dos septicêmicos e as embolias resultantes de ferimento visível 
causado em decorrência de acidente coberto;
 ■ intercorrências ou complicações consequentes da realização de 
exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos, quando não decorren-
tes de acidente coberto;
 ■ lesões decorrentes, dependentes, predispostas ou facilitadas por 
esforços repetitivos ou microtraumas cumulativos, ou que tenham 
relação de causa e efeito com eles, assim como as lesões classificadas 
como: Lesão por Esforços Repetitivos – LER, Doenças Osteomuscula-
Observação
A Circular 667, de julho de 2022, 
desobrigou as seguradoras de 
seguirem o conceito usual de 
acidentes pessoais. No entanto, 
as companhias, em seu dia a 
dia, ainda utilizam o conceito 
tradicional, a saber:
Acidente pessoal é o 
evento com data caracterizada, 
exclusivo e diretamente externo, 
súbito, involuntário, violento e 
causador de lesão física, que, 
por si só e independentemente 
de toda e qualquer outra causa, 
tenha como consequência 
direta a morte ou a invalidez 
permanente, total ou parcial, 
do segurado ou que torne 
necessário tratamento médico.
33
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
res Relacionadas ao Trabalho – DORT, Lesão por Trauma Continuado 
ou Contínuo – LTC ou similares que venham a ser aceitas pela classe 
médico-científica bem como suas consequências pós-tratamentos, 
inclusive cirúrgicos, em qualquer tempo; 
 ■ situações reconhecidas por instituições oficiais de previdência ou 
assemelhadas como “invalidez acidentária”, nas quais o evento 
causador da lesão não se enquadre integralmente na caracteriza-
ção de invalidez por acidente pessoal.
Exemplo
As situações descritas, a seguir, evidenciam riscos cobertos, ou seja, apresentam casos 
que dão direito à cobertura de Acidentes Pessoais:
1) um segurado sofre um grave acidente que o impossibilita de se locomover em busca 
de socorro. Se as condições meteorológicas forem adversas, como chuva e frio, ficando 
o segurado por muito tempo exposto até ser socorrido e, em decorrência disso, contrair 
pneumonia que lhe venha a ser fatal, esse evento terá cobertura, visto ter sido motiva-
do por traumatismos que impediram sua mobilidade;
2) um segurado sofre um atropelamento e, em consequência desse acidente, tem um 
braço amputado; 
3) um segurado é vítima de assalto, ocasião em que é ferido. O ferimento gera séria infecção.
Morte Acidental
Esta cobertura tem por objetivo garantir aos beneficiários designados pelo 
segurado o pagamento de indenização específica, caso o falecimento do 
segurado tenha sido ocasionado por acidente pessoal coberto.
Invalidez Permanente Total 
ou Parcial por Acidente (IPA)
Esta cobertura tem por objetivo garantir ao próprio segurado o paga-
mento de uma indenização referente à perda, redução ou impotência 
funcional definitiva, total ou parcial, de membros ou órgãos, ocasionada 
por acidente coberto.
34
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
As indenizações por morte ou invalidez permanente total ou parcial por acidente, 
geralmente, são pagas de uma só vez, podendo haver a opção expressa, do segurado, 
pela transformação da indenização em renda.
Na hipótese de indenização sob a forma de renda, a taxa de juros deve observar o 
limite máximo de 6% a.a. ou sua equivalente efetiva mensal.
As indenizações pagáveis por morte e por invalidez permanente total ou parcial por aci-
dente não são cumulativas. Dessa forma, se o segurado receber indenização por invali-
dez decorrente de acidente e, mais tarde, vier a falecer em função do mesmo acidente, a 
indenização recebida pela invalidez será deduzida daquela que lhe é devida por morte.
A indenização paga por invalidez permanente total ou parcial por acidente é devida ao 
próprio segurado, quando caracterizada suainvalidez. Após a conclusão do tratamento, 
ou esgotados os recursos terapêuticos disponíveis para sua recuperação, e constatada 
e avaliada a invalidez permanente quando da alta médica definitiva, a seguradora deve 
pagar a respectiva indenização, de acordo com os percentuais estabelecidos nas con-
dições gerais ou especiais do seguro.
Não ficando abolidas por completo as funções do membro ou órgão lesa-
do, a indenização por perda parcial é calculada pela aplicação, à porcenta-
gem prevista no plano para sua perda total, do grau de redução funcional 
apresentado.
A tabela para o cálculo da indenização da cobertura de IPA, usualmente 
utilizada pelo mercado, consta dos Anexos deste manual.
35
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Quando a indicação médica sobre a extensão das lesões for estabelecida em termos de grau 
máximo, médio ou mínimo, sem a indicação exata do grau de redução funcional apresentado, 
a indenização será calculada, respectivamente, com base nas seguintes percentagens:
 ■ Grau máximo: 75% dos percentuais constantes da tabela.
 ■ Grau médio: 50% dos percentuais constantes da tabela.
 ■ Grau mínimo: 25% dos percentuais constantes da tabela.
Exemplo:
Um segurado contratou uma cobertura de Acidentes Pessoais com capital de R$ 
100.000,00 na garantia de IPA (Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente) e 
sofreu um acidente que lhe atinge um dos pés. Segundo a indicação médica, trata-se 
de uma lesão de grau mínimo. 
Supondo-se que a tabela constante dos Anexos tenha sido utilizada, verifica-se que a 
porcentagem para a perda total do uso de um dos pés é de 50% da importância segu-
rada. Todavia, como o médico indicou que o grau da lesão foi mínimo, ele só terá direito 
a 25% desse R$ 50.000,00. Dessa forma, sua indenização será de R$ 12.500,00.
São ainda procedimentos relativos à invalidez permanente total ou parcial 
por acidente:
 ■ nos casos cuja especificação não consta da tabela, a indenização 
deve ser estabelecida, levando em consideração a diminuição per-
manente da capacidade física do segurado, sem que a sua profis-
são tenha qualquer peso nesta aferição; 
 ■ se mais de um órgão ou membro for lesionado no mesmo aci-
dente, a indenização será determinada pela soma dos percen-
tuais respectivos constantes da tabela. A indenização resultan-
te não poderá, em qualquer hipótese, ser superior a 100% do 
capital segurado para a garantia.
 ■ quando membros ou órgãos não forem íntegros ou inteiramen-
te funcionais antes do acidente, a indenização será estabelecida 
deduzindo-se, da porcentagem indicada na tabela, a porcentagem 
correspondente à invalidez preexistente;
 ■ os danos de natureza estética, ou seja, aqueles que apenas afetam 
a aparência do segurado, sem implicarem perda ou redução da 
funcionalidade das partes afetadas, estão excluídos da cobertu-
ra de invalidez permanente assim como a perda de dentes;
 ■ a invalidez permanente indenizável deve sempre ser comprovada 
mediante a apresentação de laudo médico detalhado à seguradora; 
Exemplo
Em um mesmo acidente pessoal, 
um segurado sofreu perda total 
do uso de uma das mãos e 
perda total da visão de ambos os 
olhos. Considerando-se que ele 
contratou um seguro com garantia 
básica (IPA) de R$ 100.000,00, 
contendo a Tabela de Indenização 
apresentada no Anexo, verificamos 
que ele teria direito à seguinte 
indenização: 60% do capital 
segurado pela perda da mão 
(R$ 60.000,00) e 100% do capital 
segurado pela perda da visão de 
ambos os olhos (R$ 100.000,00).
Logo, a indenização total seria de 
R$ 160.000,00. 
Todavia, como o máximo a ser 
pago num mesmo acidente é 100% 
do capital da garantia contratada, o 
segurado receberá R$ 100.000,00.
36
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Saiba mais
No caso de divergências sobre a causa, natureza ou extensão de lesões, bem como 
sobre a avaliação da incapacidade relacionada ao segurado, a seguradora deverá 
propor ao segurado, por meio de correspondência escrita, dentro do prazo de 15 
dias, a contar da data da contestação, a constituição de junta médica. Essa junta será 
formada por três membros, sendo um nomeado pela seguradora, outro pelo segurado 
e um terceiro, desempatador, escolhido pelos dois nomeados. Cada uma das partes 
pagará os honorários do médico que tiver designado; os do terceiro serão pagos, em 
partes iguais, pelo segurado e pela seguradora. O prazo para a constituição da junta 
médica será de, no máximo, 15 dias a contar da data da indicação do membro 
nomeado pelo segurado.
Despesas Médicas, Hospitalares 
e Odontológicas (DMHO)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o reembolso, limitado ao capital 
segurado, das despesas efetuadas pelo segurado para o tratamento das 
consequências de acidente coberto, iniciado sob orientação médica, nos 
30 primeiros dias contados da data do acidente. Ela cobre as despesas 
médicas e dentárias, assim como os custos de diárias hospitalares que, a 
critério médico, sejam necessárias à recuperação do segurado.
Cabe ao segurado a livre escolha dos prestadores dos serviços 
 médico-hospitalares e odontológicos, desde que legalmente habilitados.
As seguradoras estão autorizadas a estabelecer acordos ou convênios 
com prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos, a fim 
de facilitar a prestação da assistência ao segurado, mas preservando sem-
pre a livre escolha que esse segurado venha a fazer fora daquela rede.
É possível a contratação da cláusula prevendo franquia dedutível do total a 
reembolsar, com redução da taxa.
 ■ Franquia – valor previsto na apólice com o qual o segurado parti-
cipará em caso de sinistro.
 ■ Franquia dedutível – tipo de franquia mais utilizado, cujo valor é 
deduzido de todos os prejuízos.
Para fins de ressarcimento, parcial ou total, das despesas médico-hospita-
lares efetuadas, são exigidos comprovantes originais e relatórios do médi-
co assistente ou do dentista.
São ressarcidas, também, as despesas cobertas efetuadas no exterior. 
Nesse caso, o ressarcimento toma como base o câmbio oficial de venda 
Importante
Não estão abrangidas as 
despesas decorrentes de:
- acompanhantes;
- estados de convalescença 
(após o recebimento da alta 
médica); 
- aparelhos referentes a 
órteses de qualquer natureza 
e a próteses de caráter 
permanente, excetuadas 
as próteses pela perda de 
dentes naturais.
37
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
da moeda estrangeira na data do efetivo pagamento realizado pelo segu-
rado. A conversão à moeda nacional é atualizada monetariamente, pela 
seguradora, quando da liquidação do sinistro.
Importante
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais podem ser oferecidas em um plano 
de seguro de acidentes pessoais ou em qualquer outro plano de seguros de pessoas 
como, por exemplo, o seguro de vida em grupo.
Um plano de seguros de pessoas bastante comum no mercado é o seguro viagem, 
que tem por objetivo garantir aos segurados, durante o período de viagem previamente 
determinado, o pagamento de indenização quando da ocorrência de riscos previstos e 
cobertos nos termos das condições gerais e especiais contratadas.
Entretanto, deve-se observar que esse tipo de seguro deve oferecer, no mínimo, as cober-
turas básicas de morte acidental ou de invalidez permanente total ou parcial por acidente.
Além disso, outras coberturas poderão ser oferecidas no seguro viagem, desde que estejam 
relacionadas a viagens. Um exemplo seria a indenização referente à perda de bagagem.
 — Diárias por Incapacidade (DI)
Esta cobertura consiste no pagamento de diárias a partir da caracterização 
da impossibilidade contínua e ininterrupta de o segurado exercer a sua 
profissão ou ocupação.
O pagamento das diárias ocorrerá durante o período em que o segura-
do se encontrar sob tratamento, sendo efetuado a partir do 1º dia após o 
período de franquia de, no máximo, 15 dias.
Geralmente, é oferecido o limite máximo de 360 diárias por período con-tratual. Esse limite também é o máximo pagável por um mesmo evento.
O valor do capital segurado pode ser definido em forma de diárias de inde-
nização ou ainda por meio de pagamento único.
 — Diárias por Internação 
Hospitalar (DIH)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização pro-
porcional ao período de internação do segurado, observados o período de 
franquia e o limite contratual máximo por evento, fixados nas condições 
gerais ou especiais.
38
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
O período de franquia deve ser, no máximo, de 15 dias a contar da data 
do evento. E o valor do capital segurado poderá ser estabelecido sob a 
forma de diária ou pagamento único, independentemente das despesas 
efetuadas pelo segurado.
Importante
As coberturas de Diárias por Incapacidade (DI) e Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 
podem ser decorrentes de acidente pessoal ou não. A abrangência dessas cobertu-
ras é determinada pela seguradora nas condições gerais do plano.
 — Perda de Renda
Esta cobertura garante o pagamento de indenização em caso de perda de 
emprego.
Deverão ser observados os critérios estabelecidos no plano tais como: 
tempo mínimo de carteira profissional assinada, tempo mínimo no último 
emprego, motivos de demissão, entre outros.
 — Perda De Certificado De 
Habilitação De Voo (PCHV)
Esta cobertura foi criada, especialmente, para profissionais de aviação. 
Garante uma indenização ao segurado, na hipótese da perda definitiva 
do Certificado de Habilitação Técnica de Voo, decorrente de acidente ou 
doença durante a vigência do seguro. 
 — Auxílio-Funeral
Esta cobertura garante o reembolso das despesas com o funeral até o 
limite do capital segurado.
É importante destacar que, ainda que a seguradora ofereça a alternativa 
de prestação de serviços, é garantida a livre escolha dos prestadores de 
serviço pelos beneficiários, com o respectivo reembolso das despesas 
efetuadas.
39
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Você sabe qual é a diferença entre o Seguro Auxílio-Funeral e a Assistência Funeral?
O Seguro Auxílio-Funeral é uma modalidade do Seguros de Pessoas. Portanto, todas as 
seguradoras autorizadas a operar no Ramo Vida podem comercializar essa cobertura, 
desde que incluída em algum plano devidamente protocolado na SUSEP.
A cobertura de Auxílio-Funeral, geralmente com capital segurado de baixo valor, tem 
por objetivo reembolsar os gastos referentes ao funeral no caso de morte do segurado. 
Sua caracterização como seguro está condicionada à livre escolha dos prestado-
res de serviços, com cobrança de prêmio e constituição de provisão.
De forma distinta, a Assistência Funeral é tratada como um serviço complementar ao 
contrato de seguro, não havendo direito à livre escolha, ou seja, o segurado fica limita-
do aos prestadores de serviço indicados pela seguradora.
Nesse caso, deve ser observado que:
1) os serviços não podem ser prestados diretamente pela seguradora;
2) os serviços terão seus regulamentos previstos em documento próprio, apartado das 
condições contratuais do seguro;
3) quando cobrado do segurado, o pagamento dos serviços deverá estar discriminado 
em apartado ao prêmio de seguro; 
4) o regulamento não poderá prever o pagamento em espécie ou reembolso ao segurado.
 SEGURO 
 EDUCACIONAL 
O seguro educacional visa auxiliar o custeio das despesas com a educa-
ção do beneficiário, em razão da ocorrência dos eventos cobertos.
O seguro educacional deverá conter condições gerais elaboradas espe-
cialmente para o produto, em que o beneficiário das indenizações poderá 
ser tanto o educando quanto a instituição de ensino, conforme estabeleci-
do nas condições gerais citadas.
Nos seguros contributários, deverá ser garantida a possibilidade de substi-
tuição do estabelecimento de ensino que recebe diretamente a indenização.
