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UNIDADE 2 TESTES PRELIMINARES (1)


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Testes Preliminares 
em Optometria
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Alice Zaramella
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Avaliação Motora
Avaliação Motora
 
 
• Conhecer e aplicar Testes específicos empregados na avaliação da ação dos músculos ocula-
res e a sua relação com a visão binocular.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Visão Binocular;
• Musculatura Extrínseca dos Olhos;
• Inervação dos Músculos Extrínsecos;
• Ações Oculomotoras;
• Ducções – Movimentos Monoculares;
• Versões – Movimentos Binoculares;
• Vergências;
• Testes.
UNIDADE Avaliação Motora
Visão Binocular
A visão binocular, responsável pela Visão Estereoscópica, é definida como a capacidade 
do cérebro de integrar ou fusionar as imagens distintas de cada olho em apenas uma. 
Para que isso aconteça, vários fatores estão envolvidos, e um deles é o alinhamento 
dos olhos ao direcionar para um mesmo objeto ou direção. 
Nesta Unidade, iremos aprender a avaliar a parte motora responsável por manter os 
olhos alinhados pois seu desalinhamento pode gerar desvios oculares (estrabismos) e, 
consequentemente, alterações na visão binocular.
Os responsáveis por manter esse alinhamento durante todos os movimentos dos 
olhos são os seus músculos extrínsecos, juntamente com os respectivos pares de ner-
vos craneanos.
Figura 1
Fonte: Fotolia
Musculatura Extrínseca dos Olhos
Existem dois grupos de músculos oculares:
• Músculos intrínsecos: que se encontram dentro do globo ocular, como as fibras mus-
culares radiadas e circulares da íris, e os músculos ciliares, anexos ao cristalino, res-
ponsáveis pela sua acomodação. Sobre isso, vamos falar mais nas próximas unidades;
• Músculos extraoculares, também chamados de extrínsecos: que são responsá-
veis pela movimentação dos olhos no interior da cavidade orbitária.
No total, são 6 músculos extrínsecos, 4 retos e 2 oblíquos:
 » Reto superior e reto inferior;
 » Reto medial e reto lateral;
 » Oblíquo superior e oblíquo inferior.
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Temos também o músculo levantador da pálpebra, mas esse não faz parte da motri-
cidade ocular. 
Figura 2
Fonte: Adaptada de Fotolia
Inervação dos Músculos Extrínsecos 
Os músculos extrínsecos são inervados por 3 pares de nervos cranianos, nervos 
abdu centes (VI par), troclear (IV par) e oculomotor (III par).
O nervo oculomotor (lll par) é responsável pela inervação da maior parte dos múscu-
los do globo ocular.
Veja uma forma fácil de gravar qual nervo inerva qual músculo:
Tabela 1
Pares de Nervos Craneanos Músculos Extrínsecos do Olho
III – Par – Oculomotor Reto Superior
III – Par – Oculomotor Reto Inferior
III – Par – Oculomotor Reto Medial
III – Par – Oculomotor Oblíquo Inferior
IV – Par – Troclear Oblíquo Superior
VI – Par – Abducente Reto Lateral
Figura 3
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Avaliação Motora
Ações Oculomotoras
Ações dos músculos na Posição Primária do Olhar (PPO)
Os músculos retos horizontais (medial e lateral) têm ações apenas primárias. 
O músculo reto medial faz o movimento de adução do olho e o músculo reto lateral 
a abdução. 
A contração dos demais músculos chamados de verticais (reto superior e inferior, 
oblíquo superior e inferior) podem realizar três tipos diferentes de movimentos oculares:
• RS: Supradução, adução e inciclodução;
• RI: Infradução, adução e exciclodução;
• OI: Exciclodução, supradução e abdução;
• OS: Inciclodução, Infradução e adução. 
Há várias maneiras de se medir o desalinhamento do olho ou desvio. Essas medidas, 
além de classificar e quantificar o desvio, ajudam na orientação quanto à conduta a ser 
tomada diante do problema encontrado. 
O melhor e mais eficiente método a ser usado dependerá da idade, da visão e do nível 
de colaboração do paciente.
Vamos ver quais são esses métodos.
Ducções – Movimentos Monoculares
Os movimentos monoculares são chamados de ducções. 
São eles: Abdução, Adução, Supradução, Infradução, Inciclodução, e Exciclodução. 
Veja as figuras a seguir:
Figura 4 – Abdução
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 5 – Adução
Fonte: Acervo do conteudista
10
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Figura 6 – Supradução
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 7 – Infradução
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 8 – Inciclodução
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 9 – Exciclodução
Fonte: Acervo do conteudista
Versões – Movimentos Binoculares
Devemos começar a avaliação binocular do alinhamento dos globos oculares a partir 
da posição primária do olhar e em todas as demais posições.
Os movimentos conjugados dos olhos são chamados de versões.
