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Indaial – 2022 no Voleibol Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva Profª. Graziela Marques Leão 1a Edição Prescrição e TreinamenTo Impresso por: Copyright © UNIASSELVI 2022 Elaboração: Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva Profª. Graziela Marques Leão Revisão, Diagramação e Produção: Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI S586p Silva, Denise de Castro Insaurriaga Prescrição e treinamento no voleibol. / Denise de Castro Insaurriaga Silva; Graziela Marques Leão. – Indaial: UNIASSELVI, 2022. 203 p.; il. ISBN 978-85-515-0474-1 1. Voleibol. – Brasil. I. Leão, Graziela Marques. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci. CDD 796 Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Prescrição e Treinamento do Voleibol! Portanto, sua jornada de aprendizado será na disciplina de Prescrição e Treinamento do Voleibol. Acreditamos que será uma viagem prazerosa e divertida no conhecimento desse esporte apaixonante. Envolverá aprendizado sobre aplicação do esporte voltado ao universo do treinamento esportivo. Esperamos contribuir com sua formação, aliando agradáveis momentos de estudos e reflexões sobre a temática. Na Unidade 1, abordaremos a parte histórica, sua evolução e tendências, o jogo e suas principais regras e, por fim, mas não menos importante, os fundamentos e elementos técnicos do referido esporte. Em seguida, na Unidade 2, estudaremos os processos e evoluções no treinamento esportivo, o treinador e sua importância no direcionamento da equipe e das sessões de treinos do referido esporte. Por fim, na Unidade 3, aprenderemos um pouco mais sobre metodologias do treinamento esportivo na modalidade, os testes de aptidão física, antropometria e finalizaremos com estratégias e sistemas táticos no voleibol. Enfim, desejamos a você um excelente período de estudos dentro desta e outras disciplinas do nosso curso de Educação Física. Desejamos que aproveite esta fase da melhor maneira possível, valorizando a formação profissional e, acima de tudo, o crescimento pessoal que você adquirirá. Bons estudos! Profª. Denise de Castro Insaurriaga Silva Profª. Graziela Marques Leão APRESENTAÇÃO Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos. GIO QR CODE Você lembra dos UNIs? Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico como um todo. 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SUMÁRIO UNIDADE 1 - CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ................ 1 TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL ...............................................................................3 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3 2 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE QUADRA ..........................................................3 2.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NA QUADRA .................................................................................. 6 3 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE PRAIA .............................................................. 7 3.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NO VOLEIBOL DE PRAIA .............................................................8 RESUMO DO TÓPICO 1 ...........................................................................................................9 AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................10 TÓPICO 2 - CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL .................................................................. 13 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13 2 PARTICULARIDADES DO VOLEIBOL ................................................................................ 13 2.1 O PONTO ................................................................................................................................................ 14 2.2 ÁREA DO JOGO ................................................................................................................................... 14 2.3 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES E QUADRA ...................................................................................... 15 2.4 COMISSÃO TÉCNICA .......................................................................................................................... 16 2.5 FORMATO DO JOGO ............................................................................................................................17 2.6 O CONTATO COM A BOLA .................................................................................................................. 19 2.7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE VÔLEI DE QUADRA E VÔLEI DE PRAIA ............................20 RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................21 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 22 TÓPICO 3 - FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ............................ 23 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 23 2 AS TÉCNICOS DO VOLEIBOL ........................................................................................... 23 2.1 POSIÇÕES BÁSICAS ...........................................................................................................................24 2.2 DESLOCAMENTOS .............................................................................................................................. 27 2.3 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL ........................................................................................................29 2.3.1 Saques .........................................................................................................................................30 2.3.2 Manchete ....................................................................................................................................35 2.3.3 Toque ..........................................................................................................................................36 2.3.4 Cortada ....................................................................................................................................... 41 2.3.5 Bloqueio ......................................................................................................................................43 2.3.6 Defesa .........................................................................................................................................45 LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 50 RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 52 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 53 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 55 UNIDADE 2 — FORMAÇÃO ESPORTIVA ...............................................................................57 TÓPICO 1 — FORMAÇÃO ESPORTIVA ..................................................................................59 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................59 2 PROCESSOS DE TREINAMENTO ESPORTIVO .................................................................59 2.1 HABILIDADES BÁSICAS DO VOLEIBOL ...........................................................................................59 2.2 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E TREINAMENTO EM DESPORTOS COLETIVOS ............62 3 METODOLOGIA TRADICIONAL ........................................................................................ 64 3.1 ANALÍTICO ............................................................................................................................................. 67 3.2 GLOBAL-FUNCIONAL ........................................................................................................................68 3.3 MISTO ....................................................................................................................................................69 4 METODOLOGIA ATIVA .......................................................................................................70 4.1 O MÉTODO DINÂMICO-PARALELO ..................................................................................................70 4.2 O MÉTODO PROGRESSIVO-ASSOCIATIVO .....................................................................................71 5 CONDUTA DO TREINADOR DE VOLEIBOL ........................................................................74 RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................78 AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................79 TÓPICO 2 - TREINAMENTO ESPORTIVO NO VOLEIBOL .....................................................81 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................81 2 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO ........................................................81 2.1 POSSIBILIDADES A SEREM CONSIDERADAS PELO TREINADOR ............................................. 81 3 ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES DE TREINAMENTO ........................................................ 