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E N D O D O N T I A I/II 
ANATOMIA DA CAVIDADE PULPAR 
 
Para o sucesso do tratamento endodôntico, se faz 
necessário o vasto conhecimento da anatomia interna 
e ter-se em mente suas variações. A cavidade pulpar é 
o nosso campo de trabalho. 
O dente = Coroa + Raiz; 
A cavidade pulpar é um espaço localizado no interior 
do dente e é ocupada pela polpa dental, exceto ao 
nível do forame apical (ao ultrapassar o forame, você 
está no periodonto); 
A polpa dental preenche a cavidade pulpar, ela é 
responsável pela sensibilidade ao frio e quente e sua 
principal função é formar dentina. 
É fundamental saber que quando a polpa está 
inflamada o dente vai doer com o frio em patologias 
iniciais ou quente em patologias avançadas. 
OBS: 
Todo dente normalmente responde ao frio, há pessoas 
que até possuem uma hipersensibilidade ao frio e isso 
não quer dizer que a polpa esteja inflamada ou ainda 
pode ser que seja uma pulpite reversível. Agora, se o 
paciente reclama até do ar que bate no dente e dói, ai 
se sabe que essa polpa está inflamada, ou seja, pode 
ser um processo carioso profundo quase chegando a 
polpa e causando inflamação. 
Qualquer coisa gelada – processo carioso profundo 
que causa inflamação na polpa; 
Reclamou com quente – patologia bem avançada, 
precisa-se urgentemente de tratamento endodôntico. 
Como a polpa é responsável pela sensibilidade ao 
retirá-la não terá sensibilidade ao quente ou ao frio. 
Sem polpa, sem sensibilidade. 
Na endodontia, na radiografia uma área radiolúcida 
significa presença de bactéria que causou uma 
“destruição” óssea. 
PATOLOGIA APICAL 
 
A presença de uma patologia apical significa que a 
polpa está necrosada (morta), esse dente não tem 
sensibilidade nem ao frio nem ao quente pela morte 
da polpa dental. É possível usar anestesia somente 
para passar confiança e conforto ao paciente, mas sem 
é possível manipular com suavidade que o paciente 
não sentirá nada. 
Teste de vitalidade e o paciente não sentiu nada – 
polpa necrosada (morta); 
A sensibilidade ao toque é dada pelo ligamento 
periodontal (LPD) e sua inervação. Sensibilidade às 
variações de temperatura é com a polpa. 
A principal função da polpa é formar dentina. Sem 
polpa não tem dentina. Polpa necrosada não forma 
dentina. 
 POLPA X PATOLOGIA 
DENTE FISTULADO DÓI? POR QUÊ? 
 
 
Fístula – “botãozinho” por onde drena o pus com 
exsudato inflamatório. 
Quando há fistula não tem aumento de pressão, o que 
causa a dor é a formação de pus ali dentro que começa 
a expandir o tecido e pressionar os filetes nervosos 
contra o osso duro. 
E N D O D O N T I A I/II 
Ou seja, um dente fistulado não dói porque a polpa já 
está necrosada (morta). A fístula abre um caminho 
para descomprimir aquela lesão e normalmente 
aparece entre dois dentes, e para saber qual dente 
está relacionado a ela tem que colocar um cone de 
guta perche e penetrar na fístula, isso é chamado de 
rastreamento da fístula. 
 
CAVIDADE PULPAR 
Esta cavidade reproduz morfologia externa do dente, e 
divide-se em duas porções: cÂmara pulpar (dentro da 
coroa) e canal radicular (dentro da raiz); 
LIMITES DA CAVIDADE PULPAR 
Parede vestibular, parede lingual/palatina, parede 
mesial, parede distal, parede oclusal e uma parede 
certical ou assoalho (onde fica a entrada dos canais 
radiculares. 
→ Parede cervical ou assoalho – localiza-se ao nível do colo 
anatômico dos dentes multirradiculares. É uma superfície 
lisa e polida, e é onde se encontra os orifícios de entrada 
dos canais. 
→ Nos dentes unirradiculares o assoalho não existe, a câmara 
pulpar se transforma gradualmente no canal radiculares, 
como se fosse um funil. 
A entrada dos canais fica na parede cervical ou no 
assoalho. É necessário cuidado para não perfurar essa 
parede. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA CAVIDADE 
PULPAR 
1. Ocupa a porção central do dente – trabalhar com a 
broca exclusivamente no centro; 
 
 
2. Possui forma aproximada à do exterior do dente – 
em dentes unirradiculares é possível observar o 
formato de um triângulo na cavidade pulpar então 
o acesso precisar ter o mesmo formato e assim 
evita a destruição de dentina sem necessidade. 
3. Se modifica de acordo com a idade (volume), há 
uma maior formação dentinária na cavidade 
pulpar – a polpa só para de produzir dentina 
quando morre, o canal do idoso é estreito e as 
vezes fica tão calcificado que nem consegue fazer 
acesso. 
IDADE 
Maior formação dentinária no teto e no assoalho, dos 
molares aumentando a dificuldade de localização da 
câmara e dos canais radiculares. 
 
Observa-se que o teto do primeiro molar está quase 
encostando no assoalho, para fazer canal nesse dente 
tem que retirar todo o teto com cuidado para não 
perfurar o assoalho. Em comparação os outros 
molares estão bem mais fáceis, por exemplo, o 
terceiro molar, a câmara pulpar está mais ampla e 
mais fácil o acesso. 
O ponto de maior constricção (estreitamento) está no 
CDC (canal, dentina, cemento); A cavidade pulpar tem 
seu forame localizado para apical; O forame poderia 
estar na ponta da raiz mas não está porque o 
ligamento periodontal tem movimento, e a cortical 
óssea é dura. Então toda vez que a pessoa mastigasse 
alguma coisa mais dura, esse pequeno movimento de 
intrusão iria esmagar a polpa e ela iria morrer. Por isso 
a natureza determinou uma proteção para a entrada 
E N D O D O N T I A I/II 
desse feixe vásculo nervoso na raiz, então o canal sai 
para a lateral 1 ou 2 mm. 
FLARE UP 
É a agudização da dor de uma patologia e que ocorre 
entre as sessões de um tratamento endodôntico. 
Então toda vez que observar uma radiografia e tiver 
uma área radiolúcida e é perguntado ao paciente se o 
dente dói e a resposta é não, é necessário ficar atento 
porque qualquer é possível ter empurrado tecido 
necrótico, toxina ou qualquer material irritante que for 
vai causar um flare up. 
 
(Lima empurrando tecido necrótico para o ápice) 
CANAL RADICULAR 
 
Didaticamente o canal radicular é dividido em: 
→ Terço cervical ou coronário; 
→ Terço médio: 
→ Terço apical; 
A divisão é feita da ponta da cúspide até o ápice 
medindo através da régua na radiografia. Por exemplo, 
deu 21mm, vai dividir por 3 cada terço então cada 
terço vai ter 7mm. Sabendo que primeiro vai entrar 
pelo terço coronário que é mais fácil, seguindo para o 
terço médio e depois para o terço apical que é o mais 
complicado pois está muito perto de ultrapassar o CDC 
e empurrar a bactéria para fora. 
Onde tem a maior quantidade de bactéria é no terço 
cervical, pois a bactéria vem da cárie e ela está 
localizada no terço cervical. 
** Então se abrir o dente e ir direto enfiando a lima 
até o ápice vai empurrar tudo de ruim 
(bactéria/toxinas/resto necrótico) para o terço apical. 
 
 
Esses dentes possuem área radiolúcida que significa a 
presença de bactéria no ápice e não está doendo 
porque o sistema imune conseguiu cercar essas 
bactérias e combater essa inflamação de modo que ela 
não “exploda”, a bactéria vai ganhar a guerra 
lentamente e por isso não causa dor no paciente. 
Com isso na hora que é empurrado a quantidade de 
toxina/bactéria/material necrótico a mais para o ápice 
vai causar uma irritação que vai desiquilibrar a 
estabilidade que o sistema imune tinha conseguido e 
passa a ter muito mais bactéria do que o sistema 
imune pode controlar e assim a infecção que era 
crônica vira aguda. 
O QUE FAZER PARA EVITAR O FLARE UP? 
Tem que aprender a fazer penetração desinfetante. 
Vai pegar a radiografia e medir o dente como foi 
explicado do ápice até a ponta da cúspide, supondo 
que tenha 24mm que dividido por 3 vai ter 8mm cada 
terço. Então vai abrir o dente do paciente, irrigar essa 
câmara pulpar com hipoclorito de sódio, vai pegar uma 
lima que possui uma borrachinha que chama cursor 
(limita quanto a lima vai entrar no canal) e colocar 
8mm deixandoa lima penetrar no canal apenas no 
terço cervical/coronário. Vai passar a lima nas paredes 
do canal com hipoclorito e acabando as substâncias 
Terço Cervical 
Terço Médio 
Terço Apical 
E N D O D O N T I A I/II 
orgânicas (bactérias, toxinas, restos). Depois que esse 
terço estiver limpo, vai na régua da lima e aumenta de 
1 a 2mm limpando da mesma forma com o hipoclorito 
e assim vai até chegar aos 16mm que é quando acaba 
o terço médio. Quando entrar no terço apical é um 
lugar mais estreito então consequentemente é um 
lugar mais fácil de empurrar coisas para o ápice, então 
agora tem que ser milímetro por milímetro. Do 16mm, 
vai para 17mm irrigando com hipoclorito com a mão 
leve esfregando pelas paredes assim sucessivamente 
até 23mm, quando chegar no 23 vai deixar a lima lá 
dentro e tirar radiografia para saber se está perto ou 
longe do CDC, ou até se fez a patência que é a 
ultrapassagem do forame apical em 1mm. É 
importante fazer a patência porque a área radiolúcida 
é como uma panela de pressão que não pode deixar 
explodir, então se o forame tiver fechado ou se deu 
azar empurrando alguma coisa que fez fechar vai 
acabar causando um flare up no paciente. 
 
