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HISTÓRIA 7 - 3 CORTE (1)

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Prévia do material em texto

HISTÓRIA 
7º ANO 
3º Corte Temporal 
MATERIAL DIDÁTICO 
DE APOIO – PROFESSOR 
2023 
 
 
 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
Governador do Estado de Goiás 
Ronaldo Ramos Caiado 
 
Vice-Governador do Estado de Goiás 
Daniel Vilela 
 
Secretária de Estado da Educação 
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira 
 
Secretária-Adjunta 
Helena Da Costa Bezerra 
 
Diretora Pedagógica 
Márcia Rocha de Souza Antunes 
 
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental 
Giselle Pereira Campos Faria 
 
Superintendente de Ensino Médio 
Osvany Da Costa Gundim Cardoso 
 
Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Militar 
Cel Mauro Ferreira Vilela 
 
Superintendente de Desporto Educacional, Arte e Educação 
Marco Antônio Santos Maia 
 
Superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais 
Rupert Nickerson Sobrinho 
 
Diretor Administrativo e Financeiro 
Andros Roberto Barbosa 
 
Superintendente de Gestão Administrativa 
Leonardo de Lima Santos 
 
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas 
Hudson Amarau De Oliveira 
 
Superintendente de Infraestrutura 
Gustavo de Morais Veiga Jardim 
 
Superintendente de Planejamento e Finanças 
Taís Gomes Manvailer 
 
 
 
Superintendente de Tecnologia 
Bruno Marques Correia 
 
Diretora de Política Educacional 
Patrícia Morais Coutinho 
 
Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação de Resultados 
Márcia Maria de Carvalho Pereira 
 
Superintendente do Programa Bolsa Educação 
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli 
 
Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento Curricular 
Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo 
 
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos 
Alessandra Oliveira de Almeida 
 
Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino Fundamental 
Evandro de Moura Rios 
 
Coordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino Médio 
Edinalva Soares de Carvalho Oliveira 
 
Linguagens 
Fagner Barbosa Ribeiro – Língua Portuguesa 
Maria Magda Ribeiro – Língua Portuguesa 
Sandra de Mesquita – Língua Portuguesa 
Mileidy Pereira Morais – Língua Estrangeira/Inglês 
 
Matemática 
Alan Alves Ferreira 
Tayssa Tieni Vieira de Souza 
Fábio Rodrigues Lucena 
Luiz Felipe Ferreira de Morais 
 
Ciências Humanas 
Wanessa Santos Silva – Geografia 
Declyê Rezende de Faria Sodré – Geografia 
Jéssyka Priscilla Rodrigues Cruvinel – História 
 
Ciências da Natureza 
Bruno Nóbrega – Ciências da Natureza 
Lívio de Castro Pereira – Ciências da Natureza 
 
Revisão 
Alessandra Oliveira de Almeida 
 Ceciliana de Rose Cintra Lagares 
Katiuscia Neves Almeida
 
 
 
 
 
 
 
Colega Professor (a), 
 
Este material didático é um compilado de aulas elaboradas a partir de 
habilidades do Documento Curricular para Goiás – DCGO Ampliado, organizadas 
por turma e corte temporal. Seu objetivo é subsidiar o seu planejamento quinzenal 
e possibilitar a ampliação da aprendizagem. De forma alguma, este material 
pretende substituir sua organização e planejamento. 
A partir destas aulas, você pode inserir outras habilidades complementares 
de modo que os objetos de conhecimento sejam desenvolvidos e a aprendizagem 
aconteça efetivamente. 
Nesse sentido, este material pedagógico não tem caráter de livro didático 
e sim de instrumento de apoio ao trabalho pedagógico em sala de aula. 
 
Um excelente trabalho para você! 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
AULA 11: Revisão ................................................................................................................ 5 
AULA 12: A conquista da América Espanhola ................................................................ 10 
AULA 13: Resistência indígenas, invasões e expansão na América Portuguesa ........ 18 
AULA 14: A estrutura dos vice-reinos nas Américas ...................................................... 22 
AULA 15: Capitanias e suas bases econômicas; distribuição territorial; democracia 
racial entre a miscigenação e o racismo .......................................................................... 26 
RESPOSTAS AULA 11 ....................................................................................................... 45 
RESPOSTAS AULA 12 ....................................................................................................... 45 
RESPOSTAS AULA 13 ....................................................................................................... 47 
RESPOSTAS AULA 14 ....................................................................................................... 48 
RESPOSTAS AULA 15 ....................................................................................................... 49 
 
 
 
5 
 
HISTÓRIA TURMA: 7º ANO 
AULA 11- REVISÃO 
 
ATIVIDADES 
 
1. Observe a imagem a seguir: 
 
A bússola é um instrumento de orientação espacial e territorial. Sobre ela podemos 
afirmar que 
 
A) foi inventada pelos portugueses durante a descoberta do Novo Mundo. 
B) foi aperfeiçoada no continente americano pelos Estados Unidos. 
C) foi trazida do oriente para o ocidente pelos árabes, feita por uma agulha 
magnetizada que indica o eixo norte-sul magnético. 
D) foi desenvolvida pelos chineses e chegou às Américas através dos portugueses. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/bussola.htm 
2. Complete as frases com as palavras do quadro. 
 
50 TONELADAS - ZIGUE-ZAGUE – TRIANGULAR - CARAVELAS LATINAS 
 
a) Na passagem da navegação de cabotagem, ou seja, perder a costa de vista utilizada antes do século XVI, se evoluiu 
para as _________________________ com maior capacidade de carga. 
 
b) As caravelas tinham a característica de terem velas em formato ___________________. 
 
c) As caravelas trouxeram a inovação da navegação em ____________________ contra o vento, chamado de bolinar. 
 
d) A capacidade de carga de uma caravela atingia _______________________ e eram compostas por convés único e 
popa sobrelevada. 
 
3. Leia a canção ‘’Vasco da Gama’’ de Martinho da Vila: 
 
O caso é que o navegante filho de deuses marinhos 
Traçou no mar um caminho pra chegar no Oriente 
Zarpou e foi em frente naqueles mares bravios 
Topou o desafio: outras terras, outras gentes 
Lá, laia, laia, outras terras, outras gentes 
 
Cruzou com feras tamanhas e heróis da mitologia 
Provou sua valentia em grandiosas façanhas 
Comprou e fez barganhas na busca de especiarias 
Com ondas e maresia o mar é um perde e ganha 
Mas a viagem valeu. Eis o Oriente afinal! 
O seu feito monumental muitos outros feitos rendeu 
Pra sua glória e de seu lindo Portugal, tão legal 
E a saga que escreveu inspirou Cabral 
Lá, lá, laia, Vasco! 
Lá, lá, laia, Vasco! 
 
Diz que foi por acaso que aportou na Bahia 
Ventos ou calmaria, hoje isso não vê ao caso 
Dois mil, mil e quinhentos, quinhentos anos de história 
Brasil chegou sua hora! 
Vamos soprar puros ventos 
Lá, laia, laia, vamos soprar outros ventos 
 
Graças aos navegantes, o Vasco depois o Pedro 
E até aos réus de degredo, mandados pra tão distante 
Depois naus e galeras nos pés de alto almirante 
E a cruz emocionante. . . virou esfera das feras 
Como o Gama que o batizou, se afirmou nas regatas 
Pôs negros na Cruz de Malta, e fez uma revolução 
Salve Nossa Senhora das Vitórias e os milagres de São 
Januário! 
Nossa bandeira é o Santo sudário 
E o Vasco é religião. 
https://www.letras.mus.br/martinho-da-vila/710208/ 
 
 
6 
 
A música em questão retrata um movimento histórico conhecido como 
 
A) a criação do time de futebol Vasco da Gama. 
B) as Grandes Navegações. 
C) a descoberta do caminho para o Oriente. 
D) a desenvolvimento das religiões no Brasil. 
 
4. Observe a Charge: 
 
https://brainly.com.br/tarefa/37276984 
Qual a crítica presente na charge? 
_______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
5. As monarquias nacionais centralizaram o poder político na figura de um rei, que era bem distante daquela que 
usualmente costumamos imaginar. A formação das Monarquias Nacionais aconteceu durante 
 
A) a antiguidade. 
B) a modernidade. 
C) durante o Feudalismo. 
D) na contemporaneidade. 
 
6. Observe a imagem a seguir: 
 
 
https://obarquinhocultural.com/2021/03/02/the-crown-a-comovente-trajetoria-da-rainha-elizabeth-ii/ 
 
 
7 
 
A serie The Crown do streaming Netflix faz uma reinterpretação da vida pessoal da família real britânica onde 
Elizabeth II dá seus primeiros passos em direção ao trono inglês, e assume a coroa com apenas 25 anos de idade. A 
serie se popularizou entre os jovens e rendeu a plataforma o Emmy de melhor série dramática em 2021. 
 
O poder absoluto do Rei é característica marcante do 
 
A) Absolutismo. 
B) Nazismo. 
C) Feudalismo. 
D) Socialismo 
 
 
7. O mercantilismo foi o conjunto de práticas econômicas utilizadas pelas nações absolutistas da Europa durante a Idade 
Moderna, especificamente entre os séculos XV e o século XVIII. Pinte de vermelho as palavras que representam suas 
características. 
 
