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DIAGNÓSTICO_POR_IMAGEM_(Raio-X)

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Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Medicina Veterinária 
 
Apostila de Diagnóstico por Imagem 
 (Raio-X) 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 Princípios Básicos da Radiologia 
 O Raio-X é uma fonte de radiação eletromagnética, precisando de energia para 
funcionar. Produz elétrons em um filamento de Tungstênio que é o catodo, que faz 
uma nuvem de elétrons aquecidos e eles se chocam com o anodo. A radiação do 
Raio-x trafega em linha reta, penetram em algum grau em todos os materiais. A 
formação do Raio-x acontece na ampola do cabeçote e sua carcaça é feita de 
chumbo. 
 Propriedades físicas dos Raios-X 
 
- Propagam-se à velocidade da luz 
- São invisíveis 
- Não podem ser sentidos 
- Trafegam em linha reta 
- Penetram, em algum grau, todos os materiais 
- Fazem com que certas substâncias se tornem 
fluorescentes (transformam radiação em luz visível) 
- Podem ionizar átomos (efeito biológico) 
 
 
 Formação da imagem radiográfica 
 
A formação dos Raios-X ocorre na ampola do cabeçote (feita de chumbo), Nela, 
existem duas estruturas : O catodo e o anodo 
 
CATODO: 
- Lado carregado negativamente (-) 
- Estrutura de tungstênio revestida por uma substância emissora de elétrons 
- Função: emitir elétrons e focalizá-los apontando para o anodo. 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
ANODO: 
- Lado carregado positivamente (+) 
- Alvo de tungstênio 
- Função: produz Raios-x 
 
- Mecanismo: Após a passagem de uma corrente elétrica (alta voltagem e baixa 
amperagem), o filamento do catodo é aquecido, produzindo grande quantidade de 
elétrons, que são atraídos pelo anodo. 
 
O choque de elétrons com o anodo produz grande quantidade de energia, sendo 99% 
calor e 1% Raio-x. Esses raios são direcionados para a janela da ampola em direção 
ao filme. 
 
 
 
- Painel de comando: 
 
 Corrente elétrica medida em Milhamperes – mA (N de elétrons produzido pelo 
catodo – quantidade de raio-x) 
 
 Tensão medida em Kilovolts (velocidade de colisão de elétrons – penetrabilidade 
dos raios) 
 
 Tempo de exposição (frações de segundos) mAs (tempo de liberação de raio-x) 
 
 Grade Bucky 
 
- Absorve radiação secundaria 
- Melhora a qualidade da imagem 
 
Placa retangular achatada composta por faixas de chumbo e alumínio. A grade Bucky absorve 
a radiação dispersa e não dispersa. Estruturas menores que 10cm não precisam usar a grade 
Bucky, acima desse valor ela pode ser usada. 
 
 Écrans 
 
- Camadas de cristais fluorescentes , que emitem luz ao serem atingidas por raios x . 
- Convertem raios x em luz visível 
- Potencializam o efeito fotográfico (aumentam o detalhamento). 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 
 Filmes radiográficos 
 
- Tamanhos variáveis (13x18 ; 1 x24 ; 24x30 ; 30 x40 ; 35 x43) 
- Caixa de filmes com 100 unidades (Kodak ou Agfa) 
 
 Identificação radiográfica 
 
- Documentos do paciente, arquivo fotográfico do histórico do paciente que tem valia 
em tribunais. 
- É importante a identificação do lado do paciente (sem identificação um cotovelo pode 
ser direito ou esquerdo) 
- Importante conter: nome; espécie; raça; idade; data de realização. 
 
 Revelação manual 
 
Ambiente totalmente sem luz, acendendo somente a luz de segurança. Podendo 
assim abrir o chassi, pegar o filme, faz a identificação, e depois prendendo na 
congadura e leva-lo para o tanque com os reagentes. 
 Mergulha a congadura com o filme primeiro no REVELADOR por 5s, logo após o 
revelador é feita uma lavagem em ÁGUA CORRENTE e para finalizar mergulha-se a 
congadura em um FIXADOR ÁCIDO por 5s. Após o filme ser mergulhado no fixador a 
luz pode ser acesa. E por fim levando a congadura para a estufa para secagem. 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria – Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Método digital 
 
- Radiografia computadorizada introduzida na medicina no início da década de 80, 
pela Fuji Medical Corporation. 
 
- Gerador de Raio-x similar aos usados em radiologia convencional 
 
- Última década : rápida transição entre captura de imagem radiográficas em filmes e a 
produção direta de imagens digitais 
 
- Substituição do Chassis (filme radiográfico + tela intensificadora (écrans)) por 
cassetes com placa para aquisição de imagem 
 
- Revelação em químico substituída por um leitor de placas de imagem. 
 
- Imagens processadas eletronicamente por um computador e não câmara escura 
 
- imagens digitais podem ser ajustadas : superexposição, subexposição, zoom sem 
perda de definição, medidas e angulações 
 
- Após o processamento da imagem ela pode ser vista em monitores de alta qualidade 
para fins de diagnóstico 
 
- Imagem armazenada em CD-ROM 
 
- > Vantagens : 
 
 - Qualidade de imagem: maior sensibilidade e contraste entre as estruturas (maior 
precisão de diagnóstico) 
 
 - Ajuste de imagem: minimizar erros de técnica (cálculos para técnicas radiográficas 
ainda se fazem necessários) 
 
 - Ferramentas de manipulação (medidas e ângulos) 
 
 - Exames rápidos 
 
 - Menos estresse para o paciente 
 
 - Armazenamento digital (não se perde) 
 
 - Não é poluente (não utiliza químicos para revelação) 
 
- > Desvantagem : 
 
 - Investimento inicial considerável 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Ações maléficas dos Raios-x 
 
- Ações sobre a pele : radiodermites – pele avermelhada com feridas 
- Ação sobre o globo ocular: com o tempo, agride a retina, causando lesões que 
podem levar a cegueira. Pode induzir catarata. 
- Ação sobre glândulas: ovários, testículos, tireoide 
(hipotireoidismo), adrenais (hipoadrenocorticismo). 
- É oncogênico: pode estimular o desenvolvimento de neoplasias, sobretudo as de 
pele 
- AÇÃO SOBRE CELULAS JOVENS: Agenesia, má-formação congênita. 
- Ações sobre a medula óssea: ANEMIA ->LEUCOPENIA -> LEUCEMIA 
- Ação na genética: Pode alterar as bases de DNA 
 
 Radioproteção 
 
NO AMBIENTE: 
- Biombo de chumbo, 
- Vidro plumbífero, 
- Blindagem da sala (2,5 mm de espessura da chumbo x 2,10 m de altura) 
 
NO APARELHO 
- Restritores de campo : colimador (delimita área) 
 
USO PESSOAL 
- Avental de chumbo 
- Luvas de chumbo 
- Protetor de tireóide de chumbo 
- Óculos de chumbo 
- Dosímetro 
 
 
 Fórmulas de Raios-X 
 
- mA = Quantidade de Rx utilizada 
- KV = Poder de penetração 
 
 Fórmula de Santes: 
KV = (Espessura X 2) + 30 
40 -> com mesa bucky 
Obs.: Uso mesa bucky ao radiografar estruturas acima de 15 cm 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Densidade e opacidade 
 
 Densidade: peso por volume de um tecido do corpo ou 
de um objeto. 
 
- Raios-x atravessam diferentes estruturas de diferentes maneiras. 
 
- Substâncias densas, como o osso, inibem a passagem de grande parte da radiação 
(filme pouco sensibilizado) – RADIOPACO(branco) 
 
- Substâncias menos densas, como os gases, permitem que os raios atravessem-nas 
de forma praticamente inalterada – RADIOTRANPARENTE (preto) 
 
- Tecidos moles – entre osso e gás 
 
OU SEJA..... QUANTO MAIS DENSA A ESTRUTURA, MAIS ELA IRA INIBIR A 
PASSAGEM DA RADIAÇÃO PARA O FILME. 
 
 
 
 Opacidade : Grau de enegrecimento do filme pelo Raio-x. 
 
- A parte do filme onde o raio-x atingir, imediatamente sem nenhuma resistência 
aparecerá preta após o processamento da imagem - RADIOTRANSPARENTE (Preto) 
 
- Gás (ar) 
 
- Se os raios são impedidos de atingir o filme, essa área ficará clara/ branqueada 
(radiopaca) 
 
- Entre os dois extremos os tecidos mole/liquido,que se apresentam em diferentes tons 
de cinza 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – MaíraMassa 
 Fatores que interferem na formação da imagem 
 
- Distância entre o objeto e o filme deve ser a menor possível, evitando um aumento da 
imagem fazendo ela ser distorcida 
- A distância entre o foco e o filme ela é padronizada em aproximadamente 1metro. 
- Paralelismo 
 
 
 
 
 
 Posicionamento Radiográfico 
 
- O valor diagnóstico da radiografia é muito mais dependente do posicionamento do que 
de qualquer outro fator. 
 
- Objetivo: Achar a posição mais correta para reproduzir a área anatômica com mais 
precisa. 
 
- Feixe central direcionado diretamente na área de interesse. 
 
 Número de projeções: 
 
- Mínimo 2 projeções, afim de se obter uma impressão tridimensional da estrutura em estudo. 
 
