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Apostila_CHCS_Seguros De Pessoas_VF

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Prévia do material em texto

SEGUROS DE PESSOAS
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros – ENS
 E73s Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Seguros de pessoas / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria 
 de ensino Técnico; assessoria técnica de Elizabeth Vieira Valente Bartolo e 
 Bruno Kelly. – 19. ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2023.
 3,47 Mb ; PDF
 1. Seguros de pessoas. I. Bartolo, Elizabeth Vieira Valente. II. Kelly, Bruno. 
 III. Título. 
 
 0023-2686 CDU 368.91(072) 
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
BRUNO KELLY – 2023
ELIZABETH VIEIRA VALENTE BARTOLO – 2023/ 2022/ 2021
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO
PICTORAMA DESIGN
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
19ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2023
SEGUROS DE PESSOAS
A 
Escola de Negócios e Seguros promove, desde 1971, diversas 
iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um 
mercado de seguros, previdência complementar, capitalização 
e resseguro cada vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
SEGUROS DE PESSOAS
 1. CONCEITOS BÁSICOS 8
 UM POUCO DE HISTÓRIA 9
O Seguro de Pessoas no Tempo 9
 SEGURO DE PESSOAS NOCÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 10
 NOÇÕES GERAIS 12
 SUJEITOS DA OPERAÇÃO 13
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO 15
 CUSTEIO DO PLANO 16
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO DAS COBERTURAS 16
Benefício Definido 16
Contribuição Variável 17
 VALORES GARANTIDOS 18
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 19
 CARREGAMENTO 19
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 21
 ENCAMPAÇÃO DE APÓLICES 21
 FIXANDO CONCEITOS 1 22
SUMÁRIO
INTERATIVO
SEGUROS DE PESSOAS
 2. COBERTURAS DE RISCO 23
 INTRODUÇÃO 24
 CONTRATAÇÃO 24
 Proposta de Contratação 25
Proposta de Adesão 26
Apólice 27
Bilhete de Seguro 27
Certificado Individual 27
 PERÍODO DE COBERTURA 28
 CÁLCULO DO PRÊMIO 28
 COBERTURAS 29
Morte (Natural ou Acidental) 29
Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD) 30
Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD) 31
Doenças Graves 32
Acidentes Pessoais 32
Diárias por Incapacidade (DI) 37
Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 37
Perda de Renda 38
Perda De Certificado De Habilitação De Voo (PCHV) 38
Auxílio-Funeral 38
 SEGURO EDUCACIONAL 39
 SEGURO PRESTAMISTA 40
 SEGUROS COLETIVOS E COBERTURAS PARA SEGURADOS DEPENDENTES 41
 REGRAS ESPECÍFICAS PARA SEGUROS DE VIGILANTES 43
 REGRAS ESPECÍFICAS PARA SEGUROS DE ACIDENTES PESSOAIS DE PASSAGEIROS 43
 CAPITAL SEGURADO 43
 VIGÊNCIA 45
 CARÊNCIA 45
 CESSAÇÃO DE COBERTURA 46
SEGUROS DE PESSOAS
 PERDA DE DIREITOS 47
 CANCELAMENTO E REABILITAÇÃO DA APÓLICE 48
 RENOVAÇÃO DA APÓLICE 49
 RISCOS EXCLUÍDOS 49
 DISTRIBUIÇÃO DE EXCEDENTE TÉCNICO 51
 FORMA DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO 52
 FIXANDO CONCEITOS 2 54
 3. COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 55
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 56
 CARACTERÍSTICAS DA COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 56
 FIXANDO CONCEITOS 3 58
 4. NOÇÕES DE RISCO E PRECIFICAÇÃO 
 NOS SEGUROS DE PESSOAS 59
 NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO DE RISCOS E SUA FINALIDADE 60
 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 61
Porcentagem Extra de Agravamento 61
Agravamento Temporário 61
Agravamento Permanente 61
 ANTISSELEÇÃO DE RISCOS 62
 MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO DE SEGUROS 62
 TÁBUAS DE MORTALIDADE 63
Elementos de uma Tábua de Mortalidade 64
 A UTILIZAÇÃO DA TÁBUA DE MORTALIDADE 65
 TAXA PURA 65
 REGIMES FINANCEIROS 67
SEGUROS DE PESSOAS
Regime Financeiro de Repartição Simples 68
Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura 68
Regime Financeiro de Capitalização 69
FATORES QUE INFLUENCIAM NO CÁLCULO DO PREÇO 
DOS SEGUROS DE PESSOAS E DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 74
Seguros de Pessoas – Cobertura por Morte 74
Previdência Complementar – Renda Mensal Vitalícia Imediata (Anuidade Imediata Vitalícia) 76
 FIXANDO CONCEITOS 4 79
 5. NOÇÕES DE REGULAÇÃO DE 
 SINISTRO E ATUALIZAÇÃO DE VALORES 80
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE 
O PROCESSO DE REGULAÇÃO DE SINISTROS 81
 REGULAÇÃO DO PROCESSO DE SINISTRO 82
 UMA NOÇÃO HISTÓRICA SOBRE ATUALIZAÇÃO DE VALORES 83
 AS REGRAS ATUAIS DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES 83
 FIXANDO CONCEITOS 5 85
 ESTUDOS DE CASO 87
 ANEXOS 89
Tábuas de Mortalidade 93
 GABARITO 97
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99
8
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
01
BÁSICOS
CONCEITOS
 ■ Conhecer os aspectos 
históricos do ramo de 
seguro de pessoas e a 
evolução histórica da 
legislação de seguros do 
Brasil, correlacionando tais 
aspectos com a operação 
do mercado de seguros 
da atualidade. 
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Reconhecer os conceitos 
básicos relacionados aos 
seguros de pessoas, bem 
como os sujeitos envolvidos 
na contratação deste tipo 
de seguro; Conhecer as 
formas de contratação, os 
tipos de planos e coberturas 
oferecidas pelos seguros de 
pessoas, diferenciando os 
tipos de planos e serviços.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ UM POUCO DE HISTÓRIA
⊲ SEGURO DE PESSOAS 
NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO 
DE 2002)
⊲ NOÇÕES GERAIS
⊲ SUJEITOS DA OPERAÇÃO
⊲ FORMAS DE CONTRATAÇÃO
⊲ CUSTEIO DO PLANO
⊲ MODALIDADES DE 
ESTRUTURAÇÃO 
DAS COBERTURAS
⊲ VALORES GARANTIDOS
⊲ ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
⊲ CARREGAMENTO
⊲ MIGRAÇÃO DE APÓLICES
⊲ FIXANDO CONCEITOS
9
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 UM POUCO DE HISTÓRIA 
A necessidade de segurança é inerente ao ser humano. Desde sua origem, 
sofrendo as consequências das situações climáticas e dos ataques de 
animais e de outros homens, de doenças, invalidez e morte, o homem sentiu 
a necessidade de buscar formas de proteção, desde a integração em tribos 
ou grupos até a criação de moradias que minimizassem certos perigos. 
Posteriormente, o homem comprovou haver situações que poderiam 
determinar a perda de seus bens e observou que, para desenvolver suas 
atividades com segurança, teria que descobrir alguma maneira de estar 
protegido. Surgiu então a “ideia” do seguro.
 — O Seguro de Pessoas no Tempo
O Código Comercial Brasileiro, publicado em 1850 e ainda em vigor – 
apenas nos itens referentes ao Direito Comercial Marítimo –, determinava a 
proibição da contratação dos seguros de vida de pessoas livres. Era permitida 
somente a contratação de seguros para as vidas dos escravos, já que não 
eram considerados pessoas, e sim mercadorias. Dessa forma, no Brasil, o 
seguro de vida teve sua prática retardada por ter sido considerado, durante 
longo tempo, uma especulação imoral.
Em 1905, surgiu um “plano” que cobria as vidas dos empregados de 
uma cadeia de armazéns varejistas, contratado por meio de diversas 
apólices individuais que exigiam a realização prévia de exames médicos. 
O “plano” utilizado foi o denominado seguro temporário renovável 
automaticamente e os prêmios das apólices eram recolhidos e pagos à 
seguradora pelo empregador. 
Em 1910, foi emitida, nos EUA, a primeira apólice de Seguro de Vida em 
Grupo, que apresentava como condições: não realização dos exames 
médicos individuais prévios, prêmios quitados pelos segurados e benefício 
por morte do funcionário pago ao beneficiário por ele indicado.
Saiba mais
Com a publicação do Código 
Civil Brasileiro, em 2002, foinecessário que a SUSEP e 
o CNSP revisassem todos 
os normativos, inclusive 
aqueles relacionados 
aos Seguros de Pessoas. 
Naquela oportunidade, foram 
consolidadas disposições 
dispersas em inúmeros 
normativos, com o objetivo 
de propiciar aos segurados 
mais informações e 
transparência quanto às suas 
obrigações aos seus direitos.
10
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
O Código Civil Brasileiro, publicado em 1916 e já inteiramente revogado, 
passou a considerar a vida e as faculdades humanas objetos seguráveis, o 
que foi mantido pelo Código Civil publicado em 2002 (Lei 10.406/02).
Em 1929, o Seguro de Vida em Grupo surgiu no Brasil, época em que o referido 
ramo já estava consolidado e modernizado nos EUA. Foi introduzido em nosso 
mercado, seguindo o modelo americano no que se referia a taxas e condições.
