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HISTÓRIA 8 - 3 CORTE ESTUDANTE

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Prévia do material em texto

HISTÓRIA 
8º ANO 
3º Corte Temporal 
MATERIAL DIDÁTICO 
DE APOIO – ESTUDANTE 
2023 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
AULA 11: Revisão ................................................................................................................ 5 
AULA 12: Brasil: Primeiro Reinado ................................................................................. 10 
AULA 13: O Período Regencial e o Brasil do Segundo Reinado .................................. 14 
AULA 14: O Escravismo no Brasil do século XIX ............................................................ 20 
AULA 15: Indigenas no Brasil Colonial ........................................................................... 27 
 
 
 
5 
 
HISTÓRIA TURMA: 8º ANO 
AULA 11- REVISÃO 
 
ATIVIDADE 
 
 1. Observe a imagem: 
 
A novela televisiva ‘’Novo mundo’’ de Thereza 
Falcão e Alessandro Marson, narra a travessia 
grandiosa do Atlântico que trouxe a arquiduquesa 
austríaca Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil para se 
tornar a esposa do príncipe Dom Pedro (Caio Castro) e 
personagem fundamental no processo de 
independência do país. 
 
A partir de seus conhecimentos cite os principais 
fatores que levaram o Brasil à independência? 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
___________________________________________ 
 
Imagem: http://zamenza.blogspot.com/2020/08/reprise-de-novo-mundo-em-2020-merecia-o.html Acesso ao 15 de jun. 2023. 
 
2. “Independência ou morte!” Certamente você já ouviu essa expressão. Quem pronunciou essa frase tão famosa foi Dom 
Pedro I no momento da proclamação de independência do nosso país. Esse fato aconteceu em 
 
A) 7 de setembro de 1822. 
B) 8 de agosto de 1823. 
C) 7 de setembro de 1823 
D) 8 de setembro de 1822. 
 
3. Complete as frases de acordo com as palavras que estão no quadro. 
 
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA - EM PERMANECER NO BRASIL – 
REINO UNIDO DE PORTUGAL E ALGARVES - PERÍODO NAPOLEÔNICO 
 
a) A família real chegou no Brasil durante o ______________________________ e após o fim dessa era, no ano de 1815 
nos países da Europa, os portugueses fizeram pressão para que o imperador voltasse para casa. 
 
b) Por esse motivo, D. João VI transformou o Brasil em um ______________________________ deixando de ser 
um Brasil Colônia, posição que desacordava com os interesses de Portugal. 
 
c) O movimento Republicano e Abolicionista ganhou força por causa da insistência de D. João VI 
________________________________. 
 
d) A ________________________________ de 1817, surgiu a favor da República e contra o governo português. 
 
 
 
6 
 
4. Observe a imagem: 
 
A imagem em questão faz alusão a um fato histórico de 
extrema relevância para a independência do Brasil, que ficou 
conhecido como 
 
A) o dia da Despedida. 
B) o dia do Fico. 
C) o dia da Partida. 
D) o dia da Chegada. 
 
 
Imagem: https://www.canalkids.com.br/cultura/historia/fico.htm Acesso em 15 de jun. de 
2023. 
 
 
 
5. Leia a canção: 
‘’Violeiro feliz de Goiás’’ - Jorge & Mateus 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
Goiás é mais 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
 
Quando saio pra cantar por esse Brasil a fora 
Levo Deus no coração e na bagagem a viola 
Nas cidades do interior, distritos e capitais 
Fazendo o que a gente ama 
Mas quando a saudade chama eu volto pro meu Goiás 
 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
Goiás é mais 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
 
Um dia canto no Sul, no outro já vou pro Norte 
Do nordeste ao Sudeste 
Coração bate mais forte 
Solto a voz no Centro-oeste num dueto de paixão 
Junto com o meu parceiro, por esse Brasil inteiro 
cantando só modão 
 
 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
Goiás é mais 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
 
Um dia canto no Sul, no outro já vou pro Norte 
Do nordeste ao Sudeste 
Coração bate mais forte 
Solto a voz no Centro-oeste num dueto de paixão 
Junto com o meu parceiro, por esse Brasil inteiro 
cantando só modão 
 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
Goiás é mais 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
Goiás é mais 
É bão demais, é bão demais 
A vida de violeiro 
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás 
Cantar no Brasil inteiro 
E voltar pro meu Goiás 
Fonte: Musixmatch 
Compositores: Renato Barros / Pinocchio - https://www.letras.mus.br/jorge-mateus/1449252/ 
 
 
 
7 
 
A canção ‘’Violeiro de Goiás’’ narra a trajetória de violeiros que viajam pelo Brasil, mas sempre voltam para seu estado 
(Goiás). Fazendo uma reflexão histórica sobre o surgimento do estado, podemos afirmar que ele nasceu a partir de 
expedições que ficaram conhecidas como: 
 
A) Desbravamento do centro-oeste. 
B) Marcha para o Oeste. 
C) Bandeiras. 
D) Deslocamento espacial. 
 
6. Observe a imagem: 
 
 
Imagem: https://br.pinterest.com/pin/439101032394378950/ 
 
A imagem em questão representa uma lenda indígena sobre o desbravamento do território do Estado de Goiás. A partir 
de seus conhecimentos explique qual lenda tem ligação direta com esta imagem. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
7. Sobre a definição de nação, marque a alternativa correta: 
 
A) O conceito de nação surgiu durante o feudalismo e nada mais que a união de povos de uma mesma raça. 
B) O conceito de nação surgiu durante o iluminismo e nada mais é que a união humana ou de um povo que possui um 
sentimento de pertencimento devido a determinadas características, práticas sociais, cultura, língua e laços históricos. 
C) O conceito de nação surgiu na idade moderna e nada mais é que a união das pessoas através da língua. 
D) O conceito de nação surgiu na idade contemporânea e define pessoas com o mesmo pensamento religioso. 
 
8. Sobre a primeira constituição brasileira, podemos afirmar que 
 
A) Ela foi elaborada em 1888 pela Assembleia Constituinte. 
B) Ela foi elaborada em 1823 pelo Senado Federal brasileiro. 
C) Ela foi elaborada em 1824 pela Assembleia Constituinte. 
D) Ela foi elaborada em 1823 pela Assembleia Constituinte. 
 
 
 
 
 
 
https://cultura.estadao.com.br/blogs/marcelo-rubens-paiva/constituicao-brasileira-e-a-segunda-maior-do-mundo/ 
 
 
8 
 
9. A notícia da independência não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns militares e comerciantes 
portugueses revoltaram-se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união com Portugal. A partir de seus 
conhecimentos, cite quais foram os primeiros países a reconhecer a independência do Brasil. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
10. A Constituição de 1824, a primeira Carta Magna brasileira garantia a unidade territorial, instituía a divisão do governo 
em quatro poderes e estabelecia o voto censitário(voto ligado à renda do cidadão). Sobre os quatro poderes, quais eram 
eles? 
 
A) Legislativo, Judiciário, Executivo e Individual. 
B) Legislativo, Judiciário, Executivo e Religioso. 
C) Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador. 
D) Legislativo, Judiciário, Executivo e Social. 
 
 
11. Observe os dados abaixo: 
 
 
 
Imagem: https://www.ecodebate.com.br/2020/01/29/motivos-e-consequencias-da-aceleracao-da-transicao-religiosa-no-brasil-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-
alves/ 
 
 
Os dados presentes na pesquisa têm uma ligação direta com a Constituição de 1824, pois 
 
A) ela estabelecia o catolicismo como religião oficial do Brasil. 
B) ela estabelecia que era proibido no Brasil a existência de cultos religiosos que não fossem voltadas para o catolicismo. 
C) ela estabelecia que no Brasil não existia religião oficial, pois o estado brasileiro se tornaria laico. 
D) ela estabelecia o protestantismo como religião oficial do Brasil. 
 
 
 
9 
 
12. Observando a imagem e fazendo uma ligação com a 
constituição de 1824 ela critica o fato 
 
A) de a religião estar acima de todos naquele período. 
B) de a religião estar submetida aos poderes do 
imperador. 
C) de o Brasil não ter uma religião oficial. 
D) de o Brasil depender economicamente da igreja. 
 
https://m.facebook.com/equipeRoxaSenhorarotary2016/posts/1298535116846232/?refsrc=deprecated&_rdr 
 
13. Observe a imagem: 
 
 
Imagem: https://www.preparaenem.com/sociologia/cidadania.htm 
 
A partir de seus conhecimentos, faça uma comparação entre a estrutura política de 1824 com a dos dias atuais. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
14. Vários motivos levaram ao desgaste do imperador Dom Pedro I. Dentre eles podemos destacar 
 
A) A falta de empatia com o povo brasileiro. 
B) a renovação do tratado de comércio com a Inglaterra, a balança comercial desfavorável e descontentamento popular 
com as mortes e despesas causadas pela Guerra. 
C) A falta de tato com a imprensa brasileira. 
D) A situação catastrófica da economia brasileira. 
 
