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Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Medicina Veterinária Apostila de Diagnóstico por Imagem (Raio-X) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Princípios Básicos da Radiologia O Raio-X é uma fonte de radiação eletromagnética, precisando de energia para funcionar. Produz elétrons em um filamento de Tungstênio que é o catodo, que faz uma nuvem de elétrons aquecidos e eles se chocam com o anodo. A radiação do Raio-x trafega em linha reta, penetram em algum grau em todos os materiais. A formação do Raio-x acontece na ampola do cabeçote e sua carcaça é feita de chumbo. Propriedades físicas dos Raios-X - Propagam-se à velocidade da luz - São invisíveis - Não podem ser sentidos - Trafegam em linha reta - Penetram, em algum grau, todos os materiais - Fazem com que certas substâncias se tornem fluorescentes (transformam radiação em luz visível) - Podem ionizar átomos (efeito biológico) Formação da imagem radiográfica A formação dos Raios-X ocorre na ampola do cabeçote (feita de chumbo), Nela, existem duas estruturas : O catodo e o anodo CATODO: - Lado carregado negativamente (-) - Estrutura de tungstênio revestida por uma substância emissora de elétrons - Função: emitir elétrons e focalizá-los apontando para o anodo. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa ANODO: - Lado carregado positivamente (+) - Alvo de tungstênio - Função: produz Raios-x - Mecanismo: Após a passagem de uma corrente elétrica (alta voltagem e baixa amperagem), o filamento do catodo é aquecido, produzindo grande quantidade de elétrons, que são atraídos pelo anodo. O choque de elétrons com o anodo produz grande quantidade de energia, sendo 99% calor e 1% Raio-x. Esses raios são direcionados para a janela da ampola em direção ao filme. - Painel de comando: Corrente elétrica medida em Milhamperes – mA (N de elétrons produzido pelo catodo – quantidade de raio-x) Tensão medida em Kilovolts (velocidade de colisão de elétrons – penetrabilidade dos raios) Tempo de exposição (frações de segundos) mAs (tempo de liberação de raio-x) Grade Bucky - Absorve radiação secundaria - Melhora a qualidade da imagem Placa retangular achatada composta por faixas de chumbo e alumínio. A grade Bucky absorve a radiação dispersa e não dispersa. Estruturas menores que 10cm não precisam usar a grade Bucky, acima desse valor ela pode ser usada. Écrans - Camadas de cristais fluorescentes , que emitem luz ao serem atingidas por raios x . - Convertem raios x em luz visível - Potencializam o efeito fotográfico (aumentam o detalhamento). Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Filmes radiográficos - Tamanhos variáveis (13x18 ; 1 x24 ; 24x30 ; 30 x40 ; 35 x43) - Caixa de filmes com 100 unidades (Kodak ou Agfa) Identificação radiográfica - Documentos do paciente, arquivo fotográfico do histórico do paciente que tem valia em tribunais. - É importante a identificação do lado do paciente (sem identificação um cotovelo pode ser direito ou esquerdo) - Importante conter: nome; espécie; raça; idade; data de realização. Revelação manual Ambiente totalmente sem luz, acendendo somente a luz de segurança. Podendo assim abrir o chassi, pegar o filme, faz a identificação, e depois prendendo na congadura e leva-lo para o tanque com os reagentes. Mergulha a congadura com o filme primeiro no REVELADOR por 5s, logo após o revelador é feita uma lavagem em ÁGUA CORRENTE e para finalizar mergulha-se a congadura em um FIXADOR ÁCIDO por 5s. Após o filme ser mergulhado no fixador a luz pode ser acesa. E por fim levando a congadura para a estufa para secagem. Daniel Doria – Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Método digital - Radiografia computadorizada introduzida na medicina no início da década de 80, pela Fuji Medical Corporation. - Gerador de Raio-x similar aos usados em radiologia convencional - Última década : rápida transição entre captura de imagem radiográficas em filmes e a produção direta de imagens digitais - Substituição do Chassis (filme radiográfico + tela intensificadora (écrans)) por cassetes com placa para aquisição de imagem - Revelação em químico substituída por um leitor de placas de imagem. - Imagens processadas eletronicamente por um computador e não câmara escura - imagens digitais podem ser ajustadas : superexposição, subexposição, zoom sem perda de definição, medidas e angulações - Após o processamento da imagem ela pode ser vista em monitores de alta qualidade para fins de diagnóstico - Imagem armazenada em CD-ROM - > Vantagens : - Qualidade de imagem: maior sensibilidade e contraste entre as estruturas (maior precisão de diagnóstico) - Ajuste de imagem: minimizar erros de técnica (cálculos para técnicas radiográficas ainda se fazem necessários) - Ferramentas de manipulação (medidas e ângulos) - Exames rápidos - Menos estresse para o paciente - Armazenamento digital (não se perde) - Não é poluente (não utiliza químicos para revelação) - > Desvantagem : - Investimento inicial considerável Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Ações maléficas dos Raios-x - Ações sobre a pele : radiodermites – pele avermelhada com feridas - Ação sobre o globo ocular: com o tempo, agride a retina, causando lesões que podem levar a cegueira. Pode induzir catarata. - Ação sobre glândulas: ovários, testículos, tireoide (hipotireoidismo), adrenais (hipoadrenocorticismo). - É oncogênico: pode estimular o desenvolvimento de neoplasias, sobretudo as de pele - AÇÃO SOBRE CELULAS JOVENS: Agenesia, má-formação congênita. - Ações sobre a medula óssea: ANEMIA ->LEUCOPENIA -> LEUCEMIA - Ação na genética: Pode alterar as bases de DNA Radioproteção NO AMBIENTE: - Biombo de chumbo, - Vidro plumbífero, - Blindagem da sala (2,5 mm de espessura da chumbo x 2,10 m de altura) NO APARELHO - Restritores de campo : colimador (delimita área) USO PESSOAL - Avental de chumbo - Luvas de chumbo - Protetor de tireóide de chumbo - Óculos de chumbo - Dosímetro Fórmulas de Raios-X - mA = Quantidade de Rx utilizada - KV = Poder de penetração Fórmula de Santes: KV = (Espessura X 2) + 30 40 -> com mesa bucky Obs.: Uso mesa bucky ao radiografar estruturas acima de 15 cm Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Densidade e opacidade Densidade: peso por volume de um tecido do corpo ou de um objeto. - Raios-x atravessam diferentes estruturas de diferentes maneiras. - Substâncias densas, como o osso, inibem a passagem de grande parte da radiação (filme pouco sensibilizado) – RADIOPACO(branco) - Substâncias menos densas, como os gases, permitem que os raios atravessem-nas de forma praticamente inalterada – RADIOTRANPARENTE (preto) - Tecidos moles – entre osso e gás OU SEJA..... QUANTO MAIS DENSA A ESTRUTURA, MAIS ELA IRA INIBIR A PASSAGEM DA RADIAÇÃO PARA O FILME. Opacidade : Grau de enegrecimento do filme pelo Raio-x. - A parte do filme onde o raio-x atingir, imediatamente sem nenhuma resistência aparecerá preta após o processamento da imagem - RADIOTRANSPARENTE (Preto) - Gás (ar) - Se os raios são impedidos de atingir o filme, essa área ficará clara/ branqueada (radiopaca) - Entre os dois extremos os tecidos mole/liquido,que se apresentam em diferentes tons de cinza Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – MaíraMassa Fatores que interferem na formação da imagem - Distância entre o objeto e o filme deve ser a menor possível, evitando um aumento da imagem fazendo ela ser distorcida - A distância entre o foco e o filme