Buscar

Prescrição de atividades voleibol

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 213 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 213 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 213 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Indaial – 2022
no Voleibol
Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva
Profª. Graziela Marques Leão
1a Edição
Prescrição e TreinamenTo
Impresso por:
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva
Profª. Graziela Marques Leão
Revisão, Diagramação e Produção:
 Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
S586p
Silva, Denise de Castro Insaurriaga
Prescrição e treinamento no voleibol. / Denise de Castro Insaurriaga 
Silva; Graziela Marques Leão. – Indaial: UNIASSELVI, 2022.
203 p.; il.
ISBN 978-85-515-0474-1
1. Voleibol. – Brasil. I. Leão, Graziela Marques. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 796
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Prescrição e Treinamento 
do Voleibol! Portanto, sua jornada de aprendizado será na disciplina de Prescrição e 
Treinamento do Voleibol. Acreditamos que será uma viagem prazerosa e divertida no 
conhecimento desse esporte apaixonante. Envolverá aprendizado sobre aplicação do 
esporte voltado ao universo do treinamento esportivo. Esperamos contribuir com sua 
formação, aliando agradáveis momentos de estudos e reflexões sobre a temática. 
Na Unidade 1, abordaremos a parte histórica, sua evolução e tendências, o 
jogo e suas principais regras e, por fim, mas não menos importante, os fundamentos e 
elementos técnicos do referido esporte.
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos os processos e evoluções no 
treinamento esportivo, o treinador e sua importância no direcionamento da equipe e 
das sessões de treinos do referido esporte.
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos um pouco mais sobre metodologias do 
treinamento esportivo na modalidade, os testes de aptidão física, antropometria e 
finalizaremos com estratégias e sistemas táticos no voleibol.
Enfim, desejamos a você um excelente período de estudos dentro desta e 
outras disciplinas do nosso curso de Educação Física. Desejamos que aproveite esta 
fase da melhor maneira possível, valorizando a formação profissional e, acima de tudo, 
o crescimento pessoal que você adquirirá.
Bons estudos!
Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva
Profª. Graziela Marques Leão
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse 
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade 
para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Você lembra dos UNIs?
Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico 
como um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará 
você a entender melhor o que são essas informações 
adicionais e por que poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento que 
complementam o assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os 
acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir 
de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual 
– com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a 
leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que 
você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados 
através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo 
continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada 
com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo 
o espaço da página – o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto 
de ações sobre o meio ambiente, apresenta também este 
livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a 
possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, 
tablet ou computador. 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ................ 1
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL ...............................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE QUADRA ..........................................................3
2.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NA QUADRA .................................................................................. 6
3 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE PRAIA .............................................................. 7
3.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NO VOLEIBOL DE PRAIA .............................................................8
RESUMO DO TÓPICO 1 ...........................................................................................................9
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................10
TÓPICO 2 - CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL .................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13
2 PARTICULARIDADES DO VOLEIBOL ................................................................................ 13
2.1 O PONTO ................................................................................................................................................ 14
2.2 ÁREA DO JOGO ................................................................................................................................... 14
2.3 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES E QUADRA ...................................................................................... 15
2.4 COMISSÃO TÉCNICA .......................................................................................................................... 16
2.5 FORMATO DO JOGO ............................................................................................................................17
2.6 O CONTATO COM A BOLA .................................................................................................................. 19
2.7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE VÔLEI DE QUADRA E VÔLEI DE PRAIA ............................20
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................21
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 22
TÓPICO 3 - FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ............................ 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 23
2 AS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ........................................................................................... 23
2.1 POSIÇÕES BÁSICAS ...........................................................................................................................24
2.2 DESLOCAMENTOS .............................................................................................................................. 27
2.3 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL ........................................................................................................29
2.3.1 Saques .........................................................................................................................................30
2.3.2 Manchete ....................................................................................................................................35
2.3.3 Toque ..........................................................................................................................................36
2.3.4 Cortada ....................................................................................................................................... 41
2.3.5 Bloqueio ......................................................................................................................................43
2.3.6 Defesa .........................................................................................................................................45
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 50
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 52
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 55
UNIDADE 2 — FORMAÇÃO ESPORTIVA ...............................................................................57
TÓPICO 1 — FORMAÇÃO ESPORTIVA ..................................................................................59
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................59
2 PROCESSOS DE TREINAMENTO ESPORTIVO .................................................................59
2.1 HABILIDADES BÁSICAS DO VOLEIBOL ...........................................................................................59
2.2 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E TREINAMENTO EM DESPORTOS COLETIVOS ............62
3 METODOLOGIA TRADICIONAL ........................................................................................ 64
3.1 ANALÍTICO ............................................................................................................................................. 67
3.2 GLOBAL-FUNCIONAL ........................................................................................................................68
3.3 MISTO ....................................................................................................................................................69
4 METODOLOGIA ATIVA .......................................................................................................70
4.1 O MÉTODO DINÂMICO-PARALELO ..................................................................................................70
4.2 O MÉTODO PROGRESSIVO-ASSOCIATIVO .....................................................................................71
5 CONDUTA DO TREINADOR DE VOLEIBOL ........................................................................74
RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................78
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................79
TÓPICO 2 - TREINAMENTO ESPORTIVO NO VOLEIBOL .....................................................81
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................81
2 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO ........................................................81
2.1 POSSIBILIDADES A SEREM CONSIDERADAS PELO TREINADOR ............................................. 81
3 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO ........................................................ 83
3.1 O ENSINO DA TÉCNICA NO VOLEIBOL ............................................................................................83
3.2 O ENSINO DA TÁTICA NO VOLEIBOL ...............................................................................................85
3.2.1 Sistemas de ataque ..................................................................................................................86
3.2.2 Sistemas de recepção ou sistema de defesa ...................................................................93
3.2.3 Formações ofensivas ..............................................................................................................95
3.2.4 As fintas ......................................................................................................................................96
3.2.5 Proteção de ataque ................................................................................................................. 97
3.2.6 Uso tático do saque ................................................................................................................. 97
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................99
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................100
TÓPICO 3 - A PRÁTICA DO VOLEIBOL OUTDOOR .............................................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................103
2 VOLEIBOL DE PRAIA .......................................................................................................103
2.1 CARACTERÍSTICAS ...........................................................................................................................104
2.2 COMPETIÇÕES OFICIAIS NO BRASIL ...........................................................................................105
2.3 CAPACIDADES FÍSICAS NO VÔLEI DE PRAIA ............................................................................106
2.4 TREINAMENTO ESPECÍFICO ........................................................................................................... 107
2.4.1 Treinamento físico ...................................................................................................................108
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................109
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 115
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 116
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 118
UNIDADE 3 — TREINAMENTO NO VOLEIBOL ....................................................................125
TÓPICO 1 — CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO 
 EM VOLEIBOL ..................................................................................................127
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 127
2 IDENTIFICAÇÃO, SELEÇÃO E PROMOÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS .................... 127
3 FORMANDO TALENTOS ESPORTIVOS ...........................................................................133
4 QUESTÕES PSICOLÓGICAS NA FORMAÇÃO DO ATLETA DE ALTO NÍVEL ................... 137
4.1 PERIODIZAÇÃO DO TREINO DE COMPETÊNCIAS PSICOLÓGICAS ......................................... 139
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 141
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................142
TÓPICO 2 - VALÊNCIAS FÍSICAS: CARACTERÍSTICAS E TREINAMENTOS ....................145
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................145
2 FORÇA..............................................................................................................................145
3 POTÊNCIA ........................................................................................................................148
4 VELOCIDADE ...................................................................................................................150
5 RESISTÊNCIA ..................................................................................................................153
5.1 DIVISÕES DA RESISTÊNCIA ............................................................................................................ 154
6 TESTES FÍSICOS ............................................................................................................ 157
6.1 TESTES NEUROMUSCULARES .......................................................................................................158
6.1.1 Flexiteste ....................................................................................................................................158
6.1.2 Flexão até a exaustão ............................................................................................................160
6.1.3 Pliometria ...................................................................................................................................161
6.2 TESTE METABÓLICOS INDIRETOS: ...............................................................................................164
6.2.1 Corrida de 30 m e corrida de 20 m (teste w30m e teste w20m) ...............................164
6.2.2 Vai e vem (protocolo de Léger) ........................................................................................... 165
6.3 TESTES DE LABORATÓRIO ..............................................................................................................167
6.3.1 Dinamometria isocinética ......................................................................................................167
6.3.2 Plataformas de força .............................................................................................................168
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................169
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................170
TÓPICO 3 - PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO EM VOLEIBOL .................................... 173
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 173
2 PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE PROGRESSÕES DE TREINO ............................................... 173
2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO .................................................................................... 174
3 PERIODIZAÇÃO ............................................................................................................... 176
3.1 CICLOS DE TREINAMENTO ...............................................................................................................177
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................187
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................195
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................196
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................198
1
UNIDADE 1 - 
CARACTERÍSTICAS E 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
DO VOLEIBOL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os fundamentos históricos, o surgimento e evolução do referido esporte 
ao longo do tempo;
• compreender o jogo e suas regras;
• perceber os movimentos básicos da modalidade voleibol;
• assimilar os elementos e fundamentos técnicos do voleibol.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL
TÓPICO 2 – CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL
TÓPICO 3 – FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao nosso livro de estudos. Você está tendo o 
primeiro contato com o conteúdo que será abordado durante a disciplina de voleibol 
e, já que estamos iniciando esta unidade, vamos introduzir você ao primeiro tema que 
será apresentado. Em nosso primeiro tópico, vamos falar sobre a história, evolução e 
tendências do esporte. O objetivo é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos 
relacionados à origem e evolução do jogo de voleibol, por exemplo, como iniciou o 
esporte, sua aceitação no Brasil, principais títulos conquistados e as principais seleções.