15. Sobre a situação dos negros na Constituição de 1824 pode-se afirmar que ela 
 
A) abolia a escravidão. 
B) legitimava os castigos físicos. 
C) determinava a abolição dos açoites e da tortura. 
D) não tratava da situação dos negros. 
 
 
10 
 
AULA 12 
Objeto de conhecimento: Brasil: Primeiro Reinado 
Habilidade: (EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais com relação ao indígena durante o Império. Objeto de conhecimento 
– A produção do imaginário nacional brasileiro: cultura popular, representações visuais, letras e o Romantismo no Brasil. 
 
 
Disponível em: http://mestresdahistoria.blogspot.com/2012/03/saiba-mais-sobre-o-povo-brasileiro.html Acesso em 15. Acesso em 15 jun. de 2023. 
 
É interessante, antes de começarmos a falar sobre a construção da nação brasileira, que possamos saber que há 
uma diferença entre o Estado e a Nação e qual seria. O Estado é um “corpo” jurídico, o território, ou seja, uma sociedade 
que se encontra num espaço delimitado, delimitação essa que é exercida por meio de uma autoridade soberana (que 
pode ser o governo, normalmente). Já o conceito de Nação, que surge no iluminismo, é a união humana ou de um povo 
que possui um sentimento de pertencimento devido a determinadas características, práticas sociais, cultura, língua e 
laços históricos. A independência brasileira, foi um claro acordo, 
ou seja, uma relação amistosa com Portugal, que foi vitória de um determinado grupo político num projeto liberal 
conservador. Liberal pois rompeu com a metrópole Portugal, ao mesmo passo que foi conservador no que manteve as 
mesmas estruturas econômicas e sociais. Não há uma sensação de nação, além de haver um sério problema de 
representatividade. Pedro I se tornou então o imperador do Brasil. Foi criada uma constituição (1823) com voto censitário 
(alqueires de mandioca), uma tentativa de alijar os portugueses comerciantes e que também restringia o poder de D. 
Pedro I. O imperador brasileiro fecha a Constituinte e outorga em 1824 a primeira Constituição brasileira, que 
demonstrava a centralização política muito clara com o poder moderador. Não se pode falar em nação nesse período, já 
que não havia a sensação de união e pertencimento. Nesse sentido, vamos ver a formação do Estado Brasileiro! 
Disponível em: https://descomplica.com.br/artigo/como-ocorreu-a-construcao-da-nacao-brasileira/4y7/ Acesso em: 21 de jun. de 2021. 
 
O PRIMEIRO REINADO (1822-1831) 
 
Este período foi marcado por crises envolvendo o reconhecimento da Independência no exterior, a criação de um 
conjunto de leis que regessem as relações sociais, revoltas regionais, conflitos externos e a desconfiança entre soberano 
e súditos/cidadãos. Foi também neste período que se elaborou a primeira Constituição do Brasil, que vigorou durante 
todo o Império – a mais duradoura da História do Brasil, embora tenha recebido emendas durante sua vigência. Ao longo 
deste capítulo, estudaremos alguns desses processos, percebendo as disputas dos diversos sujeitos atuantes no período. 
 
LUTAS PELA INDEPENDÊNCIA 
 
A notícia da independência não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns militares e comerciantes 
portugueses revoltaram-se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união com Portugal. Durante cerca de um 
ano, houve confrontos entre tropas portuguesas e tropas do governo brasileiro em regiões do Maranhão, Bahia, Pará, 
Piauí e Cisplatina (atual Uruguai). 
 
 
11 
 
O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados Unidos (1824), seguidos do México 
(1825). O governo dos Estados Unidos era contra o domínio colonial europeu na América e queria espalhar sua influência 
sobre o continente. A princípio, Portugal não aceitou a independência do Brasil. Mas, em 1825, os dois países chegaram 
a um acordo com a mediação da Inglaterra, que, assim como os Estados Unidos, tinha interesses econômicos na região. 
Em troca do reconhecimento da independência, o governo brasileiro pagou uma indenização de 2 milhões de libras 
esterlinas (moeda inglesa) a Portugal e conferiu a dom João VI o título de imperador honorário do Brasil. Para pagar a 
indenização, o governo brasileiro fez um empréstimo com os ingleses, que lucraram com a transação financeira. Depois 
de Portugal, a Inglaterra e os demais países europeus também reconheceram a emancipação política do Brasil. 
 
A CONSTRUÇÃO DO PAÍS 
 
Durante o Primeiro Reinado, entre 1822 e 1831, havia uma preocupação em consolidar a independência do Brasil e 
organizar as estruturas do novo Estado. Isso envolvia, por exemplo, criar símbolos nacionais (bandeira, hino, brasão, 
etc.), elaborar uma Constituição e organizar a administração pública. 
O primeiro projeto de Constituição do país foi elaborado por uma Assembleia Constituinte, em 1823. Durante a 
elaboração, ocorreram disputas de poderes entre correntes políticas opostas. Uma delas, o Partido Português, defendia 
o fortalecimento e a centralização do governo na figura do imperador. A outra, o Partido Brasileiro, desejava que a 
autoridade de dom Pedro I fosse limitada pelas leis. Apesar dessas divergências, ambos os grupos concordavam em 
preservar a unidade territorial do Brasil e manter a escravidão. 
Diante do risco de redução dos seus poderes, dom Pedro I, que tinha ideais absolutistas e centralizadores, fechou 
a Assembleia Constituinte com o apoio das tropas imperiais. Os políticos que resistiram foram presos e expulsos do país. 
O fechamento da Assembleia foi interpretado como uma vitória o Partido Português. O direito de ex-escravizados ou 
libertos à cidadaniafoi uma das questões que dividiram os deputados na Assembleia Constituinte de 1823. A maioria dos 
deputados, proprietários de terras e de escravizados, considerava que a população negra representava um perigo social 
e não deveria ter direitos. Decidiram que a propriedade era um dos direitos fundamentais a serem garantidos e 
mantiveram a escravidão. 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1824 
 
Os representantes do Partido Brasileiro ficaram descontentes com o fechamento da Assembleia Constituinte. 
Tentando aliviar as tensões, D. Pedro I nomeou dez brasileiros natos de sua confiança para elaborar um novo projeto de 
Constituição. Concluído o trabalho, em março de 1824, Pedro I outorgou, isto é, impôs a primeira Constituição do país. 
A Constituição de 1824 estabelecia a existência de quatro poderes: 
• Legislativo – tinha como principal função elaborar e aprovar as leis do país. Era composto de senadores e deputados. 
• Judiciário – julgava e aplicava as leis do país. O órgão máximo desse poder era o Supremo Tribunal de Justiça, com 
magistrados nomeados pelo imperador. 
• Executivo – tinha como função cuidar da administração pública. Era chefiado pelo imperador e exercido pelos 
ministros que ele nomeava. O Executivo nomeava bispos, magistrados, comandantes militares e embaixadores, além 
de fazer tratados com governos estrangeiros. 
• Moderador – era o poder exclusivo do imperador e estava acima dos demais. O imperador tinha autoridade para 
indicar senadores, nomear e demitir ministros e presidentes de províncias (cargo que equivale ao de governador de 
estado, hoje em dia), dissolver a Câmara dos Deputados, convocar eleições e anistiar presos. 
A Constituição de 1824 excluía da vida política os homens pobres, todas as mulheres, os escravos e os indígenas. 
Foi estabelecido o voto censitário: só teriam direito ao voto e poderiam ser votados os homens que comprovassem renda 
alta. Para votar, a pessoa precisava ter uma renda anual mínima de 100 mil-réis. 
A Constituição também estabeleceu o catolicismo como religião oficial no Brasil. Outras religiões só oram permitidas 
em cultos domésticos. A lei garantia que ninguém seria perseguido por motivo religioso, desde que fosse respeitada a 
religião oficial do Estado. Pelo regime do padroado, a Igreja católica ficava submetida ao imperador. 
 