Em 1954, no Brasil, foi publicada uma portaria que definiu padrões para o 
ramo de acidentes pessoais, sendo aquele ano considerado o marco inicial 
para o desenvolvimento da carteira.
 SEGURO DE PESSOAS NO 
 CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
 (LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002) 
O Código Civil Brasileiro apresenta uma série de artigos aplicáveis aos 
seguros, sendo alguns voltados, exclusivamente, para os contratos de 
seguros de pessoas. 
Os principais são:
[...]
Art. 789 – Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipula-
do pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre 
o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.
Art. 790 – No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a 
declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preserva-
ção da vida do segurado.
Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interes-
se, quando o segurado é cônjuge, ascendente ou descendente 
do proponente.
Art. 791 – Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não 
tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é 
lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de 
última vontade.
Parágrafo único. O segurador, que não for cientificado opor-
tunamente da substituição, desobrigar-se-á pagando o capital 
segurado ao antigo beneficiário.
11
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Art. 792 – Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qual-
quer motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado 
será pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, 
e o restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da 
vocação hereditária.
Parágrafo único. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, 
serão beneficiários os que provarem que a morte do segurado 
os privou dos meios necessários à subsistência.
Art. 793 – É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao 
tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou já 
se encontrava separado de fato.
Art. 794 – No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de mor-
te, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, 
nem se considera herança para todos os efeitos de direito.
Art. 795 – É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamen-
to reduzido do capital segurado.
Art. 796 – O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, 
ou por toda a vida do segurado.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o 
segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta 
de pagamento, nos prazos previstos, acarretará, conforme se 
estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já 
formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente 
ao prêmio pago.
Art. 797 – No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um 
prazo de carência, durante o qual o segurador não responde 
pela ocorrência do sinistro.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o segurador é obrigado 
a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já 
formada.
Art. 798 – O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o 
segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial 
do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, obser-
vado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é 
nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por 
suicídio do segurado.
Art. 799 – O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda 
que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade 
do segurado provier da utilização de meio de transporte mais 
arriscado, da prestação de serviço militar, da prática de esporte, 
ou de atos de humanidade em auxílio de outrem.
12
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Art. 800 – Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se 
nos direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o 
causador do sinistro.
Art. 801 – O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou 
jurídica em proveito do grupo que a ela, de qualquer modo, se 
vincule.
§ 1º O estipulante não representa o segurador perante o grupo 
segurado, e é o único responsável, para com o segurador, pelo 
cumprimento de todas as obrigações contratuais.
§ 2º A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência 
expressa de segurados que representam 3/4 do grupo.
Art. 802 – Não se compreende nas disposições desta Seção a garantia do 
reembolso de despesas hospitalares ou de tratamento médico, 
nem o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado.
 NOÇÕES GERAIS 
Os planos de seguros de pessoas são aqueles destinados a oferecer 
coberturas de risco (por exemplo, morte, invalidez, doenças graves) ou 
coberturas por sobrevivência.
Atenção
A cobertura por sobrevivência é aquela que garante o pagamento do capital segurado 
pela sobrevivência do segurado ao período de diferimento contratado ou a compra, 
mediante pagamento único, de renda imediata.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos seguros de pessoas cujo evento 
gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data predeterminada.
Em resumo, todas aquelas situações que não se enquadram no conceito de cobertura 
de sobrevivência apresentado acima, automaticamente, são entendidas como cobertu-
ra de risco.
13
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 SUJEITOS DA OPERAÇÃO 
Na contratação de um plano de seguros de pessoas estão envolvidas as 
seguintes partes:
Segurado
Pessoa física que contrata o plano ou, no caso de contratação sob 
a forma coletiva, que adere ao plano.
Seguradora
Pessoa jurídica obrigatoriamente constituída sob a forma de socie-
dade anônima – S/A, que assume a responsabilidade pela cobertura 
dos riscos especificados na apólice, mediante o recebimento do prê-
mio correspondente.
Corretor
Pessoa física ou jurídica que faz a intermediação da contratação 
do plano.
Beneficiário
Desde que respeitadas as determinações legais e regulamentares, 
beneficiário é a pessoa física ou jurídica livremente indicada pelo 
segurado para receber os valores dos capitais segurados – indeni-
zações –, na hipótese de ocorrência do sinistro.
Estipulante 
Pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano coletivo, 
ficando investido de poderes de representação do segurado, nos 
termos da legislação e regulamentação em vigor.
Sobre o Estipulante
O estipulante só pode ser beneficiário em um plano de seguros de pessoas 
se comprovado o legítimo interesse para que ele figure nessa condição.
Esse é o caso, por exemplo, do Seguro Prestamista, que veremos mais adiante. 
O estipulante será identificado como:
 ■ estipulante-instituidor: aquele que participa, total ou parcial-
mente do custeio do plano; 
 ■ estipulante-averbador: aquele que não participa do custeio 
do plano.
Não podem ser estipulantes, salvo quando estiverem estipulando apólices 
para seus próprios funcionários:
Atenção
A figura do Estipulante existe 
somente nos planos de 
seguros coletivos.
14
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ corretoras de seguros, seus sócios,dirigentes, administradores, 
empregados, prepostos ou representantes;
 ■ corretores; 
 ■ sociedades seguradoras, seus dirigentes, administradores, empre-
gados, prepostos ou representantes.
O estipulante tem várias obrigações a cumprir, como:
 ■ fornecer à seguradora todas as informações necessárias para a 
análise e a aceitação do risco;
 ■ manter a seguradora informada a respeito dos dados cadastrais dos 
segurados, das alterações na natureza do risco coberto, bem como 
de quaisquer eventos que possam, no futuro, resultar em sinistro;
 ■ fornecer ao segurado, sempre que solicitado, quaisquer informações 
relativas ao contrato de seguro;
 ■ comunicar de imediato à seguradora a ocorrência de qualquer 
sinistro ou expectativa de sinistro, referente ao grupo que repre-
senta, assim que delas tiver conhecimento, quando tal comunica-
ção estiver sob sua responsabilidade;
 ■ dar ciência aos segurados dos procedimentos e prazos estipula-
dos para a liquidação dos sinistros; 
 ■ comunicar de imediato à SUSEP quaisquer procedimentos que 
considerar irregulares quanto ao seguro contratado, bem como 
fornecer àquela autarquia quaisquer informações solicitadas den-
tro do prazo por ela estabelecido.
Sempre que houver qualquer alteração nas condições contratuais que 
implique modificação nas escolhas dos segurados, ônus ou dever para eles, 
a referida alteração somente será válida com a anuência prévia e expressa 
de segurados que representem, no mínimo, 3/4 do grupo segurado.
Quando o plano for contratado com previsão de consignação em folha, as 
condições gerais deverão conter dispositivo determinando que a ausência 
do repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo consig-
nante à seguradora não poderá causar qualquer prejuízo aos segurados ou 
respectivos beneficiários, no que se refere à cobertura e aos demais direitos.
Nos seguros contributários, ou seja, quando os segurados são respon-
sáveis pelo pagamento, total ou parcial, dos valores dos prêmios, o não 
repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo estipulan-
te à seguradora, nos prazos contratualmente estabelecidos, poderá acar-
retar a suspensão ou o cancelamento da cobertura, a critério da segurado-
ra, além de sujeitar o estipulante às cominações legais.
15
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Nas apólices coletivas, em que o estipulante possui com o grupo segurado, 
exclusivamente, o vínculo de natureza securitária referente à contratação 
do seguro, deverá haver tratamento de apólice individual, no que concerne 
ao relacionamento dos segurados com a seguradora.
Nos seguros contributários, é vedado ao estipulante:
I - cobrar dos segurados quaisquer valores relativos ao seguro além 
dos especificados pela seguradora;
II - rescindir o contrato sem anuência prévia e expressa de um número 
de segurados que represente, no mínimo, 3/4 do grupo segurado;
III - efetuar propaganda e promoção do seguro sem prévia anuência 
da seguradora; 
IV - vincular a contratação de seguros a qualquer de seus produtos.
Os sujeitos vinculados ao estipulante são caracterizados da seguinte forma:
 ■ componente segurado: pessoa que já aderiu ao seguro, tendo sido 
aceita pela sociedade seguradora, ou seja, que já participa do pla-
no coletivo de seguros de pessoas contratado pelo estipulante; 
 ■ componente segurável: pessoa que pode vir a ser incluída no pla-
no, ou seja, pessoa passível de se tornar um componente segurado.
Saiba mais
A regulamentação vigente estabelece que na proposta e nas condições gerais do pla-
no deverá constar a informação de que o segurado poderá consultar a situação cadas-
tral de seu corretor de seguros no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu 
registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO 
Os planos de seguros de pessoas podem ser contratados de duas formas: 
individual ou coletiva.
 ■ individual: quando a relação entre os segurados e a seguradora 
é direta;
 ■ coletiva: quando a relação entre os segurados e a seguradora é 
indireta, por meio do estipulante.
http://www.susep.gov.br
16
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
A contratação coletiva se destina a garantir coberturas para grupos de pessoas que, de 
uma forma lícita, vinculem-se ao estipulante, devendo o vínculo entre essas pessoas e o 
estipulante estar definido no contrato de forma clara e objetiva.
 CUSTEIO DO PLANO 
O custeio do plano pode ser:
 ■ não contributário: quando os segurados não pagam os valores dos 
prêmios, sendo o plano inteiramente custeado pelo estipulante; 
 ■ contributário: quando os segurados são responsáveis pelo paga-
mento, total ou parcial, dos valores dos prêmios.