Na atualidade, diante da enorme evolução tecnológica e científica, a ciência da 
prática esportiva do voleibol também evoluiu. Nos dias atuais, a ciência esportiva tem 
um vasto embasamento científico e teórico sobre quais os melhores meios de atingir o 
melhor rendimento, seja ele individual ou em equipe. 
Ao longo dos anos, o voleibol adequou-se para ser desenvolvido como prática 
esportiva de massa e, por consequência, atingir maior grau de competitividade, por 
via da fisiologia, da tecnologia e de estudos científicos específicos que possibilitassem 
ao Brasil destaque em nível internacional (NETTO; FERNANDES FILHO, 2008; ARAÚJO 
NETTO; SANTOS; NEVES, 2005).
Pode-se afirmar que o Brasil é reconhecidamente o país do voleibol, devido ao 
elevado número de praticantes na modalidade, e aos resultados alcançados em competições.
Muito da teoria que existe sobre o voleibol está em livros-textos ou artigos 
científicos, que tratam, principalmente, da forma como se deve lidar com atletas. A 
intenção deste tópico é, a partir deste conhecimento, possibilitar o aprendizado dos 
principais conceitos e de como eles poderão ser aplicados em sua vivência e em sua 
atuação como profissional de Educação Física. 
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
2 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE QUADRA
O vôlei teve sua origem em 1895, na Associação Cristã de Moços (ACM), de Holyoke, 
no estado norte-americano de Massachussets. A ideia veio do pastor Lawrence Rider, que 
sugeriu ao professor William G. Morgan a criação de um esporte dinâmico, com menor 
intensidade comparado ao basquete, que havia sido criado no ano 1891, ganhando fama 
rapidamente. No entanto, o contato físico ainda era um fator que impedia a massificação do 
4
Caro, acadêmico, você sabia que os soldados americanos, nos intervalosde suas operações e guerras, praticavam o voleibol como forma de lazer 
e aliviar o “stress”, o que deixava o pessoal em volta dos acampamentos 
curiosos em descobrir o que era que eles estavam jogando.
INTERESSANTE
esporte. Outro fator importante é que a modalidade surge de forma lúdica em decorrência 
da necessidade de criação de atividades para atender inverno americano, já que, até 
aquele momento, quase não existia atividades para se praticar em ginásios.
FIGURA 1 – WILIAM MORGAN
FONTE: <https://bit.ly/3rpA4kN>. Acesso em: 1 out. 2021.
A disseminação aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte 
detém uma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), é 
a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. O Canadá foi o 
primeiro país a difundir e praticar a modalidade esportiva fora dos Estados Unidos da América.
De acordo com Marchi Junior (2015), o voleibol chega no Brasil em 1915, a 
primeira partida aconteceu no Colégio Marista de Pernambuco. Outros dizem que foi na 
ACM de São Paulo, em 1916. 
5
FIGURA 2 – FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEIBOL
FIGURA 3 – CONFEDERAÇÃO BRASILERIRA DE VOLEIBOL (CBV)
FONTE: <http://www.volleywood. net/wp-content/uploads/2010/10/fivb.gif>. Acesso em: 2 out. 2021.
FONTE: <http://cdn.wp.clicrbs. com.br/brasilolimpico/files/2017/02/CBV.jpg>. Acesso em: 2 out. 2021.
- Institucionalização 
Entre 18 e 20 de abril de 1947, em Paris, 14 Federações Nacionais fundam a 
FIVB. (Fédération Internationale de Volleyball), cuja sede fica situada em Paris, e tem como 
presidente eleito, o francês Paul Libaud. 
As regras americanas e europeias existentes sobre esse desporto chegam a um 
consenso com o processo de criação de uma federação internacional. O voleibol passa 
a ser praticado de forma institucionalizada, ou seja, o jogo era praticado com regras 
oficiais mundiais, o que possibilitaria, no futuro, competições em nível internacional, como 
posteriormente aconteceu.
- Nacionalização
No Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é a responsável pelo vôlei 
em todo o território nacional com o auxílio de todos os estados através das federações 
estaduais de voleibol, sendo fundada em 16 de agosto de 1954.
A capacidade de administração e gestão do voleibol pela CBV em território nacional 
tem uma organização que levaria, no futuro, a ser reconhecida como a melhor confederação 
de esportes do país e um exemplo para outras confederações, tanto no Brasil, como no 
exterior. O resultado dessas ações no campo da gestão e administração é que, atualmente, 
o presidente da FIVB é o brasileiro Ari Graça.
6
Segundo a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o voleibol como prática 
esportiva de massa vem revelando eficiência, evidenciando em seus praticantes o 
desenvolvimento físico, motor, social e psicológico (CBV, 2016, 1999), e, em consequência 
disso, o voleibol é considerado o segundo esporte de maior aceitação entre os jovens. O 
voleibol brasileiro constrói uma expectativa de futuro com as ações do passado e se consolida 
como uma das modalidades mais conhecidas e praticadas entre os brasileiros. 
Você sabia que o Brasil é o país no qual mais se pratica o esporte, seguido 
da Rússia e Estados Unidos, segundo dados da Federação Internacional de 
Vôlei Internacional?
INTERESSANTE
2.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NA QUADRA
O Brasil vem se consagrando como uma das potências mundiais na modalidade, 
obtendo excelentes resultados em campeonatos internacionais ao longo de sua história 
(DAIUTO, 1964). 
No ano de 1992, na cidade de Barcelona, o voleibol nacional conquista seu 
primeiro campeonato olímpico com o time masculino, o que o consolidou como o 
segundo esporte nacional. 
FIGURA 4 – BRASIL, CAMPEÃO OLÍMPICO EM BARCELONA
FONTE: <htttp://2.bp.blogspot.com/9AI7Baz2PWc/Txqk8CTtQVI/AAAAAAAAASU/Dyx0NgaOqo4/s1600/ 1992.
jpg>. Acesso em: 3 out. 2021.
7
FIGURA 5 – CALIFORNIA BEACH VOLEYBALL ASSOCIATION (CBVA)
FONTE: <https://www.designcrowd.com/design/13362738>. Acesso em: 3 out. 2021.
Atualmente, o voleibol brasileiro acumula cinco títulos olímpicos nas quadras. Sendo 
eles em 1992, 2004 e 2016, com a seleção masculina nas cidades de Barcelona, Atenas e Rio 
de Janeiro; e em 2008 e 2012, com a seleção feminina em Pequim e Londres (CBV, 2018).
3 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE PRAIA
Variação natural do vôlei, a modalidade praticada na areia foi inventada em 1895, 
nos Estados Unidos. Dispostos a praticar o esporte na praia, nas areias da Califórnia, os 
pioneiros começaram a dar seus saques e cortadas em 1920. Aos poucos, a modalidade 
foi ganhando adeptos dentro e fora dos Estados Unidos, até que, em 1947, foi realizado o 
primeiro torneio oficial de vôlei de praia. Em 1950, surgiu o primeiro circuito, com etapas 
em cinco praias californianas. 
Em meados de 1960, foi criada a California Beach Volleyball Association (CBVA). 
Na década de 1980, o esporte foi difundido em todo o mundo. No Brasil, atletas olímpicos 
consagrados trocaram quadras pelas areias, iniciando a paixão pela modalidade. 
Com inúmeros praticantes em todo o mundo, o voleibol de praia se tornou uma 
modalidade olímpica nos Jogos Olímpicos, mas especificamente, em Atlanta, no ano de 1996.