 
 
 
 
 
8. Analise a imagem abaixo: 
 
 
 
http://historia10alfandega.blogspot.com/2011/12/comuna-e-carta-comunal.html 
 
 
 
PROTECIONISMO ALFANDEGÁRIO CAPITALISMO INDUSTRIAL 
METALISMO INDUSTRIALISMO COMERCIAL 
 
 
8 
 
A imagem em questão representa qual movimento? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
9. A chegada da expedição de Cristóvão Colombo deu início 
 
A) à chegada dos portugueses a América. 
B) ao processo de dominação dos povos indígenas e foi o auge de um longo processo de exploração do Atlântico durante 
todo o século XV. 
C) ao processo de solidariedade indígena. 
D) à chegada dos espanhóis as Índias. 
 
 
10. Observe o mapa: 
 
https://suportegeografico77.blogspot.com/2020/05/tratado-de-tordesilhas.html 
 
O mapa acima apresenta uma linha imaginária que separa as terras de Espanha e Portugal, essa linha é denominada 
de? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
11. Os Astecas eram povos guerreiros e destemidos e mesmo sendo maioria perderam a batalha para os espanhóis. O 
motivo foi 
 
A) um movimento de traição. 
B) a posição geográfica desfavorável. 
C) as doenças trazidas pelos europeus. 
D) a falta de armamento bélico. 
 
 
 
 
 
9 
 
12. Observe a imagem a seguir: 
 
 
https://escolakids.uol.com.br/historia/civilizacao-inca.htm 
 
Os Andes e sua posição geográfica foi um fator dificultador para a conquista deste território pelos espanhóis. Os povos 
que viviam nessa região eram denominados de 
 
A) Incas. 
B) Maias. 
C) Astecas. 
D) Povos andinos. 
 
 
13. Poucas pessoas sabem, mas a astrologia (a crença de que os astros influenciam no destino das pessoas), muito 
utilizada nos dias atuais pelos jovens, tem suas origens no calendário solar. 
 
Este que foi desenvolvido pelos 
 
A) Incas. 
B) Astecas. 
C) Maias. 
D) Andinos. 
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/noticias/Tag/astrologia 
 
 
 
 
 
 
 
14. Muitas teorias sugiram sobre o desaparecimento dos povos Maias, mas a partir da década de 90 se obteve uma 
hipótese. Com bases em seus conhecimentos explique como se deu esse desaparecimento. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
10 
 
15. Observe o mapa e preencha as lacunas de acordo com a posição geográfica dos povos pré-colombianos. 
 
 
https://www.liveworksheets.com/zs1284871yh 
 
 
 
 
AULA 12 
Objeto de conhecimento: A conquista da América espanhola 
Habilidade: (EF07HI08) Descrever as formas de organização das sociedades americanas no tempo da conquista com 
vistas à compreensão dos mecanismos de alianças, confrontos e resistências. 
 
A CONQUISTA DA AMÉRICA ESPANHOLA 
 
A conquista da América espanhola foi o nome dado ao processo de dominação dos espanhóis sobre os nativos 
encontrados na América recém-descoberta. A conquista da América foi um dos maiores empreendimentos realizados 
pela Espanha em sua história. A chegada da expedição de Cristóvão Colombo na América, em 1492, iniciou um processo 
que levou ao domínio dos povos indígenas e foi o auge de um longo processo de exploração do Atlântico durante todo o 
século XV. 
O objetivo inicial de Colombo era alcançar a Ásia – chamada de “Índias” –, entretanto, a expedição de Colombo 
resultou na chegada dos europeus ao continente americano e iniciou o processo de ocupação e colonização. 
 
 
11 
 
A conquista da América espanhola ocorreu, 
principalmente, por meio da violência, o que foi 
bastante ressaltado em relatos da época. Os 
contatos iniciais amigáveis logo foram superados 
pela ambição do espanhol de conquistar e 
explorar, principalmente à procura de metais 
preciosos. 
Com a chegada dos espanhóis em 1492, 
Isabel de Castela e Fernando de Aragão, 
conhecidos também como os reis católicos, 
fizeram uso da sua influência – conquistada após 
anos de lutas contra os muçulmanos da Península 
Ibérica – com a Igreja Católica e, assim, surgiu o 
Tratado de Tordesilhas, de 1494. O aval da Igreja 
Católica durante o século XV era extremamente 
importante porque as decisões decretadas pelo 
Papa estavam acima das decisões dos reis. O Tratado estipulou uma linha imaginária sobre a América. Assim, as terras 
descobertas a oeste da linha foram nomeadas como posse da Espanha e as terras descobertas a leste foram nomeadas 
como posse de Portugal. 
Nas terras que foram consideradas espanholas pela Igreja, estavam duas grandes civilizações: astecas e incas. 
Essas civilizações eram conhecidas pelo avançado estilo de vida, possuindo um largo conhecimento sobre inúmeros 
assuntos, além de possuírem grandes construções e formarem sociedades extremamente complexas e organizadas. 
Os espanhóis haviam passado séculos lutando contra os muçulmanos na Península Ibérica em um processo 
chamado de Reconquista. Assim, viram nas expedições à América uma nova reconquista, uma vez que os povos nativos 
não eram cristãos. 
Sobre a conquista da América, é importante considerar que quase não havia financiamentos da Coroa para as 
expedições, que, em geral, eram financiadas por banqueiros interessados no retorno financeiro dessas expedições caso 
fossem encontrados metais preciosos. Entretanto, era necessária uma autorização da Coroa para que uma expedição 
fosse realizada. Hoje, sabe-se que inúmeras expedições foram realizadas de maneira clandestina. Toda expedição 
autorizada pela Coroa tinha como obrigação o pagamento do quinto de imposto (a cobrança de 1/5 ou 20%) de todas as 
riquezas obtidas. 
A história nos conta a vitória dos espanhóis sobre os nativos à custa do extermínio destes. Na maioria dos casos, 
os espanhóis lutavam em cenários extremamente adversos, pois estavam em número consideravelmente inferior ao dos 
nativos. Apesar disso, existem motivos que ajudam a entender a vitória dos espanhóis: 
Doenças: o contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeusfoi mortal. A varíola, principalmente, dizimou 
vilas e tribos inteiras de maneira epidêmica e fulminante; 
Superioridade de armas: as armas utilizadas pelos espanhóis eram notadamente superiores, pois as armaduras 
de metal dos espanhóis garantiam importante proteção, além do uso de espadas, bestas, arcabuzes etc. 
Alianças: a conquista dos incas e astecas só foi possível porque inúmeros outros povos conquistados por incas e 
astecas aliaram-se aos espanhóis na esperança de se libertarem dos seus algozes. 
Nos primeiros anos, a colonização espanhola aconteceu apenas nas ilhas do Caribe, com a implantação de cidades 
e da mineração de aluvião. Rapidamente as populações nativas do Caribe foram quase completamente dizimadas. 
Em várias partes da América, entretanto, houve resistências dos nativos, que lutaram para sobreviver. Outros, em 
contrapartida, optaram por fugir. Além disso, muitos espanhóis tentaram defender os nativos, denunciando as violências 
cometidas. O bispo Frei Bartolomé de Las Casas foi o maior nome na defesa dos índios contra a violência espanhola. 
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/conquista-da-america-
espanhola.htm 
 
 
12 
 
Mesmo assim, a mortalidade foi gigantesca e estima-se que cerca de 80% da população nativa original tenha morrido 
durante o século da conquista. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/conquista-america-espanhola.htm. Acesso em: 14 de jun. de 2021. 
 
 
ATIVIDADES 
 
1. Pesquise em um dicionário o significado de: 
 
ALIANÇA CONFRONTO RESISTÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
2. A conquista dos astecas foi um dos capítulos da conquista da América Espanhola realizada após a chegada dos 
europeus nesse continente. O texto traz ora espanhóis e nativos fazendo alianças, ora confrontando e momentos de 
resistências. Identifique no texto trechos que falam sobre esses momentos: 
 
Aliança Confronto Resistência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Escolha as palavras corretas no banco de palavras e complete a citação a seguir: 
 
CONQUISTA DA 
AMÉRICA 
PORTUGUESA 
EXPLORAÇÃO DO 
ATLÂNTICO 
DOMÍNIO DOS POVOS 
INDÍGENAS 
ESPANHA 
CONQUISTA DA 
AMÉRICA 
ESPANHOLA 
CRISTÓVÃO 
COLOMBO 
PORTUGAL 
EXPLORAÇÃO DO 
MEDITERRÂNEO 
BARTOLOMÉ DE 
LAS CASAS 
DOMÍNIO DOS 
POVOS 
AFRICANOS 
 
“A _____________________________________ foi o nome dado ao processo de dominação dos espanhóis sobre os 
nativos encontrados na América recém-descoberta. A conquista da América foi um dos maiores empreendimentos 
realizados pela ________________________em sua história. A chegada da expedição de 
_______________________________ na América, em 1492, iniciou um processo que levou ao 
____________________________ e foi o auge de um longo processo de _______________________ durante todo o 
século XV. 
 