ela é padronizada em aproximadamente 1metro. - Paralelismo Posicionamento Radiográfico - O valor diagnóstico da radiografia é muito mais dependente do posicionamento do que de qualquer outro fator. - Objetivo: Achar a posição mais correta para reproduzir a área anatômica com mais precisa. - Feixe central direcionado diretamente na área de interesse. Número de projeções: - Mínimo 2 projeções, afim de se obter uma impressão tridimensional da estrutura em estudo. Termos direcionais: Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - A terminologia descreve exatamente a posição e direção do feixe primário de raios-X. - As primeiras letras estão relacionadas aonde o feixe entra e, as demais, aonde o feixe sai Medial (M) Lateral (L) Cranial (Cr) Caudal (Cd) Dorsal (D) Ventral (V) Rostral (R) Palmar (Pa) Plantar (Pl) Exemplos: - Rx tórax látero-lateral – LL (direita) - Rx tórax ventro-dorsal – VD Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Rx tórax dorso-ventral – DV (Feito normalmente com animal que está com muita dor) - Rx articulação escápulo-umeral médio-lateral – ML - Rx articulação escápulo-umeral caudo-cranial – CdCr Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Rx articulação rádio-cárpica dorso-palmar – Dpa - Rx da articulação rádio-cárpica médio-lateral – ML - Rx da articulação tíbio-társica dorso-plantar – DPl Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Rx da articulação tíbio-társica latero-medial – LM - Rx da articulação fêmoro-tíbio-patelar crânio-caudal – CrCd - Rx articulação fêmoro-tíbio-patelar médio-lateral – ML Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Rx de crânio látero-lateral – LL - Rx de crânio látero-lateral oblíqua – LL oblíqua - Rx de crânio dorso-ventral – DV - Rx de crânio rostro-caudal – RCd Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Rx de articulações coxo-femorais látero-lateral – LL Preparo do paciente - Paciente deve estar limpo. Pelos sujos e molhados podem produzir artefatos de imagem. -Retirar coleiras, guias, ou qualquer outro material, especialmente os feitos de metal. - Bandagens, talas, ataduras, devem ser retiradas sempre que possível. - Considerar sempre o conforto e bem estar do paciente. - Paciência, sobretudo com animais idosos, cardiopatas, atropelados, que não possam ser sedados - Evitar movimentos bruscos e barulho. - Quando necessário e, se possível, fazer uso da anestesia/sedação. - Sacos de areia, blocos de espuma, esparadrapo, ataduras podem ser úteis Identificação do Raio-x : - Sempre colocada do lado direito do paciente. - Deve conter nome, espécie, raça, sexo, idade, data do exame, numero de registro Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Afecções ósseas traumáticas Trauma : - Definição: É uma lesão interna ou externa, resultante de uma agressão mecânica que atua do exterior. Ósseos / Musculares / Vasos / Nervos Por que devemos radiografar uma fratura? - Confirmar o diagnóstico clínico. - Determinarmos o tipo de fratura. - Determinarmos a idade da fratura. - Acompanhar o desenvolvimento do calo ósseo Alterações resultantes de um trauma - Sub-luxação. - Luxação. - Fechamento precoce do disco epifisário. - Fraturas. - Ruptura do ligamento cruzado cranial Subluxação / Luxação - Perda parcial / total da relação entre duas faces articulares - Causa lesão em ligamentos e em estruturas intrarticulares associadas. Fechamento precoce do disco epifisário distal da ulna - Sequela traumática. - Disco distal da ulna + comum. - Encurvamento cranial do eixo longitudinal do rádio. - Na dúvida, radiografar membro contralateral Fraturas - ‘’Quebra’’ da continuidade óssea. - A energia do trauma deve superar a resistência óssea. - A fratura pode ser resultado de um traumatismo ou ocorrer devido ao enfraquecimento do osso por uma doença. OSSO SAUDÀVEL -> ALTA ENERGIA OSSO DOENTE -> BAIXA ENERGIA Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Classificação de fraturas Aberta / fechada – Em uma fratura fechada, não há comunicação com o meio externo. Uma fratura aberta é associada a uma ferida e, assim, apresenta comunicação com o exterior. Nas radiografias, áreas com conteúdo gasoso geralmente são observados nos tecidos moles adjacentes ao foco de uma fratura aberta. Completa / Incompleta (fissuras) – Em uma fratura completa há perda de continuidade de toda a substância ou largura do osso. Uma fratura incompleta mantem algum grau de continuidade entre as extremidades fraturadas, como na fissura ou fratura em galho verde. Avulsão – Em uma fratura por avulsão, um fragmento é removido do osso no ponto de inserção de um tendão ou ligamento. Essas fraturas ocorrem nas margens articulares ou em suas adjacências. Epifisárias – Uma fratura epifisária ocorre quando a epífise de um osso é deslocada de sua posição normal. O movimento ocorre na cartilagem fisária. Compressiva – Em uma fratura por compressiva, os fragmentos sofrem compressão um sobre o outro. Esse tipo de fratura é maio comumente observado em corpos vertebrais. Patológicas – Uma fratura patológica ocorre no local onde uma afecção fragilizou o tecido ósseo. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Fratura completa : = Simples – apenas 1 linha de fratura -Obliqua – a linha de fratura forma um ângulo com o eixo longo do osso. -Transversa – a linha de fratura forma um ângulo reto ao eixo longo do osso. - Espiral – a linha de fratura circula o eixo longo do osso. = Segmentar – 2 linhas de fratura = Cominutiva 3 ou + linhas de fratura Fratura incompleta (fissura): - Sem desvio de eixo ósseo - Apenas imobilização Fratura por avulsão: - Requer conhecimento anatômico. - Fragmento ósseo é removido de um local de fixação de um tendão ou ligamento. - Normalmente dos núcleos de ossificação secundários. - Dúvida? Membro contralateral. Fratura epifisária - Separação epifiseal - Denominada ‘’Salter–Harris’’ (Fratura do disco de crescimento) - Importância em filhotes. SLATER-HARRIS - Tipo I - Tipo II - Tipo III - Tipo IV - Tipo V (Compressiva) - Tipo VI (compressiva unilateral) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Fratura compressiva : - Fragmentos de fraturas sobrepostos - + comum em segmento da coluna vertebral Fratura patológica : - Ocorrem no local onde um processo de doença enfraqueceu o osso. Reparação da fratura - Formação do calo ósseo – 5 fases de reparação 1 – Fase Hemorrágica – Fratura recente, superfície afilada 2 – Fase de Granulação – Reabsorção óssea, neoformação de vasos, tecido de granulação (7-10 dias) 3 – Fase Cartilagínea – Remodelamento ósseo (2-3 semanas) Formação de tecido de granulação -> tecido fibroso (é formado da periferia para o centro) 4 – Calo ósseo provisório – Lesão exuberante, esfoliativa, que envolve a área fraturadae faz saliências para os tecidos moles adjacentes (4-8 semanas) 5 – Calo ósseo definitivo – Reabsorção do tecido em excesso (modelar o osso), deposito de minerais (dureza característica), e estabelecer a união da fratura (40-120 dias) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Sequência radiográfica : - 1ª: Pós-operatório imediato - 2ª, 4ª e 6ª semanas (pós-operatório). - Radiografias adicionais se necessário, até a cura óssea. O tempo da cura clínica pode ser diferente do tempo da cura radiográfica. Fatores que afetam a reparação da fratura : - Suprimento sanguíneo local. - Tipo de fratura / local. - Redução de fratura / fixação. - Idade do paciente. - Infecção ou doença debilitante. Complicações - Alterações que retardam ou interrompem