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Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação CONCEITOS DE COACHING E MENTORING Prof. Esp. Renato dos Santos Lisboa Apresentação Geral da Disciplina É possível aprender os aspectos gerais e específicos do método coaching e do trabalho do profissional coach nas organizações? Nesta disciplina, você terá a compreensão sobre o método coaching , sua origem e os princípios teóricos que orientam a base para a atuação do coach . Sua importância se revela na construção de profissionais coach bem estruturados, conscientes de sua prática e eficazes em sua atuação profissional. Desse modo, tenho como objetivo a constituição em habilitar o estudante sobre o conhecimento acerca do coaching e suas particularidades. Para tanto, é preciso discorrer sobre aspectos específicos, como a origem do coaching e as suas perspectivas históricas — na percepção de variados autores ao longo das últimas décadas —, os princípios essenciais para aplicação do coaching na esfera organizacional bem como os principais vieses teóricos para sua aplicação. E nada mais válido que botar a mão na massa, não é mesmo? A forma como será apresentada as especificações da aplicação do coaching, nesta unidade, delineia-se na representação teórica em princípios da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), humanista, existencial, ontológica, transpessoal, análise transacional, comportamental, desenvolvimento adulto, cognitivismo, orientação para metas, psicologia positiva, centrada na pessoa, Gestalt, aprendizagem adulta, cognitivo comportamental, neurolinguística, foco em solução e sistêmica. Estes são os princípios que regem os mais variados tipos de coaching, sendo os principais apresentados neste livro: coaching executivo, coaching de vida pessoal, coaching no trabalho, coaching de carreira, coaching empresarial/negócios, coaching de liderança, coaching de equipes. Ainda, nesse aspecto, o conteúdo possibilitará ao estudante compreender quais as principais linhas de coaching tradicional, a saber: o life coaching (vida pessoal); o coaching executivo (gestão empresarial, político, diplomatas); o coaching desportivo (para atletas de alto rendimento); o business coaching (organizacional). E seus principais nichos de desdobramentos atuais: coaching de gestão, desenvolvimento, parental (para pais), para crianças e adolescentes, de performance, medical (para cuidadores), de moda e estilo, para emagrecimento, de carreira, espiritual, de arrumação doméstica. Para fomentar o interesse do aluno nesse campo de atuação, este livro aborda, ainda, uma descrição pormenorizada acerca das ferramentas utilizadas pelo coach para aplicação do método coaching na esfera organizacional. Dentre os mais citados, aqui, estão: roda da vida, tríade do tempo, roda dos níveis neurológicos de aprendizagem e mudança, Coaching assessment, 5W2H e (LTBL) Ladrões do tempo bem longe. Importante conhecer todo esse percurso discriminado do coaching e sua aplicação, para poder melhor entender quais são seus benefícios mais relevantes, tanto aqueles que tange ao universo particular do profissional coach quanto aos benefícios apreendidos pelo coachee. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial Este é um conteúdo base de extrema relevância, pois, dentro do plano pedagógico, ele se articula de forma direta com outras disciplinas posteriores. Assim, as expectativas esperadas para este módulo é de que o aluno possa finalizar o conteúdo bem abastecido de fundamentação teórica acerca do método coaching. Oportunidades de aprendizagem Olá, aluno(a), nesta unidade, você conhecerá e estudará os principais conceitos sobre o coaching, a sua origem histórica e, ainda, compreenderá, de forma geral, como ocorre a aplicação do coaching nas organizações, os principais tipos de coaching e os benefícios de sua aplicação. Também, aprenderá as principais habilidades e competências para se tornar um bom profissional coach. Avançar Download PDF UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 https://drive.google.com/file/d/1c5h4qBYIIkiXPivQOfXJ8wQfUTLDzZIk/view?usp=sharing Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação COMO SE TORNAR UM COACHING ? O que é coaching ? Quais suas origens e principais conceitos históricos? Qual o papel do coach e as principais habilidades necessárias para sua aplicação no campo organizacional? A importância da compreensão conceitual deste conteúdo poderá conferir ao aluno a possibilidade de perceber, sistematicamente, os múltiplos modos como o profissional coach pode articular sua atuação, dentro do cenário organizacional, dimensionando, ainda, as principais rotas de habilitação profissional para sua capacitação. Pensando nas articulações conceituais propostas nesta unidade, o seu desafio será realizar uma entrevista com um profissional coach atuante na área organizacional. Em seu questionário, você deverá abordar perguntas, como: quais atividades este profissional realiza em sua rotina diária? Quais as principais habilidades que, na percepção deste coach , precisam ser dominadas para realizar suas atividades? Como se dá a dinâmica das relações de trabalho especificamente do coach , dentro das empresas? A proposição desta atividade vivencial de estudo de caso possibilitará que você, aluno(a), possa — por meio das informações coletadas — fazer uma reflexão comparativa com o conteúdo apresentado nesta unidade e, assim, melhor compreender como se articula, na prática, a atuação do profissional coach no mercado organizacional nacional. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial Figura 1 - Mapa mental de Coaching Fonte: o autor. Descrição de imagem : o mapa mental apresenta ramificações do coaching, como habilidades e competências, papel das organizações, formação e capacitação, atuação Coach, ferramentas utilizadas, público-alvo e atividades realizadas. Caro(a) aluno(a), nesta unidade, você se deparará com o mundo do Coaching e compreenderá o porquê do profissional Coach ser, extremamente, requisitado para desenvolver pessoas e organizações. Aprender a utilizar as ferramentas do Coaching , desse modo, é requisito para a admissão de profissionais, pois muitas empresas entendem que o portador destas habilidades possui vantagem competitiva em relação aos demais profissionais. Portanto, convidamos você a viajar e conhecer a fundo este universo. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Aprofundaremos, agora, nos conhecimentos, conceitos e significados do coaching . Você conhece a origem e o que significa a palavra coach ? A palavra coach origina-se da língua inglesa e a ela são atribuídos alguns significados distintos, por exemplo, a histórica expressão coach que remonta ao período de 1500, na França, quando o termo era empregado como referência aos cocheiros que conduziam as carruagens no transporte de pessoas (BATISTA; CANÇADO, 2017). Recentemente, o termo ganhou notoriedade no sentido de “treinador”, sobretudo, na América do Norte. Desse modo, neste estudo, o coaching será compreendido como prática profissional (JOÃO, 2018). A origem mais remota — encontrada na literatura, referenciando ao modelo coaching , no sentido de treinador —, segundo Oliveira (2017), é o modelo de mentoria realizado por Sócrates, entre os anos de 470 e 399 a.C., Platão entre 428e 347 a.C. e Aristóteles, 427 e 347 a.C., na Grécia Antiga. Isso porque a relação destes filósofos com as pessoas se concretizava a partir de questionamentos que buscam pelo autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com De acordo com Silva et al . (2018), hipoteticamente, o advento do termo coaching — voltado para o que temos da representação atual — teria surgido em Kocs, uma cidade na Hungria, entre os séculos XV e XVI. Entretanto o termo só foi usado, formalmente, no cenário industrial, em um primeiro momento, no ano 1937 e, posteriormente, em 1958, por meio do modelo de gestão descrito por Myles Mace, que discorria sobre os modelos de produtividade laboral (OLIVEIRA, 2017). A atribuição do termo estaria, também, relacionada a uma espécie de técnica no subsídio para desenvolvimento de atletas. Essa tal técnica teria sido difundida por Timothy Gallwey, um tenista profissional e precursor do método coaching , por volta de 1972, nos Estados Unidos. Mais tarde, o termo foi ampliado por John Whitmore, em 1980, que adaptou o senso coaching para o cenário empresarial e desenvolvimento em nível pessoal, sendo o precursor para o marco do coaching organizacional; posteriormente, imprimido pela IBM, primeira grande empresa a usar o coaching para o desenvolvimento de negócios, em 1990 (OLIVEIRA, 2017). O conceito de coaching é abordado por Batista e Cançado (2017), a partir de uma reflexão apoiada em múltiplos aspectos conceituais abordados por outros autores, ao longo dos últimos 30 anos, conforme descrito no Quadro 1: https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Quadro 1 - Conceitos de coaching Fonte: adaptado de Batista e Cançado (2017) e Silva et al . (2018). https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Assim, na percepção dos autores supracitados, a literatura conceitua que: O coaching é um processo, um relacionamento de ajuda entre um profissional habilitado e seu cliente [...] de orientação prática, voltado para a promoção e o estímulo da aprendizagem, a partir de metas relacionadas ao desenvolvimento pessoal e profissional (BATISTA; CANÇADO, 2017, p. 27). Segundo Oliveira, Silva e Dutra (2019), embora haja uma popularidade recente e gradativa da atuação do coach no Brasil, esse termo, ainda, implica discussões e divergências acerca de sua fundamentação teórica. Na percepção de Silva et al . (2018), essas contradições ocorrem, sobretudo, porque na literatura a definição de coaching se apresenta de forma emaranhada aos conceitos de mentoring e treinamento. O mentoring é compreendido como uma atuação na aplicação de transmissão de conhecimento, por profissional com expertise em domínio específico. Enquanto isso, o coaching (método utilizado pelo coach ) se articula em um processo no qual o coach (profissional mediador do processo) facilita o aprendizado do coachee (aprendiz/cliente). Portanto, não necessita de expertise na área do aprendizado ou de aspectos específicos, mas articulaum processo de facilitação de aprendizagem e melhora no desempenho do sujeito, no âmbito pessoal ou profissional (SILVA et al ., 2018). https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Ainda, nesse aspecto, Oliveira (2017) acentua que o mentoring no cenário organizacional se caracteriza como uma abordagem voltada para orientação profissional e, essencialmente, restrita aos profissionais de alta performance, diferentemente do coaching , que se aplica de forma mais ampla dentro das organizações, elevando processos de aprendizado, conscientização e impulsionamento para atitudes mais assertivas e, consequentemente, melhores resultados. Nesse sentido, a especificidade do profissional coach , no campo organizacional, é destacada por Oliveira, Silva e Dutra (2019) como uma das áreas mais relevantes para o desenvolvimento da profissão. Haja vista que, neste cenário, insurgem as mais significativas questões do comportamento humano, estas implicam na atuação do coach . Desse modo, o método coaching , na esfera organizacional, pode ser compreendido como uma ferramenta de ação abrangente e promotora de mudanças significativas, em diversos aspectos da vida do sujeito. Essencialmente, a atuação do coach visa às ações diretivas para resolução de problemas da vida diária relacionados ao trabalho, com foco em resultados positivos, entendidos, aqui, pelo viés de melhor organização, desempenho, equilíbrio comportamental e boas relações interpessoais (OLIVEIRA; SILVA; DUTRA, 2019). Perspectivas anteriores ao modelo atual compreendiam a atuação do método coaching como uma atividade utilizada, sobretudo, em áreas como a esportiva, a educação e o trabalho, sendo uma prática de orientação, ensino ou instrução. Contudo, na perspectiva atual, o trabalho do profissional coach tem tomado outras dimensões, sendo relacionada a elementos de prática terapêutica e desenvolvimento pessoal (SILVA et al ., 2018). Na área organizacional, os primeiros estudos acerca do método coaching ocorreram em 1937, por meio de relatórios observacionais realizados por Gorby, um profissional de gestão que investigava a atuação de executivos e colaboradores. Seu intuito era minimizar danos à empresa, advindo de práticas de desperdício em processos gerenciais e, consequentemente, promovendo articulação interventiva para o aumento da lucratividade (OLIVEIRA; SILVA; DUTRA, 2019). Os modelos de mercado de trabalho — globalizados e altamente tecnológicos, vigentes no cenário atual — são vistos por Oliveira, Silva e Dutra (2019) como uma conjuntura favorável para o fortalecimento da presença do profissional coach , principalmente nas organizações. O entendimento dos autores converge com a tendência atual de percepção do capital humano como o principal elemento para potencializar o mercado, assim, a atuação do coach , como mediador da promoção de autoeficácia dos sujeitos, encontra nesse nicho de atuação espaço para sua expansão profissional. Dentre algumas fundamentações metodológicas do coaching , estão premissas epistemológicas da terapia cognitivo- comportamental (TCC) e fundamentos da Psicologia organizacional e do trabalho (POT). Nesse aspecto, Nóbrega et al . (2020) aponta a relação do coaching com o modelo estruturado, focado na aprendizagem e na validação dos comportamentos, crenças e emoções do sujeito, sendo primado pela TCC e na intercessão do coaching com a POT, que se sobressai as questões atinentes a compreensão sobre as relações organizacionais, os modelos de gestão e lideranças. Vale ressaltar que, no uso da TCC, como ferramenta para a prática coaching , a literatura destaca essencialmente o uso de duas perspectivas, a saber: (1) o uso do modelo cognitivo para compreender os padrões de pensamento irracionais e disfuncionais, e (2) o modelo comportamental, que visa às mudanças de comportamentos desadaptativos. Assim, na prática, o coach em organizações, por meio do uso dessas ferramentas, viabiliza melhores condições de compreensão da relação entre o sujeito, o trabalho e o ambiente organizacional (NÓBREGA et al ., 2020). Nessa relação do coaching com o uso da TCC, que é um modelo majoritariamente de uso da psicologia, Oliveira (2017) destaca a importância em diferenciar o trabalho do coach e do não coach . A autora descreve que, na prática, pelo modelo coaching , não são https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com abordadas questões psicológicas e de doença, e o foco se concentra no porquê não são realizadas determinadas coisas; enquanto que no trabalho não coaching , em geral, têm-se pacientes ou clientes, e tratam-se de questões psicológicas terapeuticamente e se analisa o porquê das coisas.Conecte-se Filme: Coach Carter – Treino para a Vida Diretor: Thomas Carter Gênero: Esporte/Drama Ano: 2005 Sinopse: segue, aqui, uma indicação valiosa de um filme dinâmico e descontraído: Coach Carter – Treino para a Vida. Ele trata de um tema relevante para compreender a importância do coaching . Baseado em fatos reais, o filme aborda, de forma lúdica, a relação de um treinador de basquete e sua equipe, o enfrentamento de desafios como a desmotivação e as estratégias utilizadas pelo técnico para trazer unidade para equipe e, juntos, construírem uma relação de confiança para o alcance de propósitos em comum na vida e em suas carreiras para o futuro. Estudo encomendado pela International Coach Federation (ICF), intitulado ICF Global Coaching Study , foi realizado em nível global, no ano de 2016, e buscou investigar aspectos dimensionais da atuação profissional de coaching no mundo. O questionário foi lançado em nove idiomas e contou como respondentes profissionais liberais na área de gestão e liderança, membros do ICF, além de profissionais coaching vinculados a associações como a Association for Coaching (AC); Association of Coach Training Organizations (ACTO); European Mentoring and Coaching Council (EMCC); Graduate School Alliance for Executive Coaching (GSAEC); International Association of Coaching (IAC); e World Business Executive Coaches Summit (WBECS). A partir de mais de 15 mil respostas, provenientes de mais de 137 países, concluiu-se que há uma estimativa de mais de 53.300 mil profissionais coach no mundo. A maior contribuição veio da América do Norte, uma representatividade estimada em seis mil respondentes. Na América Latina, estimou-se que os coaching são em quatro mil, enquanto um mil atuam como gestores em competência de coaching , e cerca de cinco mil estão no espectro coaching (uso de múltiplas abordagens e competências) (ICF, 2016). Tech+ Nesse link, você, aluno(a), poderá ter acesso à produção de artigos nacionais nos mais variados temas dentro da área de atuação do método coaching . Apesar do acesso pago em alguns conteúdos, neste site, você poderá encontrar conteúdos abertos ao público, os quais podem contribuir, significativamente, para o aprofundamento dos seus estudos. Disponível aqui No que tange ao perfil coaching global, a faixa etária se concentra em pessoas dos 35 aos 55 anos e, majoritariamente, o grupo feminino se destaca, sendo cerca de 67% dos profissionais. A formação profissional em coaching se mostrou presente em 99% dos respondentes, que declaram ter realizado mais de 125 horas de formação (ICF, 2016). https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F11368&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0jbVLWwSbJ2gzEsF3dgFSs No Brasil, pesquisa da ICF (2020), realizada por meio da empresa de consultoria PwC Brasil, identificou que