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Impresso por Iani Soares Luz, E-mail ianesoaresluz@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/06/2023, 19:43:52 1 Arilson Lima da Silva HP1 – EXAME FÍSICO DA TIREOIDE SEMIOTÉCNICA INSPEÇÃO • Normalmente a tireoide não é visível, exceto em pacientes muito emagrecidos; • observação lateral e anterior do pescoço em posição neutra, em extensão, em flexão e em rotações direita e esquerda. Usualmente, não é facilmente visível; caso a isto ocorra, deve-se considerá-la aumentada. • Com o paciente senta , a glândula é mais do facilmente visualizada com a hiperextensão da cabeça do paciente para trás e com a deglutição; • Como a glândula é fixa à fáscia pré-traqueal, ela se descola para cima com a deglutição • Analisa-se o tamanho da glândula, simetria dos lobos e presença de abaulamentos e nódulos • O exame da tireoide tem como base a inspeção, a palpação e a ausculta; PALPAÇÃO • O pescoço do paciente deve ficar com a cabeça discretamente fletida para frente, já que a palpação é mais difícil quando os músculos esternocleidomastoideo ficam estendidos; • A glândula é palpável na maioria dos indivíduos normais, apresentando lobos com cerca de 3 a 5 cm no sentido vertical e istmo com diâmetro de 0,5 cm; LOCALIZAÇÃO DA TIREOIDE • Para localizar, deve-se verificar a posição das cartilagens tireóidea e a cricoide, uma vez que o da glândula se situa imediatamente da istmo cartilagem cricoide; • Palpa-se o tecido elástico (istmo tireoidiano) e, a partir disso, o examinador atrás do paciente, desliza os dedos nas laterais da traqueia, na altura do istmo, no qual terão os lobos tireoidianos, direito e esquerdo; • Pede-se que o paciente faça uma deglutição, saliva ou água, para observar o movimento da tireoide, a qual deve ser móvel; • U -sam se 2/3 manobras para a palpação da tireoide: ♥ ABORDAGEM POSTERIOR: paciente sentado e o examinador de pé atrás dele. As mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca, e as pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha • O lobo direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita para o lobo esquerdo, ; usamos os dedos médio e indicador da mão esquerda ♥ ABORDAGEM ANTERIOR: paciente sentado ou de pé e o examinador também sentado ou de pé, postado à sua frente. São os dedos indicadores e médios que palpam a glândula enquanto os polegares apoiam-se sobre o tórax do paciente • O lobo direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão esquerda e o lobo esquerdo é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita. Impresso por Iani Soares Luz, E-mail ianesoaresluz@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/06/2023, 19:43:52 2 Arilson Lima da Silva HP1 – • Seja qual for a manobra empregada, sempre se solicita ao paciente que faça algumas deglutições enquanto se palpa firmemente a glândula. A tireoide eleva-se durante o ato de deglutir. • A flexão do pescoço ou uma rotação discreta do pescoço para um lado ou para o outro provoca relaxamento do músculo esternocleidomastóideo, facilitando a palpação da tireoide. AUSCULTA • Deverá ser realizada em todos os pacientes com tireotoxicose, pois o aumento do fluxo sanguíneo poderá determinar a ocorrência de sopros sobre a glândula, algumas vezes acompanhados de frêmitos; • Paciente respira e prende a respiração, ausculta- se o primeiro lobo e pede-se para que volte a respirar, em seguida o paciente prende novamente e ausculta-se o segundo lo ; bo • Normalmente a ausculta da tireoide é descrita como: sem sopros audíveis. CARACTERÍSTICAS ANALISADAS ♥ V O L U M E : normal ou aumentado, difuso ou segmentar. Qualquer aumento é designado bócio; ♥ C O N S IST Ê NC I A : normal, firme, endurecida ou pétrea; ♥ M O B I L ID AD E : normal ou imóvel (aderida aos planos superficiais e profundos); ♥ S U P E R F Í C I E : lisa, nodular ou irregular; ♥ TEMPERATURA DA PELE : normal ou quente; ♥ FRÊMITO E SOPRO : presente(s) ou ausente(s); ♥ S E N S IB IL I D A DE : dolorosa ou indolor. Em pessoas normais a tireoide pode ser palpável ou impalpável. Quando palpável, lisa, elástica é (consistência de tecido muscular), móvel, indolor, sendo a temperatura da pele normal e ausência de frêmito. • As alterações possíveis de serem encontradas indicam a existência de , bócio processo inflamatório neoplasias e . • Se a tireoide estiver aumentada, deve-se fazer ausculta da região correspondente. IANI SOARES LUZ XIII – MED OSCE - TIREOIDE PRÉ REQUISITOS: • PRENDA O CABELO • SEM ADEREÇOS • UNHAS APARADAS E SEM ESMALTAÇÃO • JALECO FECHADO E LIMPO • CALÇADO FECHADO • CALÇA SEM RASGOS AO ENTRAR NA SALA: - IDENTIFIQUE-SE - CONSIDERE QUE MINHAS MÃOS ESTÃO HIGIENIZADAS - PEÇA LICENÇA E CONSENTIMENTO DO PACIENTE - EXPLIQUE O PROCEDIMENTO PARA O PACIENTE - INICIE O PROCEDIMENTO E EXPLIQUE AS ETAPAS • O exame físico da tireoide tem como base a inspeção, a palpação e a ausculta. • Por meio da