Na radiografia em que tem a chegada da lima no terço 
apical sabe-se que ainda vai ter que aumentar 1mm da 
lima para que ela passe do forame apical, para abri-lo. 
Muitas das vezes têm inflamação presa ali dentro, aí 
quando ultrapassa chega a encher o lençol com o 
líquido purulento. 
Uma vez instalado o flare up vai ter que isolar 
novamente o dente do paciente, fazer a lavagem de 
hipoclorito de sódio fazendo a penetração 
desinfetante novamente com mais cuidado e tentar 
fazer a ultrapassagem do forame novamente para ver 
se na patência drena alguma coisa e medicar o 
paciente com antibiótico mesmo que o efeito seja 
pequeno porque tem que proteger o paciente de uma 
sepsemia. Tem que receitar analgésicos fortes, 
normalmente injetável porque a dor é insuportável e 
anti-inflamatório. 
CANAL RADICULAR 
Formado por dois cones truncados (cone que tem a 
ponta cortada) unidos pelo seu ápice, um dentinário 
(maior) que se abre para a cervical e um cementário 
(menor) que abre para a apical. 
No meio desses dois canais tem o CDC – só é possível 
ver essa divisão histologicamente e não 
radiograficamente. Na endodontia só vai ser 
instrumentado o canal dentinário, o canal cementário 
vai ser no máximo limpo quando for realizada a 
patência porque ele está na parte de fora preenchido 
pelo periodonto e se esse periodonto for 
instrumentado vai ter dor pós-operatória tão grave 
quanto um flare-up. 
→ Canal Dentinário – suas paredes são de dentina, é 
preenchido pela polpa radicular e termina no CDC. 
→ Canal Cementário – suas paredes são de cemento, 
é preenchido por tecido de origem periodontal e 
termina no CDC. 
→ CDC – separando o canal dentinário do canal 
cementário encontramos o ponto de constricção 
máxima do canal radicular – é a união 
cemento/dentina/canal, o chamado limite CDC. 
 
A = CANAL CEMENTÁRIO/ B= CDC/ C= CANAL 
DENTINÁRIO. 
FATORES QUE ALTERAM A CAVIDADE PULPAR 
1. Dentina Secundária (idade) – formação de dentina 
é constante enquanto a polpa estiver viva. 
2. Dentina Terciária (nódulos pulpares e agulhas 
cálcicas) – nódulos são caroços duros que 
entopem o canal impedindo a lima de entrar, 
normalmente ocorre em paciente submetidos a 
tratamento ortodôntico ou a traumas constantes 
(restaurações altas) 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Com a presença do nódulo pulpar e a dificuldade da 
passagem da lima, se o endodontista não tiver os 
aparelhos tecnológicos e a experiência no ramo não 
vai conseguir fazer canal nesse dente. 
Classe V principalmente, no dente 14 e 36 faz um 
estrago dentro da câmara pulpar porque oblitera o 
canal vestibular do 14, e a raiz dele é fina e vai 
dificultar a achar a entrada do canal. 
REABSORÇÃO INTERNA 
 
A maioria das rebsorções, para não falar todas, são 
decorrentes do capeamento principalmente em 
central e lateral. O problema da reabsorção é que ela é 
silenciosa. 
É uma inflamação crônica e por isso não tem dor. 
Quando se descobre isso é por acaso quando 
radiografa o dente vizinho ou quando o paciente fala 
“eu estava comendo pão e meu dente ficou mole”, 
isso quer dizer que o dente quebrou porque a 
reabsorção interna vai comendo o dente de dentro 
para fora e racha quando chega no cemento, 
dependendo da altura dessa rachadura vai perder o 
dente. 
DENS IN DENTE 
 
“Um dente dentro do dente”. Uma anomalia que 
resulta em uma dobradura do órgão do esmalte 
durante a formação. Tem que ter ferramenta para tirar 
o dente de dentro ou ele pode entrar no canal 
(INDICOU ESTUDAR MAIS SOBRE DENS IN DENE E LER 
SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DE OEHLERS 1957). 
CALCIFICAÇÃO PULPAR 
 
Muita das vezes o ortodontista coloca pressão 
excessiva no dente, e com isso pode ocorrer 
reabsorção apical ou esse dente pode receber pressão 
excessiva apenas na coroa e a polpa criada para fazer 
dentina está sendo agredida pela pressão, então ela 
começa a produzir dentina com mais rapidez e 
recuando para se proteger desse “ataque”. 
Nisso que ela vai recuando pode se associar com 
algum problema periodontal ou fissura na raiz, 
podendo entrar bactéria o que vai fazer surtir uma 
área radiolúcida no ápice sem dor porque é crônico 
até o dia que esse paciente tiver uma baixa de 
resistência começando a sentir uma dor desesperada. 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Como podemos ver na foto não existe luz no canal, ou 
seja, essa polpa foi extremamente agredida e 
calcificou. 
→ Classe V: estreita ou fecha a entrada dos canais 
vestibulares. 
ASSIMETRIAS RADICULARES 
 
É um desvio palatino do eixo radicular, executando 
uma curvatura. 
→ Angulação ou dilaceração: é um desvio brusco de 
uma parte do eixo em relação a outra. 
 
SISTEMA DE CANAIS 
 
→ Canal Principal: é o mais importante e volumoso, 
passa pelo eixo central do dente gerando um 
forame (CDC); 
→ Canal Colateral: Percorre trajeto semelhante ao do 
canal principal, são de menor calibre, podem 
penetrar na raiz por forame independente ou não; 
os dentes que mais ocorrem esse canal são 
incisivos inferiores; 
→ Canal Lateral: Sai do canal principal e vai até o 
cemento em alguma região lateral da raiz, não dá 
para ver na radiografia, então quando tem uma 
área radiolúcida (bactérias) consegue saber do 
canal lateral; 
→ Canal Secundário: Sai do canal principal e termina 
no cemento apical; 
→ Canal Acessório: Sai de um canal secundário e 
termina no cemento apical; 
→ Canal Interconduto: Coloca um canal em 
comunicação com o outro, não possui importância 
clínica porque ele não coloca o interior do dente 
em contato com o periodonto; 
→ Canal Recorrente: Toda vez que olhar uma 
radiografia e for acompanhando a luz do canal e 
essa luz sumir, você tem que entender que ali tem 
mais de um canal. O canal recorrente sai do canal 
principal, dá uma volta na dentina e volta para o 
canal principal. Não tem importância clínica 
porque não coloca o interior do dente em contato 
com o periodonto. 
→ Canais Reticulares: É o entrelaçamento de três, 
quatro, ou mais canais que correm paralelamente 
E N D O D O N T I A I/II 
e são ligados por interconduto. Ele coloca o 
interior do dente em contato com o exterior, 
então tem importância clínica. Normalmente é 
encontrado nos dentes 38 e 48 e o maior 
problema é que sangra muito. 
→ Delta Apical: São múltiplas derivações que saem 
do canal principal na região apical, originando 
múltiplos forames. 
→ Cavo interradicular ou Cavo Superficial: 
Localizados no assoalho dos dentes 
multirradiculares colocam a câmara pulpar em 
contato com o periodonto (furca). São inúmeros 
desses canais, principalmente em molares 
inferiores. 
 
OBS: 
Os canais laterais secundários, acessórios e cavo 
interradicular, que coloca emcomunicação o canal 
principal com o periodonto são de grande significado 
quando estão presentes em problemas do endopério; 
Então quando um periodontista envia um paciente 
pedindo para fazer canal por causa de problemas que 
envolva o endopério tem que instrumentar tirando a 
polpa e preencher o sistema de canal com hidróxido 
de cálcio porque ele abaixa o ph do meio e favorece a 
formação de tecido duro e a bolsa periodontal não 
tem tecido duro, então para ajustar o periodontista 
preenche com esse material, isso se chama tratamento 
não convencional. 
ANATOMIA DA CAVIDADE PULPAR 
O conhecer da anatomia interna dos dentes nos 
permite executar nosso trabalho com arte e ciência. 
Uma coisa importante é que deve-se procurar sempre 
mais de um canal no dente. 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 1 (normalmente); 
→ Comprimento Médio – 22,5mm 
→ Erupção – 6 a 8 anos; 
→ Maturo – 10 anos (quando o ápice se fecha); 
Nada impede que existam algumas alterações que vão 
dificultar o tratamento do incisivo central, como 
quando é um incisivo imaturo (ápice totalmente 
aberto) que não é um dente viável para um 
tratamento endodôntico convencional, porque o 
tratamento convencional é aquele que remove a polpa 
inteira, e se a função da polpa é produzir dentina com 
um dente imaturo (que falta dentina para fechar o 
ápice) não pode remover a polpa. 
 
A literatura fala do incisivo central superior apenas 
com um canal, só que nada é exato. Então, por 
exemplo, um dentista encaminha um paciente ao 
endodontista com a queixa de que o dente não para 
de dar fístula mesmo depois de abrir o canal, e com a 
E N D O D O N T I A I/II 
radiografia deu para enxergar nitidamente outro canal 
no incisivo central superior. 
INCISIVO LATERAL SUPERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 1 (normalmente); 
→ Comprimento Médio – 22,0mm; 
→ Erupção – 8 a 9 anos; 
→ Maturo – Mais de 11 anos (quando o ápice se 
fecha); 
OBS: 
O Incisivo Lateral Superior costuma ter curvaturas no 
terço apical, que aparentemente não são grandes 
curvaturas, mas para quem está começando se torna 
uma dificuldade se não estiver atento; 
 
Paciente encaminhado para o consultório com o 
histórico que já foi feito o canal, mas continua com 
fístula e que não para de sair pus. Na primeira 
radiografia dá para notar que o canal foi 
pessimamente tratado e tem outro canal onde tem 
área radiolúcida, ou seja, tem bactéria. E na segunda 
radiografia percebe-se os dois canais tratados e sem 
área radiolúcida, sem a presença de bactéria há a 
cicatrização da lesão. 
 