o número de profissionais coach no país estima-se em 73 mil; destes, 59% acredita na importância de formação e qualificação para a atuação, enquanto 74% deseja a regulamentação da profissão. De forma complementar, pesquisa realizada por Batista e Cançado (2017) caracterizou um perfil atual da profissão e dos profissionais coach , no Brasil. Os resultados apontaram uma predominância de faixa etária entre 31 e 45 anos, a maioria casados e, igualitariamente, em ambos os sexos, sendo que a maior parte dos profissionais se concentra na região sudeste (69,7%). O nível de formação é diversificado, mas a maior converge na área de ciências sociais e humanas, majoritariamente, no curso de administração. Apesar de ser uma área que, ainda, não tem formação acadêmica específica e regulamentação profissional, ela se destaca significativamente como uma atuação de forte interesse por profissionais jovens. Esta predileção a acentua como uma área em amplo desenvolvimento (BATISTA; CANÇADO, 2017). Inspire-se O modelo de ensino a distância se destaca como possibilidade de ensino e aprendizagem cada vez mais frequente no cenário atual, sobretudo, após as vicissitudes advindas da conjuntura da pandemia, por COVID-19. Desse modo, as possibilidades de atuação do coach acompanham essa tendência e se articulam, cada vez mais, nos treinamentos, ao uso das técnicas coaching , por meio da realização de treinamentos e cursos totalmente online. Importante destacar que, para esta atuação, o coach deve estar devidamente capacitado e habilitado a fim de oferecer conteúdo de qualidade e com eficácia. A aplicação do coaching , segundo João (2018), parte essencialmente de cinco pilares fundamentais, são eles: a confiança mútua, comunicação não direcional, ou seja, ter cuidado com uso de termos imperativos e que expressem opinião pessoal, não fazer juízo de valores nem preconceitos, partir da premissa de que o cliente é o detentor das respostas, fazer uma escuta empática e intuitiva. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Assim, as principais linhas de abordagem são descritas por Silva et al . (2018) como: humanista, existencial, ontológica, transpessoal, análise transacional, comportamental, desenvolvimento adulto, cognitivismo, orientação para metas, psicologia positiva, centrada na pessoa, Gestalt, aprendizagem adulta, cognitivo comportamental, neurolinguística, foco em solução e sistêmica. Essas linhas regem a atuação do profissional coach para os mais variados tipos de coaching . Os tipos de coaching (Figura 2) que melhor se articulam com a esfera organizacional são: Figura 2 - Tipos de Coaching Fonte: adaptada de Silva et al . (2018). Descrição de imagem: a figura apresenta os tipos de coaching. De cima para baixo, o coaching executivo, voltado para ajudar na autoridade gerencial e responsabilidades organizacionais; o coaching de vida/pessoal, que articula soluções e orientações para resultados; o coaching no trabalho, visando ao aumento de produtividade e desenvolvimento das habilidades laborais; o coaching de carreira, que opera em um processo de realização e tomada de decisão profissional; o coaching empresarial/negócios, visando ao engajamento para uma comunicação positiva no alcance de ações; o coaching de liderança, para facilitar mecanismos assertivos no processo de liderança, e, por último, o coaching de equipes, para intervenção de capacidades coletivas, desempenhos e motivação para mudança. De forma complementar, João (2018) destaca que, dentre as principais linhas tradicionais de atuação do coaching , estão: o life coaching (vida pessoal); o coaching executivo (gestão empresarial, político, diplomatas); o coaching desportivo (para atletas de alto rendimento); o business coaching (organizacional). Como desdobramentos na atualidade, podemos, ainda, encontrar os nichos de coaching de: gestão, desenvolvimento, parental (para pais), crianças e adolescentes, performance, medical (para cuidadores), moda e estilo, emagrecimento, carreira, espiritual, arrumação doméstica, apenas para citar alguns. Na acepção de João (2018), as ramificações de especialidades e nichos de atuação do coach , ainda, são arraigadas a uma imagem “descredibilizada”, sobretudo, no Brasil, porque aqui a profissão ainda está em fase embrionária, se comparada a outros países, como Estados Unidos e Europa. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Silva et al . (2018), porém, acentua que a ascendência da prática coaching se amplia, atualmente, devido a dois fatores. O primeiro se dá em função das mudanças no mercado de trabalho relacionadas aos avanços tecnológicos, gradual exigência por qualidade e competitividade, os quais exigem melhor desempenho profissional. O segundo fator refere-se aos frequentes resultados positivos apresentados pela prática coaching , inclusive, no desenvolvimento pessoale profissional. Os benefícios de um processo interventivo com um profissional coach são descritos por João (2018), como múltiplos e amplos. A autora destaca, por exemplo, mudanças nas crenças pessoais limitadoras; melhora na autonomia e autoestima; recuperação em episódios de medos, fobias, situações de opressão; enfrentamento para condições desafiadoras na carreira, em aspectos da saúde, relacionamentos e, principalmente, desenvolvimento pessoal. No âmbito organizacional, Rodrigues, Ziliotto e Birck (2016) frisam que o executive coaching tem sua aplicação significativa, uma vez que seu processo implica em atender os colaboradores, visando ao incentivo de mudanças comportamentais e ao alcance de resultados positivos para a carreira e performance organizacional. Na especificidade da aplicação do método coaching no ambiente de trabalho, João (2018) destaca que a atuação se pauta, essencialmente, em pilares baseados na inteligência emocional. Dentre os principais elementos, estão: a autoconsciência voltada para as emoções na tomada decisões; a autogestão para o controle de impulsos e adaptação às mudanças; a consciência social no que tange às habilidades de relações interpessoais, e a gestão de relacionamentos , no que diz respeito à mediação de gestão de conflitos. Importante destacar que a inteligência emocional é descrita na literatura como “a capacidade do indivíduo de raciocinar sobre as emoções, de modo que venha promover o seu crescimento emocional e intelectual em prol do alcance dos seus objetivos” (BASTOS, 2016, p. 96). Assim, no campo organizacional, apesar de este não ser um fator único e determinante para o sucesso profissional, não obstante, é um elemento percebido de forma significativa, principalmente, para articulação do coach com o desenvolvimento de líderes e equipes (BASTOS, 2016). A inteligência emocional foi destacada no Relatório do Futuro do Trabalho, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, em 2020, como uma das 15 habilidades de maior relevância até 2025. Segundo Legal Filho (2021), no campo organizacional, a inteligência emocional associada a outras habilidades humanas — como a resiliência, tolerância e flexibilidade — oportunizam condições para que o sujeito desenvolva seu potencial de liderança e crescimento, contribuindo para ascensão na carreira. Assim, algumas das práticas permeadas pelo coach nas organizações se concentra na potencialização do capital humano para melhoria do desempenho, estimulando aspectos motivacionais, integração em equipe, mediação e resolução de conflitos interpessoais, desenvolvimento da autoeficácia a fim de qualificar o exercício de tarefas diárias. E, ainda, nesse contexto, promover ações de avaliação, planejamento e revisão de ações internas (OLIVEIRA; SILVA; DUTRA, 2019). Nesse aspecto, torna-se imprescindível observar que o processo de coaching se caracteriza como uma atuação estruturada e que se constitui no desenvolvimento de algumas etapas. Assim, Oliveira, Silva e Dutra (2019, p. 29) destacam os principais elementos que delineiam esse processo estruturado: Gerar responsabilidade pela mudança; avaliações e perfis para autoconhecimento, auto exploração e auto entendimento. Levantamento da situação atual; planejamento: estabelecimento de foco e planejamento; ação: geração de ação contínua, construção ou mudança; construção de recursos, desenvolvimento de novos comportamentos, habilidades ou competências; verificação: medição e avaliação de resultados e melhoria com geração de responsabilidade pela mudança, assim como seu ciclo contínuo para a conquista de resultados. De forma complementar, Rodrigues, Ziliotto e Birck (2016) acentuam que o coaching , no desenvolvimento profissional, instrumentaliza um método sistemático por meio de questionamentos e feedbacks , com intuito de promover um despertar comportamental para mudanças de crenças, inviabilizando o crescimento profissional e o desenvolvimento de habilidades. Desse modo, o processo coaching , nesta conjuntura, apoia-se em compreender determinados