83 3.1 O ENSINO DA TÉCNICA NO VOLEIBOL ............................................................................................83 3.2 O ENSINO DA TÁTICA NO VOLEIBOL ...............................................................................................85 3.2.1 Sistemas de ataque ..................................................................................................................86 3.2.2 Sistemas de recepção ou sistema de defesa ...................................................................93 3.2.3 Formações ofensivas ..............................................................................................................95 3.2.4 As fintas ......................................................................................................................................96 3.2.5 Proteção de ataque ................................................................................................................. 97 3.2.6 Uso tático do saque ................................................................................................................. 97 RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................99 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................100 TÓPICO 3 - A PRÁTICA DO VOLEIBOL OUTDOOR .............................................................103 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................103 2 VOLEIBOL DE PRAIA .......................................................................................................103 2.1 CARACTERÍSTICAS ...........................................................................................................................104 2.2 COMPETIÇÕES OFICIAIS NO BRASIL ...........................................................................................105 2.3 CAPACIDADES FÍSICAS NO VÔLEI DE PRAIA ............................................................................106 2.4 TREINAMENTO ESPECÍFICO ........................................................................................................... 107 2.4.1 Treinamento físico ...................................................................................................................108 LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................109 RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 115 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 116 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 118 UNIDADE 3 — TREINAMENTO NO VOLEIBOL ....................................................................125 TÓPICO 1 — CICLOS DE TREINAMENTOS DA INICIAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO EM VOLEIBOL ..................................................................................................127 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 127 2 IDENTIFICAÇÃO, SELEÇÃO E PROMOÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS .................... 127 3 FORMANDO TALENTOS ESPORTIVOS ...........................................................................133 4 QUESTÕES PSICOLÓGICAS NA FORMAÇÃO DO ATLETA DE ALTO NÍVEL ................... 137 4.1 PERIODIZAÇÃO DO TREINO DE COMPETÊNCIAS PSICOLÓGICAS ......................................... 139 RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 141 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................142 TÓPICO 2 - VALÊNCIAS FÍSICAS: CARACTERÍSTICAS E TREINAMENTOS ....................145 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................145 2 FORÇA..............................................................................................................................145 3 POTÊNCIA ........................................................................................................................148 4 VELOCIDADE ...................................................................................................................150 5 RESISTÊNCIA ..................................................................................................................153 5.1 DIVISÕES DA RESISTÊNCIA ............................................................................................................ 154 6 TESTES FÍSICOS ............................................................................................................ 157 6.1 TESTES NEUROMUSCULARES .......................................................................................................158 6.1.1 Flexiteste ....................................................................................................................................158 6.1.2 Flexão até a exaustão ............................................................................................................160 6.1.3 Pliometria ...................................................................................................................................161 6.2 TESTE METABÓLICOS INDIRETOS: ...............................................................................................164 6.2.1 Corrida de 30 m e corrida de 20 m (teste w30m e teste w20m) ...............................164 6.2.2 Vai e vem (protocolo de Léger) ........................................................................................... 165 6.3 TESTES DE LABORATÓRIO ..............................................................................................................167 6.3.1 Dinamometria isocinética ......................................................................................................167 6.3.2 Plataformas de força .............................................................................................................168 RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................169 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................170 TÓPICO 3 - PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO EM VOLEIBOL .................................... 173 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 173 2 PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE PROGRESSÕES DE TREINO ............................................... 173 2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO .................................................................................... 174 3 PERIODIZAÇÃO ............................................................................................................... 176 3.1 CICLOS DE TREINAMENTO ...............................................................................................................177 LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................187 RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................195 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................196 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................198 1 UNIDADE 1 - CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • conhecer os fundamentos históricos, o surgimento e evolução do referido esporte ao longo do tempo; • compreender o jogo e suas regras; • perceber os movimentos básicos da modalidade voleibol; • assimilar os elementos e fundamentos técnicos do voleibol. Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL TÓPICO 2 – CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL TÓPICO 3 – FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações. CHAMADA 2 CONFIRA A TRILHA DA UNIDADE 1! Acesse o QR Code abaixo: 3 INTRODUÇÃO AO VOLEIBOL 1 INTRODUÇÃO Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao nosso livro de estudos. Você está tendo o primeiro contato com o conteúdo que será abordado durante a disciplina de voleibol e, já que estamos iniciando esta unidade, vamos introduzir você ao primeiro tema que será apresentado. Em nosso primeiro tópico, vamos falar sobre a história, evolução e tendências do esporte. O objetivo é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos relacionados à origem e evolução do jogo de voleibol, por exemplo, como iniciou o esporte, sua aceitação no Brasil, principais títulos conquistados e as principais seleções. Na atualidade, diante da enorme evolução tecnológica e científica, a ciência da prática esportiva do voleibol também evoluiu. Nos dias atuais, a ciência esportiva tem um vasto embasamento científico e teórico sobre quais os melhores meios de atingir o melhor rendimento, seja ele individual ou em equipe. Ao longo dos anos, o voleibol adequou-se para ser desenvolvido como prática esportiva de massa e, por consequência, atingir maior grau de competitividade, por via da fisiologia, da tecnologia e de estudos científicos específicos que possibilitassem ao Brasil destaque em nível internacional (NETTO; FERNANDES FILHO, 2008; ARAÚJO NETTO; SANTOS; NEVES, 2005). Pode-se afirmar que o Brasil é reconhecidamente o país do voleibol, devido ao elevado número de praticantes na modalidade, e aos resultados alcançados em competições. Muito da teoria que existe sobre o voleibol está em livros-textos ou artigos científicos, que tratam, principalmente, da forma como se deve lidar com atletas. A intenção deste tópico é, a partir deste conhecimento, possibilitar o aprendizado dos principais conceitos e de como eles poderão ser aplicados em sua vivência e em sua atuação como profissional de Educação Física. TÓPICO 1 - UNIDADE 1 2 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE QUADRA