No Brasil, a modalidade passou a ser praticada na década de 1930, de forma 
amadora, nas praias de Copacabana e de Ipanema, no Rio de Janeiro. Durante as décadas 
seguintes, o vôlei de praia ganhou milhares de adeptos no país, mas era encarado como 
mera brincadeira de fim de semana. 
Isso mudou a partir de 1986, quando se realizou o Hollywood Volley, em 
Copacabana e em Santos (SP), com a participação de atletas brasileiros e internacionais. 
Oficializado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), após o Hollywood Volley, 
o vôlei de praia teve o seu primeiro Campeonato Mundial disputado nas areias de 
Ipanema, em 1987. A dupla Sinjin Smith/Randy Stoklos, dos Estados Unidos, conquistou 
8
o título, enquanto dois astros da Geração de Prata do vôlei de quadra brasileiro, Renan 
e Montanaro, foram os brasileiros mais bem colocados, terminando em terceiro lugar. 
Estava aberta a porta para a evolução de uma modalidade que hoje ocupa posição de 
destaque no cenário esportivo brasileiro.
FIGURA 6 – BRASIL, CAMPEÃO E VICE-CAMPEÃO OLÍMPICO DE VOLEIBOL DE PRAIA EM ATLANTA
FONTE: <https://bit.ly/3OlSNrF>. Acesso em: 12 out. 2021.
3.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NO VOLEIBOL DE PRAIA
O Brasil, em sua estréia, em jogos olímpicos, na cidade de Atlanta, no ano de 1996, 
com o voleibol de praia feminino, conquistou a medalha de ouro com as atletas Jackie Silva e 
Sandra Pires, e a medalha de prata com Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. 
Nas areias, o Brasil conquistou três medalhas de ouro. No feminino, em 
Atlanta/1996, com Jacqueline/Sandra; no masculino, em Atenas/2004, com Ricardo/
Emanuel, e no Rio 2016, com Alison/Bruno. Além desses títulos, são mais dez medalhas no 
voleibol de praia, sete de prata e três de bronze (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Caro, acadêmico! Você sabia que um atleta de vôlei de praia em uma partida 
de três sets, realiza 300 saltos em média?
INTERESSANTE
9
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Em 1895, através da Associação Cristã de Moços (ACM), nasceu o voleibol. 
• O voleibol foi idealizado por William Morgan, na cidade de Holyoke, em Massachussets, 
Estados Unidos da América.
• Willian Morgan, percebendo o basquete como uma modalidade esportiva desgastante 
e cansativa, procurou desenvolver a modalidade de maneira que jovens e idosos 
pudessem praticá-la com tranquilidade.
• O voleibol iniciou de forma lúdica e rapidamente se difundiu em todo território 
mundial.
• No Brasil, o esporte teve grande aceitação e destaque em competições. 
• Os primeiros títulos e as atuais medalhas do esporte. Os títulos e medalhas 
alcançadas no esporte.
RESUMO DO TÓPICO 1
10
1 A disseminação do voleibol aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte 
detémuma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), 
é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. Aceca do 
país onde a modalidade se difundiu, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: Disponível em: http://www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021.
a) ( ) Estados Unidos.
b) ( ) Canadá.
c) ( ) Brasil.
d) ( ) México.
2 No Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é a responsável pelo voleibol em 
todo o território nacional com o auxílio de todos os estados através das federações 
estaduais de voleibol. Em relação ao nascimento do voleibol e suas características, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: 
( ) O voleibol nasceu em 1985 através da Associação Cristã de Moços (ACM). 
( ) Idealizado por William Morgan na cidade de Holyoke, em Massachussets, Estados 
Unidos da América. 
( ) Como uma prática esportiva, o objetivo era ser praticado, sobretudo, na estação do 
verão rigoroso americano.
( ) O voleibol surge com uma finalidade recreativa, em que, além de não deixar a bola 
cair no chão, esta tinha que ser enviada ao outro lado da rede.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – V. 
b) ( ) V – F – F – F.
c) ( ) F – V – F – V.
d) ( ) V – F – F – V.
3 No ano de 1992, na cidade de Barcelona, o voleibol nacional conquistou seu primeiro 
campeonato olímpico com o time masculino, o que o consolidou como o segundo 
esporte nacional. Atualmente, o voleibol brasileiro acumula cinco títulos olímpicos nas 
quadras. Sendo eles em 1992, 2004 e 2016, com a seleção masculina. Acerca das cidades 
onde esses títulos olímpicos foram conquistados, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Barcelona, Atenas e Rio de Janeiro.
b) ( ) Madri, Atenas e Rio de Janeiro.
AUTOATIVIDADE
11
c) ( ) Lisboa, Atenas e Salvador.
d) ( ) Barcelona, Atenas e Salvador.
4 De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro, o esporte surgiu em 1920 como uma 
improvisação do voleibol nas areias da Califórnia. O esporte teve uma grande aceitação 
dentro e fora dos Estados Unidos, na década seguinte, já surgiram as primeiras duplas. 
Disserte sobre o primeiro torneio de vôlei de praia e como surgiu a modalidade.
5 A disseminação do voleibol aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte 
detém uma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), 
é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. Qual foi o 
promeiro país a difundir o esporte no mundo? 
FONTE: Disponível em: http://www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021
12
13
CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Vamos dar seguimento aos nossos estudos sobre o voleibol em um 
novo tópico sobre as características do referido esporte. O objetivo deste tópico é proporcionar 
a você, acadêmico, conhecimentos relacionados aos aspectos do esporte, por exemplo, área 
e formato do jogo, formação de equipes, comissão técnica e suas principais regras.
O voleibol é um esporte coletivo jogado com as mãos, portanto, qualquer parte do 
corpo pode tocar a bola. Este é disputado por duas equipes em uma quadra de jogo dividida 
por uma rede, cada equipe permanece em seu lado da quadra; o objetivo do voleibol é lançar 
a bola, transpondo a rede, fazendo-a tocar parte do solo da equipe adversária.
Cada equipe poderá dar três toques consecutivos (além do contato com o 
bloqueio), na tentativa de enviar a bola à quadra adversária.
O rally inicia com um saque, que é o envio da bola por cima da rede em direção 
à equipe adversária. A partida segue até o momento em que a bola toque o solo em uma 
área compreendida como área do jogo, seja “enviada para fora”, ou quaisquer das equipes 
realize uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Dessa forma, você notará que este tópico busca proporcionar conhecimentos 
acerca da modalidade, com entendimento mais amplo do jogo propriamente dito. 
Podendo, a partir deste tópico, auxiliar você, acadêmico, na aplicação de tais 
conhecimentos com segurança em sua jornada profissional.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 PARTICULARIDADES DO VOLEIBOL
O voleibol é um esporte coletivo jogado com as mãos, no entanto, qualquer parte 
do corpo pode tocar a bola, mas sem conduzi-la ou empurrá-la, somente rebatendo. Ele 
é disputado por duas equipes em uma quadra de jogo dividida por uma rede, sendo que 
cada equipe deve permanecer no seu lado da quadra, já o seu objetivo é enviar a bola por 
cima da rede, de forma a fazê-la tocar parte do solo da quadra adversária, ao tempo que sua 
equipe deve impedir o adversário ao mesmo tempo (NETTO, 2018).
Desde a criação do voleibol, as mudanças nas regras do jogo ocorreram 
constantemente. O voleibol é um dos esportes que mais aceita alterações. Essas mudanças 
têm objetivo do tornar o jogo mais agradável ao público, menos cansativo para os atletas e 
ainda mais interessante para a transmissão dos jogos pelos meios eletrônicos de comunicação.
14
2.1 O PONTO 
A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por 
Rally). Se, porventura, a equipe que recepcionou o saque naquele rally, no caso equipe 
receptora, seja vencedora, esta recebe um ponto e o direito de saque no próximo rally, 
consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido horário. 
A bola é considerada “dentro” quando ela toca o piso da quadra de jogo, e é 
considerada “fora” quando toca o piso fora das linhas de delimitação da quadra ou 
qualquer objeto ou pessoa que não os jogadores em quadra, ou ainda quando cruza 
a rede por baixo dela ou além do limite estabelecido pelas antenas (BIZZOCCHI, 2004).
A partida é disputada em melhor de cinco sets. Um set (exceto o quinto) é ganho 
pela equipe que primeiro completar 25 pontos. Em caso de empate em 24 pontos, o set 
prossegue até que dois pontos de vantagem sejam obtidos por uma das equipes. O 
quinto set é jogado até 15 pontos, com a mesma consideração da vantagem mínima de 
dois pontos a partir do 14º (BIZZOCCHI, 2004).
2.2 ÁREA DO JOGO 
A área de jogo corresponde à quadra de jogo e à zona livre. Ela deverá ser 
em formato retangular e simétrica, com regras institucionalizadas pela Federação 
Internacional de Voleibol, o que possibilita a atuação em competições internacionais.