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO 
 DAS COBERTURAS 
As coberturas podem ser estruturadas na forma de benefício definido ou 
de contribuição variável.
 — Benefício Definido
A cobertura estruturada na forma de benefício definido é aquela em que 
o valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de 
renda, e o valor do prêmio são previamente estabelecidos na proposta.
17
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Importante
Todas as coberturas de risco são estruturadas na modalidade de benefício definido.
Exemplos:
1) Quando o segurado contrata um plano com cobertura de morte (cobertura de risco), 
ele está contratando uma cobertura que é estruturada na modalidade de benefício de-
finido, pois os valores do capital segurado e do prêmio já estão previamente definidos 
na proposta.
2) Quando o segurado contrata um plano e define, no momento da contratação, o capi-
tal segurado que irá receber à vista ao final do período de diferimento, caso sobreviva, 
ele está contratando uma cobertura estruturada na modalidade de benefício definido.
 — Contribuição Variável
Na cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável, o 
segurado tem a opção de poder efetuar contribuições ao plano a qual-
quer tempo e de valor definido por ele, independentemente dos valores 
e prazos de pagamento de prêmios estarem definidos na proposta de 
contratação. Ou seja, nas coberturas estruturadas na modalidade de con-
tribuição variável, não é obrigatório que o valor da contribuição e o prazo 
de pagamento dos prêmios estejam previamente definidos na proposta.
Destaca-se que o valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou 
sob a forma de renda, será calculado ao final do período de diferimento, 
com base no saldo acumulado na Provisão Matemática de Benefícios a 
Conceder (PMBaC) e no fator de cálculo.
A Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC) corresponde aos com-
promissos da Seguradora para com os segurados de seus respectivos planos, relativos 
aos benefícios a conceder sob o regime financeiro de capitalização.
Parágrafo Único. A provisão deve ser constituída para a cobertura de benefícios 
decor rentes de planos ou produtos estruturados no regime financeiro de capitalização. 
Fator de cálculo
Resultado numérico calculado mediante a utilização de taxa de juros e tábua de mortali-
dade, quando for o caso, utilizado para obtenção do capital segurado a ser pago sob a 
forma de renda.
18
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na modalidade de 
contribuição variável.
Exemplo: o Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL – é um plano em que o segu-
rado paga prêmios que podem ou não ter os seus valores estabelecidos previamente. 
Ao final do período de diferimento, a seguradora calcula o valor do capital segurado, 
pago sob a forma de renda, com base no valor acumulado na PMBaC e no fator de 
 cálculo. É fácil imaginar que quanto mais o segurado tiver acumulado, maior será o 
valor de renda que ele irá receber.
Período de diferimento 
Período compreendido entre a data de início de vigência da cobertura por sobrevivên-
cia e a data contratualmente prevista para início do pagamento do capital segurado.
 VALORES GARANTIDOS 
Representam direitosdos segurados ou dos beneficiários previstos nos 
planos com cobertura de morte, estruturada no regime financeiro de capi-
talização, e nos planos com cobertura por sobrevivência. São eles: 
Resgate
Corresponde ao direito que os segurados e, quando tecnicamen-
te possível, os beneficiários têm de retirar os recursos da PMBaC 
durante o período de diferimento, desde que observadas determi-
nadas regras;
Portabilidade
É o direito garantido aos segurados de movimentar os recursos da 
PMBaC durante o período de diferimento, desde que observadas 
determinadas regras.
Saldamento
Consiste na manutenção da cobertura originalmente contratada, 
com redução proporcional do capital segurado contratado, na 
eventualidade da paralisação do pagamento dos prêmios. 
Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser 
efetuado automaticamente pela sociedade seguradora, quando 
o segurado deixa de pagar o plano e não solicita o resgate dos 
recursos acumulados na PMBaC. Nesses casos, a sociedade segu-
Atenção
No caso de portabilidade, 
os recursos financeiros 
deverão ser movimentados 
diretamente entre as 
sociedades seguradoras, 
ficando vedado que transitem, 
de qualquer forma, pelo 
segurado ou pelo estipulante.
O saldamento e o benefício 
prolongado deverão manter 
as principais características 
da cobertura originalmente 
contratada, sendo facultada 
a utilização de tábua 
de mortalidade distinta 
para cálculo do benefício 
prolongado, desde que 
prevista na nota técnica 
atuarial.
19
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
radora deve comunicar ao segurado o fato, de forma a ficar claro 
que o segurado tem direito a uma cobertura com capital segurado 
menor do que aquele inicialmente contratado sem a necessidade 
de continuar a pagar prêmios.
Benefício prolongado
Consiste na manutenção temporária da cobertura contratada, 
mantendo o capital segurado originalmente contratado, na even-
tualidade de ocorrer a paralisação do pagamento dos prêmios.
Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão de 
dois valores garantidos: resgate e portabilidade.
Em contrapartida, nos planos com cobertura de risco, e desde que tal 
cobertura seja estruturada no regime financeiro de capitalização, é possível 
a previsão dos seguintes valores garantidos: resgate, portabilidade, 
saldamento e benefício prolongado.
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA 
A assistência financeira é o empréstimo financeiro oferecido ao titular do 
plano, sendo vedada a concessão ao segurado que possua, exclusivamente, 
plano estruturado no regime financeiro de repartição.
Para tal, é firmado contrato entre o segurado e a seguradora, e a assistência 
financeira somente poderá ser concedida durante o período anterior ao 
pagamento da indenização do seguro.
 CARREGAMENTO 
O Carregamento é a denominação da remuneração que as seguradoras 
recebem para custear a manutenção de sua operação.
O critério e a forma de cobrança do carregamento deverão constar da 
proposta de contratação e da proposta de adesão, do regulamento, da 
nota técnica atuarial e, no caso de planos coletivos, do contrato, devendo 
ser observados os seguintes limites, conforme o tipo de estruturação:
Cobertura de Risco
Não há limite de carregamento. 
20
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
Cobertura por Sobrevivência
 » 10% para as coberturas estruturadas na modalidade de contri-
buição variável; 
 » 30% para as coberturas estruturadas na modalidade de bene-
fício definido.
Os percentuais de carregamento deverão constar da proposta de 
contratação e da proposta de adesão, bem como do contrato. Para os 
planos individuais, os percentuais de carregamento também deverão 
constar do regulamento e da nota técnica atuarial.
Os percentuais de carregamento incidirão, exclusivamente, sobre o 
valor dos prêmios efetivamente pagos à seguradora, ficando vedada a 
cobrança de quaisquer outros valores.
O carregamento poderá ser cobrado:
 ■ no pagamento dos prêmios; 
 ■ no resgate ou na portabilidade de recursos.
Nota Técnica Atuarial 
Documento técnico elaborado por atuário contendo a formulação utilizada nos cálculos 
do prêmio, as formas de custeio e as obrigações, considerando os regimes financeiros 
adotados no plano.
Saiba mais
Existem planos que admitem a cobrança de carregamento em percentual superior 
aos 30%, aplicado, exclusivamente, sobre os prêmios pagos durante os primeiros 120 
dias de vigência do plano, desde que o valor do carregamento nivelado durante a 
vigência do plano não seja superior a 30% do prêmio efetuado para a cobertura de 
sobrevivência e a periodicidade de pagamento do prêmio seja, no máximo, anual.
As sociedades seguradoras ficam obrigadas, caso estruturem planos na forma prevista 
acima, a devolverem 100% dos prêmios pagos referentes à cobertura por sobrevivência 
bem como a parcela do prêmio da cobertura de risco referente ao risco a decorrer, no 
caso de solicitação de cancelamento do plano, por qualquer motivo, dentro dos primeiros 
120 dias de vigência do plano.
21
UNIDADE 1
SEGUROS DE PESSOAS
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES 
A migração de apólices consiste na transferência de apólice coletiva, em 
período não coincidente com o término da respectiva vigência.
No caso de recepção de grupo de segurados e assistidos, originado 
em processo de migração de apólices, deverão ser admitidos todos os 
componentes do grupo cuja cobertura esteja em vigor, inclusive aqueles 
afastados do serviço ativo por acidente ou doença, podendo ser estendidas 
à nova seguradora as condições gerais, as condições especiais, o contrato 
e a nota técnica atuarial, mediante autorização da SUSEP, na forma da 
regulação específica.
Nos casos de migração de apólices, não será iniciada a contagem de novo 
prazo de carência para segurados já incluídos no seguro pela apólice 
anterior, em relação às coberturas e aos respectivos valores já contratados.
 ENCAMPAÇÃO DE APÓLICES 
A encampação de apólices consiste na substituição de apólice coletiva, ao 
fim de sua vigência, por nova apólice emitida por outra seguradora.
No caso de encampação de apólice de seguro não contributário estipula-
do por empregador em favor de seus empregados, é admitida a dispensa 
de proposta de adesão, desde que não haja modificação na apólice que 
implique ônus ou dever para os segurados ou redução de seus direitos.
Em que pese estar prevista a dispensa de proposta de adesão, isso não 
implica dispensa, por parte da seguradora, de emissão e de envio ou dis-
ponibilização dos certificados individuais aos segurados.
