Prévia do material em texto
O Papel do Professor na Educação Inclusiva Acadêmico: Luciana batista dos Santos Pereira Matricula: 201707044431 Orientadora: Débora Rodrigues Barbosa RESUMO Este trabalho tem por finalidade realizar uma apresentação do tema: “O Papel do Professor na Educação Inclusiva”. Sabe-se que os alunos através da Educação Inclusiva passam a ser inseridos no processo de ensino aprendizagem, no qual é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino. Portanto é necessário a mobilização da escola mediante ao novo modelo escolar, que é a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais nas salas de aula, de ensino regular. Entretanto com o atendimento AEE muitos alunos conseguem uma melhor verbalização, desenvolvem habilidades estimuladas por atividades artísticas e conseguem adquirir um posicionamento social, possibilitando sua inclusão no mundo em que vivem. Através da luta e do empenho de professores dedicados a alunos com deficiência e por esta causa, os alunos conseguem alcançar seus objetivos e desenvolver a linguagem verbal e não verbal, a coordenação motora, explorar aptidões em oficinas de arte e pedagógicas que transmitam noção de higiene e organização; e principalmente adquirir autonomia em seu próprio trabalho e em sua vida junto à sociedade. Palavras Chaves: Professor. Educação Inclusiva. Família. Aprendizagem. INTRODUÇÃO A educação é um dos caminhos que direcionam a inclusão dos sujeitos na sociedade, além de ser a porta de acesso para o desenvolvimento das capacidades indivíduos, o que favorece a autonomia e permite o exercício da cidadania. Portanto a Educação inclusiva compreende a Educação Especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida. A Educação é um direito de todos e dever ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado. Assim a Educação Inclusiva é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, e principalmente com os deficientes visuais. Em se tratando da busca de uma sociedade inclusiva, faz-se necessário pensar em atividade de inclusão para além do ambiente escolar. É notória a mobilização da escola frente ao novo modelo escolar, que é a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais nas salas de aula, de ensino regular. Nesse contexto o presente trabalho tem como tema “O Papel do Professor na Educação Inclusiva”, com a proposta em refletir a respeito do papel do professor na educação inclusiva, ressaltando algumas leis que contribuíram para garantir o direito de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1986. Evidencia-se também um breve conceito de inclusão social, necessidades educacionais especiais e integração. Esse estudo se justifica pelo fator de que para que haja de fato uma educação inclusiva é imprescindível que os professores busquem capacitação, aperfeiçoamento e formação continuada, a fim de proceder à mediação ao receber alunos com necessidades educacionais especiais, visando um ensino que respeite as diferenças e particularidades de cada indivíduo, sendo assim o papel do professor é imprescindível. Entende-se aqui a inclusão como algo que vai além das barreiras arquitetônicas e acessibilidade, incluir é transpor barreiras atitudinais, o que implica em uma mudança de pensamento frente ao diferente. Assim, cabe aos professores procurar novas posturas e habilidades que permitam compreender e intervir nas diferentes situações que se deparam, além de auxiliarem na construção de uma proposta inclusiva, fazendo com que haja mudanças significativas pautadas nas possibilidades e com uma visão positiva das pessoas com necessidades especiais. Com os objetivos no processo de inclusão sejam alcançados, deve haver mudanças nesse processo dentro do contexto escolar, que são realizadas através da reflexão comprometida e responsável pelos envolvidos referente à realidade inclusiva. Considerando a importância do professor no processo de ensino educativo e inclusivo, os objetivos deste trabalho foram analisar e avaliar sua qualificação e habilidades frente à inclusão de alunos com necessidades especiais e o processo de aprendizagem proposto para tais alunos, a fim de facilitar a inclusão desses sujeitos de maneira eficaz e satisfatória. Para tanto, a metodologia utilizada foi um levantamento bibliográfico e de caráter qualitativo a partir de Freire (2001), Mantoan (2005), Martins (1998), entre outros, em que através do qual percebe-se a importância do papel professor na educação inclusiva. Por fim, a diferença faz parte do cotidiano e não