A quadra de jogo mede 18×9 m e é demarcada por linhas que são consideradas 
parte dela. Uma linha central divide esse espaço em duas áreas de 9×9 m. A quadra de 
jogo é rodeada por uma zona livre de no mínimo 3 m e o espaço aéreo livre, a partir do 
solo, deve ser de no mínimo 7 m. Em competições internacionais, a zona livre deve ser de 
5 m a partir das linhas laterais e de 8 m a partir da linha de fundo, sendo o espaço aéreo 
de 12,5 m. Em cada meia-quadra há uma linha traçada a 3 m de distância do eixo central, 
que delimita e faz parte da zona de ataque. Essa linha se estende imaginariamente até 
o limite da zona livre e limita a ação ofensiva dos defensores. A zona de saque, situada 
atrás de cada linha de fundo, é a área na qual se efetua o saque. 
A rede deve estar a 2,43 m do solo para jogos masculinos e a 2,24 m para 
femininos. Nas extremidades da rede, sobre as linhas laterais, há duas faixas e, além do 
bordo externo destas, duas antenas que delimitam o espaço aéreo de jogo. A bola deve 
passar por entre as antenas quando dirigida à quadra adversária (BIZZOCCHI, 2004).
A bola deve ter circunferência de 65 a 67 cm e peso de 260 a 280 g. A pressão 
interna da bola deve ser de 0,426 a 0,461 libras (BIZZOCCHI, 2004).
15
FIGURA 7 – ÁREA DE JOGO DO VOLEIBOL
FIGURA 8 – EQUIPES
FONTE: <https://bit.ly/3vg1nPH>. Acesso em: 26 out. 2021.
FONTE: <https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/o-brasil-no-voleibol.htm>. Acesso em: 26 out. 2021.
2.3 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES E QUADRA
O voleibol é um esporte coletivo que confronta duas equipesde seis jogadores 
em uma quadra. A quadra é dividida em duas partes iguais por uma linha central, sobre 
a qual se encontra a rede, suspensa a uma altura determinada (DAIUTO, 1964; TEIXEIRA, 
1995; BIZZOCCHI, 2000; BOJIKIAN, 2003; COSTA, 2003). Dentre os jogadores, um deve 
ser escolhido como capitão do time e outros dois podem ser considerados líberos. O capitão 
é o único que pode se dirigir aos árbitros e ele também representa a equipe nos sorteios e 
formalidades. Seis jogadores são considerados titulares e iniciam a disputa de cada set. 
16
Os atletas devem usar um uniforme, sendo composto por camiseta, calção, meias 
e calçado esportivo. A cor e design das camisetas, calções e meias devem ser iguais para 
os jogadores (exceto para o líbero). Exise uma numerção nas camisetas, os números serão 
gravados tanto na frente da camisa, quanto nas costas. Na camiseta do capitão, além do 
número gravado, terá uma tarja abaixo (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Acadêmico, você sabia que o líbero pode entrar no ligar de qualquer jogador 
de defesa e sua atuação está nas funções defensivas?
INTERESSANTE
2.4 COMISSÃO TÉCNICA 
As regras de jogo permitem que, nas principais competições, apenas quatro 
pessoas se sentem no banco de reservas e façam parte da equipe, são eles: o técnico, 
o assistente técnico, o preparador físico e o médico. 
O técnico é o líder da comissão, cabe a ele a montagem e direção da equipe 
durante o jogo. É ele que determina as atribuições e responsabilidades de cada membro 
da equipe. São atribuições dele: 
• Conferência dos jogadores na súmula do jogo. 
• Dirigir a equipe do lado de fora da quadra de jogo, podendo ficar sentado ou em pé.
• Selecionar a formação inicial da equipe em quadra, preenchendo a ordem do saque. 
• Solicitar substituições e tempos de descanso. 
Segundo as regras, o assistente técnico deve permanecer sentado no banco, 
sem o direito de interferir no jogo, exceto em caso de impossibilidade de o técnico 
continuar dirigindo a equipe, o mesmo poderá assumir as funções deste. 
Ao preparador físico da equipe cabe: 
• Comandar o aquecimento pré-jogo. 
• Manter os reservas adequadamente aquecidos para entrar a qualquer momento. 
• Ficar atento ao desempenho físico dos jogadores. 
• Anotar solicitações do técnico.
• Dirigir o alongamento e o relaxamento pós partida.
17
A presença do médico no banco é de forma preventiva, no caso de qualquer 
intercorrência, como: contusão ou mal-estar. Ao término da partida, este efetua as avaliações 
médicas necessárias e acompanha os jogadores sorteados para o exame antidoping. 
É considerado doping o uso de substâncias ou métodos capazes de aumentar o 
desempenho esportivo e que estejam listados pela WADA-AMA/IOC (World Anti-Doping 
Agency/International Olympic Committee), sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde 
do atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo (RUBIO; NUNES, 2013).
2.5 FORMATO DO JOGO 
Um jogo oficial deve ser executado da forma elencada a seguir:
• Para vencer uma partida de voleibol: equipe deverá vencer três sets. 
• Para marcar um ponto: o êxito é fazer a bola tocar a quadra adversária; ou quando a 
equipe adversária comete uma falta, ou a equipe adversária foi penalizada.
• Para vencer um set: vencerá um set, com exceção do 5° set, por seu caráter de-
cisivo, a equipe que primeiro atingir a marca de 25 pontos, com uma diferença 
mínima de dois pontos. Em caso de empate em sets por 2x2, o 5° set de caráter 
decisivo, será jogado até que uma das equipes alcance a marca de 15 pontos, com 
uma diferença mínima de 2 pontos. 
Com a evolução nas regras, as posições dos jogadores em quadra ficaram fixas, 
com intuito de facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa 
para a zona de ataque, para realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. Os 
nomes das posições em quadra facilita a ação dos jogadores e da arbitragem. 
• Posição n°1: Posição do saque ou defesa direita. 
• Posição n°2: Saída de rede. 
• Posição n°3: Meio de rede. 
• Posição n°4: Entrada de rede.
• Posição n°5: Esquerda fundo ou defesa esquerda. 
• Posição n°6: Meio fundo ou defesa central.
18
FIGURA 9 – NOMES E POSIÇÕES DA QUADRA DE JOGO
FONTE: <https://issuu.com/magnostudio/docs/almanaque/15>. Acesso em: 26 out. 2021.
A ordem do rodízio é determinada pela formação inicial definida e controlada 
através do formulário de ordem de saque, devendo ser mantida em todo o set. Quando a 
equipe receptora ganha o direito de sacar, seus jogadores efetuam um rodízio, avançando 
uma posição, sempre no sentido horário. Como podemos observar na figura a seguir: 
• O jogador da posição 2 vai para a posição 1, para sacar. 
• O jogador da posição 1 vai para a posição 6.
• O jogador da posição 6 vai para a posição 5.
• O jogador da posição 5 vai para a posição 4. 
• O jogador da posição 4 vai para a posição 3. 
• O jogador da posição 3 vai para a posição 2. 
FIGURA 10 – RODÍZIO DO VOLEIBOL
FONTE: <https://bit.ly/3uHCehQ>. Acesso em: 26 out. 2021.
19
Uma falta de rodízio quando o saque não é executado conforme a ordem de 
rotação a equipe faltosa é sancionada com a perda do rally, e o rodízio dos jogadores é 
corrigido (CBF, 2018; FIVB, 2018).
Cada jogada se inicia com um saque: um toque inicial realizado por um jogador, 
denominado naquele momento sacador, enviando a bola por cima da rede em direção à 
quadra adversária. O rally prossegue até que a bola toque o solo em uma área que esteja 
compreendida dentro da quadra de jogo, seja “enviada para fora”, ou quaisquer das equipes 
execute uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário (CBV, 2018; FIVB, 2018).
Para aprofundar mais seus estudos, sugerimos que assista ao vídeo 
explicativo sobre as posições e funções na quadra: https://bit.ly/3uJijPO.
DICA
2.6 O CONTATO COM A BOLA
Cada equipe pode tocar até três vezes na bola (além do toque de bloqueio) toda 
vez que ela é enviada a sua própria quadra. Um jogador não poderá tocar duas vezes 
consecutivas na bola. 
A bola pode ter contato com qualquer parte do corpo dos jogadores, desde que ela 
não seja retida ou conduzida. Deve ser enviada para quadra da equipe adversária por cima 
da rede e dentro do espaço de cruzamento (entre as antenas) e pode ser recuperada além 
da zona livre. A bola que tenha cruzado o plano vertical da rede em direção à zona livre 
adversária, por fora do espaço de cruzamento (além das antenas), é ainda considerada “em 
jogo” e pode ser recuperada, desde que ela retorne por fora das antenas.