Outro caso é esse 22, o paciente estava se queixando 
de dor e escurecimento. Olhando a radiografia tem 
uma área radiolucida no ápice e existe outro canal. 
Então tem que retratar esse canal. O canal vestibular é 
maior e um canal palatino (colateral) que é menor. 
CANINO SUPERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 1 (normalmente); 
→ Comprimento Médio – 26,5mm; 
→ Erupção – 11 a 12 anos; 
→ Maturo – 13 a 15 anos (quando o ápice se fecha); 
É um dente que raramente vai dar canal pela 
quantidade de dentina, mas acontece. É um dente que 
não aparecem muitas surpresas exceto quando se 
depara com uma área radiolúcida imensa circundando 
a raiz. A área radiolucida na lateral da raiz quer dizer 
que tem um canal lateral colocando o interior do 
dente em contato com o periodonto. 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Em um caso como esse se não souber anatomia do 
dente não vai ter sucesso. Esse canino o tratamento 
dele foi totalmente direcionado para obturar os 
canalículos que foram estudados. Observa-se na 
primeira radiografia que a sonda periodontal foi lá no 
terço médio do dente e na segunda radiografia já 
conseguimos enxergar o osso alveolar, o ligamento 
periodontal foi refeito e a lesão desaparece, mas foi 
preciso entender anatomia para saber que se existe 
uma área radiolúcida na lateral da raiz quer dizer que 
tem presença de um canal ali e que o tratamento 
deverá ser dirigido para esse detalhe. 
1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
 
→ Nº de raízes – 2 (normalmente); 
→ Nº de canais – 3 canais em 23%; 
→ Comprimento Médio – 20,6mm; 
→ Erupção – 10 a 12 anos; 
→ Maturo – 12 a 13 anos (quando o ápice se fecha); 
O 1º pré-molar superior tem duas raízes e 3 canais em 
23% dos casos, ou seja, isso quer dizer que de 100 
pacientes que for tratar esse dente se o dentista não 
achar 3 canais em 23 desses pacientes vai deixar 23 
canais sem tratamento. Por isso a importância de 
aprender a procurar esses 3 canais. 
 
Toda vez que pegar uma radiografia e olhar a luz do 
canal, se ela começar na coroa e não ver o final, você 
sabe que ali tem mais de um canal e tem que abrir 
esse dente para procurar. Por exemplo, nessa 
radiografia acima a luz começa na coroa do 1º pré-
molar e mais ou menos no terço médio desaparece, 
sempre isso acontecer nesse dente dá para saber que 
existem 3 canais. Na hora da cirurgia de acesso é 
preciso prestar atenção nos detalhes, porque assim 
como tem dentes que possuem 3 canais, também 
existem de 3 raízes. 
2º PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 2 canais em 40%; 
→ Comprimento Médio – 21,5mm; 
→ Erupção – 10 a 12 anos; 
→ Maturo – 12 a 14 anos (quando o ápice se fecha); 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Pode-se encontrar 3 canais nesse dente, por isso é 
importante aprender a analisar radiografia, como na 
radiografia acima: tem um canal mais perto do molar, 
um canal reto e um canalzinho entre esses dois 
1º MOLAR SUPERIOR 
→ Nº de raízes – 3; 
→ Nº de canais – 4 canais em 60%; 
→ Comprimento Médio – 20,8mm; 
→ Erupção – 6 a 7 anos; 
→ Maturo – 9 a 10 anos (quando o ápice se fecha); 
 
4 canais em primeiro molar superior foi a pesquisa 
mais baixa encontrada nos livros, então não pode 
nunca falar que esse dente possui apenas 3 canais 
porque tem 3 raízes. O canal mésio-palatino também 
chamado de 4º canal está localizado na raiz mésio-
vestibular. 
 
1 – Canal Palatino; 
2 – Canal Distal; 
3 – Canal Mésio-Vestibular; 
4 – Canal Mésio-Palatino (as pessoas não costumam 
achar); 
2º MOLAR SUPERIOR 
 
→ Nº de raízes – 2; 
→ Nº de canais – 3; 
→ Comprimento Médio – 20,0mm; 
→ Erupção – 12 a 13 anos; 
→ Maturo – 14 a 16 anos (quando o ápice se fecha); 
Costuma ser um dente sem surpresa, não se pode 
afirmar que sempre vão ter 3 canais, mas nunca foi 
encontrado pelo professor canais a mais. 
3º MOLAR SUPERIOR 
Não é um dente para o endodontista, por isso não se 
sabe o número certo de raízes ou canais porque 
geralmente se tiver qualquer tipo de problema indica-
se exodontia, 
DENTES INFERIORES 
 
E N D O D O N T I A I/II 
INCISIVO CENTRAL INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 2 canais em 40%; 
→ Comprimento Médio – 20,7mm; 
→ Erupção – 6 a 7 anos; 
→ Maturo – 9 anos; 
INCISIVO LATERAL INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 2 canais em 40%; 
→ Comprimento Médio – 21,1mm; 
→ Erupção – 7 a 8 anos; 
→ Maturo – 10 anos; 
Normalmente nesses dois dentes se faz o acesso 
normal e acha o canal vestibular, o que ninguém 
ensina é achar o canal lingual. Para achar esse 
segundo canal é preciso fazer um desgaste 
compensatório. 
CANINO INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 2 canais em 18%; 
→ Comprimento Médio – 25,6mm; 
→ Erupção – 9 a 10 anos; 
→ Maturo – 12 a 14 anos; 
OBS: 
Os pré-molares inferiores são os dentes mais difíceis 
de se fazer tratamento endodôntico devido à grande 
variação anatômica radicular interna. 
1º PRÉ-MOLAR INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – 1 canal em 43%; 2 canais em 49%; 3 
canais em 8%; 25% continham o delta apical; 
→ Comprimento Médio – 21,5mm; 
→ Erupção – 10 a 12 anos; 
→ Maturo – 12 a 13 anos; 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Toda vez que vemos esses sulcos profundos nas raízes 
quer dizer que tem mais de um canal, só queisso fica 
dentro do alvéolo do paciente, não tem como extrair o 
dente para saber se existem mais canais. 
2º PRÉ-MOLAR INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 1; 
→ Nº de canais – mais de 1 em 6%; 
→ Comprimento Médio – 22,3mm; 
→ Erupção – 11 a 12 anos; 
→ Maturo – 13 a 14 anos; 
Esse dente tem mais de 6% com mais de um canal, 
mas os livros usam essa porcentagem. 
 
Segundo pré-molar inferior com lima nos três canais. 
1º MOLAR INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 2; 
→ Nº de canais – 4 canais em 87%; 
→ Comprimento Médio – 20,0mm; 
→ Erupção – 6 a 7 anos; 
→ Maturo – 9 a 10 anos; 
 
Modelagem da cavidade pulpar nota-se inúmeras 
ramificações: 2 canais na raiz mesial e 2 canais na raiz 
distal. Existe também dente com 3 canais na raiz 
mesial e 1 na distal. 
2º MOLAR INFERIOR 
 
→ Nº de raízes – 2; 
→ Nº de canais – 3; 
→ Comprimento Médio – 20,0mm; 
→ Erupção – 11 a 13 anos; 
→ Maturo – 14 a 15 anos; 
E N D O D O N T I A I/II 
 
É um dente parecido com o segundo molar superior, 
onde praticamente não possui surpresas. Possui 2 
canais na raiz mesial e 1 na raiz distal. O que esse 
dente tem de complicado é que as vezes as raízes são 
muito achatadas dando um certo trabalho para limpar. 
 
Existem alguns 2º/3º molares que possuem canal em 
“c” onde dá mais trabalho porque sangra muito. 
3º MOLAR INFERIOR 
O mesmo que o superior, indica-se sempre exodontia 
para eles. 
EMERGÊNCIAS ENDODÔNTICAS 
Diagnóstico diferencial – é importante saber a origem 
da dor; 
→ Dor de origem dentária ou não dentária; 
→ Dor de origem gengival; 
→ Dor de origem periodontal; 
→ Dor de origem endodôntica; 
É importante lembrar que nunca se deve abrir um 
dente sem radiografar mesmo na emergência. Depois 
que radiografar, ver que não tem nada de anormal e 
ainda sim o paciente está com muita dor no teste de 
percussão, vai prosseguir para o teste de vitalidade 
nesses dentes da região (mudanças térmicas), se ele 
responder normal a esse teste, ai faz do outro lado 
para poder comparar e aí se responder normal da 
mesma maneira, vai avaliar o periodonto, se não tiver 
nenhuma bolsa nem nada e concluir que está tudo 
normal, vai fazer as seguintes perguntas para o 
paciente – “você tem sinusite?” / “você já teve algum 
problema de infecção respiratória?” E se ele responder 
que sim, então na realidade não tem nada de 
endodontia, essa dor que o paciente está sentindo é 
da sinusite no seio maxilar aguda. E então vai 
encaminhar esse paciente para um otorrino. 
A radiografia é muito importante no atendimento de 
emergência exatamente por isso, para não abrir um 
dentel vital atoa. Vale ressaltar que precisa ser uma 
radiografia com boa nitidez para ver todos os detalhes 
do dente. 
ABCESSO GENGIVAL 
 
→ Etiologia: Corpos estranhos (palitos, cerdas da 
escova, materiais odontológicos) no sulco gengival; 
→ Sinais e sintomas: Tumefação na gengiva marginal 
de superfície lisa, brilhante, avermelhada e 
dolorida ao toque. Vitalidade pulpar normal e 
ausência de mobilidade e de sinais radiográficos; 
→ Tratamento: Eliminação do agente causador com 
auxílio de uma sonda. 
ABCESSO PERIODONTAL 
 