a evolução natural de cicatrização dos tecidos. - Podem por em risco a vida do membro, dependendo da gravidade, local e natureza da lesão e da resposta sistêmica resultante. *Não união *Má união *Infecções Não União – Ocasionalmente, as bordas da fratura de um osso não se unem. Esta não união da fratura é mais comumente observada em cães de raça de pequeno porte. As regiões distais do rádio, da ulna, da tíbia e da fíbula são pontos comuns de não união, embora outros ossos possam ser acometidos. Não se sabe ao certo sua causa, mas a movimentação das extremidades fraturadas é, provavelmente, um fator primário. - Extremidades fraturadas não se unem. - + comum em raças de pequeno porte. - Rádio e ulna / Tíbia e fíbula distais. -> Menor quantidade de tecido mole adjacente e pouco aporte sanguíneo. - Instabilidade / movimentos -> FATOR PRINCIPAL - 2 tipos : Hipertrófica e Atrófica NÃO UNIÃO HIPERTRÓFICA - Instabilidade - Linha de fratura claramente visível, muito tempo depois da sua ocorrência - Calo ósseo exuberante, porém, não forma ponte óssea entre suas extremidades -> pata de elefante. - Arredondamento e esclerose das extremidades fraturadas. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Proliferação de tecido ósseo nas superfícies da fratura, não formando pontes de união entre os calos. NÃO UNIÃO ATRÓFICA - Atraso na consolidação óssea. - Linha de fratura claramente visível. - Pouca ou nenhuma formação calosa. - Extremidades de fraturas tendem a estreita - Calo ósseo não se forma e o organismo começa a reabsorver o sítio da fratura, afilando o tecido ósseo. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa * Ruptura de ligamento cruzado cranial - Diagnóstico clínico. - Radiografias com posicionamento adequado podem demonstrar deslocamento cranial do platô tibial em relação aos côndilos femorais. - Ruptura parcial / total entre o fêmur e tíbia - O ligamento tem que ser radiotransparente (preto) - Caso tenha a ruptura da tíbia ela vai cranial ao fêmur sob tensão. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO Esclerose – Proliferação de tecido ósseo Osteocondrose : - É uma anomalia da ossificação endocondral, ocorrendo falha na ossificação da matriz cartilaginosa adjacente. - Ocorre em pacientes jovens, de grande porte, com sinais clínicos entre 6 e 9 meses, claudicam, sentem dor na manipulação, é hereditária e frequentemente bilateral - Ocorre devido a necrose da cartilagem articular, com a falha do suprimento ósseo sanguíneo, o que resulta em uma falha na ossificação endocondral normal. - Áreas mais afetadas: Parte caudal da cabeça do umeral, côndilos laterais e mediais do fêmur, porção medial do côndilo umeral. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - A área necrosada pode permanecer junta ao osso subcondral ou pode separar-se deste. Quando ocorre a separação dos fragmentos condais do osso subcondral adjacente, a afecção deve ser denominada osteocondrite dissecante. Sinais radiográficos: - Defeito subcondral - Esclerose adjacente - Presença de fragmento cartilagíneo mineralizado ou não (flap cartilagíneo) - Sinais de osteoartrose Displasia do Cotovelo : - Displasia : “DIS” Anormal e “PLASIA” Forma - Comum em animais jovens (4-6 meses), raças grandes/gigantes, de crescimento rápido. - A linha do espaço articular não fica uniforme - Não união do processo ancônio Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Sinais de incongruência: - ‘’Degrau’’ entre a ulna e o rádio - Formato elíptico da incisura troclear da ulna - Aumento do espaço articular 4 principais causas: 1 - Osteocondrose do cotovelo 2 - Não união do processo ancôneo 3 - Fragmentação do processo coronóide medial da ulna 4 - Deformidades angulares 1 - Osteocondrose - Ocorre devido à necrose da cartilagem articular, com falha do suprimento ósseo sanguíneo, o que resulta numa falha da ossificação endocondral normal. Porção medial do côndilo umeral 2 - Não união do processo ancôneo - A não união do processo ancôneo da ulna é observada, com frequência, em cães de raça de grande porte, principalmente Pastor Alemão. É também relatado em Bassett Hound, Dashshound e Dogue Alemão. - Processo ancôneo é um centro de ossificação secundário, que irá unir-se com a diáfise da ulna por volta de 150 dias de idade. - Falha na fusão do centro de ossificação durante esse período Sinais radiográficos - Melhor visualizado em posicionamento médio-lateral - Visualização de linha radiotransparente que separa o processo ancôneo do olécrano em cães com mais de 150 dias de idade - Doença articular degenerativa secundária pode estar presente Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 3 - Fragmentação do processo coronóide medial da ulna - A fragmentação do processo coronóide medial é a anomalia do desenvolvimento mais comumente afeta a articulação do cotovelo de cães. - Afeta cães de raça de grande porte, algumas das quais apresentam uma predisposição genética. Mais comum em machos. - Pode ser bilateral - Lesão verdadeira difícil de ser demonstrada radiograficamente - O processo fragmentado aumentado de tamanho ou deformado poderá ser visualizado Sinais radiográficos - O processo fragmentado aumentado de tamanho ou deformado poderá ser visualizado - Doença articular degenerativa secundaria (artrose) 4 - Deformidades angulares - Fechamento precoce do disco epifisário distal da ulna Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Necrose asséptica da cabeça do fêmur : - Definição: Afecção inflamatória asséptica com necrose da cabeça femoral que ocorre em animais jovens de raças de pequeno porte, sem predileção sexual, pode ser bi ou unilateral, dor e claudicação intensa, atrofia muscular, osteoartose - Sua etiologia é desconhecida. Sugere a existência de um fator hereditário. Uma parte da epífise da cabeça femoral perde seu suprimento sanguíneo, causando necrose no osso da cabeça femoral e no osso subcondral. Achados radiográficos: - Diminuição da radiopacidade epifisária - A cabeça do fêmur perde seu contorno arredondado e se torna cranialmente achatada (Achatamento da cabeça femoral, deformação) - Doença articular degenerativa (artrose) Tratamento: - Antinflamatórios, controle do peso, fisioterapia (Osteoartrose) - Cirúrgico : retirada da cabeça femoral Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Displasia coxofemoral - A displasia coxofemoral é uma doença do desenvolvimento que afeta as articulaçõescoxofemorais de cães de raça de grande porte (com mais de 12kg) e de crescimento rápido. Pode também afetar cães de raça de pequeno porte e gatos. - Displasia : “DIS” Anormal e “PLASIA” Forma - DCF é definida como: (Henricson, Norberg e Olsson, 1966) - Diferentes graus de lassitude articular permitindo a subluxação da articulação coxofemoral numa fase precoce da vida do animal originando diferentes graus de rasamento acetabular e espessamento da cabeça femoral, culminando em doença articular degenerativa. - Konde (1947) – origem hereditária e observou que os animais nasciam com as ACF normais Diagnóstico: - Anamnese - Exame físico das ACF - Exame Radiográfico - Idade 12 meses (pré-laudo) 70 % confiabilidade - Idade 24 meses (definitivo) 95 % confiabilidade EXAME RADIOGRÁFICO: - Contenção química (Sedação profunda ou anestesia geral) - Posicionamento Padrão (AVMA,1961) - Membros pélvicos estendidos - Rotacionados medialmente – Patelas - Paralelos entre si e à coluna vertebral - Coxal simétrico O animal é colocado em decúbito dorsal, com os membros pélvicos