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Padrões de saúde e doença

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Padrões de saúde e doença
Apresentação
Conforme a sociedade foi se transformando, os conceitos de saúde foram sendo modificados. Em 
determinados períodos da história e de contextos culturais, a saúde de uma população era atribuída 
aos bons e maus espíritos que pairavam sobre os indivíduos. Atualmente, embora criticado, o 
conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde direciona as políticas públicas de promoção e 
prevenção, que são pautadas também pelos estudos epidemiológicos.
Aliados aos princípios de estado de pleno bem-estar físico, emocional e social, encontram-se os 
profissionais de Educação Física. Uma das principais tarefas desses profissionais é a realização e o 
acompanhamento dos estudos epidemiológicos, direcionando e promovendo as políticas de 
promoção da saúde e prevenção de doenças.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os conceitos atribuídos à saúde, as principais 
características da promoção da saúde e da prevenção de doenças, os principais aspectos e, 
também, a importância dos estudos epidemiológicos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Discutir os conceitos básicos e ampliados de saúde.•
Explicar promoção e prevenção no âmbito da saúde.•
Listar as evidências e os benefícios de estudos epidemiológicos para a promoção da saúde.•
Desafio
A obesidade é uma doença crônica não transmissível e tem como principal característica o acúmulo 
excessivo de gordura, que pode afetar a saúde. Esse acúmulo tem causas diversas, como, por 
exemplo: causas genéticas, metabólicas, ambientais e/ou comportamentais. Geralmente, a condição 
apresentada pela obesidade é fruto da associação entre uma dieta hipercalórica e uma vida 
sedentária. Como consequências dessa doença, são comuns as complicações no sistema 
circulatório (hipertensão, aterosclerose, insuficiência cardíaca), no sistema respiratório (apneia do 
sono, dificuldade de respirar, embolia pulmonar), alterações metabólicas (hiperlipidemia, diabetes), 
entre outras.
Uma Prefeitura Municipal realizou uma pesquisa em conjunto com a Secretaria de Saúde do 
Município para identificar os padrões de saúde e de qualidade de vida dos habitantes daquela 
localidade. Com esses estudos, foi possível identificar uma população apresentando altas taxas de 
obesidade, acima dos índices nacionais, que, atualmente, indicam a incidência dessa doença em 8% 
dos indivíduos adultos.
Imagine que você foi contratado por essa Prefeitura para coordenar um programa de ação 
intersetorial de modo a combater a obesidade nesse Município. Frente a isso, responda as 
seguintes questões:
a) Considerando a incidência da obesidade em indivíduos adultos, quais ações poderiam ser 
propostas para reverter esse quadro?
b) Considerando que muitos indivíduos obesos já apresentavam excesso de peso na infância e na 
adolescência, quais ações poderiam prevenir a incidência de novos adultos obesos?
c) Como poderia ser realizada uma avaliação da eficiência das ações propostas por você à 
população do Município?
Infográfico
O conceito de saúde é muito amplo, encontrando-se várias definições na literatura. Nos programas 
governamentais voltados à prevenção de doenças e à promoção da saúde, frequentemente nos 
deparamos com a abordagem da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nessa perspectiva, os estudos epidemiológicos ganham destaque para identificar, compreender e 
abordar determinadas doenças. No Infográfico a seguir, você poderá vislumbrar os principais 
aspectos dos conceitos de promoção da saúde, prevenção de doenças e de estudos 
epidemiológicos.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/41ec4658-8b4f-4dd5-8c6c-9326fc99e706/44e00802-9af0-42a1-937a-ac0a54bbd08f.png
Conteúdo do livro
Qual a definição de saúde? Quais as diferenças entre promoção da saúde e prevenção de doenças? 
Quais os objetivos dos estudos epidemiológicos? Essas questões são muito recorrentes no âmbito 
dos profissionais que lidam com a saúde pública.
No capítulo a seguir, você responderá a essas e outras questões, que são fundamentais de serem 
compreendidas pelos profissionais de Educação Física.
Aprofunde seus conhecimentos lendo o capítulo Padrões de saúde e doença, do livro Saúde e 
prescrição do exercício físico, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
SAÚDE E 
PRESCRIÇÃO DO 
EXERCÍCIO FÍSICO
Patrick da Silveira 
Gonçalves
Padrões de saúde e doença
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Discutir os conceitos básicos e ampliados de saúde.
 � Explicar promoção e prevenção no âmbito de saúde.