→ Etiologia: Bolsas periodontais, perfurações 
radiculares, fraturas corono-radiculares ou trauma 
de oclusão. 
→ Sinais e sintomas: Dor intensa e irradiada. 
Aumento de volume da gengiva, consistência 
E N D O D O N T I A I/II 
flácida, superfície lisa, brilhante e avermelhada. 
Extrusão dental, aumento de mobilidade, 
sensibilidade a percussão, febre, mal-estar. 
Radiograficamente reabsorção lateral ao longo da 
parede radicular. 
→ Tratamento: Drenagem via sulco, bochechos com 
agentes coloríficos, analgésicos e antibiótico. 
CLASSIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIAS ENDODÔNTICAS 
1. Dor e/ou tumefação: 
a. Antes de terminar o tratamento; 
b. Após o início do tratamento; 
2. Traumatismo causando fratura coronária com 
exposição de polpa; 
3. Emergência assintomática estética; 
O paciente estava sentindo dor e foi para uma 
emergência onde abriram o dente dele, mas ele 
continuou com dor mesmo passando 2/3 dias. 
Algumas das coisas que podem ter acontecido para 
estar gerando essa dor após a abertura do dente. 
1. Limpeza química-cirúrgica inadequada – não 
esvaziou o dente progressivamente e devagar; 
2. Medicamentos irritantes; 
3. Canais não encontrados; 
4. Sobrecarga oclusal – todo dente tratamento 
endodonticamente tem que ter ajusto oclusal, não 
pode ficar com contato prematuro e gerar uma 
hipersensibilidade no periodonto; 
5. Flare-up; 
PERICEMENTITE APICAL AGUDA 
 
Inflamação do tecido que está em volta do ápice do 
dente. A primeira característica que o paciente vai 
relatar vai ser “que o dente parece estar maior que os 
outros, que ele encosta primeiro nos outros dentes”, 
isso acontece porque o periodonto está inflamado (ou 
seja, está com líquido) então fica com um pouco de 
extrusão por causa do líquido que quer sair e não tem 
por onde sair. Pode ser por trauma, por química ou 
infecciosa (essa tem que irrigar e fazer o esvaziamento 
progressivo). 
ABCESSO APICAL AGUDO (ABCESSO FÊNIX) 
 
Dói violentamente, pode ter edema ou não, não 
responde ao teste de vitalidade, pode ter lesão (igual 
ao da foto) ou não ter deixado o dentista abrir e 
drenar. Tem que anestesiar, abrir, esvaziar terço a 
terço, romper, fazer patência, curativo e medicar com 
antibiótico e analgésico. 
Fases do abcesso dentoalveolar agudo: 
 
1. Abcesso Agudo (fase inicial): 
→ Etiologia: Acúmulo de coleção purulenta na 
região perirradicular; 
→ Sinais e sintomas: Dor espontânea localizada, 
pulsátil, intensidade crescente. Ineficácia de 
analgésicos, pericementite intensa. Mucosa 
sensível a palpação. Discreta mobilidade. Testes 
de vitalidade pulpar negativos. 
Tratamentos: 
→ Local: Abertura do dente, irrigação, 
esvaziamento do canal, desbridamento do 
forame, aspiração, curativo medicamentoso, 
aplicação de agentes coloríferos (porque provoca 
um fluxo sanguíneo e acelera a ação 
E N D O D O N T I A I/II 
→ Geral: Antibióticos e analgésicos; 
 
 
Na região apical desse molar tem uma lesão, se esse 
paciente chegar na clínica com uma dor violenta não 
adianta apenas medicar, é preciso abrir esse dente, 
desobstruir, tirar essa obturação, esvaziar esse canal 
terço a terço, romper e fazer patência e ai sim medicar 
o paciente. 
OBS: 
Não se medica um paciente antes de intervir no 
problema, porque analgésicos vão apenas mascarar e 
não vai fazer com que o problema evolua 
positivamente. 
2. Abcesso Agudo (em evolução) 
→ Etiologia: Coleção purulenta se difunde pelo osso 
medular; 
→ Sinais e sintomas: Dor intensa, pulsátil e difusa. 
Tumefação difusa com superfície cutânea 
endurecida, lisa e brilhante. Sensibilidade 
acentuada a palpação, mal-estar geral, febre e 
prostração. 
Tratamento: 
→ Local: Abertura do dente, irrigação, 
esvaziamento do canal, desbridamento do 
forame, aspiração, curativo medicamentoso, 
aplicação de agentes coloríferos. Observação 
vigilante do paciente. 
→ Geral: Antibióticos e analgésicos. 
 
3. Abcesso Agudo (evoluído) 
 
→ Etiologia: Coleção purulenta se acumula debaixo 
da mucosa. 
→ Sinais e sintomas: Declínio da sintomatologia, 
edema localizado com área de flutuação, discreta 
mobilidade dental. 
Tratamento: 
→ Local: Abertura do dente, irrigação, 
esvaziamento do canal, desbridamento do 
forame, aspiração, curativo medicamento, 
aplicação de agente coloríferos. 
 
4. Pericoronarite 
→ Etiologia: Dentes parcialmente erupcionados ou 
impactados. 
→ Sinais e sintomas: Dor irradiada para o ouvido. 
Opérculo gengival vermelho, inchado, sensível ao 
toque e mastigação. Possibilidade de trismo. 
Dentes vizinhos com vitalidade normal. 
Radiografia mostrando dente parcialmente 
erupcionado ou impactado. 
TEMPOS OPERATÓRIOS DO TRATAMENTO DOS 
CANAIS RADICULARES 
1. Inspeção 
2. Raio-X 
3. Anestesia 
PREPARO DO CAMPOOPERATÓRIO: 
1. Preparo Inicial do Dente 
→ Necessidade de profilaxia oral inicial; 
→ Coroa dental integra; 
→ Lesão cariosa – não se pode intervir 
endodonticamente em um dente que tem 
cárie, tem que remover todo o tecido carioso; 
→ Coroa destruída por cárie ou acidente – se não 
tem como isolar tem que fazer uma 
restituição; 
→ Restauração prévia – tem que remover toda a 
restauração; 
→ Dente parcialmente eruido; 
E N D O D O N T I A I/II 
→ Coroas de jaqueta, metálica ou veneer; 
→ Ponte fixa; 
→ Aparelho ortodôntico fixo – tem que remover 
o arco; 
ISOLAMENTO EM ANTISSEPSIA DO CAMPO 
OPERATÓRIO 
 
(IMAGEM 1) Não tem como penetrar em um dente com 
essa quantidade de cárie, tem que remover tudo antes 
de intervir mesmo que o dente fique fraco, senão, vai 
colocar tecido carioso dentro do canal. 
Canal feito sem remover as restaurações (IMAGEM2) – 
o dentista jogou o material restaurador para a região 
apical. Se o paciente sentir dor provavelmente o dente 
terá que ser extraído porque a lima não vai conseguir 
descer pelo canal porque o material restaurador está 
obliterando o preparo inicial. 
(IMAGEM 3) Uma cárie enorme no molar, na radiografia 
você consegue enxergar que o dente está em uma 
situação complicada e pela cirurgia de acesso que é 
preciso fazer, essa cárie está pegando o canal distal, 
mas vai ter que cortar até a mesial, então vai ter que 
cortar a maior parte desse dente do paciente. A 
imagem a direita mostra como a coroa está destruída e 
sem ter como colocar um grampo para isolamento 
podendo fraturar, é necessário um aumento de coroa 
clínica. 
PREPARO INTRA-CORONÁRIO 
→ Cirurgia de acesso 
PREPARO DOS CANAIS RADICULARES; 
Etapas operatórias: 
1) Localização da entrada do canal; 
2) Irrigação do canal radicular; 
3) Exploração do canal radicular; 
4) Odontometria (comprimento do trabalho 
provisório); 
5) Pulpectomia (esvaziamento do canal de terço a 
terço); 
6) Instrumentação do canal radicular; 
 
MEDICAÇÃO CURATIVA INTRA-CANAL; 
OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES; 
CIRURGIA DE ACESSO 
Área de eleição de todos os dentes. 
 
→ Incisivos – Triângulo; 
→ Laterais – Triângulo; 
→ Caninos – Losango; 
→ Pré-Molares – Ovoides; 
→ Molares – Triângulo com base voltada para a 
vestibular (dois canais na vestibular); 
→ Dentes inferiores são iguais, só nos molares 
inferiores que vai ter o trapézio com base voltada 
para a mesial porque os dois canais vão estar na 
mesial. 
 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Se pegar um dente como esse da foto acima que 
possuiu um certo grau de inclinação quando isolar vai 
perder toda essa noção de inclinação, vai ver só a 
coroa parecendo que está na posição correta, se 
acessar como se o dente estivesse nessa posição 
correta vai fazer um degrau ou um falso canal, por isso 
quem está iniciando a endodontia tem que fazer a 
cirurgia de acesso sem o isolamento, depois que fazer 
a cirurgia e localizar o canal com a sonda exploradora 
aí sim pode isolar esse dente. 
A cirurgia de acesso vai ser sempre iniciada com as 
brocas normais de tamanho e cumprimento, não com 
broca longa par não perfurar o assoalho. 
 
O tamanho da abertura tem que ser feito de acordo 
com a câmara pulpar para enxergar os canais. A 
direção tem que ser a do canal e a forma de acordo 
com a coroa do dente. É importante fazer uma cirurgia 
de acesso e remover todo conteúdo da câmara pulpar 
para não acontecer alteração de cor. Por isso a 
radiografia é tão importante e tem que acompanhar 
durante todo o tratamento. 
ETAPAS OPERATÓRIAS 
 
1. Acesso a Câmara 
→ Área de eleição (onde vai cortar) 
→ Direção de trepanação (cair no vazio); 
→ Forma de contorno; 
O dentista radiografando o dente já vai saber se a 
câmara pulpar é ampla ou atresica (apertada). 
NUNCA se localiza o canal com a broca, o canal é 
localizado com sonda. 
 
 
E N D O D O N T I A I/II 
2. Forma de Conveniência 
 
→ Acesso fácil a instrumentação; 
→ Visibilidade as entradas de canais; 
→ Simplificar as manobras operatórias; 
 
O primeiro dente está com uma câmara atresica mas 
uma câmara normal, o segundo está com uma câmara 
ovoide. É a forma da câmara pulpar, se posicionou a 
broca no canal, localizou o canal com a sonda, fez o 
movimento de dentro para fora e removeu todas as 
retenções vai então ter o formato da câmara pulpar. A 
cirurgia de acesso vai ficar de acordo com o volume da 
câmara pulpar, tem uns que nem câmara pulpar vai 
ter.… vai direto para o canal, vai apenas dar uma leve 
desgastada para ter uma visibilidade direta do canal. 
 