O objetivo principal é lançar a bola por cima da rede e fazê-la tocar no chão 
do adversário.
IMPORTANTE
20
Para aprimorar seu conhecimento em nossa temática,visite o site: https:/
www.cbc.com.br/.
DICA
2.7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE VÔLEI DE QUADRA E 
VÔLEI DE PRAIA
O princípio básico do volei de quadra e de praia é o mesmo; o objetivo é passar a 
bola sobre a rede e acertar o chão da lado da quadra adversária. No entanto, entre elas, 
há algumas diferenças importantes que devem ser mencionadas. 
• Número de jogadores:
Vôlei de quadra: 6 atletas e outros 6 que ficam no banco para possíveis substituições.
Vôlei de praia: 2 jogadores e sem atleta reserva.
• Posições:
Vôlei de quadra: rodízio de posições e funções.
Vôlei de areia: os jogadores exercem todas as funções
• Pontuação: 
Vôlei de quadra: 4 sets de 25 pontos, acontecendo empate quinto set é disputado até 
15 pontos
Vôlei de areia: 2 sets de 21 pontos, e, no caso de empate, o terceiro empate de 15 pontos.
• Comprimento da rede: 
Vôlei de quadra: são 9,5 m a 10 m de comprimento, com 25 cm a 50 cm em cada lado 
das faixas laterais.
Vôlei de areia: são 8,5 m de comprimento.
21
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• As partidas são disputadas em sets de 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 
15 pontos; a vitória é alcançada para equipe que vencer três sets.
• A área de jogo corresponde à quadra de jogo e à zona livre.
• Conhecemos ascaracterísticas do esporte, como formação de equipe, as funções de 
cada jogador e dos membros da comissão técnica durante uma partida de voleibol. 
• As posições dos jogadores em quadra ficaram fixas a fim de facilitar o rodízio e as regras 
de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de ataque, para, então, realizar 
as ações decorrentes da modernidade do jogo.
• Foi vivenciado as regras atuais de uma partida de voleibol que objetivou melhoria 
para prática da referida modalidade.
• Diferenciação do voleibol de quadra e de praia. As diferenças do voleibol de quadra 
e de praia. Suas regras, posições, dimensões do espaço de jogo.
22
1 A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por Rally). 
Se, porventura, a equipe que recepcionou o saque naquele rally, no caso equipe 
receptora, seja vencedora, ela recebe um ponto e o direito de saque no próximo rally, 
consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido 
horário. As partidas são disputadas em sets. Acerca da quantidade de pontos que são 
considerados em cada set, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 10 pontos.
b) ( ) 20 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos.
c) ( ) 20 pontos – exceto o quinto set, jogado em 10 pontos.
d) ( ) 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos.
2 Uma equipe pode ser composta por, no máximo, 12 jogadores. Dentre eles, um deve ser 
escolhido como capitão do time e outros dois podem ser considerados líberos. O capitão 
é o único que pode se dirigir aos árbitros e ele também representa a equipe nos sorteios 
e formalidades. Acerca da quantidade de jogadores que são considerados titulares e 
iniciam a disputa de cada set, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) 12 jogadores.
b) ( ) 10 jogadores.
c) ( ) 6 jogadores.
d) ( ) 8 jogadores.
3 Cada equipe pode tocar até três vezes na bola (além do toque de bloqueio) toda vez que 
ela é enviada a sua própria quadra. Um jogador não poderá tocar duas vezes consecutivas 
na bola. Acerca que a bola pode ter contato, assinale a alternativa CORRETA: 
a) ( ) Mãos dos jogadores.
b) ( ) Qualquer parte do corpo dos jogadores.
c) ( ) Mãos e cotovelos dos jogadores.
d) ( ) Cabeça e mãos.
4 Com evolução nas regras, as posições dos jogadores em quadra ficaram fixas a fim de 
facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de 
ataque, para realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. Os nomes das posições 
em quadra facilita a ação dos jogadores e da arbitragem. Disserte sobre as posições.
5 O princípio básico do volei de quadra e do de praia é o mesmo; o objetivo é passar a 
bola sobre a rede e acertar o chão da lado da quadra adversária. No entanto, entre 
elas, há algumas diferenças importantes a ser falada. Disserte sobre tais diferenças.
AUTOATIVIDADE
23
TÓPICO 3 - 
FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO 
VOLEIBOL
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Neste terceiro e último tópico da Unidade 1, vamos finalizar nossa 
jornada falando sobre os fundamentos técnicos do voleibol, tema de extrema relevância. 
O objetivo do Tópico 3 é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos 
relacionados às posições, deslocamentos e os fundamentos seguidos de suas variações 
em uma partida de voleibol. 
O voleibol é considerado um dos esportes mais complexos, devido à alta 
exigência de habilidade, precisão, regularidade, associados a características físicas 
específicas de seus jogadores.
Segundo Matveev (2001), o esporte exige capacidade motora, força rápida, 
entre outras manifestações que se apresentam em forma altamente variada de ação.
Quanto mais for treinada a técnica de execução dos movimentos, maior será o 
nível de proficiência do atleta. Para tanto, é necessário compreender os fundamentos e 
elementos que caracterizam o voleibol.
UNIDADE 1
2 AS TÉCNICOS DO VOLEIBOL
Segundo Bompa (1999), o voleibol é classificado de acordo com às ações executadas 
no jogo, como de uma estrutura acíclica, com alternância de intensidade e dominância 
motora de coordenação, potência, força e resistência. Destaca, ainda, a elevada demanda 
do sistema nervoso central e do aparelho locomotor característicos da modalidade.
Os fundamentos técnicos do voleibol são os gestos realizados pelo atleta, 
podendo ser agrupados pela sua característica ofensiva ou defensiva, assim sendo, 
entender a técnica de execução de cada movimento específico do esporte propicia 
ao treinador um ensino dos fundamentos de forma harmoniosa e progressiva, 
proporcionando um desfecho favorável a sua equipe.
24
2.1 POSIÇÕES BÁSICAS 
Os primeiros elementos a serem ensinados são conhecidos como posições de 
expectativas. Não são consideradas habilidades propriamente ditas, pois não envolvem 
o manuseio da bola nem qualquer tipo de movimentação na quadra. Podem ser 
entendidos, conceitualmente, como posturas corporais que antecedem a execução 
das habilidades específicas do voleibol. Variam de acordo com o fundamento que as 
sucede e a dificuldade da ação. Seu objetivo é de permitir o ajuste rápido do executante 
para chegar à bola da melhor maneira possível. 
Em um esporte que exige grande velocidade como o voleibol, a posição pode 
significar o sucesso ou insucesso das ações subsequentes. Durante um jogo entre pessoas 
sem recursos técnicos, a bola cai várias vezes à frente dos praticantes, que agem tardia 
e desajeitadamente (o famoso “assustou-se com a bola”), ou sequer esboçam reação. O 
voleibol de alto nível requer atenção constante, que otimize a análise e o tempo de resposta. 
A posição básica predispõe o executante a isso. Ela não é muito cômoda, mas é 
a precondição para jogar bem o voleibol. Deve ser incutida desde os primeiros momentos 
da aprendizagem, para virar hábito, e cobrada durante todo o processo e momentos do 
jogo. No entanto, a manutenção da posição básica acarreta cansaço muscular, fazendo 
o iniciante sentir os músculos das pernas e da região lombar um tanto fadigados após os 
treinos. A repetição das posições básicas nas várias situações do jogo, exigindo a semiflexão 
dos joelhos e do tronco e a sustentação dessa postura, requer um grau de resistência 
muscular que a criança não possui. Assim, a melhor forma de desenvolvê-la é aumentar 
gradativamente o número de repetições, o tempo de sustentação na posição e a pausa 
entre os exercícios, sempre compensando o esforço com alongamentos e relaxamentos. 
A posição básica requer equilíbrio constante e faz com que o executante tenha, 
muitas vezes, o centro de gravidade fora do próprio corpo, principalmente nas situações de 
defesa, obrigando-o a se colocar mais próximo do chão para defender sua “propriedade”. 
Além do equilíbrio estático, exige força isométrica de membros inferiores, tronco, membros 
superiores e pescoço, assim como flexibilidade dorsal (BIZZOCHI, 2004).
As posturas se dividem em:
• Alta: prevendo uma possível utilização do bloqueio, saque, levantamento.
• Média: utiliza-se antes da recepção do saque e do levantamento e defesa alta.
• Baixa: aplica-se antes das defesas e defesa com quesa (rolamento e mergulho).