O plano de seguro educacional poderá ser estruturado com quaisquer 
coberturas de risco.
40
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
O capital segurado deve ser estabelecido para auxiliar o pagamento das mensalidades. 
E as condições contratuais deverão explicitar, de forma clara, as eventuais consequên-
cias decorrentes da possibilidade de descasamento entre os critérios de atualização das 
mensalidades escolares e do capital segurado.
Importante
Considerando que existe a possibilidade de diferenciação nos critérios de atualização 
das mensalidades escolares e do capital segurado, deverá ser observado que o capital 
segurado pode não ser suficiente para quitar integralmente as mensalidades. Por esse 
motivo, é vedada a utilização da terminologia “garantia de custeio educacional” na 
designação do Seguro Educacional.
Além disso, deve ficar claro que não se incluem, na modalidade educacional, os segu-
ros de acidentes pessoais que visem, exclusivamente, à cobertura de acidentes dos 
educandos durante a permanência no estabelecimento de ensino ou em seu trajeto.
 SEGURO PRESTAMISTA 
O Seguro Prestamista objetiva o pagamento de prestações ou a quitação do 
saldo devedor da compra de bens adquiridos pelo segurado ou da tomada 
de empréstimos por ele realizada. Esse seguro se configura como uma pro-
teção financeira para empresas que vendem a crédito bem como ao segura-
do que fica livre da responsabilidade em caso de sinistro. Por essa razão, a 
apólice deve especificar a obrigação à qual o seguro está vinculado.
O valor da cobertura pode ser fixo ou variar de acordo com parâmetros 
objetivos relacionados à obrigação a que o seguro está atrelado. Já a 
vigência não pode superar o prazo da obrigação a que o seguro está vin-
culado, quando houver data de término.
41
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Nos Seguros Prestamistas, o primeiro beneficiário será sempre o esti-
pulante, pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso, devendo a 
diferença que ultrapassá-lo, quando for o caso, ser paga ao beneficiário 
indicado pelo segurado, aos herdeiros legais ou ao próprio segurado, no 
caso de invalidez.
O seguro prestamista também pode ser contratado para obrigações 
assumidas por pessoas jurídicas de direito privado, desde que haja rela-
ção direta entre os riscos cobertos e a capacidade de a pessoa jurídica 
honrar o pagamento do valor referente à obrigação em caso de sinistro. 
Nesse caso, o seguro deve ser feito sobre a vida de um ou mais sócios, 
titulares, instituidores, administradores ou empresários.
É comum a contratação dos seguros prestamistas contendo as coberturas 
de Morte, Invalidez por Acidente e/ou Doença. Eventualmente, a cobertura 
de Perda de Renda também pode ser contratada. Essa última cobertura 
eleva significativamente os prêmios do seguro.
 SEGUROS COLETIVOS 
 E COBERTURAS PARA 
 SEGURADOS DEPENDENTES 
Nos seguros coletivos, o segurado titular é aquele que mantém o vínculo 
direto com o estipulante. Como exemplo, podemos citar o funcionário da 
empresa que contratou apólice. Neste caso, o segurado titular é o funcioná-
rio e a empresa é o estipulante. Alguns planos de seguros coletivos podem 
também prever a cobertura para os segurados dependentes do titular. 
Podem ser admitidos como segurados, desde que previsto no plano e 
contratados pelo estipulante: o cônjuge, o(a) companheiro(a), os filhos, os 
enteados e os menores, considerados dependentes econômicos do com-
ponente principal do grupo, bem como outros membros da família. 
As duas cláusulas que permitem a inclusão de coberturas para os compo-
nentes dependentes são: cláusula suplementar de inclusão de cônjuge 
e cláusula suplementar de inclusão de filhos. 
42
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
A cláusula suplementar de inclusão de cônjuge define a inclusão no plano dos 
cônjuges dos segurados principais, que pode ser feita das seguintes formas:
 ■ automática – quando abranger os cônjuges de todos os segura-
dos principais;
 ■ facultativa – quando abranger os cônjuges dos segurados princi-
pais que assim o autorizarem.
Equiparam-se aos cônjuges os companheirosdos segurados principais, 
se, ao tempo do contrato, o segurado era separado judicialmente ou já se 
encontrava separado de fato. O capital segurado do cônjuge e dos filhos 
não pode ser superior a 100% do capital segurado do respectivo segura-
do principal. A cláusula suplementar de inclusão de filhos define a inclu-
são no plano dos filhos do segurado principal e/ou do cônjuge segurado 
pela cláusula suplementar de inclusão de cônjuge, que pode ser feita das 
seguintes formas:
 ■ automática – quando abranger os filhos de todos os segurados 
principais ou dos cônjuges segurados; 
 ■ facultativa – quando abranger os filhos dos segurados principais 
ou dos cônjuges segurados que assim o autorizarem.
Para os menores de 14 anos é permitido, exclusivamente, o oferecimento e 
a contratação de coberturas relacionadas ao reembolso de despesas, seja 
na condição de segurado principal ou de dependente.
Equiparam-se aos filhos os enteados e os menores considerados depen-
dentes econômicos do segurado principal.
Nos planos coletivos, quando ambos os cônjuges forem segurados princi-
pais do mesmo grupo segurado, os filhos poderão ser incluídos, uma única 
vez, como dependentes daquele de maior capital segurado, sendo este 
denominado como “segurado principal” para efeito da cláusula.
O capital segurado dos filhos não pode ser superior a 100% do capital 
segurado do respectivo segurado principal.
Na hipótese de morte simultânea (comoriência) do segurado principal e 
do(s) segurado(s) dependente(s), os capitais segurados referentes às 
coberturas dos segurados, principal e dependente(s), deverão ser pagos 
aos respectivos beneficiários indicados ou, na ausência destes, aos her-
deiros legais dos segurados.
Atenção
O critério para fixação do capital segurado da cláusula suplementar de inclusão de côn-
juge e da cláusula suplementar de inclusão de filhos deve ser estabelecido na respecti-
va cláusula ou nas condições especiais do plano de Seguros de Pessoas.
43
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 REGRAS ESPECÍFICAS 
 PARA SEGUROS DE VIGILANTES 
Nos casos dos seguros para a atividade específica de vigilantes, deve ser 
contratada, no mínimo, a cobertura de morte por causas naturais e aciden-
tais, observando-se os termos da convenção coletiva específica para defi-
nição dos capitais segurados mínimos por vigilante e por cobertura. Outras 
coberturas poderão ser incluídas no seguro, a critério das partes contratan-
tes, observadas as regulamentações vigentes.
 REGRAS ESPECÍFICAS 
 PARA SEGUROS DE ACIDENTES 
 PESSOAIS DE PASSAGEIROS 
Nos casos dos seguros para passageiros, se contratados dentro do ramo de 
seguro de pessoas, essa garantia deve obedecer às seguintes premissas:
I. Não identificação prévia da identidade das pessoas naturais 
expostas aos riscos segurados; 
II. Vinculação das coberturas a riscos relacionados à utilização do 
meio de transporte indicado na apólice, certificado ou bilhete de 
seguro.
Nessa situação, é dispensado o preenchimento de proposta por parte dos 
segurados, devendo ser observados os requisitos de formalização da con-
tratação do seguro. Em caso de indenização relativa à morte acidental, os 
beneficiários serão aqueles especificados no Código Civil vigente.
 CAPITAL SEGURADO 
Entende-se como capital segurado o valor máximo, vigente na data do 
evento para a cobertura contratada, a ser pago ou reembolsado pela segu-
radora, no caso de ocorrência de sinistro coberto pela apólice.
Nos planos coletivos, para cada grupo pode haver uma ou mais classes de 
capitais segurados, devendo a respectiva escala ser fixada em função de 
fatores objetivos como:
44
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ uniforme – os capitais segurados são iguais para todos os compo-
nentes do grupo segurado;
 ■ múltiplo salarial – os capitais segurados são múltiplos do salário 
do componente principal;
 ■ escalonado – os capitais segurados acompanham um determinado 
critério preestabelecido em função da idade e do salário, por exemplo; 
 ■ global – os capitais segurados referentes a cada componente sofrem 
variações decorrentes de mudanças na composição do grupo segurado.
O capital segurado para a cobertura de despesas médicas, hospitalares e 
odontológicas representa o limite máximo de reembolso pelo mesmo evento.
No caso de invalidez parcial por acidente, a reintegração do capital segurado é 
automática após cada sinistro, geralmente sem cobrança de prêmio adicional.
Se após o pagamento da indenização por invalidez permanente por acidente, 
for verificada a morte do segurado em consequência do mesmo acidente, a 
importância já paga por invalidez permanente deverá ser deduzida do valor 
do capital segurado por morte, se esta cobertura tiver sido contratada.
Nos seguros em que o segurado for responsável pelo custeio do plano, total 
ou parcialmente, será vedada a redução, por parte da seguradora, do valor do 
capital segurado contratado sem a devida solicitação expressa do segurado.
Exemplo
Um segurado tem um capital segurado de R$ 100.000,00 e sofre um acidente, em que 
perde totalmente o uso de uma das mãos, recebendo 60% de indenização. Seu capital 
segurado, no entanto, é reintegrado, ou seja, volta a ser de R$ 100.000,00. Se tiver 
novo acidente, terá direito à nova indenização.
A reintegração se dá porque cada acidente é um evento aleatório, independente do 
anterior. Todavia, se for comprovada a Invalidez Permanente Total, não há reinte-
gração. A indenização é paga e o segurado é excluído do grupo.
Importante
Considera-se como data do evento, para efeito de determinação do capital segurado, 
quando da liquidação dos sinistros:
1) para as coberturas de acidentes pessoais: a data do acidente;
2) para a cobertura de risco por invalidez, não consequente de acidente: a data indica-
da na declaração médica;
3) para as demais coberturas de risco: a data da ocorrência do evento coberto, conforme 
definido nas condições gerais ou especiais, ressalvado o disposto nos itens 1 e 2 acima.
45
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 VIGÊNCIA 
O início de vigência é a data a partir da qual as coberturas de risco propos-
tas serão garantidas pela seguradora. A vigência de um plano com cober-
tura de risco é normalmente de um ano, sendo facultada a contratação por 
período diferente (dias, meses, anos, vitalício).
Deverão ser especificados nas apólices, nos certificados individuais e nas 
propostas o início e o final de vigência das coberturas contratadas, sendo 
que o início e o término de vigência ocorrerão sempre às 24 horas das 
datas neles indicadas.
Para as propostas que tenham sido recepcionadas sem pagamento de 
prêmio, o início de vigência da cobertura deverá coincidir com a data de 
aceitação da proposta ou com data distinta, desde que expressamente 
acordada entre as partes.
Em contrapartida, para as propostas que tenham sido recepcionadas com 
adiantamento de valor para futuro pagamento parcial ou total do prêmio, o 
início de vigência da cobertura será a partir da data de recepção da proposta 
pela seguradora.
 CARÊNCIA 
Entende-se como prazo de carência o período, contado a partir da data 
de início de vigência do seguro ou do aumento do capital segurado ou 
da recondução, no caso de suspensão, durante o qual, na ocorrência do 
sinistro, o segurado ou os beneficiários não terão direito à percepção dos 
capitais segurados contratados.
Os planos com cobertura de risco poderão estabelecer prazo de carência, 
devendo ser respeitado o limite máximo de 2 anos.
O prazo de carência, exceto no caso de suicídio ou de sua tentativa, não 
poderá exceder metade do prazo de vigência previsto pela apólice, no caso 
de contratação individual, ou pelo certificado, no caso de contratação coletiva.
A carência poderá, a critério da seguradora, ser reduzida ou substituída por 
declaração pessoal de saúde ou de atividade ou exame médico.
O prazo de carência, quando previsto pelo plano de seguro, deverá:
1) no casode planos individuais: ser fixado na proposta de contra-
tação, condições gerais e nota técnica atuarial;
Importante
No caso de não renovação da 
apólice coletiva, as condições 
contratuais deverão ter sua 
vigência estendida, pelo 
estipulante e pela seguradora, 
até a extinção de todos os 
riscos cobertos relativos aos 
prêmios já pagos.
46
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
2) no caso de planos coletivos: ser fixado no contrato, na proposta 
de contratação e na proposta de adesão, com expressa menção 
de sua existência nas condições gerais e na nota técnica atuarial.
O prazo de carência poderá ser aplicado aos aumentos de capital segu-
rado solicitados após o início de vigência, desde que assim conste das 
condições gerais.
Importante
Em caso de renovação de apólice, não será iniciado novo prazo de carência.
Para sinistros decorrentes de acidentes pessoais, não poderá ser estabelecido prazo 
de carência, exceto no caso de suicídio ou de sua tentativa, quando o referido pe-
ríodo corresponderá a dois anos ininterruptos, contados da data de contratação ou de 
adesão ao seguro ou ainda de sua recondução depois de suspenso.
No caso de migração de apólices, não será reiniciada a contagem de novo prazo de 
carência para segurados já incluídos no seguro pela apólice anterior, em relação às 
coberturas e aos respectivos valores já contratados.
 CESSAÇÃO 
 DE COBERTURA 
Respeitado o período correspondente ao prêmio pago, a cobertura de 
cada segurado cessa, automaticamente, ao final do prazo de vigência da 
apólice, se esta não for renovada.
Na hipótese de o segurado, seus prepostos ou seus beneficiários agirem 
com dolo, fraude ou simulação na contratação do seguro ou durante sua 
vigência, ou ainda para obter ou para majorar a indenização, dá-se, auto-
maticamente, a caducidade do seguro, sem restituição dos prêmios, fican-
do a seguradora isenta de qualquer responsabilidade.
Respeitado o período correspondente ao prêmio pago, a cobertura do 
segurado principal cessa, ainda:
 ■ com o desaparecimento do vínculo entre o segurado principal e o 
estipulante, nos planos coletivos; 
 ■ quando o segurado solicitar sua exclusão da apólice ou quando 
deixar de contribuir com sua parte no prêmio.
Além das situações mencionadas acima e de outras, previstas nas condi-
ções gerais ou especiais dos planos, a cobertura de cada segurado depen-
dente cessa:
47
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ se for cancelada a respectiva cláusula suplementar;
 ■ com o cancelamento do seguro do segurado principal;
 ■ com a morte do segurado principal;
 ■ no caso de cessação da condição de dependente; 
 ■ a pedido do segurado principal, na hipótese de inclusão facultativa 
do segurado dependente.
 PERDA DE DIREITOS 
Das condições gerais dos planos, deverá constar que o segurado perderá 
o direito à indenização se agravar intencionalmente o risco.
Das condições gerais e da proposta, deverá constar a informação de que se o 
segurado, seu representante legal ou seu corretor de seguros fizerem decla-
rações inexatas ou omitirem circunstâncias que possam influir na aceitação 
da proposta ou no valor do prêmio, ficará prejudicado o direito à indenização, 
além de estar o segurado obrigado ao pagamento do prêmio vencido.
Entretanto, deve ficar claro que se a inexatidão ou a omissão nas declara-
ções não resultar de má-fé do segurado, a seguradora poderá:
1) na hipótese de não ocorrência do sinistro:
 ■ cancelar o plano, retendo a parcela proporcional ao tempo decor-
rido do prêmio originalmente pactuado; 
 ■ mediante acordo entre as partes, permitir a continuidade do plano, 
cobrando a diferença de prêmio cabível ou restringindo a cober-
tura contratada.