No primeiro dente a lima entrou reta, no segundo já 
deu uma inclinação para lingual porque esse dente 
primeiro foi localizado o canal vestibular então tem 
que cortar a região palatina para localizar o segundo 
canal. 
 
Todo dente que for intervir tem que fazer um desgaste 
compensatório. Onde tem a setinha vermelha tem 
uma concavidade de dentina, o instrumento só vai em 
uma parede porque a entrada do canal está faltando 
um desgaste, a lima tem que entrar reta e livre no 
canal, não pode sofrer tensão. 
 
Essa alteração de cor que dizer que foi feito uma 
cirurgia de acesso sem uma limpeza adequada da 
coroa do dente ou então não removeu todo o 
conteúdo da câmara pulpar. 
 
E N D O D O N T I A I/II 
 
Área de eleição dos caninos são as mesmas que os 
incisivos só que a forma de contorno que vai ser de 
acordo com a forma da coroa externa do dente. 
 
 
A área de eleição do pré-molar inferior vai ser a 
oclusal, a forma de contorno para remover a câmara 
vai ser vestíbulo-lingual. As cúspides do pré-molar 
inferior têm uma inclinaçãozinha para vestibular, 
então vai cair na câmara pulpar, vai com a sonda ver 
onde está retendo e com a broca esférica vai 
removendo automaticamente vai ser feito a forma de 
contorno. As paredes precisam ser divergentes por 
isso o acabamento é feito com a tronco cônica. 
 
 
A área de eleição do pré-molar superior vai ser a 
oclusal, a forma de contorno para remover a câmara 
pulpar pelo centro do centro, corte vai ser no sentido 
vestíbulo-palatino. A broca vai ser localizada tentando 
achar o canal principal que é o palatino. Quando cair 
no vazio tem que parar e localizar os canais com a 
sonda, aí quando não tiver mais nada vai pegar a broca 
tronco cônica e vai fazer uma divergência nessa 
parede para ficar um pouco expulsiva. 
 
Os pré-molares têm muitas raízes que são 
convergentes, como por exemplo da primeira imagem 
as duas limas chegam a se tocar. Para ser feita uma 
boa exploração, colocar uma lima direito tem que ter 
as paredes expulsivas para as duas limas entrarem 
livres dentro do canal. 
INSTRUMENTO ENDODÔNTICO 
Chamaremos de instrumento endodôntico as limas 
manuais com que alargamos e damos forma adequada 
aos canais radiculares. Estudaremos sua evolução e as 
normas utilizadas para sua fabricação porque 
antigamente cada um fabricava o instrumento do jeito 
que queria. 
Em 1955 iniciou-se a padronização dos instrumentos 
endodônticos: Em uma reunião entraram em 
concordância entre o diâmetro e a conicidade para 
cada tamanho de instrumento e material de 
obturação, isso quer dizer que o diâmetro e a 
conicidade da lima vai ser idêntica à do material de 
obturação. Criou-se uma fórmula de aumento gradual 
de um instrumento para outro, porque antigamente 
não existia um padrão. Criou-se um sistema de 
numeração baseado no diâmetro do instrumento em 
décimos de mm. 
Com a globalização do mundo criou-se normas para 
fabricar os instrumentos em qualquer lugar do mundo 
da mesma maneira, isso se chamou ISO 9000. Então 
E N D O D O N T I A I/II 
atendendo a essa ISO 9000 a ponta das limas 
endodônticas foi denominada como D0 (d zero). 
A parte ativa (onde tem corte) vai medir 16mm e o 
final da parte ativa foi denominado D16. 
O número do instrumento é determinado pelo 
diâmetro do D0 em décimosde mm. 
 
Para entender melhor: 
→ D0 (mm): Ponta da lima 
→ D16 (mm): Final da parte ativa 
→ Conicidade: 0,02mm/mm [Isso quer dizer que a 
lima engrossa da ponta para o cabo 0,02 a cada 
milímetro] 
 
Essa lima de 30, na ponta ela tem 0,30mm, se cortar 1 
milímetro da ponta dela, ela vai passar a ser uma lima 
de 0,32mm porque aumentar 0,02mm. Se for cortado 
mais 1 milímetro depois ela vai ficar com o diâmetro 
0,34. A conicidade dos instrumentos é dada pelo 
aumento gradativo de 0,02mm para cada mm de 
haste. 
Exemplo: Lima 10 corta-se 1mm em D0 vai virar uma 
lima 12. 
Isso nos permite “fabricar” um instrumento não 
convencional, ou seja, quer dizer que vai ter uma hora 
que vai precisar instrumentar os canais em sequência 
e vamos supor que precisa ir da lima 10 para lima 15, 
mas o canal é muito curvo e apertado, a lima 10 
consegue entrar direito, mas depois a lima 15 não vai 
porque está muito apertado. 
 Então você vai pegar a lima 10 cortar 1mm dela e 
fabrica a lima 12 e consegue entrar mais suavemente. 
 
O recurso de fabricar uma lima intermediária ajuda 
nesses casos de canais curvados e apertados. 
Obs.: 
O diâmetro D16 é 0,32mm maior do que D0. Porque 
16,0 x 0,02=0,32mm. 
Exemplo: 
 
Até existem limas de calibres e conicidades não 
convencionais, chamadas de Golden Mediums, mas 
são muito difíceis de encontrar. (12,17,22,27,32,37) 
COMPRIMENTO DAS LIMAS 
A medida do D0 até o final da haste e onde começa o 
cabo. 
→ Limas de 19,0mm (curtas) 
→ Limas de 21,0mm 
→ Limas de 25,0mm (médias, mais usadas) 
→ Limas de 28,0mm 
→ Limas de 31,0mm (maiores) 
→ Limas tipo K e Hedstroen (H) 
 
Obs.: 
Hedstroem corta mais, porém amassa e quebra a 
ponta com facilidade então para quem está 
E N D O D O N T I A I/II 
começando não é indicado. A lima K-file é mais 
indicado. 
Existem limas de 1ª série (para começar) e lima de 2ª 
série (para terminar). 
 
*Uma caixinha de 31mm da 1ª série para instrumentar 
caninos. 
Série Especial: 
→ 06 = Rosa 
→ 07 = Cinza 
→ 10 = Roxa 
3ª SÉRIE: Para dentes imaturos (que não fechou o 
ápice ainda) 
→ 90 = Branco 
→ 100 = Amarelo 
→ 110 = Vermelho 
→ 120 = Azul 
→ 130 = Verde 
→ 140 = Preto 
 É importante saber que chama “série 1 ou 2” porque 
são usadas em série, começa pela 15 quando estiver 
frouxa dentro do canal, não cortando mais passa para 
lima 20 e assim sucessivamente sem pular limas. 
EXPLORAÇÃO DO CANAL 
1. Usar instrumentos pré curvados 
2. Limpar o CDC que está lateralmente com 
instrumento pré curvado 
3. Ver anatomia e radiografia 
4. Enxergar a coroa e pensar na raiz 
5. Entender a anatomia 
6. Ver onde está a curvatura 
O QUE DEVE SER OBSERVADO NA EXPLORAÇÃO? 
(PQP) 
1. Variações quanto ao número de canais do dente. 
2. Variação quanto a direção do canal curvo, 
angulado e/ou acentuado. 
3. Variações quanto ao aspecto do canal definido ou 
não. 
4. Variações quanto ao calibre do canal. 
5. Variações quanto à forma circular, oval ou 
triangular. 
O QUE DEVE SER OBSERVADO NA EXPLORAÇÃO? 
1. Presença de restos pulpares. 
2. Presença de corpos estranhos. 
3. Presença de calcificação no interior do canal. 
4. Presença de desvio de canal. 
5. Presença de reabsorção interna ou externa. 
Não mexer em dente que não tem radiografia com 
nitidez. 
CASOS ESPECIAIS: 
1. Canais com forame incompleto (apiceficações). 
2. Canais com obstruções. 
3. Canais com perfurações. 
4. Canais para serem retratados. 
‘’Não existe retratamento de canal.’’ 
‘’Sem lesão e sem sintomatologia, não mexer no 
dente.’’ 
ALGUMAS ATENÇÕES: 
• Desvio de canal: inclinação do dente. 
• Nódulo pulpar: deve-se remover com broca e 
testar lisura com a sonda para intruduzir o 
instrumental. 
• Reabsorção interna: Rremover, preencher e fazer 
controle radiográfico. 
• Analisar tudo possível na radiografia inicial. 
CUIDADOS NA EXECUÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO 
CANAL: 
1. Verificar se o dente tem vitalidade ou não. (antes 
da anestesia) 
2. Deve-se umedecer toda a câmara pulpar com 
solução de hipoclorito de sódio. 
3. Utilizar uma lima para o canal com tamanho e 
diâmetros adequados. 
4. Iniciar a exploração do canal com um instrumento 
mais fino possível, de acordo com a luz do canal. 
5. A radiografia deve ser examinada para observar a 
característica de cada dente a todo momento. 
CUIDADOS NA EXECUÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO 
CANAL: 
1. Deve-se usar instrumento curvo em canal curvo. 
E N D O D O N T I A I/II 
2. Não permitir, durante a penetração, a introdução 
de material séptico através do forame apical. 
3. Deve-se utilizar cursor nos instrumentos. (Ponto 
de referência) 
TESTE DE VITALIDADE (PQP): 
1. Teste de vitalidade positivo (pulpite) 
• Doeu com frio: aguda, pode se fazer 
tudo em única sessão, pois não tem 
bactéria. 
• Doeu com quente: crônica, deve-se 
fazer o esvaziamento. (penetração 
desinfectante) 
2. Teste de vitalidade negativo (necrose pulpar) 
• Abcesso apical agudo 
‘’Todo instrumento deve estar pré curvado, pode ser 
curvado com aparelho específico, gaze, pinça de 
algodão ou com a mão. (evitar angulação viva)’’ 
‘’Limpar CDC com lima de menor calibre. (patência)’’ 
PENETRAÇÃO DESINFECTANTE: 
Dente com vitalidade: não se preocupar com bactéria, 
mas sim em não contaminar 
Desinfectar 1/3 à 1/3 
→ Instrumentação crown-down – Descer da coroa 
até o ápice da lima maior para a menor sem 
pressão. 
Fazer desgaste compensatório sempre, para facilitar o 
encontro do CDC e também na cicatrização. 
AS CLASSES SÃO REPRESENTADAS: 
1. O calibre do canal 
2. A curvatura do canal 
3. O acesso ao forame apical 
• Classe I: 
É representada por canal amplo, mediano ou 
ligeiramente constrito, reto ou com curvatura 
discreta (menos que 25º). 
• Classe II: 
Canal radicular de calibre constrito com 
curvatura acentuada (26 até 40º) 
• Classe III: 
Canal radicular mediano ou constrito. 
Canais com angulação acentuada (40 à 90º) 
Canal em forma de baioneta com raízes 
dilaceradas. 
Perfuração direta do ápice na Classe III: 
• Não removeu as raspas de dentina. 
• Falta de curvatura dos instrumentais. 
• Não utilizou a recapitulação. 
 