A escolha mais adequada varia principalmente em função da percepção do 
jogador em relação ao que pode acontecer na jogada. Quanto maior a dificuldade para 
defender o próprio solo, mais baixa deve ser a postura do executante. É importante, 
porém, não desperdiçar energia sem necessidade, assumindo posições baixas quando as 
ações do jogo não exigem essa postura corporal. Isso pode causar, desnecessariamente, 
desgaste dos músculos e da capacidade de concentração (BIZZOCHI, 2004).
25
Posição básica alta 
Essa posição é própria dos bloqueadores e dos atacantes. Aqueles no aguardo 
da definição ofensiva do adversário e durante a análise do passe e do levantamento da 
própria equipe, antes de iniciar a corrida para o ataque. 
O jogador deve posicionar-se: 
• Com os pés lateralmente afastados na distância correspondenteà largura dos seus 
ombros.
• As pernas devem ficar em mínima flexão. 
• Os braços ficam semifletidos à altura do peito e à frente dos ambros. 
• As solas dos pés ficam em contato com o solo e com o peso do corpo repousando 
sobre a parte anterior dos pés.
FIGURA 11 – POSIÇÃO BÁSICA ALTA
FONTE: <https://bit.ly/3KKVNLU>. Acesso em: 5 out. 2021.
Posição básica média 
É a posição que antecede a recepção do saque flutuante e o levantamento. 
Também pode ser utilizada durante o deslocamento do defensor para a sua área de 
responsabilidade. Essa postura favorece deslocamentos rápidos em qualquer direção.
A execução da posição média deve ser: 
• Os membros superiores devem estar semiflexionados.
• Os cotovelos devem ter um afastamento lateral um pouco superior à largura dos 
ombros e um pouco à frente da linha anterior ao tronco.
• Os pés devem estar com os calcanhares fora de contato com o chão.
• Os joelhos um pouco à frente para facilitar os deslocamnetos para frente ou para as 
diagonais.
26
FIGURA 12 – POSTURA BÁSICA MÉDIA
FONTE: <https://bit.ly/3KIgwjx>. Acesso em: 24 out. 2021.
Posição básica baixa
É utilizada nas situações que antecedem a desfesa, a proteção do ataque, a 
recepção do saque em suspensão, certas recuperações e, às vezes, o levantamento. É 
a posição mais usada em uma partida de voleibol (MACHADO, 2006).
O jogador deve posicionar-se:
• Com os pés afatados, na distância um pouco maior que a largura dos ombros, com 
um deles à frente do outro, e os calcanhares ligeiramente elevados.
• Os membros inferiores devem estar semiflexionados entre 90° a 100° entre as coxas 
e pernas, com joelhos projetados à frente dos pés e um pouco voltados para dentro. 
• O tronco deve estar flexionado sobre as coxas e quadril na mesma linha dos 
calcanhares.
• Os membros superiores devem estar semiflexionados à frente do tronco com as 
mãos mais adiante e afastamento relativo à situação e a cabeça deve estar erguida 
em direção à bola.
FIGURA 13 – POSTURA BÁSICA BAIXA
FONTE: <https://bit.ly/3rq92tR>. Acesso em: 24 out. 2021.
27
Para complementar seus estudos, sugerimos assistir ao vídeo sobre posições 
em uma partida de voleibol. Acesse: https://bit.ly/3JGHeYn.
DICA
2.2 DESLOCAMENTOS
Os deslocamentos devem ser ensinados simultaneamente para a realização 
das posições básicas, pois todas as variações de deslocamentos têm como ponto de 
partida uma postura corporal também específica. Isso faz com que o jogador realize 
deslocamentos com velocidade nas ações que exigem mudança de direção nas 
inúmeras situações de uma partida.
São as movimentações específicas necessárias para o emprego dos 
fundamentos a situações de jogo. Os deslocamentos no voleibol são 
realizados normalmente através de passadas e, esporadicamente, 
através de pequenas corridas. Quanto maior é o nível dos praticantes, 
mais velocidade tem o jogo e maior será a necessidade de 
movimentações velozes e eficazes (BIZZOCHI, 2004, p. 53).
A movimentação específica é uma habilidade que não envolve diretamente o 
contato com a bola. A posição básica antecede a movimentação específica e é, muitas 
vezes, mantida durante o próprio deslocamento. Esse deslocamento torna possível 
chegar a determinado ponto da quadra para defender uma bola ou bloquear diferentes 
tipos de ataque em toda a rede. 
Sua execução envolve capacidades físicas como agilidade, coordenação 
dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, velocidade de 
deslocamento, equilíbrio dinâmico, força excêntrica e isométrica de membros inferiores.
Não se pode negligenciar essa fase, pois o voleibol é um esporte jogado mais 
com os pés do que propriamente com as mãos. Quanto mais o jogo fica dinâmico para 
o iniciante, maior é a necessidade de movimentações velozes e eficazes. A decisão 
imediata e precisa do executante sobre qual tipo de deslocamento usar constantemente 
determina o sucesso da ação. Vários fatores devem ser ponderados em frações de 
segundo e a ação deve ser instantânea, pois dificilmente a bola vem diretamente ao 
corpo do executante, sem que ele precise se movimentar até ela. 
Com a vivência diversificada, o aprendiz acelera o processo de aprendizagem e 
interfere no jogo antecipadamente e com mais precisão. As movimentações específicas do 
voleibol não devem ser consideradas de maneira simples, pois podem variar quanto à direção, 
dinâmica, postura e distância, assim como ao fundamento a ser realizado posteriormente. 
28
Por mais rápido que seja o jogador, a escolha do deslocamento mais apropriaado para 
determinado momento indicará o sucesso da ação. Uma opção equivocada – provocada 
muitas vezes pela limitação motora imposta pela aprendizagem simplista – leva a atraso 
e desequilíbrio, e, consequentemente, um fundamento executado com ineficácia. Sua 
execução abrange as seguintes capacidades físicas: agilidade; coordenação dinâmica 
geral; velocidade de reação; coordenação visual-motora; velocidade de deslocamento; 
equilíbrio dinâmico e recuperado; força excêntrica de membros inferiores (nos breques); 
e força isométrica de membros inferiores (manutenção da posição). Como requisito para 
melhor fixação, é necessário que estejam bem desenvolvidas as habilidades básicas de 
andar, correr, saltitar, galopar e saltar, além das combinações entre elas. As movimentações 
específicas podem ser classificadas de várias formas (BIZZOCHI, 2004). 
FIGURA 14 – DESLOCAMENTOS NO VOLEIBOL
FONTE: <https://bit.ly/3EhUMID>. Acesso em: 19 nov. 2021.
Primeiramente, vamos considerá-las conforme os tipos de passada:
Corrida normal
Essa habilidade tem objetivo de ganhar velocidade ou impulsão, ou alcançar 
bolas que estejam à frente ou atrás do corpo. O atleta se desloca para direita, esquerda, 
diagonal frente e trás.
Galope
É um deslocamento curto e de ajuste, aqui os pés não se cruzam, propositalmente 
para aumentar o equilíbrio do corpo e, no “chute” intermediário, entre as passadas, 
possibilitar um ajuste imediato à posição ideal para executar o fundamento.
Passada lateral
Nada mais é que o deslocamento para direita e esquerda realizado de lado, 
sem cruzamento dos pés e sem impulsão, usado em deslocamentos curtos e sem 
mudança de direção.
29
Cruzado
Deslocamento para a direita e esquerda, realizado com alternância dos pés, 
usado para percorrer distâncias maiores.
Misto
Deslocamento lateral e cruzado, usado para cobrir distâncias maiores, em 
situações que é necessário ganhar velocidade.
Saltito
É um pequeno salto para chegar ao local desejado, ele é muito usado pelos 
bloqueadores quando não há tempo para executar a passada lateral ou cruzada, ou até 
mesmo o galope.
Para complementar seus estudos, assista ao vídeo no site: https://www.
youtube.com/watch?v=dyVoy1_b2tE, sobre os deslocamentos em uma 
partida de voleibol. Isso poderá contribuir ainda mais com seu aprendizado.
DICA
2.3 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL
Segundo Castro (2015), os fundamentos praticados durante um jogo de voleibol 
estão relacionados com a dinâmica da partida. Cada fundamento possui uma finalidade 
específica, por exemplo: o saque inicia o jogo ou tem a meta de efetuar o ponto. O passe 
e o levantamento atuam na construção e no desenvolvimento ofensivo (MARQUES 
JUNIOR, 2015); o ataque visa o ponto e o bloqueio tem o objetivo de fazer o ponto ou 
proteger a quadra do ataque para facilitar a defesa (MARQUES JUNIOR, 2015b). Já a 
defesa atua evitando o ponto e inicia o contra-ataque quando é bem realizada.
Em outras palavras os fundamentos são gestos a serem executados pelo atleta 
podendo ser agrupados pela sua característica ofensiva ou defensiva, dessa maneira, temos:
• Fundamentos ofensivos que correspondem aos saques, cortadas e levantamentos.