2) na hipótese de ocorrência de sinistro com pagamento parcial do 
capital segurado:
 ■ cancelar o seguro, após o pagamento da indenização, retendo a 
parcela calculada proporcionalmente ao tempo decorrido do prê-
mio originalmente pactuado, acrescido da diferença cabível; 
 ■ mediante acordo entre as partes, permitir a continuidade do segu-
ro, cobrando a diferença de prêmio cabível ou deduzindo-a do 
valor a ser pago ao segurado ou ao beneficiário, ou restringindo a 
cobertura contratada para riscos futuros.
3) na hipótese de ocorrência de sinistro com pagamento integral do 
capital segurado:
 ■ cancelar o seguro após o pagamento da indenização, deduzindo a 
diferença de prêmio cabível do valor a ser indenizado.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Deverá, também, constar das condições gerais do plano de seguro que o 
segurado é obrigado a comunicar à seguradora, logo que saiba, qualquer 
fato suscetível de agravar o risco coberto, sob pena de perder o direito à 
cobertura, se ficar comprovado que silenciou de má-fé.
Nesses casos, a seguradora, desde que o faça nos 15 dias seguintes ao 
recebimento do aviso de agravação do risco, poderá dar ciência ao segu-
rado, por escrito, de sua decisão de cancelar o seguro ou, mediante acor-
do entre as partes, restringir a cobertura contratada ou cobrar a diferença 
de prêmio cabível, sendo que o cancelamento do plano só será eficaz 30 
dias após a notificação, devendo ser restituída a diferença do prêmio, cal-
culada proporcionalmente ao período a decorrer.
 CANCELAMENTO E 
 REABILITAÇÃO DA APÓLICE 
O contrato de seguro pode ser rescindido a qualquer tempo mediante 
acordo entre as partes contratantes, devendo ser observada, no caso dos 
planos coletivos, a anuência prévia e expressa de segurados que repre-
sentem, no mínimo, 3/4 do grupo segurado.
As apólices não podem ser canceladas durante a vigência, pela segurado-
ra, sob a alegação de alteração da natureza dos riscos.
O não pagamento do prêmio por parte do segurado ou estipulante nos 
prazos estipulados nas condições contratuais, poderá acarretar o cance-
lamento da apólice ou do certificado individual, a partir do primeiro dia de 
vigência do período de cobertura a que se referir a cobrança.
No caso de não ocorrer o cancelamento imediato da apólice ou do certifi-
cado individual, por inadimplência do segurado ou do estipulante, deverá 
ser adotada uma das seguintes hipóteses pela seguradora:
 ■ prazo de tolerância – cobertura dos sinistros ocorridos durante 
o período de inadimplência, com a consequente cobrança do prê-
mio devido ou, quando for o caso, seu abatimento da indenização 
paga ao(s) beneficiário(s); 
 ■ prazo de suspensão – não cobertura dos sinistros ocorridos 
durante o período de inadimplência, sendo vedada a cobrança dos 
prêmios referentes a esse período.
Os prazos de tolerância ou suspensão tratados acima deverão estar espe-
cificados nas condições gerais do plano.
49
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 RENOVAÇÃO DA APÓLICE 
A renovação automática do plano, desde que haja previsão expressa em suas 
condições gerais, só poderá ocorrer uma única vez e por igual período, devendo 
as renovações posteriores serem feitas, obrigatoriamente, de forma expressa.
A renovação automática não se aplica aos segurados, nos planos individuais, 
e estipulantes, nos planos coletivos, ou à seguradora que comunicarem o 
desinteresse na continuidade do plano, mediante aviso prévio de, no míni-
mo, 30 dias que antecedam o final da vigência da apólice.
A renovação expressa poderá ser efetivada quantas vezes se fizer neces-
sária, se realizada pelo estipulante nos seguros coletivos, e desde que não 
implique ônus, dever para os segurados ou redução de seus direitos, bem 
como pelo próprio segurado, em se tratando de seguros individuais.
Caso haja, na renovação, alteração da apólice que implique ônus, dever 
aos segurados ou a redução de seus direitos, deverá haver anuência pré-
via e expressa de, pelo menos, 3/4 do grupo segurado.
A renovação que não implicar em alteração da apólice, com ônus ou deve-
res adicionais para os segurados ou ainda a redução de seus direitos, 
poderá ser feita pelo estipulante.
Nas renovações expressas, caso a seguradora não tenha interesseem 
renovar a apólice, deverá comunicar aos segurados (nos seguros indivi-
duais) e ao estipulante (nos seguros coletivos), mediante aviso prévio de, 
no mínimo, 30 dias que antecedam o final de vigência da apólice.
 RISCOS EXCLUÍDOS 
Os planos possuem níveis distintos de exclusão. Por esse motivo, é impres-
cindível a leitura atenta das condições gerais do plano a ser contratado.
Na relação dos riscos excluídos, deverão constar os danos causados por 
atos ilícitos dolosos praticados pelo segurado, pelo beneficiário ou pelo 
representante, de um ou de outro.
Nos seguros contratados por pessoas jurídicas, deverão ser excluídos, 
além dos citados acima, os danos causados por atos ilícitos dolosos prati-
cados por seus sócios controladores, dirigentes e administradores, pelos 
beneficiários e pelos respectivos representantes.
50
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Não pode ser estipulada, entre as partes, cláusula que exclua o suicídio ou 
sua tentativa, após os primeiros dois anos de vigência inicial do contrato ou 
de sua recondução depois de suspenso.
Caso as condições gerais ou especiais excluam doença preexistente das 
coberturas do seguro, esta deverá ser definida como doença de conheci-
mento do segurado e não declarada na proposta de contratação ou, no 
caso de contratação coletiva, na proposta de adesão.
Atenção
De acordo com o Código Civil, é vedada a exclusão de morte ou de incapacidade do 
segurado quando provier da utilização de meio de transporte mais arriscado, da pres-
tação de serviço militar, da prática de esporte ou de atos de humanidade em auxílio de 
outrem.
É permitida a ampliação ou a extensão de cobertura a riscos de acidentes pessoais ex-
cluídos ou não previstos nas disposições normativas, mediante a elaboração de planos 
específicos e a cobrança adicional de prêmio, ficando esta emissão condicionada à 
aceitação prévia de resseguro, sempre que houver excedente a ressegurar.
Usualmente, não estão cobertos pelo Seguro de Acidentes Pessoais os 
riscos decorrentes de:
 ■ atos ou operações de guerra, com ou sem declaração formal, 
guerra química ou bacteriológica, guerra civil, guerrilha, revolução, 
agitação, motim, revolta ou outras perturbações da ordem pública 
e delas decorrentes, exceto a prestação de serviço militar ou atos 
de humanidade em auxílio de outrem;
 ■ uso de material nuclear para quaisquer fins, incluindo a explosão 
nuclear, provocada ou não, bem como a contaminação radioativa 
ou a exposição a radiações nucleares ou ionizantes;
 ■ furacões, ciclones, terremotos, maremotos, erupções vulcânicas e 
outras convulsões da natureza;
 ■ ato reconhecidamente perigoso que não seja motivado por neces-
sidade justificada, exceto prática de esporte e utilização de meio 
de transporte mais arriscado;
 ■ prática, por parte do segurado, do beneficiário ou do representan-
te legal, de um ou de outro, de atos ilícitos ou contrários à lei;
 ■ suicídio ou tentativa de suicídio, ocorrida nos primeiros dois anos 
contados a partir do início de vigência do seguro, ou de sua recon-
dução depois de suspenso.
51
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 DISTRIBUIÇÃO DE 
 EXCEDENTE TÉCNICO 
Exclusivamente nos planos coletivos, poderá ser adotada cláusula de exce-
dente técnico estabelecendo as condições de distribuição, ao estipulante 
ou aos segurados do grupo, dos resultados técnicos da apólice.
Consideram-se como receitas, para fins de apuração dos resultados técni-
cos, no mínimo:
 ■ prêmios de competência correspondentes ao período de vigência 
da apólice efetivamente pagos; 
 ■ estorno de sinistros computados em períodos anteriores e, defini-
tivamente, não devidos.
São despesas mínimas para fins de apuração dos resultados técnicos:
 ■ comissões de corretagem pagas durante o período;
 ■ comissões de administração pagas durante o período;
 ■ valor total dos sinistros ocorridos em qualquer época e ainda não 
considerados até o fim do período de apuração, computando-se 
de uma só vez os sinistros com pagamento parcelado;
 ■ saldos negativos dos períodos anteriores, ainda não compensados;
 ■ despesas efetivas de administração, acordadas com o estipulante.
As receitas e as despesas devem ser atualizadas monetariamente desde:
 ■ o respectivo pagamento, para prêmios e comissões;
 ■ o aviso à seguradora, para os sinistros;
 ■ a respectiva apuração, para os saldos negativos anteriores;
 ■ as datas em que incorreram, para as despesas de administração;
 ■ outras datas estabelecidas na cláusula de excedente técnico, para 
receitas ou despesas não previstas no rol mínimo descrito acima.
A apuração do resultado técnico deve ser atualizada, monetariamente, 
desde o término do período de apuração determinado no contrato até a 
data da distribuição do excedente técnico, destinando-se aos segurados 
ou estipulante um percentual do resultado apurado, estabelecido no contrato.
52
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
A distribuição de excedentes técnicos deve ser realizada após o término 
do prazo previsto no contrato, depois de pagas todas as faturas do período 
e no prazo máximo de 60 dias a contar da última quitação, vedado qual-
quer adiantamento a título de resultados técnicos.
Nos seguros, parcial ou totalmente contributários, o excedente técnico a 
ser distribuído deve ser, respectivamente, proporcional ou integralmente 
destinado ao segurado, podendo ainda ser revertido em benefícios ao 
grupo segurado, na forma estabelecida na cláusula de excedente técnico. 
Nesses casos, deverá ser incluída, no certificado individual, a informação 
de que o segurado tem direito ao excedente técnico.
 FORMA DE PAGAMENTO 
 DA INDENIZAÇÃO 
A indenização pode ser paga de uma única vez (capital) ou sob a forma de 
renda. De modo geral, o critério é estabelecido pelo segurado, na contra-
tação do plano pelo segurado. Entretanto, existe a possibilidade de que 
seja dada a opção, ao beneficiário, da escolha do critério, no que diz res-
peito ao recebimento do capital segurado.
No que se refere às rendas, elas podem ser pagas nas formas mensal, trimes-
tral, quadrimestral, semestral ou anual, sendo a forma mensal a mais comum.
As rendas, também chamadas de anuidades, designam uma sucessão de 
pagamentos feitos em intervalos regulares e podem ser classificadas em:
 ■ vitalícias – caracterizadas pelo pagamento enquanto o segurado 
ou beneficiário sobreviver;
 ■ temporárias – caracterizadas pelo pagamento durante um período 
de tempo predeterminado em contrato.
Além dessa classificação, essas rendas ainda podem ser:
 ■ renda certa – trata-se de uma renda, exclusivamente, financeira, 
independentemente da sobrevivência ou não do beneficiário. É 
considerada certa porque é paga durante um prazo previamente 
acordado e determinado.
Atenção
O plano de seguro poderá 
admitir a hipótese de 
substituição do pagamento 
da indenização em dinheiro 
por pagamento em bens 
ou serviços, desde que 
expressamente solicitada pelo 
segurado ou beneficiários.
53
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 ■
Exemplo
Suponha um plano com cobertura de morte por qualquer causa, sendo a indenização 
paga ao beneficiário indicado pelo segurado por 60 meses (prazo certo).
Dessa forma, o compromisso da seguradora é pagar ao beneficiário indicado pelo se-
gurado a indenização a que este tem direito pelo período de 60 meses. Caso o bene-
ficiário venha a falecer antes de completado o prazo de 60 meses, seus beneficiários 
terão direito a continuar a receber a indenização pelo prazo que estiver faltando para 
completar o prazo certo. Inexistindo beneficiários remanescentes, a indenização será 
paga aos sucessores legítimos, observada a legislação vigente, até o término do prazo 
certo contratado. Nesse caso, findos os 60 meses, extingue-se a indenização.
renda aleatória – trata-se de uma renda atuarial, pois considera a 
probabilidade de morte do beneficiário.
Exemplo
Suponha agora um plano com cobertura de morte natural, sendo a indenizaçãopaga 
ao beneficiário indicado pelo segurado enquanto estiver vivo.
Dessa forma, o compromisso da seguradora é pagar ao beneficiário indicado pelo se-
gurado a indenização a que este tem direito enquanto ele sobreviver. Quando ocorrer a 
morte do beneficiário, o compromisso da seguradora terminará.
É importante destacar que esses contratos têm sua estrutura técnica dife-
renciada. Desse modo, não caberá ao consumidor que contrata um segu-
ro estruturado sob a forma de renda aleatória pleitear cobertura similar 
à daqueles que contrataram uma renda certa. Os direitos serão distintos.
Outro aspecto a ser observado é o de que as rendas vitalícias são aleató-
rias (pois não se sabe quando o beneficiário falecerá), enquanto as rendas 
temporárias podem ser tanto aleatórias quanto certas. 
54
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta
1. Clara tem interesse em contratar um seguro de vida, mas tem dúvidas 
quanto à necessidade de contratar um plano com cobertura de risco e/ou 
sobrevivência, além de querer conhecer outras características desses 
tipos de produto, tais como seus instrumentos contratuais, condições de 
rejeição de um proponente etc. Com base nas principais dúvidas de Clara, 
o corretor deve explicar que:
(a) As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas 
cujo evento gerador não seja a sobrevivência do segurado a uma data 
predeterminada.
(b) A denominação de qualquer plano de Seguro de Vida está condicio-
nada, sempre, ao oferecimento da cobertura por sobrevivência.
(c) Na formalização da contratação de um plano de Seguros de Pessoas 
com cobertura de risco, são utilizados os seguintes instrumentos con-
tratuais: apólice e certificado individual.
(d) A seguradora pode rejeitar um proponente, de acordo com o Código Civil, 
pela única razão de ser portador de deficiência, sem configurar discriminação.
(e) É facultada a inclusão, nas condições contratuais, de cláusula de con-
corrência de apólices.
2. Um cliente conversa com o seu corretor sobre as coberturas do seguro de 
vida com cobertura de risco que pretende adquirir. Como ele é um profissio-
nal liberal, está muito interessado em entender sobre as coberturas ligadas 
à invalidez disponíveis no mercado. Tendo como base essa demanda do 
cliente, o corretor pode afirmar que:
(a) As coberturas não podem ser divididas em básicas e adicionais.
(b) Os planos não podem oferecer, juntas, as coberturas de morte natural 
e diárias de incapacidade temporária.
(c) A invalidez funcional permanente total por doença é aquela para 
a qual não se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os 
recursos terapêuticos disponíveis no momento de sua constatação, 
para a atividade laborativa principal do segurado.
(d) Não podem figurar como segurados da cobertura de invalidez 
laborativa permanente por doença as pessoas que não exerçam 
qualquer atividade laborativa, sendo vedados o oferecimento e a 
cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.
(e) Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização 
deve ser paga, sempre, sob a forma de renda certa, temporária ou 
vitalícia, em prestações mensais, iguais e sucessivas.
Consulte o gabarito clicando aqui.