22
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE PESSOAS
 FIXANDO CONCEITOS 1 
1. A empresa ABC contratou um seguro coletivo para seus funcionários, sob 
a forma de seguro contributário. Sabemos que as contratações de seguros 
coletivos tem uma relação entre os segurados de forma indireta, por meio 
do Estipulante que, neste caso, é representado pela empresa ABC. Sob as 
características dessa forma de contratação, podemos afirmar que:
(a) Nos seguros contributários, sempre que houver alteração nas con-
dições contratuais que implique em modificação nas escolhas dos 
segurados, em ônus ou em dever para eles, a referida alteração 
somente será válida com a anuência prévia e expressa de segura-
dos que representem, no máximo, 3/4 do grupo segurado.
(b) Nos seguros contributários, o não repasse dos prêmios à segurado-
ra, nos prazos contratualmente estabelecidos, não poderá acarretar 
a suspensão ou o cancelamento da cobertura.
(c) Componente segurado é a pessoa que pode vir a ser incluída no 
plano.
(d) Migração de apólice consiste na transferência de apólice coletiva, 
em período não coincidente com o término da respectiva vigência.
(e) Quando o estipulante paga parte dos prêmios, fica facultado a ele 
rescindir o contrato, sem necessidade de anuência dos segurados.
2. Um proponente foi conversar com o seu corretor para melhor entender 
como os preços de um seguro de vida pode variar em funçãoda modalidade 
de estruturação de coberturas. O corretor informou que existem planos 
estruturados sob a modalidade de benefício definido e outros estruturados 
sob a modalidade de contribuição variável e esclareceu que:
(a) Coberturas dos seguros de pessoas somente podem ser estrutura-
das na modalidade de benefício definido.
(b) Cobertura estruturada na modalidade de benefício definido é aque-
la em que os valores do capital segurado e do prêmio podem ser 
estabelecidos previamente, na proposta.
(c) Cobertura por sobrevivência é sempre estruturada na modalidade 
de benefício definido.
(d) Cobertura de morte natural não pode ser estruturada na modalida-
de de benefício definido.
(e) Cobertura de invalidez é sempre estruturada na modalidade de 
benefício definido.
Consulte o gabarito clicando aqui.
23
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
02
COBERTURAS
de RISCO
 ■ Entender as nuances 
técnicas e operacionais 
das coberturas de 
risco, permitindo a 
comercialização de 
produtos de seguros 
em conformidade com 
as condições gerais 
propostas.
 ■ Reconhecer os 
instrumentos de 
contratação de um 
plano de seguros, 
compreendendo as 
principais características 
dos seguros de pessoas.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Entender os fatores que 
influenciam o cálculo 
do prêmio da cobertura 
de morte, bem como 
distinguir o Seguro Auxílio 
Funeral da Assistência 
Funeral. 
 ■ Assimilar as características 
dos planos e coberturas 
de risco, sendo capaz de 
correlacionar cada uma 
delas com as respectivas 
necessidades dos 
clientes.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ INTRODUÇÃO
⊲ CONTRATAÇÃO
⊲ PERÍODO DE COBERTURA
⊲ CÁLCULO DO PRÊMIO
⊲ COBERTURAS
⊲ SEGURO EDUCACIONAL
⊲ SEGURO PRESTAMISTA
⊲ CAPITAL SEGURADO
⊲ VIGÊNCIA
⊲ CARÊNCIA
⊲ CESSAÇÃO DE COBERTURA
⊲ PERDA DE DIREITOS
⊲ CANCELAMENTO E 
REABILITAÇÃO DA APÓLICE
⊲ RENOVAÇÃO DA APÓLICE
⊲ RISCOS EXCLUÍDOS
⊲ DISTRIBUIÇÃO DE 
EXCEDENTE TÉCNICO
⊲ FORMA DE PAGAMENTO 
DA INDENIZAÇÃO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
24
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 INTRODUÇÃO 
Os planos com coberturas de risco (morte, invalidez, doenças graves) 
têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segura-
do e aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as 
garantias contratadas. 
Como exemplo desses planos, temos o Seguro de Vida, o Seguro Fune-
ral, o Seguro de Acidentes Pessoais, o Seguro Educacional, o Seguro Via-
gem, o Seguro Prestamista, o Seguro de Diária por Internação Hospitalar, o 
Seguro-Desemprego (perda de renda), o Seguro de Diária por Incapacida-
de e o Seguro de Perda de Certificado de Habilitação de Voo.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos seguros de pessoas 
cujo evento gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data pre-
determinada.
Recentemente, por meio da circular 667, de 4 de julho de 2022, a Susep 
flexibilizou a estruturação de coberturas, gerando, assim, maior liberdade 
para a criação de novas garantias. O objetivo é permitir que o mercado 
cresça nesse segmento, com a oferta de produtos mais completos e ade-
quados às necessidades do consumidor.
Capital Contratado é o valor a ser pago pela seguradora na ocorrência 
do sinistro, limitado ao valor do capital segurado da respectiva cobertura 
contratada.
 CONTRATAÇÃO 
Na formalização da contratação de um plano de seguros de pessoas 
com cobertura de risco são utilizados os seguintes instrumentos contra-
tuais: proposta de contratação, proposta de adesão, apólice, bilhete e 
certificado individual.
25
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Quando da assinatura da proposta ou da solicitação de aumento do valor 
do capital segurado, para efeito de subscrição, é facultado à seguradora 
solicitar informação ao proponente ou ao segurado a respeito da contra-
tação de outros seguros de pessoas com coberturas concomitantes. Por 
outro lado, é vedado o estabelecimento de cláusula que obrigue o segu-
rado a comunicar à seguradora sobre a contratação posterior de outros 
seguros de pessoas com coberturas concomitantes.
A rejeição de proponente pela razão única de ser portador de deficiência 
configurará discriminação e será passível de punição, nos termos da legis-
lação específica.
Nas condições contratuais, é vedada a inclusão de cláusula de concorrência de 
apólices, exceto no caso de coberturas que garantam o reembolso de despesas.
Atenção
O contrato coletivo poderá estabelecer critérios específicos sobre a variação da 
quantidade de componentes do grupo segurado em relação à quantidade original que 
ensejem o dever de comunicação à seguradora para fins de avaliação de necessidade 
de repactuação do valor do capital segurado global.
 — Proposta de Contratação 
A proposta de contratação é o documento que contém a declaração do 
risco e dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de contratação, o proponente, pessoa física ou jurídica, 
expressa a intenção de contratar uma cobertura (ou coberturas), manifes-
tando pleno conhecimento das condições contratuais.
Atenção
Proponente é o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), no caso de con-
tratação individual, ou em aderir ao contrato, no caso de contratação coletiva.
Na contratação de um plano coletivo, quem assina a proposta de contratação é o esti-
pulante. Já na contratação de um plano individual, quem assina a proposta de contra-
tação é o segurado.
26
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Proposta de Adesão 
A proposta de adesão é o documento que contém a declaração do risco e 
dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de adesão, o proponente, pessoa física, expressa a intenção 
de aderir à contratação coletiva, manifestando pleno conhecimento das 
condições contratuais.
Com o objetivo de dar transparência aos segurados quanto aos seus direi-
tos e suas obrigações, a regulamentação das coberturas de risco prevê 
que as propostas de contratação e as de adesão deverão:
 ■ informar o percentual (ou percentuais) de reversão de excedente 
técnico bem como o prazo de carência, quando previsto pelo plano;
 ■ fazer constar: a) os valores, em moeda corrente nacional, do prê-
mio à vista, e, quando for o caso, do prêmio total fracionado de 
cada uma das parcelas; b) a taxa de juros remuneratórios pactua-
da; c) o número e a periodicidade das parcelas; d) os juros de mora 
ou outros acréscimos legalmente previstos;
 ■ discriminar a forma e o critério de custeio de cada cobertura con-
tratada;
 ■ estabelecer os valores dos prêmios e dos capitais segurados, dis-
criminados por cobertura. Os valores deverão ser estabelecidos 
na proposta de contratação, nos casos de planos individuais, e na 
proposta de adesão, nos casos de planos coletivos;
 ■ conter a informação de que:
– se o segurado, seu representante legal, ou seu corretor de segu-
ros fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam 
influir na aceitação da proposta ou no valor do prêmio, ficará preju-
dicado o direito à indenização, além de estar o segurado obrigado 
ao pagamento do prêmio vencido;
– a aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco;
– o registro do plano na SUSEP não implica, por parte da SUSEP, 
incentivo ou recomendação à sua comercialização.
– o segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor 
de seguros, no site www.susep.gov.br, utilizando-se do número 
de registro profissional na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
Importante
A informação do registro do 
plano na SUSEP não implica, 
por parte daquela Autarquia, 
incentivo ou recomendação 
à sua comercialização. 
Essa informação deverá ser 
inserida, necessariamente, em 
todo e qualquer material de 
comercialização e propaganda 
utilizado pela seguradora.
http://www.susep.gov.br
27
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Apólice
Após receber a proposta de contratação, a seguradora emite a apólice, 
assinada por um representante legal da seguradora, que é o documentoque formaliza a aceitação da cobertura solicitada pelo proponente, nos 
planos individuais, ou pelo estipulante, nos planos coletivos.
 — Bilhete de Seguro
Documento jurídico emitido pela seguradora que dispensa a obrigato-
riedade da proposta e substitui a apólice. É utilizado para agilizar a contra-
tação de determinada modalidade de seguro.
 — Certificado Individual
O certificado individual é o documento destinado ao segurado, emitido pela 
seguradora no caso de contratação coletiva, quando da aceitação do pro-
ponente, das renovações do seguro e nas alterações de valores do capital 
segurado ou do prêmio. Seu envio aos segurados é obrigatório, não se apli-
cando apenas nos casos de seguros de pessoas com capital global.