 Termos direcionais: 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- A terminologia descreve exatamente a posição e direção do feixe primário de raios-X. 
 
- As primeiras letras estão relacionadas aonde o feixe entra e, as demais, aonde o 
feixe sai 
 
 Medial (M) 
 Lateral (L) 
 Cranial (Cr) 
 Caudal (Cd) 
 Dorsal (D) 
 Ventral (V) 
 Rostral (R) 
 Palmar (Pa) 
 Plantar (Pl) 
 
 Exemplos: 
 
 - Rx tórax látero-lateral – LL (direita) 
 
 
 
- Rx tórax ventro-dorsal – VD 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Rx tórax dorso-ventral – DV (Feito normalmente com animal que está com muita dor) 
 
 
 
- Rx articulação escápulo-umeral médio-lateral – ML 
 
 
 
- Rx articulação escápulo-umeral caudo-cranial – CdCr 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Rx articulação rádio-cárpica dorso-palmar – Dpa 
 
 
 
- Rx da articulação rádio-cárpica médio-lateral – ML 
 
 
 
- Rx da articulação tíbio-társica dorso-plantar – DPl 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Rx da articulação tíbio-társica latero-medial – LM 
 
 
 
- Rx da articulação fêmoro-tíbio-patelar crânio-caudal – CrCd 
 
 
- Rx articulação fêmoro-tíbio-patelar médio-lateral – ML 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Rx de crânio látero-lateral – LL 
 
 
 
- Rx de crânio látero-lateral oblíqua – LL oblíqua 
 
 
 
- Rx de crânio dorso-ventral – DV 
 
 
 
- Rx de crânio rostro-caudal – RCd 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Rx de articulações coxo-femorais látero-lateral – LL 
 
 
 
 
 Preparo do paciente 
 
- Paciente deve estar limpo. Pelos sujos e molhados podem produzir artefatos de 
imagem. 
 
-Retirar coleiras, guias, ou qualquer outro material, especialmente os feitos de metal. 
 
- Bandagens, talas, ataduras, devem ser retiradas sempre que possível. 
 
- Considerar sempre o conforto e bem estar do paciente. 
 
- Paciência, sobretudo com animais idosos, cardiopatas, atropelados, que não possam 
ser sedados 
 
- Evitar movimentos bruscos e barulho. 
 
- Quando necessário e, se possível, fazer uso da anestesia/sedação. 
 
- Sacos de areia, blocos de espuma, esparadrapo, ataduras podem ser úteis 
 
 Identificação do Raio-x : 
 
- Sempre colocada do lado direito do paciente. 
 
- Deve conter nome, espécie, raça, sexo, idade, data do 
exame, numero de registro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Afecções ósseas traumáticas 
 
 Trauma : 
 
- Definição: É uma lesão interna ou externa, resultante de uma agressão mecânica 
que atua do exterior. 
 
Ósseos / Musculares / Vasos / Nervos 
 
 Por que devemos radiografar uma fratura? 
 
- Confirmar o diagnóstico clínico. 
- Determinarmos o tipo de fratura. 
- Determinarmos a idade da fratura. 
- Acompanhar o desenvolvimento do calo ósseo 
 
 Alterações resultantes de um trauma 
 
- Sub-luxação. 
- Luxação. 
- Fechamento precoce do disco epifisário. 
- Fraturas. 
- Ruptura do ligamento cruzado cranial 
 
 Subluxação / Luxação 
 
- Perda parcial / total da relação entre duas faces articulares 
 
- Causa lesão em ligamentos e em estruturas intrarticulares associadas. 
 
 Fechamento precoce do disco epifisário distal da ulna 
 
- Sequela traumática. 
- Disco distal da ulna + comum. 
- Encurvamento cranial do eixo longitudinal do rádio. 
- Na dúvida, radiografar membro contralateral 
 
 Fraturas 
 
- ‘’Quebra’’ da continuidade óssea. 
- A energia do trauma deve superar a resistência óssea. 
- A fratura pode ser resultado de um traumatismo ou ocorrer devido ao 
enfraquecimento do osso por uma doença. 
 
OSSO SAUDÀVEL -> ALTA ENERGIA 
 
OSSO DOENTE -> BAIXA ENERGIA 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Classificação de fraturas 
 
 Aberta / fechada – 
 
Em uma fratura fechada, não há comunicação com o meio externo. Uma fratura 
aberta é associada a uma ferida e, assim, apresenta comunicação com o exterior. 
Nas radiografias, áreas com conteúdo gasoso geralmente são observados nos 
tecidos moles adjacentes ao foco de uma fratura aberta. 
 
 Completa / Incompleta (fissuras) – 
 
Em uma fratura completa há perda de continuidade de toda a substância ou 
largura do osso. Uma fratura incompleta mantem algum grau de continuidade 
entre as extremidades fraturadas, como na fissura ou fratura em galho verde. 
 
 Avulsão – 
 
Em uma fratura por avulsão, um fragmento é removido do osso no ponto de 
inserção de um tendão ou ligamento. Essas fraturas ocorrem nas margens 
articulares ou em suas adjacências. 
 
 
 
 Epifisárias – 
 
Uma fratura epifisária ocorre quando a epífise de um osso é deslocada de sua 
posição normal. O movimento ocorre na cartilagem fisária. 
 
 Compressiva – 
 
Em uma fratura por compressiva, os fragmentos sofrem compressão um sobre o 
outro. Esse tipo de fratura é maio comumente observado em corpos vertebrais. 
 
 Patológicas – 
 
Uma fratura patológica ocorre no local onde uma afecção fragilizou o tecido 
ósseo. 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Fratura completa : 
 
= Simples – apenas 1 linha de fratura 
 
-Obliqua – a linha de fratura forma um ângulo com o eixo longo do osso. 
-Transversa – a linha de fratura forma um ângulo reto ao eixo longo do osso. 
- Espiral – a linha de fratura circula o eixo longo do osso. 
 
= Segmentar – 2 linhas de fratura 
 
= Cominutiva 3 ou + linhas de fratura 
 
 Fratura incompleta (fissura): 
 
- Sem desvio de eixo ósseo 
- Apenas imobilização 
 
 Fratura por avulsão: 
 
- Requer conhecimento anatômico. 
- Fragmento ósseo é removido de um local de fixação de um tendão ou ligamento. 
- Normalmente dos núcleos de ossificação secundários. 
- Dúvida? Membro contralateral. 
 
 Fratura epifisária 
 
- Separação epifiseal 
- Denominada ‘’Salter–Harris’’ (Fratura do disco de crescimento) 
- Importância em filhotes. 
 
 
SLATER-HARRIS 
 
- Tipo I 
- Tipo II 
- Tipo III 
- Tipo IV 
- Tipo V (Compressiva) 
- Tipo VI (compressiva unilateral) 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 Fratura compressiva : 
 
- Fragmentos de fraturas sobrepostos 
- + comum em segmento da coluna vertebral 
 
 Fratura patológica : 
 
- Ocorrem no local onde um processo de doença enfraqueceu o osso. 
 
 Reparação da fratura 
 
- Formação do calo ósseo – 5 fases de reparação 
 
 1 – Fase Hemorrágica – Fratura recente, superfície afilada 
 
2 – Fase de Granulação – Reabsorção óssea, neoformação de vasos, tecido de 
granulação (7-10 dias) 
 
3 – Fase Cartilagínea – Remodelamento ósseo (2-3 semanas) 
 
 Formação de tecido de granulação -> tecido fibroso 
(é formado da periferia para o centro) 
 
4 – Calo ósseo provisório – Lesão exuberante, esfoliativa, que envolve a área 
fraturadae faz saliências para os tecidos moles adjacentes (4-8 semanas) 
 
5 – Calo ósseo definitivo – Reabsorção do tecido em excesso (modelar o osso), 
deposito de minerais (dureza característica), e estabelecer a união da fratura (40-120 
dias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Sequência radiográfica : 
 
- 1ª: Pós-operatório imediato 
- 2ª, 4ª e 6ª semanas (pós-operatório). 
- Radiografias adicionais se necessário, até a cura óssea. 
O tempo da cura clínica pode ser diferente do tempo da cura radiográfica. 
 
 Fatores que afetam a reparação da fratura : 
 
- Suprimento sanguíneo local. 
- Tipo de fratura / local. 
- Redução de fratura / fixação. 
- Idade do paciente. 
- Infecção ou doença debilitante. 
 
 Complicações 
 
- Alterações que retardam ou interrompem a evolução natural de cicatrização dos 
tecidos. 
- Podem por em risco a vida do membro, dependendo da gravidade, local e natureza 
da lesão e da resposta sistêmica resultante. 
 
*Não união 
*Má união 
*Infecções 
 
 Não União – 
 
Ocasionalmente, as bordas da fratura de um osso não se unem. Esta não 
união da fratura é mais comumente observada em cães de raça de pequeno 
porte. As regiões distais do rádio, da ulna, da tíbia e da fíbula são pontos 
comuns de não união, embora outros ossos possam ser acometidos. Não se 
sabe ao certo sua causa, mas a movimentação das extremidades fraturadas é, 
provavelmente, um fator primário. 
 