55
UNIDADE 3
SEGUROS DE PESSOAS
03
COBERTURA
por SOBREVIVÊNCIA
 ■ Assimilar as características técnicas dos planos dotais, 
reconhecendo estes planos como exclusivos dos Seguros 
de Pessoas.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ CARACTERÍSTICAS DA 
COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
56
UNIDADE 3
SEGUROS DE PESSOAS
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Esta Unidade aborda as coberturas por sobrevivência que são exclusivas 
dos produtos do segmento de seguro de pessoas e que, portanto, não 
foram consideradas na disciplina de Previdência Complementar.
 CARACTERÍSTICAS DA COBERTURA 
 POR SOBREVIVÊNCIA 
A cobertura por sobrevivência dos Seguros de Pessoas pode ser oferecida 
isoladamente ou em conjunto com a cobertura (ou coberturas) de risco. É 
sempre estruturada sob o regime financeiro de capitalização e tem por 
finalidade o pagamento do capital segurado, de uma única vez ou sob for-
ma de renda, a pessoas físicas vinculadas ou não a um estipulante.
A cobertura por sobrevivência poderá ser estruturada nas modalidades de 
Contribuição Variável e de Benefício Definido, cujas definições foram abor-
dadas na Unidade 1.
No seguro de pessoas, a cobertura por sobrevivência poderá ser contratada 
de forma individual ou coletiva. A contratação deverá ser efetivada por meio 
de proposta de contratação e, no caso de plano coletivo, a adesão à apólice 
pelos proponentes será precedida do preenchimento da respectiva propos-
ta de adesão.
A contratação sob a forma coletiva pelo estipulante, destina-se a grupos de 
pessoas que a ela estejam vinculadas de qualquer forma lícita, devendo o 
vínculo ser estabelecido em contrato.
57
UNIDADE 3
SEGUROS DE PESSOAS
No caso de contratação coletiva, o plano deverá estar disponível a todos os 
componentes do grupo que mantenham vínculo com o estipulante. A adesão 
é facultativa, e podem ser admitidos como segurados do plano: o cônjuge, o(a) 
companheiro(a), os filhos, os enteados e os menores considerados dependen-
tes econômicos do componente do grupo.
Como falamos no início dessa unidade, a relação dos planos da família 
VGBL foram abordados na disciplina de Previdência Complementar, exceto 
pelos planos descritos abaixo, que são exclusivos do segmento de seguro 
de pessoas:
Dotal Puro
Garante ao segurado, durante o período de diferimento, remu-
neração por meio da contratação de índice de atualização de 
 valores, taxa de juros e, opcionalmente, tábua de mortalidade, 
sem reversão de resultados financeiros, sendo o capital segurado 
pago ao segurado sobrevivente ao término do período de diferi-
mento. É sempre estruturado na modalidade de benefício definido.
Dotal Misto
Garante o pagamento do capital segurado que será pago em fun-
ção da sobrevivência do segurado ao período de diferimento ou em 
função de sua morte ocorrida durante aquele período, sem rever-
são de resultados financeiros. É sempre estruturado na modalidade 
de benefício definido e no regime financeiro de capitalização.
Plano Dotal Misto com Performance
Garante o capital segurado que será pago em função da sobrevi-
vência do segurado ao período de diferimento ou em função da 
sua morte ocorrida durante aquele período, com reversão, parcial 
ou total, de resultados financeiros durante o período de diferimen-
to. É sempre estruturado na modalidade de benefício definido e no 
regime financeiro de capitalização. 
 
58
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 3 
1. Os planos dotais são exclusivos do segmento de pessoas. Sobre a cons-
tituição desses planos, podemos afirmar que:
(a) O Dotal Puro é um plano sem reversão de resultados financeiros e 
sempre estruturado na modalidade de benefício definido.
(b) O Dotal Misto é um plano com reversão de resultados financeiros e 
sempre estruturado na modalidade de benefício definido.
(c) O Dotal Misto com Performance é um plano sem reversão de resul-
tados financeiros e sempre estruturado na modalidade de benefício 
definido.
(d) O Dotal Misto e o Dotal Puro garantem duas coberturas: sobrevivên-
cia e morte.
(e) Dos planos dotais, o único que oferece reversão de resultados 
financeiros durante o período de diferimento é o Dotal Misto.
2. Ana tem interesse em contratar um seguro dotal misto, mas ela tem dúvi-
das quanto à modalidade de contratação bem como os regimes financeiros 
possíveis para tal produto. Consultando o seu corretor, o mesmo esclareceu 
que os planos dotais mistos são sempre estruturados na(o):
(a) Modalidade de contribuição variável.
(b) Modalidade de benefício definido.
(c) Regime financeiro de repartição simples.
(d) Regime financeiro de repartição decapitais de cobertura.
(e) Modalidade de benefício definido com reversão de resultados financeiros.
Consulte o gabarito clicando aqui.
59
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
04
NOÇÕES DE RISCO
e PRECIFICAÇÃO nos 
SEGUROS de PESSOAS
 ■ Compreender a 
importância da subscrição 
de riscos, considerando 
os principais agentes 
envolvidos no processo de 
subscrição.
 ■ Compreender as formas 
de utilização das tábuas de 
mortalidade, considerando 
os diferentes perfis de 
grupos de pessoas a 
serem precificados.
 ■ Conhecer os fatores 
importantes para 
precificação de seguros 
de pessoas e previdência, 
correlacionando os 
aspectos que influenciam 
no preço final para o 
consumidor.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO DE 
RISCOS E SUA FINALIDADE
⊲ CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
⊲ ANTISSELEÇÃO DE RISCOS
⊲ MÉTODOS DE 
PRECIFICAÇÃO DE SEGUROS
⊲ TÁBUAS DE MORTALIDADE
⊲ A UTILIZAÇÃO DA 
TÁBUA DE MORTALIDADE
⊲ TAXA PURA
⊲ REGIMES FINANCEIROS
⊲ FATORES QUE INFLUENCIAM 
NO CÁLCULO DO PREÇO 
DOS SEGUROS DE PESSOAS E 
DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
⊲ FIXANDO CONCEITOS 4
 ■ Conhecer os métodos de 
precificação considerando 
os aspectos ligados ao 
risco no seguro 
de pessoas.
 ■ Conhecer os 
regimes financeiros, 
correlacionando suas 
particularidades nas 
características dos planos 
de seguros.
60
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
 NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO DE RISCOS 
 E SUA FINALIDADE 
Subscrição é o processo de tomada de decisões seletivas utilizado pela 
seguradora para aceitar um risco. Normalmente, as atividades de subscrição 
se encontram distribuídas entre várias áreas e pessoas nas seguradoras.
É no momento da subscrição que se decidem quais riscos são aceitáveis 
e em que condições, determinando os valores dos prêmios corresponden-
tes a serem cobrados.
A subscrição tem como objetivo principal manter o índice de risco da segu-
radora em uma faixa aceitável, visando ao atendimento integral de suas obri-
gações para com os segurados, o lucro e a manutenção de sua subsistência.
Os principais agentes envolvidos no processo de subscrição são: o risco, 
o subscritor e a precificação.
O risco corresponde à possibilidade de perda ou ao objeto do seguro. 
Para que haja seguro, é necessário que haja risco, ou seja, um aconteci-
mento possível, mas futuro e incerto, que independe da vontade do segu-
rado e do segurador.
O subscritor, também denominado de analista de risco ou underwriter, é o 
profissional que trabalha em seguros e toma decisões seletivas referentes 
ao processo de subscrição ou à análise do risco.
A precificação tem o objetivo de encontrar o prêmio adequado para o 
risco. O subscritor e o atuário tratam de diferentes aspectos do preço do 
61
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
seguro. Usando as estatísticas de todo o mercado e as premissas do con-
trato, o atuário calcula a taxa a ser cobrada pelo seguro. Já o subscritor 
verifica se uma determinada proposta de seguro se encaixa nas premissas 
do contrato correspondente.
A subscrição determina para quem, sob que condições e a qual preço a 
cobertura do seguro poderá ser contratada, além de quais proponentes ao 
seguro serão aceitos e quais serão rejeitados.
Quando o risco é considerado dentro dos limites aceitáveis, a aprovação 
se dá com o “preço” padrão (standard). Entretanto, se o potencial de mor-
talidade se encontra acima da média, ocorre aprovação com uma taxa de 
prêmio agravada. Finalmente, se o segurado estiver fora dos limites de 
aceitação, a proposta é rejeitada.
 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 
De posse de todas as informações, o risco poderá ser classificado da 
seguinte forma:
 — Porcentagem Extra de Agravamento
Esta é uma das decisões feitas que compete aos subscritores. Cada segu-
radora aplica suas próprias tabelas de agravamento. Essa taxação é aplica-
da sobre o prêmio padrão. Por exemplo, uma pessoa com diabetes pode 
ter seu prêmio agravado em 25%, a critério da seguradora.
 — Agravamento Temporário
Esta modalidade apresenta um custo extra por um período determinado de 
anos ou até que determinada condição se altere. Normalmente, aplica-se 
um determinado valor de prêmio extra para cada R$ 1.000,00 de cobertura.
Por exemplo, se o subscritor é informado de que o proponente trabalhará 
em uma plataforma de petróleo por três meses, ele pode determinar um 
agravamento temporário do prêmio pelo período em que o proponente 
permanecer embarcado.
 — Agravamento Permanente
Neste caso, o subscritor assume que não ocorrerão mudanças nas condi-
ções do proponente. Essa modalidade também apresenta um custo extra 
62
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
para cada R$ 1.000,00 de cobertura. Não há, porém, determinação de tem-
po para o prêmio voltar ao patamar padrão. É comum em apólices para 
alguns tipos de câncer.
 ANTISSELEÇÃO DE RISCOS 
A antisseleção de riscos é uma das maiores preocupações com a opera-
ção de uma seguradora. A rigor, ela ocorre quando a companhia concede 
garantia para cobertura de riscos que tenham probabilidade de ocorrência 
acima da média, mas que não estão perfeitamente refletidos nos prêmios 
previstos, os quais são relativamente pequenos para o risco que está sen-
do coberto.
Em última análise, isso ocorre quando a seguradora deixa de selecionar 
riscos, daí o nome antisseleção ou seleção adversa. Como a seguradora 
não seleciona os seus riscos, ou seja, não faz distinção de custos entre ris-
cos mais e menos agravados, a tendência, no longo prazo, é que ela acabe 
com a sua carteira formada por riscos “ruins” e “mal precificados”.
Se uma seguradora pratica a antisseleção em larga escala, é certo que 
terá dificuldades financeiras para liquidar todos os sinistros que certamen-
te acontecerão.
 MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO 
 DE SEGUROS 
O cálculo do prêmio do seguro é uma das atividades mais importantes de 
uma seguradora. O princípio básico desse cálculo vem do conceito de o 
prêmio ser capaz de cobrir as despesas oriundas dos sinistros a pagar. 
Diversos são os conceitos e metodologias envolvidos no cálculo do prêmio.
Ferreira (2002) cita 4 métodos de precificação:
Julgamento ou subjetivo
Esse método de precificação é utilizado quando não se tem informa-
ção suficiente no processo de precificação. É um processo subjetivo, 
em que a tarifa é definida pelo underwriter através da comparação 
com riscos similares. A Teoria da Credibilidade pode ser classificada 
dentro desse contexto, pois, por vezes, conjuga a experiência pró-
pria da seguradora com a experiência de outras seguradoras;
63
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
Sinistralidade
A tarifa é atualizada em função da análise da sinistralidade da car-
teira em estudo. Lembramos que sinistralidade corresponde à 
razão sinistro/prêmio;
Prêmio puro
Esse método começa com a estimação do prêmio de risco, pas-
sando por um processo de regularização estatística (modelagem), 
e, por fim, adicionando-se um carregamento de segurança; e
Tábua de mortalidade
É o método utilizado nos Seguros de Pessoas e nos cálculos de 
rendas. Trata-se de um método determinístico, pois aplica fórmu-
las determinísticas e probabilidades de morte definidas a partir de 
estudos prévios realizados pelo atuário quando eles produzem as 
chamadas tábuas de mortalidade.
 TÁBUAS DE MORTALIDADE 
Tábuas de mortalidade são instrumentos destinados a medir as probabilida-
des de sobrevivência e de morte. São construídas a partir de um instrumental 
técnico e científico e refletem as mudanças que a sociedade vem sofrendo, 
com o aumento da expectativa de vida, melhorias sanitárias e o avanço da 
medicina. Apresentam o número de pessoas vivas e de pessoas mortas, em 
ordem crescente de idade, desde a origem até a extinção do grupo.
Existem várias tábuas de mortalidade para medir a sobrevida, ou seja, 
quanto uma pessoa de determinada idade provavelmente ainda vai viver.
As tábuas têm denominações usando abreviatura, como AT (Annuity Table), 
maiso ano em que sua constituição foi finalizada e qualquer outra diferen-
ciação, por exemplo, o sexo do segurado ou se ele é ou não fumante.
No Brasil, as mais utilizadas são as tábuas AT-83 Male (para mortalidade 
masculina) ou AT-83 Female (para mortalidade feminina) e AT-2000 Male 
ou AT-2000 Female, mas ainda há planos de seguros que utilizam as 
tábuas CSO-58 (Commissioners Standard Ordinary Table) e SGB-71 (Segu-
ro de Grupos Brasileiros – Tábua deduzida da tábua básica da Experiência 
Brasileira EB 7-69).
Em 18 de março de 2010, a SUSEP publicou a Circular SUSEP no 402, em 
que aprovou os critérios de elaboração e atualização de tábuas biométri-
cas, desenvolvidas a partir da experiência do mercado segurador brasileiro.
64
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
As tábuas, desenvolvidas pela UFRJ, foram denominadas Experiência do 
Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS) e levaram em conta o histórico de 
sobrevivência e de mortalidade dos consumidores de Seguros de Vida, 
além dos participantes de planos abertos de Previdência Privada Comple-
mentar do país.
Pela Tábua AT-2000 Male, estima-se que um segurado do sexo mascu-
lino, de maior poder aquisitivo e grau de instrução, com 40 anos, teria 
uma sobrevida de mais 42,70 anos. Com a nova tábua de sobrevivência, 
BR-EMSsb-V.2015-m, os cálculos indicam que esse mesmo segurado vive-
rá, em média, mais 43,4 anos.
 — Elementos de uma Tábua 
de Mortalidade
A construção de uma tábua de mortalidade depende 
do conhecimento da taxa de mortalidade (qx) para 
cada idade do grupo em estudo
As tábuas de mortalidade se compõem, basicamente, de duas colunas: 
idade e probabilidade de morte, mas podem, também, apresentar mais 
três elementos: número de mortos, número de sobreviventes e pro-
babilidade de sobrevivência. Vejamos, a seguir, os símbolos universais 
utilizados nas tábuas para representar tais elementos:
Onde:
x = idade;
lx = número de pessoas vivas ou pessoas sobreviventes com idade x;
dx = número de pessoas mortas com idade x, ou seja, número de 
pessoas que alcançaram a idade x, mas morreram antes de atingir 
a idade x + 1;
qx = probabilidade de uma pessoa com idade x morrer, obrigatoria-
mente, antes de atingir a idade x + 1; e
px = probabilidade de uma pessoa com idade x sobreviver à idade 
x + 1, ou seja, é a probabilidade de uma pessoa de idade x sobre-
viver, pelo menos, mais um ano (chegar vivo, obrigatoriamente, à 
idade x + 1).