 
ODONTOMETRIA 
Mensuração do dente 
OBJETIVOS: 
• Não sacrificar o canal cementário. 
• Não dilacerar o forame apical. 
ASPECTOS BIOLÓGICOS: 
• Haver reparação do tecido periapical. 
• Reparação biológica adequada. 
 
‘’A endodontia será um procedimento simples no dia 
em que o dentista reconhecer e compreender que ela 
deve ser executada dentro dos limites do canal.’’ 
TÉCNICA PARA OBTENÇÃO DO CRT (COMPRIMENTO 
REAL DE TRABALHO): 
• Paiva e antonirzz 
• Walton e Torabinejad 
• Localizadores eletrônicos de ápice. 
VARIAÇÕES DO LIMITE APICAL: 
1. Idade do paciente. 
2. Polpa viva ou morta. 
3. Lesão apical. 
4. Reabsorções radiculares. 
5. Ápice completamente formado. 
REQUISITOS DE UM MÉTODO PARA A DETERMINAÇÃO 
DO CRT: 
• Ser preciso 
• Ser rápido e de fácil execução 
• Ser facilmente confirmado 
 
‘’Comprimento do dente se dá da medida do ponto de 
referência até o vértice radicular’’ 
PONTO DE REFERÊNCIA (PQP) 
Incisal de anteriores e cúspide de posteriores. 
E N D O D O N T I A I/II 
ODONTOMETRIA: 
Cuidados com a radiografia (alongada ou encurtada). 
Dent
e 
Inc
. 
Ce
nt. 
In
c. 
La
t. 
Can
ino 
1º 
P
M 
2º 
P
M 
1º 
Mo
lar 
2º 
Mo
lar 
3º 
Mo
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Supe
rior 
22 
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27 
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m
m 
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m 
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m
m 
DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE TRABALHO: 
• Comprimento de trabalho provisório: PR até 
Vértice radicular 
• Comprimento de trabalho real: CTP mais 1 ou 2 
mm. 
LIMITE APICAL (WALTON E TORABINEJAD (EM 
RELAÇÃO AO CTR)): 
1. Sem lesão ou reabsorção = 1mm 
2. Com lesão e sem absorção = 2,5 mm 
3. Com lesão e com reabsorção = 2 mm 
 
 
OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
OBJETIVOS: 
1. Previnir formação e reformação de exsudato. 
2. Impedir a reinfecçãopor MO. 
3. Favorecer o processo biológico de reparação. 
LIMITE DA OBTURAÇÃO: 
• 1 à 2 mm àquem do Ápice radiográfico. 
• Limite cemento-dentinário. 
QUANDO OBTURAR O CANAL RADICULAR (AUTOR A) 
(PQP): 
1. O dente se encontra assintomático. 
2. Sem dor espontânea à percussão. 
3. Sem sensibilidade apical à palpação. 
4. O canal está preparado, limpo e dilatado de forma 
cilíndrica-cônica. 
5. O canal tenha sido secado após a irrigação livre de 
umidade e exsudato. 
 
MOMENTO DA OBTURAÇÃO (AUTOR B): 
1. Dente assintomático. 
2. Ausência de Exsudato. 
3. Ausência de mobilidade ou edema. 
TRATAMENTO EM SESSÃO ÚNICA (INDICAÇÕES): 
1. Após pulpectomias. 
2. Retratamento sem lesão apical. 
3. Antes de cirurgias. 
4. Situações acidentais. 
5. Dentes com fístulas, oriundas do canal. 
6. Casos de pulpite aguda. (sem bactérias) 
REQUISITOS DO MATERIAL OBTURADOR 
(GRASSMAN): 
1. Fácil introdução no canal. 
2. Obliterar lateral e apicalmente. 
3. Não sofrer contrações. 
4. Ser impermeável. 
5. Ser bacteriostático. 
6. Ser radiopaco. 
7. Não manchar os tecidos dentinários. 
8. Fácil remoção do canal. 
MATERIAIS OBTURADORES: 
1. Sólidos. 
• Cones de prata. 
• Cones de guta-percha. 
2. Cimentos. 
• Hidróxido de cálcio e um veículo. 
3. Pastas. 
• Pasta de Richert ou Grossman. 
CONES DE GUTA-PERCHA (CARACTERÍSTICAS): 
1. Adaptam-se às irregularidades do canal. 
2. São bem tolerados pelos tecidos periapicais. 
3. Estabilidade dimensional. 
4. São plastificados por meio físico e químico. 
5. Radiopacos. 
6. Podem ser facilmente removidos do canal. 
7. Não alteram a cor da coroa do dente. 
8. Facilidade no preparo para núcleo. 
E N D O D O N T I A I/II 
CONES DE PRATA (DESVANTAGENS): 
1. Não se adaptam às paredes do canal. 
2. Sofrem corrosão. 
3. Remetem a penetração do exsudato. 
4. São de difícil remoção. 
5. Dificultam o preparo para núcleo. 
 
TÉCNICA DE CONDENSAÇÃO LATERAL: 
1. Cone de Guta-percha deve ficar retido apicalmente, 
obturando pelo menos 4 mm apical. 
2. Inserir espaçador digital e inserir cones de guta-
percha acessórios para obliterar totalmente o 
canal. 
3. Após obliterar totalmente, cortar com instrumental 
quente o excesso de guta na câmara pulpar. 
4. Condensar com instrumental frio todas as gutas 
para se adaptarem no canal. 
Evitar que as gutas se dobrem no canal. 
TÉCNICA DOS CONES ROLADOS: 
• Bem trabalhosa. 
• 3 cones na placa de vidro... 
‘’Também temos a Técnica de Condensação Vertical de 
Guta-percha aquecida’’ 
CONTROLE DO PACIENTE APÓS A OBTURAÇÃO: 
1. Orientar o paciente que o dente poderá ficar dolorido. 
2. Recomendar o uso do analgésico. 
3. Bochecho com água aquecida. 
4. Se o edema iniciar, usar compressas geladas 
externamente (Jamais usar compressa quente externa). 
5. Repouso articular não mastigando sobre o dente (dente 
sempre em infra oclusão) 
6. Restaurar o dente para evitar cárie ou fratura. 
7. Exame radiográfico periódico. 
ESPAÇO PARA COLOCAÇÃO DE NÚCLEO: 
1. Remoção progressiva da obturação usando 
instrumental aquecido. 
2. Remover a obturação com brocas gates-glidden. 
3. Remover a obturação com limas e solventes 
(raramente usados). 
TAMPÃO DO FORAME APICAL (INDICAÇÕES): 
• Após pulpectomias. 
• Nos canais de calibre muito amplos ou extrusos. 
• Complemento da técnica de apicificação. 
CANAL ANATÔMICO E CIRÚRGICO: 
• Stop apical: Como se fosse um anteparo apical feito 
pelos instrumentos para reter o cone de guta (canal 
modelado). 
PROTOCOLO ENDODONTIA 
1.1 PROTOCOLO NORMAL: 
1. Inspeção 
2. Radiografia 
3. Anestesia 
4. Cirurgia de acesso (acesso a câmara, forma de 
conveniência e preparo da câmara pulpar) 
5. IA + antissepsia do campo operatório 
6. Localização da entrada do canal 
7. Irrigação e penetração do canal com NaCl 
2,5% terço a terço de mm em mm. 
8. Exploração do canal radicular 
9. Odontometria 
10. Pulpectomia 
11. Instrumentação do canal radicular 
12. Medicamento curativo intracanal 
13. Obturação dos canais radiculares 
14. Chegar oclusão 
1.2 PROTOCOLO ABCESSO 
1. Inspeção 
2. Radiografia 
3. 
4. Anestesia 
5. Cirurgia de acesso 
6. IA + antissepsia do campo operatório 
7. Irrigação com NaCl 2.5% terço á terço de 
mm em mm 
8. Esvaziamento do canal 
9. Debridamento do forame 
10. Aspiração 
11. Curativo medicamentoso + aplicação de 
agentes caloríficos 
12. Tratamento geral: antibiótico + analgésico 
1.3 PROTOCOLO PAA QUÍMICA: 
1. Inspeção 
2. Radiografia 
3. Anestesia 
4. Cirurgia de acesso 
5. IA + antissepsia do campo operatório 
6. Localização do canal 
7. Irrigação e penetração desinfectante 
8. Deixar aberto por 10 minutos 
9. Bolinha estéril + agua destilada 
E N D O D O N T I A I/II 
10. Fazer curativo (cotosol) 
11. Ajuste de oclusão 
1.4 PROTOCOLO LESÃO ENDOPERIO: 
1. Inspeção 
2. Radiografia 
3. Cirurgia de acesso 
4. IA + antissepsia do campo operatório 
5. Localização e exploração do canal 
6. Irrigação 
7. Odontometria 
8. Esvaziamento do canal 
9. Pulpectomia 
10. Instrumentação do canal 
11. Preencher o canal com hidróxido de cálcio 
12. Encaminhar para o periodontista 
1.5 PROTOCOLO PULPITE: 
1. Inspeção 
2. Radiografia 
3. Anestesia 
4. Cirurgia de acesso 
5. IA + antissepsia do campo operatório 
6. Localização do canal 
7. Irrigação 
8. Odontometria 
9. Pulpectomia + esvaziamento do canal 
10. Instrumentação 
11. Medicamento curativo 
12. Obturação do canal 
13. Checar oclusão 
 
