Avaliação Final (Discursiva) - Individual penal l

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24/08/2023, 14:44 Avaliação Final (Discursiva) - Individual
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GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:885294)
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Prova 68942622
Qtd. de Questões 2
Nota 10,00
Apesar de o Código Penal se referir ao excesso nas formas dolosa e culposa, admite-se tal figura sem que se possa atribuir o exagero a título de 
dolo ou culpa, desde que desnecessária a intensificação da conduta legítima a partir de suas causas. Dito isso, em quais situações se caracteriza o excesso 
desnecessário à intensificação da conduta legítima a partir de suas causas?
Resposta esperada
Excesso consciente ou voluntário, ocorre quando o agente tem noção e/ou consciência de que a conduta está extrapolando o necessário para repelir
uma agressão inicialmente injusta.
Excesso inconsciente ou involuntário, acontece quando há uma avaliação ou compreensão inadequada da realidade (erro de tipo) e o sujeito
ultrapassa os limites do que seria uma excludente de ilicitude sem ter ciência disso.
No excesso por medo, trata-se em caso de legítima defesa subjetiva.
Minha resposta
Temos as seguintes situações de excessos Excessos por medo ,excesso consciente ou voluntário e excesso inconsciente ou involuntário. No excesso
por medo, tratamos de caso de legitima defesa intrínseca, tendenciosa (subjetiva),dá-se quando há excesso exculpante (decorrente de erro
inevitável); Já no excesso consciente ou voluntário ,a pessoa sabe ,tem noção do seu ato ,sabe que está exagerando, extrapolando o que seria
necessário para se afastar de um agressão que inicialmente é considerada injusta; No excesso inconsciente ou involuntário ,se dá quando se tem uma
analise ou compreensão equivocada ,descabida da realidade e o sujeito acaba por exceder o limite daquilo que poderia ser considerado excludente
de ilicitude sem ter conhecimento perante o exposto.
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Parabéns, acadêmico, sua resposta atingiu os objetivos da questão e você contemplou o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese
do assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados.
O controle social pode ser realizado por meio de um sistema de normas que contemple modelos de conduta (dirigidos a seus membros), castigando-
se penalmente fatos que coloquem em perigo o próprio grupo. De que forma pode-se considerar o Direito Penal como um ator do controle social?
Resposta esperada
É o Direito Penal um sistema de controle social formalizado, constituído por um conjunto de regras e princípios que formam um campo específico
do ordenamento jurídico destinado a proteger bens jurídicos relevantes, e é a forma mais dura de intervenção do Estado na vida coletiva e
individual, e por esta razão, apenas se justifica em situações para as quais os demais ramos do Direito são ineficientes. E assim sendo, significa que
o Direito Penal deve intervir na vida coletiva e/ou individual tão somente quando outras intervenções jurídicas não penais falharem ou forem
ineficazes, devendo funcionar apenas subsidiariamente (princípio da subsidiariedade), intervindo minimamente na criminalização de condutas
(princípio da intervenção mínima), atuando ultima ratio na solução de um conflito ou problema social. A razão para que o Direito Penal seja assim
considerado é porque a intromissão do Estado na esfera penal é de privação ou restrição de liberdade, bem jurídico fundamental no Estado
Democrático de Direito.
Minha resposta
O Direito Penal nada mais é que um instrumento de controle social, utilizado pelos que se encontram no poder com o fim basilar de dominar classes
e, evidente, de manutenção e perpetuação do mesmo. Pode-se considerar um controle social formal, sendo composto por regras e princípios,
formando um campo especifico do ordenamento jurídico ,tendo como sua função ,proteger bens jurídicos meritórios (de grande valia),sendo assim o
Estado intervém de forma mais rígida na vida individual e coletiva, e por esse motivo ,conseguimos justificar que os demais ramos do Direito são
ineficazes. O Direito Penal deverá intervir na vida individual ou coletiva, quando outras interferências jurídicas não penais fracassarem ou forem
ineficazes , devendo atuar apenas subsidiariamente, intervir o mínimo na criminalização de condutas, atuando como ultimo recurso(ultima
ratio),para solucionar conflitos ou problemas da sociedade. Por este motivo o Direito Penal é assim considerado, pois a interferência do Estado na
esfera penal é de privação ou de restrição de liberdade, o bem jurídico é um dos fundamentos do Direito Penal democrático. Em um Estado
Democrático de Direito, o processo penal deve ser visto a partir dos direitos e garantias fundamentais estabelecidos na Constituição, ou seja, deve
atuar como instrumento a serviço da ordem constitucional.
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Parabéns, acadêmico, sua resposta atingiu os objetivos da questão e você contemplou o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese
do assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados.
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