65
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
 A UTILIZAÇÃO DA 
 TÁBUA DE MORTALIDADE 
As Tábuas tornaram-se uma necessidade primordial para cálculos de 
seguros quando o assunto é pertinente a Seguros de Pessoas. Atual-
mente, o problema mais comum quando se lida com seguros, além da 
taxa de retorno, refere-se à escolha de uma tábua de vida adequada a 
uma dada população.
Considerando que estamos falando, dentre outras coisas, de Seguros de 
Vida e que esse tipo de apólice objetiva indenizar os beneficiários pela 
morte do segurado, a base de precificação de um seguro de vida passa 
obrigatoriamente pela mensuração da vida de uma pessoa.
É a chamada “longevidade” ou “expectativa de vida”. O instrumento utiliza-
do pelas seguradoras para esse cálculo é a Tábua de Mortalidade, também 
conhecida como Tábua Biométrica
 TAXA PURA 
A taxa pura é o ponto de partida para o cálculo do prêmio puro.
Essa taxa pode ser única para todo o grupo segurado ou diferenciada por 
idade ou faixa etária. Ela é chamada de “pura” porque não considera os car-
regamentos para custeios comerciais e administrativos, mas apenas o risco.
A seguir, veremos um exemplo para a cobertura de morte por qualquer 
causa, em que o instrumento básico utilizado pelo atuário para medir a 
probabilidade de morte é a tábua de mortalidade.
Calcularemos, a seguir, uma taxa pura média.
A taxa pura para a idade “x” é o resultado da divisão do prêmio puro, para 
a idade “x”, pelo capital segurado do indivíduo.
A taxa pura média é o resultado da divisão do prêmio puro de todo o grupo 
pelo capital segurado total, conforme expresso abaixo:
Taxa Pura Média = Prêmio Puro Total 
 Capital Segurado Total
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UNIDADE 4
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Para o cálculo do prêmio puro total, primeiro se obtêm, da tabela de mor-
talidade na coluna qx (probabilidade de uma pessoa de idade x morrer, 
obrigatoriamente, antes de atingir a idade x+1), as taxas correspondentes 
às idades dos segurados.
Após isso, multiplicam-se os capitais segurados de cada idade pelas taxas 
correspondentes, obtendo-se os prêmios individuais.
Por fim, somam-se os prêmios individuais.
A seguir, temos um exemplo em que a quinta coluna, GKM-70, foi calcu-
lada da seguinte forma: pegou-se a probabilidade de morte para a idade, 
por exemplo, de 27 anos, da tábua de mortalidade GKM-70 (constante do 
Anexo do manual), dividiu-se por 12 (o prêmio a ser calculado é mensal) e 
multiplicou-se o resultado por 1.000 para se ter uma taxa por mil.
Assim, temos:
0,001375 (constante do anexo) / 12 × 1.000 = 0,1146 ‰
Multiplicando-se os valores da coluna Capital Total Segurado pelas respec-
tivas taxas da coluna GKM (ex.: R$ 120.000 × 0,1146‰ = 13,75), obtêm-se os 
respectivos prêmios totais por idade (coluna prêmio):
IDADE N
O DE 
COMPONENTES
CAPITAL 
SEGURADO (R$)
CAPITAL 
SEGURADO 
TOTAL (R$)
TAXA 
GKM-70 
(‰)
PRÊMIO 
(R$)
27 20 6.000 120.000 0,1146 13,75
29 25 7.200 180.000 0,1171 21,08
31 20 9.600 192.000 0,1228 23,57
34 30 13.200 396.000 0,1408 55,74
36 20 14.400 288.000 0,1593 45,86
40 20 24.000 480.000 0,2187 104,96
1.656.000 264,95
Com base nos valores da tabela anterior, podemos calcular a taxa pura 
média da seguinte forma:
Taxa Pura Média = Prêmio Puro Total = 264,95 = 0,1600‰
 Capital Segurado Total 1.656.000
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UNIDADE 4
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Assim, o estipulante e/ou o segurado terá(ão) que pagar R$ 0,16 a cada 
R$ 1.000,00 de capital segurado.
Se refizéssemos os mesmos cálculos, agora utilizando outra tábua de mor-
talidade, os resultados seriam os seguintes, a cada R$ 1.000,00 de capital 
segurado:
TÁBUA DE MORTALIDADE TAXA PURA MÉDIA (‰)
AT-49 0,12
AT-83 Male 0,08
AT-2000 Basic Male 0,07
Percebe-se que a escolha da tábua de mortalidade irá fazer com que o 
preço varie de R$ 0,16 (GKM 70) a R$ 0,07 (AT-2000 Basic Male).
 REGIMES FINANCEIROS 
A saúde financeira de uma seguradora passa obrigatoriamente, por ter 
equilíbrio entre o que ela arrecada, na forma de prêmios, e o que gasta, na 
forma de sinistros. A forma como essa companhia vai alcançar esse equilí-
brio, é estabelecida tendo como base, o regime financeiro do produto de 
seguro disponibilizado por aquela Seguradora aos seus segurados.
Regimes financeiros são modelos que possibilitam estabelecer o equilíbrio 
entre as receitas (prêmios) e despesas (sinistros pagos) de um plano de 
seguro ao longo de um determinado período de cobertura. Em outras pala-
vras, pode-se dizer que regime financeiro é a maneira pela qual o seguro 
será financiado.
Dependendo do regime financeiro adotado, o valor do prêmio cobrado 
pela seguradora poderá financiar os sinistros ocorridos durante o período 
de competência do prêmio pago ou ser suficiente para cobrir um período 
maior. Enquanto no primeiro caso não há acúmulo de recursos, no segun-
do caso a seguradora deve provisionar uma parcela do prêmio pago para 
ser utilizada no futuro.
Existem três regimes financeiros: repartição simples, repartição de capi-
tais de cobertura e capitalização.
Curiosidade
Nos seguros de pessoas 
é comum se apresentar 
a taxa de seguro não na 
forma percentual (%), mas 
na forma por mil (‰). A 
razão disso é basicamente 
facilitar a operação, uma vez 
que os capitais segurados 
normalmente são múltiplos 
de 1.000, bastando, do ponto 
de vista matemático, apenas 
multiplicar a taxa pelo capital 
segurado, excluindo os 
três últimos zeros, quando 
números cheios.
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 —Regime Financeiro 
de Repartição Simples
Estrutura técnica em que os prêmios pagos por todos os segurados do plano, 
em um determinado período, destinam-se ao custeio das despesas de admi-
nistração e das indenizações a serem pagas no próprio período. Em outras 
palavras, os valores arrecadados ao longo dos períodos são destinados aos 
pagamentos de indenizações referentes a eventos que ocorram no âmbito 
do grupo segurado, e não à acumulação individual de cada segurado.
Esse regime financeiro é utilizado para estruturar as coberturas de risco 
sempre que seus capitais segurados forem pagos à vista, como, por 
exemplo:
Planos de Previdência
Pecúlio por morte ou pecúlio por invalidez; e
Seguros de Pessoas
Cobertura de morte no Seguro de Vida em Grupo .
 — Regime Financeiro de Repartição 
de Capitais de Cobertura
Estrutura técnica em que os prêmios pagos por todos os segurados do 
plano, em um determinado período, deverão ser suficientes para consti-
tuir as Provisões Matemáticas de Benefícios Concedidos decorrentes dos 
eventos ocorridos nesse período.
Esse regime financeiro é utilizado para estruturar as coberturas de risco 
sempre que seus capitais segurados forem pagos sob a forma de ren-
da, como, por exemplo:
Planos de Previdência
Renda mensal por invalidez ou pensão por morte; e
Seguros de Pessoas
Cobertura de Invalidez funcional permanente total por doença ( IFPD), 
quando paga em até 24 parcelas no Seguro de Vida em grupo.
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UNIDADE 4
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 — Regime Financeiro de Capitalização
Estrutura técnica que prevê acumulação de recursos em um primeiro 
momento para fazer face aos compromissos futuros com o pagamento 
de sinistros.
Esse regime financeiro pode ser utilizado para estruturar qualquer cober-
tura (de risco ou de sobrevivência) e sob qualquer forma de pagamento 
(único ou sob a forma de renda), sendo que a cobertura por sobrevivência 
é obrigatoriamente estruturada no regime financeiro de capitalização. São 
exemplos de planos:
Planos de Previdência
Pecúlio por morte ou pecúlio por invalidez ou aposentadoria (renda 
mensal por sobrevivência); e
Seguros de Pessoas
Dotal Puro, Dotal Misto, Seguro Temporário ou Seguro de Vida 
Inteira (cobertura de morte).
A tabela a seguir apresenta um resumo dos tipos de planos e dos regimes 
financeiros adotados:
REGIME FINANCEIRO
REPARTIÇÃO 
SIMPLES
REPARTIÇÃO 
DE CAPITAIS 
DE COBERTURA
CAPITALIZAÇÃO
Pecúlio por morte 
ou por invalidez
X X
Renda paga em função 
da morte ou da invalidez
X X
Benefício por sobrevivência 
pago à vista ou sob a forma 
de renda
X
Pecúlio por morte ou por invalidez é o pagamento à vista 
que o beneficiário ou o próprio segurado recebe em função 
da morte ou da invalidez do segurado.
Pode-se notar que a diferença básica entre os regimes de repartição sim-
ples e repartição de capitais de cobertura está na forma de pagamento do 
capital segurado.
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UNIDADE 4
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Ambos são utilizados para estruturar planos com coberturas de risco (mor-
te ou invalidez, por exemplo), mas, quando o capital segurado é pago à vis-
ta, utiliza-se o regime financeiro de repartição simples e, quando o capital 
segurado é pago sob a forma de renda, utiliza-se o regime financeiro de 
repartição de capitais de cobertura.
A diferença é que, no regime de repartição de capitais de cobertura, é 
necessário que a seguradora separe recursos numa provisão técnica, 
denominada Provisão Matemática de Benefícios Concedidos para o equilí-
brio da operação. Essa provisão é necessária para que a seguradora pos-
sa cumprir com a obrigação de pagar o benefício em parcelas durante o 
período determinado no plano (vitalício ou temporário).
É importante registrar que as nomenclaturas utilizadas foram as de seguro 
(prêmios, sinistros e capital segurado), devendo ser observado que, para 
Previdência Complementar, os conceitos apresentados sobre os regimes 
financeiros também são válidos, devendo-se trocar as nomenclaturas para 
contribuição e benefícios.
Da tabela anterior, pode-se observar, por exemplo, que um plano de segu-
ro que pague uma indenização à vista, em função da morte do segurado, 
pode ser estruturado no regime financeiro de repartição simples ou de 
capitalização. A seguir, a diferença entre essas duas estruturas.
Imaginemos, por exemplo, uma pessoa com 20 anos de idade que deseje 
contratar esse tipo de plano. Suponhamos, ainda, que o objetivo dessa 
pessoa é ficar coberta pelo risco de morte vitaliciamente, com um capital 
segurado de R$ 100.000,00.
Apresentaremos, a seguir, a evolução anual do prêmio nos dois regimes 
financeiros, desde a idade de 20 anos até a idade de 65 anos, com base na 
tábua de mortalidade SGB-71. Enfatizamos que a cobertura não se encerra, 
obrigatoriamente, aos 65 anos, mas, para fins didáticos, iremos limitar-nos 
a apresentar a evolução dos prêmios até essa idade, bem como a calcular 
os prêmios de forma anual (pagos uma vez por ano), apesar de o usual ser 
o pagamento mensal.
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IDADE
Capitalização
Repartição 
Simples
R$ 4.500,00
R$ 4.000,00
R$ 3.500,00
R$ 3.000,00
R$ 2.500,00
R$ 2.000,00
R$ 1.500,00
R$ 1.000,00
R$ 500,00
R$ 0,00
20 23 26 26 32 35 38 41 44 47 50 53 56 59 62 65
Do gráfico anterior, percebe-se que o valor do prêmio pago no regime 
financeiro de capitalização fica constante (nivelado) durante todo o tempo, 
enquanto no regime financeiro de repartição simples ele cresce à medi-
da que a pessoa envelhece. Pode-se dizer que o regime de repartição 
simples representa, em cada idade, o custo do risco de morte a que o 
segurado está exposto. Logo, aos 20 anos de idade, esse custo é de R$ 
193,20, enquanto, aos 65 anos, esse custo sobe para R$ 3.979,90.
A título ilustrativo, esse custo de R$ 193,20 para a idade de 20 anos foi 
calculado multiplicando-se a probabilidade de uma pessoa de 20 anos 
morrer, obrigatoriamente, antes de atingir 21 anos (0,001932 – probabili-
dade dada pela tábua de mortalidade SGB-71) pelo capital segurado (R$ 
100.000,00). Procedimento análogo foi feito para as outras idades.
Em contrapartida, o cálculo do prêmio para o regime financeiro de capi-
talização envolve cálculos mais complexos, que não serão abordados 
neste material.
Outro ponto bastante importante é que o valor inicial do prêmio no regime 
financeiro de capitalização é bem maior do que no regime financeiro de 
repartição; todavia, a partir de determinada idade (44 anos), isso se inverte.
O que se pretende mostrar é que não existe mágica, ou seja, se a pessoa 
quiser pagar o mesmo preço ao longo de toda sua vida, deverá pagar mais no 
início, para que parte do que ela pagou seja utilizada no futuro, quando o custo 
da sua morte for superior àquilo que ela estiver pagando naquele momento.
Por fim, é importante deixar claro que não existe plano que seja melhor do 
que outro. Cabe ao corretor de seguros a tarefa de informar aos segurados 
as características de cada modelo e avaliar, junto com o segurado, o plano 
que seja mais indicado para o seu perfil.
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UNIDADE 4
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Apresentamos, abaixo, os valores dos prêmios para cada idade.
REGIME FINANCEIRO
IDADE CAPITALIZAÇÃO REPARTIÇÃO SIMPLES
20 561,41 193,20
21 561,41 193,90
22 561,41 194,60
23 561,41 194,60
24 561,41 194,90
25 561,41 195,30
26 561,41 197,20
27 561,41 197,80
28 561,41 202,20
29 561,41 204,10
30 561,41 209,90
31 561,41 215,70
32 561,41 222,60
33 561,41 233,30
34 561,41 248,90
35 561,41 266,20
36 561,41 287,60
37 561,41 311,80
38 561,41 341,70
39 561,41 376,10
40 561,41 413,40
41 561,41 456,60
42 561,41 505,00
43 561,41 556,50
44 561,41 612,40
45 561,41 673,40
46 561,41 744,30
47 561,41 814,60
48 561,41 895,10
49 561,41 981,10
50 561,41 1.076,30
51 561,41 1.180,30
52 561,41 1.294,80
53 561,41 1.419,50
54 561,41 1.555,70
55 561,41 1.702,40
56 561,41 1.863,30
57 561,41 2.035,8073
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REGIME FINANCEIRO
IDADE CAPITALIZAÇÃO REPARTIÇÃO SIMPLES
58 561,41 2.217,30
59 561,41 2.408,90
60 561,41 2.612,80
61 561,41 2.840,20
62 561,41 3.090,80
63 561,41 3.364,00
64 561,41 3.657,70
65 561,41 3.979,90
Obs.: valores expressos em reais.