O vôlei teve sua origem em 1895, na Associação Cristã de Moços (ACM), de Holyoke, no estado norte-americano de Massachussets. A ideia veio do pastor Lawrence Rider, que sugeriu ao professor William G. Morgan a criação de um esporte dinâmico, com menor intensidade comparado ao basquete, que havia sido criado no ano 1891, ganhando fama rapidamente. No entanto, o contato físico ainda era um fator que impedia a massificação do 4 Caro, acadêmico, você sabia que os soldados americanos, nos intervalosde suas operações e guerras, praticavam o voleibol como forma de lazer e aliviar o “stress”, o que deixava o pessoal em volta dos acampamentos curiosos em descobrir o que era que eles estavam jogando. INTERESSANTE esporte. Outro fator importante é que a modalidade surge de forma lúdica em decorrência da necessidade de criação de atividades para atender inverno americano, já que, até aquele momento, quase não existia atividades para se praticar em ginásios. FIGURA 1 – WILIAM MORGAN FONTE: <https://bit.ly/3rpA4kN>. Acesso em: 1 out. 2021. A disseminação aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte detém uma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. O Canadá foi o primeiro país a difundir e praticar a modalidade esportiva fora dos Estados Unidos da América. De acordo com Marchi Junior (2015), o voleibol chega no Brasil em 1915, a primeira partida aconteceu no Colégio Marista de Pernambuco. Outros dizem que foi na ACM de São Paulo, em 1916. 5 FIGURA 2 – FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEIBOL FIGURA 3 – CONFEDERAÇÃO BRASILERIRA DE VOLEIBOL (CBV) FONTE: <http://www.volleywood. net/wp-content/uploads/2010/10/fivb.gif>. Acesso em: 2 out. 2021. FONTE: <http://cdn.wp.clicrbs. com.br/brasilolimpico/files/2017/02/CBV.jpg>. Acesso em: 2 out. 2021. - Institucionalização Entre 18 e 20 de abril de 1947, em Paris, 14 Federações Nacionais fundam a FIVB. (Fédération Internationale de Volleyball), cuja sede fica situada em Paris, e tem como presidente eleito, o francês Paul Libaud. As regras americanas e europeias existentes sobre esse desporto chegam a um consenso com o processo de criação de uma federação internacional. O voleibol passa a ser praticado de forma institucionalizada, ou seja, o jogo era praticado com regras oficiais mundiais, o que possibilitaria, no futuro, competições em nível internacional, como posteriormente aconteceu. - Nacionalização No Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é a responsável pelo vôlei em todo o território nacional com o auxílio de todos os estados através das federações estaduais de voleibol, sendo fundada em 16 de agosto de 1954. A capacidade de administração e gestão do voleibol pela CBV em território nacional tem uma organização que levaria, no futuro, a ser reconhecida como a melhor confederação de esportes do país e um exemplo para outras confederações, tanto no Brasil, como no exterior. O resultado dessas ações no campo da gestão e administração é que, atualmente, o presidente da FIVB é o brasileiro Ari Graça. 6 Segundo a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o voleibol como prática esportiva de massa vem revelando eficiência, evidenciando em seus praticantes o desenvolvimento físico, motor, social e psicológico (CBV, 2016, 1999), e, em consequência disso, o voleibol é considerado o segundo esporte de maior aceitação entre os jovens. O voleibol brasileiro constrói uma expectativa de futuro com as ações do passado e se consolida como uma das modalidades mais conhecidas e praticadas entre os brasileiros. Você sabia que o Brasil é o país no qual mais se pratica o esporte, seguido da Rússia e Estados Unidos, segundo dados da Federação Internacional de Vôlei Internacional? INTERESSANTE 2.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NA QUADRA O Brasil vem se consagrando como uma das potências mundiais na modalidade, obtendo excelentes resultados em campeonatos internacionais ao longo de sua história (DAIUTO, 1964). No ano de 1992, na cidade de Barcelona, o voleibol nacional conquista seu primeiro campeonato olímpico com o time masculino, o que o consolidou como o segundo esporte nacional. FIGURA 4 – BRASIL, CAMPEÃO OLÍMPICO EM BARCELONA FONTE: <htttp://2.bp.blogspot.com/9AI7Baz2PWc/Txqk8CTtQVI/AAAAAAAAASU/Dyx0NgaOqo4/s1600/ 1992. jpg>. Acesso em: 3 out. 2021. 7 FIGURA 5 – CALIFORNIA BEACH VOLEYBALL ASSOCIATION (CBVA) FONTE: <https://www.designcrowd.com/design/13362738>. Acesso em: 3 out. 2021. Atualmente, o voleibol brasileiro acumula cinco títulos olímpicos nas quadras. Sendo eles em 1992, 2004 e 2016, com a seleção masculina nas cidades de Barcelona, Atenas e Rio de Janeiro; e em 2008 e 2012, com a seleção feminina em Pequim e Londres (CBV, 2018). 3 CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO VOLEIBOL DE PRAIA Variação natural do vôlei, a modalidade praticada na areia foi inventada em 1895, nos Estados Unidos. Dispostos a praticar o esporte na praia, nas areias da Califórnia, os pioneiros começaram a dar seus saques e cortadas em 1920. Aos poucos, a modalidade foi ganhando adeptos dentro e fora dos Estados Unidos, até que, em 1947, foi realizado o primeiro torneio oficial de vôlei de praia. Em 1950, surgiu o primeiro circuito, com etapas em cinco praias californianas. Em meados de 1960, foi criada a California Beach Volleyball Association (CBVA). Na década de 1980, o esporte foi difundido em todo o mundo. No Brasil, atletas olímpicos consagrados trocaram quadras pelas areias, iniciando a paixão pela modalidade. Com inúmeros praticantes em todo o mundo, o voleibol de praia se tornou uma modalidade olímpica nos Jogos Olímpicos, mas especificamente, em Atlanta, no ano de 1996. No Brasil, a modalidade passou a ser praticada na década de 1930, de forma amadora, nas praias de Copacabana e de Ipanema, no Rio de Janeiro. Durante as décadas seguintes, o vôlei de praia ganhou milhares de adeptos no país, mas era encarado como mera brincadeira de fim de semana. Isso mudou a partir de 1986, quando se realizou o Hollywood Volley, em Copacabana e em Santos (SP), com a participação de atletas brasileiros e internacionais. Oficializado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), após o Hollywood Volley, o vôlei de praia teve o seu primeiro Campeonato Mundial disputado nas areias de Ipanema, em 1987. A dupla Sinjin Smith/Randy Stoklos, dos Estados Unidos, conquistou 8 o título, enquanto dois astros da Geração de Prata do vôlei de quadra brasileiro, Renan e Montanaro, foram os brasileiros mais bem colocados, terminando em terceiro lugar. Estava aberta a porta para a evolução de uma modalidade que hoje ocupa posição de destaque no cenário esportivo brasileiro. FIGURA 6 – BRASIL, CAMPEÃO E VICE-CAMPEÃO OLÍMPICO DE VOLEIBOL DE PRAIA EM ATLANTA FONTE: <https://bit.ly/3OlSNrF>. Acesso em: 12 out. 2021. 3.1 O PRIMEIRO TÍTULO OLÍMPICO NO VOLEIBOL DE PRAIA O Brasil, em sua estréia, em jogos olímpicos, na cidade de Atlanta, no ano de 1996, com o voleibol de praia feminino, conquistou a medalha de ouro com as atletas Jackie Silva e Sandra Pires, e a medalha de prata com Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. Nas areias, o Brasil conquistou três medalhas de ouro. No feminino, em Atlanta/1996, com Jacqueline/Sandra; no masculino, em Atenas/2004, com Ricardo/ Emanuel, e no Rio 2016, com Alison/Bruno. Além desses títulos, são mais dez medalhas no voleibol de praia, sete de prata e três de bronze (CBV, 2018; FIVB, 2018). Caro, acadêmico! Você sabia que um atleta de vôlei de praia em uma partida de três sets, realiza 300 saltos em média? INTERESSANTE 9 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como: • Em 1895, através da Associação Cristã de Moços (ACM), nasceu o voleibol. • O voleibol foi idealizado por William Morgan, na cidade de Holyoke, em Massachussets, Estados Unidos da América. • Willian Morgan, percebendo o basquete como uma modalidade esportiva desgastante e cansativa, procurou desenvolver a modalidade de maneira que jovens e idosos pudessem praticá-la com tranquilidade. • O voleibol iniciou de forma lúdica e rapidamente se difundiu em todo território mundial. • No Brasil, o esporte teve grande aceitação e destaque em competições. • Os primeiros títulos e as atuais medalhas do esporte. Os títulos e medalhas alcançadas no esporte. RESUMO DO TÓPICO 1 10 1 A disseminação do voleibol aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte detémuma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. Aceca do país onde a modalidade se difundiu, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: Disponível em: http://www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021. a) ( ) Estados Unidos. b) ( ) Canadá. c) ( ) Brasil. d) ( ) México. 2 No Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) é a responsável pelo voleibol em todo o território nacional com o auxílio de todos os estados através das federações estaduais de voleibol. Em relação ao nascimento do voleibol e suas características, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) O voleibol nasceu em 1985 através da Associação Cristã de Moços (ACM). ( ) Idealizado por William Morgan na cidade de Holyoke, em Massachussets, Estados Unidos da América. ( ) Como uma prática esportiva, o objetivo era ser praticado, sobretudo, na estação do verão rigoroso americano. ( ) O voleibol surge com uma finalidade recreativa, em que, além de não deixar a bola cair no chão, esta tinha que ser enviada ao outro lado da rede. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) V – F – V – V. b) ( ) V – F – F – F. c) ( ) F – V – F – V. d) ( ) V – F – F – V. 3 No ano de 1992, na cidade de Barcelona, o voleibol nacional conquistou seu primeiro campeonato olímpico com o time masculino, o que o consolidou como o segundo esporte nacional. Atualmente, o voleibol brasileiro acumula cinco títulos olímpicos nas quadras. Sendo eles em 1992, 2004 e 2016, com a seleção masculina. Acerca das cidades onde esses títulos olímpicos foram conquistados, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Barcelona, Atenas e Rio de Janeiro. b) ( ) Madri, Atenas e Rio de Janeiro. AUTOATIVIDADE 11 c) ( ) Lisboa, Atenas e Salvador. d) ( ) Barcelona, Atenas e Salvador. 4 De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro, o esporte surgiu em 1920 como uma improvisação do voleibol nas areias da Califórnia. O esporte teve uma grande aceitação dentro e fora dos Estados Unidos, na década seguinte, já surgiram as primeiras duplas. Disserte sobre o primeiro torneio de vôlei de praia e como surgiu a modalidade. 5 A disseminação do voleibol aconteceu de forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte detém uma marca grandiosa. Segundo a Federação Internacional de Voleibol (FIVB, 2018), é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 221. Qual foi o promeiro país a difundir o esporte no mundo? FONTE: Disponível em: http://www. fivb.org/EN/FIVB/FIVB_Structure.asp. Acesso em: 20 out. 2021 12 13 CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL 1 INTRODUÇÃO Olá, acadêmico! Vamos dar seguimento aos nossos estudos sobre o voleibol em um novo tópico sobre as características do referido esporte. O objetivo deste tópico é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos relacionados aos aspectos do esporte, por exemplo, área e formato do jogo, formação de equipes, comissão técnica e suas principais regras. O voleibol é um esporte coletivo jogado com as mãos, portanto, qualquer parte do corpo pode tocar a bola. Este é disputado por duas equipes em uma quadra de jogo dividida por uma rede, cada equipe permanece em seu lado da quadra; o objetivo do voleibol é lançar a bola, transpondo a rede, fazendo-a tocar parte do solo da equipe adversária. Cada equipe poderá dar três toques consecutivos (além do contato com o bloqueio), na tentativa de enviar a bola à quadra adversária. O rally inicia com um saque, que é o envio da bola por cima da rede em direção à equipe adversária. A partida segue até o momento em que a bola toque o solo em uma área compreendida como área do jogo, seja “enviada para fora”, ou quaisquer das equipes realize uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário (CBV, 2018; FIVB, 2018). Dessa forma, você notará que este tópico busca proporcionar conhecimentos acerca da modalidade, com entendimento mais amplo do jogo propriamente dito. Podendo, a partir deste tópico, auxiliar você, acadêmico, na aplicação de tais conhecimentos com segurança em sua jornada profissional. UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 2 PARTICULARIDADES DO VOLEIBOL O voleibol é um esporte coletivo jogado com as mãos, no entanto, qualquer parte do corpo pode tocar a bola, mas sem conduzi-la ou empurrá-la, somente rebatendo. Ele é disputado por duas equipes em uma quadra de jogo dividida por uma rede, sendo que cada equipe deve permanecer no seu lado da quadra, já o seu objetivo é enviar a bola por cima da rede, de forma a fazê-la tocar parte do solo da quadra adversária, ao tempo que sua equipe deve impedir o adversário ao mesmo tempo (NETTO, 2018). Desde a criação do voleibol, as mudanças nas regras do jogo ocorreram constantemente. O voleibol é um dos esportes que mais aceita alterações. Essas mudanças têm objetivo do tornar o jogo mais agradável ao público, menos cansativo para os atletas e ainda mais interessante para a transmissão dos jogos pelos meios eletrônicos de comunicação. 14 2.1 O PONTO A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por Rally). Se, porventura, a equipe que recepcionou o saque naquele rally, no caso equipe receptora, seja vencedora, esta recebe um ponto e o direito de saque no próximo rally, consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido horário. A bola é considerada “dentro” quando ela toca o piso da quadra de jogo, e é considerada “fora” quando toca o piso fora das linhas de delimitação da quadra ou qualquer objeto ou pessoa que não os jogadores em quadra, ou ainda quando cruza a rede por baixo dela ou além do limite estabelecido pelas antenas (BIZZOCCHI, 2004). A partida é disputada em melhor de cinco sets. Um set (exceto o quinto) é ganho pela equipe que primeiro completar 25 pontos. Em caso de empate em 24 pontos, o set prossegue até que dois pontos de vantagem sejam obtidos por uma das equipes. O quinto set é jogado até 15 pontos, com a mesma consideração da vantagem mínima de dois pontos a partir do 14º (BIZZOCCHI, 2004). 2.2 ÁREA DO JOGO A área de jogo corresponde à quadra de jogo e à zona livre. Ela deverá ser em formato retangular e simétrica, com regras institucionalizadas pela Federação Internacional de Voleibol, o que possibilita a atuação em competições internacionais. A quadra de jogo mede 18×9 m e é demarcada por linhas que são consideradas parte dela. Uma linha central divide esse espaço em duas áreas de 9×9 m. A quadra de jogo é rodeada por uma zona livre de no mínimo 3 m e o espaço aéreo livre, a partir do solo, deve ser de no mínimo 7 m. Em competições internacionais, a zona livre deve ser de 5 m a partir das linhas laterais e de 8 m a partir da linha de fundo, sendo o espaço aéreo de 12,5 m. Em cada meia-quadra há uma linha traçada a 3 m de distância do eixo central, que delimita e faz parte da zona de ataque. Essa linha se estende imaginariamente até o limite da zona livre e limita a ação ofensiva dos defensores. A zona de saque, situada atrás de cada linha de fundo, é a área na qual se efetua o saque. A rede deve estar a 2,43 m do solo para jogos masculinos e a 2,24 m para femininos. Nas extremidades da rede, sobre as linhas laterais, há duas faixas e, além do bordo externo destas, duas antenas que delimitam o espaço aéreo de jogo. A bola deve passar por entre as antenas quando dirigida à quadra adversária (BIZZOCCHI, 2004). A bola deve ter circunferência de 65 a 67 cm e peso de 260 a 280 g. A pressão interna da bola deve ser de 0,426 a 0,461 libras (BIZZOCCHI, 2004). 15 FIGURA 7 – ÁREA DE JOGO DO VOLEIBOL FIGURA 8 – EQUIPES FONTE: <https://bit.ly/3vg1nPH>. Acesso em: 26 out. 2021. FONTE: <https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/o-brasil-no-voleibol.htm>. Acesso em: 26 out. 2021. 2.3 COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES E QUADRA O voleibol é um esporte coletivo que confronta duas equipesde seis jogadores em uma quadra. A quadra é dividida em duas partes iguais por uma linha central, sobre a qual se encontra a rede, suspensa a uma altura determinada (DAIUTO, 1964; TEIXEIRA, 1995; BIZZOCCHI, 2000; BOJIKIAN, 2003; COSTA, 2003). Dentre os jogadores, um deve ser escolhido como capitão do time e outros dois podem ser considerados líberos. O capitão é o único que pode se dirigir aos árbitros e ele também representa a equipe nos sorteios e formalidades. Seis jogadores são considerados titulares e iniciam a disputa de cada set. 16 Os atletas devem usar um uniforme, sendo composto por camiseta, calção, meias e calçado esportivo. A cor e design das camisetas, calções e meias devem ser iguais para os jogadores (exceto para o líbero). Exise uma numerção nas camisetas, os números serão gravados tanto na frente da camisa, quanto nas costas. Na camiseta do capitão, além do número gravado, terá uma tarja abaixo (CBV, 2018; FIVB, 2018). Acadêmico, você sabia que o líbero pode entrar no ligar de qualquer jogador de defesa e sua atuação está nas funções defensivas? INTERESSANTE 2.4 COMISSÃO TÉCNICA As regras de jogo permitem que, nas principais competições, apenas quatro pessoas se sentem no banco de reservas e façam parte da equipe, são eles: o técnico, o assistente técnico, o preparador físico e o médico. O técnico é o líder da comissão, cabe a ele a montagem e direção da equipe durante o jogo. É ele que determina as atribuições e responsabilidades de cada membro da equipe. São atribuições dele: • Conferência dos jogadores na súmula do jogo. • Dirigir a equipe do lado de fora da quadra de jogo, podendo ficar sentado ou em pé. • Selecionar a formação inicial da equipe em quadra, preenchendo a ordem do saque. • Solicitar substituições e tempos de descanso. Segundo as regras, o assistente técnico deve permanecer sentado no banco, sem o direito de interferir no jogo, exceto em caso de impossibilidade de o técnico continuar dirigindo a equipe, o mesmo poderá assumir as funções deste. Ao preparador físico da equipe cabe: • Comandar o aquecimento pré-jogo. • Manter os reservas adequadamente aquecidos para entrar a qualquer momento. • Ficar atento ao desempenho físico dos jogadores. • Anotar solicitações do técnico. • Dirigir o alongamento e o relaxamento pós partida. 