 � Listar as evidências e benefícios de estudos epidemiológicos para a 
promoção da saúde.
Introdução
A saúde está geralmente está em pauta nas ações governamentais. 
Recorrentemente, os discursos de autoridades públicas e dos setores 
privados atentam para a importância de programas voltados à promoção 
da saúde e da prevenção de doenças. Mas, afinal, qual seria o conceito de 
saúde? Quais seriam as diferenças conceituais em promoção e prevenção 
no âmbito da saúde? E como os programas voltados à saúde podem 
encontrar formatos eficientes para a sua exequibilidade?
Neste capítulo, você vai estudar a evolução histórica dos conceitos 
de saúde até os das atuais, onde muitos governos se utilizaram das de-
finições encontradas nas conferências organizadas pela Organização 
Mundial de Saúde; explicar as diferenças conceituais e práticas nas ações 
de prevenção de doenças e promoção da saúde; e, além disso, conhecerá 
os estudos epidemiológicos que fornecem dados intersetoriais sobre as 
características da população. 
Conceitos de saúde
Os conceitos que buscam definir a saúde são bastante diversos e atravessam 
os campos sociais, econômicos, políticos e culturais. Ou seja, a saúde pode 
apresentar-se e ser apresentada por formas distintas por grupos sociais dife-
rentes. Essas diferenças ocorrem também em função do tempo histórico em 
que a sociedade se encontra. Ao longo dos tempos, várias foram as causas 
e conceitos demandados à saúde dos indivíduos e das populações. Nesta 
seção, buscaremos realizar uma aproximação à evolução histórica destas 
compreensões.
Embora saúde e doença estejam relacionados, um indivíduo que não esteja doente 
não necessariamente goza de boa saúde. Em outras palavras, a saúde não se trata 
apenas de ausência de doenças, mas de gozar de um estado de completo bem-estar 
físico, mental e social, ainda que isso possa ser algo inatingível.
Evolução histórica dos conceitos de saúde
Junto às modificações dos conceitos de saúde, os conceitos de doença, uma 
das negações à saúde, também se transformam. Scliar (2007) nos conta que, 
em determinado período histórico, a masturbação era considerada uma prática 
associada à condição de doença, relacionada à perda de nutrientes proteicos 
presentes no esperma e a distúrbios mentais. O tratamento para esses quadros 
ocorria através de imobilização do paciente com aparelhos que despendiam 
descargas elétricas ao paciente que tentasse manipular a própria genitália. 
Acompanhando essa elaboração, o mesmo autor ainda lembra que o desejo 
que os escravos mantinham de fugir das situações escravagistas em que se 
encontravam, e a “pouca disposição para o trabalho” também foram apresen-
tados como enfermidades, sustentadas por diagnósticos médicos, sobretudo 
na época do apartamento racial dos Estados Unidos. O tratamento, como se 
pode imaginar, ocorria através do açoite, até que o escravo demonstrasse o 
desejo em servir ao seu senhorio, ou seja, demonstrando estar saudável.
Retrocedendo um pouco mais na história da humanidade, podemos evi-
denciar que as doenças, alheias a uma boa saúde, poderiam ser entendidas a 
partir de concepções diversas. De todo modo, elas eram causadas por ameaças 
alheias ao organismo do próprio indivíduo. Paraos hebreus, as enfermidades 
que retiravam a condição de saúde dos homens eram causadas pela cólera 
divina, devido aos pecados dos homens. No mesmo âmbito, a dieta privativa 
de alguns frutos do mar e de suínos, características da religião judaica, além 
de buscar uma coesão como grupo e obedecer às leis divinas, também esta-
Padrões de saúde e doença2
vam relacionadas à obtenção da saúde, uma vez que esses animais poderiam 
transmitir algum tipo de doença. 
Em alguns grupos indígenas, como os Sarrumá, que habitam a fronteira 
entre Brasil e Venezuela, as mortes, provocadas por qualquer que seja a causa, 
são resultantes de maldições de tribos inimigas. A saúde, portanto, era con-
siderada a partir da força que os espíritos protetores da aldeia exerciam sobre 
os maus espíritos. Quando os males pairavam, era necessária a evocação de 
espíritos capazes de afastar o mal. Nesses casos, o xamã, uma espécie de 
curandeiro de todos os males, é responsável por convocar os espíritos capazes 
de enfrentar o mal que foi lançado sobre sua tribo. Além disso, é o responsável 
por coletar plantas e preparar substâncias alucinógenas, capazes de facilitar 
a entrada dos bons espíritos e combater as moléstias que pairam sobre sua 
tribo (SCLIAR, 2007). 