A mesma regulamentação estabelece ainda que:
 ■ deverão constar da proposta de contratação (no caso de planos 
individuais) ou da proposta de adesão (no caso de planos coleti-
vos) e da respectiva apólice os valores do prêmio à vista e, quando 
for o caso, do prêmio total fracionado de cada uma das parcelas, 
ambos expressos em moeda nacional, além da taxa de juros remu-
neratórios pactuada, do número de parcelas, sua periodicidade e 
os juros de mora ou outros acréscimos legalmente previstos;
 ■ o início e o final da vigência das coberturas contratadas deverão 
ser especificados na apólice, no certificado individual e nas pro-
postas de contratação e de adesão; 
 ■ para os seguros que não tenham cobertura vitalícia, deverá constar 
em destaque, na proposta de contratação, na proposta de adesão, na 
apólice e do certificado individual, a seguinte informação: “Este segu-
ro é por prazo determinado, tendo a seguradora a faculdade de não 
renovar a apólice na data de vencimento, sem devolução dos prêmios 
pagos nos termos da apólice”.
28
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 PERÍODO DE COBERTURA 
O período de cobertura é aquele durante o qual o segurado ou os benefi-
ciários, quando for o caso, farão jus aos capitais segurados contratados. O 
período de cobertura pode ser temporário ou vitalício.
Período de cobertura temporário é aquele em que o pagamento do capi-
tal segurado somente será feito se o evento ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado no contrato.
Período de cobertura vitalício é aquele em que o pagamento do capital 
segurado será feito quando ocorrer o evento, a qualquer tempo. 
 CÁLCULO DO PRÊMIO 
O valor do prêmio é fundamental para a manutenção dos níveis de equilí-
brio das apólices.
Seu cálculo leva em consideração o perfil do proponente ou do segurado, 
bem como da cobertura contratada.
É da junção desses dois fatores que os subscritores, após analisar a massa 
segurada nos casos de contratação coletiva, precificam o valor do prêmio.
Nesse sentido, é importantíssimo que sejam analisadas a idade do propo-
nente/segurado, em paralelo com seu perfil médico, componentes heredi-
tários, esportes praticados, estilo de vida (profissão, sedentarismo, tabagis-
mo, obesidade) e doenças preexistentes.
Tal análise deve ser acrescida por aquela das coberturas contratadas, já 
que o subscritor terá que levar em consideração a junção das caracterís-
ticas pessoais do proponente/segurado com as coberturas pretendidas, 
para poder fixar o valor do prêmio. Exemplo: se o proponente pretende 
a contratação de uma cobertura de acidentes pessoais e, em seu perfil, 
consta que ele pratica salto de paraquedas, a fixação do valor do prêmio 
levará em consideração essa junção do perfil com a cobertura contratada 
gerando, possivelmente, um prêmio agravado.
Dessa forma, podemos dizer que a fixação do valor do prêmio influen-
cia, sobremodo, os custos da apólice e, consequentemente, a comissão 
de corretagem da renovação, a distribuição do Excedente Técnico e a 
manutenção do relacionamento das partes envolvidas na contratação.
Exemplo
Um plano de seguros de 
pessoas com cobertura de 
morte por qualquer causa 
pode ter um período de 
cobertura temporário ou 
vitalício. No primeiro caso, 
os beneficiários somente 
receberão o capital segurado 
se a morte do segurado 
ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado 
no contrato, enquanto no 
segundo caso, o capital 
segurado será pago quando 
ocorrer a morte do segurado, a 
qualquer tempo.
29
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Nas contratações de planos coletivos, o primeiro passo para o cálculo do 
prêmio é calcular a taxa pura. Essa taxa pode ser única para todo o grupo 
segurado ou diferenciada por idade ou faixa etária. Ela é chamada de 
“pura” porque não considera os carregamentos para custeios comerciais 
e administrativos, apenas o risco.
 COBERTURAS 
Os planos podem oferecer, juntos ou separadamente, as coberturas deta-
lhadas a seguir.
 — Morte (Natural ou Acidental)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento do capital segurado 
ao beneficiário em caso de morte do segurado principal, tanto por causas 
naturais como acidentais.
Atenção
É importante que fique claro para o segurado que, além da atualização monetária, o 
valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente, em decorrência da mudança de idade 
do segurado. Sofrerá acréscimo também em consequência do aumento do risco, com a 
finalidade de manter o equilíbrio atuarial, financeiro e econômico do plano.
Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, deverá ser estabeleci-
do, nas condições gerais, que os prêmios serão alterados de acordo com a faixa etária 
do segurado.
Nos planos contratados de forma coletiva, o modo como os prêmios serão alterados de 
acordo com a faixa etária do segurado, incluindo os valores ou percentuais, deverão 
constar das condições contratuais e ser disponibilizados aos proponentes quando da 
adesão ao seguro. No caso dos planos contratados de forma individual, deverá constar 
das condições gerais, um item estabelecendo a forma como os prêmios serão altera-
dos de acordo com a faixa etária do segurado, incluindo os valores ou percentuais.
A nova regulamentação, diferentemente da anterior, não estabelece mais as taxas para 
as coberturas, devendo a nota técnica atuarial especificá-las.
30
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Importante
A denominação do plano de seguro, incluindo o nome fantasia dos planos de seguros 
comercializados, se utilizado, não poderá induzir os segurados a erro quanto à abran-
gência das coberturas oferecidas.
As sociedades seguradoras são responsáveis direta ou indiretamente pelas informa-
ções e serviços prestados por seus intermediários e por todos aqueles que comerciali-
zarem seus produtos.
A garantia de morte para os segurados menores de 14 anos destina-se ao reembolso 
das despesas com funeral, devidamente comprovadas.
As condições contratuais poderão prever coberturas relativas a diferentes ramos de se-
guros, observadas as regulamentações específicas de cada ramo e a regulamentação 
específica sobre contabilização em ramos.
 — Invalidez Laborativa Permanente 
Total por Doença (ILPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em 
caso de invalidez laborativa permanente total, consequente de doença.
A invalidez laborativa permanente total por doença é aquela para a qual 
não se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os recursos tera-
pêuticos disponíveis no momento de sua constatação, para a atividade 
laborativa principal do segurado, ou seja, para aquela pela qual o segurado 
obteve maior renda dentro de determinado exercício anual, definido nas 
condições contratuais.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos, para efeitos 
dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal 
atestada por profissional legalmente habilitado.
Não podem figurar como segurados dessa cobertura as pessoas que 
não exerçam qualquer atividade laborativa, sendo vedado o oferecimento 
e a cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.
Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização deveser 
paga de uma só vez ou sob a forma de renda certa, temporária ou vitalícia, em 
prestações mensais, iguais e sucessivas, conforme acordado entre as partes.
31
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga 
sob a forma de renda, o segurado poderá ser automaticamente excluído 
da apólice, conforme a estruturação técnica do plano, com a consequente 
devolução de valores eventualmente pagos após a constatação da invali-
dez, devidamente atualizados nos termos da regulamentação específica.
No caso de o segurado não ser excluído da apólice, se o estado de inva-
lidez laborativa cessar antes do término do pagamento da renda contra-
tada, o valor do capital segurado da cobertura de ILPD será reintegrado.
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga 
sob a forma de renda, caso o segurado permaneça na apólice, o valor do 
prêmio deverá ser ajustado, de acordo com as coberturas remanescentes, 
a partir da respectiva data de pagamento da indenização.
 — Invalidez Funcional Permanente 
Total por Doença (IFPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em 
caso de invalidez funcional permanente total, consequente de doença que 
cause a perda da existência independente do segurado.
É considerada perda da existência independente do segurado a ocorrên-
cia de quadro clínico incapacitante que inviabilize de forma irreversível o 
pleno exercício das relações autonômicas do segurado, comprovado na 
forma definida nas condições gerais ou especiais do seguro.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos para os efei-
tos dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal, 
atestada por profissional legalmente habilitado.
A forma e a periodicidade de pagamento da indenização seguem os 
mesmos critérios da garantia de invalidez laborativa permanente total 
por doença.
Importante
Os casos de invalidez permanente por doença, previstos nas coberturas apresentadas 
anteriormente, devem ser comprovados pela apresentação de declaração médica.
A aposentadoria por invalidez concedida por instituições oficiais de previdência ou 
assemelhadas não caracteriza por si só o estado de invalidez permanente.
Atenção
É vedado o oferecimento 
de cobertura em que o 
pagamento da indenização 
esteja condicionado à 
impossibilidade do exercício, 
pelo segurado, de toda e 
qualquer atividade laborativa.
32
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 — Doenças Graves
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização 
em decorrência do diagnóstico de doenças devidamente especificadas 
e caracterizadas nas condições gerais ou especiais do plano de seguro 
como “graves”, sendo vedada a estipulação de critérios de cálculo do capi-
tal segurado com base nas despesas médicas e hospitalares incorridas 
pelo segurado para o tratamento da doença.
 — Acidentes Pessoais
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais, normalmente incluídas 
nos planos de Seguro de Acidentes Pessoais, têm por objetivo garantir aos 
beneficiários do segurado ou a ele próprio o pagamento de uma indeniza-
ção, caso venha a falecer ou se tornar inválido em decorrência de acidente 
pessoal ou, ainda, tenha a necessidade de se submeter a tratamento médi-
co em função de acidente.