níveis da relação do sujeito com o trabalho. O Nível 1 se concentra em analisar os aspectos neuropsicológicos de crenças e pensamentos; o Nível 2 se reveste na área comportamental para avaliar as ações e reações do coachee ; o Nível 3 se desdobra na indagação e caracterização das habilidades e capacidades; o Nível 4 está ligado ao questionamento de crenças e valores; o Nível 5 se articula na concepção do senso de identidade pessoal; o Nível 6 se relaciona ao senso de sucesso e expectativas. E, por fim, o Nível 7 se refere ao princípio de legado, https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com ou seja, aos propósitos, sentidos e significados de vida (RODRIGUES; ZILIOTTO; BIRCK, 2016). No campo organizacional, Oliveira (2017) notabiliza que o profissional coach pode atuar de forma interna ou externa. O coach interno é aquele que se articula dentro da empresa em cargos de liderança e promove a abordagem coaching , junto aos seus liderados, orientando-os para capacitações e desenvolvimento de habilidades e compromisso. O coach externo, por sua vez, é aquele contratado para atuar junto às equipes de forma focal. O autor destaca, ainda, que, geralmente, as empresas empregam melhor o uso do coach externo, por acreditar no seu maior potencial de imparcialidade para lidar com as questões. É importante, entretanto, destacar que, na aplicação do método coaching em organizações, algumas barreiras são comuns e merecem atenção especial. Nesse aspecto, Perez et al . (2018) aponta alguns desses pontos, a saber: a resistência de alguns colaboradores em se engajar nas propostas articuladas pelo coach , sobretudo, pelo medo de represálias em expressar suas ideias e opiniões. Pelo ponto de vista dos gestores, as principais alegações utilizadas são: falta de tempo e/ou recursos, existência de outras prioridades e perda de controle sobre decisões, além da confusão do método com a psicoterapia. De forma complementar, Almeida e Wachowicz (2018) frisam que o distanciamento do processo de coaching para a psicoterapia se sobressai, essencialmente, porque ela atua com questões emocionais e, em particular, no campo individual e subjetivo da pessoa, articulando-se como um propósito diferente dos objetivos traçados por meio do método coaching . Para execução de um processo coaching , Oliveira (2017) destaca que o método mais utilizado é o Grow, compreendido como método crescer. Ele visa ao desempenho do coachee a fim de que estabeleça e alcance metas e objetivos. Sua execução estruturada é descrita por Batista e Cançado (2017) e realizada, sequencialmente, em nove sessões, são elas: reunião inicial para estabelecer contrato; Sessão 1 para traçar objetivos; Sessões 2 a 4 para aplicação de ferramentas do método; Sessão 5 para revisão do processo; Sessões 6 a 8, andamento do coaching propriamente dito; e, por fim, a Sessão 9 visa a avaliar e revisar os resultados. No Brasil, o crescimento do papel do Coach — no atendimento às demandas individuais e, também, das organizações —deu-se em virtude da praticidade no uso das ferramentas bem como no alcance dos resultados esperados por meio das metas que foram traçadas ao longo do processo. A velocidade com que os processos são concluídos coaduna com o avanço tecnológico e faz do Coaching uma das habilidades mais requisitadas no mercado atual. Estima-se que haja mais de 73 mil profissionais coach . O perfil desses profissionais aponta que estão divididos de forma igualitária no que tange ao gênero, predominantemente, na faixa etária de 31 a 45 anos, e a maioria se concentra na região sudeste do país. A formação acadêmica destes está relacionada às áreas social e humanas, principalmente nos cursos de administração (BATISTA; CANÇADO, 2017). Os principais tipos de coaching na esfera organizacional são: coaching executivo, de vida/pessoal, trabalho,carreira, empresarial/negócios, liderança e equipes (SILVA et al ., 2018). Os principais processos de coaching na área organizacional são: gerar responsabilidade pela mudança, avaliações e perfis para autoconhecimento, autoexploração e autoentendimento. Isso acontece por meio de planejamento, ação, construção de recursos, desenvolvimento de novos comportamentos, habilidades ou competências, verificação, medição e avaliação de resultados (OLIVEIRA; SILVA; DUTRA, 2019). Conecte-se Livro: Manual de Coaching - Guia Prático de Formação Profissional Autor: Arnaldo Marion Editora: Atlas Ano: 2017 Sinopse: a leitura aborda aspectos acerca da capacitação e formação profissional do coach , apontando conceitos, fundamentos, ferramentas e competência necessária para atuação profissional nesta área. As competências para atuação em coaching foram descritas em estudo realizado por Batista e Cançado (2017), a partir da perspectiva de profissionais coaches no Brasil. Os autores identificaram que os principais aspectos se destacaram na competência da ética e confidencialidade na relação entre o coach e o cliente, no estabelecimento da aliança coach/coachee e na comunicação hábil. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com De modo, na concepção dos autores supracitados, lidar com a estimulação das competências de outras pessoas exige que o profissional coach desenvolva, em si mesmo, determinadas habilidades essenciais. Assim, o Quadro 2 apresenta, de forma discriminada, os principais grupos de habilidades, intenções e as respectivas habilidades específicas para atuação coach . Quadro 2: Principais habilidades do profissional coach Fonte: adaptado de Batista e Cançado (2017). Ainda, nesse aspecto, Rodrigues, Ziliotto e Birck (2016) destacam que, para se tornar um coach de sucesso, é imprescindível que o profissional se ocupe em desenvolver certas habilidades, competências, atitudes e conhecimentos. Não cabe, portanto, ao coach dizer às pessoas o que elas devem fazer, mas, não obstante, gerir condições para os seus coachees encontrarem os melhores caminhos para avaliar objetivos, estabelecer metas e reconectar-se com valores que possibilitem a eles o manejo consciente para tomadas de decisão e mudanças (SANTOS, 2016). Conceituando As principais habilidades para o profissional coach atuar no contexto organizacional se caracterizam por meio da geração de entendimento e aumento da consciência, proposições a desafios, gerenciamento de si, estruturação quanto a objetivos e resultados almejados, construção de relacionamento e, sobretudo, entendimento global acerca do contexto organizacional (BATISTA; CANÇADO, 2017). Conecte-se Título: O Lobo de Wall Street Diretor: Martin Scorsese Gênero: Drama/Comédia Ano: 2014 https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Sinopse: na dica sobre o desenvolvimento das habilidades pessoais, não poderia faltar a indicação de um filme dirigido por Martin Scorsese, O Lobo de Wall Street . Abstraindo-se da licença poética que abusa de excessos no filme, a obra apresenta, de forma bem objetiva, o modo como uma pessoa é capaz de desenvolver habilidades de liderança e atingir grandes patamares de metas profissionais e de vida. O papel do coach é descrito por João (2018) como um mediador que pode estabelecer estratégias facilitadoras para constituição de uma consciência, sobretudo, no que tange ao processo de autoconsciência a fim de que o sujeito possa melhor compreender o que ocorre ao seu redor, quais as suas questões internas e as implicações de suas responsabilidades para tomadas de decisão assertivas e objetivas. Na especificidade do ambiente organizacional, Silva et al . (2018) acentuam que o papel do profissional coach , oportunamente, é o de criar ambiente e condições facilitadoras para o desenvolvimento e potencializar habilidades do sujeito e das equipes. Assim, um método coaching , para se viabilizar de forma eficaz, implica no imperativo de que o profissional coach possua uma visão orientadora, promova confiança, comunique-se e ouça com empatia, fomente motivação e facilite o processo de aprendizagem e, por fim, seja um exemplo para modelar ações criativas, participativas e colaborativas entre todos os envolvidos (OLIVEIRA; SILVA; DUTRA, 2019). Dessa maneira, o papel do coach organizacional pode ser caracterizada como uma prática focada em esclarecer objetivos, instigar os coachee no comprometimento de obtenção dos resultados, identificar obstáculos e desenvolver um plano de ação específico para a demanda apresentada, que pode ser na articulação de temas, como o desenvolvimento de lideranças, segurança do trabalho, transição em processo de aposentadoria, dentre outros contextos no ambiente de trabalho (LUBK, 2016). A articulação do método pode se dar em subespecialidades, a fim de melhor atender as necessidades encontradas em cada ambiente organizacional. Nesse sentido, Almeida e Wachowicz (2018) apontam quatro papéis diferentes que o coach pode articular nas organizações, conforme descrito no Quadro 3. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Quadro 3 - Papéis do coach nas empresas Fonte: adaptado de Almeida e Wachowicz (2018). No aspecto do desenvolvimento de líderes, Silva (2016) destaca que a atitude se caracteriza como habilidade essencial para uma liderança assertiva. Assim, o autor frisa que os maiores desafios para desenvolver ações de atitude se concentra em dois elementos: o primeiro são os oito sabotadores internos (dramatizar, desculpar-se por fracassos, distrair-se ou ser indisciplinado, duvidar do próprio potencial, dormir — no sentido de não ter prioridades —, desviar ou ser desfocado, desanimar, desmotivar-se e desistir) e o segundo, as crenças limitantes. Nesse sentido, a potencialização da atitude em contextos de liderança pode ser ativada pelo método coaching , a partir do desenvolvimento de algumas habilidades específicas. A primeira é estabelecer a ética como parte de si; a segunda é estudar, preparando-se para o objetivo traçado; a terceira é estimular expectativas e, consequentemente, aumentar produtividade; a quarta é agradecer, sobretudo, a equipe que participou para efetivação das conquistas; a quinta é ampliar a rede de relacionamentos interpessoais e profissionais; a sexta é ter referências, pessoas significativas que sirvam como exemplo; a sétima é sempre ter metas claras, definidas e atingíveis; e a oitava é ter amigos vencedores, que impulsione o crescimento profissional (SILVA, 2016). De forma adicional, Belletate (2016), a partir de sua prática coach , revela que uma das principais dificuldades do profissional coach , em atuar nas diretrizes de aperfeiçoamento das lideranças, consiste na carência de utilizar dinâmicas e ferramentas mais focadas no autoconhecimento. Para a autora, o despertar de uma liderança excelente parte de cinco comportamentos básicos: o autocuidado, a manutenção do foco, a administração do tempo (classificar tarefas, anotar ideias, organizar-se pessoal e digitalmente), estabelecer comunicação diretiva, oferecer e solicitar feedbacks constantemente. Sendo estas as premissas básicas de autoconhecimento. Dentro das demandas organizacionais, uma das mais significativas se caracteriza pelo processo de recrutamento e seleção (R&S). Na perspectiva de Peterson e Smaneoto (2017), o recrutamento é uma etapa do processo que visa a atrair candidatos, a partir de uma demanda e necessidade específica da empresa, podendo ocorrer de forma interna, externa ou mista. Já a seleção visa a aumentar o quadro funcional, identificando pessoas qualificadas para o cargo e, nesse aspecto, o coach se revela como o profissional capaz de identificar os candidatos potenciais. Nesse aspecto, Santos (2016) revelaque o método coaching pode ser usualmente utilizado na seleção de candidatos a vagas de emprego, na perspectiva de uma metodologia que realiza uma análise aprofundada de capacidades e habilidades, sobretudo, quando aplicada a objetivos específicos. Assim, tal método se torna válido em sua viabilidade pelo seu alto grau de análise de comprometimento e pelo potencial de mensuração sobre a confiança e motivação do candidato. A seleção e o recrutamento de pessoas qualificadas para cada cargo se caracterizam como ações complexas, visto que, se o processo for assertivo, beneficiará o novo empregado e a organização; entretanto, por outro lado, se o processo tiver falhas comprometerá a rotatividade profissional, dentre outros impactos negativos para o sujeito e para a empresa (PETERSON; SMANEOTO, 2017). Assim, Santos (2016) acentua que o profissional coach , nessa conjuntura, pode contribuir com sua expertise, utilizando-se de múltiplas ferramentas. Dentre as mais utilizadas, o autor supracitado cita o método de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que visa ao mapeamento de autoanálise e percepção de aptidões; com aplicação individual, possibilita a mensuração comportamental, por meio de identificação de traços de tom de voz e indícios de mentiras. A fundamentação do método CHA (Figura 3) pode ser https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com descrita como: C o know-how da pessoa para a empresa, então este seria o saber ; o H tange a capacidade de reproduzir o conhecimento adquirido, seria o saber fazer , e, por fim, o A , que se define pela proatividade, o querer fazer (SANTOS, 2016). Figura 3 - Método do CHA Descrição de imagem : a figura apresenta três círculos com os métodos da sigla CHA, a saber: Conhecimento, Habilidade e Atitude do coach. Ainda, na execução de R&S, o uso de questionários semiestruturados pode ser uma ferramenta valorosa, desde que as perguntas sejam diretivas para avaliar a capacidade emocional e comportamental do sujeito, na definição da vaga pleiteada. Assim, no uso das ferramentas coaching , Santos (2016) destaca, ainda, o uso das perguntas poderosas e programação neurolinguística (PNL). Este se viabiliza como um instrumento capaz de perceber os processos mentais visíveis e invisíveis, possibilitando o reconhecimento de talentos naturais. Outra demanda comum no campo organizacional, em que o profissional coach pode articular sua atuação, caracteriza-se pelo processo de aposentadoria, visto que esta é uma etapa complexa e exige um processo de ressignificação para as mudanças. A aposentadoria é descrita por Leandro-França (2016) por dois vieses, o primeiro como um recolhimento das pessoas aos espaços de trabalho, e o segundo como um momento de descanso, recompensa e contentamento pelo tempo trabalhado. No Brasil, o último relatório do informe da previdência social, emitido em março de 2021, apontou que só nos primeiros meses daquele ano já haviam sido concedidos mais de 21 milhões de benefícios de aposentadoria. Destes, cerca de 11 milhões foram concedidos por idade, 3 milhões por invalidez e, em média, 6 milhões por tempo de contribuição, caracterizando um crescimento de mais 1,6% (+ 104 mil aposentados por tempo de contribuição) e 2,3% (+ 252 mil aposentados por idade), comparado ao mesmo período do ano de 2020 (BRASIL, 2021). Desse modo, os programas de aposentadoria saudável destacam-se, no mercado de trabalho formal atual, como uma estratégia benéfica para a relação da vida profissional e pessoal das pessoas, podendo ser mediada pelo profissional coach . Nesse sentido, Leandro-França (2016) destaca a aposentadoria-liberdade como um programa auxiliar que contribui para as pessoas percebê-la como uma fase positiva. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Para tanto, é necessário que sejam articuladas três condições da vida do sujeito, são elas: condições pessoais (convívio conjugal, aspectos financeiros, estilos de vida, lazer, moradia, projetos de vida, espiritualidade); condições psicológicas e sociais (autoeficácia, autonomia, apoio social, coesão familiar, planejamento para aposentadoria, facilitadores de locomoção) e as condições organizacionais (aposentadoria voluntária, gradual, trabalho formal e coaching pós-carreira) (LEANDRO-FRANÇA, 2016). Segundo Teles (2016), nesse cenário, o sujeito pode focar nas mudanças a partir de aspectos positivos ou negativos. Assim, a aplicação de um planejamento por meio de um mapa mental, voltado para um projeto de vida pós-aposentadoria, constitui-se como uma das atribuições possíveis de ser realizada pelo coach . Nesse mecanismo de planejamento, o papel do coach se concentra em realizar um levantamento junto a seu coachee de quais são os ganhos, por exemplo, mais tempo para dedicação pessoal, desenvolver hobbies, estabelecer novos projetos de vida, sem desconsiderar a importância em se discutir também as perdas, tal como mudanças no aspecto financeiro, perda de status, mudança de papel social, mudança na rotina e perda de relações sociais cotidianas (TELES, 2016). Ainda, nesse aspecto, Teles (2016) acentua que o programa de preparação coach para aposentadoria deve, fundamentalmente, incluir elementos como o gerenciamento do autoconhecimento para além do ser profissional, o controle dos aspectos de saúde biopsicossocial, a maturação no processo de pós-carreira, a (re)construção de relacionamentos afetivos, o planejamento financeiro e a promoção de uma educação permanente. Desse modo, o coach pode contribuir estruturalmente para o coachee no processo pré, durante e pós-aposentadoria, promovendo autoconhecimento, potencialização de competências, desenvolvimento de novas habilidades, delineamento de um novo projeto de vida e, consequentemente, aumento da longevidade. Por fim, uma demanda pouco abordada na aplicabilidade do coach , mas possível em sua atuação na área organizacional é a segurança do trabalho. Nesse cenário, Franco (2016) acentua a importância do trabalho de método coaching . Este se destaca por precisar fortemente de medidas preventivas físicas, sistêmicas e, principalmente, comportamentais, considerando que os números de acidente de trabalho no Brasil são significativos. Dados recentes do Ministério da Economia e Secretaria da Previdência (BRASIL, 2020) apontam que, em 2019, foram registrados 582.507 mil acidentes de trabalho no Brasil. Nesses, estão inclusos acidentes típicos, ou seja, no ambiente de trabalho propriamente dito, os acidentes no percurso (trajeto de ida e volta para o trabalho) e doenças relacionadas ao trabalho. Nessa conjuntura, o profissional coach articula método coaching na prevenção de acidentes, junto às equipes, no intuito de estabelecer estratégias de segurança no ambiente de trabalho, que Franco (2016) descreve em cinco passos essenciais, são eles: assumir , ou seja, a liderar implica ações de responsabilidade e promoção da segurança; o aprender é a influência no desenvolvimento de competências comportamentais de segurança; o interagir , no ato de promover relacionamento integrativo com as equipes para estabelecer cultura de prevenção; a autoavaliação , que deve estar integrada com o autoconhecimento, a fim de gerar uma relação de motivação e mudança na postura segura da equipe, e, por fim, o aprimoramento que está relacionado ao desenvolvimento destas novas competências e posturas de segurança. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Dentre as principais ferramentas utilizadas pelo coach para gerir o desenvolvimento e crescimento profissional e pessoal estão: a Roda da vida; a Tríade do tempo; a Roda de níveis neurológicos de aprendizagem e mudança; o Coaching assessment ; a Ferramenta 5W 2H e o Ladrões do tempo bem longe (LTBL) (SANTOS, 2016), descritos no Quadro4. Quadro 4 - Ferramentas utilizadas no método coaching organizacional Fonte: adaptado de Santos (2016). No cenário atual, Almeida e Wachowicz (2018) afirmam que o coaching se caracteriza como uma ferramenta eficaz e assertiva para o trabalho com equipes, visto que este é um momento peculiarmente necessitado de mudanças. Isso posto, sabe-se que o aprimoramento e desenvolvimento de habilidades potenciais, possibilitados pela assessoria coach , contribui, significativamente, para construção de novas identidades e resolução de conflitos. Assim, os autores supracitados destacam que, dentre os principais benefícios de sua aplicação nas empresas modernas, estão: o desenvolvimento e visão da organização, a formação de planos de marketing estratégico, a melhoria da performance profissional, o desenvolvimento de expertises e capacidades de liderança, a melhoria de performances, a instauração de novos hábitos e a resolução de múltiplos conflitos internos e externos (ALMEIDA; WACHOWICZ, 2018). Conceituando Na área organizacional, o papel do coach se desdobra em subespecialidades, por exemplo: coaching de liderança, coaching em vendas, coaching de carreira, Business coaching, coaching corporativo e coaching empresarial (ALMEIDA; WACHOWICZ, 2018). Seu maior propósito é o de criar ambiente e condições facilitadoras para o desenvolvimento e potencializar habilidades https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com do sujeito e das equipes (SILVA et al ., 2018). Dentre algumas das ferramentas utilizadas pelo coach , citamos: roda da vida, tríade do tempo, roda dos níveis neurológicos de aprendizagem e mudança, Coaching assessment , 5W2H e LBTL Ladrões do tempo bem longe (SANTOS, 2016). Conecte-se Livro: Ferramentas de coaching Autores: João Alberto Catalão e Ana Teresa Penim Editora: Lidel Ano: 2018 Sinopse: na dica sobre o tema discutido, os autores abordam de forma descritiva o uso de 55 ferramentas de coaching . Elas podem ser exploradas em diversas áreas de atuação do profissional coach . Tech+ O canal da Febracis é um dos canais que mais se destaca na produção de conteúdo voltado para a prática coaching . A articulação do tema é apresentada por Paulo Viera, conhecido nacionalmente como criador do Método CIS e do Coaching Integral Sistêmico. Disponível aqui Na prática Aprender sobre o método coaching , em toda sua essência e particularidade, prevê que alunos e profissionais da área se tornem mais consistentes e, assim, tenham práticas mais conscientes e engajadas, possibilitando afirmativas do coach junto aos coachees , seja qual for o campo de atuação escolhido. Disponível aqui Em pauta Nosso podcast apresentará, de forma discursiva e diretiva, os principais aspectos apresentados nesta unidade. A partir de uma linguagem dinâmica e atual, a escuta do conteúdo neste formato permitirá ao aluno o fortalecimento dos elementos de aprendizagem, uma vez que o método permite que o aluno possa ouvir onde quiser e por quantas vezes quiser. Disponível aqui https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F11371&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1aOy_0ry_7QnYY4odT-aGZ https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F9991&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2IjFcvhoLAbMyBfqblyvrQ https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F9995&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3IH8LczPhdN8h4EzeBdmoG Para melhor compreender os aspectos conceituais apontados neste módulo, recomenda-se acesso às seguintes plataformas digitais. Nesses sites, é possível encontrar material em artigos e vídeos, que ampliam a discussão proposta nesta unidade: https://febracis.com/ https://abrapcoaching.org/ https://www.sbcoaching.com.br/ https://www.ibccoaching.com.br/ Para se obter sucesso em qualquer atividade que se proponha, sobretudo, no campo profissional, é indispensável que se trabalhe constantemente aspectos da Inteligência emocional , reconheça as emoções e realize a prática do autoconhecimento e autocontrole; deve-se também manter-se atualizado, realizando formação e capacitação permanente e, por fim, promover uma boa relação interpessoal e bons níveis de comunicação. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Ffebracis.com%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2DHH0alObgXeioum3s8Mf2 https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fabrapcoaching.org%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3aEI88n2HdgeglBEQgqpso https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.sbcoaching.com.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3biL7W9LLwZieC9Z-OnxoC https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.ibccoaching.com.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0HZBW1k7fsmdnXYLpcMTZV https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial/agora-%C3%A9-com-voc%C3%AA Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação AGORA É COM VOCÊ Para avaliar sua capacidade de colocar o conteúdo aprendido em prática, a proposta é executar uma atividade prática, voltada para seu desenvolvimento profissional. Você deverá desenvolver, portanto, no Canvas, uma empresa fictícia, com uma demanda específica sobre dificuldade no trabalho em equipe e articular uma proposta de intervenção baseada no método coaching . Explore seus conhecimentos adquiridos no módulo e sua criatividade. Poderá usar como referência ferramentas para o trabalho do coaching organizacional descritas nesta unidade ou outras ferramentas que encontrar na literatura. Não se esqueça: crie a demanda e estabeleça um plano claro e objetivo para solução, usando o método coaching . Orientação de resposta Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/agora-�-com-voc� https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS ALMEIDA, T. G.; WACHOWICZ, M. C. A importância dos processos de coaching nas empresas nos dias atuais. In : EIICS – EVENTO INTERINSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 2018, Ponta Grossa. Anais [...]. Ponta Grossa: UniSecal, 2018. Disponível em: https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/fsr/article/view/628 . Acesso em: 30 nov. 2022. BASTOS, M. Inteligência emocional versus liderança. In : LUBK, R. (org.). Coaching : gerando transformações. São Paulo: INC Editora, 2016. p. 94-100. 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Acesso em: 30 nov. 2022. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Frepositorio.unb.br%2Fbitstream%2F10482%2F21219%2F1%2F2016_CristineideLeandroFran%25c3%25a7a.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3sfsqNCNRq-y_2gwRRoYAn https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Frepositorio.unb.br%2Fbitstream%2F10482%2F21219%2F1%2F2016_CristineideLeandroFran%25c3%25a7a.