- Extremidades fraturadas não se unem. 
- + comum em raças de pequeno porte. 
- Rádio e ulna / Tíbia e fíbula distais. -> Menor quantidade de tecido mole adjacente e 
pouco aporte sanguíneo. 
- Instabilidade / movimentos -> FATOR PRINCIPAL 
 
- 2 tipos : Hipertrófica e Atrófica 
 
 
 NÃO UNIÃO HIPERTRÓFICA 
 
- Instabilidade 
- Linha de fratura claramente visível, muito tempo depois da sua ocorrência 
- Calo ósseo exuberante, porém, não forma ponte óssea entre suas extremidades -> 
pata de elefante. 
- Arredondamento e esclerose das extremidades fraturadas. 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Proliferação de tecido ósseo nas superfícies da fratura, não formando pontes de 
união entre os calos. 
 
 
 
 NÃO UNIÃO ATRÓFICA 
 
- Atraso na consolidação óssea. 
 
- Linha de fratura claramente visível. 
 
- Pouca ou nenhuma formação calosa. 
 
- Extremidades de fraturas tendem a estreita 
 
- Calo ósseo não se forma e o organismo começa a reabsorver o sítio da fratura, 
afilando o tecido ósseo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
* Ruptura de ligamento cruzado cranial 
 
- Diagnóstico clínico. 
- Radiografias com posicionamento adequado podem demonstrar deslocamento 
cranial do platô tibial em relação aos côndilos femorais. 
- Ruptura parcial / total entre o fêmur e tíbia 
- O ligamento tem que ser radiotransparente (preto) 
- Caso tenha a ruptura da tíbia ela vai cranial ao fêmur sob tensão. 
 
 
 
 
 ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO 
 
 Esclerose – Proliferação de tecido ósseo 
 
 Osteocondrose : 
 
- É uma anomalia da ossificação endocondral, ocorrendo falha na ossificação da 
matriz cartilaginosa adjacente. 
 
- Ocorre em pacientes jovens, de grande porte, com sinais clínicos entre 6 e 9 meses, 
claudicam, sentem dor na manipulação, é hereditária e frequentemente bilateral 
 
- Ocorre devido a necrose da cartilagem articular, com a falha do suprimento ósseo 
sanguíneo, o que resulta em uma falha na ossificação endocondral normal. 
 
- Áreas mais afetadas: Parte caudal da cabeça do umeral, côndilos laterais e mediais 
do fêmur, porção medial do côndilo umeral. 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- A área necrosada pode permanecer junta ao osso subcondral ou pode separar-se 
deste. Quando ocorre a separação dos fragmentos condais do osso subcondral 
adjacente, a afecção deve ser denominada osteocondrite dissecante. 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Defeito subcondral 
- Esclerose adjacente 
- Presença de fragmento cartilagíneo mineralizado ou não (flap cartilagíneo) 
- Sinais de osteoartrose 
 
 
 
 
 Displasia do Cotovelo : 
 
- Displasia : “DIS” Anormal e “PLASIA” Forma 
 
- Comum em animais jovens (4-6 meses), raças grandes/gigantes, de crescimento 
rápido. 
 
- A linha do espaço articular não fica uniforme 
 
- Não união do processo ancônio 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Sinais de incongruência: 
 
- ‘’Degrau’’ entre a ulna e o rádio 
 
- Formato elíptico da incisura troclear da ulna 
 
- Aumento do espaço articular 
 
 4 principais causas: 
 
1 - Osteocondrose do cotovelo 
 
2 - Não união do processo ancôneo 
 
3 - Fragmentação do processo coronóide medial da ulna 
 
4 - Deformidades angulares 
 
 
1 - Osteocondrose - 
Ocorre devido à necrose da cartilagem articular, com falha do suprimento ósseo 
sanguíneo, o que resulta numa falha da ossificação endocondral normal. Porção 
medial do côndilo umeral 
 
2 - Não união do processo ancôneo 
- A não união do processo ancôneo da ulna é observada, com frequência, em cães de 
raça de grande porte, principalmente Pastor Alemão. É também relatado em Bassett 
Hound, Dashshound e Dogue Alemão. 
 
- Processo ancôneo é um centro de ossificação secundário, que irá unir-se com a 
diáfise da ulna por volta de 150 dias de idade. 
 
- Falha na fusão do centro de ossificação durante esse período 
 
 Sinais radiográficos 
 
- Melhor visualizado em posicionamento médio-lateral 
 
- Visualização de linha radiotransparente que separa o processo ancôneo do olécrano 
em cães com mais de 150 dias de idade 
 
- Doença articular degenerativa secundária pode estar presente 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
3 - Fragmentação do processo coronóide medial da ulna 
- A fragmentação do processo coronóide medial é a anomalia do desenvolvimento 
mais comumente afeta a articulação do cotovelo de cães. 
 
- Afeta cães de raça de grande porte, algumas das quais apresentam uma 
predisposição genética. Mais comum em machos. 
 
- Pode ser bilateral 
 
- Lesão verdadeira difícil de ser demonstrada radiograficamente 
 
- O processo fragmentado aumentado de tamanho ou deformado poderá ser 
visualizado 
 
 Sinais radiográficos 
 
- O processo fragmentado aumentado de tamanho ou deformado poderá ser 
visualizado 
 
- Doença articular degenerativa secundaria (artrose) 
 
4 - Deformidades angulares 
 
- Fechamento precoce do disco epifisário distal da ulna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Necrose asséptica da cabeça do fêmur : 
 
- Definição: Afecção inflamatória asséptica com necrose da cabeça femoral que ocorre 
em animais jovens de raças de pequeno porte, sem predileção sexual, pode ser bi ou 
unilateral, dor e claudicação intensa, atrofia muscular, osteoartose 
 
- Sua etiologia é desconhecida. Sugere a existência de um fator hereditário. Uma parte 
da epífise da cabeça femoral perde seu suprimento sanguíneo, causando necrose no 
osso da cabeça femoral e no osso subcondral. 
 
 Achados radiográficos: 
 
- Diminuição da radiopacidade epifisária 
 
- A cabeça do fêmur perde seu contorno arredondado e se torna cranialmente 
achatada (Achatamento da cabeça femoral, deformação) 
 
- Doença articular degenerativa (artrose) 
 
 
 
 Tratamento: 
 
- Antinflamatórios, controle do peso, fisioterapia (Osteoartrose) 
 
- Cirúrgico : retirada da cabeça femoral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Displasia coxofemoral 
 
- A displasia coxofemoral é uma doença do desenvolvimento que afeta as articulaçõescoxofemorais de cães de raça de grande porte (com mais de 12kg) e de crescimento 
rápido. Pode também afetar cães de raça de pequeno porte e gatos. 
 
- Displasia : “DIS” Anormal e “PLASIA” Forma 
 
- DCF é definida como: 
(Henricson, Norberg e Olsson, 1966) 
 
- Diferentes graus de lassitude articular permitindo a subluxação da articulação 
coxofemoral numa fase precoce da vida do animal originando diferentes graus de 
rasamento acetabular e espessamento da cabeça femoral, culminando em doença 
articular degenerativa. 
 
- Konde (1947) – origem hereditária e observou que os animais nasciam com as ACF 
normais 
 
 Diagnóstico: 
 
- Anamnese 
 
- Exame físico das ACF 
 
- Exame Radiográfico 
 
- Idade 12 meses (pré-laudo) 70 % confiabilidade 
 
- Idade 24 meses (definitivo) 95 % confiabilidade 
 
 EXAME RADIOGRÁFICO: 
 
- Contenção química (Sedação profunda ou anestesia geral) 
- Posicionamento Padrão (AVMA,1961) 
- Membros pélvicos estendidos 
- Rotacionados medialmente – Patelas 
- Paralelos entre si e à coluna vertebral 
- Coxal simétrico 
 
O animal é colocado em decúbito dorsal, com os membros pélvicos tracionados 
caudalmente e, o quanto possível, paralelos um ao outro e ao tampo da mesa. Os 
membros pélvicos em extensão são rotacionados para dentro, de modo que a patela 
se sobreponha ás trócleas femorais. 
 
 Filme radiográfico (AVMA, 1961) 
 
- Duas últimas vértebras lombares 
- Pelve 
- Fêmores e as Articulações fêmoro-tíbio-patelares 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Mal posicionamento 
 
- Rotação da pelve 
- Forâmens obturadores 
- Rotação incompleta dos fêmores 
- Não sobreposição das patelas nos sulcos trocleares 
- Fêmores não paralelos 
 
 Articulações Coxofemorais Normais 
 
- Formato da cabeça femoral: Redonda 
 
- Colo femoral: Estreito 
 
- Fossa acetabular profunda (Encobrir > 50 % da cabeça femoral = 2/3) 
 
- Articulações congruentes 
 
 Articulações Coxofemorais Displásicas 
 
- Malformação da cabeça femoral 
 
- Rasamento acetabular 
 
- Incongruência articular 
 
- Diversos graus de subluxação 
 
- Sinais degenerativos 
 
- Linha de Morgan – pequena proliferação de tecido ósseo no colo da cabeça do 
fêmur. 
 
 Avaliação radiográfica: 
 
- Subjetiva 
 
 Mensurações quantitativas 
 
- Ângulo de Norberg – Mensuração do ângulo formado entre a linha que une os 
centros das cabeças femorais e a linha que une o centro da cabeça examinada e a 
borda cranial do acetábulo correspondente. 
 