 
13 
 
4. A história nos conta a vitória dos espanhóis sobre os nativos à custa do extermínio destes. Na maioria dos casos, os 
espanhóis lutavam em cenários extremamente adversos, pois estavam em número consideravelmente inferior ao dos 
nativos. Apesar disso, existem motivos que ajudam a entender a vitória dos espanhóis. Quais foram esses principais 
motivos? Explique cada um deles. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
5. Explique qual era o papel e as exigências da Coroa para com as expedições de conquista da América e quem 
financiava estes investimentos? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
6. Explique com suas palavras como se deu esse processo de exploração e violência na América espanhola. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
QUE FIM LEVARAM AS MAIORES CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE NA AMÉRICA: OS ASTECAS, OS INCAS E 
OS MAIAS 
 
OS ASTECAS 
 
A conquista espanhola do território 
americano está envolvida por ações violentas 
contra os povos nativos, com o objetivo de 
submete-los e explorar suas riquezas. Esse 
processo, no entanto, fez eclodir diversas formas 
de resistência por parte dos povos indígenas. 
Embora fossem guerreiros destemidos e 
mais numerosos que os espanhóis, os astecas 
não resistiram às doenças trazidas pelos 
europeus, às armas de fogo, às espadas e às 
alianças com outros povos nativos. A partir de 
1519, os astecas foram destruídos pelos 
espanhóis. O primeiro conflito entre espanhóis e 
astecas ocorreu em maio de 1520, quando os 
conquistadores invadiram um templo e mataram 
dezenas de indígenas. 
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/eaja/astecas-um-dos-povos-das-
grandes-civilizacoes-da-america-pre-colombiana/ 
 
 
14 
 
Tenochtlitan caiu em agosto de 1521, após meses de cerco. O sistema de alianças que os espanhóis selaram 
durante o conflito foi decisivo para a destruição do Império Asteca. Enquanto os espanhóis tinham o apoio de cerca de 
cinquenta oltepetl, os astecas eram apoiados por apenas três. 
A tomada de Tenochtlitan, não se tratou da vitória dos espanhóis sobre os indígenas, mas da vitória de diversos 
grupos étnicos que, aliados aos espanhóis, derrotaram um inimigo comum: os astecas. Os povos nativos coligados aos 
espanhóis não podiam imaginar que a queda dos astecas era apenas o primeiro grande ato de uma história de destruição 
que arrastaria depois suas cidades, formas de organização social e política, crenças e milhões de vidas. 
 
 
 OS INCAS 
 
Muito difícil e demorada foi a conquista do Império Inca, nos Andes sul-americanos. Ali, tudo dificultava o avanço 
dos espanhóis, a começar pela geografia, pois os Andes não permitiam grandes deslocamentos de tropas, e as trilhas 
feitas pelos incas serviam mais para a defesa nativa do que para os conquistadores. 
Outro aspecto que dificultou a conquista espanhola foi que, embora os incas tivessem um império fundado no 
domínio militar, as elites dos povos por eles 
incorporados eram integradas e não tinham o mesmo 
ressentimento que os povos mexicanos em relação aos 
astecas. Os incas, além disso, haviam tido a 
preocupação e o tempo para expandir o uso da sua 
língua, o quíchua, assim como da sua religião solar. Os 
espanhóis tardaram décadas a conquistar e 
desmantelar o Império Inca. Apenas em 1572, o último 
rei inca, Túpac Amaru, foi derrotado, mais de cinco 
décadas depois da conquista do México. Enquanto no 
México a língua espanhola difundiu-se rapidamente, 
nos Andes o quíchua continua sendo falado até hoje. 
Os objetivos dos espanhóis eram dois: conquistar 
riquezas e almas. As minas foram logo exploradas, e carregamentos crescentes de ouro e outros metais foram levados 
à metrópole europeia. Por conta disso, além da fundação de grandes portos e cidades coloniais, essas riquezas fizeram 
o fausto da corte da nova capital da Espanha, Madri. [...] 
(Adaptado de: Araribá mais História, p.106-107) 
 
OS MAIAS 
 
Os mistérios que culminaram na queda e 
posteriormente no desaparecimento da civilização Maia por 
longos anos foram desconhecidos. Porém,esse fator não 
atuou como causa paralisante das investigações feitas pelos 
arqueólogos, ao contrário, eles avançaram com algumas 
teorias, como a da crise nas rotas comerciais, uma invasão 
e até a ocorrência de uma guerra civil. 
Contudo, foi a partir da década 90 que antigos registos 
climáticos foram recolhidos da civilização passada, onde foi 
possível criar uma nova hipótese para explicar o sumiço da 
sociedade pré-colombiana: ela teria vivido dois momentos 
de grande seca. 
https://conhecimentocientifico.com/incas-imperio/ 
https://www.todamateria.com.br/maias/ 
 
 
15 
 
Por isso, quando os espanhóis chegaram à América Central, em 1517, os Maias já não estavam mais presentes no 
território. Porque depois do momento da grande prosperidade, tanto o poder político quanto o econômico suscetivelmente 
declinaram em como resultado da escassez. Desse modo, em torno do ano 850, aquela sociedade foi saindo gradualmente 
das cidades e, em pouco menos de dois séculos, a civilização, que um dia tinha sido a mais notória, acabou sendo abreviada 
a pequenas aldeias. 
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/que-fim-levaram-os-maias-uma-das-maiores-civilizacoes-da-antiguidade.phtml. Acesso 
em: 14 de jun. de 2021. 
 
7. Observe a imagem: 
 
 
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Conquest_of_Tenochtitlan.jpg Acesso em 19 de ago. de 2020. 
 
A imagem é pintura, do séc. XVII, e representa a conquista de Tenochtitlán por Cortés em 1521, apresenta o início do 
cerco que acabou por derrotar Cuauhtémoc e por fim o império Asteca. A pintura não tem autoria conhecida. Com base 
na imagem responda os questionamentos a seguir. 
 
a) O número de pessoas pintadas no quadro é grande? 
 
 
 
b) Quem está sendo retratado? 
 
 
 
c) O que está sendo retratado? 
 
 
 
d) Qual é o local onde este evento está se passando? 
 
 
 
 
16 
 
e) Descreva com suas palavras esse evento. 
 
 
 
8. A conquista dos astecas foi um dos capítulos da conquista da América Espanhola realizada após a chegada dos 
europeus nesse continente. Os astecas foram uma civilização mesoamericana que habitava a região do atual México e 
mantinham sob domínio de seu imperador, Montezuma, uma vasta população e vários territórios. De acordo com o texto 
o que foi decisivo para a destruição do império Asteca? 
9.Quando o texto diz que os objetivos dos espanhóis eram dois: “conquistar riquezas e almas”. Isso significa que os 
objetivos eram: 
 
(A) Políticos e econômicos 
(B) Sociais e políticos 
(C) Econômicos e religiosos 
(D) Religiosos e sociais 
 
 
10. A conquista do império Inca diferentemente dos Asteca foi mais demorada. Alguns aspectos dificultavam o avanço 
dos espanhóis. Quais foram estes aspectos? 
 
 
11. Os mistérios que culminaram na queda e posteriormente no desaparecimento da civilização Maia por longos anos 
foram desconhecidos. Qual é a principal hipótese que os historiadores usam para justificar o desaparecimento deste 
império? 
 
 
12. Sobre o processo de conquista da América espanhola, responda a cruzadinha a seguir: 
 
a) Qual expedição chegou na América, em 1492? 
b) Qual foi um dos meios que os espanhóis utilizaram para a conquista da América espanhola? 
c) Em várias partes da América, o que houve entre os nativos em busca da sobrevivência? 
d) Quem eram os financiadores das expedições? 
e) Além da resistência qual era a outra opção dos nativos em busca da sobrevivência? 
f) A conquista da América só foi possivel porque Colombo estava atras de um caminho para? 
g) Qual era o outro nome que Colombo usava para a Ásia? 
h) Quais eram as duas grandes civilizações que estavam nas terras que foram consideradas espanholas pela Igreja? 
i) Imposto cobrado pela Coroa, as expedições autorizadas, das riquezas obtidas durante a expedição? 
j) Nos primeiros anos, em quais ilhas a colonização espanhola aconteceu? 
k) Além da fundação de grandes portos o que mais foi fundado devido a exploração de metais na América? 
l) Que tipo de mineração foi implantada? 
m) Qual foi o maior nome na defesa dos índios contra a violência espanhola? 
n) O primeiro conflito entre espanhóis e astecas que mataram dezenas de indígenas, foi marcado pela invasão de um? 
 