 
12 
 
Pelas leis instituídas no Império, havia uma enorme distância entre a teoria e a prática da cidadania. A Constituição 
garantia o direito de propriedade. Mas, na prática, esse direito era exercido por uma minoria de proprietários. A 
Constituição definia que os cidadãos brasileiros formavam uma nação livre. Porém, não fazia menção aos indígenas, às 
mulheres e aos escravizados. Isso significava que a maioria da população estava excluída da participação política. A 
Constituição determinava a abolição dos açoites e da tortura. Mas os cativos e os marinheiros continuaram a ser 
castigados. 
No governo de dom Pedro I, houve o fechamento da Assembleia Constituinte, a censura à imprensa, a imposição 
da Constituição de 1824 e a instituição do Poder Moderador. Essas atitudes provocaram grandes revoltas. Vários motivos 
levaram ao desgaste do imperador dom Pedro I. Entre eles a renovação do tratado de comércio com a Inglaterra, a 
balança comercial desfavorável, descontentamento popular com as mortes e despesas causadas pela Guerra da 
Cisplatina e a questão sucessória em Portugal. Com a morte de dom João VI, em 1826, dom Pedro I herdou o trono 
português. Mas políticos liberais brasileiros não queriam que ele fosse imperador do Brasil e rei de Portugal ao mesmo 
tempo. Temendo mais descontentamento, dom Pedro I renunciou ao trono português. 
Disponível em: https://saber.com.br/obras/Aplicacoes/Edocente/plugins/pdfjs-
2.6.347dist/web/viewer.html?file=https://saber.com.br/obras/PNLD/PNLD_2020/HISTORIAR/8ANO/HISTORIAR_8ano_PNLD2020_PR.pdf. Acesso em: 15 de jun. de 2021. (adaptado) 
 
ATIVIDADES 
 
1. Observem a imagem: 
 
 
https://descomplica.com.br/artigo/como-ocorreu-a-construcao-da-nacaobrasileira/4y7/ Acesso em: 21 de jun. de 2021. 
 
O Primeiro Reinado (1822-1831) marcou os anos iniciais do Brasil como nação independente após o processo de 
independência ter sido conduzido por intermédio de D. Pedro I. Com base no texto e na imagem, com suas palavras, 
conceitue o que é Estado e o que é Nação. 
 
2. A notícia da independência do Brasil não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns grupos revoltaram-
se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união com Portugal. Quais eram esses grupos? 
 
3. O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados Unidos (1824), seguidos do México (1825). 
Quais eram os reais interesses dos Estados Unidos na Independência do Brasil? 
 
4. O Brasil proclama a independência. A princípio, Portugal não aceitou a independência do Brasil. Mas, em 1825, os 
dois países chegaram a um acordo com a mediação da Inglaterra. Quais eram os interesses da Inglaterra e o que ela 
lucrou com sua mediação? 
 
 
13 
 
5. Durante o Primeiro Reinado, entre 1822 e 1831, havia uma preocupação em consolidar a independência do Brasil e 
organizar as estruturas do novo Estado. Alguns requisitos eram necessários para essa consolidação. Quais eram esses 
requisitos? 
 
6. O primeiro projeto de Constituição do país foi elaborado por uma Assembleia Constituinte, em 1823. Durante a 
elaboração, ocorreram disputas de poderes entre correntes políticas opostas. Uma delas, o Partido Português, a outra, 
o Partido Brasileiro. No quadro a seguir relacione o que cada uma desses partidos defendia. 
 
Partido Português Partido Brasileiro Ambos os partidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. A primeira constituição nasce de maneira autoritária, mantendo a tradição de uma monarquia absolutista. A 
Constituição de 1824 estabelecia a existência de quatro poderes. Relacione cada um desses poderes as suas devidas 
especificidades. 
 
a) LEGISLATIVO 
( ) Era o poder exclusivo do imperador e estava acima dos demais. 
Toda a autoridade estava na mão do imperador. 
b) JUDICIÁRIO 
( ) Tinha como função cuidar da administração pública. Era chefiado 
pelo imperador e exercido pelos ministros que ele nomeava. 
c) EXECUTIVO 
( ) Julgava e aplicava as leis do país. O órgão máximo desse poder 
tribunal de Justiça, com magistrados nomeados pelo imperador. 
d) MODERADOR 
( ) Tinha como principal função elaborar e aprovar as leis do país. 
Era composto de senadores e deputados. 
 
8. Observe a charge: 
 
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/774619204650935728/. Acesso em: 15 de jun. de 2021. 
 
Ainda hoje a atual constituição dispõe sobre a divisão de poder. Na realidade não existe divisão do poder, o poder é um 
só, ocorrendo uma divisão de atribuições e funções do Estado. A partir da observação da charge, relate de que esfera 
do poder ela representa e se ainda existe essa esfera de poder ainda hoje no Brasil. 
 
 
14 
 
9.Observe a imagem: 
 
Disponível em: https://conhecimentocientifico.r7.com/voto-censitario/. Acesso em: 16 de jun. de 2021. 
 
Com a constituição de 1824 o sufrágio censitário foi estabelecido, e foi o primeiro modelo de voto no Brasil. Esteve em 
vigor durante todo o período monárquico brasileiro. Em que consiste o voto censitário e quais eram os requisitos para se 
participar da votação? 
 
10. Atualmente a forma de o sufrágio no Brasil não é mais censitário. Pesquise e descubra qual é o tipo de sufrágio 
garantido hoje pela atual constituição e como ele funciona. 
 
11. Pelas leis instituídas no Império, havia uma enorme distância entre a teoria e a prática da cidadania. Escreva um 
parágrafo ou pequeno texto dissertando sobre essas contradições, entre o que na teoria a constituição garantia, mas, 
como isso acontecia na prática. Hoje temos uma Constituição denominada de “Constituição Cidadã”. Será que realmente 
ela garante cidadania na prática a todos os brasileiros? 
 
 
AULA 13 
Objetode conhecimento: O Período Regencial e O Brasil do Segundo Reinado: política e Economia 
Habilidade: (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos 
movimentos contestatórios ao poder centralizado. 
 
PERÍODO REGENCIAL 
 
https://blog.maxieduca.com.br/periodo-regencial-historia/ 
 
 
15 
 
 
O Período Regencial (1831- 1840) foi a época em que o Brasil foi governado por regências, pois o herdeiro do trono 
era menor de idade. Este período é caracterizado por momentos de grande conturbação no Brasil com várias revoltas 
civis. Termina com o Golpe da Maioridade que levou ao trono D. Pedro II aos catorzes anos de idade. 
Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a 
derrota na Guerra da Cisplatina. Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D. 
Pedro IV de Portugal. Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro. 
Nessa altura, porém, o seu herdeiro, D. Pedro II, não podia governar, pois tinha 5 anos de idade. A solução, prevista pela 
Constituição de 1824, era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade. 
 
REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL 
 
Abre-se uma época de grande disputa de poder e instabilidade política que dão origem a uma série conflitos: 
• Revolta dos Malês (1835): revolta de escravos ocorrida na Bahia, comandada por escravos de origem malê que 
seguiam a fé islâmica. Lutavam contra a discriminação, pela liberdade, contra a imposição do catolicismo e contra a 
miséria. 
• Cabanagem (1835 – 1840): revolta que aconteceu no Pará, composta de pobres, indígenas, negros e mestiços que 
viviam em cabanas próximas dos rios. Em certa medida, contou com o apoio das elites agrárias locais, insatisfeitas com 
a centralização política promovida pelos regentes. Foi enfraquecida pela falta de organização interna e pelas traições 
dentro do núcleo de poder cabano. 
• Balaiada (1838 – 1841).: revolta que ocorreu no Maranhão, composta de vaqueiros, agricultores pobres e escravos. 
Teve a participação de grupos liberais conhecidos como Bem-te-vi, nome dado ao jornal liberal publicado na província. 
Foi um movimento descentralizado e desorganizado, mas que teve impacto na região. 
• Sabinada (1837 – 1838): revolta ocorrida na Bahia, comandada por liberais que chegaram a tomar a cidade de Salvador. 
Entretanto, algumas de suas propostas não foram bem vistas pelas elites agrárias locais (como a libertação dos escravos) 
e o movimento acabou tendo curta duração. As reivindicações eram os baixos salários dos militares e a insatisfação com 
o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos populares no Sul do país. Já o interesse por parte dos 
demais integrantes era ter maior participação política e mais acesso ao poder. 
• Farroupilha (1835 – 1845): revolta que aconteceu no Rio Grande do Sul, comandada pelas elites agrárias locais 
(conhecidos como estancieiros), que criticavam os baixos impostos cobrados sobre o charque argentino. Essa revolta 
durou dez anos e fez com que tanto o Rio Grande do Sul como Santa Catarina se tornassem repúblicas independentes. 
O Período Regencial contou com as seguintes regências: 
 Regência Trina Provisória (abril a julho de 1831) 
 Regência Trina Permanente (1831 a 1834) 
 Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837) 
 Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840) 
 
 
GRUPOS POLÍTICOS DO PERÍODO REGENCIAL 
 
Nessa altura, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo: 
Liberais moderados (também conhecidos como ximangos): defendiam o centralismo político da monarquia 
constitucional; 
Liberais exaltados (apelidados de farroupilhas): defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as 
províncias e o fim do Poder Moderador. 
Restauradores (ou caramurus): eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários membros 
entraram para partido dos liberais moderados. 
 