Maior ou = 105º Normal 
100º Grau C 
100º Grau C 
95º Grau D 
90º Grau E 
- Porcentagem de encobrimento da cabeça femoral pelo acetábulo 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 GRADUAÇÃO DA DCF (CBRV, 1994) 
 
 GRAU A – Articulações coxofemorais normais (H. D. –) 
 
- Cabeça femoral e acetábulos congruentes 
- BAC (borda acetabular) pontiaguda 
- Espaço articular é estreito e uniforme 
- Ângulo de Norberg maior ou = a 105º 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 GRAU B – Articulações coxofemorais próximas da normalidade (H. D +/–) 
 
- Cabeça femoral e acetábulos ligeiramente incongruentes 
- Ângulo de Norberg maior ou = a 105º 
- BAD limítrofe 
 
 GRAU C – Displasia coxofemoral leve (H. D +) 
 
- Cabeça femoral e acetábulos incongruentes 
- Ângulo de Norberg maior ou = a 100º 
- Ligeiro achatamento da borda acetabular cranial 
- Pequenos sinais degenerativos 
 
 
 
 GRAU D – Displasia coxofemoral moderada (H. D + +) 
 
- Evidente incongruência entre a cabeça femoral e acetábulo 
- Ângulo de Norberg 95º 
- Achatamento da borda acetabular cranial 
- Sinais degenerativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 GRAU E – Displasia coxofemoral grave (H. D. + + +) 
 
- Incongruência entre a cabeça femoral e acetábulo com sinais de distinta subluxação 
- Ângulo de Norberg a menor ou igual a 90º 
- Evidente achatamento da borda acetabular cranial 
- Sinais degenerativos acentuados 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Doenças ósseas metabólicas 
 
Anomalias dos processos metabólicos do organismo podem refletir nos ossos. As 
alterações ósseas geralmente refletem distúrbios metabólicos graves, e não brandos. 
A quantidade de cálcio nos ossos deve ser reduzida em aproximadamente 50% antes 
das alterações radiográficas passem a ser evidentes. Deve-se suspeitar de doenças 
metabólicas quando as alterações são observadas em muitos ossos. 
 
 Hiperparatireoidismo secundário nutricional : 
 
- Osteodistrofia Juvenil; Osteodistrofia Nutricional; Osteoporose nutricional; 
Osteodistrofia Fibrosa 
 
- Acontece em cães e gatos jovens, causada por baixa quantidade de Ca++ e excesso 
de P+ 
 
- Afeta animais alimentados exclusivamente ou quase exclusivamente com carne, que 
é pobre em cálcio e rica em fósforo. A ingestão excessiva de fósforo produz o 
hiperparatireoidismo mesmo na presença de consumo normal de cálcio. O excesso de 
fósforo provoca hiperfosfatemia que, reduz a concentração relativa de cálcio. A 
hipocalcemia resultante estimula o aumento da produção de hormônio paratireoidiano. 
Esse hormônio reduz a reabsorção renal de fosfato e aumenta a de cálcio. Há um 
aumento da reabsorção óssea por osteoclastos, levando á liberação de cálcio na 
corrente sanguínea causando uma fragilidade óssea. A reabsorção da matriz óssea 
reduz a opacidade de maneira generalizada e pode causar fraturas, desvios de coluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Sinais clínicos: 
 
A gravidade das manifestações clínicas varia da claudicação em um membro á 
completa incapacidade de se locomover. 
- Sensibilidade óssea 
- Relutância ao exercício / se levantar 
- Mudança do comportamento do animal 
- Desvios de eixo ósseo (Axial e apendicular) 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Diminuição generalizada da radiopacidade óssea (Osteopenia) – contraste entre 
ossos e tecidos moles reduzido 
- Adelgaçamento das corticais ósseas 
- Região metafisária com radiopacidade aumentada (Esclerose óssea) 
- Disco epifisário normal 
- Fraturas patológicas (em galho verde) 
- Desvios do eixo da coluna 
- Angústia pélvico 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Hiperparatiroidismo secundário renal : 
 
Ocorre em animais idosos e acontece o mesmo que no Hiperparatireoidismo 
Secundário Nutricional, a diferença são os focos, que são principalmente na cabeça e 
os dentes ficam evidentes na imagem radriográfica. 
 
- Pode ser resultante da insuficiência renal ocasionada por uma doença crônica. Se a 
taxa de filtração glomerular for reduzida, haverá uma retenção de fósforo e, em 
consequência uma hiperfosfatemia progressiva, a qual resulta em uma redução dos 
níveis séricos de cálcio, que proporciona o quadro de hiperparatireoidismo. 
 
- O crânio é primariamente acometido, com desmineralização da mandíbula e 
maxilares. A desmineralização de outras áreas é lenta. 
 
- Clinicamente a mandíbula torna-se edemaciada, há perda dos dentes e a respiração 
pode ser comprometida em decorrência do colapso dos ossos adjacentes cavidade 
nasal. A face pode ter um aspecto inchado, resultante da proliferação ou fibrose 
tecidual, e a salivação é comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Diminuição da densidade óssea dos ossos do crânio (osteopenia) e alteração do 
padrão trabecular 
- Ossos do crânio são os primeiros a serem afetados 
- Perda da lâmina dura, aspecto de dentes “voando”, perda dos dentes - Fraturas 
patológicas 
- “Mandíbula de borracha” (rubber jaw) 
- Calcificação distrófica em tecidosmole 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Osteodistrofia hipertrófica: 
 
Acontece em filhotes de grande porte e crescimento rápido. Instala-se nas 
articulações, são observadas alterações na metáfise dos ossos acometidos 
causando dor e aumento do local. Aparece e desaparece do nada. Aparece perto 
das linhas de crescimento, o organismo tenta compensar com proliferação de 
tecido ósseo, que pode acaba causando o fechamento da linha de crescimento 
(calcificação ao redor da metafise) 
 
 Sinais clínicos: 
 
- Aumento de volume próximo às articulações / dor / febre 
- Deformidades ósseas (fechamento precoce) 
- Anorexia 
- Relutância ao exercício 
- Geralmente bilateral e autolimitante (prognóstico bom) 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Linhas radiotransparentes (lise óssea) visíveis entre a região metafisária e a linha 
epifisária (Dupla linha epifisária). 
- Calcificação irregular se forma ao redor da metáfise, fora do córtex 
- A medida que a doença progride, a metáfise aparece mais opaca do que o normal 
- Edema difuso de tecido mole próximo à metáfise 
- Em meses, remodelamento ósseo e anormalidades gradualmente desaparecem. 
Poderá haver algum espessamento residual da diáfise do osso na região. 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 Osteopatia hipertrófica : 
 Osteoartropatia Pulmonar Hipertrófica; Osteoartropatia Pulmonar; Osteopatia 
Pulmonar Hipertrófica, Doença de Marie 
 Resposta periosteal no osso a uma doença crônica, geralmente no interior do 
tórax 
 Neoplasia, doenças infecciosas crônicas, abscessos pulmonares 
 Foi associada a neoplasia de bexiga, do fígado e ovário 
 Etiologia desconhecida 
 
 Sinais clínicos: (FORMA EMPALHICADA) 
 
- Aumento de volume firme, quente, simétrico nas porções distais dos membros, 
- Claudicação, 
- Dor à palpação, 
- Relutância ao movimento, 
- Sintomatologia da Doença primária (investigar a doença primária) 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Reação periostal proliferativa em paliçada, simétrica, regular 
- Acomete primeiramente metacarpianos, metatarsianos e falanges 
- Sem envolvimento articular 
- * Radiografias torácicas / USG abdominal (detecção de focos neoplasicos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 Osteopatia crâniomandibular : 
 
Acomete animais jovens. A osteopatia crâniomandibular produz alterações 
proliferativas de tecido ósseo na mandíbula e nas áreas dos ossos das bolhas 
timpânicas, causando salivação excessiva tendo um mal fechamento da articulação 
temporomandibular. Não possuindo tratamento. 
 
 Alteração proliferativa em cães, que afeta quase exclusivamente os ossos do 
crânio e mandíbula 
 A causa é desconhecida, mas há predisposição hereditária (gene autossômico 
recessivo no West Highland White Terrier) 
 
 Sinais clínicos: 
 
- Animais jovens 3 – 8 meses 
- Aumento de volume de consistência firme da mandíbula 
- Salivação, difícil apreensão e mastigação (dor) 
- Anorexia, febre, atrofia muscular (temporal e masseter) 
- Diagnóstico diferencial: miosite eosinofílica dos músculos da cabeça (raças grandes) 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Neoformações ósseas irregulares bilaterais, envolvendo mandíbula,occipital, parietal, 
temporal (porção petrosa e bula timpânicas), maxilar 
- Proliferações junto às ATMs 
- Proliferações em ossos longos (semelhante à ostedistrofia hipertrófica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Neoplasias 
 
Tumores primários geralmente surgem nas METÁFISE. Acontece em um osso só, é 
um processo mistos (osteólise e proliferação). Dispersão de tecidos ósseos “sun burst” 
e causam fraturas patológicas são MONOSTOTICAS. 
 