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3sfsqNCNRq-y_2gwRRoYAn https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Frevistacoachingbrasil.com.br%2Fedicao%2F95%2F1272_inteligencia-emocional&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1IrkrYfFZ8kWTgFLH1_KfX https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.gov.br%2Fprevidencia%2Fpt-br%2Fassuntos%2Fprevidencia-social%2Fsaude-e-seguranca-do-trabalhador%2Fdados-de-acidentes-do-trabalho&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0GrImchTjnpqhcEVESe0B4 https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.gov.br%2Fprevidencia%2Fpt-br%2Fassuntos%2Fprevidencia-social%2Fsaude-e-seguranca-do-trabalhador%2Fdados-de-acidentes-do-trabalho&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0GrImchTjnpqhcEVESe0B4 https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.gov.br%2Ftrabalho-e-previdencia%2Fpt-br%2Fassuntos%2Fpublicacoes-previdencia%2Fpublicacoes-sobre-previdencia-social%2Finformes&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3znh1NA68kOnqIIeBIK5se https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.gov.br%2Ftrabalho-e-previdencia%2Fpt-br%2Fassuntos%2Fpublicacoes-previdencia%2Fpublicacoes-sobre-previdencia-social%2Finformes&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3znh1NA68kOnqIIeBIK5se https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fbibliodigital.unijui.edu.br%3A8443%2Fxmlui%2Fbitstream%2Fhandle%2F123456789%2F4384%2FDaniela%2520Adriane%2520Peterson.pdf%3Fsequence%3D1%26isAllowed%3Dy&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0qySlGtEKWJRs_AM56jF8A https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fbibliodigital.unijui.edu.br%3A8443%2Fxmlui%2Fbitstream%2Fhandle%2F123456789%2F4384%2FDaniela%2520Adriane%2520Peterson.pdf%3Fsequence%3D1%26isAllowed%3Dy&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0qySlGtEKWJRs_AM56jF8A http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww2.reitoria.uri.br%2F~vivencias%2FNumero_023%2Fartigos%2Fpdf%2FArtigo_17.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0CEB1dn8YeCcUNuNuNqRYd http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frepositorio.aee.edu.br%2Fbitstream%2Faee%2F10475%2F1%2FLaiane%2520Santos%2520-%2520Coaching%2520como%2520Suporte%2520ao%2520RH%2520NO%2520processo%2520de%2520Sele%25c3%25a7%25c3%25a3o.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2mVOkB0zuWc28hC24EhAae http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frepositorio.aee.edu.br%2Fbitstream%2Faee%2F10475%2F1%2FLaiane%2520Santos%2520-%2520Coaching%2520como%2520Suporte%2520ao%2520RH%2520NO%2520processo%2520de%2520Sele%25c3%25a7%25c3%25a3o.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2mVOkB0zuWc28hC24EhAae http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frepositorio.aee.edu.br%2Fbitstream%2Faee%2F10475%2F1%2FLaiane%2520Santos%2520-%2520Coaching%2520como%2520Suporte%2520ao%2520RH%2520NO%2520processo%2520de%2520Sele%25c3%25a7%25c3%25a3o.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2mVOkB0zuWc28hC24EhAae SILVA, A. O Líder que inspira. In : LUBK, R. (org.). Coaching : gerando transformações. São Paulo: INC Editora, 2016. p.18-23. SILVA, L. C. O. et al . Desvendado o coaching : uma revisão sob a ótica da Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão , Brasília, v. 38, n. 2, p. 363-377, abr./ jun. 2018. TELES, A. O coaching e sua contribuição na transição para a aposentadoria. In : LUBK, R. (org.). Coaching : gerando transformações. São Paulo: INC Editora, 2016. p. 24-31. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial/editorial Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL Esp. Renato dos Santos Lisboa Neuropsicanalista, MasterCoach, Socorrista em Saúde Mental, Mentor Advice Humanizado, Advogado e Jornalista. Como advogado foi responsável pela maior negociação Trabalhista do Brasil. É mestrando em teoria da decisão pelo CEFET/MG e mestrando em Psicanálise peloInstituto Oráculo. Pós-graduado em Neurociência, Direito Material e Processual do Trabalho. Possui formação profissional e especialização em Wellness & Health Coaching, Global Coach Certification©, Leader Coach, Trainer de Analistas Comportamentais. É Diretor Nacional de Expansão da AbrapCoaching, onde também exerce o cargo de Diretor Regional em Minas Gerais. É presidente do Instituto Lisboa, Membro do Instituto Brasileiro de Neurociências e membro do Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica. Autor e coautor de diversos livros na área de desenvolvimento humano, na qual atua como articulista e palestrante. O que não tem no meu currículo Prezado(a), acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) ao livro de coaching e mentoring . Primeiramente, quero registrar minha alegria em poder contribuir com você, nessa jornada de Lattes aprendizado e troca de experiências. Espero que goste do conteúdo e que esta jornada seja para você uma caminhada de profunda transformação, ORCID assim como um dia — lá atrás — foi para mim. Minha primeira formação foi em direito, por muitos anos advoguei e até desenvolvi grandes feitos na carreira, como a participação efetiva na maior negociação trabalhista do Brasil, defendendo trabalhadores metalúrgicos em Ouro Preto, no ano de 2015. Na sequência, atuei nos primeiros trabalhos que garantiram a estabilidade dos trabalhadores, após o desastre da barragem do Fundão em Mariana. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Flattes.cnpq.br%2F6786315076456749&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1-EUr6FSWejoMcxA8lmPQr https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Forcid.org%2F0000-0002-2794-5931&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2VYVfInYmJsF9iCtjw3Loh Após esses eventos, fui convidado para trabalhar em uma grande empresa, lá também desenvolvi grandes projetos até conhecer o Coaching. O ano era 2017, eu me matriculei no curso de formação e especialização profissional em coaching e wellness coaching, este fato mudou a minha vida. Durante mais de 20 anos, eu convivi com a obesidade e todos os problemas que dela decorrem. Minha alimentação sempre foi uma intensa busca por prazer, durante a prática do “jogo interior”, conhecimento adquirido no curso; mudei a forma de me alimentar, passando a buscar a nutrição e não mais o prazer, além de iniciar a prática de atividade física diária. Mudei os meus hábitos. Em poucos meses, conquistei os resultados e venci a obesidade. Após, mudei de carreira, formei-me em MasterCoach e, hoje, ajudo pessoas a transformarem as suas vidas. Esta é minha breve história e espero que ela inspire você. Desejo que este livro lhe traga o conhecimento necessário, possa ajudá-lo(a) na carreira e seja o alicerce necessário para ampará-lo(a) nas questões da vida. Registro meus sinceros agradecimentos por ter a oportunidade de fazer parte do seu processo de aprendizagem e desejo muito sucesso a você! Forte abraço e bons estudos! Prof. Esp. Renato dos Santos Lisboa DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; LISBOA, Renato dos Santos. Conceitos de Coaching e Mentoring . Renato dos Santos Lisboa. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. Reimpr. 2022. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Coaching. 2. Mentoring. 3. Organizações. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 372 CIP - NBR 12899 - AACR/2 ISBN: 978-65-5615-839-6 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Head de pós-graduação Victor V. Biazon Diretoria de Design Educacional Equipe Recursos Educacionais Digitais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un1/p%C3%A1gina-inicial Unidade 2 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação CONCEITOS DE COACHING E MENTORING Prof. Esp. Renato dos Santos Lisboa Oportunidades de aprendizagem Olá, aluno(a), nesta unidade, estudaremos o método mentoring , a sua origem, os principais conceitos e tipos de mentoring , as ferramentas e técnicas mais relevantes e utilizadas pelo mentor. Veremos, ainda, como ocorre a aplicação do mentoring no contexto organizacional, a formulação do processo — desde a etapa pré- mentoring até o pós- mentoring — bem como as habilidades e competências necessárias para se tornar um mentor com alto nível de excelência. Ao final desta unidade, você estará munido de conhecimento suficiente para reconhecer a importância do trabalho de um mentor e consciente dos elementos essenciais para se engajar como profissional de competência, caso tenha interesse em seguir nesta área. Faça um bom proveito desta unidade para que você seja um profissional de destaque no mercado! Avançar Download PDF UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2 https://drive.google.com/file/d/1KSpvr2Af7Sa0KVw5DcZQ39RRXtqZL_wM/view?usp=sharing Unidade 2 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação POSSO SER UM MENTOR? Apresentaremos, inicialmente, um caso em que será possível refletir acerca das possibilidades de aplicação de um programa de mentoring . Imagine uma empresa de médio porte que trabalha no ramo de administração de condomínios e possui um quadro efetivo com 260 funcionários; destes, 25 são trainees e 12 são estagiários. Uma pesquisa de campo foi realizada, por meio da aplicação de questionário via formulário online, no google forms . O roteiro da pesquisa investigou dimensões acerca do significado do trabalho, periodicidade e objetivo dos treinamentos, além da expectativa dos funcionários e da empresa, quanto aos