 
16 
 
Em 1831 foi criada a Guarda Nacional para contrabalançar o poder que o Exército tinha no governo. Este corpo 
armado seria integrado por cidadãos que tivessem direito a voto ou seja, a elite brasileira. desempenharia um importante 
papel na política brasileira. 
 
 
Ato Adicional (1834) 
O Ato Adicional foi um conjunto de propostas de caráter liberal introduzidos na Constituição de 1824. Entre essas 
medidas podemos destacar a criação de Assembleias Legislativas Provinciais cujo deputados teriam mandato de dois 
anos e os governos provinciais podiam criar impostos, contratar e demitir funcionários. Também foi determinado que 
regência seria exercida por uma só pessoa e não três. O primeiro regente foi o padre Antônio Feijó. 
 
 
Fim do Período Regencial 
As consequências da instabilidade política são as revoltas regências ocorridas em vários pontos do Brasil como 
vimos acima. Com o objetivo de acabar com a desordem e agitação, que levaria à desintegração do território brasileiro, 
o Partido Liberal propõe que a maioridade de D. Pedro II seja antecipada. A ideia é levada à votação na Câmara, mas 
não é aprovada. Desta maneira, os políticos tramam o Golpe da Maioridade, declarando D. Pedro II maior de idade aos 
14 anos. Um ano depois, D. Pedro começa a governar o Brasil e tem início o Segundo Reinado. 
 
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/periodo-regencial/ Acesso em: 24 de jun. de 2021. 
 
 
ATIVIDADES 
 
1. Complete a linha do tempo com os acontecimentos que marcaram cada ano ou etapa do período regencial. 
 
LINHA DO TEMPO - PERÍODO REGENCIAL 
1831 1831 1834 1835 1838 1840 
 
 
 
 
 
 
 
2. Qual era o contexto histórico que o Brasil vivia que obrigou D. Pedro I a abdicar-se do trono em favor de seu filho D. 
Pedro II? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
17 
 
3. O Período Regencial foi marcado por grande disputa de poder e instabilidade política que dão origem a uma série de 
conflitos. No quadro a seguir faça o inventário das principais revoltas deste período. 
 
 CABANAGEM MALÊS BALAIADA SABINADA FARROUPILHA 
Onde 
aconteceu? 
 
 
 
Quando 
aconteceu? 
 
 
 
 
Quais 
motivos 
levaram a 
acontecer? 
 
Quem fazia 
parte da 
revolta? 
 
 
 
 
 
 
 
4. No Período Regencial, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo. Relacione 
cada grupo político as suas reivindicações. 
 
 
a) Liberais moderados 
( ) defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as províncias e o 
fim do Poder Moderador. 
b) Liberais exaltados 
( ) eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários 
membros entraram para partido dos liberais moderados. 
c) Restauradores ( ) defendiam o centralismo político da monarquia constitucional. 
 
 
5. Em 1831 foi criada a Guarda Nacional. Qual foram os motivos que levou a criação deste corpo armado, quem podia 
dela participar e qual era a sua função? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
6. Em que consistia o Ato Adicional e quais foram as principais medidas criada por ele? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________18 
 
SEGUNDO REINADO 
 
 
O Segundo Reinado foi um período que se 
estendeu de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi 
ocupado por D. Pedro II. Ele assumiu como imperador 
por meio do Golpe da Maioridade e, durante seus 49 
anos de reinado, diversos acontecimentos marcantes 
aconteceram, como a Guerra do Paraguai e a abolição 
da escravidão. Foi destronado com a Proclamação da 
República, em 1889. 
A política do Segundo Reinado era complexa, e D. 
Pedro II teve de dar uma atenção extra aos partidos 
políticos para manter a estabilidade do seu reinado. Os 
dois partidos eram o Partido Conservador e o Partido Liberal, os quais tinham uma pequena diferença ideológica entre 
si, mas que, em geral, eram representantes dos mesmos interesses e das mesmas classes sociais. 
A disputa entre liberais e conservadores foi acirrada no começo da década de 1840, quando D. Pedro II ainda se 
consolidava na função de imperador. Por essa razão, o sistema político estabelecido no Segundo Reinado permitia um 
revezamento entre liberais e conservadores. No longo prazo, isso garantiu a estabilidade do Segundo Reinado. 
O sistema em questão era o parlamentarismo às avessas. Nesse sistema, o Brasil era governado como em uma 
monarquia parlamentarista, havendo um gabinete ministerial, que chefiava o governo e os parlamentares. Com isso, se 
o imperador não estivesse satisfeito com a atuação do gabinete ou dos deputados, ele poderia dissolver o Parlamento e 
convocar novas eleições. 
Ao todo, ao longo dos anos do Segundo Reinado, foram formados 36 gabinetes diferentes, o que mostra que a 
rotatividade no poder entre liberais e conservadores era elevada. A possibilidade de mudança rápida na chefia do governo 
foi o que garantiu esse convívio mais harmônico entre liberais e conservadores. 
No que se refere à economia, os dois grandes destaques são a economia cafeeira, que se consolidou como o 
principal item da economia brasileira, e a embrionária industrialização que foi esboçada no país. O destaque, claro, vai 
para o café, o principal item de exportação da economia brasileira até a década de 1950. 
O café foi introduzido no Brasil no século XVIII e, no século XIX, popularizou-se como principal atividade econômica. 
As duas grandes regiões produtoras de café no país foram o Vale do Paraíba (localizado no Rio de Janeiro e parte de 
São Paulo) e o Oeste Paulista. Uma região secundária na produção cafeeira foi a Zona da Mata de Minas Gerais. 
No que se refere à industrialização, o Brasil viveu um pequeno surto de desenvolvimento industrial entre as décadas 
de 1840, 1850 e 1860. Nesse período, o país teve um aumento na navegação a vapor e viu as estradas de ferro se 
multiplicarem, sobretudo visando ao aumento das exportações do país. Um dos símbolos desse período foi Irineu 
Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá. 
Após a década de 1870, a monarquia entrou em crise. Ela já não conseguia atender às demandas e aos interesses 
de uma parcela considerável da sociedade, incluindo classes urbanas, alguns grupos políticos representantes das elites 
e os militares. Ao redor desses grupos, a república começou a surgir como uma alternativa. 
A década de 1880 foi marcada por uma crise política crônica, e a monarquia perdia cada vez mais apoio. Grupos de 
militares e civis começaram a conspirar contra o imperador D. Pedro II e essa conspiração resultou no 15 de novembro 
de 1889. Nesse dia, o marechal Deodoro da Fonseca liderou a derrubada do gabinete ministerial, e o vereador José do 
Patrocínio proclamou a república. 
D. Pedro II foi destronado e, juntamente com a família real, foi expulso do Brasil, partindo para o exílio na Europa no 
dia 17 de novembro de 1889. O ex-imperador nunca mais retornou ao Brasil e morreu em Paris, no ano de 1891 
 
Disponível em: https://escolakids.uol.com.br/historia/o-brasil-durante-o-segundo-reinado.htm Acesso em: 24 
 
http://www.identidade85.com/2019/10/video-segundo-reinado-aspectos-
gerais.html 
 
 
19 
 
7. Sobre o período do Segundo Reinado, das alternativas a seguir marque (V) para as que são verdadeiras e (F) para 
as que são falsas. 
 
 
a) ( ) O Segundo Reinado foi um período que se estendeu de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi ocupado por 
D. Pedro I. 
b) ( ) Durante os 49 anos de reinado de D. Pedro II, diversos acontecimentos marcantes aconteceram, como a Guerra 
do Paraguai e a abolição da escravidão. 
c) ( ) Após a década de 1870, a monarquia entrou em crise. 
d) ( ) D. Pedro I foi destronado com a Proclamação da República, em 1889. 
e) ( ) A década de 1880 foi marcada por uma crise política crônica, e a monarquia ganhava cada vez mais apoio. 
 
8. Observe a imagem: 
 
 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Parlamentarismo_%C3%A0s_avessas Acesso em: 24 de jun. de 2021. 
 
Com base no texto e na imagem acima, faça uma caracterização da situação política do Brasil durante o Segundo 
Reinado. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
9. No que se refere à economia, qual era a principal atividade econômica do país nesse período? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
10. Descreva como era o processo de industrialização, no período do Segundo Reinado no Brasil. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
20 
 
AULA 14 
Objeto de conhecimento: O escravismo no Brasil do século XIX: plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas 
migratórias no Brasil Imperial. 
Habilidade: (GO-EF08HI19-A) Identificar, a partir de fontes históricas e análise crítica de materiais didáticos e paradidáticos, sobre a 
escravização nas Américas, percebendo as formas de resistência e valorização da cultura negra, assim como, problematizando 
estereótipos e preconceitos. 
 