 
17 
 
o) Para onde era levado os metais preciosos explorados na América? 
p) Qual era o principal metal precioso explorado nas américas? 
q) Qual império foi muito difícil e demorado a sua conquista por localizar-se nos Andes sul-americanos? 
r) Além de ocupar o território americano os espanhóis também desenvolveram qual outro processo? 
s) Qual língua era falada pelos Incas e continua sendo falada até hoje? 
 
 
 a) C 
 b) O 
 c) N 
 d) Q 
 e) U 
 f) I 
 g) S 
 h) T 
 i) A 
 j) D 
 l) A 
 m) A 
 n) M 
 o) É 
 p) R 
 q) I 
 r) C 
 s) A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
AULA 13 
Objeto de conhecimento: Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa 
Habilidade: (GO-EF07HI09-A) Identificar as nações indígenas originárias no período pré-colonial do Brasil e estabelecer relação com 
as nações indígenas na atualidade, refletindo sobre os contatos entre povos europeus e indígenas, conflitos e resistências no 
passado e no presente. 
 
RESISTÊNCIA INDÍGENA 
 
 
https://www.facebook.com/apiboficial/photos/a.1853600214910139/2709020942701391/?type=3 
 
Leia o trecho do texto de um livro didático a seguir: 
 
Na época dos descobrimentos havia cerca de 5 milhões de indígenas espalhados pelo país. Quando os portugueses 
chegaram ao Brasil, encontraram uma população indígena que habitava o litoral. Os índios que Cabral encontrou na 
Bahia pertenciam ao grupo linguístico tupi. Num primeiro momento, os contatos entre índios e brancos foram 
razoavelmente cordiais e marcados pelo escambo, ou seja, a troca de produtos. O trabalho de derrubar o pau-brasil e 
preparar a madeira para embarque eram feitos pelos indígenas, em troca de roupas, colares, espelhos, facas, serras e 
machados. Quando o português implantou um sistema colonial e pretendeu transformar o índio em escravo agrícola, 
segregou-os nos engenhos e privou-os da caça, da pesca e da luta contra os inimigos. Assim, instalou-se uma guerra 
entre brancos e índios. 
 
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/indios-brasileiros/ Acesso em: 23 de jun. de 2021. 
 
Agora Leia este resumo de um artigo científico: 
 
A ideia de que os indígenas do Brasil no período colonial desapareceram e/ou perderam sua identidade, baseada 
na História tradicional, é debatida e combatida na historiografia recente. Os nativos não podem ser reduzidos a meras 
vítimas da conquista, isso exclui a ideia de que os próprios tomavam a iniciativa para resistir em uma luta pela 
sobrevivência. Eles jamais aceitaram, sem resistência, a dominação do europeu. Os índios não agiam tão somente em 
defesa própria, eles repetidamente iniciavam ataques em territórios recentemente ocupados e, em alguns casos, até em 
territórios já considerados firmemente controlados pelo poder colonial. 
A resistência indígena se dava pelas fugas dos aldeamentos missionários e de outros tipos de cativeiro, pela defesa 
das aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas, pela colaboração com o europeu, bem como pelo 
suicídio quando presos. A resistência intensificava-se, sobretudo, a partir da penetração do conquistador no interior do 
 
 
19 
 
país pela busca de metais preciosos ou na expansão das fazendas, onde estes faziam, na maioria das vezes, o uso da 
violência. 
O domínio religioso imposto pelos portugueses tornava os nativos “submissos” ou aparentemente dóceisà 
dominação. Na visão dos primeiros portugueses, os índios não possuíam nenhuma religiosidade. No entanto, 
religiosidade e crenças míticas faziam parte da vida indígena, e uma das principais tarefas dos portugueses seria a de 
trazer estes índios para a verdadeira fé cristã, e que costumes como a poligamia, a antropofagia, o andar sem roupas, 
as bebidas, etc., fossem extintos. 
A Confederação dos Cariris foi um movimento de resistência da nação Cariri (ou Kiriri) à dominação portuguesa, 
ocorrido entre 1683 e 1713, que envolveu nativos principalmente do Ceará e algumas tribos de Pernambuco, Rio Grande 
do Norte e Paraíba. Ela iniciou-se em resposta ao avanço de sesmeiros que invadiram as terras ocupadas pelos indígenas 
e provocaram vários conflitos. A revolta começou na região norte-rio-grandense do Açu, com ataques contra vilas e 
fazendas resultando em mortes e destruição. A pedido do governo-geral do Brasil, bandeirantes de São Paulo e de São 
Vicente foram requisitados para acabar com o motim. A presença dos bandeirantes não acabou com a revolta, ao 
contrário, disseminou-a para outras regiões e provocou a entrada de outras nações: os Anacés, Jaguaribaras, Acriús, 
Canindés, Jenipapos, Tremembés e dos Baiacus. 
Após anos de luta, entrou em ação o regimento de ordenanças do coronel João de Barros Braga, que fora 
avassalador. Composta de homens conhecedores do terreno e do modo de guerrear indígena fora promovida uma 
expedição guerreira em 1713 que subiu pelo vale do Jaguaribe ao do Cariri, até os confins piauienses, exterminando 
todos os indígenas pelo caminho não importando sexo ou idade. Assim terminou a Confederação dos Cariris, apontada 
nos livros de História tradicionais como a "Guerra dos Bárbaros". 
Os índios Goitacás por duas vezes destruíram a povoação e os engenhos de açúcar construídos em seu território. 
Os Tamoio ou Tupinambá, da família Tupi, grandes guerreiros que ocupavam a região do Rio de Janeiro até Ubatuba, 
formaram a Confederação dos Tamoios que aliada aos franceses durante dez anos (1555-1565) ameaçaram o 
povoamento português das capitanias do sul. 
A superioridade militar dos europeus e a dificuldade dos indígenas de se unirem contra o inimigo comum, foram 
fatores que prejudicaram esse tipo de resistência. Os indígenas, divididos por rivalidades tribais, auxiliavam os europeus 
na luta contra outros indígenas. Mas nas poucas ocasiões em que conseguiram se unir, na forma de confederações, foi 
penoso para os europeus dominá-los. 
 
Disponível em: http://www.leah.inhis.ufu.br/node/60 Acesso em: 23 de jun. de 2021. 
 
 
 
Resistência indígena é celebrada com resgate da memória e luta dos povos originários 
 
 
20 
 
Mesmo sendo um direito reconhecido pela Constituição Federal, demarcação das terras indígenas no Brasil 
não avança 
Xukurus do Ororubá, em Pesqueira, durante ato que marca sua assembleia anual - Vinícius Sobreira/Brasil de Fato 
 
Desde muito novos, aprendemos na escola que a invasão portuguesa do Brasil impactou a vidas dos povos 
originários que aqui já viviam, mas pouco sabemos sobre como as etnias que resistiram ao massacre, que teve início 
em 1500, vivem hoje. Em pouco mais de cinco séculos, a população indígena, que era estimada em 5 milhões na 
época, é agora estimada em cerca de um milhão de pessoas distribuídas em aproximadamente 250 etnias em todo 
território brasileiro. 
 Além do genocídio, o preconceito, a perseguição, o desenvolvimento predatório e a invasão dos territórios têm 
sido ameaças constantes denunciadas pelos indígenas. Mesmo com os problemas, os indígenas celebram o dia 19 
de abril como um dia de luta e resistência contra as ameaças ao seu modo viver. “O nosso povo celebra com muita 
alegria, sabendo que a gente faz memória da nossa ancestralidade, dos nossos antepassados, de todos os guerreiros 
e guerreiras que tombaram na luta pra defender o nosso povo, para que um dia pudéssemos ter território e essa terra 
garantida pra vivenciar nossa cultura, identidade, costumes e tradições”, afirma Maurílio Nogueira, do povo Truká, na 
cidade de Cabrobó, do Sertão do São Francisco. 
Muitas nações indígenas vivem no Nordeste, mais especificamente nas regiões à margem do Rio São 
Francisco, como a comunidade da Ilha de São Pedro, onde vive o povo Xocó, único no estado Sergipe. O território, 
invadido por latifundiários foi reconquistado em 1979 e hoje 117 famílias vivem no local. Os conflitos de terra com os 
territórios indígenas são recorrentes. O povo Xukuru da Serra Ororubá, em Pesqueira, no agreste pernambucano, 
também foi alvo de perseguição por empresários e fazendeiros. 
Por mais que a Constituição Federal reconheça 
o direito à terra pelos povos originários, na prática o 
Estado tem falhado na titulação de terras indígenas. A 
nação Xukuru só teve suas terras finalmente 
reconhecidas pelo Estado após 16 anos e a intervenção 
da Corte Interamericana de Direitos Humanos, após 
constatar os problemas causados pela demora. Há 20 
anos, o Cacique Chicão, que lutou pelo direito à 
demarcação das Terras, foi executado. Amanda 
Santos, que pertence à etnia, fala da importância da 
demarcação “Nós não queremos a terra para fazer negócio, queremos ela pra cuidar, plantar e fazer com que nosso 
povo, nossas crianças e jovens se desenvolvam para continuar a nossa luta. Nós estamos aqui acima do medo e da 
coragem, como dizia Cacique Chicão”. 
Diante de tantos problemas no reconhecimento, titulação e demarcação das terras, as etnias têm se mobilizado 
contra os retrocessos e na luta pelos seus direitos. Um dos espaços de luta e debate sobre os temas será a 15ª edição 
do Acampamento Terra Livre, que acontecerá entre os dias 23 e 27 de abril em Brasília, organizado pela Associação 
de Povos Indígenas do Brasil e que se coloca como mais um espaço de celebração e resistência dos povos originários. 
 