17 A presença do médico no banco é de forma preventiva, no caso de qualquer intercorrência, como: contusão ou mal-estar. Ao término da partida, este efetua as avaliações médicas necessárias e acompanha os jogadores sorteados para o exame antidoping. É considerado doping o uso de substâncias ou métodos capazes de aumentar o desempenho esportivo e que estejam listados pela WADA-AMA/IOC (World Anti-Doping Agency/International Olympic Committee), sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo (RUBIO; NUNES, 2013). 2.5 FORMATO DO JOGO Um jogo oficial deve ser executado da forma elencada a seguir: • Para vencer uma partida de voleibol: equipe deverá vencer três sets. • Para marcar um ponto: o êxito é fazer a bola tocar a quadra adversária; ou quando a equipe adversária comete uma falta, ou a equipe adversária foi penalizada. • Para vencer um set: vencerá um set, com exceção do 5° set, por seu caráter de- cisivo, a equipe que primeiro atingir a marca de 25 pontos, com uma diferença mínima de dois pontos. Em caso de empate em sets por 2x2, o 5° set de caráter decisivo, será jogado até que uma das equipes alcance a marca de 15 pontos, com uma diferença mínima de 2 pontos. Com a evolução nas regras, as posições dos jogadores em quadra ficaram fixas, com intuito de facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de ataque, para realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. Os nomes das posições em quadra facilita a ação dos jogadores e da arbitragem. • Posição n°1: Posição do saque ou defesa direita. • Posição n°2: Saída de rede. • Posição n°3: Meio de rede. • Posição n°4: Entrada de rede. • Posição n°5: Esquerda fundo ou defesa esquerda. • Posição n°6: Meio fundo ou defesa central. 18 FIGURA 9 – NOMES E POSIÇÕES DA QUADRA DE JOGO FONTE: <https://issuu.com/magnostudio/docs/almanaque/15>. Acesso em: 26 out. 2021. A ordem do rodízio é determinada pela formação inicial definida e controlada através do formulário de ordem de saque, devendo ser mantida em todo o set. Quando a equipe receptora ganha o direito de sacar, seus jogadores efetuam um rodízio, avançando uma posição, sempre no sentido horário. Como podemos observar na figura a seguir: • O jogador da posição 2 vai para a posição 1, para sacar. • O jogador da posição 1 vai para a posição 6. • O jogador da posição 6 vai para a posição 5. • O jogador da posição 5 vai para a posição 4. • O jogador da posição 4 vai para a posição 3. • O jogador da posição 3 vai para a posição 2. FIGURA 10 – RODÍZIO DO VOLEIBOL FONTE: <https://bit.ly/3uHCehQ>. Acesso em: 26 out. 2021. 19 Uma falta de rodízio quando o saque não é executado conforme a ordem de rotação a equipe faltosa é sancionada com a perda do rally, e o rodízio dos jogadores é corrigido (CBF, 2018; FIVB, 2018). Cada jogada se inicia com um saque: um toque inicial realizado por um jogador, denominado naquele momento sacador, enviando a bola por cima da rede em direção à quadra adversária. O rally prossegue até que a bola toque o solo em uma área que esteja compreendida dentro da quadra de jogo, seja “enviada para fora”, ou quaisquer das equipes execute uma tentativa frustrada de retornar a bola ao adversário (CBV, 2018; FIVB, 2018). Para aprofundar mais seus estudos, sugerimos que assista ao vídeo explicativo sobre as posições e funções na quadra: https://bit.ly/3uJijPO. DICA 2.6 O CONTATO COM A BOLA Cada equipe pode tocar até três vezes na bola (além do toque de bloqueio) toda vez que ela é enviada a sua própria quadra. Um jogador não poderá tocar duas vezes consecutivas na bola. A bola pode ter contato com qualquer parte do corpo dos jogadores, desde que ela não seja retida ou conduzida. Deve ser enviada para quadra da equipe adversária por cima da rede e dentro do espaço de cruzamento (entre as antenas) e pode ser recuperada além da zona livre. A bola que tenha cruzado o plano vertical da rede em direção à zona livre adversária, por fora do espaço de cruzamento (além das antenas), é ainda considerada “em jogo” e pode ser recuperada, desde que ela retorne por fora das antenas. O objetivo principal é lançar a bola por cima da rede e fazê-la tocar no chão do adversário. IMPORTANTE 20 Para aprimorar seu conhecimento em nossa temática,visite o site: https:/ www.cbc.com.br/. DICA 2.7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE VÔLEI DE QUADRA E VÔLEI DE PRAIA O princípio básico do volei de quadra e de praia é o mesmo; o objetivo é passar a bola sobre a rede e acertar o chão da lado da quadra adversária. No entanto, entre elas, há algumas diferenças importantes que devem ser mencionadas. • Número de jogadores: Vôlei de quadra: 6 atletas e outros 6 que ficam no banco para possíveis substituições. Vôlei de praia: 2 jogadores e sem atleta reserva. • Posições: Vôlei de quadra: rodízio de posições e funções. Vôlei de areia: os jogadores exercem todas as funções • Pontuação: Vôlei de quadra: 4 sets de 25 pontos, acontecendo empate quinto set é disputado até 15 pontos Vôlei de areia: 2 sets de 21 pontos, e, no caso de empate, o terceiro empate de 15 pontos. • Comprimento da rede: Vôlei de quadra: são 9,5 m a 10 m de comprimento, com 25 cm a 50 cm em cada lado das faixas laterais. Vôlei de areia: são 8,5 m de comprimento. 21 RESUMO DO TÓPICO 2 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como: • As partidas são disputadas em sets de 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos; a vitória é alcançada para equipe que vencer três sets. • A área de jogo corresponde à quadra de jogo e à zona livre. • Conhecemos ascaracterísticas do esporte, como formação de equipe, as funções de cada jogador e dos membros da comissão técnica durante uma partida de voleibol. • As posições dos jogadores em quadra ficaram fixas a fim de facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de ataque, para, então, realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. • Foi vivenciado as regras atuais de uma partida de voleibol que objetivou melhoria para prática da referida modalidade. • Diferenciação do voleibol de quadra e de praia. As diferenças do voleibol de quadra e de praia. Suas regras, posições, dimensões do espaço de jogo. 22 1 A equipe que vencer o rally em jogo marca um ponto (Sistema de Pontos por Rally). Se, porventura, a equipe que recepcionou o saque naquele rally, no caso equipe receptora, seja vencedora, ela recebe um ponto e o direito de saque no próximo rally, consequentemente, cada jogador passa a posição em quadra seguinte, em sentido horário. As partidas são disputadas em sets. Acerca da quantidade de pontos que são considerados em cada set, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 10 pontos. b) ( ) 20 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos. c) ( ) 20 pontos – exceto o quinto set, jogado em 10 pontos. d) ( ) 25 pontos – exceto o quinto set, jogado em 15 pontos. 2 Uma equipe pode ser composta por, no máximo, 12 jogadores. Dentre eles, um deve ser escolhido como capitão do time e outros dois podem ser considerados líberos. O capitão é o único que pode se dirigir aos árbitros e ele também representa a equipe nos sorteios e formalidades. Acerca da quantidade de jogadores que são considerados titulares e iniciam a disputa de cada set, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) 12 jogadores. b) ( ) 10 jogadores. c) ( ) 6 jogadores. d) ( ) 8 jogadores. 3 Cada equipe pode tocar até três vezes na bola (além do toque de bloqueio) toda vez que ela é enviada a sua própria quadra. Um jogador não poderá tocar duas vezes consecutivas na bola. Acerca que a bola pode ter contato, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Mãos dos jogadores. b) ( ) Qualquer parte do corpo dos jogadores. c) ( ) Mãos e cotovelos dos jogadores. d) ( ) Cabeça e mãos. 4 Com evolução nas regras, as posições dos jogadores em quadra ficaram fixas a fim de facilitar o rodízio e as regras de “infiltração” do jogador da zona de defesa para a zona de ataque, para realizar as ações decorrentes da modernidade do jogo. Os nomes das posições em quadra facilita a ação dos jogadores e da arbitragem. Disserte sobre as posições. 5 O princípio básico do volei de quadra e do de praia é o mesmo; o objetivo é passar a bola sobre a rede e acertar o chão da lado da quadra adversária. No entanto, entre elas, há algumas diferenças importantes a ser falada. Disserte sobre tais diferenças. AUTOATIVIDADE 23 TÓPICO 3 - FUNDAMENTOS E ELEMENTOS TÉCNICOS DO VOLEIBOL 1 INTRODUÇÃO Olá, acadêmico! Neste terceiro e último tópico da Unidade 1, vamos finalizar nossa jornada falando sobre os fundamentos técnicos do voleibol, tema de extrema relevância. O objetivo do Tópico 3 é proporcionar a você, acadêmico, conhecimentos relacionados às posições, deslocamentos e os fundamentos seguidos de suas variações em uma partida de voleibol. O voleibol é considerado um dos esportes mais complexos, devido à alta exigência de habilidade, precisão, regularidade, associados a características físicas específicas de seus jogadores. Segundo Matveev (2001), o esporte exige capacidade motora, força rápida, entre outras manifestações que se apresentam em forma altamente variada de ação. Quanto mais for treinada a técnica de execução dos movimentos, maior será o nível de proficiência do atleta. Para tanto, é necessário compreender os fundamentos e elementos que caracterizam o voleibol. UNIDADE 1 2 AS TÉCNICOS DO VOLEIBOL Segundo Bompa (1999), o voleibol é classificado de acordo com às ações executadas no jogo, como de uma estrutura acíclica, com alternância de intensidade e dominância motora de coordenação, potência, força e resistência. Destaca, ainda, a elevada demanda do sistema nervoso central e do aparelho locomotor característicos da modalidade. Os fundamentos técnicos do voleibol são os gestos realizados pelo atleta, podendo ser agrupados pela sua característica ofensiva ou defensiva, assim sendo, entender a técnica de execução de cada movimento específico do esporte propicia ao treinador um ensino dos fundamentos de forma harmoniosa e progressiva, proporcionando um desfecho favorável a sua equipe. 