deve dar origem a desigualdade de oportunidades ou desvalorização das pessoas. Afinal, ser diferente é algo comum. Entende-se que a inclusão se dá a partir do ato de inserir o aluno no âmbito escolar, buscando alternativas de integrar e realizar o processo ensino aprendizagem, de acordo com seu desenvolvimento cognitivo, respeitar seu desenvolvimento e seu tempo de aprender. METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos viabilizam o levantamento de dados concretos sobre o estudo a ser realizado. Para Oliveira (2002) uma pesquisa deve ser direcionada com base na teoria do conhecimento por meio de metodologia aplicada que: Estude os meos ou métodos de investigação do pensamento correto e do pensamento verdeiro que visa delimitar um determinado problema, analisar e desenvolver observações criticá-los e interpretá-los a partir das relações de causa e efeito. Encontrar os fenômenos que são objetos de estudo, dando-lhes suporte científico (OLIVEIRA, 2002, p. 56). Logo, para atingir os objetivos da pesquisa, ambiciona-se dispor do método científico dialético, uma vez que: Do ponto de vista dos procedimentos metodológicos, Kar Marx entende que o objeto precisa ser investigado em todas suas formas de evolução, em que o trabalho do pesquisador deve rastrear e detalhar intimamente os mexos internos que se ligam e interligam sua estrutura. Ao expor seu método, ele faz mais do que uma simples exposição, apresenta os resultados de suas pesquisas, de forma sistematizada elabora e analisa as categorias que traduzem o problema da sociedade capitalista; embora não doretamente (OLIVEIRA APUD MARX, 2012, p.02). Em outras palavras, se considerá os fenômenos históricos e sociais em contínuo movimento, todavia, tendo como ponto de partida o método histórico, para se entender de forma cronologicamente explicitada as etapas de desenvolvimento do objeto pesquisado. Sendo assim, para dar inicio ao método de pesquisa, se utilizará a pesquisa, bibliográfica e documental sobre o tema. Esta primeira será utilizada uma vez que para Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica pode ser considerada como primeiro passo de toda pesquisa cientifíca: A pesquisa bibliográfica permite compreender que, se de um lado a resolução de um problema pode ser obtida através dela, exige como premissa, o levantamento de estudo da questão que se propõe a analisar a solucionar (LAKATOS, 1992, p. 44). A pesquisa foi realizada tendo como base dados online como revistas, livros, dicionários e artigos publicados na Scielo, PubMed, Bireme. Em que foram indentificados 8 artigos, através da estratégia de busca pelo pelo tema parto humanizado e com presença de acompanhante. Estes, 5 foram selecionados por conterem em seus titulos referência sobre os benefícios do parto humanizado e a importância de ter um acompanhante no momento de dar a luz e os outros 3 foram excluídos por serem repitivos e por não conter dados compatíveis com a linha dessa pesquisa. Além de contar com o apiorno meu estágio na Secretária de Habitação de Serra o que me possibilitou ter acesso aos documentos sobre o alguel social. Para desenvolver esse estudo foi feito incialmente uma pesquisa bibliográfica, em que consiste na etapa inicial de todo o trabalho científico ou acadêmico, a fim de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da investigação proposta a partir de determinado tema. Nesse caso o tema escolhido foi “O Papel do Professor na Educação Inclusiva”, após escolher essa temática inicia-se a pesquisa bibliográfica limitando o tema com objetivo em se aprofundar no assunto. Logo, deve-se traçar um histórico sobre o objeto de estudo, e em seguida identificar as contradições e respostas anteriormente encontradas sobre as perguntas formuladas para o desenvolvimento da pesquisa. Portanto o levantamento bibliográfico é normalmente feito a partir da análise e consulta de fontes em que abordam de maneiras diferentes a temática. Para elaboração do estudo foi selecionado o material a partir de artigos científicos, livros, dicionários e textos disponíveis em sites confiáveis, após selecionar os materiais foi lido e interpretado, e por fim elaborado o trabalho. Durante o processo dessa pesquisa foi de suma importância às anotações e fichamentos sobre o conteúdo específico, e que eventualmente foram utilizados como fundamentação teórica no trabalho. A pesquisa bibliográfica também proporciona ao pesquisador fundamentação teórico metodológico que amplia seu conhecimento e capacidade de argumntação. De