A ABOLIÇÃO 
 
 A pressão inglesa pelo fim do tráfico e a Lei Eusébio de 
Queirós (1850), que proibiu a entrada de escravos no Brasil, 
representaram um duro golpe contra a escravidão. Mas o 
processo que levou ao fim da escravidão no Império se iniciou 
antes dessa lei e se prolongou por quase todo o século XIX. 
Entre os fatores que contribuíram para a Abolição, cabe citar: a 
resistência dos próprios escravizados e o movimento 
abolicionista. 
 
A RESISTÊNCIA DOS ESCRAVIZADOS 
 
Enquanto durou a escravidão, houve resistência. Os 
escravizados resistiam por meio da desobediência, da fuga e formação de quilombos, dos levantes urbanos e da busca 
por liberdade para praticar suas culturas e religiões. Um exemplo expressivo da resistência dos escravizados no século 
XIX foi o ciclo de revoltas lideradas por eles na Bahia entre 1807 e 1835. Segundo o historiador João José Reis, naqueles 
anos a Bahia foi palco de mais de 20 revoltas e conspirações promovidas pelos africanos e seus descendentes. As lutas 
levadas adiante pelos próprios escravizados contribuíram decisivamente para o fim da escravidão. Uma dessas lutas foi 
a liderada por Manuel Congo. 
 
REVOLTA DE MANUEL CONGO 
 
Considerada [...] uma das mais importantes 
rebeliões escravas ocorridas no Brasil monárquico, o 
levante liderado por Manuel Congo estourou na 
região de Pati do Alferes, [...] Vassouras, em 
novembro de 1838. Revoltaram-se os escravos em 
importantíssima região da expansão cafeeira no vale 
do Paraíba fluminense [...]. 
[...] Não chegou propriamentea ser erigido um 
quilombo organizado sob a chefia de Manuel Congo 
nas matas de Pati do Alferes, 
mas uma luta de resistência de escravos que 
haviam fugido de várias fazendas da região entre 6 e 
10 de novembro de 1838. [...] A repressão não tardou, 
enviando-se a Guarda Nacional no encalço dos 
fugitivos, que se concentravam nas matas com 
víveres, armas e ferramentas de todo tipo saqueados 
nas fazendas de origem. Travou-se combate logo no 
dia 11 de novembro, no qual morreram sete cativos, 
23 ficaram feridos e os demais fugiram, sendo boa 
 
 
21 
 
parte deles recapturada depois. [...] Dos rebeldes recapturados, 16 foram julgados, em [...] 1839, todos acusados do 
crime de insurreição [...]. Deles, Justino Benguela, Antônio Magro, Pedro Dias, Belarmino Congo, Miguel Crioulo, Canuto 
Moçambique e Afonso Angola foram incursos no artigo 60 do Código Criminal e condenados a 650 açoites, 50 por dia, e 
a andarem por três anos com gonzos de ferro ao pescoço [...]. Manuel Congo foi condenado à forca como cabeça da 
insurreição [...], sentença executada em 6 de novembro de 1839. 
 
VAINFAS, Ronaldo (Org.) Dicionário do Brasil- Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 638-639. 
Disponível em: https://issuu.com/editoraftd/docs/historia-sociedade-e-cidadania-mp-8_divulgacao Acesso em 13 de ago. de 2021. 
 
ATIVIDADES 
 
1. Esses dois recortes de texto foram retirados do livro didático História Sociedade & Cidadania da editora FTD. O autor 
do texto Alfredo Boulos, usa a expressão escravizados ao invés de escravos. Qual a diferença que você percebe entre 
estas duas expressões “escravizados” e “escravos”? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
2. Descreva quais eram as principais formas de resistências das pessoas escravizadas? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
3. O texto a revolta de Manuel Congo, narra das mais importantes rebeliões ocorridas no Brasil Monárquico. Com base 
em seus conhecimentos responda as questões do quadro. 
 
PERGUNTAS RESPOSTA 
a) Como o autor caracteriza a revolta liderada por Manuel 
Congo? 
 
b) A quem coube a repressão da Revolta de Manuel 
Congo? Por quê? 
 
c) O que é possível saber sobre os rebeldes com base 
em seus nomes? 
 
d) O que se pode concluir sobre a escravidão no Império 
brasileiro com base na punição dada aos rebeldes 
liderados por Manuel Congo? 
 
 
 
O ESCRAVISMO NO BRASIL DO SÉCULO XIX 
 
No século XIX a economia brasileira tinha como seu principal produto o café, o sistema de plantação era o Plantation, 
que tinha como base: latifúndio, mão de obra escrava e monocultura. Esse modelo econômico fortaleceu as elites agrárias 
que monopolizavam o poder, e pressionava uma monarquia já desgastada. Os escravos sempre lutaram por sua 
liberdade, porém as pressões internacionais, como da Inglaterra que precisava de mercado para os produtos de suas 
indústrias, e os movimentos abolicionistas, liderados por intelectuais brancos, foram de fundamental importância. 
 
 
22 
 
As jornadas de trabalho eram exaustivas, 
chegando a até 20 horas por dia e, além disso, eram 
marcadas pela violência vinda dos senhores de 
engenho. O trabalho feito pelos escravos africanos 
era considerado muito mais pesado do que trabalhar 
nas plantações. O tratamento recebido pelos 
escravos era desumano. A alimentação, muitas 
vezes, era insuficiente e os escravos precisavam 
complementá-la com os alimentos obtidos de uma 
pequena lavoura que cultivavam aos domingos. 
Além disso, eles dormiam no chão da senzala e 
eram monitorados constantemente para evitar que 
fugissem. 
Os escravos que trabalhavam na casa-grande 
– residência dos donos dos escravos – recebiam um tratamento melhor. Eram alimentados e bem vestidos. Além disso, 
havia escravos que trabalhavam nas cidades em ofícios dos mais variados tipos. Se os escravos cometessem qualquer 
tipo de erro ou desobedecessem, eles recebiam castigos físicos muito dolorosos. Entre as punições mais comuns estão 
os açoitamentos. Além dos maus-tratos e as péssimas condições em que viviam, as mulheres negras também muitas 
vezes eram exploradas sexualmente. A escravização dos africanos não era aceita de maneira passiva e esse processo 
é marcado pela resistência e luta dos escravos que, muitas vezes, fugiam e formavam quilombos. Um exemplo da luta 
dos escravos é a Revolta dos Malês. 
Com a consolidação do Segundo Reinado, uma série de leis foram sendo sancionadas para se pôr fim ao trabalho 
escravo de maneira lenta, são elas: 
 
• Lei Eusébio de Queirós (1850), proibia o tráfico negreiro da África para o Brasil; 
• Lei do Ventre Livre (1871), estabeleceu a liberdade para os filhos de escravos que nasciam após essa data; 
• Lei do Sexagenários (1885), beneficiava os negros maiores de 60 anos. 
• Lei Áurea (1888); 
 
Em 13 de maio de 1888. Princesa Isabel assina a Lei Áurea libertando todos os escravos. O processo de libertação 
dos escravos não foi simples, pois os grandes proprietários de escravos e latifundiários queriam ser indenizados. Por sua 
parte, os próprios cativos se organizavam e economizavam para pagar sua alforria, por exemplo. Igualmente eram 
comuns as fugas, motins e rebeliões. Essas leis também deram ao escravo a possibilidade de solicitar na Justiça a sua 
liberdade, caso seu senhor o transferisse de maneira indevida ou se ele provasse que tinha chegado ao país após 1831. 
Os fazendeiros também preferiram usar a mão-de-obra que chegava cada vez mais da Europa numa clara postura 
racista. Desde então, os afrodescendentes sofrem com o problema da exclusão social no país. A Princesa Isabel (1846-
1921), filha de D. Pedro II, foi a primeira mulher a administrar o país, sendo, portanto, uma figura importante não somente 
na busca pela libertação dos escravos, mas também pelos direitos das mulheres. A princesa já havia assinado a Lei do 
Ventre Livre, quando exerceu pela primeira vez a regência no Brasil. Também era uma conhecida admiradora da causa 
abolicionista. 
Os escravos também tiveram papel essencial na desestabilização da escravidão no Brasil e resistiram realizando 
fugas em massa, organizando revoltas contra seus senhores (algumas das quais levaram à morte dos senhores de 
escravos), formando os quilombos (sobretudo nos arredores do Rio de Janeiro e de Santos) etc. A força da pressão 
popular, por meio do movimento abolicionista, e as constantes revoltas dos escravos criaram o clima que obrigou o 
Império a abolir o trabalho escravo em 13 de maio de 1888, com a citada Lei Áurea. A abolição do trabalho escravo foi 
recebida com festa pela população brasileira. 
Os escravos libertos, porém, continuaram a sofrer com o preconceito e com a falta de oportunidades. O Brasil acabou 
sendo o último país das Américas a abolir a escravidão. No entanto, o fim da escravidão no país não foi um ato de 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/escravidao-no-brasil.htm 
 
 
23 
 
benevolência da monarquia, mas sim resultado da pressão e do engajamento da população brasileira. A Lei Áurea 
resolveu o problema da escravidão, mas não o da inclusão social dos negros à sociedade. 
 