Incluem-se no conceito de acidente pessoal os danos físicos decorrentes de:
 ■ ação da temperatura do ambiente ou influência atmosférica, quando 
a elas o segurado ficar sujeito, em decorrência de acidente coberto;
 ■ escapamento acidental de gases e vapores;
 ■ sequestros e tentativas de sequestros; 
 ■ alterações anatômicas ou funcionais da coluna vertebral, de ori-
gem traumática, causadas, exclusivamente, por fraturas ou luxa-
ções, radiologicamente comprovadas.
Nas situações em que está prevista a indenização por suicídio, esta deverá 
ocorrer como acidente pessoal e não como morte natural.
Estão excluídos do conceito de acidentes pessoais:
 ■ doenças, incluídas as profissionais, quaisquer que sejam suas cau-
sas, ainda que provocadas, desencadeadas ou agravadas, direta 
ou indiretamente por acidente, ressalvadas as infecções, os esta-
dos septicêmicos e as embolias resultantes de ferimento visível 
causado em decorrência de acidente coberto;
 ■ intercorrências ou complicações consequentes da realização de 
exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos, quando não decorren-
tes de acidente coberto;
 ■ lesões decorrentes, dependentes, predispostas ou facilitadas por 
esforços repetitivos ou microtraumas cumulativos, ou que tenham 
relação de causa e efeito com eles, assim como as lesões classificadas 
como: Lesão por Esforços Repetitivos – LER, Doenças Osteomuscula-
Observação
A Circular 667, de julho de 2022, 
desobrigou as seguradoras de 
seguirem o conceito usual de 
acidentes pessoais. No entanto, 
as companhias, em seu dia a 
dia, ainda utilizam o conceito 
tradicional, a saber:
Acidente pessoal é o 
evento com data caracterizada, 
exclusivo e diretamente externo, 
súbito, involuntário, violento e 
causador de lesão física, que, 
por si só e independentemente 
de toda e qualquer outra causa, 
tenha como consequência 
direta a morte ou a invalidez 
permanente, total ou parcial, 
do segurado ou que torne 
necessário tratamento médico.
33
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
res Relacionadas ao Trabalho – DORT, Lesão por Trauma Continuado 
ou Contínuo – LTC ou similares que venham a ser aceitas pela classe 
médico-científica bem como suas consequências pós-tratamentos, 
inclusive cirúrgicos, em qualquer tempo; 
 ■ situações reconhecidas por instituições oficiais de previdência ou 
assemelhadas como “invalidez acidentária”, nas quais o evento 
causador da lesão não se enquadre integralmente na caracteriza-
ção de invalidez por acidente pessoal.
Exemplo
As situações descritas, a seguir, evidenciam riscos cobertos, ou seja, apresentam casos 
que dão direito à cobertura de Acidentes Pessoais:
1) um segurado sofre um grave acidente que o impossibilita de se locomover em busca 
de socorro. Se as condições meteorológicas forem adversas, como chuva e frio, ficando 
o segurado por muito tempo exposto até ser socorrido e, em decorrência disso, contrair 
pneumonia que lhe venha a ser fatal, esse evento terá cobertura, visto ter sido motiva-
do por traumatismos que impediram sua mobilidade;
2) um segurado sofre um atropelamento e, em consequência desse acidente, tem um 
braço amputado; 
3) um segurado é vítima de assalto, ocasião em que é ferido. O ferimento gera séria infecção.
Morte Acidental
Esta cobertura tem por objetivo garantir aos beneficiários designados pelo 
segurado o pagamento de indenização específica, caso o falecimento do 
segurado tenha sido ocasionado por acidente pessoal coberto.
Invalidez Permanente Total 
ou Parcial por Acidente (IPA)
Esta cobertura tem por objetivo garantir ao próprio segurado o paga-
mento de uma indenização referente à perda, redução ou impotência 
funcional definitiva, total ou parcial, de membros ou órgãos, ocasionada 
por acidente coberto.
34
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
As indenizações por morte ou invalidez permanente total ou parcial por acidente, 
geralmente, são pagas de uma só vez, podendo haver a opção expressa, do segurado, 
pela transformação da indenização em renda.
Na hipótese de indenização sob a forma de renda, a taxa de juros deve observar o 
limite máximo de 6% a.a. ou sua equivalente efetiva mensal.
As indenizações pagáveis por morte e por invalidez permanente total ou parcial por aci-
dente não são cumulativas. Dessa forma, se o segurado receber indenização por invali-
dez decorrente de acidente e, mais tarde, vier a falecer em função do mesmo acidente, a 
indenização recebida pela invalidez será deduzida daquela que lhe é devida por morte.
A indenização paga por invalidez permanente total ou parcial por acidente é devida ao 
próprio segurado, quando caracterizada suainvalidez. Após a conclusão do tratamento, 
ou esgotados os recursos terapêuticos disponíveis para sua recuperação, e constatada 
e avaliada a invalidez permanente quando da alta médica definitiva, a seguradora deve 
pagar a respectiva indenização, de acordo com os percentuais estabelecidos nas con-
dições gerais ou especiais do seguro.
Não ficando abolidas por completo as funções do membro ou órgão lesa-
do, a indenização por perda parcial é calculada pela aplicação, à porcenta-
gem prevista no plano para sua perda total, do grau de redução funcional 
apresentado.
A tabela para o cálculo da indenização da cobertura de IPA, usualmente 
utilizada pelo mercado, consta dos Anexos deste manual.
35
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Quando a indicação médica sobre a extensão das lesões for estabelecida em termos de grau 
máximo, médio ou mínimo, sem a indicação exata do grau de redução funcional apresentado, 
a indenização será calculada, respectivamente, com base nas seguintes percentagens:
 ■ Grau máximo: 75% dos percentuais constantes da tabela.
 ■ Grau médio: 50% dos percentuais constantes da tabela.
 ■ Grau mínimo: 25% dos percentuais constantes da tabela.
Exemplo:
Um segurado contratou uma cobertura de Acidentes Pessoais com capital de R$ 
100.000,00 na garantia de IPA (Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente) e 
sofreu um acidente que lhe atinge um dos pés. Segundo a indicação médica, trata-se 
de uma lesão de grau mínimo. 
Supondo-se que a tabela constante dos Anexos tenha sido utilizada, verifica-se que a 
porcentagem para a perda total do uso de um dos pés é de 50% da importância segu-
rada. Todavia, como o médico indicou que o grau da lesão foi mínimo, ele só terá direito 
a 25% desse R$ 50.000,00. Dessa forma, sua indenização será de R$ 12.500,00.
São ainda procedimentos relativos à invalidez permanente total ou parcial 
por acidente:
 ■ nos casos cuja especificação não consta da tabela, a indenização 
deve ser estabelecida, levando em consideração a diminuição per-
manente da capacidade física do segurado, sem que a sua profis-
são tenha qualquer peso nesta aferição; 
 ■ se mais de um órgão ou membro for lesionado no mesmo aci-
dente, a indenização será determinada pela soma dos percen-
tuais respectivos constantes da tabela. A indenização resultan-
te não poderá, em qualquer hipótese, ser superior a 100% do 
capital segurado para a garantia.
 ■ quando membros ou órgãos não forem íntegros ou inteiramen-
te funcionais antes do acidente, a indenização será estabelecida 
deduzindo-se, da porcentagem indicada na tabela, a porcentagem 
correspondente à invalidez preexistente;
 ■ os danos de natureza estética, ou seja, aqueles que apenas afetam 
a aparência do segurado, sem implicarem perda ou redução da 
funcionalidade das partes afetadas, estão excluídos da cobertu-
ra de invalidez permanente assim como a perda de dentes;
 ■ a invalidez permanente indenizável deve sempre ser comprovada 
mediante a apresentação de laudo médico detalhado à seguradora; 
Exemplo
Em um mesmo acidente pessoal, 
um segurado sofreu perda total 
do uso de uma das mãos e 
perda total da visão de ambos os 
olhos. Considerando-se que ele 
contratou um seguro com garantia 
básica (IPA) de R$ 100.000,00, 
contendo a Tabela de Indenização 
apresentada no Anexo, verificamos 
que ele teria direito à seguinte 
indenização: 60% do capital 
segurado pela perda da mão 
(R$ 60.000,00) e 100% do capital 
segurado pela perda da visão de 
ambos os olhos (R$ 100.000,00).
Logo, a indenização total seria de 
R$ 160.000,00. 
Todavia, como o máximo a ser 
pago num mesmo acidente é 100% 
do capital da garantia contratada, o 
segurado receberá R$ 100.000,00.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Saiba mais
No caso de divergências sobre a causa, natureza ou extensão de lesões, bem como 
sobre a avaliação da incapacidade relacionada ao segurado, a seguradora deverá 
propor ao segurado, por meio de correspondência escrita, dentro do prazo de 15 
dias, a contar da data da contestação, a constituição de junta médica. Essa junta será 
formada por três membros, sendo um nomeado pela seguradora, outro pelo segurado 
e um terceiro, desempatador, escolhido pelos dois nomeados. Cada uma das partes 
pagará os honorários do médico que tiver designado; os do terceiro serão pagos, em 
partes iguais, pelo segurado e pela seguradora. O prazo para a constituição da junta 
médica será de, no máximo, 15 dias a contar da data da indicação do membro 
nomeado pelo segurado.