acordo com sua relevância no trabalho acadêmico é ressaltada por Lakatos (1992). No intuito de obtermos as informações pautadas no campo a que se pesquisa, serão adotados os métodos quantitativos para análise dos dados coletados, bem como a utilização dos seguintes procedimentos: observação, pesquisa bibliográfica e por fim a documental conforme mencionada acima. BREVE HISTÓRICO SOBRE A INCLUSÃO A inclusão escolar é assunto de suma importância e que sempre será discutido, debatido e estudado, porém, não devemos nos limitar apenas em incluir as pessoas com deficiência nas aulas, deve-se buscar em todos os sentidos a integração e a socialização dos mesmos (BRASIL, 1988). O educador segue a evolução social e cultural de sua comunidade e do mundo e deve utilizar todas as ferramentas e ideias disponíveis para aprender e ensinar, para tornar sua sala de aula o lugar mais encantador, quer a escolar do encantamento, na qual todos se sintam incluídos. Deve-se também refletir a questão dos obstáculos encontrados na Educação Inclusiva seja por falta de informação, preconceito e exclusão, tanto originados pelos agentes educacionais (professores), quanto por parte das próprias famílias. É notória a mobilização da escola frente ao novo modelo escolar, que é a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais nas salas de aula, de ensino regular. Tal mobilização, por sua vez, obriga a escola a refletir sobre princípios desse novo paradigma educacional, que vai desde a convivência com esses alunos em um mesmo espaço até uma mudança na organização de todo o trabalho pedagógico da escola. Segundo Sacristán (1995) A prática pedagógica inclusiva deverá se constituir pela junção do conhecimento adquirido pelo professor ao longo de sua trajetória e da disponibilidade em buscar novas formas de fazer considerando a diversidade dos alunos e as suas características individuais. As mudanças educativas entendidas como uma transformação ao nível das ideias e das práticas, não são repentinas lineares. A prática educativa não começa do zero: quem quiser modificá-la tem de apanhar o processo “em andamento”. A inovação não é mais do que uma correção de trajetória. A ideia de educação inclusiva impulsionou mudanças significativas na educação em âmbito internacional, fundamentou a elaboração da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva (Brasil, 2008) e orientou a transformação dos sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, registrando uma evolução sem precedentes no acesso de pessoas com deficiência à escola comum. A partir da Política de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, verifica-se a quebra da hegemonia do modelo de segregação absoluto nas normas educacionais. Os documentos legais e as ações institucionais subsequentes reforçaram a perspectiva inclusiva e, cada vez mais fortaleceram o novo rumo da modalidade de educação especial, que passa a ser responsável pela organização e oferta de atendimento educacional especializado (AEE), apoiando assim a inclusão escolar do seu público-alvo. Com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, em que programa o caráter da Educação Inclusiva que diz, “todos os indivíduos devem ser acolhidos pela escola independente de suas condições físicas, sociais, intelectuais e emocionas”. Portanto de acordo com texto acima, as escolas deveriam ser ambientes democráticos, em que todos os alunos são atendidos sem especificação de suas diferenças. Mas sabe-se que, para que isso aconteça de fato, é fundamental novo posicionamento da escola, que precisaria refletir o projeto pedagógico, o currículo, a metodologia de ensino, as formas de avaliação e atitude dos educadores. O professor especializado em educação especial, segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) deve, entre outras atribuições, apoiar o professor da classe comum. Sabe-se que automaticamente a pessoa com deficiência não é mais vista como incapaz pela educação. Atualmente, os deficientes conquistaram os seus direitos e um deles é o de acesso e permanência na escola regular de ensino. A educação especial se encontra inserida nos diferentes níveis da educação infantil, series iniciais, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior. O atendimento especializado deve abranger desde a educação infantil, na faixa de zero a seis anos, estendendo-se em todo o fluxo de escolarização. A INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR USANDO A ARTE COM RECURSO De acordo com Minetto (2008), os professores