 
 
http://mestresdahistoria.blogspot.com/2011/05/confira-correcao-das-avaliacoes-de.html 
 
Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravidao-no-brasil. Acesso em: 13de ago. de 2021. 
 
 
4. O texto “O escravismo no Brasil no século XIX” ele é um texto paradidático e foi extraído de um site na internet. Ele 
relata a história do escravismo no Brasil. Compare a linguagem usada por este autor, com a linguagem dos dois primeiros 
textos. E respondas os seguintes questionamentos. 
 
 
a) Eles usam o mesmo termo para fazer referência as pessoas na situação de escravização? Justifique. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
b) Por que você acha que eles usaram termos diferentes? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
5. No século XIX a economia brasileira tinha como seu principal produto o café, o sistema de plantação era o Plantation. 
Quais eram as principais bases deste sistema de plantação? 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
24 
 
6. Com a consolidação do Segundo Reinado, uma série de leis foram sendo sancionadas para se pôr fim ao trabalho 
escravo de maneira lenta. Relacione as referidas leis as suas normatizações. 
 
Lei Eusébio de Queirós (1850) 
( ) estabeleceu a liberdade para os filhos de escravos que nasciam após 
essa data. 
Lei do Ventre Livre (1871) ( ) Princesa Isabel assina a Lei Áurea libertando todos os escravos. 
Lei do Sexagenários (1885) ( ) proibia o tráfico negreiro da África para o Brasil. 
Lei Áurea (1888) ( ) beneficiava os negros maiores de 60 anos. 
 
 
7. Observe a imagem: 
 
Disponível em: http://imagens64.blogspot.com/2018/01/imagens-da-escravidao-no-brasil.html Acesso em: 13 de ago. de 2021. 
 
A lei expressa um ato que foi sancionado pela Monarquia na pessoa da Princesa Isabel filha de D. Pedro II. Com base 
nos textos e nos seus conhecimentos sobre a escravização no Brasil responda aos questionamentos: 
 
a) Você considera que o fim da escravidão no país foi um ato de benevolência da monarquia ou teve outros motivos? 
Justifique. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
 
25 
 
 
b) Você considera que a Lei Áurea foi o suficiente para resolver o problema da escravidão no Brasil? Justifique. 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
8. Com base no texto e nas imagens a seguir, com suas palavras, descreva como eram as formas e situações de trabalho 
das pessoas escravizadas no século XIX. 
 
 
Imagem 1 disponível em: http://imagens64.blogspot.com/2018/01/imagens-da-escravidao-no-brasil.html. Acesso em 13 de ago. de 2021. 
Imagem 2 disponível em: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/09/escravidao.jpg Acesso em 13 de ago. de 2021. 
Imagem 3 disponível em: ttps://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2016/12/mulheres-negras-escravistas.jpg Acesso em 13 de ago. de 2021. 
 
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________ 
 
9. Os fazendeiros também preferiram usar a mão-de-obra que chegava cada vez mais da Europa numa clara postura 
 
A) humanista. 
B) racista. 
C) elitista. 
D) pacifista. 
 
A HISTÓRIA DOS QUILOMBOS 
 
Os escravos também tiveram papel essencial na 
desestabilização da escravidão no Brasil e resistiram 
realizando fugas em massa, organizando revoltas 
contra seus senhores, formando os quilombos. No 
nosso Estado de Goiás existe um quilombo 
remanescente chamado de Kalunga. Vamos conhecer 
um pouco como vivem a população neste quilombo. 
Para isso leia o fragmento da notícia do G1 GO. 
 
Casas do território kalunga, no nordeste de Goiás, são de 
barro e telhado de palha — Foto: Fábio Tito/G1 
 
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/02/11/quilombo-kalunga-e-reconhecido-pela-onu-
como-primeiro-territorio-no-brasil-conservado-pela-comunidade.ghtml 
 
 
26 
 
Quilombo Kalunga é reconhecido pela ONU como primeiro território no Brasil conservado pela comunidade. 
Com cerca de 300 anos de ocupação, área segue preservada. Presidente de associação diz que título 
internacional é motivo de orgulho. 
Por Lis Lopes, G1 GO 
 
TERRITÓRIO QUILOMBO KALUNGA RECEBE PRÊMIO DA ONU POR CONSERVAÇÃO 
 
O território Quilombo Kalunga foi reconhecido por um programa ambiental da ONU como o primeiro Território e Área 
Conservada por Comunidades Indígenas e Locais (Ticca) do Brasil. O título internacional é concedido a regiões que 
mantêm a conservação da natureza e asseguram o bem-estar de seu povo. 
Ao G1, o presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK), Jorge Moreira de Oliveira, de 53 anos, diz que o 
reconhecimento é motivo de orgulho para a comunidade. 
“Sentimos orgulho de mostrar para o mundo que vivemos há 300 anos nesse território e continua preservado. Eu 
me sinto honrado de viver nesse território preservado. É um orgulho muito grande”, afirma. 
Kalunga, maior território quilombola do país, abrange três municípios goianos: Cavalcante, Monte Alegre de 
Goiás e Teresina de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros. Para obter o Ticca, é necessário que o território seja 
uma área preservada, respeitando os costumes da população, o cultivo da terra e o trabalho exercido, garantindo uma 
conexão entre o povo e a conservação da natureza. 
O título global, formalizado no último dia 3 de fevereiro, já consta no site do programa ambiental Protected Planet. 
De acordo com o presidente da associação, o processo para obter o Ticca durou cerca de um ano. 
“Realizamos 17 reuniões para formalizar o regimento interno do território. Conversamos com a comunidade sobre o 
fato de o território ser coletivo e ser preservado pelo cuidado e trabalho de todos. É um bem de todos os kalungas”, diz. 
 
 
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/02/11/quilombo-kalunga-e-reconhecido-pela-onu-como-primeiro-territorio-no-brasil-conservado-pela-comunidade.ghtml 
 
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 
 
Para Jorge Moreira, que vive no Quilombo Kalunga desde seu nascimento, o reconhecimento poderá ajudar a 
comunidade a conseguir a regularização fundiária do restante da terra. 
“O Quilombo Kalunga tem 262 mil hectares, só que, dessa área, apenas de 48% a 49% do território está regularizado. 
É imenso, mas o território aproveitável para agricultura, plantação e colheita é pouco. Algumas das áreas também têm 
suas dificuldades, aregião de Monte Alegre, por exemplo, é muito carente de água”, afirma. “A gente espera que o Ticca 
nos ajude a conseguir a regularização do restante do território, que é a maior dificuldade que a associação tem”, conclui 
o presidente da associação. 
 
 
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Em nota, o Incra informou, às 15h09 desta quinta-feira (11), que, dos 261.999 hectares do território Kalunga, 
aproximadamente 75,2 mil hectares estão sob gestão, para fins de regularização fundiária, do governo do Estado de 
Goiás, por se tratar de áreas públicas estaduais. Informou, ainda, que já foram titulados pelo Incra, aproximadamente 9% 
do território, o que corresponde a 22,5 mil hectares em imóveis rurais desapropriados. Considerando a extensão do 
território e o quantitativo de imóveis rurais inseridos, bem como a disponibilidade orçamentária necessária para indenizar 
todos estes imóveis, não possível é estabelecer prazo para concluir o processo de regularização fundiária do território 
quilombola Kalunga", disse o Incra. 
Por sua vez, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informou, às 18h12 de quinta-
feira, que atua, por meio da Gerência de Política de Regularização Fundiária, "no sentido de garantir a proteção das 
terras devolutas, por consequente, de seu domínio. A medida visa assegurar direitos e também a melhor composição 
com o governo federal quanto à regulação das terras devolutas estaduais estipuladas no decreto". 
 