inspeção e da palpação, podem-se definir a forma e o tamanho da glândula. • Se houver aumento, deve-se esclarecer se é global ou localizado. Para a palpação da tireoide, usam-se três manobras: 1. Paciente sentado e o examinador de pé atrás dele (abordagem posterior). » As mãos e os dedos rodeiam o pescoço, com os polegares fixos na nuca e as pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana. » O lobo direito é palpado pelos dedos da mão esquerda, enquanto os dedos da outra mão afastam o esternocleidomatóideo. » Para o lobo esquerdo, as coisas se invertem 2. Paciente sentado ou de pé e o examinador sentado ou de pé, postado à sua frente (abordagem anterior). » São os polegares que palpam a glândula, enquanto os outros dedos apoiam-se nas regiões supraclaviculares 3. Paciente e examinador nas mesmas posições da abordagem anterior, fazendo-se a palpação com uma das mãos, que percorre toda a área correspondente à tireoide. » A flexão do pescoço, ou a rotação discreta do pescoço para um lado ou para o outro, provoca relaxamento do músculo esternocleidomastóideo, facilitando a palpação da tireoide. • Ao inspecionar e palpar a tireoide, solicita-se ao paciente que realize deglutições “em seco”, o que permite caracterizar melhor o contorno e os limites da tireoide, a qual se eleva durante o ato de deglutir. • Movimente os dedos em vários sentidos, procurando definir a forma e os limites da tireoide. • Por meio da palpação, determinam-se o volume ou as dimensões da glândula, seus limites, a consistência e as características da sua superfície (temperatura da pele, presença de frêmito e sopro). IANI SOARES LUZ XIII – MED • Além disso, é importante dar atenção especial à hipersensibilidade, à consistência e à presença de nódulos. Técnica de palpação da tireoide. A. Abordagem posterior. B. Abordagem posterior com palpação do lobo tireoidiano direito. C. Abordagem posterior com palpação do lobo tireoidiano esquerdo. D. Abordagem anterior. E. Abordagem anterior com palpação do lobo tireoidiano direito. IANI SOARES LUZ XIII – MED EXAME FÍSICO GERAL No diagnóstico do hipertireoidismo, o exame físico deve abranger todo o organismo, mas dois achados merecem referência especial: a oftalmopatia e o mixedema pré-tibial. OFTALMOPATIA No exame dos olhos, devemos observar se há edema palpebral e da conjuntiva, protrusão ocular (exoftalmia), hiperemia e edema conjuntival e quemose. Tais alterações, que constituem a oftalmopatia tireotóxica, podem ser agrupadas em classes. Algumas manobras ajudam na detecção das alterações oculares:1. Ao fechar os olhos, por exemplo, o paciente pode deixar à mostra a porção inferior da íris – lagoftalmia (classe 3). 2. Ao solicitar ao paciente que acompanhe com os olhos os movimentos do dedo indicador e mantenha a cabeça em posição fixa, as paralisias da musculatura ocular tornam-se evidentes (classe 4). O movimento de olhar para dentro (convergência) é, com frequência, o mais comprometido. A mensuração da exoftalmia pode ser feita com um exoftalmômetro. Tais dados são úteis para se acompanhar a evolução da oftalmopatia. » Considera-se normal valor de até 23 mm; valores maiores são indicativos de proptose. A oftalmopatia, em geral, inicia-se ao mesmo tempo em que as manifestações tireoidianas, mas pode precedê-las ou surgir posteriormente. IANI SOARES LUZ XIII – MED MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL • No mixedema pré-tibial, as lesões cutâneas afetam a face anterolateral da perna, mas não ficam necessariamente limitadas a esta área. • Essas lesões são placas brilhantes, vermelho-acastanhadas e rugosas. Assemelham-se à “pele de porco”. • São indolores, mas, algumas vezes, podem determinar sintomas compressivos com insuficiência vascular. • O mecanismo fisiopatológico é desconhecido. • Provavelmente, trata-se de uma alteração autoimune, que acomete 5% dos pacientes com doença de Graves. OUTROS HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO • Valorizam-se cada vez mais os quadros pouco sintomáticos que podem surgir, principalmente, em mulheres no pósclimatério, e são diagnosticados tão somente por exames laboratoriais, devendo ser tratados. NÓDULOS E BÓCIO • Formações nodulares podem ser visíveis e/ou palpáveis na tireoide. • Não se trata de uma “doença clínica”, mas manifestação clínica de várias afecções tireoidianas. • Os nódulos podem ser únicos ou múltiplos, benignos ou malignos e ocorrem em 4 a 5% da população. • Quando se utiliza o exame ultrassonográfico, a prevalência atinge 20%. • Procura-se também detectar frêmito. • À ausculta, investiga-se se há sopros sobre a tireoide. • A tireoide normal é palpável em muitos indivíduos normais, e o lobo direito, com frequência, é um pouco maior do que o esquerdo. • É importante anotar a presença de gânglios satélites. • O aumento da tireoide denomina-se bócio. - DESCARTE O MATERIAL - RECOMPONHA O PACIENTE - AGRADEÇA O PACIENTE - SAIA DA SALA