No entanto, a visão que rompe com a ligação espiritual, ainda que possamos 
encontrá-la nos dias atuais, começa a se desenhar na Grécia Antiga. Hipócrates 
de Cós (460–377 a.C.), considerado o pai da medicina, atribuía a saúde ao pleno 
equilíbrio de quatro fluídos corporais: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue 
(Teoria Humoral de Hipócrates). As desordens nesse equilíbrio causavam as 
diversas doenças que afetavam a saúde dos seres humanos. A partir de sua 
empiria, evidenciou que algumas doenças atingiam indivíduos em condições 
específicas de idade e de localização nas quais viviam. Na sua interpretação, as 
doenças que afetavam a saúde dos seres humanos eram desenvolvidas a partir 
de desordens biológicas causadas pelo ambiente (ARAÚJO; XAVIER, 2014). 
Durante a Idade Média (476–1492), a forte presença da Igreja alertava para 
o pecado como forma de contrair doenças. No entanto, as ideias de Hipócrates 
continuaram a se difundir na sociedade ocidental, em especial aquelas que aler-
tavam para a necessidade de cuidados quanto às questões sanitárias, higiênicas e 
alimentares. Nessa época, o desenvolvimento dos estudos anatômicos do corpo 
humano, que buscavam entender melhor o funcionamento dos órgãos, permitiu 
compreender melhor como o organismo reagia a determinadas doenças. No 
entanto, esses estudos só ganharam profundidade ao final do século XIX, na 
denominada Revolução Pasteuriana (SCLIAR, 2007). O microscópio, até então 
pouco utilizado, apesar de ter sido desenvolvido ainda no século XVII, revelou 
a Louis Pasteur (1822–1895) a presença de microrganismos e a possibilidade 
de combatê-los através de soros e vacinas. Os novos entendimentos etiológicos 
passam a definir a doença como uma contaminação de organismos externos. 
3Padrões de saúde e doença
Nessa mesma época, os estudos epidemiológicos começaram a surgir como 
forma de transformar as causas e consequências das doenças em números, 
motivados pela estatística, uma nova ciência que também começava a surgir. 
Em 1826, Louis René Villermé (1782–1863) buscou identificar as doenças e 
mortes em diferentes bairros de Paris, tendo como resultado a relação entre 
as diferentes faixas de renda. Em 1850, nos Estados Unidos, o livreiro Lemuel 
Shattuk elaborou um relato sobre as condições sanitárias de Massachusetts, 
fazendo surgir uma diretoria de saúde, composta predominantemente por 
médicos, naquele estado. Na Inglaterra, sobre os efeitos da Revolução In-
dustrial, como a crescente urbanização, industrialização e proletarização, 
chegou-se aos mesmos entendimentos através dos estudos de William Farr 
(1807–1883) e das denúncias nos manuscritos de Friedrich Engels. No mesmo 
sentido, Karl Marx, durante seu período na França, indicava os males que o 
capitalismo causava à saúde dos mais pobres em decorrência das mazelas 
que se apresentavam à época. Otto von Bismarck, estadista alemão, alertava 
os latifundiários quanto à sua ganância, que levava ao sacrifício da própria 
mão-de-obra. Durante o seu mandato, instaurou a polícia médica, um sistema 
de seguridade social onde o Estado poderia estar a par das condições de saúde 
da população alemã, criando um conceito de saúde autoritário e paternalista 
(ROSEN, 1979). Esse modelo inspirou outros países a implantarem em seus 
territórios programas que pudessem manter a vigilância sanitária e médica de 
suas populações, proporcionando a saúde e a melhor qualidade de vida para 
seus cidadãos (SCLIAR, 2007). 
Aspectos atuais dos conceitos de saúde
Ainda que diferentes nações tenham desenvolvido suas atenções aos sistemas 
que visavam manter padrões de qualidade de vida para a população, era neces-
sário um consenso mundial acerca da saúde. Podemos constatar que os avanços 
em medicina foram bastante evidentes à medida que a tecnologia avançava 
no século XX. No entanto, as guerras ocorridas nesse período dificultavam o 
diálogo entre os diferentes países. Após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, 
surge a Organização das Nações Unidas (ONU), uma instituição criada com o 
objetivo de promover a cooperação internacional. Entre as diversas agências 
que integram a ONU, há a Organização Mundial da Saúde (OMS), que possui 
o objetivo de promover a saúde de todos os povos. 