Observação
Devido à natureza do regime financeiro de repartição simples e de repartição de capi-
tais de cobertura, os planos estruturados nesses regimes não permitem concessão de 
resgate, saldamento, seguro prolongado ou devolução de quaisquer prêmios pagos, 
uma vez que cada prêmio pago é destinado ao custeio das despesas de administra-
ção e das indenizações a serem pagas no próprio período. Com isso, os segurados ou 
beneficiários só terão direito a alguma indenização em caso de sinistro.
Já as coberturas de risco estruturadas no regime financeiro de capitalização podem 
prever a possibilidade de resgate. Nesses casos, haverá formação da provisão matemá-
tica de benefícios a conceder com base nos prêmios pagos, capitalizados atuarialmen-
te, após o desconto das importâncias relativas às despesas de corretagem, colocação 
e administração do plano, e à parcela do prêmio destinada à cobertura de risco a que 
o segurado está exposto. Portanto, deve ficar claro para os segurados que o resgate, 
nesses casos, corresponderá a um valor calculado atuarialmente, que não representará 
o somatório dos prêmios pagos.
Somente os prêmios destinados à cobertura por sobrevivência dão direito, obrigatoria-
mente, a resgate.
As seguintes definições são importantes e aparecem comumente nas condi-
ções gerais e regulamentos de planos de Seguros de Pessoas e Previdência:
 ■ A provisão matemática de benefícios a conceder deve abranger 
os compromissos assumidos pela sociedade seguradora com os 
segurados, enquanto não iniciado o evento gerador do pagamen-
to da indenização; e
 ■ A provisão matemática de benefícios concedidos corresponde ao 
valor atual da indenização cujo evento gerador já tenha ocorrido
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UNIDADE 4
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QUADRO RESUMO
REPARTIÇÃO 
SIMPLES
REPARTIÇÃO 
DE CAPITAIS DE 
COBERTURA
CAPITALIZAÇÃO
Acúmulo individual 
de recursos
Não há Não há Há
Tipo de benefício e 
prazo de pagamento
Coberturas de risco 
por morte e invalidez
Coberturas de risco 
por morte e invalidez
Coberturas de risco 
por morte e invalidez 
ou por sobrevivência
Prazo de pagamento 
do benefício
Pago à vista Pago na forma de 
renda
Pago à vista ou na 
forma de renda
Evolução do prêmio Cresce conforme o ris-
co. Quanto mais idoso, 
mais alto o prêmio
Cresce conforme o ris-
co. Quanto mais idoso, 
mais alto o prêmio
Constante ou nivelado 
durante o tempo do 
contrato
Possibilidade 
de resgate
Não permite Não permite Se cobertura de risco: 
facultativo. Se cober-
tura de sobrevivência: 
obrigatório
 FATORES QUE INFLUENCIAM 
 NO CÁLCULO DO PREÇO 
 DOS SEGUROS DE PESSOAS E 
 DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 
 — Seguros de Pessoas – 
Cobertura por Morte
A escolha do regime financeiro, para seguro em caso de morte, afeta dire-
tamente os valores dos prêmios ao longo de vigência do contrato. 
Para cada tábua, associa-se uma diferente expectativa de vida, cujo con-
ceito está relacionado a quantos anos, em média, viverá cada componente 
que forma o grupo.
Utiliza-se a expectativa de vida ou esperança de vida, ou ainda vida média, 
entre outras finalidades, para se avaliarem comparativamente duas ou 
mais tábuas de mortalidade.
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UNIDADE 4
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Conforme pode se observar na tabela a seguir, a pessoa de 20 anos, pela 
tábua SGB-71, tem uma expectativa de viver mais 47,70 anos, enquanto que, 
pela tábua de mortalidade AT-2000 Male, essa expectativa é de 62,01 anos.
AT-2000 MALE AT-83 MALE BR-EMSSB-V.2015-M SGB-71
X q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
20 0,000499 62,01 0,000505 59,50 0,0006045 62,60 0,001932 47,70
21 0,000519 61,04 0,000525 58,53 0,0007069 61,60 0,001939 46,79
22 0,000542 60,07 0,000546 57,56 0,0007623 60,70 0,001946 45,88
23 0,000566 59,10 0,000570 56,59 0,0007817 59,70 0,001946 44,97
24 0,000592 58,14 0,000596 55,63 0,0007731 58,80 0,001949 44,06
25 0,000616 57,17 0,000622 54,66 0,0007544 57,80 0,001953 43,14
26 0,000639 56,20 0,000650 53,69 0,0007373 56,90 0,001972 42,22
27 0,000659 55,24 0,000677 52,73 0,0007298 55,90 0,001978 41,31
28 0,000675 54,28 0,000704 51,76 0,0007258 54,90 0,002022 40,39
29 0,000687 53,31 0,000731 50,80 0,0007177 54,00 0,002041 39,47
30 0,000694 52,35 0,000759 49,83 0,0007211 53,00 0,002099 38,55
31 0,000699 51,38 0,000786 48,87 0,0007342 52,00 0,002157 37,63
32 0,000700 50,42 0,000814 47,91 0,0007579 51,10 0,002226 36,71
33 0,000701 49,46 0,000843 46,95 0,0007941 50,10 0,002333 35,79
34 0,000702 48,49 0,000876 45,99 0,0008395 49,20 0,002489 34,87
35 0,000704 47,52 0,000917 45,03 0,0008802 48,20 0,002662 33,96
36 0,000719 46,56 0,000968 44,07 0,0009202 47,20 0,002876 33,05
37 0,000749 45,59 0,001032 43,11 0,0009512 46,30 0,003118 32,14
38 0,000796 44,62 0,001114 42,15 0,0009876 45,30 0,003417 31,24
39 0,000864 43,66 0,001216 41,20 0,0010291 44,40 0,003761 30,35
40 0,000953 42,70 0,001341 40,25 0,0010883 43,40 0,004134 29,46
41 0,001065 41,74 0,001492 39,30 0,0011563 42,50 0,004566 28,58
42 0,001201 40,78 0,001673 38,36 0,0012443 41,50 0,005050 27,71
43 0,001362 39,83 0,001886 37,43 0,0013505 40,60 0,005565 26,85
44 0,001547 38,88 0,002129 36,50 0,0014798 39,60 0,006124 25,99
45 0,001752 37,94 0,002399 35,57 0,0016034 38,70 0,006734 25,15
46 0,001974 37,01 0,002693 34,66 0,0017246 37,70 0,007443 24,32
47 0,002211 36,08 0,003009 33,75 0,0018463 36,80 0,008146 23,50
48 0,002460 35,16 0,003343 32,85 0,0020009 35,90 0,008951 22,68
49 0,002721 34,24 0,003694 31,96 0,0021789 34,90 0,009811 21,88
50 0,002994 33,34 0,004057 31,07 0,0023873 34,00 0,010763 21,10
51 0,003279 32,43 0,004431 30,20 0,0026229 33,10 0,011803 20,32
52 0,003576 31,54 0,004812 29,33 0,0029034 32,20 0,012948 19,56
53 0,003884 30,65 0,005198 28,47 0,0032172 31,30 0,014195 18,81
54 0,004203 29,77 0,005591 27,62 0,0035536 30,40 0,015557 18,07
76
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
AT-2000 MALE AT-83 MALE BR-EMSSB-V.2015-M SGB-71
X q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
q
X
EXPECTATIVA 
DE VIDA e 0x
55 0,004534 28,89 0,005994 26,77 0,0039070 29,50 0,017024 17,35
56 0,004876 28,02 0,006409 25,93 0,0042981 28,60 0,018633 16,64
57 0,005228 27,16 0,006839 25,09 0,0047163 27,70 0,020358 15,95
58 0,005593 26,30 0,007290 24,26 0,0051323 26,90 0,022173 15,27
59 0,005988 25,44 0,007782 23,44 0,0055507 26,00 0,024089 14,60
60 0,006428 24,59 0,008338 22,62 0,0060008 25,10 0,026128 13,95
61 0,006933 23,75 0,008983 21,80 0,0065038 24,30 0,028402 13,31
62 0,007520 22,91 0,009740 20,99 0,0070974 23,40 0,030908 12,69
63 0,008207 22,08 0,010630 20,20 0,0078021 22,60 0,033640 12,08
64 0,009008 21,26 0,011664 19,41 0,0086713 21,80 0,036577 11,48
65 0,009940 20,45 0,012851 18,63 0,0095833 21,00 0,039799 10,89
 
Dessa forma, caso tivéssemos utilizado a tábua de mortalidade AT-2000 
Male, no exemplo do Prêmio do Seguro por Morte apresentado na unidade 
anterior, os valores iniciais seriam R$ 243,28 para o regime financeiro de 
capitalização e R$ 49,90 para o regime financeiro de repartição simples, 
valores esses bem inferiores aos R$ 561,41 e R$ 193,20, obtidos com a 
tábua SGB-71.
Portanto, percebe-se que a escolha da tábua de mortalidade é fundamental 
para o preço do seguro e para a solvência da seguradora.
 — Previdência Complementar – 
Renda Mensal Vitalícia Imediata 
(Anuidade Imediata Vitalícia)
Suponha que uma pessoa de 60 anos de idade queira saber quanto que a 
sociedade seguradora cobra para lhe pagar uma renda mensal vitalícia de 
R$ 1.000. Se a sociedade seguradora fizer os seus cálculos pela SGB-71, 
essa pessoa de 60 anos deverá desembolsar R$ 166.786,81,enquanto, se 
os cálculos forem feitos pela AT-2000 Male, esse valor a ser desembolsa-
do subirá para R$ 294.501,79. Importante ressaltar que esses valores foram 
calculados no regime financeiro de capitalização, que envolvem cálculos 
complexos que não serão abordados nesse material.
Em ambos os casos, foi considerada a taxa de juros de 0% a.a.. A taxa de 
juros é um fator bastante determinante no preço do plano.
77
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
Novamente, a explicação é bastante intuitiva, pois, aos 60 anos, a pessoa 
tem uma expectativa de vida de mais 13,95 anos pela SGB-71 e de 24,59 
anos pela AT-2000 Male. Logicamente, se a sociedade seguradora tiver 
cobrado pela SGB-71 e o segurado viver pela AT-2000 Male, haverá falta de 
recursos, o que poderá ocasionar a insolvência da sociedade seguradora.
Imagine um plano de Previdência Complementar Aberta com cobertura 
por sobrevivência que fosse contratado hoje, adotando como premissas 
a tábua de mortalidade AT-49 Male e a taxa de juros de 4% a.a. Conforme 
pode ser visto na tabela a seguir, o valor necessário de provisão matemá-
tica de benefícios a conceder para pagar R$ 1.000,00 de renda mensal 
vitalícia a uma pessoa de 60 anos é de R$ 147.366,02. Se, no momento de 
concessão da renda, a taxa de juros reais da economia brasileira for, por 
exemplo, 2% a.a. e a expectativa de vida de uma pessoa de 60 anos de 
idade tiver como parâmetro, por exemplo, a tábua de mortalidade AT-83 
Male, haverá um descasamento da ordem de R$ 63.000,00.
PROVISÃO EM FUNÇÃO DA TÁBUA BIOMÉTRICA E DA TAXA DE JUROS
TAXA DE 
JUROS AT-49 MALE AT83 MALE
AT-2000 MALE 
SUAVIZADA
BR-EMSSB- 
V.2015-M
0% a.a. 221.106,41 270.785,15 294.501,79 300.940,50
1% a.a. 197.774,71 237.759,15 256.268,96 261.438,39
2% a.a. 178.158,54 210.663,01 225.266,37 229.437,63
3% a.a. 161.542,31 188.222,50 199.866,59 203.250,52
4% a.a. 147.366,02 169.470,62 178.851,57 181.612,22
5% a.a. 135.188,36 153.666,98 161.300,96 163.566,27
6% a.a. 124.659,13 140.239,90 146.512,99 148.382,92
A tabela acima nos permite concluir que:
1. Para uma determinada tábua de mortalidade, quanto maior a taxa 
de juros, menor o montante necessário que se deve acumular para 
pagar o mesmo valor de benefício; e
2. Para uma determinada taxa de juros, quanto maior a expectativa 
de vida, maior o montante necessário que se deve acumular para 
pagar o mesmo valor de benefício. A título de exemplo, a tábua de 
mortalidade AT-49 Male tem uma expectativa de vida, aos 60 anos, 
igual a 18,48 anos, enquanto a AT-83 Male tem uma expectativa 
de vida igual a 22,62 anos, e a AT-2000 Male, uma expectativa de 
vida igual a 24,59 anos.
78
UNIDADE 4
SEGUROS DE PESSOAS
Resumo
Fatores que influenciam o preço dos Seguros de Pessoas e Previdência com coberturas 
de risco:
 ■ Regime financeiro; e
 ■ Tábua de mortalidade.
Fatores que influenciam o preço de anuidades:
 ■ Tábua de mortalidade; e
 ■ Taxa de juros.
79
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 4 
Marque a alternativa correta
1. Um cliente gostaria de entender melhor como as tábuas de mortalidade 
podem ser utilizadas para precificar os seguros de vida com cobertura de 
risco. Em conversa com o seu corretor, ele explicou que as tábuas são ins-
trumentos matemáticos destinados e medir:
(a) A probabilidade de invalidez total e permanente por doença.
(b) A probabilidade de doença.
(c) Somente a probabilidade de morte.
(d) Somente a probabilidade de sobrevivência.
(e) A probabilidade de sobrevivência e de morte.
2. Dizer que a expectativa de vida de uma pessoa de 45 anos pela tábua 
AT- 2000 Male é 37,94, significa que:
(a) A probabilidade de ela morrer antes de atingir 46 anos é de 37,94%.
(b) A probabilidade de ela sobreviver à idade de 46 anos é de 37,94%.
(c) Pela tábua AT-2000 Male, acredita-se que ela sobreviverá por mais 
37,94 anos.
(d) A probabilidade de ela morrer antes de atingir 115 anos é de 37,94%.
(e) Ela sobreviverá exatamente 37,94 anos.
Consulte o gabarito clicando aqui.
80
UNIDADE 5
SEGUROS DE PESSOAS
05
 ■ Compreender os 
processos de regulação 
de sinistros de forma 
que possa orientar seus 
clientes sempre que 
necessário.
 ■ Reconhecer os 
documentos necessários 
a regulação das principais 
coberturas, visando a 
melhor orientação para os 
clientes.
 ■ Conhecer a definição 
de regulação de 
sinistro, reconhecendo 
sua importância para 
seguradora.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Conhecer as regras de 
atualização de valores, 
visando a orientação dos 
clientes.
 ■ Conhecer os índices que 
podem ser utilizados para 
atualização dos valores 
dos planos
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE 
O PROCESSO DE REGULAÇÃO 
DE SINISTROS
⊲ REGULAÇÃO DO 
PROCESSO DE SINISTRO
⊲ UMA NOÇÃO HISTÓRICA SOBRE 
ATUALIZAÇÃO DE VALORES
⊲ AS REGRAS ATUAIS DE 
ATUALIZAÇÃO DE VALORES
⊲ FIXANDO CONCEITOS 5
 NOÇÕES de
 REGULAÇÃO de 
 SINISTRO e
ATUALIZAÇÃO de VALORES
81
UNIDADE 5
SEGUROS DE PESSOAS
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE 
 O PROCESSO DE REGULAÇÃO 
 DE SINISTROS 
Esta unidade abordará um pouco a regulação dos sinistros das cobertu-
ras de risco. Os conceitos aqui discutidos são importantes, pois o corretor 
será sempre o intermediário, não só no momento da contratação mas 
também na hora do sinistro, auxiliando em um momento bastante difícil.