Daniel Lamir e Vanessa Gonzaga 
Brasil de Fato | Recife (PE) | 
 20 de abril de 2018 às 16:03 
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2018/04/20/resistencia-indigena-e-celebrada-com-resgate-da-memoria-e-luta-dos-povos-originarios Acesso 
em: 23 de jun. de 2021. 
 
 
 
 
 
21 
 
ATIVIDADES 
 
 
1. Na época dos descobrimentos havia cerca de 5 milhões de indígenas espalhados pelo país. Quando os portugueses 
chegaram ao Brasil, encontraram uma população indígena que habitava o litoral. Os índios que Cabral encontrou na 
Bahia pertenciam ao grupo linguístico: 
A) Tupi. 
B) Tamoio. 
C) Tupinambá. 
D) Baiacus. 
 
2. De acordo com a visão dos europeus, num primeiro momento, os contatos entre índios e brancos foram 
“razoavelmente cordiais” e marcados pelo escambo, ou seja, a troca de produtos. O trabalho de derrubar o pau-brasil e 
preparar a madeira para embarque eram feitos pelos indígenas, em troca de roupas, colares, espelhos, facas, serras e 
machados. Qual foi o episódio que marcou o início ente brancos e indígenas? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
3. O texto “Resistência indígena”, em uma visão de uma historiografia mais recente, menos europeizada, contrapõe 
essa ideia de cordialidade, uma vez que os indígenas sempre lutaram e resistiram em uma luta pela sobrevivência. Retire 
do texto em destaque um trecho que justifica essa afirmativa. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
4. A resistência indígena intensificava-se, sobretudo, a partir da penetração do conquistador no interior do país pela busca 
de metais preciosos ou na expansãodas fazendas, onde estes faziam, na maioria das vezes, o uso da violência. Descreva 
quais eram as principais formas de resistências praticadas pelos indígenas. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
5. Das alternativas a seguir assinale (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. Em relação a religiosidade dos povos 
indígenas neste período da História do Brasil pode-se dizer que: 
 
 
a) ( ) Os portugueses impunham o seu domínio religioso com a intenção de tornar os nativos “submissos” ou 
aparentemente dóceis à dominação. 
b) ( ) Na visão dos primeiros portugueses, os índios já possuíam uma religiosidade, e por isso eles deveriam respeitá-
la. 
c) ( ) Os indígenas demonstravam a sua religiosidade por meio de crenças míticas e rituais. 
d) ( ) Uma das principais tarefas dos portugueses seria a de trazer estes índios para a verdadeira fé cristã. 
e) ( ) Os portugueses incentivam os indígenas com costumes como a poligamia, a antropofagia, o andar sem roupas, 
as bebidas, etc. 
 
 
 
 
22 
 
6. Procure no dicionário o significado de: 
 
Poligamia 
Antropofagia 
Genocídio 
Preconceito 
 
 
7. O texto “Resistência indígena” deixa evidente que os nativos resistiram com bravura à chegada dos europeus. 
Segundo o texto quais foram os fatores que prejudicaram os maiores êxitos dos nativos nestas resistências? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
8. Geralmente é comum as escolas comemorar o dia 19 de abril, como um momento que na maioria das vezes reproduz 
a visão do europeu sobre os índios. O texto da folha do “Brasil em Foco” traz essa reportagem e fala como os povos 
indígenas celebram o dia 19 de abril. Destaque e transcreva do texto a citação que fala dessa celebração. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
9. Atualmente uma das maiores lutas dos povos nativos estão relacionadas à demarcação das terras indígenas. Nessa 
reportagem são apresentados os motivos e a importância das terras para os indígenas. Quais são os interesses dos 
indígenas na devolução de suas terras? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
10. Nesta atividade usamos três textos (trecho de um livro didático, artigo científico e reportagem), todos eles tratam das 
questões indígenas. Com suas palavras descreva como cada um destes textos trata a questão destes povos nativos. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
AULA 14 
Objeto de conhecimento: A estruturação dos vice-reinos nas Américas 
Habilidade: (EF07HI10) Analisar, com base em documentos históricos, diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades 
americanas no período colonial. 
 
 
 
 
 
23 
 
Leia o fragmento a seguir: 
 
“O período de conquista se estendeu por praticamente todo a século XVI, apesar de oficialmente ter se encerrado 
em 1556, quando ao rei Felipe II tomou uma série de medidas para abrandar a autoridade e a violência dos 
conquistadores (...). Esses conquistadores, chamados também de adelantados, chegavam à América com recursos 
próprios, trazendo consigo um pequeno exército e a resolução de não voltarem de mãos vazias. Entre os principais 
conquistadores se destacaram Hernán Cortez que conquistou a Confederação Asteca, no México, e Francisco Pizarro 
que conquistou o Império Inca, na região do Peru. Num primeiro momento interessava a coroa (...). A partir da segunda 
metade do século XVI, contudo, essa autonomia passou a incomodar a Espanha, que passou a interferir e agir no sentido 
de impor a vontade do soberano nas regiões já conquistadas”. 
 
Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5433/o-dominio-espanhol-na-america-e-a-instituicao-dos-vice-reinados. Acesso em 01 de set. de 2020. 
 
 
Observe as imagens a seguir: 
 
 
Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5433/o-dominio-espanhol-na-america-e-a-instituicao-dos-vice-reinados. Acesso em 01 de set. de 2020. 
 
1. Estas duas imagens são importantes fontes históricas. Vamos analisá-las. Você pode usar as informações contidas 
nos textos para ajudar na compreensão. 
 
a) As obras possuem títulos? Quais? 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
b) Existem pessoas nas pinturas? Quem você imagina que são elas? Como se vestem? Como se portam na pintura? 
Explique. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
Imagem 1 Imagem 2 
 
“A captura de Atahualpa ou a batalha de Cajamarca foi 
um ataque surpresa ao monarca do império Inca por 
Francisco Pizarro e suas tropas. Aconteceu na tarde de 
16 de novembro de 1532, na praça principal de 
Cajamarca, alcançando seu objetivo de capturar o inca 
Atahualpa.” 
A imagem intitulada Lienzo de Tlaxcala é uma ilustração 
produzida por indígenas para indígenas, datada do século 
XVI. De forma geral, ela retrata as duas alianças durante a 
conquista espanhola dos astecas, tendo como figura central 
Hernán Cortés, que liderou em grande parte o domínio do 
território americano e ilumina o tema sobre mestiçagem com 
base na figura de La Malinche, uma das 20 mulheres dadas 
a Cortés por um líder maia. 
 
 
24 
 
c) Percebe-se hierarquia na representação? Como ela aparece? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
d) Qual é a época retratada? Há indícios de tempo histórico na pintura? 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
e) Quais são os temas das obras? O que o autor quis representar? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
f) As imagens tratam do mesmo período histórico? 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
g) Quais eram os principais acontecimentos deste período? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
2. Esses conquistadores, chamados também de adelantados, chegavam à América com recursos próprios, trazendo 
consigo um pequeno exército e a resolução de não voltarem de mãos vazias. Esse trecho “não voltar de mão vazias” 
quer dizer o que? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________Colonização Espanhola 
 
Os espanhóis, logo após empreenderem um 
sangrento processo de dominação das populações 
indígenas da América, efetivaram o seu projeto colonial 
nas terras a oeste do Tratado de Tordesilhas. Para isso 
montaram um complexo sistema administrativo 
responsável por gerir os interesses da Coroa espanhola 
em terras americanas. Todo esse esforço deu-se em um 
curto período de tempo. Isso porque a ganância pelos 
metais preciosos motivava os espanhóis. 
As regiões exploradas foram divididas em quatro 
grandes vice-reinados: Rio da Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha. O termo vice-reinado (ou vice-reino) diz 
respeito ao cargo que compete ao vice-rei, ao tempo que dura esse cargo e à circunscrição governada por esta 
autoridade que representa a pessoa do rei nos territórios coloniais. O vice-rei, por conseguinte, é quem administra e 
governa em nome do rei. A Espanha baseou grande parte do seu poder nesta figura, uma vez que, devido à extensão 
das suas colónias e às dificuldades de comunicação, estas terras não podiam ser geridas de forma centralizada. 
Além dessas grandes regiões, havia outras quatro capitanias: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada 
uma delas, havia um corpo administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados pela Coroa. No topo 
da administração colonial havia um órgão dedicado somente às questões coloniais: o Conselho Real e Supremo das 
Índias. 
Todos os colonos que transitavam entre a colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de Contratação, que 
recolhia os impostos sob toda riqueza produzida. Além disso, o sistema de porto único também garantia maior controle 
 
 
25 
 
sobre as embarcações que saiam e chegavam à Espanha e nas Américas. Os únicos portos comerciais encontravam-se 
em Veracruz (México), Porto Belo (Panamá) e Cartagena (Colômbia). Todas as embarcações que saíam dessas regiões 
colônias só podiam desembarcar no porto de Cádiz, na região da Andaluzia. 
Responsáveis pelo cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os chapetones eram todos os 
espanhóis que compunham a elite colonial. Logo em seguida, estavam os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis 
nascidos na América e dedicavam-se a grande agricultura e o comércio colonial. Sua esfera de poder político era limitada 
à atuação junto às câmaras municipais, mais conhecidas como cabildos. 
Na base da sociedade colonial espanhola, estavam os mestiços, índios e escravos. Os primeiros realizavam 
atividades auxiliares na exploração colonial e, dependendo de sua condição social, exerciam as mesmas tarefas que 
índios e escravos. Os escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas regiões centro-americanas. A população 
indígena foi responsável por grande parte da mão de obra empregada nas colônias espanholas. Muito se diverge sobre 
a relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios. 
Alguns pesquisadores apontam que a relação de trabalho na América Espanhola era escravista. Para burlar a 
proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis adotavam a mita e a encomienda. A mita 
consistia em um trabalho compulsório onde parcelas das populações indígenas eram utilizadas para uma temporada de 
serviços prestados. Já a encomienda funcionava como uma “troca” onde os índios recebiam em catequese e alimentos 
por sua mão-de-obra. 
No final do século XVIII, com a disseminação do ideário iluminista e a crise da Coroa Espanhola (devido às invasões 
napoleônicas) houve o processo de independência que daria fim ao pacto colonial, mas não resolveria o problema das 
populações economicamente subordinadas do continente americano. 
 