Figura 10 – Posição Primária do Olhar (PPO)
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 11 – Dextroversão: quando se movimentam para a direita
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Avaliação Motora
Figura 12 – Levoversão: quando se movimentam para a esquerda
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 13 – Supraversão: quando se movimentam para cima
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 14 – Infraversão: quando se movimentam para baixo
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 15 – Dextrosupraversão: quando se movimentam para cima à direita
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 16 – Dextroinfraversão: quando se movimentam para baixo à direita
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 17 – Levosupraversão: quando se movimentam para cima e à esquerda
Fonte: Acervo do conteudista
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13
Figura 18 – Levoinfraversão: quando se movimentam para baixo e à esquerda
Fonte: Acervo do conteudista
Vergências
Vergência se refere ao movimento dos olhos em direções opostas.
Pode ser:
• Convergência: ambos os olhos fazendo adução;
• Divergência: ambos os olhos fazendo abdução.
Figura 19
Fonte: Acervo do conteudista
Testes
Teste de Versões
Neste teste, avaliamos os movimentos conjugados. Devemos observar se há hiper ou 
hipofunção muscular durante a excursão ocular e também se há alterações das fendas 
palpebrais que podem ser a causa de restrições musculares:
• Pedimos ao paciente para olhar para o ponto luminoso da nossa lanterna e acom-
panhar os movimentos apenas com os olhos, sem mover a cabeça;
• Vamos deslocar a lanterna nas nove posições cardinais do olhar, mantendo sempre 
o foco de luz na região interciliar. Sempre haverá um olho fixador: ora o esquerdo, 
ora o direito;
• Observaremos os dois olhos, comparando a amplitude de excursão muscular;
• Se o olho não fixador acompanhar todos os movimentos do olho fixador, manten-
do sempre a sua posição relativa inalterada, demonstrará comitância;
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UNIDADE Avaliação Motora
• Quando não acompanhar os movimentos do olho fixador em determinadas posi-
ções, será caracterizado como hipofunção do músculo ou dos músculos responsáveis 
por esse movimento ou, ainda, uma limitação devida a alguma restrição mecânica;
• Se ultrapassar o limite atingido pelo olho fixador, isso caracterizará uma hiperfun-
ção do músculo ou dos músculos responsáveis pelo movimento em questão. 
Classificaremos essas disfunções musculares de acordo com a amplitude do movi-
mento ocular em 4 graus, positivos para as hiperfunções e negativos para as hipofun-
ções, a saber: 
• Hiperfunções de +1 a +4; 
• Hipofunções de –1 a -4. 
Teste de Ducções 
Neste teste, observaremos o grau de limitação do músculo nas nove posições do 
olhar durante as rotações do olho fixador, se há uma paresia (limitação no movimento 
do músculo) ou uma paralisia (ausência de contração do músculo).
Figura 20
Fonte: Acervo do conteudista
O olho não fixador deverá permanecer ocluído. Esse teste é realizado quando se 
 detecta hiperfunção ou hipofunção durante o Teste de Versões citado. 
O paciente, já orientado, deverá olhar para o foco de luz da lanterna e acompanhar 
os movimentos sem mover a cabeça. 
As respostas esperadas para este teste são: Rotação normal (músculo sem limitação), 
paresia (limitação parcial do músculo) e paralisia (ausência de contração do músculo 
responsável pelo movimento).
Cover Teste
Também conhecido por Teste de Cobertura ou Oclusão, tem por objetivo avaliar pos-
síveis tipos de estrabismos(tropias e forias), bem como descartar um pseudo-estrabismo 
(aparente perda de paralelismo ocular) que, mediante avaliação, demonstra se tratar 
apenas de um formato estético do rosto como, por exemplo, o epicanto que simula uma 
esotropia, ou uma distância interpupilar grande, que simula uma exotropia, porém, em 
ambos os casos, não há desvio algum.
Tropias são desvios manifestos e forias são desvios latentes.
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É um modo objetivo no qual se avalia a presença, a direção e a magnitude do movi-
mento induzido. 
Pré requisitos
• Colaboração do paciente; 
• Tem de ter fixação central e estável; 
• Acuidade Visual suficiente para a fixação; 
• Controle da acomodação.
O teste deve ser realizado sem correção e com correção. É realizado à distância de 
6m, 40 m e 20 m.
Material distância e palito acomodativo ou ponto fixo:
Figura 21
Fonte: Acervo do conteudista
Cover Teste Simples ou Cover-Uncover
Tem por objetivo avaliar possíveis heterotropias na posição primária do olhar. Obser-
va-se um olho de cada vez.
Figura 22
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Avaliação Motora
Procedimento
• Paciente olhando para um ponto fixo (se for a 6m, pode ser a Tabela de Optotipos 
e se for para perto, usaremos o palito acomodativo);
• Ao ocluir o olho esquerdo com o oclusor por 3’’, devemos observar imediatamente 
se o olho direito faz algum movimento. Faça pelo menos três vezes;
• O mesmo procedimento deve ser feito do outro lado: oclua o olho direito e observe 
o esquerdo. Repita também por três vezes;
• Caso note algum movimento, deverá observar qual a direção do desvio. 