Desse modo, a regulação ou liquidação de sinistros deve merecer, por 
parte das seguradoras, um cuidado muito especial, tão grande ou maior 
do que o dedicado às demais operações.
O pagamento de indenizações é, certamente, a melhor propaganda do 
negócio e, para que essa propaganda obtenha melhor efeito, é necessá-
rio que as indenizações sejam justas.
Indenizações pagas sem critério, maiores ou menores do que são real-
mente devidas, abalam o crédito, o conceito das seguradoras e da pró-
pria instituição do seguro.
A regulação ou liquidação de sinistro é o processo de apuração dos 
prejuízos sofridos pelo segurado e por todos os demais elementos que 
influenciam no cálculo da indenização e no direito a ela.
82
UNIDADE 5
SEGUROS DE PESSOAS
 REGULAÇÃO DO PROCESSO 
 DE SINISTRO 
Os procedimentos e os prazos para a liquidação de sinistros deverão constar 
das condições gerais, com a especificação dos documentos básicos previstos a 
serem apresentados para cada tipo de cobertura, sendo facultado à Seguradora, 
no caso de dúvida fundada e justificável, a solicitação de outros documentos.
Importante
A tramitação de inquérito policial não é causa de indeferimento para o pagamento da inde-
nização. Portanto, é vedado o condicionamento do pagamento da indenização à apresenta-
ção de documentos relacionados à tramitação ou à conclusão de inquérito policial.
É considerada abusiva a inclusão nas condições contratuais de cláusulas que 
 disponham sobre exigência de:
 ■ alvará judicial como pressuposto para o cumprimento de obrigação pactuada, cabendo 
à seguradora verificar somente a regularidade da representação quando o pagamento 
da indenização devido não for efetuado diretamente ao beneficiário;
 ■ certidão de nascimento atualizada.
 
O prazo para o pagamento das indenizações deverá ser estabelecido 
pela seguradora, não podendo ser superior a 30 dias, contados a partir 
da entrega de todos os documentos básicos, ressalvado os casos de soli-
citação de documentação ou informação complementar, em que o prazo 
para pagamento da indenização é suspenso, voltando a correr a partir do 
primeiro dia útil subsequente àquele em que forem completamente aten-
didas as exigências.
O não pagamento da indenização no prazo previsto implicará a aplicação 
de juros de mora a partir da data do atraso, sem prejuízo de sua atualiza-
ção, nos termos da legislação específica.
O pagamento da indenização poderá ser realizado sob a forma de parce-
la única ou de renda, sendo admissível que o plano com cobertura de ris-
co preveja a hipótese de substituição do pagamentoda indenização em 
dinheiro por pagamento em bens ou serviços, desde que expressamente 
solicitada por segurado ou beneficiários.
O pagamento da indenização não deve estar condicionado a nenhuma 
restrição temporal, sendo vedada a inclusão de cláusula que disponha 
sobre a fixação de prazo máximo para a comunicação de sinistro.
83
UNIDADE 5
SEGUROS DE PESSOAS
O valor do capital segurado pode ser definido em forma de diárias de 
indenização ou pagamento único.
Nos seguros em que o pagamento da indenização for realizado por meio 
de reembolso de despesas, os beneficiários serão aqueles que provarem 
que arcaram com as despesas cobertas.
 UMA NOÇÃO HISTÓRICA SOBRE 
 ATUALIZAÇÃO DE VALORES 
Embora no Decreto-Lei 73/66 já houvesse a previsão da possibilidade de 
atualização monetária de valores nos contratos de seguros, a correção 
monetária só se tornou obrigatória no final de 1968, quando foi publicada 
a Lei 5.488, cujo foco eram as indenizações. Ao longo das décadas e dos 
diversos planos visando a estabilização da moeda no Brasil, foram ado-
tados inúmeros atos normativos que tratavam das atualizações mone-
tárias e da periodicidade de suas aplicações. A título de exemplo, os 
atos normativos que tratam da atualização de valores – Resolução CNSP 
103/2004 e Circular SUSEP 255/2004 – revogaram quase 47 normas.
 AS REGRAS ATUAIS 
 DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES 
Os planos com coberturas estruturadas na modalidade de benefício defi-
nido deverão conter cláusula de atualização anual de valores com base em 
índice pactuado. Exceção à regra são as contratações com vigência igual ou 
inferior a 1 ano, que não poderão conter cláusula de atualização de valores.
Dessa forma, os capitais segurados e os prêmios serão atualizados na 
data de aniversário da contratação, com base no índice pactuado, fican-
do facultado o estabelecimento de outra data-base, desde que os valo-
res, contratualmente previsto sejam atualizados até essa outra data-base 
e, a partir de então, seja respeitada a periodicidade anual.
Entretanto, quando as coberturas de risco forem custeadas mediante o 
pagamento de prêmio único, os capitais segurados deverão ser atuali-
zados pelo índice pactuado até a data de ocorrência do evento gerador.
84
UNIDADE 5
SEGUROS DE PESSOAS
Alternativamente à atualização de valores, existe a possibilidade de adoção 
de cláusula de recálculo do capital segurado durante o período que antece-
de o pagamento da indenização, segundo fatores objetivos (variação salarial, 
mensalidade escolar) expressos nas condições gerais, na apólice, no certifica-
do, nas propostas e no contrato, devendo ser observado que essa possibilida-
de está restrita às coberturas estruturadas no regime financeiro de repartição 
e que tenham sido contratadas sob a forma coletiva.
Já os planos com coberturas estruturadas na modalidade de contribui-
ção variável poderão conter cláusula de atualização anual dos prêmios 
com base no índice pactuado.
Atenção
O índice e a periodicidade de atualização de valores deverão constar das condições gerais, 
da apólice, das propostas e, quando for o caso de plano coletivo, do respectivo contrato.
No caso de extinção do índice pactuado em contrato, deverá ser utilizado o IPCA/IBGE.
85
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 5 
Marque a alternativa correta
1. Cláudia tem um seguro de vida, mas ainda tem muitas dúvidas sobre os 
prazos para pagamento de indenização e os documentos que a seguradora 
pode solicitar.
Conversando com seu corretor, ele explicou que:
(a) A regulação de sinistro é o processo de apuração dos prejuízos 
sofridos pelo segurador e por todos os demais elementos que 
influem no cálculo da indenização e no seu direito a ela.
(b) A seguradora poderá solicitar documentos complementares quan-
tas vezes forem necessárias.
(c) Os segurados deverão ser informados sobre os procedimentos 
para liquidação de sinistros, com especificação dos documentos 
básicos previstos a serem apresentados para cada tipo de cobertu-
ra, não sendo facultado às seguradoras, mesmo no caso de dúvida 
fundada e justificável, a solicitação de outros documentos.
(d) O prazo para pagamento das indenizações deverá ser estabelecido 
pela seguradora, não podendo ser superior a 60 dias, contados a 
partir da entrega de todos os documentos básicos.
(e) O não pagamento da indenização no prazo previsto implicará a apli-
cação de juros de mora a partir da data do atraso, sem prejuízo de 
sua atualização, nos termos da legislação específica.
86
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
2. Com tantas informações sobre os prazos, documentos e processos 
ligados ao pagamento de uma indenização, um responsável pela área de 
recursos humanos de uma empresa entrou em contato com o corretor 
para esclarecer uma dúvida relativa aos trâmites para pagamento de 
 indenização para um beneficiário de um colaborador da empresa.
O corretor deverá explicar que: 
(a) É admissível que o plano de Seguros de Pessoas com cobertura de 
risco preveja a hipótese de substituição do pagamento da indeni-
zação em dinheiro por pagamento em bens ou serviços, desde que 
expressamente solicitada pelo segurado ou pelos beneficiários.
(b) O pagamento da indenização pode estar condicionado à restrição 
temporal.
(c) Pode ser incluída cláusula nas condições contratuais que disponha 
sobre a fixação de prazo máximo para a comunicação de sinistro.
(d) A tramitação do inquérito policial é causa de indeferimento para o 
pagamento da indenização.
(e) Não é considerada abusiva a inclusão nas condições contratuais de cláu-
sula que disponha sobre exigência de certidão de nascimento atualizada.
Consulte o gabarito clicando aqui.
87SEGUROS DE PESSOAS
 ESTUDOS DE CASO 
Caso 1
Uma apólice foi contratada pela empresa “Petróleo ABC S/A”, objeti vando 
contemplar todos os seus funcionários. Os colaboradores participaram 
com R$ 50 reais fixos no custeio do seguro. Existem 15.000 colaborado-
res com carteira assinada, mas apenas 7.000 aderiram à apólice.
Com base nas informações apresentadas, identifique:
1. Quem é o estipulante da apólice?
2. Quem são os segurados na apólice?
3. Qual é o tipo de estipulante desse seguro?
4. Qual é o tipo de apólice contratada nesse caso?
5. Qual é o tipo de seguro contratado nesse caso?
6. Qual é o grupo segurável?
7. Qual é o grupo segurado?
Caso 2
Um segurado, com cobertura para Morte com capital de R$ 100 mil e a 
cobertura para Morte Acidental no valor de R$ 100 mil, cometeu suicí-
dio, passados 26 meses da contratação da apólice. Durante esse tem-
po, sua apólice esteve suspensa por 90 dias, por falta de pagamento. 
Qual é o valor de indenização a ser paga pela seguradora? Justifique 
sua decisão.
Caso 3
A empresa ABC contratou para seus colaboradores um seguro de Vida 
em Grupo, 100% pago pela empresa, com capital uniforme de R$ 200 mil 
para cobertura de Morte (cobertura básica), 100% da cobertura básica para 
Morte Acidental e 100% da cobertura básica para IPA.
Um dos seus colaboradores sofreu um acidente pessoal e teve a perda 
total do uso de um dos membros superiores. Alguns meses após o recebi-
mento da indenização pela perda do uso de um dos membros superiores, 
o colaborador veio a falecer em decorrência de complicações do acidente.
ESTUDOS DE CASO
88SEGUROS DE PESSOAS
Com base nas informações apresentadas, responda:
1. O seguro é contributário ou não contributário? 
2. Qual a cobertura que dá o direito ao colaborador de receber a pri-
meira parte da indenização? 
3. Qual o valor da indenização recebida pelo colaborador que sofreu o 
acidente pessoal? 
4. Qual o valor da indenização recebida pelos beneficiários após o seu 
falecimento?
Consulte o gabarito clicando aqui.
ESTUDOS DE CASO
89
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
 ANEXOS 
EXEMPLO DE TABELA PARA CÁLCULO DA 
INDENIZAÇÃO EM CASO DE INVALIDEZ PERMANENTE
DISCRIMINAÇÃO
% SOBRE A 
IMPORTÂNCIA 
SEGURADA
InvalidezPermanente 
Total
Perda total da visão de ambos os olhos 100
Perda total do uso de ambos os membros superiores 100
Perda total do uso de ambos os membros inferiores 100
Perda total do uso de ambas as mãos 100
Perda total do uso de um 
membro superior e de um membro inferior
100
Perda total do uso de uma das mãos e de um dos pés 100
Perda total do uso de ambos os pés 100
Alienação mental total e incurável 100
DISCRIMINAÇÃO
% SOBRE A 
IMPORTÂNCIA 
SEGURADA
Invalidez 
Permanente 
Parcial e 
Diversos
Perda total da visão de um olho 30
Perda total da visão de um olho, 
quando o segurado já não tiver a outra vista
70
Surdez total incurável de ambos os ouvidos 40
Surdez total incurável de um dos ouvidos 20
Mudez incurável 50
Fratura não consolidada do maxilar inferior 20
Imobilidade do segmento cervical da coluna vertebral 20
Imobilidade do segmento 
toracolombossacral da coluna vertebral
25
90
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
DISCRIMINAÇÃO
% SOBRE A 
IMPORTÂNCIA 
SEGURADA
Invalidez 
Permanente 
Parcial e 
Membros 
Superiores
Perda total do uso de um dos membros superiores 70
Perda total do uso de uma das mãos 60
Fratura não consolidada de um dos úmeros 50
Fratura não consolidada 
de um dos segmentos radioulnares
30
Anquilose total de um dos ombros 25
Anquilose total de um dos cotovelos 25
Anquilose total de um dos punhos 20
Perda total do uso de um dos 
polegares, inclusive o metacarpiano
25
Perda total do uso de um dos 
polegares, exclusive o metacarpiano
18
Perda total do uso da falange distal do polegar 9
Perda total do uso de um dos dedos indicadores 15
Perda total do uso de um dos 
dedos mínimos ou um dos dedos médios
12
Perda total do uso de um dos dedos anulares 9
Perda total do uso de qualquer falange, excluídas 
as do polegar: indenização equivalente a 1/3 do 
valor do respectivo dedo
91
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
DISCRIMINAÇÃO
% SOBRE A 
IMPORTÂNCIA 
SEGURADA
Invalidez 
Permanente 
Parcial e 
Membros 
inferiores
Perda total do uso de um dos membros inferiores 70
Perda total do uso de um dos pés 50
Fratura não consolidada de um fêmur 50
Fratura não consolidada 
de um dos segmentos tíbioperoneiros 
25
Fratura não consolidada da rótula 20
Fratura não consolidada de um pé 20
Anquilose total de um dos joelhos 20
Anquilose total de um dos tornozelos 20
Anquilose total de um quadril 20
Perda parcial de um dos pés, isto é, perda de 
todos os dedos e de uma parte do mesmo pé
25
Amputação do 1º dedo 10
Amputação de qualquer outro dedo 3
Perda total do uso de uma falange do 1º dedo: in-
denização equivalente a 1/2; e, dos demais dedos, 
equivalente a 1/3 do respectivo dedo
Encurtamento de um dos membros inferiores:
– de cinco centímetros ou mais 15
– de quatro centímetros 10
– de três centímetros 6
– menos de três centímetros
sem 
indenização
92
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
TABELA DE INDENIZAÇÃO PARA INVALIDEZ PERMANENTE TOTAL OU PARCIAL 