 
 
Roça feita pela comunidade Kalunga em Monte Alegre, Goiás — Foto: Elder Miranda Jr/AQK/Divulgação 
Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/02/11/quilombo-kalunga-e-reconhecido-pela-onu-como-primeiro-territorio-no-brasil-conservado-pela-comunidade.ghtml 
Acesso em: 13 de ago. de 2021. 
 
 
10. Com base no texto lido descreva com suas palavras como é a situação dessa população considerando a questão da 
inserção social do negro após a abolição da escravidão no Brasil. 
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AULA 15 
Objeto de conhecimento: Políticas de extermínio do indígena durante o Império; Política de reparação: as ações afirmativas; 
Democracia racial e a exclusão social; A produção do imaginário nacional brasileiro 
Habilidade: (GO-EF08HI20-B) Analisar, a partir de documentos escritos e iconográficos, a composição da sociedade brasileira, 
refletindo sobre as condições de vida, escolaridade, emprego, moradia, bem como discutir a importância das ações afirmativas que 
visam superar desvantagens, desigualdades e o mito da democracia racial. (EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais com 
relação ao indígena durante o Império; (GO-EF08HI22-A) Compreender as várias transformações ocorridas no início do século XIX, 
que contribuíram para o desenvolvimento artístico e cultural no Império, bem como sua relação com a formação da identidade 
nacional e da literatura brasileira deste período. 
 
 
 
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INDÍGENAS NO BRASIL COLONIAL 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/o-indigena.htm 
 
Ao longo de todo o período colonial, os índios foram enquadrados no universo legal português como súditos da 
Coroa. O enquadramento valia tanto para os que acabaram classificados na legislação como “índios mansos” como para 
aqueles que não aceitavam viver pacificamente ao lado dos portugueses, os “índios bravios”. Ao longo do período 
colonial, graças especialmente aos esforços dos padres jesuítas, foram sendo reconhecidos tanto o direito à liberdade 
dessas populações como a necessidade de um estatuto especial para garantir-lhes alguns direitos. 
Depois de idas e vindas, acabou sendo encontrada a fórmula da tutela especial do Estado sobre os nativos, capaz 
de assegurar-lhes direitos como a posse das terras que ocupavam ou a manutenção de seus costumes nas aldeias. 
A Constituição de 1824 muda esta situação. A partir dela, os índios se tornam cidadãos brasileiros com os mesmos 
direitos e obrigações de todos os outros. Esta não é uma solução comum na época; nos Estados Unidos, por exemplo, 
o texto constitucional considera os índios como habitantes de outras nações, embora enquadre o território que ocupam 
como parte daquele do país. Mas apesar da maior inclusão jurídica no Brasil, a constitucionalização das relações entre 
habitantes – agora cidadãos – traz consequência semelhante nos dois casos. 
O enquadramento dos índios brasileiros como cidadãos é uma fórmula para anular totalmente seus direitos 
tradicionais, inclusive aqueles sobre terras que eventualmente ocupem. Esta fórmula permite a aceleração do avanço 
sobre o espaço ocupado pelos nativos, já que não há mais qualquer limitação jurídica para ele. Ao contrário, para ter 
direitos sobre terras, agora os nativos precisam pedir o registro de posse segundo as praxes da lei. 
Neste sentido, o projeto de José Bonifácio sobre a civilização dos índios apresentado na primeira Constituinte, é 
uma tentativa de salvaguardar os direitos tradicionais dos nativos, recolocando o instituto da tutela do Estado tanto para 
o reconhecimento dos direitos tradicionais como redimensionando seu papel como agente responsável pelo controle das 
relações com os demais cidadãos. Mas nem esta, nem outras tentativas de controle vão adiante, e a situação jurídica 
dos índios no período imperial se torna ainda mais precária que nos tempos coloniais. 
 
Disponível em: https://www.obrabonifacio.com.br/az/letra/i/pagina/6/Acesso em 24 de ago. de 2021. 
 
ATIVIDADES 
 
1. A partir da Constituição de 1824, os índios se tornam cidadãos brasileiros com os mesmos direitos e obrigações de 
todos os outros. Mas apesar da maior inclusão jurídica no Brasil, a constitucionalização das relações entre habitantes – 
agora cidadãos – traz consequência semelhante para os indígenas. Cite uma das consequências que eles tiveram que 
enfrentar em decorrência da Constituição de 1824. 
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POLÍTICA INDIGENISTA 
 
 
Chamamos de política indigenista as iniciativas 
formuladas pelas diferentes esferas do Estado 
brasileiro a respeito das populações indígenas. A 
política indigenista é orientada pelo indigenismo, 
conjunto de princípios estabelecidos a partir do 
contato dos povos indígenas com a sociedade 
nacional. Política indigenista e indigenismo são 
categorias históricas, noções empregadas 
essencialmente no século 20. A categoria 
indigenismo deve ser referida, preferencialmente, às 
diretrizes vitoriosas no 1º Congresso Indigenista 
Interamericano, realizado, no México, em 1940. Aí 
foram formulados os princípios e metas 
transformados em práticas - ou políticas indigenistas - pelos países do continente americano. 
No Brasil, desde o século 16, existem instrumentos legais que definem e propõem uma política para os índios, 
fundamentados na discussão da legitimidade do direito dos índios ao domínio e soberania de suas terras. Esse direito - 
ou não - dos índios ao território que habitam está registrado em diferentes legislações portuguesas, envolvendo Cartas 
Régias, Alvarás, Regimentos etc. 
No período colonial, a política para os índios envolveu extremos - das guerras justas, descimentos e escravização 
de índios e esbulho de terras às ações missionáriasnos Sete Povos das Missões. Já a legislação imperial não é benéfica 
aos índios, seja pelo Regulamento das Missões de 1845, a lei de terras de 1850 ou as decisões contrárias aos índios de 
várias Assembleias Provinciais. No século 19, a política para os índios foi marcada pela remoção e reunião de aldeias. 
Com o advento da República e a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), foram estabelecidos ou reforçados 
alguns princípios indigenistas, voltados para a prevenção de qualquer coerção ou violência aos índios, o respeito às 
instituições e valores indígenas e a garantia à posse de suas terras. Esses princípios foram transformados em políticas 
indigenistas através da proteção leiga aos índios pelo Estado. As políticas indigenistas estavam, então, voltadas ao 
estímulo ao trabalho e ao desenvolvimento de atividades produtivas, através da educação e treinamento dos índios e de 
seus filhos. Entretanto, a uma determinada política indigenista nem sempre correspondia uma consequente ação 
indigenista, e o SPI acabou sendo extinto, nos anos 60, por problemas de corrupção, esbulhos de terras indígenas etc. 
Em substituição ao SPI, pela Lei nº 5371, de 5 de dezembro de 1967, foi instituída a Fundação Nacional do Índio 
(FUNAI). 
A partir de então, a política indigenista se baseou nos seguintes princípios: ela Lei 
6001, de 19/12/73, foi sancionado o Estatuto do Índio, que regula a situação jurídica dos 
índios. Embora existam, atualmente, outras propostas não regulamentadas do Estatuto 
em discussão. 
Até 1988 a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à 
incorporação dos índios à comunhão nacional, princípio indigenista presente nas 
Constituições de 1934, 1946, 1967 e 1969. A Constituição de 1988 suprimiu essa diretriz, 
reconhecendo aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições 
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. 
Os índios também ampliaram sua cidadania, já são partes legítimas para ingressar 
em juízo em defesa de seus direitos e interesses. Assim, o principal objetivo da política 
indigenista hoje é a preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas 
terras e o desenvolvimento de atividades educacionais e sanitárias. 
 