Exemplo
• Desvio horizontal: 
 » Exotropia: Movimento de temporal para PP;
 » Esotropia: Movimento do nasal para PPO.
• Desvio vertical:
 » Hipertropia: Movimento de cima para PPO;
 » Hipotropia: Movimento de baixo para PPO;
 » Ortotropia: Não houve nenhum movimento de fixação ou refixação. Nesse caso, 
passaremos para o próximo Teste alternante, para avaliarmos possíveis forias.
Cover Teste Alternado 
Diferentemente do paciente com heterotropia (desvio manifesto), os olhos do pacien-
te com heteroforia estarão paralelos antes e depois de o Teste ser realizado. 
Procedimento
• Paciente em PPO olhando para o ponto fixo (longe a 6m ou a 40cm e 20cm);
• Deve-se ocluir alternadamente o olho direito e o olho esquerdo por 2’’ cada um, 
observando sempre o que está sendo desocluído se este realiza algum movimento. 
Caso note algum movimento, deverá observar qual a direção do desvio. 
Exemplo
• Desvio horizontal: 
 » Exoforia: Movimento de temporal para PPO;
 » Esoforia: Movimento do nasal para PPO.
• Desvio vertical:
 » Hiperforia: Movimento de cima para PPO;
 » Hipoforia: Movimento de baixo para PPO;
 » Ortoforia: Não houve nenhum movimento de fixação ou refixação. Poucas pes-
soas são realmente ortofóricas.
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Teste de Hircshberg
Hirschberg é um Teste Binocular que pode ser feito em qualquer idade, até mesmo 
em crianças bem pequenas. Nesse método, avaliamos possíveis desvios oculares. 
Observamos se o eixo visual está alinhado ao eixo pupilar, ou seja, se ambos os 
reflexos de luz sobre as pupilas estão simétricos e se os olhos se mantêm alinhados. 
A assimetria desses reflexos é sinal de estrabismo. 
Cada 1mm de descentração do reflexo corneano à luz, corresponde a aproximada-
mente 7 graus ou a 15 Dp de um desvio do eixo visual. 
Procedimento 
Neste teste, o paciente deverá permanecer com os dois olhos abertos. Com o auxílio 
de uma lanterna posicionada a uma distância de 40cm, o examinador projetará o feixe 
de luz na região interciliar e, então, observará se há simetria dos reflexos sobre as pupilas.
Possíveis resultados encontrados
Figura 23 – Refl exos centrado ou simétrico em ao – Ortotrópico
Fonte: Acervo do conteudista
Fi gura 24 – Hirschiberg descentrado OE 15° temporal. Esotropia
Fonte: Acervo do conteudista
Fi gura 25 – Hirschiberg descentrado OE 30° temporal. Esotropia
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Avaliação Motora
Figura 26 – Hirschiberg descentrado OE 45° temporal. Esotropia 
Fonte: Acervo do conteudista
Outros desvios
Figura 27 – Exotropia – OD
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 28 – Hipertropia – OD
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 29 – Hipotropia – OD 
Fonte: Acervo do conteudista
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Qual a importância da Visão Binocular? | Prof.ª Rebeca U. Saraiva
https://youtu.be/TVIIh0rF5hY
 Leitura
Fisiologia da visão binocular
https://bit.ly/3cEEwFC
Freq uência dos tipos de desvios oculares no ambulatório de motilidade ocular extrínseca do Hospital do 
Servidor Público Estadual de São Paulo
https://bit.ly/3m8mgYc
 Percepção e construção da realidade – parte 3: O cérebro cria a perspectiva a partir do desajuste da visão 
binocular, por Edward Ziff e Elisabete Castelon Konkiewitz
https://bit.ly/3cDSO9l 
Estrabismo
https://msdmnls.co/2POVbNt
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UNIDADE Avaliação Motora
Referências
BARDINI, R. La función visual en el análisis optométrico. Madri: Valencia, 1983.
CARLSON, N. B. et al. Procedimientos clínicos en el examen visual. 5.ed. Madrid: 
Genova, 1990. 251p.
DANTAS, A. M. Oftalmologia pediátrica. 2.ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1995. 
932p.
DÍAZ, J. P.; DIAS, C. de S. Estrabismo. 4.ed. São Paulo: Santos, 2002. 531p.
DUKE-ELDER’S. Refração Prática. 10.ed. Rio de Janeiro: Rio Med, 1997. 306p.
HERRANZ, R. M.; ANTOLÍNEZ, G. V. Manual de Optometría. Madri: Editorial Me-
dica Panamericana, 2012.
KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica. 4.ed. Rio de Janeiro: Rio Med, 2004. 680p.
MONDADORI, R. Refração, um guia prático. Lages: Editora Inês Ltda., 2008. 152p.
YAMANE, R. Semiologia Ocular. 2.ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2003.
YANOFF, M.; DUKER, J. S. Oftalmologia. 2.ed. São Paulo: Elsevier, 2011.
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