TEMPOS OPERATÓRIOS DO 
TRATAMENTO DOS CANAIS 
RADICULARES - PULPECTOMIA 
 
 
1. Sequência Diagnóstica: anamnese e exame físico; 
2. Anestesia: a anestesia do dente que vai ser 
submetido ao tratamento endodôntico merece o 
máximo de cuidado. No tratamento dos dentes 
com polpa viva, uma cuidadosa e correta anestesia 
é fundamental para proporcionar conforto ao 
paciente e tranquilidade ao profissional. 
Antecedendo a anestesia, é aconselhável 
promover a antissepsia da região a ser anestesiada 
e aplicar um anestésico tópico. Depois, é 
recomendável aguardar o tempo suficiente para 
obter a anestesia profunda do dente em 
tratamento; 
3. Preparo da Coroa: na sequência, deverá ser 
realizado o preparo da coroa ou de seu 
remanescente através de uma profilaxia para 
remoção de cálculo e de placa. Em casos de lesões 
cariosas, será retirado todo o tecido cariado ou de 
tecido gengival presente no interior da coroa e 
realizado o aplainamento de superfícies irregulares 
que possam interferir nos bordos de referência 
que serão utilizados futuramente durante o 
preparo do canal. Da mesma forma, devem 
merecer especial atenção as restaurações já 
existentes que, por não estarem proporcionando 
um adequado selamento, permitirão a infiltração 
bacteriana durante a realização do tratamento 
endodôntico, comprometendo a desinfecção do 
canal; 
4. Cirurgia de Acesso: para cirurgia de acesso deve-se 
ter um conhecimento prévio da topografia da 
cavidade pulpar, inclusive das dimensões do 
dente, como número, forma e direção das raízes, 
assim como da situação do dente no arco. Deve-se 
estar atento a forma de contorno e conveniência 
da cavidade. 
 
→ Forma de contorno: consiste em determinar o 
formato, os limites e desenho da cavidade. A 
forma de contorno é determinada de acordo com 
o número de raízes do dente; 
→ Forma de conveniência: tem como objetivo 
eliminar qualquer interferência que venha impedir 
que os instrumentos endodônticos atuem em 
todas as paredes do canal radicular; 
As formas de contorno e conveniência variam de 
acordo com os detalhes anatômicos de cada dente. 
No caso do elemento 26, a forma de contorno seria 
um triângulo, pois ligando por pontos as três raízes 
essa é a forma encontrada. A base vai estar voltada 
para vestibular e o ápice para palatina. A posição mais 
frequente do conduto mésio-vestibular é embaixo da 
cúspide mésio-vestibular, por esse motivo, a polpa 
nunca vai estar distribuída no centro do dente, ela 
sempre vai estar direcionada para região mesial. Isso 
vale para qualquer dente, e assim o acesso sempre 
será maispara mesial. Para forma de contorno utiliza-
se uma broca esférica, sempre pelas laterais das 
paredes, para evitar que o assoalho seja tocado. 
A forma de conveniência é expulsiva e para tanto se 
utiliza uma broca tronco-cônica de ponta inativa nos 
dentes posteriores, para evitar que o assoalho seja 
desgastado. 
E N D O D O N T I A I/II 
A localização da entrada dos canais é feita por meio da 
inspeção e da exploração com sonda. 
5. Isolamento absoluto: o isolamento absoluto 
permite a manutenção das condições de assepsia 
ou facilita os procedimentos de antissepsia. Da 
mesma forma, melhora a visibilidade e constitui 
uma proteção ímpar para evitar a deglutição ou a 
aspiração de instrumentos ou de produtos 
químicos utilizados durante o tratamento 
endodôntico. Após colocação do isolamento, deve-
se fazer a desinfecção do campo operatório com 
gaze embebida de hipoclorito de sódio, sendo o 
dente e o lençol descontaminados; 
6. Determinação do Comprimento de Trabalho 
Provisório – CTP: é preciso estabelecer uma 
medida para realizar o esvaziamento do canal. O 
CTP pode ser obtido facilmente medindo-se a 
radiografia quando ela é feita com posicionador. 
Entretanto, quando não é possível o uso do 
posicionador, utiliza-se a seguinte fórmula: 
CTP= Comprimento Radiográfico do Dente 
CRD + Comprimento Médio do Dente CMD – 3mm2 
O CRD é obtido através da medição da radiografia, o 
CMD através da literatura e o -3mm é a margem de 
segurança. 
7. Irrigação do canal: o hipoclorito de sódio é a 
solução irrigadora de eleição. A concentração ideal 
é de 2.5%, porque caso a carga de cloro seja 
volatilizada, pelo menos 1% ainda estará presente 
e em caso de extravasamento a concentração não 
é alta. Como possui característica de volatilidade 
(evitar luz e calor) as concentrações mais baixas de 
0.5 e 1% podem volatilizar rapidamente, 
principalmente se a loja armazenar de maneira 
inadequada o frasco e assim, o produto não 
cumpre seu papel no momento do uso. A 4, 5.25, 6 
e 8% são soluções muito concentradas, por isso 
menor a biocompatibilidade e maior a irritação 
tecidual. Em caso de um eventual extravasamento 
haverá um acidente sério. 
 
Durante a irrigação a manobra a ser realizada é 
irrigação, inundação e aspiração do excesso. A câmara 
precisa ficar repleta de hipoclorito de sódio durante 
todo tempo. Só deve ser sugado o excesso que vaza 
para o lençol de borracha. 
8. Pulpectomia 🡪 instrumentação com lima 10. 
Movimentos de ¼ de volta, oscilatório e quando 
houver resistência, deve-se sair e recomeçar o 
mesmo movimento, fazendo cortes iguais nas 
quatro paredes para descolar a polpa e deslocar 
seus pedaços. A pulpectomia está concluída 
quando é sessado sangramento, e isso quer dizer 
que a congestão foi controlada e a maior parte da 
polpa foi eliminada, porque ainda há um coto 
apical que foi deixado nos mm da margem de 
segurança, que será instrumentado na próxima 
sessão. 
9. Determinação do Comprimento de Trabalho Real - 
CRT 🡪 existem dois métodos para determinação do 
CRT: utilizando o localizador apical e através da 
radiografia. 
 
→ Localizador Apical: aparelho que possui um display 
e dois cabos, um que fica na comissura labial do 
paciente do lado oposto ao dente trabalhado e 
outro que é acoplado a lima 10, que é um ótimo 
instrumento para essa determinação. É necessário 
secar a umidade da câmara pulpar apenas com o 
sugador e inserir a lima ultrapassando o forame 
para o aparelho perceber onde é fora do canal, 
para depois determinar com precisão onde fica o 
CDC. O recuo gradativo deve ser realizado até 
estabilizar a leitura do display com a medida de 
0.5. O localizador é o método mais preciso de 
determinação do CRT, por que 80% dos forames 
terminam antes do vértice anatômico, e 
radiograficamente a medição é feita até o ápice. 
Em casos que o CDC é ultrapassado e o tecido 
periodontal instrumentado por iatrogenia, o pós-
operatório se torna muito dolorido e sensível. 
10. Instrumentação: a instrumentação vai depender 
do diagnóstico. Se o dente estiver bio, é a primeira 
lima que travar mais 3 limas; se estiver necro, é a 
primeira lima que travar mais 4 limas. Diante disso, 
inicia-se a instrumentação com movimentos de ¼ 
de volta, oscilatórios e quando houver resistência, 
deve-se sair e recomeçar o mesmo movimento, 
fazendo cortes iguais nas quatro paredes, até a 
lima desejada. Na última lima, não haverá 
necessidade de instrumentação, mas sim ajustes 
para modelar o canal para receber o cone de guta 
até o mesmo se assentar no canal na medida 
correta. Utilizam-se três critérios para avaliar se o 
cone de guta está na posição ideal e a obturação 
do canal poder ser realizada, sendo eles: 
 
 
→ Critério visual: o cone deve descer até que chegue 
na marca adequada; 
→ Critério tátil: deve haver pressão, ou seja, 
travamento do cone no canal; 
→ Critério radiográfico: radiograficamente adequado. 
11. Obturação: o canal radicular deve ser obturado 
hermeticamente, ou seja, deve ser preenchido e 
E N D O D O N T I A I/II 
condensado em toda sua extensão e volume. Após 
o canal ter sido seco com cones de papel, inicia-se 
a obturação. A função do cimento endodôntico é 
ocupar as áreas do canal em que o cone de guta 
não se adapta, por isso, o cone principal deve ser 
inserido com bastante cimento no canal, 
pincelando as paredes por duas vezes, para ser ter 
certeza que houve preenchimento. A partir daí, os 
cones acessórios começam a ser utilizados. Os 
cones acessórios devem ter coerência com o 
espaçador que está sendo utilizado e assim como 
o cone principal, devem ser passados no cimento 
endodôntico. 
 
RELAÇÃO DE CONE LATERAL COM ESPAÇADOR: 
• Cones FM: espaçador 30 ou 35; 
• Cones MF: espaçador25; 
• Cones FF: espaçador 15. 
 