- Processo lítico e proliferativo ou misto, monostótico, não ultrapassando a interlinha 
radiográfica (osso subcondral) / (não acomete ossos vizinhos) 
 
 Tumores primários: 
 Benignos (Osteoma, Osteocondroma) 
 
 Malignos (Osteossarcoma, Condrossarcoma, Fibrossarcoma, Mieloma múltiplo) 
 
Obs: Impossível diagnosticar o tipo de tumor com base somente em um estudo 
radiográfico. 
 
 Tumores metastáticos: 
 
- Hemangiossarcoma, Linfossarcoma, Melanoma, Carcinoma, Adenocarcinoma. 
 
 Neoplasias benignas 
 
- Menos comuns, 
- Sem predileção de raça, idade ou localização, 
- Evolução lenta 
Ex.: Osteomas, Osteocondromas 
 
 Neoplasias malignas 
 
- Cães de grande porte,Animais adultos e idosos 
- Osteossarcoma (> 90%) 
- Fibrossarcoma, Condrossarcoma, Hemangiossarcoma (<10%) 
- Destruição de 40 - 50% do tecido ósseo para 
visibilização na radiografia 
 
 Aspectos radiográficos 
 
- Processo misto (osteólise e proliferação) 
- Reação irregular 
- “Sun burst” 
- Triângulo de Codman 
- Fraturas patológicas 
- Aumento de volume de partes moles 
- Progressão 
- Tumores ósseos primários geralmente surgem nas extremidades dos ossos longos 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Triangulo de Codman 
 
Ocorre uma elevação do periósteo devido a neoformação óssea pediostal formando 
um aspecto de triangulo, na diáfise do osso, no local da lesão 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 OSTEOMIELITE 
 
É definida como a inflamação da medula óssea e do ossos adjacente, geralmente 
resultante de uma infecção. Por contagio ou via hematogena. Lesão invade os ossos 
vizinhos. Geralmente acontece na diáfise e podem ser monostóticas ou poliostóticas. 
 
- Inflamação da medula óssea e do osso adjacente 
- Pode surgir como resultado de infecção de um ferimento (traumático ou 
cirúrgico) ou por via hematógena (osteomielite supurativa) 
- Poliostótica ou monostótica 
- Lesões agressivas 
- Processo misto (osteólise e proliferação) 
- Reação irregular 
- Lesão invade ossos adjacentes (ultrapassa interlinha radiográfica) 
- Geralmente, diáfise afetada 
- Edema de tecido mole 
 
 Lesões ósseas agressivas : 
 
- Processo infeccioso ou neoplásico????????????? 
- Difícil diagnóstico diferencial pelo aspecto radiográfico; 
Neoplasias são relativamente comuns; 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Avaliação radiográfica da coluna vertebral 
 
 Aspectos Anatômicos: 
 
 Regiões : CERVICAL; TORÁCICA; LOMBAR; SACRA E COCCÍGEA. 
 
 Cães e Gatos : C7 ; T13; L7; S3; Co 6-20 
 
 
 
 COLUNA VERTEBRAL CERVICAL : 
 
 AMPLA VARIAÇÃO NA ESTRUTURA DAS DIVERSAS VÉRTEBRAS CERVICAIS 
 
 ATLAS: 1ª VÉRTEBRA CERVICAL 
 
A Primeira vertebra cervical (Atlas) consiste em um arco central e duas amplas asas 
horizontais. Cada asa é perfurada por um forame (Forame transverso) que é 
visibilizado radiograficamente 
 
- ARCO CENTRAL 
- DUAS LARGAS ASAS HORIZONTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 ÁXIS: 2ª VÉRTEBRA CERVICAL 
 
A segunda vertebral cervical (Áxis) carrega uma longa e fina espinha dorsal que 
prende sobre o arco da primeira vertebra cervical. 
 
-ESPINHA DORSAL COMPRIDA E DELGADA 
-PROCESSO ODONTÓIDE 
-PROCESSOS TRANSVERSOS DIRECIONADOS CAUDALMENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 DEMAIS CORPOS VERTEBRAIS CERVICAIS 
 
 
 
 COLUNA VERTEBRAL TORÁCICA : 
 
Os corpos das vertebras torácicas são mais curtos do que os cervicais. Os processos 
espinhosos são direcionados caudalmente ate a vertebra anticlinal que normalmente é 
a decima primeira vertebra, após isso sofrem alteração da angulação, de um 
direcionamento caudal para cranial. 
 
 CORPOS DAS VÉRTEBRAS MAIS CURTOS DO QUE OS DAS CERVICAIS 
 
 PROCESSOS ESPINHOSOS SÃO LONGOS E DIRECIONADOSCAUDALMENTE ATÉ A VÉRTEBRA ANTICLINAL (GERALMENTE 11ª) 
 
 PROCESSOS TRANSVERSOS LONGOS (COSTELAS) 
 
 ESPAÇO DO DISCO INTERVERTEBRAL ENTRE T10-T11 É MAIS ESTREITO 
DO QUE AS DEMAIS ADJACENTES (particularmente nos gatos) 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 COLUNA VERTEBRAL LOMBAR : 
 
Os corpos das vértebras lombares são mais longos do que os da torácicas. Os 
processos espinhosos são direcionados cranialmente, e os processos transversos 
direcionados cranialmente, lateralmente e, em partes ventralmente. 
 
 CORPOS DAS VÉRTEBRAS SÃO MAIS LONGOS DO QUE AS TORÁCICAS 
 
 PROCESSOS ESPINHOSOS MENORES DO QUE AS TORÁCICAS, 
DIRECIONADOS CRANIALMENTE 
 
 PROCESSOS TRANSVERSOS MENORES QUE OS TORÁCICOS, 
DIRECIONADOS CRANIAL LATERAIS E UM POUCO VENTRALMENTE 
 
 PROCESSOS ESPINHOSOS AUMENTAM DE ALTURA DA 5ª A 6ª VÉRTEBRA 
 
 
 
 
 COLUNA VERTEBRAL SACRAL : 
 
O sacro é composto por três vertebras fundidas, e os processos espinhosos formam 
uma crista dentada. 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 COLUNA VERTEBRAL CAUDAL 
 
Variam, em número, de 6 a 23. O seu formato também é variável, sendo maior 
cranialmente e mais curta caudalmente 
 
 
 
 ASPECTOS ANATÔMICOS: 
 
 NÃO EXISTE DIV ENTRE C1-C2 E SACRO. 
 
 MEDULA: TERMINA PRÓXIMO A JUNÇÃO L6-L7 
 
 PROCESSOS CLINAL E ANTICLINAL ENTRE T10-T11 
 
 CAUDA EQUINA 
 
 CONJUNTO DE NERVOS QUE CONSTITUEM A MEDULA ESPINHAL AO 
NÍVEL DAS VÉRTEBRAS LOMBARES, L6 L7 
 
 SACRAIS E COCCÍGEAS (LIMITE FINAL DA MEDULA ESPINHAL COMO 
ESTRUTURA TUBULAR ÚNICA – L6-L7). 
 
 CONJUNTO DE NERVOS (SEMELHANTES A UMA CAUDA EQUINA). 
 
 
 O QUE OBSERVAR??? 
 
- RADIOPACIDADE, FORMA, CONTORNO, ALINHAMENTO 
 
- ESPACO INTERVERTEBRAL: AUMENTO/DIMINUIÇÃO; DESAPARECIMENTO; 
AUMENTO DA OPACIDADE; FORAMEN INTERVERTEBRAL E PROCESSOS 
ARTICULARES 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 POSICIONAMENTOS RADIOGRÁFICOS 
 
 LL; VD – PRINCIPAIS 
 
 EXAME SIMPLES 
 
 EXAME CONTRASTADO : MIELOGRAFIA (COMPRESSÃO MEDULAR) 
 
 
 AFECÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL : 
 
 CONGÊNITAS: 
 
 HEMIVÉRTEBRA: 
 
OSSIFICAÇÃO INCOMPLETA DO CORPO VERTEBRAL; MAIS COMUM EM 
REGIÃO TORÁCICA; PODE GERAR SINTOMATOLOGIA NEUROLOGIA EM CASOS 
DE INSTABILIDADE NO LOCAL. ACOMETE BULDOGUE; PUG 
 
 
 
 VÉRTEBRAS DE TRANSIÇÃO: 
 
UMA VÉRTEBRA QUE DEVERIA SER UMA, MAS, É OUTRA. ESSA ALTERAÇÃO É 
SEMPRE NAS VERTEBRAS DE TRANSIÇÃO. (CERVICAL PARA TORÁXICA; 
TORÁCICA PARA LOMBAR) GERALMENTE SEM SIGNIFICADO CLÍNICO. 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 DOENÇAS DEGENERATIVAS : 
 
 ESPONDILOSE DEFORMANTE : 
 
É uma condição degenerativa das vertebras observada em cães e gatos. 
Caracterizada pela nova formação óssea nos aspectos cranioventral e caudoventral 
dos corpos vertebrais. Podem ser formados osteófitos ou pontes ósseas. A causa é 
desconhecida. As vertebras torácicas e lombares são mais frequentemente afetadas 
 
É UMA ARTROSE, DECORRENTE DE UMA INSTABILIDADEDAS VERTEBRAS, 
TENDO PROLIFERAÇÃO DE TECIDO OSSEO NO CORPO DAS VERTEBRAS. 
 
