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Avaliação ll Atividade Avaliativa II GN História e Cultura Afro-brasileira e Indígena NOTA MÁXIMA 10 1. Quando se analisa a presença dos povos indígenas no Brasil, fala-se de sua presença desde 1500. Todavia, é perceptível, não apenas pelos dados oficiais dos quais temos conhecimento, como também pela própria visibilidade desses grupos em sociedade, a sua diminuição ao longo dos anos. De acordo com o que sabemos da historiografia indígena e do percurso da história desses grupos no país, qual é o principal fator responsável por essa diminuição? Os maiores responsáveis pela diminuição dos povos indígenas foram os próprios povos indígenas, que fizeram questão de sair de suas áreas naturais de habitação, que já eram preservadas, e migrar para as cidades em busca de novas oportunidades e novos meio de subsistir. A historiografia oficial/tradicional tentou durante muitos anos ressaltar os aspectos positivos das populações indígenas, todavia, as políticas institucionais e oficiais se impuseram, o que culminou no extermínio da maioria dos povos indígenas. A historiografia oficial, apesar dos esforços em sempre apontar os indígenas como povos incivilizados, selvagens e inferiores, viu resistência por parte das políticas institucionais e oficiais, que fizeram o possível para ajudar a população indígena. Mesmo assim, sem apoio da comunidade, essas populações diminuíram. A historiografia oficial/tradicional, que fez com que a imagem dos indígenas fosse ligada a aspectos negativos, tratando-os como inferiores e selvagens e, consequentemente, fazendo com que as políticas oficiais e institucionais negassem seus direitos durantes anos, o que contribuiu para que esses povos fossem diminuindo cada vez mais. 2. As Leis n.° 10.639/2003 e n.° 11.645/2008 criaram as bases para uma educação antirracista no espaço escolar. Considerando o conteúdo dessas leis, qual alternativa se encaixa na proposta educacional dessa legislação? Os conteúdos referentes à história e à cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, com atividades exclusivas para os componentes curriculares de educação artística, literatura e história brasileira. O enfoque do ensino deverá ser no âmbito da produção literária e das artes, resgatando as contribuições musicais, artísticas e literárias pertinentes à contribuição multicultural dos grupos sociais que formaram o Brasil. O conteúdo programático a que se referem as leis incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, enfatizando as contribuições igualitárias de portugueses, indígenas e africanos na formação da sociedade nacional. O enfoque do ensino deverá ser na cooperação pacífica e histórica entre esses grupos, resgatando as suas contribuições nos campos social, político e econômico pertinentes à história brasileira. A Lei n.° 11.645/2008 é resultado de um longo processo histórico de lutas e demandas de diversos movimentos sociais, especialmente o Movimento Negro, que por décadas buscou inserir o estudo da história da África, dos africanos e dos seus descendentes no currículo escolar brasileiro. A importância simbólica da Lei é ampliada na forma de marco legal, pois essa alteração na legislação ocasionou também a substituição e a anulação do conteúdo da antiga lei, a Lei n.° 10.639/2003. O conteúdo programático a que se referem essas leis incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos, tais como: o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil. 3. O excerto a seguir explicita a diversidade cultural e histórica dos povos indígenas e sua luta para evitar generalizações e simplificações. Do ponto de vista epistemológico, os pesquisadores buscam romper com olhares etnocêntricos e uniformizadores desses povos. Leia o trecho a seguir, escrito pelo antropólogo e filósofo Gersem Baniwa (2006, p. 47): “São povos que representam culturas, línguas, conhecimentos e crenças únicas, e sua contribuição ao patrimônio mundial – na arte, na música, nas tecnologias, nas medicinas e em outras riquezas culturais – é incalculável. Eles configuram uma enorme diversidade cultural, uma vez que vivem em espaços geográficos, sociais e políticos sumamente diferentes. A sua diversidade, a história de cada um e o contexto em que vivem criam dificuldades para enquadrá-los em uma definição única. Eles mesmos, em geral, não aceitam as tentativas exteriores de retratá-los e defendem como um princípio fundamental o direito de se autodefinir.” Sobre o reconhecimento da cultura indígena para a formação da cultura brasileira, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso): ( ) O texto de Baniwa demonstra como as contribuições da cultura indígena são secundárias para a formação da cultura brasileira, assentada principalmente nos hábitos, nas práticas e nos saberes herdados das populações europeias. ( ) O texto de Baniwa evidencia diferentes contribuições de hábitos, práticas e saberes dos povos indígenas incorporados pela cultura brasileira, como alimentos, conhecimento de plantas medicinais e expressões para a língua portuguesa. ( ) O texto de Baniwa argumenta pela diversidade cultural e histórica dos povos indígenas, já que a ocupação de diferentes espaços geográficos, com ambientes e climas distintos, configura diferenças nas práticas e saberes indígenas. ( ) O texto de Baniwa explicita a resistência dos povos indígenas em serem compreendidos por seus pertencimentos culturais e étnicos, preferindo termos que possibilitem seu reconhecimento enquanto grupo, como “índio” ou “indígena”. A ordem correta de preenchimento, de cima para baixo, é: F, V, V, F. V, F, F, V. V, V, F, F. F, F, V, V. 4. Analise as assertivas a seguir, a respeito da palavra diáspora, de acordo com Lopes (2011). I. Tem origem grega e pode significar dispersão. II. Pode designar os descendentes de africanos nas Américas e na Europa e o patrimônio cultural por eles construído. Assinale a alternativa que indica se as assertivas são verdadeiras ou falsas e a relação entre elas. As assertivas I e II verdadeiras e se complementam. As assertivas I e II são verdadeiras, mas não se relacionam. A assertiva I é falsa, e a II é verdadeira. As assertivas I e II são falsas, mas se relacionam. 