Disponível em :< http://www.museudoindio.gov.br/educativo/pesquisa-escolar/241-politica-indigenista> acesso em: 01 de set. de 2020. 
 
https://escolaeducacao.com.br/usp-oferece-curso-online-e-gratuito-de-lingua-
indigena/ 
https://www.siglaseabreviaturas.co
m/funai/ 
 
 
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POLÍTICA INDIGENISTA: DO SÉCULO XVI AO SÉCULO XX 
 
As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais 
tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do processo de aldeamento. 
Neste combate os jesuítas contaram com o apoio da Coroa. 
No quadro abaixo podem ser acompanhadas, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos índios 
e, no século XX, a evolução do processo de conquista de direitos. 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO AOS ÍNDIOS 
 
1570 
Primeira lei contra o cativeiro indígena Esta lei só permitia a escravização dos 
indígenas com a alegação de "guerra justa". 
1609 
Lei que reafirmou a liberdade dos índios 
do Brasil 
Importante lei que tentou garantir novamente 
a liberdade dos índios, ameaçada pelos 
interesses dos colonos. 
1686 
Decretação do "Regimento das 
Missões" 
Estabeleceu a base de regulamentação do 
trabalho missionário e do fornecimento de 
mão-de-obra indígena no Estado do 
Maranhão e Grão-Pará. 
1755 
Aprovado o Directorio, que visava, 
através de medidas específicas, à 
integração do índio na vida da colônia. 
Proibia definitivamente a escravidão indígena. 
1758 
Fim da escravidão indígena: Directorio 
foi estendido a toda a América 
Portuguesa. 
Secularização da administração dos 
aldeamentos indígenas: abolida a escravidão, 
a tutela das ordens religiosas das aldeias e 
proclamados os nativos vassalos da Coroa. 
1798 
Abolido o Directorio O espírito "integrador" desse Diretório 
conservaria a sua força na legislação do 
Império brasileiro. 
1845 
Aprovado o Regulamento das Missões Renova o objetivo do Diretório, e visava, 
portanto, à "completa assimilação dos índios". 
1910 
Criação do Serviço de Proteção aos 
Índios - SPI 
O Estado republicano tutelou os indígenas. 
1952 
Rondon criou o projeto do Parque 
Nacional do Xingu 
Objetivo era criar uma área de proteção aos 
indígenas. 
1967 
Criação da Fundação Nacional do Índio 
- FUNAI 
Substituiu o extinto SPI na administração das 
questões indígenas. 
1979 
Criação da União das Nações 
Indígenas 
Primeira tentativa de defesa da cultura 
indígena, importante para a consagração dos 
direitos dos índios na Constituição de 1988. 
 
Disponível em:<https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/historia-indigena/politica-indigenista-do-seculo-xvi-ao-seculo-xx.html> acesso em: 01 de set. de 
2020. 
 
 
 
 
 
31 
 
2. As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais 
tenazmente combatido a partir de qual evento? 
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3. No quadro acima podem ser acompanhadas, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos índios e, 
no século XX, a evolução do processo de conquista de direitos. Liste os principais direitos conquistados no século XX. 
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4. Leia o gráfico a seguir: 
 
 
 
 
Disponível:< http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao?start=5> acesso 02 de setembro de 2020. 
 
 
A terceira região do Brasil com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste. De acordo com o gráfico, qual 
estado do Centro-oeste concentra o maior número de indígenas e qual a porcentagem que ele representa? 
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5. Política indigenista e indigenismo são categorias históricas, noções empregadas essencialmente no século. Descreva 
para que serve política indigenista? 
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6. Analise o mapa da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), que mostra as terras indígenas, áreas de maior concentração 
dessa população na atualidade: 
 
http://www.singularsaobernardo.com.br/portal/ef2/ar/professores/Sueli%20Onofre/6%C2%B0anos%20-%20Portal/GABARITO%20%20AT.%203%C2%BAUL%20-%206%C2%BA%20ano.pdf 
Agora com base dos dados do mapa e dos textos lidos, assinale (V) se for verdadeira ou (F) se for falsa para nas 
alternativas a seguir. 
a) ( ) As áreas de concentração mostradas são praticamente as mesmas da época da colonização, porém o númerode indígenas atual é muito maior que no passado. 
b) ( ) No passado os grupos indígenas eram muito mais numerosos e grande parte deles se concentravam em áreas 
mais próximas ao litoral. 
c) ( ) Graças à grande extensão das terras indígenas que permite aos seus habitantes se esconderem na mata, conflitos 
e mortes são evitados quando essas terras são invadidas por garimpeiros, fazendeiros e exploradores 
 
7. Leia o trecho do texto a seguir: 
 
“A política imperial se baseava no extermínio indígena, seja este o físico, praticando o genocídio das populações 
nativas, e a partir do seu apagamento cultural, anulando sua cultura, modo de vida, linguagem, religião. Esta política se 
concretizava da catequização compulsória dos indígenas e na transformação gradual desta população em trabalhadora 
rural, justificando esta transformação como forma de “inserção” do indígena na sociedade imperial branca. Essa política 
foi fundamental na abertura para a entrada da migração branca no Brasil, ocupando as terras antes indígenas.” 
Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/FmmWxsvvb7SqRgsessKPPJVgzcy4seYZQFqvtWJ226c3r3wHbRkCq27BBpKv/his8-21und01-fontes-problematizacao.pdf. 
Acesso em 02 de setembro de 2020. (Adaptado) 
 
A partir da leitura do trecho, com suas palavras descreva se na atualidade ainda há silenciamentos dos direitos indígenas 
e como isso é feito. 
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8. Sobre os Povos Indígenas na Região Centro-Oeste é correto afirmar que 
 
A) a terceira região com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste. 
B) o Mato Grosso era habitado somente por migrantes de outras regiões do Brasil. 
C) entre os povos Indígenas do Centro – Oeste, a maior parte pertencia ao Grupo Étnico Charrua. 
D) Goiás é o Estado que tem pouquíssimos indígenas. 
 
9. Analise a charge abaixo e responsa as questões: 
 
 
Disponível:< https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/2016/04/atividade-com-charges-sobre-indios.html> acesso 02 de set. de 2020 
. 
a) O que a charge denuncia? 
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b) Indique alguma política de proteção aos índios que você tenha conhecimento. 
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c) Como vivem a maioria dos povos indígenas no Brasil atualmente? 
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10. Para aprofundar seus conhecimentos faça uma pesquisa sobre o que é a Democracia racial e escreva um pequeno 
texto dissertando sobre o que é democracia racial. No mesmo texto dê a sua opinião se você acha que existe democracia 
racial no Brasil ou não. 
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Assista, se for possível, aos vídeos complementares para aprofundar seus conhecimentos: 
 
Política de extermínio indígena durante o império 
 
Disponível em< https://www.youtube.com/watch?v=L_PC1AXgbJk> acesso 02 de 
setembro de 2020. 
 
 Democracia racial 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EATDU8Bw-Ug Acesso em: 25 de 
ago. de 2021. 
 
 
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CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA 
 
A construção da identidade brasileira constituiu-se como um 
processo histórico, cultural e político desde a Independência, em 1822. 
Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que também é 
chamada de brasilidade, estão ligados à necessidade de uma coesão 
social que acompanhe a existência de um Estado que administra todo 
o território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina 
administrativa comum a todo o território nacional foi um primeiro passo 
na construção da identidade. 
Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de 
a língua portuguesa ser comum a todo o território, apesar de suas 
particularidades regionais. A língua seria então um elemento no 
conjunto de elementos culturais comuns que são constitutivos da 
cultura nacional. O Brasil é conhecido por ser um país multiétnico. São 
colocados como os principais elementos formadores da construção da identidade nacional Brasileira, uma formação 
étnica que possui como principais elementos o negro africano, o indígena nativo e o branco europeu. 
Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade 
nacional, a não ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo 
o território nacional. Os conflitos separatistas provinciais das décadas de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade 
territorial e à coesão social do país recém-independente. 
A forma com que esses conflitos foram reprimidos permite perceber que a violência repressiva do Estado contra 
conflitos sociais que pretendiam alterar a ordem vigente passou também a ser constitutiva da identidade nacional. A 
cultura da violência estatal permeou desde o início a formação da identidade nacional. 
Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse processo de construção identitária. A criação do Instituto 
Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam 
relacionados à nação brasileira. 
Anos depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo buscou também contribuir com a construção 
dessa identidade. As obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da nação brasileira às suas belezas 
naturais, como também a mitificação do indígena como componente principal da nação brasileira. Esse trabalho literário 
e cultural buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastada das influências estrangeiras. 
Apesar dessas tentativas de unificação de elementos culturais do que seria a brasilidade, a grande extensão do 
território nacional e suas diferentes formas de ocupação resultaram em uma diversidade de manifestações culturais 
regionais. A Proclamação da República e o federalismo instituído na administração do Estado espelharam um 
fortalecimento de movimentos culturais regionais, principalmente os ligados à decadente aristocracia das regiões não 
afetadas pelo crescimento econômico de início do século XX. Um exemplo foi o Manifesto Regionalista de Gilberto Freyre, 
publicado em 1926. 
Porém, ao mesmo tempo, houve esforços para a criação de símbolos culturais nacionais, como a mitificação da 
figura de Tiradentes como um herói libertador do Brasil. O Movimento Modernista da década 1920 buscava também 
encontrar as raízes da sociedade brasileira, afirmando o nacionalismo como um estágio para se chegar ao universal. 
Para alcançar essa pretensão, Mário de Andrade realizou uma extensa viagem pelo Brasil, pesquisando, compilando e 
estudando os elementos que faziam parte da cultura brasileira. 
Um esforço nacional estatal para a difusão de uma cultura brasileira comum iria se fortalecer após a Revolução de 
1930. A chegada de Getúlio Vargas ao poder representou um novo momento

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