enfrentam um grande desafio na educação especial, pois o professor que fará a ponte na inclusão desses alunos, através de proposta novas adaptando as atividades de acordo com as necessidades do aluno, atuando como um mediador no processo de ensino aprendizagem. Logo: O professor precisa organizar-se com antecedência, planejar com detalhes as atividades e registrar o que deu certo e depois rever de que modo às coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar para o resultado alcançado e perceber o quanto “todos” os alunos estão se beneficiando das ações educativas. (MINETTO, 2008, p. 101). Assim o estudo teve como justificativa, pois o tema tem uma importância social junto às atividades da disciplina de artes para as pessoas portadoras de educação especial, e contribui com os componentes fantasiosos e imaginativos das invenções artísticas das crianças. Também pela importância da disciplina de arte no trabalho da Educação Especial, pelo simples fato em despertar a criatividade da criança de maneira extraordinária. Através da produção das atividades o aluno proporciona expressão e agrega conhecimentos contribuindo na estruturação da autonomia de cada aluno. No entanto o contato com a arte provoca vários sentimentos e sensações, pois trabalha com cores, formas, texturas esses desenhos e pinturas produzidos pelo próprio aluno, compondo assim um ambiente bem significativo para os alunos. A arte ajuda o aluno vivenciar a experiência, refletindo e dando significado a cada etapa proposta pelo professor, logo ficará nítido o prazer da experiência alcançado por eles em cada etapa das atividades. Portanto a arte proporciona momentos em que as crianças podem se expressar, vivenciar, experimentar e construir conhecimentos que certamente contribuíra para o desenvolvimento da estruturação da autonomia de cada indivíduo através do contato com as atividades, momentos repletos do prazer da experiência. A inclusãoescolar é assunto de suma importância e que sempre será discutido, debatido e estudado, porém, não devemos nos limitar apenas em incluir as pessoas com deficiência nas aulas, deve-se buscar em todos os sentidos a integração e a socialização dos mesmos (BRASIL, 1988). O professor tem que ser um inovador sempre acompanhando os avanços tecnológicos, pois precisa estar preparado para enfrentar com criatividade e competências além de ser flexível quanto ao planejamento para os alunos especiais, que sempre necessitam de adaptação para assim alcançar o processo de ensino e aprendizagem desses alunos. Entretanto refletir também a questão dos obstáculos encontrados na Educação Inclusiva seja por falta de informação, preconceito e exclusão, tanto originados pelos agentes educacionais, entre os quais os professores, quanto por parte das próprias famílias. Atualmente a escola vem sendo considerada uma instituição que se ressalta por se propícia à transformação, e por gerar discussões amplas na busca de oferecer oportunidades de transformações, de modo a dar atendimento de fato às necessidades educativas especiais, proporcionando aos próprios deficientes a sua inserção social, em todos os aspectos, sejam eles econômicos, educacionais e sociais, favorecendo assim a inclusão. Uma escola inclusiva deve valorizar o papel social dos seus educandos, o qual também deve ser reconhecido por seus pares. Tal fato deve ser compreendido por um grupo de diversos setores, forças, ou classes sociais, envolvendo forças econômicas políticas e ideológicas. A palavra exclusão social foi definida pela primeira vez fazendo referência a grupos que estariam à margem da sociedade. Com intuito de responder as necessidades de seu tempo, a Declaração de Salamanca, formulada em 1994, trata de uma educação que atenda a todos, ou seja, crianças com necessidades educativas especiais, os que apresentam altas habilidades, que pertençam à minoria étnica ou culturais e crianças de grupos desfavorecidos: todos que necessitem de um atendimento permanente ou temporariamente diferenciado. De acordo com o documento é a escola regular que deve buscar uma prática inclusiva, combatendo a discriminação, acolhendo a todos com apoio político e financeiro do governo. Todas as crianças devem estar matriculadas na escola regular. Mas, é bem verdade, que o desafio que confronta a escola inclusiva é desenvolver uma pedagogia capaz de atender a todas as crianças, caracterizando a escola inclusiva pelo princípio da heterogeneidade. Um dos principais avanços assegurados às crianças portadoras de necessidades