tracionados caudalmente e, o quanto possível, paralelos um ao outro e ao tampo da mesa. Os membros pélvicos em extensão são rotacionados para dentro, de modo que a patela se sobreponha ás trócleas femorais. Filme radiográfico (AVMA, 1961) - Duas últimas vértebras lombares - Pelve - Fêmores e as Articulações fêmoro-tíbio-patelares Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Mal posicionamento - Rotação da pelve - Forâmens obturadores - Rotação incompleta dos fêmores - Não sobreposição das patelas nos sulcos trocleares - Fêmores não paralelos Articulações Coxofemorais Normais - Formato da cabeça femoral: Redonda - Colo femoral: Estreito - Fossa acetabular profunda (Encobrir > 50 % da cabeça femoral = 2/3) - Articulações congruentes Articulações Coxofemorais Displásicas - Malformação da cabeça femoral - Rasamento acetabular - Incongruência articular - Diversos graus de subluxação - Sinais degenerativos - Linha de Morgan – pequena proliferação de tecido ósseo no colo da cabeça do fêmur. Avaliação radiográfica: - Subjetiva Mensurações quantitativas - Ângulo de Norberg – Mensuração do ângulo formado entre a linha que une os centros das cabeças femorais e a linha que une o centro da cabeça examinada e a borda cranial do acetábulo correspondente. Maior ou = 105º Normal 100º Grau C 100º Grau C 95º Grau D 90º Grau E - Porcentagem de encobrimento da cabeça femoral pelo acetábulo Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa GRADUAÇÃO DA DCF (CBRV, 1994) GRAU A – Articulações coxofemorais normais (H. D. –) - Cabeça femoral e acetábulos congruentes - BAC (borda acetabular) pontiaguda - Espaço articular é estreito e uniforme - Ângulo de Norberg maior ou = a 105º Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa GRAU B – Articulações coxofemorais próximas da normalidade (H. D +/–) - Cabeça femoral e acetábulos ligeiramente incongruentes - Ângulo de Norberg maior ou = a 105º - BAD limítrofe GRAU C – Displasia coxofemoral leve (H. D +) - Cabeça femoral e acetábulos incongruentes - Ângulo de Norberg maior ou = a 100º - Ligeiro achatamento da borda acetabular cranial - Pequenos sinais degenerativos GRAU D – Displasia coxofemoral moderada (H. D + +) - Evidente incongruência entre a cabeça femoral e acetábulo - Ângulo de Norberg 95º - Achatamento da borda acetabular cranial - Sinais degenerativos Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa GRAU E – Displasia coxofemoral grave (H. D. + + +) - Incongruência entre a cabeça femoral e acetábulo com sinais de distinta subluxação - Ângulo de Norberg a menor ou igual a 90º - Evidente achatamento da borda acetabular cranial - Sinais degenerativos acentuados Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Doenças ósseas metabólicas Anomalias dos processos metabólicos do organismo podem refletir nos ossos. As alterações ósseas geralmente refletem distúrbios metabólicos graves, e não brandos. A quantidade de cálcio nos ossos deve ser reduzida em aproximadamente 50% antes das alterações radiográficas passem a ser evidentes. Deve-se suspeitar de doenças metabólicas quando as alterações são observadas em muitos ossos. Hiperparatireoidismo secundário nutricional : - Osteodistrofia Juvenil; Osteodistrofia Nutricional; Osteoporose nutricional; Osteodistrofia Fibrosa - Acontece em cães e gatos jovens, causada por baixa quantidade de Ca++ e excesso de P+ - Afeta animais alimentados exclusivamente ou quase exclusivamente com carne, que é pobre em cálcio e rica em fósforo. A ingestão excessiva de fósforo produz o hiperparatireoidismo mesmo na presença de consumo normal de cálcio. O excesso de fósforo provoca hiperfosfatemia que, reduz a concentração relativa de cálcio. A hipocalcemia resultante estimula o aumento da produção de hormônio paratireoidiano. Esse hormônio reduz a reabsorção renal de fosfato e aumenta a de cálcio. Há um aumento da reabsorção óssea por osteoclastos, levando á liberação de cálcio na corrente sanguínea causando uma fragilidade óssea. A reabsorção da matriz óssea reduz a opacidade de maneira generalizada e pode causar fraturas, desvios de coluna. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Sinais clínicos: A gravidade das manifestações clínicas varia da claudicação em um membro á completa incapacidade de se locomover. - Sensibilidade óssea - Relutância ao exercício / se levantar - Mudança do comportamento do animal - Desvios de eixo ósseo (Axial e apendicular) Sinais radiográficos: - Diminuição generalizada da radiopacidade óssea (Osteopenia) – contraste entre ossos e tecidos moles reduzido - Adelgaçamento das corticais ósseas - Região metafisária com radiopacidade aumentada (Esclerose óssea) - Disco epifisário normal - Fraturas patológicas (em galho verde) - Desvios do eixo da coluna - Angústia pélvico Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Hiperparatiroidismo secundário renal : Ocorre em animais idosos e acontece o mesmo que no Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional, a diferença são os focos, que são principalmente na cabeça e os dentes ficam evidentes na imagem radriográfica. - Pode ser resultante da insuficiência renal ocasionada por uma doença crônica. Se a taxa de filtração glomerular for reduzida, haverá uma retenção de fósforo e, em consequência uma hiperfosfatemia progressiva, a qual resulta em uma redução dos níveis séricos de cálcio, que proporciona o quadro de hiperparatireoidismo. - O crânio é primariamente acometido, com desmineralização da mandíbula e maxilares. A desmineralização de outras áreas é lenta. - Clinicamente a mandíbula torna-se edemaciada, há perda dos dentes e a respiração pode ser comprometida em decorrência do colapso dos ossos adjacentes cavidade nasal. A face pode ter um aspecto inchado, resultante da proliferação ou fibrose tecidual, e a salivação é comum. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Sinais radiográficos: - Diminuição da densidade óssea dos ossos do crânio (osteopenia) e alteração do padrão trabecular - Ossos do crânio são os primeiros a serem afetados - Perda da lâmina dura, aspecto de dentes “voando”, perda dos dentes - Fraturas patológicas - “Mandíbula de borracha” (rubber jaw) - Calcificação distrófica em tecidosmole Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Osteodistrofia hipertrófica: Acontece em filhotes de grande porte e crescimento rápido. Instala-se nas articulações, são observadas alterações na metáfise dos ossos acometidos causando dor e aumento do local. Aparece e desaparece do nada. Aparece perto das linhas de crescimento, o organismo tenta compensar com proliferação de tecido ósseo, que pode acaba causando o fechamento da linha de crescimento (calcificação ao redor da metafise) Sinais clínicos: - Aumento de volume próximo às articulações / dor / febre - Deformidades ósseas (fechamento precoce) - Anorexia - Relutância ao exercício - Geralmente bilateral e autolimitante (prognóstico bom) Sinais radiográficos: - Linhas radiotransparentes (lise óssea) visíveis entre a região metafisária e a linha epifisária (Dupla linha epifisária). - Calcificação irregular se forma ao redor da metáfise, fora do córtex - A medida que a doença progride, a metáfise aparece mais opaca do que o normal - Edema difuso de tecido mole próximo à metáfise - Em meses, remodelamento ósseo e anormalidades gradualmente desaparecem. Poderá haver algum espessamento residual da diáfise do osso na região. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Osteopatia hipertrófica : Osteoartropatia Pulmonar Hipertrófica; Osteoartropatia Pulmonar; Osteopatia Pulmonar Hipertrófica, Doença de Marie Resposta periosteal no osso a uma doença crônica, geralmente no interior do tórax Neoplasia, doenças infecciosas crônicas, abscessos pulmonares Foi associada a neoplasia de bexiga, do fígado e ovário Etiologia desconhecida Sinais clínicos: (FORMA EMPALHICADA) - Aumento de volume firme, quente, simétrico nas porções distais dos membros, - Claudicação, - Dor à palpação, - Relutância ao movimento, - Sintomatologia da Doença primária (investigar a doença primária) Sinais radiográficos: - Reação periostal proliferativa em paliçada, simétrica, regular - Acomete primeiramente metacarpianos, metatarsianos e falanges - Sem envolvimento articular - * Radiografias torácicas / USG abdominal (detecção de focos neoplasicos) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Osteopatia crâniomandibular : Acomete animais jovens. A osteopatia crâniomandibular produz alterações proliferativas de tecido ósseo na mandíbula e nas áreas dos ossos das bolhas timpânicas, causando salivação excessiva tendo um mal fechamento da articulação temporomandibular. Não possuindo tratamento. Alteração proliferativa em cães, que afeta quase exclusivamente os ossos do crânio e mandíbula A causa é desconhecida, mas há predisposição hereditária (gene autossômico recessivo no West Highland White Terrier) Sinais clínicos: - Animais jovens 3 – 8 meses - Aumento de volume de consistência firme da mandíbula - Salivação, difícil apreensão e mastigação (dor) - Anorexia, febre, atrofia muscular (temporal e masseter) - Diagnóstico diferencial: miosite eosinofílica dos músculos da cabeça (raças grandes) Sinais radiográficos: - Neoformações ósseas irregulares bilaterais, envolvendo mandíbula,occipital, parietal, temporal (porção petrosa e bula timpânicas), maxilar - Proliferações junto às ATMs - Proliferações em ossos longos (semelhante à ostedistrofia hipertrófica) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Neoplasias Tumores primários geralmente surgem nas METÁFISE. Acontece em um osso só, é um processo mistos (osteólise e proliferação). Dispersão de tecidos ósseos “sun burst” e causam fraturas patológicas são MONOSTOTICAS. - Processo lítico e proliferativo ou misto, monostótico, não ultrapassando a interlinha radiográfica (osso subcondral) / (não acomete ossos vizinhos) Tumores primários: Benignos (Osteoma, Osteocondroma) Malignos (Osteossarcoma, Condrossarcoma, Fibrossarcoma, Mieloma múltiplo) Obs: Impossível diagnosticar o tipo de tumor com base somente em um estudo radiográfico. Tumores metastáticos: - Hemangiossarcoma, Linfossarcoma, Melanoma, Carcinoma, Adenocarcinoma. Neoplasias benignas - Menos comuns, - Sem predileção de raça, idade ou localização, - Evolução lenta Ex.: Osteomas, Osteocondromas Neoplasias malignas - Cães de grande porte,Animais adultos e idosos - Osteossarcoma (> 90%) - Fibrossarcoma, Condrossarcoma, Hemangiossarcoma (<10%) - Destruição de 40 - 50% do tecido ósseo para visibilização na radiografia Aspectos radiográficos - Processo misto (osteólise e proliferação) - Reação irregular - “Sun burst” - Triângulo de Codman - Fraturas patológicas - Aumento de volume de partes moles - Progressão - Tumores ósseos primários geralmente surgem nas extremidades dos ossos longos Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Triangulo de Codman Ocorre uma elevação do periósteo devido a neoformação óssea pediostal formando um aspecto de triangulo, na diáfise do osso, no local da lesão Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa OSTEOMIELITE É definida como a inflamação da medula óssea e do ossos adjacente, geralmente resultante de uma infecção. Por contagio ou via hematogena. Lesão invade os ossos vizinhos. Geralmente acontece na diáfise e podem ser monostóticas ou poliostóticas. - Inflamação da medula óssea e do osso adjacente - Pode surgir como resultado de infecção de um ferimento (traumático ou cirúrgico) ou por via hematógena (osteomielite supurativa) - Poliostótica ou monostótica - Lesões agressivas - Processo misto (osteólise e proliferação) - Reação irregular - Lesão invade ossos adjacentes (ultrapassa interlinha radiográfica) - Geralmente, diáfise afetada - Edema de tecido mole Lesões ósseas agressivas : - Processo infeccioso ou neoplásico????????????? - Difícil diagnóstico diferencial pelo aspecto radiográfico; Neoplasias são relativamente comuns; Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Avaliação radiográfica da coluna vertebral Aspectos Anatômicos: Regiões : CERVICAL; TORÁCICA; LOMBAR; SACRA E COCCÍGEA. Cães e Gatos : C7 ; T13; L7; S3; Co 6-20 COLUNA VERTEBRAL CERVICAL : AMPLA VARIAÇÃO NA ESTRUTURA DAS DIVERSAS VÉRTEBRAS CERVICAIS ATLAS: 1ª VÉRTEBRA CERVICAL A Primeira vertebra cervical (Atlas) consiste em um arco central e duas amplas asas horizontais. Cada asa é perfurada por um forame (Forame transverso) que é visibilizado radiograficamente - ARCO CENTRAL - DUAS LARGAS ASAS HORIZONTAIS Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa ÁXIS: 2ª VÉRTEBRA CERVICAL A segunda vertebral cervical (Áxis) carrega uma longa e fina espinha dorsal que prende sobre o arco da primeira vertebra cervical. -ESPINHA DORSAL COMPRIDA E DELGADA -PROCESSO ODONTÓIDE -PROCESSOS TRANSVERSOS DIRECIONADOS CAUDALMENTE Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa DEMAIS CORPOS VERTEBRAIS CERVICAIS COLUNA VERTEBRAL TORÁCICA : Os corpos das vertebras torácicas são mais curtos do que os cervicais. Os processos espinhosos são direcionados caudalmente ate a vertebra anticlinal que normalmente é a decima primeira vertebra, após isso sofrem alteração da angulação, de um direcionamento caudal para cranial. CORPOS DAS VÉRTEBRAS MAIS CURTOS DO QUE OS DAS CERVICAIS PROCESSOS ESPINHOSOS SÃO LONGOS E DIRECIONADOSCAUDALMENTE ATÉ A VÉRTEBRA ANTICLINAL (GERALMENTE 11ª) PROCESSOS TRANSVERSOS LONGOS (COSTELAS) ESPAÇO DO DISCO INTERVERTEBRAL ENTRE T10-T11 É MAIS ESTREITO DO QUE AS DEMAIS ADJACENTES (particularmente nos gatos) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa COLUNA VERTEBRAL LOMBAR : Os corpos das vértebras lombares são mais longos do que os da torácicas. Os processos espinhosos são direcionados cranialmente, e os processos transversos direcionados cranialmente, lateralmente e, em partes ventralmente. CORPOS DAS VÉRTEBRAS SÃO MAIS LONGOS DO QUE AS TORÁCICAS PROCESSOS ESPINHOSOS MENORES DO QUE AS TORÁCICAS, DIRECIONADOS CRANIALMENTE PROCESSOS TRANSVERSOS MENORES QUE OS TORÁCICOS, DIRECIONADOS CRANIAL LATERAIS E UM POUCO VENTRALMENTE PROCESSOS ESPINHOSOS AUMENTAM DE ALTURA DA 5ª A 6ª VÉRTEBRA COLUNA VERTEBRAL SACRAL : O sacro é composto por três vertebras fundidas, e os processos espinhosos formam uma crista dentada. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa COLUNA VERTEBRAL CAUDAL Variam, em número, de 6 a 23. O seu formato também é variável, sendo maior cranialmente e mais curta caudalmente ASPECTOS ANATÔMICOS: NÃO EXISTE DIV ENTRE C1-C2 E SACRO. MEDULA: TERMINA PRÓXIMO A JUNÇÃO L6-L7 PROCESSOS CLINAL E ANTICLINAL ENTRE T10-T11 CAUDA EQUINA CONJUNTO DE NERVOS QUE CONSTITUEM A MEDULA ESPINHAL AO NÍVEL DAS VÉRTEBRAS LOMBARES, L6 L7 SACRAIS E COCCÍGEAS (LIMITE FINAL DA MEDULA ESPINHAL COMO ESTRUTURA TUBULAR ÚNICA – L6-L7). CONJUNTO DE NERVOS (SEMELHANTES A UMA CAUDA EQUINA). O QUE OBSERVAR??? - RADIOPACIDADE, FORMA, CONTORNO, ALINHAMENTO - ESPACO INTERVERTEBRAL: AUMENTO/DIMINUIÇÃO; DESAPARECIMENTO; AUMENTO DA OPACIDADE; FORAMEN INTERVERTEBRAL E PROCESSOS ARTICULARES Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa POSICIONAMENTOS RADIOGRÁFICOS LL; VD – PRINCIPAIS EXAME SIMPLES EXAME CONTRASTADO : MIELOGRAFIA (COMPRESSÃO MEDULAR) AFECÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL : CONGÊNITAS: HEMIVÉRTEBRA: OSSIFICAÇÃO INCOMPLETA DO CORPO VERTEBRAL; MAIS COMUM EM REGIÃO TORÁCICA; PODE GERAR SINTOMATOLOGIA NEUROLOGIA EM CASOS DE INSTABILIDADE NO LOCAL. ACOMETE BULDOGUE; PUG VÉRTEBRAS DE TRANSIÇÃO: UMA VÉRTEBRA QUE DEVERIA SER UMA, MAS, É OUTRA. ESSA ALTERAÇÃO É SEMPRE NAS VERTEBRAS DE TRANSIÇÃO. (CERVICAL PARA TORÁXICA; TORÁCICA PARA LOMBAR) GERALMENTE SEM SIGNIFICADO CLÍNICO. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa DOENÇAS DEGENERATIVAS : ESPONDILOSE DEFORMANTE : É uma condição degenerativa das vertebras observada em cães e gatos. Caracterizada pela nova formação óssea nos aspectos cranioventral e caudoventral dos corpos vertebrais. Podem ser formados osteófitos ou pontes ósseas. A causa é desconhecida. As vertebras torácicas e lombares são mais frequentemente afetadas É UMA ARTROSE, DECORRENTE DE UMA INSTABILIDADEDAS VERTEBRAS, TENDO PROLIFERAÇÃO DE TECIDO OSSEO NO CORPO DAS VERTEBRAS. AFECÇÕES DO DIV : - HERNIA: EXTRUSÃO – É O ROMPIMENTO DO DISCO VERTEBRAL PROTRUSÃO – É A SAIDA PARCIAL OU TOTAL DO DISCO VERTEBRAL Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa CALCIFICAÇÃO DO DIV: - TOTAL - PARCIAL SÍNDROME DA CAUDA EQUINA: - SINTOMAS NEUROLÓGICOS DECORRENTES DE COMPRESSÃO, DESTRUIÇÃO E OU DESLOCAMENTO DAS RAÍZES NERVOSAS E NERVOS ESPINHAIS, QUE FORMAM A CAUDA ESQUINA. - PREDISPOSIÇÃO CÃES DE GRANDE PORTE (PASTOR ALEMAO MACHO) - RARO EM GATOS - CAUSAS: DOENÇA DEGENERATIVA DO DIV L7-S1; ANOMALIAS CONGÊNITAS (ESPINHA BÍFIDA, HEMIVÉRTEBRA, VÉRTEBRA DE TRANSIÇÃO). - TRAUMA, NEOPLASIA SINTOMATOLOGIA: - DOR A PALPAÇÃO DA REGIÃO LOMBO-SACRA, - EXTENSÃO DOS MEMBROS PELVICOS E ELEVAÇÃO DA CAUDA. - DIFICULDADE EM LEVANTAR E SENTAR - CLAUDICAÇÃO DOS MEMBROS PÉLVICOS - ATROFIA MUSCULAR DOS MEMBROS PÉLVICOS - PERDA PROPRIOCEPÇÃO - AUTOMUTILAÇÃO (PERINEAL, CAUDA, MP) Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa DIAGNÓSTICO: - SINTOMATOLOGIA CLÍNICA - RADIORGAFIAS - TC OU RESSONANCIA ASPECTOS RADIOGRÁFICOS - INSTABILIDADE LOMBO-SACRA - ESTENOSE ESPINAL LOMBAR - ESCLEROSE DAS ESPÍFISES (OSTEÓFITO LATERAL) - ESPONDILOSE Cavidade Abdominal Considerações gerais: Peritônio – A cavidade abdominal é revestida pelo peritônio parietal, que é contínuo ao peritônio visceral, que recobre as vísceras. O peritônio é recoberto por uma fina camada de líquido. O espaço entre o peritônio parietal e o visceral é normalmente um espaço virtual. O mesentério e o omento são parte do peritônio. O espaço retroperitonial é a área dorsal ao peritônio e ventral aos músculos sublombares. Os rins, a próstata, as glândulas adrenais,a aorta e a veia calva caudal estão alojados no espaço retroperitonial. - Visceral e Parietal - Espaço peritoneal e retro peritoneal Sistema gastrointestinal Esôfago – Começa aproximadamente na altura do terço médio da primeira vertebra cervical e termina na entrada do estomago. Duodeno ; jejuno ; ilio Intestino grosso Colón ; reto Figado Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Sistema urinário Rins Ureteres (não aparece no RX ou Ultrassom) Bexiga Uretra Sistema genital - Fêmea - Útero Ovário - Macho - Próstata (aumentada aparece no RX) Osso peniano (evidente no RX) Técnica radiográfica Preparo do animal Depende do exame - Exame simples - Exame contrastado (jejum) Posicionamento / Enquadramento Duas projeções perpendiculares – LL / VD Radiografia contrastada Transito GI - Esôfago; estomago; intestino delgado e ceco. - Jejum de 24horas de comida e 6 horas hídrico Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Contraste : 5-10mg/kg via oral - Sulfato de bário - Iodo (se faz em caso de suspeita de ruptura) Radiografias seriadas - 5´; 30´; 1h; 2h e outras se necessário Esôfago - Órgão de aspecto tubular de musculatura lisa Função Carrear o alimento desde a orofaringe ate o estomago Topografia - Cervical dorsalmente a traqueia (iniciando em C2) - Cervical-torácico lateraliza-se a esquerda - Torácico dorsalmente a esquerda Técnica radiográfica - Projeção – LL / VD - Raio-X simples – Gás, liquido, alimento - Raio-X contrastado : Esofagograma (permite avaliar a posição do lumen e função esofágica) - Sulfato de Bário 93-5ml/kg) - Iodeto orgânico (7ml/kg) Manifestação clínica - Regurgitação - Vomito - Perda de peso - Dispneia, disfonia Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Corpo estranho - Tosse - Pneumonia por aspiração - Corrimento nasal Megaesôfago Definição - Dilatação de partes ou de todo o esôfago - Predisposição em Dogue Alemão, Pastor Alemão, Labrador, Setter Irlandes - Raro em gatos Classificação - Idiopático congênito (após o desmame) - Idiopático com início na idade adulta - Adquirido secundário Maior desafio é detectar a causa Sintomas - Regurgitação Assintomático (eventualmente) Raio-X simples - Dilatação total do esôfago e preenchimento com conteúdo gasoso, líquido ou alimentar - Deslocamento ventral do mediastino médio Estômago - Localização- Tamanho - Forma - Conteúdo Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Alterações - Corpo estranho - Dilatação gástrica - Torção gástrica Dilatação / Torção gástrica Dilatação do estomago por conteúdo gasoso, líquido ou sólido Causas Aerofagia, fermentação, ingestão excessiva do alimento ou água, alterações de motilidade Dilatação com ou sem torção Animais de grande porte Aspectos radiográficos - > Dilatação – Distensão anormal da cavidade gástrica por conteúdo líquido, gasoso ou sólido - Deslocamento caudal das alças intestinais - Piloro e fundo de estomago em posição anatômica - > Torção - Distensão anormal da cavidade gástrica com piloro e fundo de estomago deslocados da posição anatômica - Torção de 180º piloro dorsal e a esquerda - Esplenomegalia (congestão, infarto, torção) Cavidade Abdominal (II) Latero-lateral Fígado – Órgão localizado no abdômen cranial e ventral, perto de diafragma “estrutura triangular” Estomago – Órgão localizado no abdômen cranial e dorsal Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Baço – Nem sempre ele vai aparecer, mas se aparecer vai ser visualizado na parte ventral, caudal ao fígado Intestino delgado – Localizado na parte caudal do abdômen médio Intestino grosso – Localizado na parte caudal do abdômen. Na imagem se observa conteúdo fecal e gás Bexiga – Localizada na parte caudal do abdômen Rim – Se observa um deles na parte cranial, dorsal Alças intestinais Considerações gerais - Segmentos de alças intestinais distribuídos de forma homogênea na região central e ventral - Segmentos com conteúdo gasoso, alimentar ou vazio Observar - Localização - Distribuição - Diâmetro luminal - Radiopacidade e aspecto do conteúdo Animais jovens - Abdômen mais homogêneo Exame contrastado - observar a progressão e aspecto da coluna de contraste Alterações ** Processos obstrutivos (ultrassonografia) - Total - Parcial - Corpos estranhos * Radiopaco * Radiotransparente * Linear/ Não linear - Hérnia - Enterites - Neoplasias Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Aspectos radiográficos - > Radiografia simples – - Dilatação acentuada do lúmen - Alteração na distribuição das alças - Alteração na radiopacidade luminal - Descolamentos Processos obstrutivos Causas – Corpos estranhos, intuscepção e hérnia Aspectos radiográficos da obstrução