5. O estudo das populações indígenas que ocupavam o território do “Brasil” se dá por investigações interdisciplinares, unindo diferentes áreas do conhecimento. Sobre esses estudos, são feitas as seguintes afirmações: I. A arqueologia permite conhecermos hábitos e práticas dos povos indígenas pelo estudo da cultura material. II. Os relatos dos colonizadores e missionários foram abandonados pelos pesquisadores em razão de seus inúmeros erros e imprecisões. I II. Embora a arqueologia e a linguística histórica nos auxiliem a escrever a história dos povos indígenas, há certas limitações no emprego de suas metodologias em razão da disponibilidade de evidências. Está correto o que se afirma em: I e II, apenas. II, apenas. I e III, apenas. I, apenas. 6. Analise as assertivas a seguir, acerca do conceito de cosmovisão. I. É uma interpretação do mundo, de sua realidade global. II. Pretende dar uma resposta às questões últimas do ser humano. Assinale a alternativa que indica se as assertivas são verdadeiras ou falsas e a relação entre elas. As assertivas I e II são verdadeiras, mas não se relacionam. As assertivas I e II são verdadeiras e se complementam. As assertivas I e II são falsas, mas se relacionam. A assertiva I é falsa, e a II é verdadeira. 7. Com o avanço da historiografia e as maneiras de se fazer história, vão sendo incorporadas novas metodologias e ferramentasque auxiliam no processo investigativo. Junto a isso, também começam a surgir novas dinâmicas entre áreas do conhecimento que são vizinhas e podem auxiliar nesse processo de reconstrução histórica. Nesse contexto, surge a arqueologia como aliada da história. Marque a alternativa que descreve o que é a arqueologia, quais as suas principais características e como ela pode auxiliar a história no processo de reconstrução histórica. A arqueologia, apesar de ser uma ciência que usa vestígios históricos, não consegue mensurar as dimensões históricas e temporais nas quais esses vestígios estão inseridos, uma vez que trata apenas da medição de tempo de onde eles foram retirados. A arqueologia é a ciência que estuda os vestígios materiais históricos deixados pelas civilizações passadas, tratando, especificamente, dessas sociedades que já não estão presentes no tempo atual. A arqueologia, apesar de ser muito precisa em relação aos fósseis e demais vestígios que estuda, não é uma ciência exata. Mas pode ajudar no processo de reconstrução das sociedades. A arqueologia é o estudo científico que, por meio de vestígios materiais, como fósseis e artefatos, de sociedades que já não existem mais e também de sociedades ainda existentes, pode, a partir de um diálogo com história, dar sentido a diversas sociedades e grupos. 8. A história possui várias áreas com as quais pode estabelecer diálogo para chegar a conclusões sobre os temas que aborda. Uma dessas áreas se dedica a estudar a evolução das sociedades, características raciais, sociais, de desenvolvimento humano, linguístico, etc., sendo caracterizada como a ciência que estuda diversos aspectos da vida humana. Essa ciência é considerada uma grande aliada da história no que diz respeito à nova historiografia indígena, justamente por fazer uma nova leitura, incorporando aspectos que antes eram desprezados. O parágrafo acima está se referindo a qual área do conhecimento? Arqueologia, que estuda os vestígios materiais históricos deixados pelas civilizações passadas, estando, assim, intimamente ligada ao estudo de etnias indígenas brasileiras. Sociologia, que tem grandes nomes expoentes como Émile Durkheim e August Comte e é um ramo que se dedica a estudar as relações sociais, sendo por isso tão importante para a nova historiografia indígena. Antropologia, que estuda, por meio de vestígios materiais ou imateriais, a formação cultural e as relações que são estabelecidas entre os diversos povos, trazendo novas perspectivas para história e a cultura, sendo por isso muito importante. Filosofia, que se dedica aos estudos de temas como ética, moral e vida de maneira geral, por isso sua importância para a história indígena. Tem grandes nomes como referência, sendo um deles o contemporâneo e brasileiro Leandro Karnal. 9. Considere o trecho a seguir: "A língua de que usam, toda pela costa, é uma [...] Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei: e desta maneira vivem desordenadamente." Qual alternativa melhor explicita o simbolismo empregado nessa obra? Esse pensamento insere os portugueses na lógica do mercantilismo europeu e na percepção dos nativos como grupos humanos que deveriam ser convertidos para a glória da Santa Igreja durante a Reconquista. Ao afirmar que os indígenas não tinham essas letras no seu vocabulário, fica evidente a visão que os portugueses construíram sobre a organização social da população nativa, impossibilitando o reconhecimento deles como iguais. Ao afirmar que os indígenas não tinham essas letras no seu vocabulário, fica evidente a visão que os portugueses construíram sobre a organização social da população nativa, possibilitando o reconhecimento deles como iguais. O autor era um linguista e a sua contribuição foi de suma importância para a valorização da cultura tupi dos povos indígenas, auxiliando os portugueses a melhor compreender a cultura dos nativos e na conquista do território e posterior expulsão dos holandeses. 10. Segundo Adão (2011, p. 58), “[...] a cosmovisão africano-tradicional, presente nas culturas banto e nagô, foi preservada, comunicada, em especial, [por meio] dos cultos e religiões afro-brasileiras. Hoje, no Brasil, existem fundamentalmente três tipos dessas religiões”. Esses três tipos de religiões existentes no Brasil são: candomblé, umbanda e batuque/nação. batuque/nação, quimbanda e macumba. batuque/nação, umbanda e quimbanda/macumba. batuque/nação, candomblé e macumba.
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