educacionais especiais, na legislação, diz respeito à idade de início do atendimento educacional especializado. A educação especial se encontra inserida nos diferentes níveis da educação escolar, educação básica e superior. O atendimento especializado deve abranger desde a educação infantil, na faixa etária de zero a seis anos, estendendo-se em todo o fluxo de escolarização. De acordo com a Lei nº 9.394/96, a arte passa a ser considerada obrigatória na educação básica. O ensino da arte passa a compor o currículo obrigatório, em todos os níveis da educação básica como forma de promover o desenvolvimento cultural dos alunos. A arte é, sem dúvidas, uma atividade essencial na Educação, essa palavra apresenta várias discussões em relação a sua definição e sua ação prática e até hoje vários autores procuram sua definição que abranja toda a diversidade contida no ensino da arte. Parece se consenso entre todos os autores da educação que a arte é indispensável no ato de aprender e ensina de forma vivencial na educação especial. Referindo-se as crianças especiais, os autores são unânimes quando dizem que a arte auxilia na base epistemológica da educação especial. Portanto a arte tem um papel de destaque na Educação Especial, pois com ela a base do desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança, pois ela possui aspetos fundamentais para a aprendizagem racional e emocional. A arte tem um fato imprescindível em sua relação com alunos especiais, por eles estão sempre dispostos a desenhar, a pintar, a brincar. Talvez por isso a arte seja tão fundamental para esses alunos, por despertar a motivação, gerando maior participação, socialização e interação que envolve os alunos especiais e o conhecimento, ocasionando como ferramenta que facilitará a aprendizagem do aluno. O ensino de arte na escola auxilia e facilita a aprendizagem juntos aos alunos portadores de deficiências, pois a arte atua através da descoberta, entre professor e aluno, em que se observa e colhe dados que servirão de avaliação e formulação de futuras práticas com esses alunos (READ, 1976). Entretanto a arte deve abordar a aprendizagem nas diferenças culturais em contra partida cada pessoa tem sua cultura e a mesma é importante e necessitam ser respeitada, logo a diversidade enriquece o ambiente de sala de aula e esclarece que a educação multicultural não é um currículo e sim um compromisso com a equidade e com a capacidade da inclusão (STAINBACK, 1999). Nos dias de hoje a implantação dos alunos com necessidades especiais no ensino regular passou a ser conhecida como Educação Inclusiva, em dois modelos diferentes na inserção juntamente com as aulas de arte (MANTOAN, 2003). Ainda segundo Mantoan (2003): A inclusão também se legitima, porque a escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai proporcionar-lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sociocultural que lhes conferirá oportunidades de ser e de viver dignamente (MANTOAN, 2003, p. 53). Portanto, incluir é quando se busca, dentro das situações regulares, desenvolver o máximo a capacidade do aluno. A criança deficiente não pode simplesmente ir para o ensino regular, ela precisa realmente ser incluída, pois para que exista a inclusão é necessário que haja a participação efetiva dessas crianças. O professor deve ficar atento a tudo que acontece, porque muitas vezes, as crianças são inseridas e não incluídas. O que ocorre é que as crianças deficientes são colocadas em sala de aula, mas não participam das atividades e dessa forma, continuam excluídas. Em sala de aula é preciso que as atividades sejam elaboradas para atender as limitações do aluno dentro das suas potencialidades, para que assim ele demonstre avanços significativos no seu aprendizado. Entretanto ainda segundo o autor acima: A educação inclusiva preconiza que aprender é um ato não linear, contínuo, fruto de uma rede de relações que vai sendo tecida pelos aprendizes, em ambientes escolares que não discriminam, não rotulam e oferecem chances incríveis de sucesso para todos, dentro das habilidades, interesses e possibilidades de cada aluno (MANTOAN, 2007, p.57). No relatório gerado pela Comissão Internacional de Educação e exposto pela UNESCO, com o intuito de determinar metas para o século XXI, falam-se na relevância de fazer vigorar quatro diretrizes, denominadas pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a viver juntos (SILVA, 2012). Estes quatro pilares da educação devem ocorrer para a diversidade de alunos que constituem a humanidade – e não somente para os que, de acordo com os modelos da sociedade moderna, são classificados capazes de vivenciá-los no cotidiano escolar. O ensino nas escolas, em geral, é centralizado em apenas duas das quatro diretrizes: aprender a conhecer e aprender a fazer. Todavia, conforme a Comissão Internacional de Educação, os quatro pilares da educação devem ser finalidade de uniforme atenção. Num momento em que tanto se discorre acerca da educação para todos, o entendimento dos conceitos de Educação Especial e Educação Inclusiva se torna de grande valor para a compreensão dos dilemas existentes e da conjuntura comum do ensino em nosso país (particularmente da Educação Física na Escola) e induzirá à apreensão do que seja de fato uma escola inclusiva. Quando articulamos sobre Educação Inclusiva ou escola inclusiva,estamos considerando um novo padrão de escola, que acolhe e conversa com a diversidade de seus alunos estando preparada para tal feito. Vários obstáculos são enfrentados na escola, pelas pessoas com necessidades especiais, tanto no que diz respeito aos recursos didáticos oferecidos quanto relativos à própria metodologia empregada pelos professores, o que nos faz refletir que, para que venha a adotar este novo paradigma e tornar-se de fato, efetivamente inclusiva, a escola como hoje se manifesta, terá que se transformar, abrangendo a necessidade de que os educadores se atualizem e tenham acesso a novas tecnologias e recursos. Conforme Martins, É importante haver mudanças no ambiente escolar que envolva não negar o acesso das pessoas com necessidades especiais à escola, sendo também importante à construção de um projeto pedagógico que viabilize a participação dessas pessoas, que valorize suas potencialidades e que utiliza recursos pedagógicos específicos para seu tipo de necessidade (MARTINS, 2006, P.103). Portanto é imprescindível que haja mudanças e a essencial delas está relacionada à preparação dos professores; porém não é o bastante, pois o processo de inclusão deve envolver toda a comunidade como pais, professores, funcionários e alunos. O PAPEL DO PROFESSOR A escola tem um papel de socializar o conhecimento dos alunos e o dever em atuar na formação moral dos mesmos, logo para que isso aconteça de fato o papel do professor é imprescindível sem contar com a participação da família, com essa soma que se promove o pleno desenvolvimento do indivíduo como cidadão. A família tem a função de complementar à formação do indivíduo, pois são os responsáveis diretos. No entanto a função do professor é educar, fornecer à educação formal é responsabilidade da escola, ou seja, ambas são corresponsáveis pela formação cognitiva, afetiva, social e da personalidade das crianças e adolescentes. A família do termo latino família, que é um agrupamento humano formado por duas ou mais pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afetivas que, geralmente, vivem ou viveram na mesma casa. Se a família tem responsabilidade com a educação da criança tanto quanto a escola, é necessário que as instituições família e escola mantenham uma relação que possibilite a realização de uma educação de qualidade. A troca de ideias entre educadores e parentes trará soluções mais propicia e rápida aos problemas enfrentados pelas crianças, pois como afirma Tiba (2002, p.3) “quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem conflitos e não quer jogar a escola os pais e vice-versa”. Essa reflexão deve ser pautada na interação família x escola é necessário que ambas conheçam suas realidades, suas limitações com isso caminhos são descobertos para facilitar o entrosamento entre si, logo o sucesso no processo ensino aprendizagem. Portanto nesse sentido é necessário apresentar algumas questões que se refere a escola e a família, como por exemplo suas estruturas, formas de relacionamentos, levando em consideração a relação entre escola e família é de suma importância no processo educativo das crianças. Ainda segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no artigo 1º sobre o dever da família no processo de ensino aprendizagem e a importância de estar presente no ambiente escolar diz que: “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisas, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.” (BRASIL, 1996). No entanto é necessário que a escola seja organizada baseada na dinâmica social que envolve todas as relações que influenciam diretamente o trabalho escolar no que diz respeito às funções pedagógicas e as questões de vida em sociedade. É importante