• Fundamentos defensivos que condizem com bloqueio, recepção e defesa.
30
A chamada “zona de saque” representa o local onde o jogador (sacador) 
deve permanecer para lançar a bola. Trata-se de uma área de nove metros 
de largura, situada após cada linha de fundo.
INTERESSANTE
Essejogador deve golpear a bola com parte do braço ou mão, essa deverá estar 
solta no ar, dirigindo-se à quadra adversária, deverá passar sobre a rede e entre as 
antenas para ser validado o saque. São caracterizados de acordo com a forma em que 
se golpeia a bola durante a execução, com as nomenclaturas a seguir:
• Saque por baixo.
• Saque por cima (tipo tênis).
• Saque lateral ou japonês.
• Saque lateral por baixo ("Jornada nas Estrelas").
• Saque em suspensão ("Viagem ao Fundo do Mar").
• Saque em suspensão ("Viagem ao Fundo do Mar Flutuante").
• Saque por baixo
O saque por baixo é ensinado na iniciação ao esporte e tem uma fácil execução. 
O saque por baixo é habilidade de simples execução. Deve-se cobrar 
gradativamente precisão do sacador e cada vez mais afastá-lo da 
linha de fundo da quadra, buscando aumentar o efeito da bola e a 
consequente dificuldade para recebê-la (BIZZOCCHI, 2004, p. 140).
Para uma melhor execução do fundamento, o jogador deve posicionar-se de 
frente para a quadra, com o pé esquerdo à frente. A mão esquerda deverá segurar a 
bola e o braço direito deve fazer movimento de trás para frente, golpeando a bola quase 
simultaneamente a sua liberação pela mão esquerda à frente do corpo. A mão que 
golpeará a bola poderá ficar espalmada ou fechada.
2.3.1 Saques
São o fundamento que inicia/reinicia o jogo a cada ponto. Consistem no ato 
de enviar a bola da área de saque para a quadra adversária pelo atleta que se encontra 
naquele momento na posição de número 1.
31
FIGURA 15 – SAQUE POR BAIXO
FONTE: <https://bit.ly/3KLM3AT>. Acesso em: 9 out. 2021.
FIGURA 16 – SAQUE POR CIMA OU TIPO TÊNIS
FONTE: <https://bit.ly/3KNyf96>. Acesso em: 10 fev. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como: 
• Esquecer de soltar a bola no momento do saque.
• Não deixar o braco que vai golpear a bola em extensão.
• Deixar de usar os membros inferiores para melhor movimento do saque.
• Colocar o pé do mesmo lado da mão que vai golpear a bola à frente.
Saque por cima ou saque tipo tênis
Para realização dessa variação de saque e uma melhor execução do fundamento, 
o jogador deve posicionar-se com o corpo e os pés virados para direção do saque, 
depositando todo o peso no pé de trás. Os pés deverão ficar afastados à largura dos 
ombros, posicionando um à frente e o outro atrás. O braço do lado do pé que está a 
frente, de forma a ficar perpendicular ao seu corpo, segurando a bola acima da linha do 
ombro; o jogador deverá soltar a bola quando o seu braço estiver em extensão completa. 
Quando a bola atingir seu nível mais alto, mova o braço para frente de maneira a atingi-
la. A bola deve ser golpeada com a mão aberta, usando a palma.
Alguns erros são comuns nesse saque como:
• Jogador lançar a bola de maneira imprecisa.
• Golpear a bola com o braço flexionado.
32
• Atleta realizar rotação de tronco.
• Bater na bola com a mão fechada.
• Colocar o pé do mesmo lado da mão que vai golpear a bola na 
frente (NETTO, 2018, p. 75).
Saque lateral ou japonês
Esse tipo de saque é muito usado para dar uma trajetória flutuante na bola. “Na 
década de 1960, os japoneses utilizaram a flutuação no saque balanceado, tipo que 
ficou conhecido como saque japonês” (BIZZOCCHI, 2005, p. 44).
Para executar esse saque de forma precisa, o atleta deve se posicionar de lado 
para a quadra, os pés devem estar voltados para onde quer sacar. Segue a bola com 
a mão esquerda, no caso de o jogador ser destro, em sequência o braço direito sai do 
lado do corpo e atinge a bola enviada pela mão esquerda, bem acima da cabeça; no fim 
do movimento, o corpo se projeta à frente. No entanto, os jogadores sinistros devem 
executar no sentido da inversão do movimento.
FIGURA 17 – SAQUE LATERAL
FONTE: <https://www.dicaseducacaofisica.info/saque-no-voleibol/>. Acesso em: 9 out. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançamento inadequado, ou para frente, ou para trás.
• Virar-se antecipadamente na direção do saque.
• Ausência de virada, ou virada antecipada.
Saque lateral – jornada das estrelas 
Essa variação de saque é de um grau de complexidade maior, por isso o atleta 
deve ter uma boa dose de coragem para executá-lo em uma partida (NETTO, 2018, p. 75).
Para executar esse saque, o jogador deve ficar de lado para a quadra, com o 
ombro direito paralelo à linha de fundo e a perna esquerda ligeiramente à frente. O atleta 
deve segurar a bola com a mão esquerda. O braço direito sai de trás e golpeia a bola no 
ponto mais baixo, depois que esta foi lançada pela mão esquerda.
33
FIGURA 18 – SAQUE LATERAL JORNADA DAS ESTRELAS
FONTE: <https://veja.abril.com.br/esporte/o-jornada-nas-estrelas-esta-de-volta/>. Acesso em: 9 out. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançar a bola sem precisão.
• Posicionar o pé à frente no mesmo lado da mão que encostará na bola.
• Flexionar o braço ao bater na bola.
• Encostar na bola com a mão fechada.
Saque em suspensão – viagem ao fundo do mar
Essa variação de saque nada mais é que um saque por cima com combinação 
de uma corrida para ganhar impulsão, um salto e um golpe com potência na bola. Esse 
saque caracteriza-se por ser bastante ofensivo e muito veloz. 
Atualmente, para imprimir rotação à bola, a versão preferida é do tipo tênis 
em suspensão, utilizando um movimento semelhante ao da cortada. Foi 
lançado na mesma época do “Jornada”, pelos também brasileiros Willian 
e Renan, e batizado de “Viagem”, alivia a força e apenas encosta na bola, 
fazendo-a descrever uma curva e cair à frente do passador, este saque 
em meia-força é chamado de “caixinha” (BIZZOCCHI, 2005, p. 46).
Para executá-lo, o atleta deverá dar três passos, sendo que dois deles segurando 
a bola. No fim do segundo passo, o jogador deverá lançar a bola um pouco para frente e 
coordenar o final da terceira passada com o impulso e o ataque na bola no ponto mais alto. 
Há alguns atletas que preferem lançar a bola com uma das mãos.
34
FIGURA 19 – SAQUE VIAGEM
FONTE: <https://veja.abril.com.br/esporte/o-saqueviagem/>. Acesso em: 9 out. 2021.
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançar a bola sem precisão.
• Flexionar demais o punho.
• Pisar na linha de fundo da quadra.
• Finalizar as passadas com o pé do mesmo lado da mão que vai
• bater na bola na frente.
Saque em suspensão – viagem ao fundo do mar flutuante
Essa variação de saque é caracterizada pela sua trajetória de forma irregular. Os 
três primeiros passos são iguais ao saque viagem ao fundo do mar, o que difere é que, 
no terceiro passo, a bola é lançada para cima com a mão mais fraca e cerca de 30 cm. 
Ela deve subir em linha reta na sua frente e ligeiramente para frente nesse movimento, 
é executado o salto para o alto e para a frente, colocando o braço dominante com o 
cotovelo atrás da orelha para trás. Use a força do movimento para impulsionar o seu corpo 
e golpear a bola. A batida na bola é executada de forma a “empurrar” a bola para frente com a 
palma aberta, ou use a técnica da cortada para colocar a bola na quadra adversária, conforme 
demonstrado na figura a seguir (NETTO, 2018).
FIGURA 20 – SAQUE EM SUSPENSÃO OU VIAGEM AO FUNDO DO MAR FLUTUANTE
FONTE: <https://bit.ly/3M8bbC2>. Acesso em: 9 out. 2021.
35
Alguns erros são comuns nesse saque, como:
• Lançar bola inadequadamente. 
• Fletir demais o punho.
• Pisar na linha de fundo da quadra.
• Finalizar as passadas com o pé do mesmo lado da mão que vai
• golpear a bola na frente.