Imagem disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=lQkDqipDoxc 
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/colonizacao-espanhola.htm Acesso em: 12 de ago. de 2021. 
 
3. De acordo com o texto, descreva com suas palavras em que consistia o termo vice-reinado e como eles eram 
organizados. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
4. As regiões exploradas foram divididas em quatro grandes vice-reinados. Identifique-os no texto e liste-os aqui. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
5. Relacione a classe social as suas devidas especificações. 
 
a) Chapetones 
( ) eram os filhos de espanhóis nascidos na América e dedicavam-se a grande 
agricultura local. 
b) Criollos ( ) eram os mestiços, índios e escravos. 
c) A base da sociedade ( ) eram todos os espanhóis que compunham a elite colonial. 
 
 
6. Use o texto para identificar se as informações a seguir são Verdade ou Fake News. Depois reescreva os fake News 
de forma que elas se tornem verdade. 
 
a) ( ) Os escravos africanos eram a maioria, concentrando-se nas regiões centro-americanas. 
b) ( ) A população indígena foi responsável por grande parte da mão de obra empregada nas colônias espanholas. 
c) ( ) A relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios eram equivalentes. 
d) ( ) A relação de trabalho na América Espanhola era escravista. 
 
 
26 
 
 
7. Mita e encomienda são dois termos relacionados à América Colonial. Durante a época das Grandes Navegações, os 
europeus encontraram a América e, subjugando os povos nativos do continente passaram a explorá-lo. Para burlar a 
proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis adotavam a mita e a encomienda. 
 
De acordo com seus conhecimentos explique qual a definição dos termos Mita e encomienda. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
8. Depois da leitura do texto e das reflexões a respeito da “conquista” da América, a forma como os povos nativos foram 
tratados pelos colonizadores, analise a fonte imagética a seguir e descreva sobre como foi a ação dos espanhóis sobre 
a população indígena, refletindo se este fenômeno pode ser chamado de “conquista” ou “invasão”. 
 
Conquista - Ação de conquistar, de submeter alguém pelas armas; Coisa conquistada; posse; Processo que leva 
alguém a obter alguma coisa. 
Invasão - Ação de invadir. Irrupção feita num país por uma força militar: as invasões dos bárbaros. 
 
Disponível em: https://www.dicio.com.br. Acesso em: 12 de ago. de 2021. 
 
 
Disponível em: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo_legenda/6057ea324fcf3f347730dc3d51731fed.jpg. Acesso em: 12 de ago. DeDisponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/colonizacao-espanhola.htm. Acesso em: 12 de ago. de 2021.Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/wp-
content/uploads/2020/11/conquista-america-espanhola-1.jpg Acesso em: 12 de ago. de 2021. 
_______________________________________________________________________________________________
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AULA 15 
Objeto de conhecimento: Capitanias e suasbases econômicas; Distribuição territorial.; Democracia racial entre a miscigenação e o 
racismo. 
Habilidade: (EF07HI12) Identificar a distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade 
étnico-racial e étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática). (GO-EF07HI12-A) Identificar e refletir sobre a complexidade 
da formação do povo brasileiro, os diferentes processos de miscigenação, assim como sobre o conceito de democracia racial, 
originário do mesmo. 
 
 
 
27 
 
AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
 
 
https://cursoenemgratuito.com.br/capitanias-hereditarias-e-governo-geral/ 
 
As capitanias hereditárias foram criadas pelos portugueses e implantadas no Brasil em 1535. Consistiam 
basicamente na divisão do território português (estipulada pelo Tratado de Tordesilhas) em 15 faixas de terra, que 
seriam entregues a portugueses responsáveis pelo povoamento da capitania, além do seu desenvolvimento econômico. 
Esse modelo das capitanias foi utilizado pelos portugueses em algumas de suas ilhas atlânticas (Açores e Cabo Verde) 
e, como havia tido sucesso lá, os portugueses optaram por implantá-lo no Brasil. 
O mapa tradicional das capitanias mostra quinze lotes de terra paralelos de norte a sul do Brasil do século XVI. No 
entanto, novos estudos sugeriram uma alteração na forma como se imaginava a divisão dos territórios da capitania. 
Antes de implantar as capitanias hereditárias, os portugueses não deram muita atenção ao Brasil. A chegada de 
Pedro Álvares Cabral em 1500 não havia causado tanto entusiasmo como quando os portugueses chegaram à Índia pela 
primeira vez, por exemplo. 
 
MAPA TRADICIONAL DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
 
Nas primeiras décadas do século XVI, a prioridade dos portugueses era manter de maneira ativa o comércio de 
especiarias obtidas na Índia. As especiarias (em geral, condimentos, perfumes e tecidos finos) eram mercadorias de 
luxo na Europa, portanto, bastante lucrativas. A alta nobreza e a Coroa portuguesa davam bastante prioridade a esse 
comércio. Por essa razão, a exploração do Brasil foi colocada em segundo plano. 
No período de 1500 a 1535, Portugal optou por implantar no Brasil o mesmo sistema que havia instalado em regiões 
do litoral africano: o sistema de feitorias. Elas eram basicamente entrepostos comerciais onde os portugueses 
concentravam as mercadorias de determinada região. No caso do Brasil, a mercadoria de importância nesse período era 
o pau-brasil, obtido pelo cooptação do trabalho dos indígenas. Além disso, as feitorias eram importantes porque 
concentravam construções fortificadas, que garantiam a defesa dos territórios portugueses de invasores. 
Os portugueses instalaram as capitanias hereditárias no Brasil porque o comércio de especiarias na Índia estava 
em declínio e os territórios portugueses eram constantemente invadidos pelos franceses. A ameaça de perder os 
territórios levou os portugueses a criar o sistema de capitanias e a incentivar o povoamento do Brasil por portugueses. 
 
 
28 
 
Além disso, a instalação das capitanias permitiria aos portugueses fazer uma exploração do território e, assim, localizar 
os metais preciosos que tanto buscavam. 
A administração das capitanias hereditárias foi entregue a terceiros, os chamados capitães-donatários. Os 
donatários, em geral, eram formados por membros da pequena nobreza, da burocracia portuguesa e comerciantes. 
Porém, todos possuíam algum tipo de ligação com a Coroa, o que lhes possibilitou o benefício da nomeação 
Os donatários receberam a terra a partir da Carta de doação. Apesar disso, os donatários não eram donos da terra, 
ou seja, a terra ainda pertencia ao rei de Portugal. Uma vez possuidores da capitania, os donatários concentravam todo 
o poder administrativo e jurídico. Cabia a eles a função de desenvolver economicamente sua capitania, atrair moradores, 
distribuir as terras (chamadas de sesmarias), aplicar a lei, desenvolver fortificações para lutar contra indígenas e 
estrangeiros etc. 
O sistema de capitanias hereditárias deu certo? Em tese, não. As dificuldades administrativas prejudicaram bastante 
o desenvolvimento das capitanias, pois, muitas vezes, era necessária a ajuda de Portugal, e a viagem era longa e 
demorada. Além disso, os donatários esbarraram em outras dificuldades, como a falta de recursos, a inexperiência 
administrativa e os conflitos com os indígenas. 
Das quinze capitanias existentes, somente duas prosperaram rapidamente: São Vicente e Pernambuco. Ambas se 
basearam no desenvolvimento da produção do açúcar a partir do cultivo da cana-de-açúcar e assumiram posturas mais 
conciliadores com os indígenas (ou determinado grupo de indígenas). A divisão territorial e o poder dos donatários 
permaneceram até meados do século XVIII, mas Portugal criou um novo governo, mais centralizado. Esse governo foi 
chamado de Governo-geral e começou a funcionar a partir de 1548. 
SILVA, Daniel Neves. "O que foram as capitanias hereditárias?"; Brasil Escola. 
Disponível em: Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foram-as-capitanias-hereditarias.htm. Acesso em 24 de ago. de 2021. 
 