Simples : Alteração da distribuição homogênea e da preservação do lúmen dos segmentos intestinais. Contrastado : Alteração na progressão, falha de preenchimentos, diminuição do lúmen Intestino grosso Considerações gerais - Lúmen maior em comparação com o intestino delgado - Radiopacidade dependente do conteúdo Alterações - Fecaloma (conteúdo fecal denso no intestino) - Corpos estranhos - Processo inflamatório - Neoplasia Fígado Considerações gerais - Face cranial adquire a formado diafragma - Contato com o estomago, duodeno e rim direito - Normalmente possui bordas finas - Não ultrapassa o limite do rebordo costal Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Alterações conforme raça, idade, ciclo respiratório - Vestibular * Colicistite efisematosa / Litíase - Ultrassonografia Alterações - > Aumento do tamanho : - Animais idosos e obesos Infiltrado gorduroso Distensão dos ligamentos hepáticos Diminuição do tônus muscular - > Diminuição do tamanho - Cirrose - Shunt porto-sistêmico (comunicação vascular anormal, congenito) Baço Considerações gerais - Órgão alongado, de limites definidos, caudal e ventral ao estomago - Tamanho e posicionamento variado - Ultrassonografia Sistema Urinário Considerações gerais - > Radiografia simples – LL / VD - > Radiografia contrastada - LL / VD - Urografia excretora - Cistografia (positiva (iodo) / pneumocistografia / duplo contraste) - Uretrocistografia Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Urografia excretora Animal deve estar em jejum de sólidos de 24h Animal deve estar bem hidratado Limpeza de cólon e reto Radiografias panorâmicas - LL/ VD / Obliquas - Tempo : 5´, 15´, 40´e pós-miccional Contraste Iodados Dose = 2ml/kg (IV) Interfere no crescimento bacteriano => Silhuetas renais Localização - espaço retroperitonial dorsal e cranial - > Radiografia Simples: - Contorno renal - Visibilidade dos rins : pela presença da gordura peri-renal - Animais magros ou com liquido peri-neal : dificuldade de avaliação - Oque observar ? * Quantidade * Forma * Tamanho * Topografia - > Número : Agenesia, atrofia, duplicação - > Aumento da silhueta : Nefrite aguda, hidronefrose, rins policísticos, cistos perirenais, neoplasias Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - > Diminuição da silhueta : Hipoplasia, nefrite crônica, infarto - > Aumento da radiopacidade: Nefroesclerose, cálculos, neoplasia Bexiga Alteração mais comum encontrada em radiografias simples : Cálculos Radiopacos - Oxalato : Rugoso, dentado, espiculado - Fosfato : Redondo, elíptico, piramidais - Silica : Espiculados, redondos pequenos Avaliação Radiográfica da Cavidade Torácica (I) Parede Coração Pulmão Vasos (artérias, veias, linfas) Nervo Mediastino / Pleura Traqueia / Brônquio - Anatomia : 4 regiões anatômicas básicas Região extratorácica Espaço pleural Mediastino (coração, grandes vasos) Pulmão Região extratorácica : ´´Teto`` (limite dorsal): corpos vertebrais (13) ´´Paredes laterais``: costelas e musculatura ´´Assoalho``(limite ventral): esterno (8) Diafragma (limite caudal) Tecidos moles (limite cranial): musculatura, pele Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Espaço pleural : Duas camadas – Pleura parietal (reveste o tórax) e Pleura visceral (reveste o pulmão). É uma fina camada de tecido com uma pequena quantidade de liquido entre elas para evitar seu atrito com elas mesmas. Condições normais – Quantidade pequena de fluido pleural, e em constante reabsorção (ação de lubrificar o contato entre essas pleuras). Ela não é visualizada em condições de normalidade Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Mediastino: ´´Corredor no meio do tórax``, que vai passar vasos, esôfago, tecido linfático, coração e traqueia Cranial (pré-cardíaco) Médio (cardíaco) Caudal (pós-cardíaco) Pulmão : Hemitórax direito: 4 lobos pulmonares Hemitórax esquerdo: 2 lobos pulmonares - Lobo acessório: localizado no hemitórax esquerdo, mas aerado pelo brônquio direito Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - > Pulmão Direito - Cranial - Medial - Caudal - > Pulmão Esquerdo - Cranial porção cranial - Cranial porção caudal - Caudal Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Lobos pulmonares Brônquios : Carina traqueal Brônquio principal Brônquio lobar Brônquio segmentar Brônquio subseguimentar Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Alvéolos : Pericárdio : Dois sacos: - Fibroso – externo, se liga ao esterno pelo ligamento freno-pericárdico - Seroso – interno, duplo (parietal e visceral) • Cavidade pericárdica - Líquido pericárdico Coração : Localizado em mediastino médio, Órgão muscular ovoide; 4 câmaras cardíacas: - Átrios (2) - Ventrículos (2) - Base - Ápice Diafragma : - Estrutura muscular membranosa que divide a cavidade torácica e abdominal. - Composto por um centro tendinoso e três partes musculares periféricas : lombar, costal e esternal. Possui 3 aberturas : - > Hiato aórtico (dorsalmente) : aorta, veia azigos e hemiázigos e cisterna lombar do ducto torácico - > Hiato esofágico (centralmente) : esôfago e tronco do nervo vago - > Forame da veia caudal Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Linfonodos torácicos : - Traqueobrônquios - Intercostal - Mediastinais craniais - Cervical profundo - Esternal Técnica radiográfica : Preparo do animal Chassi adequado Projeções perpendiculares entre si - Látero-lateral direita e/ou esquerda - Ventrodorsal ou dorsocaudal Avaliar: - Silhueta cardíaca - Grandes vasos - Campos pulmonares - Pleura - Mediastino - Diafragma - Caixa torácica Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Alterações do espaço pelural Efusão pleural : Acumulo de liquido entre as pleuras. Tipos de efusão pleural – - Hidrotórax - Piotórax - Hemotórax - Quilotórax (linfa) Caudas : - ICC - Infecção/ Inflamação - Alteração na drenagem linfática - Trauma - Fluidoterapia exagerada OBS: DETERMINAR CAUSA DE EFUSÃO APENAS PELO EXAME RADIOGRÁFICO É FREQUENTEMENTE IMPOSSIVEL. Aspectos radiográficos - Latero-lateral : Visibilidade das fissuras interlobares, aumento da radiopacidade em aspecto ventral da cavidade torácica. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa - Ventro-dorsal: Retração dos lobos pulmonares (conteúdo com radiopacidade, água e aspecto homogêneo entre a parede torácica e margens pulmonares) OBS : PODE SER FEITA DORSO-VENTRAL CASO EFUSÃO PLEURAL SEVERA. Pneumotórax : É a presença de ar (gás) livre no interior do espaço pleural. O pneumotórax é geralmente provocado por traumatismo, embora possa ocorrer pneumotórax espontâneo em cães e gatos, muitas vezes pela ruptura de um cisto. A pressão da cavidade pleural aumenta e o pulmão é comprimido. O pneumotórax pode ser unilateral ou bilateral. Essa doença pode ser fatal, a não ser que medidas paliativas sejam imediatamente instituídas. - Espontâneo - Traumático Causas Trauma, lesão na parede torácica (toracocentese, biopsia pulmonar), doenças pulmonares pré-existentes (ruptura de massas pulmonares cavitárias) Aspectos radiográficos (coração flutuante) - Área radiolucente em porção ventral da cavidade torácica - Afastamento das estruturas do mediastino médio em relação ao esterno - Deslocamento caudal do diafragma - Retenção dos lobos Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 0BS : NA EFUSÃO EU VEJO AS FISSURAS, LIQUIDO HOMOGÊNEO. NA RUPTURA O CONTEUDO TENDE A SER HETEROGÊNEO E NÃO SE VE AS FISSURAS E SE VE AR. Avaliação da Cavidade Torácica II Projeções perpendiculares entre si : - Látero-lateral