Após obturação, os cones devem ser cortados no nível 
do assoalho no caso dos molares e pré-molares, e 
abaixo da linha de colo no caso dos anteriores. Após, a 
câmara deve ser limpa com álcool 90 ou 92 e bolinha 
de algodão para dissolver os resíduos de cimento que 
podem causar manchamento. 
12. Curativo de demora ou Restauração 🡪 ao final 
realiza-se o curativo de demora duplo 
(cotosol+CIV) ou caso haja tempo, a restauração 
pode ser realizada na mesma sessão, pois é um 
ótimo momento já que isso garante o selamento e 
vedamento do elemento, evitando o risco de 
contaminação. Segue-se a remoção do isolamento 
absoluto, checagem de oclusão e radiografia final, 
para documentação e confirmação de que o 
procedimento foi adequado. 
OBS.: 
O cimento endodôntico pode ser de preferência os 
endodônticos resinosos, pois facilitam caso haja a 
necessidade de trabalhos protéticos. 
 
DENTES MULTIRRADICULARES 
(ENDODONTIA II) 
 
Os dentes multiradiculares geralmente ficam na parte 
posterior da boca, então essa já uma coisa que 
dificulta o acesso e a anatomia também pode ser uma 
outra dificuldade, mas nada impede de quando pegar 
um dente com 3 canais e o transforme em 3 incisivos 
para deixar mais simples, por exemplo. Tudo na 
odontologia pode esperar, menos: sair com dor e sem 
dente/dente quebrado (emergência estética). 
Existe um estudo, que foi considerado um trabalho 
clássico dentro da endodontia, que foi feito em 1958 
por um professor na Universidade de Oxford que 
retrata sobre a endodontia que não deu certo. Ele 
levantou nesse estudo muitos dados interessantes: Ele 
pegou 5.224 pacientes para fazer esse estudo e foi 
investigar porque tinha dado errado. Ele chegou em 
um índice de 91% de sucesso no tratamento, ai ele se 
reuniu com a equipe e queria saber porque ainda 
estava perdendo 9% dos casos que eles estavam 
fazendo. Dentro desses 9% dos casos que deram 
errado eles descobriram que cerca de 70% o 
responsável pela falha foi o erro na realização da 
cirurgia de acesso. Isso monstra que o primeiro passo 
dado errado dentro da endodontia vai nos levar a uma 
sucessão de passos errados dentro da endodontia. 
→ Cirurgia de Acesso: É o procedimento cirúrgicoque 
dará acesso ao canal radicular. Deve ser conduzido 
de forma que favoreça a iluminação, visibilidade e 
acesso as entradas dos canais, tão direto quanto 
possível, facilitando as faces subsequentes do 
tratamento. 
Fatores que influenciam a cirurgia de acesso: 
1. Forma da coroa, número de raízes e números de 
condutos. 
2. Idade. 
3. Posição do dente no arco dentário. 
O fator mais importante e o maior causador de erros 
durante a realização da cirurgia de acesso é a não 
observação da posição do dente no arco, então as 
inclinações que podem ter nos dentes podem nos 
levar a cometer inúmeros erros. 
Um pré-molar onde a cirurgia de acesso deveria ter 
acompanhado o longo eixo do dente, por conta da 
inclinação do dente, o profissional acabou fazendo 
essa perfuração para a lateral. 
 
E N D O D O N T I A I/II 
Esse é um caso complexo porque se olhar direito a 
radiografia não vai ver luz de canal presente na raiz, 
então se trata de um dente muito calcificado. 
 
Um pré-molar inferior, que são os dentes mais 
complicados para fazer o tratamento endodôntico 
porque traz um número muito grande de variação 
anatômica. Essa radiografia não mostra luz de canal, 
um dente unir radicular que acabou tendo 3 canais 
com observado na segunda radiografia pós 
tratamento.. 
 
Esse é um primeiro molar superior, onde normalmente 
nós temos 4 canais (1 mesiovestibular, 1 
distovestibular 1 palatino e 1 que fica entre o 
mesiovestibular e o palatino). Esse molar apresentou 
uma variação anatômica onde ele apresentava duas 
raízes palatinas e dois canais. Então é aquilo que foi 
dito em endodontia I, sempre procurar um canal a 
mais. 
 
O profissional foi procurar os canais cometendo um 
erro gravíssimo que foi procurar o canal com a broca, 
ele fez uma destruição na ponta da raiz. Então um 
dente com uma importante estratégica para esse 
paciente (que perdeu o primeiro molar) que era o 
único pilar da mastigação acabou perdendo o dente 
porque não existiu a observação da inclinação do 
dente para a mesial. Por isso é importante observar 
bem ao longo eixo do dente e o posicionamento dele 
na arcada. 
OBJETIVOS DA COBERTURA CORONÁRIA: 
→ Remoção de todo conteúdo da câmara pulpar. 
→ Visão direta do assoalho da câmara e entrada dos 
canais – A cirurgia de acesso tem que ser feita da 
melhor maneira possível que permita essa visão. 
→ Acesso direto a região apical. Permitir um bom 
selamento provisório – Principalmente em dentes 
multirradiculares o tratamento não vai ser feito 
em sessão única. 
→ Não enfraquecer a coroa dental – Vai sempre 
tentar não enfraquecer, mas se precisar fazer um 
desgaste maior em alguma parede para fazer um 
tratamento de canal com excelência é melhor 
fazer pois o tratamento endodôntico é o último 
recurso desse dente, o próximo passo é só a 
extração se não der certo. 
Em dentes unirradiculares a gente falava de: parede 
mesial, parede distal, lingual, vestibular e o teto da 
câmara. Agora em dentes multirradiculares existem 
essas paredes mais o assoalho da câmara pulpar. 
 
Depois da cirurgia de acesso essa vai ser a visão de um 
molar superior onde tem o canal palatino (P) tem o 
canal distovestibular (DV), tem o canal mesiovestibular 
(MV) e o canal mesiopalatino (seta). Por isso é 
importante uma cirurgia de acesso que permita ver 
bem o assoalho da câmara, as paredes circundantes do 
preparo devem ser divergentes para aumentar a 
entrada de luz e conseguir visualizar bem. 
ETAPAS DA CIRURGIA DE ACESSO: 
→ Área de eleição. 
→ Direção de trepanação. 
→ Forma de contorno. 
→ Forma de conveniência. 
E N D O D O N T I A I/II 
Área de eleição: Nos dentes posteriores, pré-molares e 
molares, o ponto de eleição será na superfície oclusal 
(fosseta central). 
Nos pré-molares superiores tudo que for fazer vai ser 
abaixo de uma linha imaginária sobre as pontas das 
cúspides. 
Nos molares a área de eleição vai ser um ponto na 
fossa central. 
Direção de trepanação: Varia de acordo com a posição 
do dente no arco e com a configuração de sua coroa e 
de sua cavidade pulpar. Nos dentes multirradiculares, 
a direção de trepanação é dada em direção ao canal de 
maior volume, evitando tocar o assoalho da câmara. –
Segundo a literatura, professores na prática ensinam 
diferente. 
Forma de contorno: Será dada a partir da anatomia da 
câmara pulpar, removendo todo o teto da câmara. 
Esta manobra deve ser realizada com movimentos de 
dentro para fora. Não tem necessidade em se prender 
em formar geométricas, a partir do momento que 
remove todo o teto da câmara vai existir a forma de 
contorno. 
Forma de conveniência: Etapa final da cirurgia de 
acesso, adaptação da forma de contorno as 
necessidades relacionadas ao preparo cirúrgico da 
cavidade. O profissional precisa entrar com os 
instrumentos para conseguir trabalhar, então vai dar 
uma forma para que a instrumentação fique o mais 
leve possível, para que não precise forçar e acabar 
quebrando o instrumento ou desviando o canal. 
Desgaste compensatório: Remoção das projeções de 
dentina da entrada dos condutos radiculares. Quando 
o instrumento está preso, ou seja pegando nas duas 
paredes, vai fazer um braço de alavanca que vai jogar a 
ponta dele para a vestibular lá no terço apical e ai 
começa a trabalhar com o instrumento preso nessas 
paredes sendo empurrado lá no ápice, conforme for 
aumentando o calibre do instrumento vai cortando 
cada vez mais a parede até fazer uma perfuração. O 
problema disso é que não tem como ver essa 
perfuração na radiografia e as vezes ainda é difícil de 
enxergar na tomografia, ai depois de fazer o canal o 
paciente fica se queixando de dor e aí descobre que 
houve essa perfuração. 
 Para a forma de conveniência não existe uma forma 
definida como antigamente, esse prémolar a forma 
geométrica dele seria uma forma oval e aqui podemos 
ver que a forma está parecendo mais um 8 porque foi 
feito um desgaste compensatório um pouco maior 
para permitir melhor visualização e ser melhor de 
entrar o instrumento. 
 
A diferença da primeira foto da cirurgia de acesso sem 
o desgaste compensatório e a segunda foto pós o 
desgaste compensatório, conseguindo enxergar muito 
mais os canais e facilitando a entrada de 
instrumentais. 
 
A sequência de um planejamento e execução de uma 
cirurgia de acesso. 
 
Vai remover o teto da câmara pulpar com uma broca 
esférica trabalhando de dentro para fora e depois vai 
começar o desgaste compensatório com uma broca 
3081/3082 que é tronco cônica sem corte na ponta. 
 
No primeiro dente está marcado o que o profissional 
achou que seria o desgaste compensatório ideal, a 
remoção desses ombros de dentina nas entradas dos 
canais. No segundo dente ele introduziu uma lima 15 
E N D O D O N T I A I/II 
antes de fazer o desgaste compensatório e ela parou 
antes, ai quando ele introduziu a lima 20 já não passou 
pela metade do canal. 
 
Nessa sequência ele foi fazendo o desgaste 
compensatório e depois colocou a mesma lima 20 que 
não tinha passado do meio da raiz e ela chegou até ao 
ápice. 
O uso de brocas curtas minimiza o risco de 
perfurações, porque quando for usar a broca de alta 
rotação com essas brocas a medida delas é cerca de 
9/10mm e se pegar o pré-molar e medir da ponta de 
cúspide até a junção cemento/esmalte também vai ter 
essa medida. Por isso deve-se evitar o uso de brocas hl 
(haste longa, para evitar falhas e acidentes).