OS DONATÁRIOS 
O donatário se pré-estabelecia como autoridade máxima em sua própria capitania, se comprometendo a desenvolver 
a mesma com seus recursos próprios, apesar de não ser o dono. O rei de Portugal e cada donatário mantinham um 
vínculo jurídico, especificado em dois documentos: 
 Carta de Doação – que conferia a posse; 
 Carta Foral – que determinava direitos e deveres. O Foral da Capitania de Pernambuco serviu de modelo aos outros 
forais das outras capitanias brasileiras. 
 
Através da Carta de Doação, o donatário ganhava a posse da terra e podia transmitir para os filhos, só não podia 
vender. Além disso, ele ganhava uma sesmaria de dez léguas de costa. Ele deveria ainda fundar vilas, distribuir terras 
para quem quisesse cultivar e construir engenhos. 
O donatário tinha total autoridade no campo administrativo e judicial para nomear funcionários e aplicar a justiça. 
Ele podia, também, decretar a pena de morte para os escravos, os índios e os homens livres. 
Possuía ainda alguns direitos garantidos, como a isenção de taxas, a venda de índios e o recebimento de uma parte 
das rendas devidas à Coroa. Podiam escravizar os índios brasileiros, obrigá-los a trabalhar na lavoura ou mandá-los 
(máximo de 30 por ano) como escravos para Portugal. 
Já a Carta Foral tratava, basicamente, dos tributos a serem pagos pelos colonos. A carta determinava ainda o que 
pertencia à Coroa e ao donatário. Quando se descobria metais e pedras preciosas, a Coroa recebia 20% do montante e 
o donatário recebia 10% dos produtos do solo. 
O monopólio do comércio de pau-brasil e de especiarias eram barrados pela Coroa e o donatário poderia 
doar sesmarias para os cristãos que tivessem condições de colonizá-las e defendê-las, assim poderiam se tornar 
colonos. 
 
 
29 
 
Sesmaria vem de “sesma”, originada do latim 
“sexĭma” que significa “sexta parte”. Trata-se de um 
instituto jurídico português que normatizava a 
distribuição de terras destinadas para a produção 
agrícola. 
O Estado, recém-formado e sem capacidade 
para estruturar a produção de alimentos, decidiu 
passar essa atividade para particulares. Esse 
sistema surgiu em Portugal durante o século XIV, 
com a Lei das Sesmarias de 1375. A lei foi criada 
para combater a crise agrícola e econômica que 
atingiu o país e a Europa. Tempos em que a peste 
negra também se agravava. 
As capitanias hereditárias eram imensas, 
mediam entre 200 e 700 quilômetros. Iam desde o 
litoral até a linha do Tratado de Tordesilhas. Foi 
determinada a criação de 15 capitanias e seus 12 donatários. 
Alguns donatários ganharam mais de uma porção de terra e as capitanias do Maranhão e São Vicente foram 
divididas em duas porções. 
Segue os nomes de cada capitania e seus respectivos donatários: 
 Capitania do Maranhão – lote 1: Aires da Cunha associado a Joãode Barros e lote 2: Fernando Álvares de Andrade. 
 Capitania do Ceará – Antônio Cardoso de Barros. 
 Capitania do Rio Grande – João de Barros associado a Aires da Cunha. 
 Capitania de Itamaracá – Pero Lopes de Sousa. 
 Capitania de Pernambuco (Nova Lusitânia) – Duarte Coelho Pereira. 
 Capitania da Baía de Todos os Santos – Francisco Pereira Coutinho. 
 Capitania de Ilhéus – Jorge de Figueiredo Correia. 
 Capitania de Porto Seguro – Pero do Campo Tourinho. 
 Capitania do Espírito Santo – Vasco Fernandes Coutinho. 
 Capitania de São Tomé – Pero de Góis da Silveira. 
 Capitania de São Vicente (dividido em dois lotes: São Vicente e Rio de Janeiro) – Martim Afonso de Sousa. Ele ficou 
por pouco tempo nessa capitania, por que foi conduzido a assumir um posto nas Índias. Sua esposa Ana Pimentel 
continuou na administração da terra. 
 Capitania de Santo Amaro – Pero Lopes de Sousa. 
 Capitania de Santana – Pero Lopes de Sousa. 
Disponível em: https://www.guiaestudo.com.br/capitanias-hereditarias/amp Acesso em: 24 de ago. de 2021. 
 
ATIVIDADES 
 
1. O que foram as capitanias hereditárias e quais eram as suas principais funções? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
https://www.youtube.com/watch?v=RCSD4IFkyb4 
 
 
30 
 
2. A Divisão do Brasil em capitanias hereditárias ocorreu no ano de 1535. Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500. 
Antes dessa divisão territorial como havia sido realizada a colonização do Brasil? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
3. Observe a charge: 
 
 
 https://www.indagacao.com.br/2022/02/historia-do-brasil-para-principiantes-a-charge-refere-se.html 
 
Agora que você já sabe o que são capitanias hereditárias, com base no texto e na charge acima, quais foram os motivos 
que levaram os portugueses a instalarem esse modelo de divisão territorial? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
4. A administração das capitanias hereditárias foi entregue a terceiros, ou seja, não era administrado diretamente pela 
coroa portuguesa. 
 
a) Quem eram os responsáveis pelas capitanias? 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
b) Como funcionava essa nomeação? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
c) Quais eram suas principais funções? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
31 
 
5. Vamos ver se esse modelo de divisão de terras deu certo? De acordo com o texto, no quadro a seguir, faça o inventário 
dos resultados dessas capitanias. 
 
a) O sistema de capitanias hereditárias deu certo? 
b) Por quais motivos? 
c) Quais eram as principais dificuldades? 
d) Quantas capitanias prosperaram? 
e) Quais? 
f) Quais eram as atividades econômicas dessas 
capitanias? 
 
g) A divisão territorial e o poder dos donatários 
permaneceram até quando? 
 
h) Nesse período desse modelo de divisão territorial 
houve uma mudança de modelo de governo por 
parte de Portugal. Como se chamava essa forma de 
governo? 
 
i) Qual era a principal característica desse modelo 
de governo? 
 
 
 
6. O donatário se pré-estabelecia como autoridade máxima em sua própria capitania, se comprometendo a desenvolver 
a mesma com seus recursos próprios, apesar de não ser o dono. O rei de Portugal e cada donatário mantinham um 
vínculo jurídico, especificado em dois documentos. Na imagem a seguir, escreva o nome e as funções desse documento, 
em cada um dos pergaminhos. 
 
 
 
Imagem disponível em: https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/d581dd410921fda224b54fe3fec14e9e.jpg Acesso em: 24 de ago. de 2021. 
 
 
 
 
 
32 
 
7. Sobre a distribuição de terras no Brasil, no mapa mental a seguir, preencha as informações que faltam para completar 
como funcionava as capitanias donatárias. 
 
 
https://brainly.com.br/tarefa/48584313 
 
 
 
8. Você imagina porque as capitanias eram chamadas de Hereditárias? 
_________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________ 
 
 
9. Observe o mapa: 
 
 
No mapa ao lado, datado dos anos de 1534 a 1536, você consegue identificar a qual capitania o nosso Estado de Goiás 
fazia parte? 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: http://www.educabras.com/media/emtudo_img/upload/_img/20110214_111530.gif Acesso em: 24 de ago. de 2021. 
 
 
POVOAMENTO E OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO 
 
O início da ocupação europeia no território brasileiro, a partir do século XVI, foi parte da expansão territorial 
portuguesa no Atlântico, estimulada pela Revolução Comercial, que tornara a Europa sedenta por produtos tropicais, 
além de minerais. Nesse mesmo século foram iniciadas então a expropriação da população nativa e a devastação da 
floresta, com o povoamento e colonização. Inicialmente, navegadores, aventureiros e corsários se interessaram por 
produtos da terra, como o pau-brasil, estimulando os indígenas do litoral a coletarem madeiras e peles de animais 
adentrando nas matas, em troca de objetos de pouco valor. 
 
 
34 
 
INÍCIO DA OCUPAÇÃO PELOS PORTUGUESES 
 
Somente algumas décadas após o “descobrimento”, Portugal 
voltou suas atenções para esse território, iniciando de fato o 
povoamento e desmatando grandes áreas para a agricultura, sobretudo 
da cana-de-açúcar. Para produzir o açúcar, aprisionaram e 
escravizaram indígenas, importaram escravos da África, trouxeram 
animais de tração da Europa e intensificaram a destruição da floresta. 
Os indígenas que se rebelaram, fugiram para o interior, sendo 
perseguidos pelos portugueses que, nessa busca, conquistaram mais 
terras. 
No Sudeste do Brasil e na Bahia, a penetração foi bem mais 
expressiva ao final do século XVI, quando os bandeirantes se 
interiorizaram na busca por metais preciosos e índios para escravizar. 
Na Bahia, quem comandou a penetração foram fazendeiros à procura 
de terras para a pecuária, que também buscaram exterminar os 
indígenas resistentes. No século XVIII, a ocupação já era mais intensa. 
Na bacia do São Francisco e parte do sertão nordestino, grandes 
latifúndios eram explorados diretamente pelos sesmeiros, ou por 
sitiantes que criavam animais e pagavam uma pensão ao proprietário. 
 