24 2.1 POSIÇÕES BÁSICAS Os primeiros elementos a serem ensinados são conhecidos como posições de expectativas. Não são consideradas habilidades propriamente ditas, pois não envolvem o manuseio da bola nem qualquer tipo de movimentação na quadra. Podem ser entendidos, conceitualmente, como posturas corporais que antecedem a execução das habilidades específicas do voleibol. Variam de acordo com o fundamento que as sucede e a dificuldade da ação. Seu objetivo é de permitir o ajuste rápido do executante para chegar à bola da melhor maneira possível. Em um esporte que exige grande velocidade como o voleibol, a posição pode significar o sucesso ou insucesso das ações subsequentes. Durante um jogo entre pessoas sem recursos técnicos, a bola cai várias vezes à frente dos praticantes, que agem tardia e desajeitadamente (o famoso “assustou-se com a bola”), ou sequer esboçam reação. O voleibol de alto nível requer atenção constante, que otimize a análise e o tempo de resposta. A posição básica predispõe o executante a isso. Ela não é muito cômoda, mas é a precondição para jogar bem o voleibol. Deve ser incutida desde os primeiros momentos da aprendizagem, para virar hábito, e cobrada durante todo o processo e momentos do jogo. No entanto, a manutenção da posição básica acarreta cansaço muscular, fazendo o iniciante sentir os músculos das pernas e da região lombar um tanto fadigados após os treinos. A repetição das posições básicas nas várias situações do jogo, exigindo a semiflexão dos joelhos e do tronco e a sustentação dessa postura, requer um grau de resistência muscular que a criança não possui. Assim, a melhor forma de desenvolvê-la é aumentar gradativamente o número de repetições, o tempo de sustentação na posição e a pausa entre os exercícios, sempre compensando o esforço com alongamentos e relaxamentos. A posição básica requer equilíbrio constante e faz com que o executante tenha, muitas vezes, o centro de gravidade fora do próprio corpo, principalmente nas situações de defesa, obrigando-o a se colocar mais próximo do chão para defender sua “propriedade”. Além do equilíbrio estático, exige força isométrica de membros inferiores, tronco, membros superiores e pescoço, assim como flexibilidade dorsal (BIZZOCHI, 2004). As posturas se dividem em: • Alta: prevendo uma possível utilização do bloqueio, saque, levantamento. • Média: utiliza-se antes da recepção do saque e do levantamento e defesa alta. • Baixa: aplica-se antes das defesas e defesa com quesa (rolamento e mergulho). A escolha mais adequada varia principalmente em função da percepção do jogador em relação ao que pode acontecer na jogada. Quanto maior a dificuldade para defender o próprio solo, mais baixa deve ser a postura do executante. É importante, porém, não desperdiçar energia sem necessidade, assumindo posições baixas quando as ações do jogo não exigem essa postura corporal. Isso pode causar, desnecessariamente, desgaste dos músculos e da capacidade de concentração (BIZZOCHI, 2004). 25 Posição básica alta Essa posição é própria dos bloqueadores e dos atacantes. Aqueles no aguardo da definição ofensiva do adversário e durante a análise do passe e do levantamento da própria equipe, antes de iniciar a corrida para o ataque. O jogador deve posicionar-se: • Com os pés lateralmente afastados na distância correspondenteà largura dos seus ombros. • As pernas devem ficar em mínima flexão. • Os braços ficam semifletidos à altura do peito e à frente dos ambros. • As solas dos pés ficam em contato com o solo e com o peso do corpo repousando sobre a parte anterior dos pés. FIGURA 11 – POSIÇÃO BÁSICA ALTA FONTE: <https://bit.ly/3KKVNLU>. Acesso em: 5 out. 2021. Posição básica média É a posição que antecede a recepção do saque flutuante e o levantamento. Também pode ser utilizada durante o deslocamento do defensor para a sua área de responsabilidade. Essa postura favorece deslocamentos rápidos em qualquer direção. A execução da posição média deve ser: • Os membros superiores devem estar semiflexionados. • Os cotovelos devem ter um afastamento lateral um pouco superior à largura dos ombros e um pouco à frente da linha anterior ao tronco. • Os pés devem estar com os calcanhares fora de contato com o chão. • Os joelhos um pouco à frente para facilitar os deslocamnetos para frente ou para as diagonais. 26 FIGURA 12 – POSTURA BÁSICA MÉDIA FONTE: <https://bit.ly/3KIgwjx>. Acesso em: 24 out. 2021. Posição básica baixa É utilizada nas situações que antecedem a desfesa, a proteção do ataque, a recepção do saque em suspensão, certas recuperações e, às vezes, o levantamento. É a posição mais usada em uma partida de voleibol (MACHADO, 2006). O jogador deve posicionar-se: • Com os pés afatados, na distância um pouco maior que a largura dos ombros, com um deles à frente do outro, e os calcanhares ligeiramente elevados. • Os membros inferiores devem estar semiflexionados entre 90° a 100° entre as coxas e pernas, com joelhos projetados à frente dos pés e um pouco voltados para dentro. • O tronco deve estar flexionado sobre as coxas e quadril na mesma linha dos calcanhares. • Os membros superiores devem estar semiflexionados à frente do tronco com as mãos mais adiante e afastamento relativo à situação e a cabeça deve estar erguida em direção à bola. FIGURA 13 – POSTURA BÁSICA BAIXA FONTE: <https://bit.ly/3rq92tR>. Acesso em: 24 out. 2021. 27 Para complementar seus estudos, sugerimos assistir ao vídeo sobre posições em uma partida de voleibol. Acesse: https://bit.ly/3JGHeYn. DICA 2.2 DESLOCAMENTOS Os deslocamentos devem ser ensinados simultaneamente para a realização das posições básicas, pois todas as variações de deslocamentos têm como ponto de partida uma postura corporal também específica. Isso faz com que o jogador realize deslocamentos com velocidade nas ações que exigem mudança de direção nas inúmeras situações de uma partida. São as movimentações específicas necessárias para o emprego dos fundamentos a situações de jogo. Os deslocamentos no voleibol são realizados normalmente através de passadas e, esporadicamente, através de pequenas corridas. Quanto maior é o nível dos praticantes, mais velocidade tem o jogo e maior será a necessidade de movimentações velozes e eficazes (BIZZOCHI, 2004, p. 53). A movimentação específica é uma habilidade que não envolve diretamente o contato com a bola. A posição básica antecede a movimentação específica e é, muitas vezes, mantida durante o próprio deslocamento. Esse deslocamento torna possível chegar a determinado ponto da quadra para defender uma bola ou bloquear diferentes tipos de ataque em toda a rede. Sua execução envolve capacidades físicas como agilidade, coordenação dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, velocidade de deslocamento, equilíbrio dinâmico, força excêntrica e isométrica de membros inferiores. Não se pode negligenciar essa fase, pois o voleibol é um esporte jogado mais com os pés do que propriamente com as mãos. Quanto mais o jogo fica dinâmico para o iniciante, maior é a necessidade de movimentações velozes e eficazes. A decisão imediata e precisa do executante sobre qual tipo de deslocamento usar constantemente determina o sucesso da ação. Vários fatores devem ser ponderados em frações de segundo e a ação deve ser instantânea, pois dificilmente a bola vem diretamente ao corpo do executante, sem que ele precise se movimentar até ela. Com a vivência diversificada, o aprendiz acelera o processo de aprendizagem e interfere no jogo antecipadamente e com mais precisão. As movimentações específicas do voleibol não devem ser consideradas de maneira simples, pois podem variar quanto à direção, dinâmica, postura e distância, assim como ao fundamento a ser realizado posteriormente. 