 
 
 AFECÇÕES DO DIV : 
 
- HERNIA: 
 
EXTRUSÃO – É O ROMPIMENTO DO DISCO VERTEBRAL 
 
PROTRUSÃO – É A SAIDA PARCIAL OU TOTAL DO DISCO VERTEBRAL 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 
 
 CALCIFICAÇÃO DO DIV: 
 
- TOTAL 
- PARCIAL 
 
 SÍNDROME DA CAUDA EQUINA: 
 
- SINTOMAS NEUROLÓGICOS DECORRENTES DE COMPRESSÃO, DESTRUIÇÃO E OU 
DESLOCAMENTO DAS RAÍZES NERVOSAS E NERVOS ESPINHAIS, QUE FORMAM A CAUDA 
ESQUINA. 
 
- PREDISPOSIÇÃO CÃES DE GRANDE PORTE (PASTOR ALEMAO MACHO) 
 
- RARO EM GATOS 
 
- CAUSAS: DOENÇA DEGENERATIVA DO DIV L7-S1; ANOMALIAS CONGÊNITAS (ESPINHA 
BÍFIDA, HEMIVÉRTEBRA, VÉRTEBRA DE TRANSIÇÃO). 
 
- TRAUMA, NEOPLASIA 
 
 SINTOMATOLOGIA: 
 
- DOR A PALPAÇÃO DA REGIÃO LOMBO-SACRA, 
 
- EXTENSÃO DOS MEMBROS PELVICOS E ELEVAÇÃO DA CAUDA. 
 
- DIFICULDADE EM LEVANTAR E SENTAR 
 
- CLAUDICAÇÃO DOS MEMBROS PÉLVICOS 
 
- ATROFIA MUSCULAR DOS MEMBROS PÉLVICOS 
 
- PERDA PROPRIOCEPÇÃO 
 
- AUTOMUTILAÇÃO (PERINEAL, CAUDA, MP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 DIAGNÓSTICO: 
 
- SINTOMATOLOGIA CLÍNICA 
 
- RADIORGAFIAS 
 
- TC OU RESSONANCIA 
 
 ASPECTOS RADIOGRÁFICOS 
 
- INSTABILIDADE LOMBO-SACRA 
 
- ESTENOSE ESPINAL LOMBAR 
 
- ESCLEROSE DAS ESPÍFISES (OSTEÓFITO LATERAL) 
 
- ESPONDILOSE 
 
 
 Cavidade Abdominal 
 
 Considerações gerais: 
 
 Peritônio – A cavidade abdominal é revestida pelo peritônio parietal, que é 
contínuo ao peritônio visceral, que recobre as vísceras. O peritônio é recoberto 
por uma fina camada de líquido. O espaço entre o peritônio parietal e o visceral é 
normalmente um espaço virtual. O mesentério e o omento são parte do peritônio. 
O espaço retroperitonial é a área dorsal ao peritônio e ventral aos músculos 
sublombares. Os rins, a próstata, as glândulas adrenais,a aorta e a veia calva 
caudal estão alojados no espaço retroperitonial. 
 
- Visceral e Parietal 
 
- Espaço peritoneal e retro peritoneal 
 
 Sistema gastrointestinal 
 
 Esôfago – Começa aproximadamente na altura do terço médio da primeira 
vertebra cervical e termina na entrada do estomago. 
 
 Duodeno ; jejuno ; ilio 
 
 Intestino grosso 
 
 Colón ; reto 
 
 Figado 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Sistema urinário 
 
 Rins 
 
 Ureteres (não aparece no RX ou Ultrassom) 
 
 Bexiga 
 
 Uretra 
 
 Sistema genital 
 
- Fêmea - 
 
 Útero 
 Ovário 
 
- Macho - 
 
 Próstata (aumentada aparece no RX) 
 Osso peniano (evidente no RX) 
 
 Técnica radiográfica 
 
 Preparo do animal 
 
 Depende do exame 
 
- Exame simples 
 
- Exame contrastado (jejum) 
 
 Posicionamento / Enquadramento 
 
 Duas projeções perpendiculares – LL / VD 
 
 Radiografia contrastada 
 
 Transito GI 
 
- Esôfago; estomago; intestino delgado e ceco. 
 
- Jejum de 24horas de comida e 6 horas hídrico 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Contraste : 
 
5-10mg/kg via oral 
 
- Sulfato de bário 
- Iodo (se faz em caso de suspeita de ruptura) 
 
 Radiografias seriadas 
 
- 5´; 30´; 1h; 2h e outras se necessário 
 
 Esôfago 
 
- Órgão de aspecto tubular de musculatura lisa 
 
 Função 
 
Carrear o alimento desde a orofaringe ate o estomago 
 
 Topografia 
 
- Cervical dorsalmente a traqueia (iniciando em C2) 
 
- Cervical-torácico lateraliza-se a esquerda 
 
- Torácico dorsalmente a esquerda 
 
 Técnica radiográfica 
 
- Projeção – LL / VD 
 
- Raio-X simples – Gás, liquido, alimento 
 
- Raio-X contrastado : Esofagograma (permite avaliar a posição do lumen e função 
esofágica) 
 
- Sulfato de Bário 93-5ml/kg) 
 
- Iodeto orgânico (7ml/kg) 
 
 Manifestação clínica 
 
- Regurgitação 
 
- Vomito 
 
- Perda de peso 
 
- Dispneia, disfonia 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Corpo estranho 
 
- Tosse 
 
- Pneumonia por aspiração 
 
- Corrimento nasal 
 
 Megaesôfago 
 
 Definição 
 
- Dilatação de partes ou de todo o esôfago 
 
- Predisposição em Dogue Alemão, Pastor Alemão, Labrador, Setter Irlandes 
 
- Raro em gatos 
 
 Classificação 
 
- Idiopático congênito (após o desmame) 
 
- Idiopático com início na idade adulta 
 
- Adquirido secundário 
 
Maior desafio é detectar a causa 
 
 Sintomas 
 
- Regurgitação 
 
Assintomático (eventualmente) 
 
 Raio-X simples 
 
- Dilatação total do esôfago e preenchimento com conteúdo gasoso, líquido ou 
alimentar 
 
- Deslocamento ventral do mediastino médio 
 
 Estômago 
 
- Localização- Tamanho 
- Forma 
- Conteúdo 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Alterações 
 
- Corpo estranho 
- Dilatação gástrica 
- Torção gástrica 
 
 Dilatação / Torção gástrica 
 
Dilatação do estomago por conteúdo gasoso, líquido ou sólido 
 
 Causas 
 
Aerofagia, fermentação, ingestão excessiva do alimento ou água, alterações de 
motilidade 
 
Dilatação com ou sem torção 
 
Animais de grande porte 
 
 Aspectos radiográficos 
 
- > Dilatação 
 
– Distensão anormal da cavidade gástrica por conteúdo líquido, gasoso ou sólido 
 
- Deslocamento caudal das alças intestinais 
 
- Piloro e fundo de estomago em posição anatômica 
 
- > Torção 
 
- Distensão anormal da cavidade gástrica com piloro e fundo de estomago deslocados 
da posição anatômica 
 
- Torção de 180º piloro dorsal e a esquerda 
 
- Esplenomegalia (congestão, infarto, torção) 
 
 Cavidade Abdominal (II) 
 
 Latero-lateral 
 
 Fígado – Órgão localizado no abdômen cranial e ventral, perto de diafragma 
“estrutura triangular” 
 
 Estomago – Órgão localizado no abdômen cranial e dorsal 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Baço – Nem sempre ele vai aparecer, mas se aparecer vai ser visualizado na 
parte ventral, caudal ao fígado 
 
 Intestino delgado – Localizado na parte caudal do abdômen médio 
 
 Intestino grosso – Localizado na parte caudal do abdômen. Na imagem se 
observa conteúdo fecal e gás 
 
 Bexiga – Localizada na parte caudal do abdômen 
 
 Rim – Se observa um deles na parte cranial, dorsal 
 
 Alças intestinais 
 
 Considerações gerais 
 
- Segmentos de alças intestinais distribuídos de forma homogênea na região central e 
ventral 
 
- Segmentos com conteúdo gasoso, alimentar ou vazio 
 
 Observar 
 
- Localização 
- Distribuição 
- Diâmetro luminal 
- Radiopacidade e aspecto do conteúdo 
 
 Animais jovens 
 
- Abdômen mais homogêneo 
 
 Exame contrastado 
 
- observar a progressão e aspecto da coluna de contraste 
 
 Alterações 
 
** Processos obstrutivos (ultrassonografia) 
- Total 
- Parcial 
- Corpos estranhos 
 * Radiopaco 
 * Radiotransparente 
 * Linear/ Não linear 
- Hérnia 
- Enterites 
- Neoplasias 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Aspectos radiográficos 
 
- > Radiografia simples – 
 
- Dilatação acentuada do lúmen 
- Alteração na distribuição das alças 
- Alteração na radiopacidade luminal 
- Descolamentos 
 
 Processos obstrutivos 
 
 Causas – 
 
Corpos estranhos, intuscepção e hérnia 
 
 Aspectos radiográficos da obstrução 
 
 Simples : 
 
Alteração da distribuição homogênea e da preservação do lúmen dos segmentos 
intestinais. 
 