Despesas Médicas, Hospitalares 
e Odontológicas (DMHO)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o reembolso, limitado ao capital 
segurado, das despesas efetuadas pelo segurado para o tratamento das 
consequências de acidente coberto, iniciado sob orientação médica, nos 
30 primeiros dias contados da data do acidente. Ela cobre as despesas 
médicas e dentárias, assim como os custos de diárias hospitalares que, a 
critério médico, sejam necessárias à recuperação do segurado.
Cabe ao segurado a livre escolha dos prestadores dos serviços 
 médico-hospitalares e odontológicos, desde que legalmente habilitados.
As seguradoras estão autorizadas a estabelecer acordos ou convênios 
com prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos, a fim 
de facilitar a prestação da assistência ao segurado, mas preservando sem-
pre a livre escolha que esse segurado venha a fazer fora daquela rede.
É possível a contratação da cláusula prevendo franquia dedutível do total a 
reembolsar, com redução da taxa.
 ■ Franquia – valor previsto na apólice com o qual o segurado parti-
cipará em caso de sinistro.
 ■ Franquia dedutível – tipo de franquia mais utilizado, cujo valor é 
deduzido de todos os prejuízos.
Para fins de ressarcimento, parcial ou total, das despesas médico-hospita-
lares efetuadas, são exigidos comprovantes originais e relatórios do médi-
co assistente ou do dentista.
São ressarcidas, também, as despesas cobertas efetuadas no exterior. 
Nesse caso, o ressarcimento toma como base o câmbio oficial de venda 
Importante
Não estão abrangidas as 
despesas decorrentes de:
- acompanhantes;
- estados de convalescença 
(após o recebimento da alta 
médica); 
- aparelhos referentes a 
órteses de qualquer natureza 
e a próteses de caráter 
permanente, excetuadas 
as próteses pela perda de 
dentes naturais.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
da moeda estrangeira na data do efetivo pagamento realizado pelo segu-
rado. A conversão à moeda nacional é atualizada monetariamente, pela 
seguradora, quando da liquidação do sinistro.
Importante
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais podem ser oferecidas em um plano 
de seguro de acidentes pessoais ou em qualquer outro plano de seguros de pessoas 
como, por exemplo, o seguro de vida em grupo.
Um plano de seguros de pessoas bastante comum no mercado é o seguro viagem, 
que tem por objetivo garantir aos segurados, durante o período de viagem previamente 
determinado, o pagamento de indenização quando da ocorrência de riscos previstos e 
cobertos nos termos das condições gerais e especiais contratadas.
Entretanto, deve-se observar que esse tipo de seguro deve oferecer, no mínimo, as cober-
turas básicas de morte acidental ou de invalidez permanente total ou parcial por acidente.
Além disso, outras coberturas poderão ser oferecidas no seguro viagem, desde que estejam 
relacionadas a viagens. Um exemplo seria a indenização referente à perda de bagagem.
 — Diárias por Incapacidade (DI)
Esta cobertura consiste no pagamento de diárias a partir da caracterização 
da impossibilidade contínua e ininterrupta de o segurado exercer a sua 
profissão ou ocupação.
O pagamento das diárias ocorrerá durante o período em que o segura-
do se encontrar sob tratamento, sendo efetuado a partir do 1º dia após o 
período de franquia de, no máximo, 15 dias.
Geralmente, é oferecido o limite máximo de 360 diárias por período con-tratual. Esse limite também é o máximo pagável por um mesmo evento.
O valor do capital segurado pode ser definido em forma de diárias de inde-
nização ou ainda por meio de pagamento único.
 — Diárias por Internação 
Hospitalar (DIH)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização pro-
porcional ao período de internação do segurado, observados o período de 
franquia e o limite contratual máximo por evento, fixados nas condições 
gerais ou especiais.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
O período de franquia deve ser, no máximo, de 15 dias a contar da data 
do evento. E o valor do capital segurado poderá ser estabelecido sob a 
forma de diária ou pagamento único, independentemente das despesas 
efetuadas pelo segurado.
Importante
As coberturas de Diárias por Incapacidade (DI) e Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 
podem ser decorrentes de acidente pessoal ou não. A abrangência dessas cobertu-
ras é determinada pela seguradora nas condições gerais do plano.
 — Perda de Renda
Esta cobertura garante o pagamento de indenização em caso de perda de 
emprego.
Deverão ser observados os critérios estabelecidos no plano tais como: 
tempo mínimo de carteira profissional assinada, tempo mínimo no último 
emprego, motivos de demissão, entre outros.
 — Perda De Certificado De 
Habilitação De Voo (PCHV)
Esta cobertura foi criada, especialmente, para profissionais de aviação. 
Garante uma indenização ao segurado, na hipótese da perda definitiva 
do Certificado de Habilitação Técnica de Voo, decorrente de acidente ou 
doença durante a vigência do seguro. 
 — Auxílio-Funeral
Esta cobertura garante o reembolso das despesas com o funeral até o 
limite do capital segurado.
É importante destacar que, ainda que a seguradora ofereça a alternativa 
de prestação de serviços, é garantida a livre escolha dos prestadores de 
serviço pelos beneficiários, com o respectivo reembolso das despesas 
efetuadas.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
Você sabe qual é a diferença entre o Seguro Auxílio-Funeral e a Assistência Funeral?
O Seguro Auxílio-Funeral é uma modalidade do Seguros de Pessoas. Portanto, todas as 
seguradoras autorizadas a operar no Ramo Vida podem comercializar essa cobertura, 
desde que incluída em algum plano devidamente protocolado na SUSEP.
A cobertura de Auxílio-Funeral, geralmente com capital segurado de baixo valor, tem 
por objetivo reembolsar os gastos referentes ao funeral no caso de morte do segurado. 
Sua caracterização como seguro está condicionada à livre escolha dos prestado-
res de serviços, com cobrança de prêmio e constituição de provisão.
De forma distinta, a Assistência Funeral é tratada como um serviço complementar ao 
contrato de seguro, não havendo direito à livre escolha, ou seja, o segurado fica limita-
do aos prestadores de serviço indicados pela seguradora.
Nesse caso, deve ser observado que:
1) os serviços não podem ser prestados diretamente pela seguradora;
2) os serviços terão seus regulamentos previstos em documento próprio, apartado das 
condições contratuais do seguro;
3) quando cobrado do segurado, o pagamento dos serviços deverá estar discriminado 
em apartado ao prêmio de seguro; 
4) o regulamento não poderá prever o pagamento em espécie ou reembolso ao segurado.
 SEGURO 
 EDUCACIONAL 
O seguro educacional visa auxiliar o custeio das despesas com a educa-
ção do beneficiário, em razão da ocorrência dos eventos cobertos.
O seguro educacional deverá conter condições gerais elaboradas espe-
cialmente para o produto, em que o beneficiário das indenizações poderá 
ser tanto o educando quanto a instituição de ensino, conforme estabeleci-
do nas condições gerais citadas.
Nos seguros contributários, deverá ser garantida a possibilidade de substi-
tuição do estabelecimento de ensino que recebe diretamente a indenização.
O plano de seguro educacional poderá ser estruturado com quaisquer 
coberturas de risco.
40
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Atenção
O capital segurado deve ser estabelecido para auxiliar o pagamento das mensalidades. 
E as condições contratuais deverão explicitar, de forma clara, as eventuais consequên-
cias decorrentes da possibilidade de descasamento entre os critérios de atualização das 
mensalidades escolares e do capital segurado.
Importante
Considerando que existe a possibilidade de diferenciação nos critérios de atualização 
das mensalidades escolares e do capital segurado, deverá ser observado que o capital 
segurado pode não ser suficiente para quitar integralmente as mensalidades. Por esse 
motivo, é vedada a utilização da terminologia “garantia de custeio educacional” na 
designação do Seguro Educacional.
Além disso, deve ficar claro que não se incluem, na modalidade educacional, os segu-
ros de acidentes pessoais que visem, exclusivamente, à cobertura de acidentes dos 
educandos durante a permanência no estabelecimento de ensino ou em seu trajeto.
 SEGURO PRESTAMISTA 
O Seguro Prestamista objetiva o pagamento de prestações ou a quitação do 
saldo devedor da compra de bens adquiridos pelo segurado ou da tomada 
de empréstimos por ele realizada. Esse seguro se configura como uma pro-
teção financeira para empresas que vendem a crédito bem como ao segura-
do que fica livre da responsabilidade em caso de sinistro. Por essa razão, a 
apólice deve especificar a obrigação à qual o seguro está vinculado.
O valor da cobertura pode ser fixo ou variar de acordo com parâmetros 
objetivos relacionados à obrigação a que o seguro está atrelado. Já a 
vigência não pode superar o prazo da obrigação a que o seguro está vin-
culado, quando houver data de término.
41
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
Nos Seguros Prestamistas, o primeiro beneficiário será sempre o esti-
pulante, pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso, devendo a 
diferença que ultrapassá-lo, quando for o caso, ser paga ao beneficiário 
indicado pelo segurado, aos herdeiros legais ou ao próprio segurado, no 
caso de invalidez.
O seguro prestamista também pode ser contratado para obrigações 
assumidas por pessoas jurídicas de direito privado, desde que haja rela-
ção direta entre os riscos cobertos e a capacidade de a pessoa jurídica 
honrar o pagamento do valor referente à obrigação em caso de sinistro. 
Nesse caso, o seguro deve ser feito sobre a vida de um ou mais sócios, 
titulares, instituidores, administradores ou empresários.