direita e/ou esquerda - Ventrodorsal ou dorsoventral - Obtenção da radiografia na inspiração Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Parênquima pulmonar (composto por 3 estruturas normalmente observadas): - As paredes das vias aéreas (brônquios) - As artérias e veias pulmonares - Interstício pulmonar Quadros pulmonares (padrões pulmonares) - Padrão Brônquico - Padrão Intersticial - Padrão Intersticial - Padrão alveolar - Padrão Misto Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Padrão Bronquial (Donots) - Alteração pulmonar que afeta somente os brônquios (os brônquios ficam mais evidentes) - Opacidade pulmonar anormal causada pelo espessamento brônquico ou presença de células e/ou fluido imediatamente adjacente á estrutura Radiograficamente : Número excessivo de anéis e linhas opacas Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Padrão brônquico relacionado a: - Calcificação bronquial (idoso) - Bronquite (alergia) - Broncopneumonia Padrão intersticial - Mais difícil de ser observado - Coleção de fluidos, células ou fluidos na estrutura do tecido conjuntivo do pulmão entre os alvéolos, ou ao redor do vaso e vias aéreas Radiograficamente: Aumento generalizado da opacidade pulmonar, formação de marcas lineares Padrão Intersticial relacionado a: - Fibrose (idade) - Quadros alérgicos - Pneumonia - Edema Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Padrão Intersticial nodular Radiograficamente: Áreas nodulares de opacidade aumentada Padrão Intersticial nodular relacionado a: - Neoplasia Padrão Alveolar O padrão alveolar se desenvolve quando os alvéolos se tronam preenchidos por líquido, debris celulares ou infiltrações neoplásicas. O líquido e os debris celulares deslocam o ar presente nos alvéolos, fazendo com que haja perda do contraste pulmonar. Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Radiograficamente: Aumento de opacidade por área, broncogramas aéreos, perda da definição dos vasos. * Brônquios preenchidos por ar ficam pretos. No padrão alveolar o ar ele não chega aos alvéolos, geralmente por pneumonia (líquido) * Broncograma aéreo: Diagrama alveolar, ele aparece quando os brônquios estão preenchidos por ar e os alvéolos estão preenchidos por liquido ficando evidente no Raio-X Padrão alveolar relacionado a: - Broncopneumonia - Edema (origem cardíaca VE ) - Hemorragia - Neoplasia Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DO CORAÇÃO Coração e grandes vasos - 4 câmaras: 2 direitas / 2 esquerdas - Localizado em mediastino médio - Revestido pelo pericárdio - Artéria aorta torácica, veia cava caudal e vasos pulmonares – sustentação cardíaca dorsal - Ligamento frenopericárdico – sustentação cardíaca ventral Anatomia cardíaca: - Formato ovalado - Inclinado obliquamente no plano mediano - A base está inclinada cranial (LL) e lateralmente à direita (VD) - O ápice inclinado caudal (LL) e lateralmente à esquerda (VD) Analogia com o relógio: LL - 12 - 2 hr : AE - 2 – 5 hs : VE - 5 – 9 hs : VD - 9 – 10 hr : AD - 10 – 11 hr : Aao Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Analogia com o relógio: VD - 11 –1 hs: Aao - 1 – 2 hs : ArPul - 2 –3 hs: AE - 2 –5 hs: VE - 5 –9 hs: VD - 9 –11 hs: AD Importante!!! O exame radiográfico simples permite avaliação da SOMBRA cardíaca. Os limites internos e externos das câmaras NÃO são diretamente visualizados. Portanto, não podemos dar informações sobre as cavidades e espessuras de suas paredes. Aumentos cardíacos: Baseados nas alterações do tamanho, forma, densidade e posição Projeções perpendiculares entre si: - Later-lateral direita e/ou esquerda- Ventrodorsal ou Dorsoventral - Obtenção da radiografia na inspiração Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Silhueta cardíaca X Conformação torácica (diferentes raças): Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Animais obesos: Acumulo de gordura mediastinal adjacente ao coração e intrapericardica fornecem uma imagem mais arredondada a silueta cardíaca (correlacionar os achados sempre com a clìnica) OU SEJA : MUITOS SÃO OS FATORES QUE PODEM ALTERAR O ASPECTO DA SILUETA CARDIACA NORMAL Mensurações (LL) - Comprimento ápico-basilar (carina –ápice cardíaco) 2/3 da altura do tórax - Largura: 2,5 (tórax profundo)–3,5 (tórax arredondado) espaços intercostais - Felinos: 2,0 –2,5 EIC Mensurações (VD) - Coração representa 1/3 da cavidade torácica - No seu ponto mais largo, aproximadamente, 2/3 da cavidade torácica Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Aumento Cardíaco Aumento atrial direito (LL) O átrio direito pode apresentar aumento de volume caso a eficiência da valva tricúspide seja prejudicada. O aumento de volume também pode ser observado em caso de defeito septo atrial, aumento de ventrículo direito e tetralogia de Fallot. O aumento do volume do átrio direito é raramente encontrado como uma entidade única, e a sua avaliação radiológica é difícil. De modo geral, esta associado a aumento de volume do ventrículo direito. Sinais radiográficos: - Elevação da traquéia, cranialmente à carina - Aspecto cranial da silhueta cardíaca mais Arredondada Aumento atrial direito (VD) Sinais radiográficos: - Abaulamento da silhueta cardíaca cranial direita - Proximidade do coração com a parede torácica Direita Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Aumento ventricular direito (LL) Qualquer doença que aumente a carga do lado direto do coração acaba levando ao aumento do ventrículo direito. Entre essas doenças incluem-se incompetência da valva pulmonar ou da tricúspide e defeitos septais ventriculares e atriais. O aumento do ventrículo direito também é associado a dirofilariose, doença pulmonar crônica e tetralogia de Fallot. - Aumento do contato com o esterno/ elevação do ápice cardíaco - Aumento do diâmetro crânio caudal do coração - Desvio dorsal da traquéia pré-terminal - Aumento da veia cava cauda Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Aumento ventricular direito (VD) - Margem cardíaca direita mais arredondada e mais próxima da parede torácica direita - Aspecto de ́́D ́́invertido - Deslocamento do ápice para a esquerda Aumento atrial esquerdo (LL) O aumento do volume atrial esquerdo é mais comumente associado a endocardiose da valva mitral e cardiomiopatia dilatada. Pode também ser observados, em associação com shunt da esquerda para a direita, persistência do ducto arterioso ou defeitos no septo atrial. - Elevação da traquéia terminal e do brônquio principal esquerdo - Retificação da cintura cardíaca caudal Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Aumento atrial esquerdo (VD) - Saliência do bordo cardíaco esquerdo. Aumento ventricular esquerdo (LL) O aumento ventricular esquerdo é observado na incompetência das valvas aórtica ou mitral, na estenose aórtica, no shunt da esquerda para a direita e nos defeitos septais. Esse aumento de volume pode ter diversas causas. A endocardiose da valva mitral resulta em aumento de pré-carga, que provoca dilatação e hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo o que leva o aumento de volume, radiograficamente visível do lado esquerdo do coração. - Perda da cintura cardíaca caudal - Margem caudal verticalizada - Desvio dorsal da traquéia - Silhueta cardíaca mais alongada Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Aumento ventricular esquerdo (VD) - Margem cardíaca esquerda mais arredondada e mais próxima da parede torácica esquerda - Ápice arredondado
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