2.3.2 Manchete
Esse é o fundamento mais utilizado para recepção de saques e para a defesa 
de bolas cortadas. O contato com a bola é realizado com o antebraço, região do corpo 
que suporta fortes impactos. Usada em bolas que vem em altura baixa, e que não tem 
chance de ser devolvida com o toque. 
Posição básica
Para uma boa execução desse fundamento, as mãos do jogador devem se 
posicionar unidas e os braços ligeiramente separados e estendidos, as pernas devem 
estar fletidas na hora do movimento, para uma maior comodidade no movimento. 
FIGURA 21 – O ATLETALUCARELLI REALIZANDO MANCHETE
FONTE: <https://bit.ly/3jKWOHH>. Acesso em: 24 out. 2018.
Tipos de manchete
Existem diversos tipos de manchete, cada um com sua particularidade com objetivo 
de ser mais assertivo para a jogada. Temos a manchete alta que é mais comum e utilizado em 
recepções de bolas altas acima da cintura; a manchete invertida utilizada na defesa como re-
cursos para bola atacadas na altura da cabeça do defensor; a manchete com um dos braços 
utilizado para bolas que fogem ao alcance do corpo; a manchete de costas a mesma realizada 
de costas para onde quer que a bola atinja e a manchete seguida de rolamento.
36
O técnico deve oferecer essa infinidade de variações aos atletas durante o 
processo de aperfeiçoamento deste fundamento, visto que durante uma partida ele 
vai precisar se adaptar a inúmeros tipos de bolas que chegam no campo adversário e 
executará o fundamento de várias regiões da quadra (BIZZOCCHI, 2004).
2.3.3 Toque 
Geralmente este é o primeiro fundamento a ser ensinado com bola. 
Fundamento que consiste no recebimento e envio imediato da bola 
com os dedos, realizado na altura da cabeça ou acima dela. Utilizado 
principalmente no levantamento, pode ser recurso para defesa 
de ataques mais fracos. É o primeiro fundamento com bola a ser 
ensinado (BIZZOCCHI, 2004, p. 126)
O toque por cima é usado no levantamento por dois motivos básicos: 
• Pela precisão, uma vez que a acomodação da bola nos dedos do executante ocorre 
em tempo relativamente maior, deixando-lhe tirar a força do passe enviado e, com a 
bola encaixada nas mãos, ter maior controle para direcioná-la ao alvo.
• Pelo fato de as mãos do levantador estarem mais próximas da mão do atacante, 
reduzindo o tempo que a bola leva para sair daquele e chegar a este. Ao contrário da 
manchete, que é realizada à altura da cintura e, por isso, demora mais tempo para que 
ela chegue ao atacante, tornando o levantamento menos preciso e mais lento, o que 
simplifica a ação do bloqueio adversário – basta reparar que um levantamento feito em 
manchete quase sempre é acompanhado da chegada de um bloqueio duplo ou triplo. 
O toque envolve as seguintes capacidades físicas, como: agilidade, coordenação 
dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, força isotônica 
de membros inferiores, membros superiores, punhos, dedos e cintura escapular, 
flexibilidade de cintura escapular, braços, punhos e dedos, equilíbrio estático, dinâmico 
e recuperado, flexibilidade abdominal e força dorsal (para o toque de costas e lateral), e 
potência de salto (toque em suspensão) (BIZZOCCHI, 2004).
As habilidades motoras requeridas são: receber, volear, rebater e as combinações 
com todas as habilidades locomotoras que possam anteceder ou preceder o toque. 
Para uma boa execução do fundamento, o posicionamento do corpo deve ser 
antecipado para que, quando a bola chegar, o jogador esteja totalmete sob ela. Deve 
se posicionar em posição baixa ou média, os membros inferiores afastados, braços 
semifletidos, com os cotovelos um pouco acima da linha dos ombros e ligeiramente à 
frente do corpo; as mãos devem estar estendidas para trás e próximas da cabeça, acima 
dos olhos, na espera pela bola (BIZZOCCHI, 2004).
37
FIGURA 22 – A ATLETA FERNANDA VENTURINI REALIZANDO TOQUE
FONTE: <https://bit.ly/3vlM1cD>. Acesso em: 15 out. 2021.
Tipos de toque
Existem diversos tipos de toque, cada um com sua particularidade com objetivo 
de ser mais assertivo para a jogada. 
O jogo prossegue e o jogador precisa ter consciência de que sua função não 
termina ali, participando de uma subsequente proteção de ataque. Os tipos de toque por 
cima variam conforme a situação: 
- Toque para frente 
É o mais comum, a bola toma a direção à frente do executante. Pode ser realizado 
também em suspensão, com uma das mãos ou seguido de rolamento. Na execução, os 
segmentos devem naturalmente acompanhar a bola para a frente e para o alto, ou seja, 
a trajetória tomada por ela (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 23 – TOQUE PARA FRENTE
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 128)
- Toque de costas ou para trás
A bola segue caminho inverso ao anterior. É usado, em geral, para levantar para 
as posições 1 e 2 e/ou fintar os bloqueadores. A partir do posicionamento e do encaixe 
da bola nas mãos do executante, há uma veloz, porém controlada, projeção do quadril à 
38
frente, levando a uma extensão gradativa do tronco para que a bola possa ir ao caminho 
desejado. Depois, os braços se esticam na direção da trajetória da bola, com a cabeça 
também acompanhando o movimento, enquanto o quadril completa sua projeção. 
Acompanhar a bola com os olhos é uma boa referência para o aprendiz que apresenta 
dificuldade em realizar o movimento correto. Sua execução diferencia-se da do toque 
para a frente apenas no momento de impulsionar a bola. Por ser muito usado em fintas, 
se tiver uma alteração da postura corporal antes da execução do toque, a intenção do 
levantador ficará clara, fazendo a estratégia ir por água abaixo (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 24 – TOQUE PARA TRÁS OU TOQUE DE COSTAS
FONTE: Adaptada de BIZZOCCHI (2004, p. 128).
- Toque em suspensão
Comumente usados pelos levantadores, hoje em dia, é empregado como 
recurso para alcançar bolas altas, por meio de um salto. O toque recebe esse nome 
exatamente por ocorrer na fase aérea. Permite acelerar o jogo, pois a bola fica mais perto 
da mão do atacante. Ajustes para bolas passadas fora da rede, que eram realizados 
pelos levantadores por meio de posturas mais baixas e até rolamentos, passaram a ser 
realizados com o salto em projeção à bola, o que encurta o tempo de execução do toque 
e mantém a velocidade desejada de jogo. 
Pode ser realizado para a frente, para trás, em toque lateral ou com uma das 
mãos. Por não ter contato dos pés com o chão no momento do toque, esse tipo de 
movimento não deve ser usual nos primeiros momentos do processo de aprendizagem, 
pois ele tira muito da força que pode ser aplicada à bola pelo executante, além de exigir 
uma coordenação motora muito mais apurada (BIZZOCCHI, 2004).
39
FIGURA 25 – TOQUE EM SUSPENSÃO
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 130).
- Toque lateral 
A bola é direcionada para o lado do corpo do executante, que estará de frente 
ou de costas para a rede. Usa-se esse recurso para impedir que a bola passe ou toque a 
rede e o próprio jogador não invada ou esbarre na rede com os cotovelos ou ombros. Pode 
ser realizado em suspensão ou do chão. É fundamental que ocorra adaptação de mãos e 
ombros para a realização certeira. Estes devem estar alinhados e posicionados um mais 
baixo que o outro, dependendo do lado para o qual se quer enviar a bola – se a direção 
desejada é à direita do corpo, o ombro esquerdo deve estar acima do direito, e vice-versa 
–, enquanto as mãos acompanham esse desnível, para que a bola se encaixe mais na 
mão correspondente ao lado para o qual será enviada. Quando se executa o toque lateral 
de frente para a rede, os polegares assumem uma posição de proteção, para que a bola 
seja brevemente retida e trazida novamente para a própria quadra, o mesmo ocorrendo 
com os outros dedos quando o executante está de costas para a rede (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 26 – TOQUE LATERAL
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 130)
- Toque com uma das mãos
Esse recurso é usado quando a bola está longe do corpo ou muito alta e o encaixe 
perfeito das duas mãos não é possível. Depende muito da habilidade do levantador, que 
pode executá-lo, quase sempre em suspensão, para a frente ou para trás. É executado 
com as pontas dos dedos e com o braço quase completamente estendido, em uma ação 
40
extrema. Os levantadores de alto nível conseguem direcionar de forma precisa um toque 
com uma das mãos. Em geral, aparam a trajetória da bola para o atacante de bolas rápidas, 
que se antecipa, antevendo a dificuldade que o levantador encontrará (BIZZOCCHI, 2004).
FIGURA 27 – TOQUE COM UMA DAS MÃOS
FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p.

Outros materiais