aproveitar situações lúdicas e artísticas para favorecer a aquisição linguística. No entanto, não se deve, com isso, ignorar as características peculiares da criança portadora de deficiência. Logo para os alunos portadores de deficiência, todas as atividades são propícias, dependendo da atuação do professor em se comunicar com os alunos. Por isso, é de grande importância que sejam oferecidas situações novas, estimulantes, em que os alunos possam expressar-se e revelar-se aos poucos diante de um objeto, uma simples vareta, um movimento do colega, um pedaço de pano, uma caixa. Ao dar situações criativas aos portadores de necessidades especiais, poderemos constatar que um dia, inesperadamente, o apático se torna ativo, o triste começa a rir, aquele que todos julgavam incapaz de uma linguagem começa a verbalizar. No atendimento deve elogiar realizações concretas, tangíveis, planejar sequencia de atividades motivadas, reforçar a iniciação, oferecer opções, usar frequentemente as potencialidades e os interesses dos alunos, enviar bilhetes para casa, usar potencialidades e os interesses dos alunos, enviar bilhetes para casa, usar cédulas de dinheiro, motivar com tempo livre, motivar com atividades especiais, exibir mapas de progresso, (FREIRE, 2001). O ato de incluir define-se em ter um olhar ampliado, ter em mente que todo ser é diferente, que se vive em um país diversificado, onde várias culturas e raças se unem em uma única nação. Nesse contexto, ainda se vê vestígios de preconceitos pela sociedade. É neste momento que profissionais da educação, juntamente com a família e a sociedade, quebram paradigmas, quando trazem à tona a questão da Educação Inclusiva1 no contexto da educação brasileira. Diante disso é importante ressaltar alguns conceitos sobre a inclusão, a partir de autores quem vem estudando esse tema. Segundo publicado na página de BRASIL (Ministério da Educação e Cultura, sd). Portanto, a acessibilidade dos materiais pedagógicos, arquitetônicos e nas comunicações, bem como Vivemos um tempo de transformação de referências curriculares, que indicam que não cabe ao aluno se adaptar à escola tal como foi construída; a escola é que deve se reconstruir para atender a toda a sua comunidade, da qual fazem parte pessoas com e sem deficiência. Portanto, são necessárias as adaptações nos espaços e nos recursos e principalmente uma mudança de atitude, que já reflitam a concepção de desenho universal, não só na estrutura física das escolas, como também no desenvolvimento das práticas de ensino e aprendizagem e nas relações humanas (BRASIL, Ministério da Educação e Cultura, 2015). CONCLUSÃO Conclui-se que do ponto de vista da educação inclusiva, a inclusão requer fatores estruturais, profissionais e sociais. Ressaltando a luta ao direito a igualdade educacional principalmente dentro dos aspectos inclusivos nos quais garantem a inclusão a todas as crianças. Luta que vem se firmando e atentando a sociedade, que é direito de todo cidadão à educação de qualidade. Nesse sentido, entende-se que a inclusão é um direito de todo cidadão, desde a parte física da escola, os conteúdos adaptados, os 12 materiais e a qualificação do professor, buscando conhecer as necessidades dos alunos e realizando o trabalho onde atenda à dificuldade de cada um, garantindo a igualdades às crianças com necessidades especiais, incluindo e integrando. Sendo importante destacar que a educação inclusiva se dá a partir de um conceito de aceitar as diferenças e criar ambientes favoráveis ao aluno no processo ensino aprendizagem. É preciso conhecimento sobre o aluno, para que assim o profissional da educação busque corretamente adaptações e crie um ambiente favorável de ensino-aprendizagem. A respeito disso o Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Especial, afirma que, aceitar a diversidade é o principal para que a educação inclusiva ocorra, pois a escola inclusiva tem como compromisso de ser competente no seu propósito de incluir, deve enxergar o além da diferença, além da diferença, lembrando que cada criança é um ser único e que a utilização de todos os recursos disponíveis deve contribuirpara que esta singularidade se firme na aceitação de uma construção de mundo diferenciado. A diferença faz parte do cotidiano e não deve dar origem a desigualdade de oportunidades ou desvalorização das pessoas. Afinal, ser diferente é algo comum. Entende-se que a inclusão se dá a partir do ato de inserir o aluno no âmbito escolar, buscando alternativas de integrar e realizar o processo ensino aprendizagem, de acordo com seu desenvolvimento cognitivo, respeitar seu desenvolvimento e seu tempo de aprender. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br> Acesso em: 09, Nov, 2020. BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Ministério da Educação. Brasília/DF, 2008. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura/ Secretaria de Educação Especial. Subsídios para Organização e Funcionamento de Serviços de Educação Especial. MEC/ SEESP / UNESCO. Vol. 9 - Brasília, p. 73, 1999. DISTRITO FEDERAL. Educação Especial: Orientação Pedagógica. Secretaria de Educação Especial. Brasília/ DF, 2010. FREIRE, Paulo. Algumas reflexões em torno da utopia. In: FREIRE, Ana Maria de Araújo (org.). Pedagogia dos Sonhos Possíveis. São Paulo: UNESP, 2001. MANTOAN, Maria Teresa Égler. A hora da virada. Inclusão: Revista da educação especial. Brasília, p. 24-28, out/2005. MARTINS, Miriam Celeste & PICOSQUE, Gisa & GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do Ensino da Arte – a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998. MINETTO, Maria de Fátima. Currículo na Educação Inclusiva: entendendo esse desafio. 2 Ed. Revista Atual. Ampl. Curitiba. Ibpex, 2008. READ, Herbert. O Sentido da Arte. 3. Ed. - São Paulo: Ibrasa, 1976. SACRISTÁN, J. G. Consciência e ação sobre a prática como libertação profissional dos professores. In: NÓVOA, A Profissão Professor. Portugal: Editora Porto. 1995. SILVA, KATIA SUSI ALVES. Quatro pilares da Educação para o Século XXI: Análise de sua aplicação em uma escola de Araju. Google Books, 2012. STAINBACK, S. ET al. A aprendizagem nas escolas inclusivas: e o currículo? In: STAINBACK, S. & STAINBACK, W. Inclusão: Um guia para educadores. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed Editora S.A., p. 240 – 250. 1999. 2 17 O Papel do Professor na Educação Inclusiva Acadêmico: Luciana batista dos Santos Pereira Matricula: 201707044431 Orientadora: Débora Rodrigues Barbosa RESUMO Este trabalho tem por finalidade realizar uma apresentação do tema: “O Papel do Professor na Educação Inclusiva”. Sabe - se que os alunos através da Educação Inclusiva passam a ser inseridos no processo de ensino aprendizagem, no qual é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino. Portanto é necessário a mobilização da escola mediante ao novo modelo escolar, que é a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais nas salas de aula, de ensin o regular. Entretanto c om o atendimento AEE muitos alunos conseguem uma melhor verbalização, desenvolvem habilidades estimuladas por atividades artísticas e conseguem adquirir um posicionamento social, possibilitando sua inclusão no mundo em que vivem. Atr avés da luta e do empenho de professores dedicados a alunos com deficiência e por esta causa, os alunos conseguem alcançar seus objetivos e desenvolver a linguagem verbal e não verbal, a coordenação motora, explorar aptidões em oficinas de arte e pedagógic as que transmitam noção de higiene e organização; e principalmente adquirir autonomia em seu próprio trabalho e em sua vida junto à sociedade. Palavras Chaves: Professor. Educação Inclusiva. Família. Aprendizagem. O Papel do Professor na Educação Inclusiva Acadêmico: Luciana batista dos Santos Pereira Matricula: 201707044431 Orientadora: Débora Rodrigues Barbosa RESUMO Este trabalho tem por finalidade realizar uma apresentação do tema: “O Papel do Professor na Educação Inclusiva”. Sabe-se que os alunos através da Educação Inclusiva passam a ser inseridos no processo de ensino aprendizagem, no qual é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino. Portanto é necessário a mobilização da escola mediante ao novo modelo escolar, que é a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais nas salas de aula, de ensino regular. Entretanto com o atendimento AEE muitos alunos conseguem uma melhor verbalização, desenvolvem habilidades estimuladas por atividades artísticas e conseguem adquirir um posicionamento social, possibilitando sua inclusão no mundo em que vivem. Através da luta e do empenho de professores dedicados a alunos com deficiência e por esta causa, os alunos conseguem alcançar seus objetivos e desenvolver a linguagem verbal e não verbal, a coordenação motora, explorar aptidões em oficinas de arte e pedagógicas que transmitam noção de higiene e organização; e principalmente adquirir autonomia em seu próprio trabalho e em sua vida junto à sociedade. Palavras Chaves: Professor. Educação Inclusiva. Família. Aprendizagem.