 Contrastado : 
 
Alteração na progressão, falha de preenchimentos, diminuição do lúmen 
 
 Intestino grosso 
 
 Considerações gerais 
 
- Lúmen maior em comparação com o intestino delgado 
 
- Radiopacidade dependente do conteúdo 
 
 Alterações 
 
- Fecaloma (conteúdo fecal denso no intestino) 
- Corpos estranhos 
- Processo inflamatório 
- Neoplasia 
 
 Fígado 
 
 Considerações gerais 
 
- Face cranial adquire a formado diafragma 
- Contato com o estomago, duodeno e rim direito 
- Normalmente possui bordas finas 
- Não ultrapassa o limite do rebordo costal 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Alterações conforme raça, idade, ciclo respiratório 
- Vestibular 
 * Colicistite efisematosa / Litíase 
- Ultrassonografia 
 
 Alterações 
 
- > Aumento do tamanho : 
 
 - Animais idosos e obesos 
Infiltrado gorduroso 
Distensão dos ligamentos hepáticos 
Diminuição do tônus muscular 
 
- > Diminuição do tamanho 
 
- Cirrose 
 
- Shunt porto-sistêmico (comunicação vascular anormal, congenito) 
 
 Baço 
 
 Considerações gerais 
 
- Órgão alongado, de limites definidos, caudal e ventral ao estomago 
 
- Tamanho e posicionamento variado 
 
- Ultrassonografia 
 
 Sistema Urinário 
 
 Considerações gerais 
 
- > Radiografia simples 
 
– LL / VD 
 
- > Radiografia contrastada 
 
- LL / VD 
- Urografia excretora 
- Cistografia 
 (positiva (iodo) / pneumocistografia / duplo contraste) 
- Uretrocistografia 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Urografia excretora 
 
 Animal deve estar em jejum de sólidos de 24h 
 Animal deve estar bem hidratado 
 Limpeza de cólon e reto 
 
 Radiografias panorâmicas 
 
- LL/ VD / Obliquas 
 
- Tempo : 5´, 15´, 40´e pós-miccional 
 
 Contraste 
 
 Iodados 
 Dose = 2ml/kg (IV) 
 Interfere no crescimento bacteriano 
 
=> Silhuetas renais 
 
 Localização - espaço retroperitonial dorsal e cranial 
 
- > Radiografia Simples: 
 
- Contorno renal 
 
- Visibilidade dos rins : pela presença da gordura peri-renal 
 
- Animais magros ou com liquido peri-neal : dificuldade de avaliação 
 
- Oque observar ? 
 
 * Quantidade 
 * Forma 
 * Tamanho 
 * Topografia 
 
- > Número : 
 
Agenesia, atrofia, duplicação 
 
- > Aumento da silhueta : 
 
Nefrite aguda, hidronefrose, rins policísticos, cistos perirenais, neoplasias 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- > Diminuição da silhueta : 
 
Hipoplasia, nefrite crônica, infarto 
 
- > Aumento da radiopacidade: 
 
Nefroesclerose, cálculos, neoplasia 
 
 Bexiga 
 
Alteração mais comum encontrada em radiografias simples : Cálculos 
 
 Radiopacos 
 
- Oxalato : Rugoso, dentado, espiculado 
 
- Fosfato : Redondo, elíptico, piramidais 
 
- Silica : Espiculados, redondos pequenos 
 
 
 Avaliação Radiográfica da Cavidade Torácica (I) 
 
 Parede 
 Coração 
 Pulmão 
 Vasos (artérias, veias, linfas) 
 Nervo 
 Mediastino / Pleura 
 Traqueia / Brônquio 
 
- Anatomia : 4 regiões anatômicas básicas 
 
 Região extratorácica 
 Espaço pleural 
 Mediastino (coração, grandes vasos) 
 Pulmão 
 
 Região extratorácica : 
 
 ´´Teto`` (limite dorsal): corpos vertebrais (13) 
 ´´Paredes laterais``: costelas e musculatura 
 ´´Assoalho``(limite ventral): esterno (8) 
 Diafragma (limite caudal) 
 Tecidos moles (limite cranial): musculatura, pele 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 Espaço pleural : 
 
 Duas camadas – Pleura parietal (reveste o tórax) e Pleura visceral (reveste o 
pulmão). É uma fina camada de tecido com uma pequena quantidade de liquido 
entre elas para evitar seu atrito com elas mesmas. 
 
 Condições normais – Quantidade pequena de fluido pleural, e em constante 
reabsorção (ação de lubrificar o contato entre essas pleuras). Ela não é 
visualizada em condições de normalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Mediastino: 
 
´´Corredor no meio do tórax``, que vai passar vasos, esôfago, tecido linfático, coração 
e traqueia 
 
 Cranial (pré-cardíaco) 
 Médio (cardíaco) 
 Caudal (pós-cardíaco) 
 
 
 
 Pulmão : 
 
 Hemitórax direito: 4 lobos pulmonares 
 Hemitórax esquerdo: 2 lobos pulmonares 
- Lobo acessório: localizado no hemitórax esquerdo, mas aerado pelo brônquio direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- > Pulmão Direito 
 
- Cranial 
- Medial 
- Caudal 
 
 
 
- > Pulmão Esquerdo 
 
- Cranial porção cranial 
- Cranial porção caudal 
- Caudal 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Lobos pulmonares 
 
 
 
 Brônquios : 
 
 Carina traqueal 
 Brônquio principal 
 Brônquio lobar 
 Brônquio segmentar 
 Brônquio subseguimentar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa Alvéolos : 
 
 
 
 Pericárdio : 
 
 Dois sacos: 
 
- Fibroso – externo, se liga ao esterno pelo 
ligamento freno-pericárdico 
 
- Seroso – interno, duplo (parietal e visceral) 
 
• Cavidade pericárdica - Líquido pericárdico 
 
 Coração : 
 
Localizado em mediastino médio, Órgão muscular ovoide; 
 
 4 câmaras cardíacas: 
 
- Átrios (2) 
- Ventrículos (2) 
- Base 
- Ápice 
 
 Diafragma : 
 
- Estrutura muscular membranosa que divide a cavidade torácica e abdominal. 
 
 - Composto por um centro tendinoso e três partes musculares periféricas : lombar, 
costal e esternal. 
 
 Possui 3 aberturas : 
- > Hiato aórtico (dorsalmente) : aorta, veia azigos e hemiázigos e cisterna lombar do 
ducto torácico 
- > Hiato esofágico (centralmente) : esôfago e tronco do nervo vago 
- > Forame da veia caudal 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Linfonodos torácicos : 
 
- Traqueobrônquios 
- Intercostal 
- Mediastinais craniais 
- Cervical profundo 
- Esternal 
 
 Técnica radiográfica : 
 
 Preparo do animal 
 Chassi adequado 
 Projeções perpendiculares entre si 
 
- Látero-lateral direita e/ou esquerda 
- Ventrodorsal ou dorsocaudal 
 
 
 
 Avaliar: 
 
- Silhueta cardíaca 
- Grandes vasos 
- Campos pulmonares 
- Pleura 
- Mediastino 
- Diafragma 
- Caixa torácica 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Alterações do espaço pelural 
 
 Efusão pleural : 
 
Acumulo de liquido entre as pleuras. 
 
 Tipos de efusão pleural – 
 
- Hidrotórax 
- Piotórax 
- Hemotórax 
- Quilotórax (linfa) 
 
 Caudas : 
 
- ICC 
- Infecção/ Inflamação 
- Alteração na drenagem linfática 
- Trauma 
- Fluidoterapia exagerada 
 
OBS: DETERMINAR CAUSA DE EFUSÃO APENAS PELO EXAME 
RADIOGRÁFICO É FREQUENTEMENTE IMPOSSIVEL. 
 
 
 
 Aspectos radiográficos 
 
- Latero-lateral : 
 
Visibilidade das fissuras interlobares, aumento da radiopacidade em aspecto ventral 
da cavidade torácica. 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
- Ventro-dorsal: 
 
Retração dos lobos pulmonares (conteúdo com radiopacidade, água e aspecto 
homogêneo entre a parede torácica e margens pulmonares) 
 
OBS : PODE SER FEITA DORSO-VENTRAL CASO EFUSÃO PLEURAL SEVERA. 
 
 Pneumotórax : 
 
É a presença de ar (gás) livre no interior do espaço pleural. O pneumotórax é 
geralmente provocado por traumatismo, embora possa ocorrer pneumotórax 
espontâneo em cães e gatos, muitas vezes pela ruptura de um cisto. A pressão da 
cavidade pleural aumenta e o pulmão é comprimido. O pneumotórax pode ser 
unilateral ou bilateral. Essa doença pode ser fatal, a não ser que medidas paliativas 
sejam imediatamente instituídas. 
 
- Espontâneo 
- Traumático 
 
 Causas 
 
Trauma, lesão na parede torácica (toracocentese, biopsia pulmonar), doenças 
pulmonares pré-existentes (ruptura de massas pulmonares cavitárias) 
 
 Aspectos radiográficos (coração flutuante) 
 
- Área radiolucente em porção ventral da cavidade torácica 
 
- Afastamento das estruturas do mediastino médio em relação ao esterno 
 
- Deslocamento caudal do diafragma 
 
- Retenção dos lobos 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
0BS : NA EFUSÃO EU VEJO AS FISSURAS, LIQUIDO HOMOGÊNEO. NA 
RUPTURA O CONTEUDO TENDE A SER HETEROGÊNEO E NÃO SE VE AS 
FISSURAS E SE VE AR. 
 