DESCOBERTA DAS MINAS GERAIS 
 
Minas de ouro e de pedras preciosas foram descobertas pelos paulistas que adentravam novas terras, atraindo 
grandes migrações ao interior e formando arraiais de garimpeiros. Esse povoamento descontínuo se adensava em torno 
dos garimpos, originando vilas, muitas vezes, distantes entre si, como o núcleo situado nos Gerais e Diamantina, Vila 
Boa de Goiás e Cuiabá. Entre essas vilas, desenvolveram-se lavouras de subsistênciae também atividades pecuárias. 
Aos poucos, estas áreas deram origem às Capitanias de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, desmembradas da 
então Capitania de São Vicente. 
 
POVOAMENTO DO SUL DO BRASIL 
 
No sul do Brasil daqueles tempos, houve pouquíssimo povoamento no litoral, na porção ocidental interiorana se 
desenvolveu um Estado teocrático indígena, organizado pelos jesuítas, com a formação das missões. Lá desenvolviam 
a pecuária e a agricultura de subsistência. Essa civilização, com obras de arte monumentais, como a igreja de São Miguel, 
provocou suspeitas entre as coroas de Espanha e Portugal, além de despertar a cobiça dos bandeirantes que, em 
sucessivas incursões, destruíram vários núcleos missioneiros, escravizando indígenas, roubando o gado e 
desorganizando a estrutura de povoamento. 
A colonização, ou dominação do território no sul do país ocorreu com população de origem portuguesa – colonos 
açorianos assentados no Rio Grande do Sul. Áreas percorridas por bandeirantes paulistas que se estabeleceram nas 
áreas de campo, desenvolvendo a pecuária, que ali encontrou condições ambientais favoráveis. 
Por volta do século XIX, no sul do Brasil foram instaladas colônias baseadas no sistema de apropriação de terras, 
através de colonização oficial ou particular. Esse modo de ocupar as terras foi mais difundido nessa região, assentando 
distintas levas de imigrantes para além dos portugueses, como: alemães, italianos, árabes, poloneses e japoneses. 
 
Disponível em: https://www.infoescola.com/geografia/povoamento-e-ocupacao-do-territorio-brasileiro/Acesso em: 24 de ago. de 2021. 
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/formacao-organizacao-
territorio-brasileiro.htm 
 
 
35 
 
A OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA E O NORTE DO BRASIL 
 
https://resumoparavestibular.com.br/geografia/regiao-norte/ 
A ocupação da Amazônia foi lenta. As distâncias eram enormes, o clima muito quente e úmido, os indígenas 
insubmissos e diversas doenças atingiam os navegadores e aventureiros. Os rios e seus afluentes foram percorridos por 
navegadores portugueses e espanhóis desde o século XVI, com vantagem para os lusitanos que se estabeleceram na 
foz do grande rio, em Belém, fazendo expedições de caça aos indígenas e à procura de drogas do sertão. 
No século XVIII, com maior definição das fronteiras com a Espanha, Portugal estabeleceu um modelo de ocupação 
permanente, utilizando em princípio missões religiosas e, em seguida, estabelecimentos governamentais para reter o 
indígena e fazê-lo produzir para o mercado – madeiras, essências florestais, peixes salgados, couros e peles, entre 
outros. 
Na segunda metade do século XIX, a exploração da borracha e da castanha provocariam uma intensificação da 
migração para a Amazônia, causando o abandono das roças de mantimentos e o aumento da exploração da seringueira e 
da castanheira. A economia se focou ao mercado externo, implantando-se os seringais nas margens dos rios, enquanto 
nos pontos de convergência de vários rios situaram-se vilas e cidades; dentre elas, Belém e Manaus tiveram 
grande crescimento populacional e comercial. O ciclo da borracha não duraria muito, porque a seringueira foi levada para 
o Sudeste Asiático, conquistando os mercados do Brasil. A estagnação e decadência duraram até a segunda metade do 
século XX, quando o povoamento foi adensado com a construção de rodovias e o desenvolvimento da mineração e da 
pecuária. 
A OCUPAÇÃO DA REGIÃO CENTRAL DO PAÍS E BRASÍLIA 
 
O processo de ocupação da Amazônia, desenvolvido a partir dos anos 1930, e o projeto de transferência da capital 
para o Planalto Central, foram feitos por algumas etapas: do Estado Novo de Vargas; de Juscelino, com ênfase na 
construção da capital Brasília e ligação do território nacional; a do período militar, com grande abertura para o capital 
estrangeiro e o emprego de grandes capitais na construção de rodovias e mineração; e a etapa que o geógrafo Manuel 
Correia de Andrade considera que se inicia em meados da década de 1990, caracterizada pela grande crise da chamada 
década perdida (1980) e a tentativa de recuperação. 
No período Vargas, o governo desenvolveu projetos de colonização agrícola no chamado Mato Grosso de Goiás e 
no próprio Estado de Mato Grosso criou cinco territórios federais, visando dinamizar economicamente as áreas de 
fronteiras, desenvolvendo atividades em trechos distantes e pouco povoado. Destes territórios fronteiriços, três se 
 
 
36 
 
transformaram em estados – 
Amapá, Roraima e Rondônia – E dois foram extintos em 
1947: Iguaçu e Ponta-Porã (integrado ao atual estado 
do Mato Grosso do Sul, criado em 1975). 
No período de Juscelino Kubitschek foi realizada 
a construção de Brasília, fazendo uma área antes 
formada por grandes fazendas de criação e terras 
devolutas quase despovoadas ser ocupada por cidades, 
formando núcleos urbanos que viviam em função da 
capital. A construção da cidade atraiu muitos migrantes, 
principalmente do Nordeste – os candangos – trazendo 
crescimento populacional a Goiás, graças à abertura de 
estradas. A inauguração da rodovia Belém-Brasília 
facilitou a penetração do povoamento até a porção sul 
do Maranhão e do Pará, influenciando a criação do Estado do Tocantins, em 1988. 
Os militares, que ocuparam o poder de 1964 a 1985, desenvolveram uma política de expansão no Norte e no Centro-
Oeste. Concluíram assim a construção de estradas que ligaram o Centro-Sul às principais cidades amazônicas, 
fortalecendo uma migração populacional no sentido Sul-Norte. Grandes projetos foram iniciados por grupos internacionais 
interessados na extração de minérios, desmatamento para a produção de celulose, entre outros. Concessões de terras 
desvantajosas também foram feitas também visando a extração de bauxita no Pará. Projetos como esses ocorreram por 
toda a região, acompanhados de concessões nas áreas próximas às rodovias, sobretudo para a pecuária bovina e 
localização de colonos que deveriam desenvolver produzir cacau e café para exportação. Essa política foi prejudicial ao 
país, por desconsiderar a inadequação de grande parte dos solos e o encarecimento dos produtos, devido às distâncias. 
Ademais, foi responsável pelo desmatamento de grandes áreas, erosão dos solos, poluição dos rios, além de estimular 
a formação de imensos latifúndios improdutivos. 
O “vazio” demográfico existente em áreas de fronteira, o crescimento do narcotráfico e a penetração de garimpeiros 
estrangeiros, levaram o Exército a formular um projeto de ocupação e povoamento da fronteira, o Calha Norte, idealizado 
em 1985 durante o governo Sarney, que previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da 
Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas. 
TRATADOS E ACORDOS PARA INCORPORAÇÃO E TERRITÓRIOS 
 
 Tratado de Tordesilhas (1494) 
 Tratado de Lisboa (1681) - devolução da Colônia de Sacramento 
 1º Tratado de Utrecht entre Portugal e França (1713) estabeleceu as fronteiras portuguesas do norte do Brasil: o rio 
Oiapoque foi reconhecido como limite natural entre a Guiana e a Capitania do Cabo do Norte. 
 2º Tratado de Utrecht entre Portugal e Espanha (1715) tratou da segunda devolução da Colônia de Sacramento a 
Portugal. 
 Tratado de Madri (1750) - anulou o tratado de Tordesilhas e redefiniu a fronteira do Brasil e as colônias espanholas. 
Portugal conquistou assim a maior parte da Bacia Amazônica, enquanto a Espanha ficou com toda a parte sul da 
Bacia do Prata. 
 Tratado de Santo Ildefonso (1777) confirmou o Tratado de Madri e devolveu a Portugal a ilha de Santa Catarina, ficando 
com a Espanha a Colônia de Sacramento e a região dos Sete Povos. 
 Tratado de Badajós entre Portugal e Espanha (1801) incorporou definitivamente os Sete Povos das Missões ao Brasil. 
 Tratado de Petrópolis (1903), negociado pelo Barão do Rio Branco com a Bolívia, incorporou ao Brasil a região do Acre. 
Disponível em: https://www.infoescola.com/geografia/povoamento-e-ocupacao-do-territorio-brasileiro/ Acesso em: 24

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