POR ACIDENTE (EXEMPLOS) 
• Perda total da visão 
de um olho – 30%
• Perda total da visão 
de um olho quando 
não tiver a outra vista – 70%
• Fratura não consolidada 
do fêmur – 50%
• Fratura não consolidada
de uma perna – 25%
• Perda total do uso
de uma perna – 70%
• Encurtamento 
de uma das pernas de
 » 5 centímetros ou mais – 15%
 » 4 centímetros – 10%
 » 3 centímetros – 6%
 » menos de 3 centímetros 
 (sem indenização)
• Surdez total incurável 
de um ouvido – 20%
• Surdez total de 
ambos os ouvidos – 40%
• Fratura não consolidada 
de um dos braços – 30%
• Perda total do uso 
de um dos braços – 70%
• Anquilose total de um
dos ombros – 25%
• Anquilose total de 
um quadril – 20%
• Perda total do uso 
de uma das mãos – 60%
• Fratura não consolidada 
da rótula – 20%
• Anquilose total de
 um joelho – 20%
• Anquilose total de um 
dos tornozelos – 20%
• Fratura não consolidada 
do maxilar inferior – 20%
• Mudez incurável – 50%
• Anquilose total de 
um dos cotovelos – 25%
• Anquilose total de 
um dos punhos – 20%
• Amputação do 
primeiro dedo – 10% 
• Amputação de 
qualquer outro dedo – 3%
• Fratura não consolidada
de um pé – 20%
 • Perda total de um dos pés – 50%
 • Perda parcial de um dos pés 
(Perda de todos os dedos do pé e de 
uma parte do mesmo pé) – 25%
• Metacarpiano 
Polegar – 25%
• Metacarpiano 
• Falange distal
• Falange média
• Falange próxima
• Polegar – 18%
• Indicador – 15%
• Médio – 12%
• Anular – 9%
• Mínimo – 12%
PERDA TOTAL - 100%
• Perda total da visão de ambos os olhos
• Perda total do uso de ambos os braços
• Perda total do uso de ambas as pernas
• Perda total do uso de ambas as mãos
• Perda total do uso de um braço e de 
uma perna
• Perda total do uso de uma das mãos e 
de um dos pés
• Perda total do uso de ambos os pés
• Alienação mental total incurável
93
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
 — Tábuas de Mortalidade
Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70
0 0,002311 0,002690 0,004040 0,000000
1 0,000906 0,001053 0,001580 0,000000
2 0,000504 0,000591 0,000887 0,000000
3 0,000408 0,000476 0,000715 0,000000
4 0,000357 0,000417 0,000627 0,000000
5 0,000324 0,000377 0,000566 0,000000
6 0,000301 0,000350 0,000526 0,000000
7 0,000286 0,000333 0,000500 0,000000
8 0,000328 0,000352 0,000487 0,000000
9 0,000362 0,000368 0,000482 0,000000
10 0,000390 0,000382 0,000483 0,000000
11 0,000413 0,000394 0,000492 0,000000
12 0,000431 0,000405 0,000502 0,000000
13 0,000446 0,000415 0,000512 0,000000
14 0,000458 0,000425 0,000524 0,000000
15 0,000470 0,000435 0,000537 0,001195
16 0,000481 0,000446 0,000551 0,001210
17 0,000495 0,000458 0,000567 0,001225
18 0,000510 0,000472 0,000584 0,001240
19 0,000528 0,000488 0,000603 0,001255
20 0,000549 0,000505 0,000624 0,001270
21 0,000573 0,000525 0,000648 0,001285
22 0,000599 0,000546 0,000674 0,001300
23 0,000627 0,000570 0,000702 0,001315
24 0,000657 0,000596 0,000733 0,001330
25 0,000686 0,000622 0,000768 0,001345
26 0,000714 0,000650 0,000806 0,001360
27 0,000738 0,000677 0,000849 0,001375
94
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70
28 0,000758 0,000704 0,000896 0,001390
29 0,000774 0,000731 0,000947 0,001405
30 0,000784 0,000759 0,001004 0,001424
31 0,000789 0,000786 0,001067 0,001473
32 0,000789 0,000814 0,001136 0,001532
33 0,000790 0,000843 0,001213 0,001603
34 0,000791 0,000876 0,001297 0,001689
35 0,000792 0,000917 0,001391 0,001790
36 0,000794 0,000968 0,001494 0,001911
37 0,000823 0,001032 0,001607 0,002052
38 0,000872 0,001114 0,001733 0,002217
39 0,000945 0,001216 0,001872 0,002407
40 0,001043 0,001341 0,002025 0,002624
41 0,001168 0,001492 0,002220 0,002871
42 0,001322 0,001673 0,002481 0,003150
43 0,001505 0,001886 0,002804 0,003464
44 0,001715 0,002129 0,003187 0,003813
45 0,001948 0,002399 0,003625 0,004202
46 0,002198 0,002693 0,004116 0,004631
47 0,002463 0,003009 0,004657 0,005103
48 0,002740 0,003343 0,005246 0,005620
49 0,003028 0,003694 0,005880 0,006185
50 0,003330 0,004057 0,006557 0,006802
51 0,003647 0,004431 0,007277 0,007472
52 0,003980 0,004812 0,008038 0,008210
53 0,004331 0,005198 0,008840 0,009022
54 0,004698 0,005591 0,009682 0,009915
55 0,005077 0,005994 0,010565 0,010896
56 0,005465 0,006409 0,011491 0,011976
57 0,005861 0,006839 0,012460 0,013163
58 0,006265 0,007290 0,013476 0,014468
59 0,006694 0,007782 0,014542 0,015902
60 0,007170 0,008338 0,015662 0,017478
61 0,007714 0,008983 0,016869 0,019209
62 0,008348 0,009740 0,018199 0,021112
63 0,009093 0,010630 0,019666 0,023201
64 0,009968 0,011664 0,021283 0,025495
65 0,010993 0,012851 0,023066 0,028013
66 0,012188 0,014199 0,025030 0,030776
95
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70
67 0,013572 0,015717 0,027193 0,033807
68 0,015160 0,017414 0,029577 0,037131
69 0,016946 0,019296 0,032202 0,040775
70 0,018920 0,021371 0,035092 0,044768
71 0,021071 0,023647 0,038272 0,049141
72 0,023388 0,026131 0,041771 0,053928
730,025871 0,028835 0,045620 0,059164
74 0,028552 0,031794 0,049852 0,064890
75 0,031477 0,035046 0,054501 0,071146
76 0,034686 0,038631 0,059609 0,077976
77 0,038225 0,042587 0,065216 0,085427
78 0,042132 0,046951 0,071368 0,093549
79 0,046427 0,051755 0,078113 0,102392
80 0,051128 0,057026 0,085503 0,112012
81 0,056250 0,062791 0,093593 0,122464
82 0,061809 0,069081 0,102443 0,133806
83 0,067826 0,075908 0,112113 0,146099
84 0,074322 0,083230 0,122669 0,159402
85 0,081326 0,090987 0,134178 0,173775
86 0,088863 0,099122 0,146709 0,189278
87 0,096958 0,107577 0,160333 0,205970
88 0,105631 0,116316 0,175124 0,223906
89 0,114858 0,125394 0,191151 0,243139
90 0,124612 0,134887 0,208485 0,263714
91 0,134861 0,144873 0,227192 0,285674
92 0,145575 0,155429 0,247332 0,309049
93 0,156727 0,166629 0,268960 0,333863
94 0,168290 0,178537 0,292118 0,360127
95 0,180245 0,191214 0,316834 0,387840
96 0,192565 0,204721 0,343122 0,416986
97 0,205229 0,219120 0,370973 0,447535
98 0,218683 0,234735 0,400352 0,479438
99 0,233371 0,251889 0,431199 0,512630
100 0,249741 0,270906 0,463415 0,547029
101 0,268237 0,292111 0,496870 0,582533
102 0,289305 0,315826 0,531389 0,619026
103 0,313391 0,342377 0,566757 0,656373
104 0,340940 0,372086 0,602714 0,694427
105 0,372398 0,405278 0,638956 0,733028
96
ANEXOS
SEGUROS DE PESSOAS
Idade AT-2000 Basic Male AT-83 Male AT-49 Male GKM-70
106 0,408210 0,442277 0,675143 0,772005
107 0,448823 0,483406 0,710898
108 0,494681 0,528989 0,745822
109 0,546231 0,579351 1,000000
110 0,603917 0,634814
111 0,668186 0,695704
112 0,739483 0,762343
113 0,818254 0,835056
114 0,904945 0,914167
115 1,000000 1,000000
97
GABARITO
SEGUROS DE PESSOAS
 GABARITO 
Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3
1 – D 1 – A 1 – A
2 – E 2 – D 2 – B
UNIDADE 4 UNIDADE 5
1 – E 1 – A
2 – C 2 – A
Estudos de Caso
Caso 1
1. Petróleo ABC S/A.
2. Funcionários da empresa petróleo Abc S/A.
3. Estipulante-instituidor.
4. Coletiva.
5. Contributário.
6. 15.000 colaboradores.
7. 7.000 colaboradores.
Caso 2
Não há indenização a ser paga, pois, apesar de passados dois anos da 
contratação da apólice, houve suspensão da cobertura durante a vigência, 
que deveria ser compensada ao final do período. Como o sinistro ocorreu 
passados 26 meses e não 28, não há indenização a ser paga, conforme 
previsto no artigo 798 do Código Civil, transcrito a seguir:
Art. 798 – O beneficiário não tem direito ao capital estipulado 
quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigên-
cia inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, 
observado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é 
nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por 
suicídio do segurado.
98
GABARITO
SEGUROS DE PESSOAS
Caso 3
1. O seguro é não contributário porque o prêmio é 100% pago pela empresa
2. A cobertura que dá o direito ao colaborador de receber a primeira parte 
da indenização é a cobertura de IPA. 
3. De acordo com a tabela para cálculo da indenização em caso de inva-
lidez permanente, a perda total do uso de um dos membros superiores é 
uma invalidez parcial e a indenização é de 70% do valor contratado para 
a garantia, ou seja 0,7 x R$ 200 mil = R$ 140 mil. O colaborador recebeu 
R$ 140 mil pela invalidez parcial. 
4. As indenizações pagáveis por morte acidental e por invalidez permanente 
total ou parcial por acidente não são cumulativas. Assim, se depois de paga a 
indenização por invalidez permanente por acidente (IPA), verificou-se a morte 
do colaborador em função do mesmo acidente, a importância já paga por IPA 
deve ser deduzida do valor do capital segurado por morte acidental.Sendo 
assim os beneficiários receberão o capital segurado por morte (R$ 200 mil) + 
o capital segurado por morte acidental (R$200 mil) – o capital indenizado ao 
segurado pela cobertura de IPA (R$140 mil), ou seja, R$ 260 mil.
99
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEGUROS DE PESSOAS
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL, Gilberto. O ABC da matemática atuarial e princípios gerais do 
seguro. Porto Alegre: Sulina, 1985.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. 
 Introdução à atuária e precificação do seguro. Assessoria técnica de 
Vânia Brasil Simões. 10. ed. Rio de Janeiro: ENS, 2017. 80 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguros 
de pessoas. Assessoria técnica de Elizabeth Vieira Valente Bartolo. 16. ed. 
Rio de Janeiro: ENS, 2020. 96 p.
ESCOLA DE NEGOCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Segu-
ros de pessoas. Assessoria técnica de Elizabeth Vieira Valente Bartolo. 18. 
ed. Rio de Janeiro: ENS, 2022. 4,35 Mb ; PDF
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS, Dicionário de Seguros – vocabulário 
conceituado de seguros. 2.ed. ver. ampl. Rio de Janeiro: Funenseg, 2000. 
160p.
FERREIRA, Paulo Pereira. Modelos de precificação e ruína para seguros 
de curto prazo. Rio de Janeiro: Funenseg, 2005. 210 p.
FERREIRA, Weber José. Coleção introdução à ciência atuarial. Rio de 
Janeiro: IRB, 1995. 
SOUZA, Antonio Lober Ferreira de et.al. Dicionário de seguros: 
 vocabu lário conceituado de seguros. Técnico de Documentação 
 Teresinha Castello Ribeiro. 3.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: IRB Brasil Re/
Funenseg, 2011. 256 p.
Sites
www.susep.gov.br
http://www.susep.gov.br
	conceitos
	BÁSICOS
	 uM POUCO DE HISTÓRIA 
	O Seguro de Pessoas no Tempo
	 SEGURO DE PESSOAS NO 
 CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
 (LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 
	 NOÇÕES GERAIS 
	 SUJEITOS da OPERAÇÃO 
	 FORMAS DE CONTRATAÇÃO 
	 CUSTEIO do plano 
	 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO 
 DAS COBERTURAS 
	Benefício Definido
	Contribuição Variável
	 valores garantidos 
	 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 
	 CARREGAMENTO 
	 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 
	 ENCAMPAÇÃO DE APÓLICES 
	 FIXANDO CONCEITOS 1 
	COBERTURAS
	de RISCO
	 INTRODUÇÃO 
	 CONTRATAÇÃO 
	 Proposta de Contratação 
	Proposta de Adesão 
	Apólice
	Bilhete de Seguro
	Certificado Individual
	 PERÍODO DE COBERTURA 
	 CÁLCULO DO PRÊMIO 
	 COBERTURAS 
	Morte (Natural ou Acidental)
	Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD)
	Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD)
	Doenças Graves
	Acidentes Pessoais
	Diárias por Incapacidade (DI)
	Diárias por Internação Hospitalar (DIH)
	Perda de Renda
	Perda De Certificado De Habilitação De Voo (PCHV)
	Auxílio-Funeral
	 SEGURO 
 EDUCACIONAL 
	 SEGURO PRESTAMISTA 
	 SEGUROS COLETIVOS 
 E COBERTURAS PARA 
 SEGURADOS DEPENDENTES 
	 REGRAS ESPECÍFICAS 
 PARA SEGUROS DE VIGILANTES 
	 REGRAS ESPECÍFICAS PARA 
 SEGUROS DE ACIDENTES 
 PESSOAIS DE PASSAGEIROS 
	 CAPITAL SEGURADO 
	 VIGÊNCIA 
	 CARÊNCIA 
	 CESSAÇÃO 
 DE COBERTURA 
	 PERDA DE DIREITOS 
	 CANCELAMENTO E 
 REABILITAÇÃO DA APÓLICE 
	 RENOVAÇÃO DA APÓLICE 
	 RISCOS EXCLUÍDOS 
	 DISTRIBUIÇÃO DE 
 EXCEDENTE TÉCNICO 
	 FORMA DE PAGAMENTO 
 DA INDENIZAÇÃO 
	 Fixando Conceitos 2 
	COBERTURA
	por SOBREVIVÊNCIA
	 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
	 CARACTERÍSTICAS DA COBERTURA 
 POR SOBREVIVÊNCIA 
	 Fixando Conceitos 3 
	noções de risco
	e Precificação nos Seguros de Pessoas
	 NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO DE RISCOS 
 e sua finalidade 
	 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 
	Porcentagem Extra de Agravamento
	Agravamento Temporário
	Agravamento Permanente
	 ANTISSELEÇÃO DE RISCOS 
	 MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO 
 DE SEGUROS 
	 TÁBUAS DE MORTALIDADE 
	Elementos de uma Tábua de Mortalidade
	 A UTilização da 
 Tábua DE MORTALIDADE 
	 TAXA PURA 
	 REGIMES FINANCEIROS 
	Regime Financeiro 
de Repartição Simples
	Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura
	Regime Financeiro de Capitalização
	 FATORES QUE INFLUENCIAM 
 NO CÁLCULO DO PREÇO 
 DOS SEGUROS DE PESSOAS E 
 DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 
	Seguros de Pessoas – Cobertura por Morte
	Previdência Complementar – Renda Mensal Vitalícia Imediata (Anuidade Imediata Vitalícia)
	 Fixando Conceitos 4 
	 NOÇÕES de
	 Regulação de
 Sinistro e
	Atualização de Valores
	 CONSIDERAÇÕES INICIAISsobre 
 o processo de regulação 
 de sinistros 
	 REGULAÇÃO DO PROCESSO 
 DE SINISTRO 
	 UMA NOÇÃO HISTÓRICA sobre 
 Atualização de Valores 
	 AS REGRAS ATUAIS 
 de atualização de valores 
	 Fixando Conceitos 5 
	 Estudos de Caso 
	 anexoS 
	Tábuas de Mortalidade
	 Gabarito 
	 Referências Bibliográficas

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