 Avaliação da Cavidade Torácica II 
 
 Projeções perpendiculares entre si : 
 
- Látero-lateral direita e/ou esquerda 
 
- Ventrodorsal ou dorsoventral 
 
- Obtenção da radiografia na inspiração 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Parênquima pulmonar (composto por 3 estruturas normalmente 
observadas): 
 
- As paredes das vias aéreas (brônquios) 
 
- As artérias e veias pulmonares 
 
- Interstício pulmonar 
 
 Quadros pulmonares (padrões pulmonares) 
 
- Padrão Brônquico 
- Padrão Intersticial 
- Padrão Intersticial 
- Padrão alveolar 
- Padrão Misto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Padrão Bronquial (Donots) 
 
- Alteração pulmonar que afeta somente os brônquios (os brônquios ficam mais 
evidentes) 
 
- Opacidade pulmonar anormal causada pelo espessamento brônquico ou presença de 
células e/ou fluido imediatamente adjacente á estrutura 
 
 Radiograficamente : 
 
Número excessivo de anéis e linhas opacas 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Padrão brônquico relacionado a: 
 
- Calcificação bronquial (idoso) 
- Bronquite (alergia) 
- Broncopneumonia 
 
 
 
 Padrão intersticial 
 
- Mais difícil de ser observado 
 
- Coleção de fluidos, células ou fluidos na estrutura do tecido conjuntivo do pulmão 
entre os alvéolos, ou ao redor do vaso e vias aéreas 
 
 
 
 Radiograficamente: 
 
Aumento generalizado da opacidade pulmonar, formação de marcas lineares 
 
 Padrão Intersticial relacionado a: 
 
- Fibrose (idade) 
- Quadros alérgicos 
- Pneumonia 
- Edema 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Padrão Intersticial nodular 
 
 Radiograficamente: 
 
Áreas nodulares de opacidade aumentada 
 
 
 
 Padrão Intersticial nodular relacionado a: 
 
- Neoplasia 
 
 
 
 Padrão Alveolar 
 
O padrão alveolar se desenvolve quando os alvéolos se tronam preenchidos por 
líquido, debris celulares ou infiltrações neoplásicas. O líquido e os debris celulares 
deslocam o ar presente nos alvéolos, fazendo com que haja perda do contraste 
pulmonar. 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Radiograficamente: 
 
Aumento de opacidade por área, broncogramas aéreos, perda da definição dos vasos. 
 
 
 
* Brônquios preenchidos por ar ficam pretos. No padrão alveolar o ar ele não chega 
aos alvéolos, geralmente por pneumonia (líquido) 
 
* Broncograma aéreo: Diagrama alveolar, ele aparece quando os brônquios estão 
preenchidos por ar e os alvéolos estão preenchidos por liquido ficando evidente no 
Raio-X 
 
 Padrão alveolar relacionado a: 
 
- Broncopneumonia 
- Edema (origem cardíaca VE ) 
- Hemorragia 
- Neoplasia 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 
 AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DO CORAÇÃO 
 
 Coração e grandes vasos 
 
- 4 câmaras: 2 direitas / 2 esquerdas 
- Localizado em mediastino médio 
- Revestido pelo pericárdio 
- Artéria aorta torácica, veia cava caudal e vasos pulmonares – sustentação cardíaca 
dorsal 
- Ligamento frenopericárdico – sustentação cardíaca ventral 
 
 Anatomia cardíaca: 
 
- Formato ovalado 
- Inclinado obliquamente no plano mediano 
- A base está inclinada cranial (LL) e lateralmente à direita (VD) 
- O ápice inclinado caudal (LL) e lateralmente à esquerda (VD) 
 
 Analogia com o relógio: LL 
 
- 12 - 2 hr : AE 
- 2 – 5 hs : VE 
- 5 – 9 hs : VD 
- 9 – 10 hr : AD 
- 10 – 11 hr : Aao 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 
 Analogia com o relógio: VD 
 
- 11 –1 hs: Aao 
- 1 – 2 hs : ArPul 
- 2 –3 hs: AE 
- 2 –5 hs: VE 
- 5 –9 hs: VD 
- 9 –11 hs: AD 
 
 
 
 Importante!!! O exame radiográfico simples permite avaliação da 
SOMBRA cardíaca. Os limites internos e externos das câmaras NÃO 
são diretamente visualizados. Portanto, não podemos dar 
informações sobre as cavidades e espessuras de suas paredes. 
 
 Aumentos cardíacos: 
 
Baseados nas alterações do tamanho, forma, densidade e posição 
 
 Projeções perpendiculares entre si: 
 
- Later-lateral direita e/ou esquerda- Ventrodorsal ou Dorsoventral 
- Obtenção da radiografia na inspiração 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Silhueta cardíaca X Conformação torácica (diferentes raças): 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Animais obesos: 
 
Acumulo de gordura mediastinal adjacente ao coração e intrapericardica fornecem 
uma imagem mais arredondada a silueta cardíaca (correlacionar os achados sempre 
com a clìnica) 
 
OU SEJA : MUITOS SÃO OS FATORES QUE PODEM ALTERAR O ASPECTO DA 
SILUETA CARDIACA NORMAL 
 
 Mensurações (LL) 
 
- Comprimento ápico-basilar (carina –ápice cardíaco) 2/3 da altura do tórax 
 
- Largura: 2,5 (tórax profundo)–3,5 (tórax arredondado) espaços intercostais 
 
- Felinos: 2,0 –2,5 EIC 
 
 
 
 Mensurações (VD) 
 
- Coração representa 1/3 da cavidade torácica 
 
- No seu ponto mais largo, aproximadamente, 2/3 da cavidade torácica 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Aumento Cardíaco 
 
 Aumento atrial direito (LL) 
 
O átrio direito pode apresentar aumento de volume caso a eficiência da valva 
tricúspide seja prejudicada. O aumento de volume também pode ser observado em 
caso de defeito septo atrial, aumento de ventrículo direito e tetralogia de Fallot. 
 O aumento do volume do átrio direito é raramente encontrado como uma entidade 
única, e a sua avaliação radiológica é difícil. De modo geral, esta associado a aumento 
de volume do ventrículo direito. 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Elevação da traquéia, cranialmente à carina 
 
- Aspecto cranial da silhueta cardíaca mais 
Arredondada 
 
 
 
 
 Aumento atrial direito (VD) 
 
 Sinais radiográficos: 
 
- Abaulamento da silhueta cardíaca cranial direita 
 
- Proximidade do coração com a parede torácica 
Direita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 
 
 Aumento ventricular direito (LL) 
 
Qualquer doença que aumente a carga do lado direto do coração acaba levando ao 
aumento do ventrículo direito. Entre essas doenças incluem-se incompetência da valva 
pulmonar ou da tricúspide e defeitos septais ventriculares e atriais. O aumento do 
ventrículo direito também é associado a dirofilariose, doença pulmonar crônica e 
tetralogia de Fallot. 
 
- Aumento do contato com o esterno/ elevação do ápice cardíaco 
 
- Aumento do diâmetro crânio caudal do coração 
 
- Desvio dorsal da traquéia pré-terminal 
 
- Aumento da veia cava cauda 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Aumento ventricular direito (VD) 
 
- Margem cardíaca direita mais arredondada e mais próxima da parede torácica direita 
 
- Aspecto de ́́D ́́invertido 
 
- Deslocamento do ápice para a esquerda 
 
 
 
 Aumento atrial esquerdo (LL) 
 
O aumento do volume atrial esquerdo é mais comumente associado a endocardiose 
da valva mitral e cardiomiopatia dilatada. Pode também ser observados, em 
associação com shunt da esquerda para a direita, persistência do ducto arterioso ou 
defeitos no septo atrial. 
 
- Elevação da traquéia terminal e do brônquio principal esquerdo 
 
- Retificação da cintura cardíaca caudal 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Aumento atrial esquerdo (VD) 
 
- Saliência do bordo cardíaco esquerdo. 
 
 
 
 Aumento ventricular esquerdo (LL) 
 
O aumento ventricular esquerdo é observado na incompetência das valvas aórtica ou 
mitral, na estenose aórtica, no shunt da esquerda para a direita e nos defeitos septais. 
Esse aumento de volume pode ter diversas causas. A endocardiose da valva mitral 
resulta em aumento de pré-carga, que provoca dilatação e hipertrofia excêntrica do 
ventrículo esquerdo o que leva o aumento de volume, radiograficamente visível do 
lado esquerdo do coração. 
 
- Perda da cintura cardíaca caudal 
- Margem caudal verticalizada 
- Desvio dorsal da traquéia 
- Silhueta cardíaca mais alongada 
 
 
 
 
 
 
Daniel Doria - Anhanguera Veterinária Diagnóstico por Imagem – Maíra Massa 
 Aumento ventricular esquerdo (VD) 
 
- Margem cardíaca esquerda mais arredondada e mais próxima da parede torácica 
esquerda 
 
- Ápice arredondado

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