28 Por mais rápido que seja o jogador, a escolha do deslocamento mais apropriaado para determinado momento indicará o sucesso da ação. Uma opção equivocada – provocada muitas vezes pela limitação motora imposta pela aprendizagem simplista – leva a atraso e desequilíbrio, e, consequentemente, um fundamento executado com ineficácia. Sua execução abrange as seguintes capacidades físicas: agilidade; coordenação dinâmica geral; velocidade de reação; coordenação visual-motora; velocidade de deslocamento; equilíbrio dinâmico e recuperado; força excêntrica de membros inferiores (nos breques); e força isométrica de membros inferiores (manutenção da posição). Como requisito para melhor fixação, é necessário que estejam bem desenvolvidas as habilidades básicas de andar, correr, saltitar, galopar e saltar, além das combinações entre elas. As movimentações específicas podem ser classificadas de várias formas (BIZZOCHI, 2004). FIGURA 14 – DESLOCAMENTOS NO VOLEIBOL FONTE: <https://bit.ly/3EhUMID>. Acesso em: 19 nov. 2021. Primeiramente, vamos considerá-las conforme os tipos de passada: Corrida normal Essa habilidade tem objetivo de ganhar velocidade ou impulsão, ou alcançar bolas que estejam à frente ou atrás do corpo. O atleta se desloca para direita, esquerda, diagonal frente e trás. Galope É um deslocamento curto e de ajuste, aqui os pés não se cruzam, propositalmente para aumentar o equilíbrio do corpo e, no “chute” intermediário, entre as passadas, possibilitar um ajuste imediato à posição ideal para executar o fundamento. Passada lateral Nada mais é que o deslocamento para direita e esquerda realizado de lado, sem cruzamento dos pés e sem impulsão, usado em deslocamentos curtos e sem mudança de direção. 29 Cruzado Deslocamento para a direita e esquerda, realizado com alternância dos pés, usado para percorrer distâncias maiores. Misto Deslocamento lateral e cruzado, usado para cobrir distâncias maiores, em situações que é necessário ganhar velocidade. Saltito É um pequeno salto para chegar ao local desejado, ele é muito usado pelos bloqueadores quando não há tempo para executar a passada lateral ou cruzada, ou até mesmo o galope. Para complementar seus estudos, assista ao vídeo no site: https://www. youtube.com/watch?v=dyVoy1_b2tE, sobre os deslocamentos em uma partida de voleibol. Isso poderá contribuir ainda mais com seu aprendizado. DICA 2.3 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL Segundo Castro (2015), os fundamentos praticados durante um jogo de voleibol estão relacionados com a dinâmica da partida. Cada fundamento possui uma finalidade específica, por exemplo: o saque inicia o jogo ou tem a meta de efetuar o ponto. O passe e o levantamento atuam na construção e no desenvolvimento ofensivo (MARQUES JUNIOR, 2015); o ataque visa o ponto e o bloqueio tem o objetivo de fazer o ponto ou proteger a quadra do ataque para facilitar a defesa (MARQUES JUNIOR, 2015b). Já a defesa atua evitando o ponto e inicia o contra-ataque quando é bem realizada. Em outras palavras os fundamentos são gestos a serem executados pelo atleta podendo ser agrupados pela sua característica ofensiva ou defensiva, dessa maneira, temos: • Fundamentos ofensivos que correspondem aos saques, cortadas e levantamentos. • Fundamentos defensivos que condizem com bloqueio, recepção e defesa. 30 A chamada “zona de saque” representa o local onde o jogador (sacador) deve permanecer para lançar a bola. Trata-se de uma área de nove metros de largura, situada após cada linha de fundo. INTERESSANTE Essejogador deve golpear a bola com parte do braço ou mão, essa deverá estar solta no ar, dirigindo-se à quadra adversária, deverá passar sobre a rede e entre as antenas para ser validado o saque. São caracterizados de acordo com a forma em que se golpeia a bola durante a execução, com as nomenclaturas a seguir: • Saque por baixo. • Saque por cima (tipo tênis). • Saque lateral ou japonês. • Saque lateral por baixo ("Jornada nas Estrelas"). • Saque em suspensão ("Viagem ao Fundo do Mar"). • Saque em suspensão ("Viagem ao Fundo do Mar Flutuante"). • Saque por baixo O saque por baixo é ensinado na iniciação ao esporte e tem uma fácil execução. O saque por baixo é habilidade de simples execução. Deve-se cobrar gradativamente precisão do sacador e cada vez mais afastá-lo da linha de fundo da quadra, buscando aumentar o efeito da bola e a consequente dificuldade para recebê-la (BIZZOCCHI, 2004, p. 140). Para uma melhor execução do fundamento, o jogador deve posicionar-se de frente para a quadra, com o pé esquerdo à frente. A mão esquerda deverá segurar a bola e o braço direito deve fazer movimento de trás para frente, golpeando a bola quase simultaneamente a sua liberação pela mão esquerda à frente do corpo. A mão que golpeará a bola poderá ficar espalmada ou fechada. 2.3.1 Saques São o fundamento que inicia/reinicia o jogo a cada ponto. Consistem no ato de enviar a bola da área de saque para a quadra adversária pelo atleta que se encontra naquele momento na posição de número 1. 31 FIGURA 15 – SAQUE POR BAIXO FONTE: <https://bit.ly/3KLM3AT>. Acesso em: 9 out. 2021. FIGURA 16 – SAQUE POR CIMA OU TIPO TÊNIS FONTE: <https://bit.ly/3KNyf96>. Acesso em: 10 fev. 2021. Alguns erros são comuns nesse saque, como: • Esquecer de soltar a bola no momento do saque. • Não deixar o braco que vai golpear a bola em extensão. • Deixar de usar os membros inferiores para melhor movimento do saque. • Colocar o pé do mesmo lado da mão que vai golpear a bola à frente. Saque por cima ou saque tipo tênis Para realização dessa variação de saque e uma melhor execução do fundamento, o jogador deve posicionar-se com o corpo e os pés virados para direção do saque, depositando todo o peso no pé de trás. Os pés deverão ficar afastados à largura dos ombros, posicionando um à frente e o outro atrás. O braço do lado do pé que está a frente, de forma a ficar perpendicular ao seu corpo, segurando a bola acima da linha do ombro; o jogador deverá soltar a bola quando o seu braço estiver em extensão completa. Quando a bola atingir seu nível mais alto, mova o braço para frente de maneira a atingi- la. A bola deve ser golpeada com a mão aberta, usando a palma. Alguns erros são comuns nesse saque como: • Jogador lançar a bola de maneira imprecisa. • Golpear a bola com o braço flexionado. 32 • Atleta realizar rotação de tronco. • Bater na bola com a mão fechada. • Colocar o pé do mesmo lado da mão que vai golpear a bola na frente (NETTO, 2018, p. 75). Saque lateral ou japonês Esse tipo de saque é muito usado para dar uma trajetória flutuante na bola. “Na década de 1960, os japoneses utilizaram a flutuação no saque balanceado, tipo que ficou conhecido como saque japonês” (BIZZOCCHI, 2005, p. 44). Para executar esse saque de forma precisa, o atleta deve se posicionar de lado para a quadra, os pés devem estar voltados para onde quer sacar. Segue a bola com a mão esquerda, no caso de o jogador ser destro, em sequência o braço direito sai do lado do corpo e atinge a bola enviada pela mão esquerda, bem acima da cabeça; no fim do movimento, o corpo se projeta à frente. No entanto, os jogadores sinistros devem executar no sentido da inversão do movimento. FIGURA 17 – SAQUE LATERAL FONTE: <https://www.dicaseducacaofisica.info/saque-no-voleibol/>. Acesso em: 9 out. 2021. Alguns erros são comuns nesse saque, como: • Lançamento inadequado, ou para frente, ou para trás. • Virar-se antecipadamente na direção do saque. • Ausência de virada, ou virada antecipada. Saque lateral – jornada das estrelas Essa variação de saque é de um grau de complexidade maior, por isso o atleta deve ter uma boa dose de coragem para executá-lo em uma partida (NETTO, 2018, p. 75). Para executar esse saque, o jogador deve ficar de lado para a quadra, com o ombro direito paralelo à linha de fundo e a perna esquerda ligeiramente à frente. O atleta deve segurar a bola com a mão esquerda. O braço direito sai de trás e golpeia a bola no ponto mais baixo, depois que esta foi lançada pela mão esquerda. 33 FIGURA 18 – SAQUE LATERAL JORNADA DAS ESTRELAS FONTE: <https://veja.abril.com.br/esporte/o-jornada-nas-estrelas-esta-de-volta/>. Acesso em: 9 out. 2021. Alguns erros são comuns nesse saque, como: • Lançar a bola sem precisão. • Posicionar o pé à frente no mesmo lado da mão que encostará na bola. • Flexionar o braço ao bater na bola. • Encostar na bola com a mão fechada. Saque em suspensão – viagem ao fundo do mar Essa variação de saque nada mais é que um saque por cima com combinação de uma corrida para ganhar impulsão, um salto e um golpe com potência na bola. Esse saque caracteriza-se por ser bastante ofensivo e muito veloz. Atualmente, para imprimir rotação à bola, a versão preferida é do tipo tênis em suspensão, utilizando um movimento semelhante ao da cortada. Foi lançado na mesma época do “Jornada”, pelos também brasileiros Willian e Renan, e batizado de “Viagem”, alivia a força e apenas encosta na bola, fazendo-a descrever uma curva e cair à frente do passador, este saque em meia-força é chamado de “caixinha” (BIZZOCCHI, 2005, p. 46). Para executá-lo, o atleta deverá dar três passos, sendo que dois deles segurando a bola. No fim do segundo passo, o jogador deverá lançar a bola um pouco para frente e coordenar o final da terceira passada com o impulso e o ataque na bola no ponto mais alto. Há alguns atletas que preferem lançar a bola com uma das mãos. 34 FIGURA 19 – SAQUE VIAGEM FONTE: <https://veja.abril.com.br/esporte/o-saqueviagem/>. Acesso em: 9 out. 2021. Alguns erros são comuns nesse saque, como: • Lançar a bola sem precisão. • Flexionar demais o punho. • Pisar na linha de fundo da quadra. • Finalizar as passadas com o pé do mesmo lado da mão que vai • bater na bola na frente. Saque em suspensão – viagem ao fundo do mar flutuante Essa variação de saque é caracterizada pela sua trajetória de forma irregular. Os três primeiros passos são iguais ao saque viagem ao fundo do mar, o que difere é que, no terceiro passo, a bola é lançada para cima com a mão mais fraca e cerca de 30 cm. Ela deve subir em linha reta na sua frente e ligeiramente para frente nesse movimento, é executado o salto para o alto e para a frente, colocando o braço dominante com o cotovelo atrás da orelha para trás. Use a força do movimento para impulsionar o seu corpo e golpear a bola. A batida na bola é executada de forma a “empurrar” a bola para frente com a palma aberta, ou use a técnica da cortada para colocar a bola na quadra adversária, conforme demonstrado na figura a seguir (NETTO, 2018). FIGURA 20 – SAQUE EM SUSPENSÃO OU VIAGEM AO FUNDO DO MAR FLUTUANTE FONTE: <https://bit.ly/3M8bbC2>. Acesso em: 9 out. 2021. 