É comum a contratação dos seguros prestamistas contendo as coberturas 
de Morte, Invalidez por Acidente e/ou Doença. Eventualmente, a cobertura 
de Perda de Renda também pode ser contratada. Essa última cobertura 
eleva significativamente os prêmios do seguro.
 SEGUROS COLETIVOS 
 E COBERTURAS PARA 
 SEGURADOS DEPENDENTES 
Nos seguros coletivos, o segurado titular é aquele que mantém o vínculo 
direto com o estipulante. Como exemplo, podemos citar o funcionário da 
empresa que contratou apólice. Neste caso, o segurado titular é o funcioná-
rio e a empresa é o estipulante. Alguns planos de seguros coletivos podem 
também prever a cobertura para os segurados dependentes do titular. 
Podem ser admitidos como segurados, desde que previsto no plano e 
contratados pelo estipulante: o cônjuge, o(a) companheiro(a), os filhos, os 
enteados e os menores, considerados dependentes econômicos do com-
ponente principal do grupo, bem como outros membros da família. 
As duas cláusulas que permitem a inclusão de coberturas para os compo-
nentes dependentes são: cláusula suplementar de inclusão de cônjuge 
e cláusula suplementar de inclusão de filhos. 
42
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
A cláusula suplementar de inclusão de cônjuge define a inclusão no plano dos 
cônjuges dos segurados principais, que pode ser feita das seguintes formas:
 ■ automática – quando abranger os cônjuges de todos os segura-
dos principais;
 ■ facultativa – quando abranger os cônjuges dos segurados princi-
pais que assim o autorizarem.
Equiparam-se aos cônjuges os companheirosdos segurados principais, 
se, ao tempo do contrato, o segurado era separado judicialmente ou já se 
encontrava separado de fato. O capital segurado do cônjuge e dos filhos 
não pode ser superior a 100% do capital segurado do respectivo segura-
do principal. A cláusula suplementar de inclusão de filhos define a inclu-
são no plano dos filhos do segurado principal e/ou do cônjuge segurado 
pela cláusula suplementar de inclusão de cônjuge, que pode ser feita das 
seguintes formas:
 ■ automática – quando abranger os filhos de todos os segurados 
principais ou dos cônjuges segurados; 
 ■ facultativa – quando abranger os filhos dos segurados principais 
ou dos cônjuges segurados que assim o autorizarem.
Para os menores de 14 anos é permitido, exclusivamente, o oferecimento e 
a contratação de coberturas relacionadas ao reembolso de despesas, seja 
na condição de segurado principal ou de dependente.
Equiparam-se aos filhos os enteados e os menores considerados depen-
dentes econômicos do segurado principal.
Nos planos coletivos, quando ambos os cônjuges forem segurados princi-
pais do mesmo grupo segurado, os filhos poderão ser incluídos, uma única 
vez, como dependentes daquele de maior capital segurado, sendo este 
denominado como “segurado principal” para efeito da cláusula.
O capital segurado dos filhos não pode ser superior a 100% do capital 
segurado do respectivo segurado principal.
Na hipótese de morte simultânea (comoriência) do segurado principal e 
do(s) segurado(s) dependente(s), os capitais segurados referentes às 
coberturas dos segurados, principal e dependente(s), deverão ser pagos 
aos respectivos beneficiários indicados ou, na ausência destes, aos her-
deiros legais dos segurados.
Atenção
O critério para fixação do capital segurado da cláusula suplementar de inclusão de côn-
juge e da cláusula suplementar de inclusão de filhos deve ser estabelecido na respecti-
va cláusula ou nas condições especiais do plano de Seguros de Pessoas.
43
UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 REGRAS ESPECÍFICAS 
 PARA SEGUROS DE VIGILANTES 
Nos casos dos seguros para a atividade específica de vigilantes, deve ser 
contratada, no mínimo, a cobertura de morte por causas naturais e aciden-
tais, observando-se os termos da convenção coletiva específica para defi-
nição dos capitais segurados mínimos por vigilante e por cobertura. Outras 
coberturas poderão ser incluídas no seguro, a critério das partes contratan-
tes, observadas as regulamentações vigentes.
 REGRAS ESPECÍFICAS 
 PARA SEGUROS DE ACIDENTES 
 PESSOAIS DE PASSAGEIROS 
Nos casos dos seguros para passageiros, se contratados dentro do ramo de 
seguro de pessoas, essa garantia deve obedecer às seguintes premissas:
I. Não identificação prévia da identidade das pessoas naturais 
expostas aos riscos segurados; 
II. Vinculação das coberturas a riscos relacionados à utilização do 
meio de transporte indicado na apólice, certificado ou bilhete de 
seguro.
Nessa situação, é dispensado o preenchimento de proposta por parte dos 
segurados, devendo ser observados os requisitos de formalização da con-
tratação do seguro. Em caso de indenização relativa à morte acidental, os 
beneficiários serão aqueles especificados no Código Civil vigente.
 CAPITAL SEGURADO 
Entende-se como capital segurado o valor máximo, vigente na data do 
evento para a cobertura contratada, a ser pago ou reembolsado pela segu-
radora, no caso de ocorrência de sinistro coberto pela apólice.
Nos planos coletivos, para cada grupo pode haver uma ou mais classes de 
capitais segurados, devendo a respectiva escala ser fixada em função de 
fatores objetivos como:
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 ■ uniforme – os capitais segurados são iguais para todos os compo-
nentes do grupo segurado;
 ■ múltiplo salarial – os capitais segurados são múltiplos do salário 
do componente principal;
 ■ escalonado – os capitais segurados acompanham um determinado 
critério preestabelecido em função da idade e do salário, por exemplo; 
 ■ global – os capitais segurados referentes a cada componente sofrem 
variações decorrentes de mudanças na composição do grupo segurado.
O capital segurado para a cobertura de despesas médicas, hospitalares e 
odontológicas representa o limite máximo de reembolso pelo mesmo evento.
No caso de invalidez parcial por acidente, a reintegração do capital segurado é 
automática após cada sinistro, geralmente sem cobrança de prêmio adicional.
Se após o pagamento da indenização por invalidez permanente por acidente, 
for verificada a morte do segurado em consequência do mesmo acidente, a 
importância já paga por invalidez permanente deverá ser deduzida do valor 
do capital segurado por morte, se esta cobertura tiver sido contratada.
Nos seguros em que o segurado for responsável pelo custeio do plano, total 
ou parcialmente, será vedada a redução, por parte da seguradora, do valor do 
capital segurado contratado sem a devida solicitação expressa do segurado.
Exemplo
Um segurado tem um capital segurado de R$ 100.000,00 e sofre um acidente, em que 
perde totalmente o uso de uma das mãos, recebendo 60% de indenização. Seu capital 
segurado, no entanto, é reintegrado, ou seja, volta a ser de R$ 100.000,00. Se tiver 
novo acidente, terá direito à nova indenização.
A reintegração se dá porque cada acidente é um evento aleatório, independente do 
anterior. Todavia, se for comprovada a Invalidez Permanente Total, não há reinte-
gração. A indenização é paga e o segurado é excluído do grupo.
Importante
Considera-se como data do evento, para efeito de determinação do capital segurado, 
quando da liquidação dos sinistros:
1) para as coberturas de acidentes pessoais: a data do acidente;
2) para a cobertura de risco por invalidez, não consequente de acidente: a data indica-
da na declaração médica;
3) para as demais coberturas de risco: a data da ocorrência do evento coberto, conforme 
definido nas condições gerais ou especiais, ressalvado o disposto nos itens 1 e 2 acima.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE PESSOAS
 VIGÊNCIA 
O início de vigência é a data a partir da qual as coberturas de risco propos-
tas serão garantidas pela seguradora. A vigência de um plano com cober-
tura de risco é normalmente de um ano, sendo facultada a contratação por 
período diferente (dias, meses, anos, vitalício).
Deverão ser especificados nas apólices, nos certificados individuais e nas 
propostas o início e o final de vigência das coberturas contratadas, sendo 
que o início e o término de vigência ocorrerão sempre às 24 horas das 
datas neles indicadas.
Para as propostas que tenham sido recepcionadas sem pagamento de 
prêmio, o início de vigência da cobertura deverá coincidir com a data de 
aceitação da proposta ou com data distinta, desde que expressamente 
acordada entre as partes.
Em contrapartida, para as propostas que tenham sido recepcionadas com 
adiantamento de valor para futuro pagamento parcial ou total do prêmio, o 
início de vigência da cobertura será a partir da data de recepção da proposta 
pela seguradora.
 CARÊNCIA 
Entende-se como prazo de carência o período, contado a partir da data 
de início de vigência do seguro ou do aumento do capital segurado ou 
da recondução, no caso de suspensão, durante o qual, na ocorrência do 
sinistro, o segurado ou os beneficiários não terão direito à percepção dos 
capitais segurados contratados.
Os planos com cobertura de risco poderão estabelecer prazo de carência, 
devendo ser respeitado o limite máximo de 2 anos.
O prazo de carência, exceto no caso de suicídio ou de sua tentativa, não 
poderá exceder metade do prazo de vigência previsto pela apólice, no caso 
de contratação individual, ou pelo certificado, no caso de contratação coletiva.
A carência poderá, a critério da seguradora, ser reduzida ou substituída por 
declaração pessoal de saúde ou de atividade ou exame médico.
O prazo de carência, quando previsto pelo plano de seguro, deverá:
1) no caso

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