resultados de seus objetivos profissionais. A seguir, apresentam-se os resultados obtidos na pesquisa. Identificou-se que há um desalinhamento entre os propósitos dos gestores dos setores de cobrança e comercial, quando comparado à percepção das ações e atividades por parte dos funcionários do setor, incluindo os estagiários e trainees. Observou-se, também, que os processos de treinamento na empresa não são realizados com periodicidade; por isso, não acompanha as atualizações técnicas dos setores, por exemplo, atualização de sistemas operacionais e mudanças nos protocolos internos de atendimento ao cliente. Diante do exposto, pense e formule quais as intervenções possíveis para serem realizadas, por meio de um programa de mentoring , e aplicadas, especialmente, aos problemas identificados nos dois setores destacados. A proposição desta atividade de estudo de caso possibilitará que você, aluna(o), a partir das informações coletadas, reflita e compare com o conteúdo apresentado nesta unidade para, assim, melhor compreender como se articula, na prática, as possibilidades de intervenções baseadas no método mentoring . https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial/unidade-2https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p%C3%A1gina-inicial Figura 1 - Mapa mental de Mentoring Fonte: o autor. Descrição de imagem : o mapa mental apresenta as ramificações de Mentoring, como: tipificação: formalidade, finalidade, estruturação, presencialidade, número de mentes , agrupamentos: business mentoring , carrer mentoring, life mentoring e organizational mentoring , tipos: mentoring tradicional, e-mentoring, mentoring em pares, mentoring de grupos e mentoring em equipes, termos, mentee, mentor, programa Mentoring: pré-mentoring, pós-mentoring, habilidades mentor: confiança, curiosidade, atitude autêntica, honestidade, empatia, mentoring organizacional: mentoring de sucesso, mentoring de carreira, mentoring de integração e mentoring de empreendedorismo. Prezado(a) aluno(a), apresentamos um breve mapa mental para guiá-lo na leitura desta unidade e orientá-lo acerca dos principais assuntos a serem estudados, relacionados ao mundo do Mentoring . https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Historicamente, os relatos apontam que mentoring teria sua origem registrada na mitologia grega antiga. Os principais referenciais para compreensão do mentoring foram descritos em obras literárias, por exemplo, “ A Odisseia ”, de Homero. Nesta obra, tem-se a descrição da partida de Ulisses, cena em que o personagem teria designado um amigo (de nome Mentor) de sua confiança para aconselhar sua esposa Penélope, em sua ausência. Esse, então, teria sido um marco de representatividade para caracterizar os sábios, intelectuais e estrategistas como mentores (COSTA; BRUM, 2019). https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Segundo Girão (2013), no final do século XVII, a obra literária As aventuras de Telémaco descreve a relação do filho de Ulisses com o mentor. Segundo o autor, essa obra apresenta discussões sobre a relação de mentoria, as quais serviram como base estrutural para pedagogos, em suas atuações de ensino e aprendizagem, durante todo o século XVIII. Ela, ainda, influenciou o fortalecimento do termo mentor e implica, até nos dias de hoje, em sua fundamentação. Em relatos históricos na vida real, o papel do mentoring teve sua representatividade por meio de figuras singulares, como os filósofos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles. Na Idade Média, principalmente na relação entre o cristianismo e o estado, a reafirmação do mentoring se fortaleceu a partir do repasse de conhecimento e orientação em processos que envolviam a formação e aprendizagem dos nobres, sobretudo, na construção de dinastias (GOMES et al ., 2015). No cenário religioso, o mentoring também ganha forma. Franzoi e Martins (2020) destacam exemplos, como as culturas hinduísta, budista e judaica, nas quais emergem figuras simbólicas de referência para orientação religiosa e moral, respectivamente, como gurus, monges e rabinos. Nestas relações, prevalecem as características hierárquicas e o princípio de que os mentores são pessoas, em geral, mais velhas e se colocam como figuras de escuta e conselheiros, pelo seu nível de sabedoria. Etimologicamente, a palavra mentor tem sua origem do latim mentororis e do grego méntor , antropônimo, que significa amigo e conselheiro, assim como abordado por Ulisses, em A Odisseia . Assim, o mentor emerge, nesse conceito, como uma espécie de guia, com o poder de aconselhar e inspirar uma relação entre mentor e mentorando, ou seja, aquele que é orientado (GIRÃO, 2013). De forma complementar, Ronsoni, Marques e Borges (2020) acentuam que, no dicionário priberam da língua portuguesa, a palavra mentor é descrita como a pessoa, que por meio de sua sabedoria, qualifica-se como uma espécie de guia, conselheiro e inspiração para outras pessoas. Dessa maneira, a sabedoria é destacada, pelos autores, como um processo de maturidade e equilíbrio alcançado pelo autoconhecimento. Após uma série de representações do modelo mentoring na história, Franzoi e Martins (2020) destacam que, na perspectiva atual, é comum haver confusão de interpretação em termos, como: “preceptor”, “tutor” e “mentor”, principalmente por sua aproximação semântica, mas que, segundo os autores, se manifestam de formas diferentes. Dessa maneira, os autores supracitados destacam que o preceptor se caracteriza como profissional que minimiza as dificuldades na relação entre teoria e prática, excepcionalmente no contexto de ensino e aprendizagem. Já o tutor, nesse mesmo contexto, atua como uma espécie de guia, facilitando. Enquanto isso, o mentor é uma figura que auxilia e orienta, em uma perspectiva mais ampla, https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com para além do ensinar e aprender. Assim, seu papel não é de clínico nem educador, mas, não obstante, o de indutor de raciocínio crítico-reflexivo (FRANZOI; MARTINS, 2020). O conceito de mentoring é descrito como um método, em que o profissional experiente se responsabiliza por ajudar outro, em fase inicial, a desenvolver sua função, com estratégias focadas para melhorar o desempenho e impulsionar a carreira bem como o lado pessoal (GOMES et al ., 2015). As terminologias acerca do mentoring , descritas por Rocha (2019), expressam os principais elementos dessa relação, a saber: o termo mentoring caracteriza-se como o método propriamente dito, isto é, o mentor é a pessoa a frente da proposta, e mentee se refere ao mentorado, aquele que recebe as orientações. Na perspectiva contemporânea, o conceito de mentoring é descrito por Franzoi e Martins (2020), considerando seus múltiplos significados e interpretações. Assim, os autores afirmam que: O conceito de mentoring tem evoluído e atualmente consiste em uma aliança de aprendizagem e parceria em que mentor e mentorado refletem, aprendem e se desenvolvem sinergicamente, desconsiderando-se qualquer precedência hierárquica determinada por idade, conhecimento, cargo ou qualquer outro fator (FRANZOI; MARTINS, 2020, p. 3). De forma complementar, Girão (2013) destaca que mentoring é uma prática multifacetada, flexível, interativa e determinada a partir do ambiente em que é aplicada. Assim, o processo do mentoring se caracteriza, essencialmente, pelo seu caráter de ajuda às pessoas, em processos de transições significativas. Em uma perspectiva conceitual, Rocha (2019) apresenta uma evolução histórica acerca do conceito de mentoring na literatura acadêmica, descrito em estudos desde a década de 80. Assim, o Quadro 1 apresenta os autores e seus respectivos conceitos para definir o mentoring . https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Quadro 1 - Perspectivas teóricas conceituais do mentoring Fonte: adaptado de Rocha (2019). Ainda, no aspecto conceitual, Ximenes (2014) destaca que, por se tratar de uma prática multifacetária, o mentoring é um conceito difícil de definir. Desse modo, no campo epistemológico do tema, em geral, os pesquisadores partem da premissa de que há linhas conceituais diferentes para o mentoring e que se reformulam ao passo que aumentam as diversidades de propostas e programas, nas mais variadas frentes de trabalho. No contexto mais atual, Brito et al . (2017) apontam que os programas de mentoring se destacaram, principalmente, nos cenários europeu e norte-americano, a partir da década de 70, em campos institucionais, voltados para o desenvolvimento profissional, sobretudo, na área da educação de saúde, em escolas de enfermagem. https://sites.google.com/view/coaching-e-mentoring-un2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com No campo organizacional, Rocha (2019) destaca que as iniciativas mentoring se proliferaram por meio de estudos norte- americanos,
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