35 Alguns erros são comuns nesse saque, como: • Lançar bola inadequadamente. • Fletir demais o punho. • Pisar na linha de fundo da quadra. • Finalizar as passadas com o pé do mesmo lado da mão que vai • golpear a bola na frente. 2.3.2 Manchete Esse é o fundamento mais utilizado para recepção de saques e para a defesa de bolas cortadas. O contato com a bola é realizado com o antebraço, região do corpo que suporta fortes impactos. Usada em bolas que vem em altura baixa, e que não tem chance de ser devolvida com o toque. Posição básica Para uma boa execução desse fundamento, as mãos do jogador devem se posicionar unidas e os braços ligeiramente separados e estendidos, as pernas devem estar fletidas na hora do movimento, para uma maior comodidade no movimento. FIGURA 21 – O ATLETALUCARELLI REALIZANDO MANCHETE FONTE: <https://bit.ly/3jKWOHH>. Acesso em: 24 out. 2018. Tipos de manchete Existem diversos tipos de manchete, cada um com sua particularidade com objetivo de ser mais assertivo para a jogada. Temos a manchete alta que é mais comum e utilizado em recepções de bolas altas acima da cintura; a manchete invertida utilizada na defesa como re- cursos para bola atacadas na altura da cabeça do defensor; a manchete com um dos braços utilizado para bolas que fogem ao alcance do corpo; a manchete de costas a mesma realizada de costas para onde quer que a bola atinja e a manchete seguida de rolamento. 36 O técnico deve oferecer essa infinidade de variações aos atletas durante o processo de aperfeiçoamento deste fundamento, visto que durante uma partida ele vai precisar se adaptar a inúmeros tipos de bolas que chegam no campo adversário e executará o fundamento de várias regiões da quadra (BIZZOCCHI, 2004). 2.3.3 Toque Geralmente este é o primeiro fundamento a ser ensinado com bola. Fundamento que consiste no recebimento e envio imediato da bola com os dedos, realizado na altura da cabeça ou acima dela. Utilizado principalmente no levantamento, pode ser recurso para defesa de ataques mais fracos. É o primeiro fundamento com bola a ser ensinado (BIZZOCCHI, 2004, p. 126) O toque por cima é usado no levantamento por dois motivos básicos: • Pela precisão, uma vez que a acomodação da bola nos dedos do executante ocorre em tempo relativamente maior, deixando-lhe tirar a força do passe enviado e, com a bola encaixada nas mãos, ter maior controle para direcioná-la ao alvo. • Pelo fato de as mãos do levantador estarem mais próximas da mão do atacante, reduzindo o tempo que a bola leva para sair daquele e chegar a este. Ao contrário da manchete, que é realizada à altura da cintura e, por isso, demora mais tempo para que ela chegue ao atacante, tornando o levantamento menos preciso e mais lento, o que simplifica a ação do bloqueio adversário – basta reparar que um levantamento feito em manchete quase sempre é acompanhado da chegada de um bloqueio duplo ou triplo. O toque envolve as seguintes capacidades físicas, como: agilidade, coordenação dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação visual-motora, força isotônica de membros inferiores, membros superiores, punhos, dedos e cintura escapular, flexibilidade de cintura escapular, braços, punhos e dedos, equilíbrio estático, dinâmico e recuperado, flexibilidade abdominal e força dorsal (para o toque de costas e lateral), e potência de salto (toque em suspensão) (BIZZOCCHI, 2004). As habilidades motoras requeridas são: receber, volear, rebater e as combinações com todas as habilidades locomotoras que possam anteceder ou preceder o toque. Para uma boa execução do fundamento, o posicionamento do corpo deve ser antecipado para que, quando a bola chegar, o jogador esteja totalmete sob ela. Deve se posicionar em posição baixa ou média, os membros inferiores afastados, braços semifletidos, com os cotovelos um pouco acima da linha dos ombros e ligeiramente à frente do corpo; as mãos devem estar estendidas para trás e próximas da cabeça, acima dos olhos, na espera pela bola (BIZZOCCHI, 2004). 37 FIGURA 22 – A ATLETA FERNANDA VENTURINI REALIZANDO TOQUE FONTE: <https://bit.ly/3vlM1cD>. Acesso em: 15 out. 2021. Tipos de toque Existem diversos tipos de toque, cada um com sua particularidade com objetivo de ser mais assertivo para a jogada. O jogo prossegue e o jogador precisa ter consciência de que sua função não termina ali, participando de uma subsequente proteção de ataque. Os tipos de toque por cima variam conforme a situação: - Toque para frente É o mais comum, a bola toma a direção à frente do executante. Pode ser realizado também em suspensão, com uma das mãos ou seguido de rolamento. Na execução, os segmentos devem naturalmente acompanhar a bola para a frente e para o alto, ou seja, a trajetória tomada por ela (BIZZOCCHI, 2004). FIGURA 23 – TOQUE PARA FRENTE FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 128) - Toque de costas ou para trás A bola segue caminho inverso ao anterior. É usado, em geral, para levantar para as posições 1 e 2 e/ou fintar os bloqueadores. A partir do posicionamento e do encaixe da bola nas mãos do executante, há uma veloz, porém controlada, projeção do quadril à 38 frente, levando a uma extensão gradativa do tronco para que a bola possa ir ao caminho desejado. Depois, os braços se esticam na direção da trajetória da bola, com a cabeça também acompanhando o movimento, enquanto o quadril completa sua projeção. Acompanhar a bola com os olhos é uma boa referência para o aprendiz que apresenta dificuldade em realizar o movimento correto. Sua execução diferencia-se da do toque para a frente apenas no momento de impulsionar a bola. Por ser muito usado em fintas, se tiver uma alteração da postura corporal antes da execução do toque, a intenção do levantador ficará clara, fazendo a estratégia ir por água abaixo (BIZZOCCHI, 2004). FIGURA 24 – TOQUE PARA TRÁS OU TOQUE DE COSTAS FONTE: Adaptada de BIZZOCCHI (2004, p. 128). - Toque em suspensão Comumente usados pelos levantadores, hoje em dia, é empregado como recurso para alcançar bolas altas, por meio de um salto. O toque recebe esse nome exatamente por ocorrer na fase aérea. Permite acelerar o jogo, pois a bola fica mais perto da mão do atacante. Ajustes para bolas passadas fora da rede, que eram realizados pelos levantadores por meio de posturas mais baixas e até rolamentos, passaram a ser realizados com o salto em projeção à bola, o que encurta o tempo de execução do toque e mantém a velocidade desejada de jogo. Pode ser realizado para a frente, para trás, em toque lateral ou com uma das mãos. Por não ter contato dos pés com o chão no momento do toque, esse tipo de movimento não deve ser usual nos primeiros momentos do processo de aprendizagem, pois ele tira muito da força que pode ser aplicada à bola pelo executante, além de exigir uma coordenação motora muito mais apurada (BIZZOCCHI, 2004). 39 FIGURA 25 – TOQUE EM SUSPENSÃO FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 130). - Toque lateral A bola é direcionada para o lado do corpo do executante, que estará de frente ou de costas para a rede. Usa-se esse recurso para impedir que a bola passe ou toque a rede e o próprio jogador não invada ou esbarre na rede com os cotovelos ou ombros. Pode ser realizado em suspensão ou do chão. É fundamental que ocorra adaptação de mãos e ombros para a realização certeira. Estes devem estar alinhados e posicionados um mais baixo que o outro, dependendo do lado para o qual se quer enviar a bola – se a direção desejada é à direita do corpo, o ombro esquerdo deve estar acima do direito, e vice-versa –, enquanto as mãos acompanham esse desnível, para que a bola se encaixe mais na mão correspondente ao lado para o qual será enviada. Quando se executa o toque lateral de frente para a rede, os polegares assumem uma posição de proteção, para que a bola seja brevemente retida e trazida novamente para a própria quadra, o mesmo ocorrendo com os outros dedos quando o executante está de costas para a rede (BIZZOCCHI, 2004). FIGURA 26 – TOQUE LATERAL FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p. 130) - Toque com uma das mãos Esse recurso é usado quando a bola está longe do corpo ou muito alta e o encaixe perfeito das duas mãos não é possível. Depende muito da habilidade do levantador, que pode executá-lo, quase sempre em suspensão, para a frente ou para trás. É executado com as pontas dos dedos e com o braço quase completamente estendido, em uma ação 40 extrema. Os levantadores de alto nível conseguem direcionar de forma precisa um toque com uma das mãos. Em geral, aparam a trajetória da bola para o atacante de bolas rápidas, que se antecipa, antevendo a dificuldade que o levantador encontrará (BIZZOCCHI, 2004). FIGURA 27 – TOQUE COM UMA DAS MÃOS FONTE: Adaptada de Bizzocchi (2004, p.
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