Padrões de saúde e doença4
O processo de constituição da OMS foi realizado em Nova Iorque, em 22 de Julho de 
1946, com a elaboração da Carta de Princípios. No entanto, esse documento passou 
a vigorar em 1948, no dia 7 de abril, data que passou a ser considerada o Dia Mundial 
da Saúde.
Na busca de um conceito que pudesse ser amplamente aceito e que superasse 
o entendimento de que, para ter saúde, basta não apresentar algum quadro 
patológico, a OMS propôs a compreensão de que “[...] a saúde é um estado de 
completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência 
de doença ou de enfermidade” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 
1946, documento on-line). Esse conceito trouxe importantes avanços ao en-
tendimento de saúde. Primeiramente, como discutimos, há uma superação do 
conceito de saúde relacionado à ausência de doenças. Em um segundo momento, 
podemos perceber que a saúde deixa de ser algo estritamente relacionada ao 
corpo biológico, englobando também aspectos psicológicos e sociais. 
No entanto, a definição da OMS, ainda que possa propor um ideal a se 
buscar no campo da saúde e definir padrões acerca do que é e do que não 
é caracterizado como saúde, sendo internacionalmente aceito, o conceito 
elaborado gera algumas dúvidas e críticas. As controvérsias geradas por 
essa concepção alegam que é praticamente impossível delimitar o que possa 
ser identificado como um bem-estar ou mal-estar psicossocial, uma vez que 
essas compreensões variam de acordo com os significados, percepções e 
entendimentos de cada sujeito. Também devido à amplitude que esse conceito 
gera na dificuldade de implantar políticas sociais em saúde que atendam às 
premissas expostas (ARAÚJO; XAVIER, 2014). 
Buscando delimitar o conceito de saúde, permitindo a sua aplicabilidade 
no meio social, Marc Lalonde, titular do Ministério da Saúde e do Bem-estar 
do Canadá, propôs em 1974 o princípio dos campos da saúde. Para ele, tais 
critérios devem se pautar nos seguintes campos:
Biologia humana: que compreende a herança genética e os processos bioló-
gicos inerentes à vida, incluindo os fatores de envelhecimento;
Meio ambiente: inclui o solo, a água, o ar, a moradia, o local de trabalho;
Estilo de vida: decisões que afetam a saúde, como fumar ou deixar de fumar, 
beber ou não, praticar ou não exercícios;
5Padrões de saúde e doença
Organização da assistência à saúde: envolve as ações relacionadas à pro-
moção de saúde que não necessariamente se encontram em hospitais ou 
ambulatórios,como acesso e consumo de água potável e alimentos saudáveis, 
assim como a adoção de uma vida fisicamente ativa e de hábitos saudáveis 
(SCLIAR, 2007, p. 37).
Os conceitos ampliados de saúde, elaborados após o pronunciamento da 
OMS, e as críticas e desconfianças ao papel desta agência na organização polí-
tica e social dos Estados guiaram as ações em saúde coletiva em algumas partes 
do mundo. Primeiramente, a OMS, em cooperação com os estados membros, 
fugiu às suas atribuições meramente normativas e consultivas, elaborando um 
plano de atuação para o combate de duas doenças amplamente transmissíveis. 
Nessa situação, foram escolhidas a malária e a varíola. O combate à malária 
baseou-se no uso de um inseticida que, alguns anos mais tarde, foi banido por 
sua pouca eficácia no combate aos mosquitos e nos riscos que poderia trazer 
aos seres humanos. Por outro lado, a varíola, que se encontrava em milhões 
de infectados, teve sua vacina desenvolvida, e sua transmissão, de pessoa à 
pessoa, eliminada. Com o habitat do vírus eliminado, o último caso de varíola 
registrado foi em 1977. A erradicação de uma doença que afetava milhões 
de pessoas fez com que a OMS, ganhasse crédito junto aos países membros 
(ARAÚJO; XAVIER, 2014).
Mais tarde, esperava-se que a OMS realizasse alguma ação que pudesse 
promover a erradicação de outra doença infectocontagiosa. Contudo, a ne-
cessidade de progresso social fez com que a agência ampliasse seus objetivos, 
destacando a responsabilidades governamentais em promover programas de 
saúde coletiva em cada uma das nações, em especial aquelas que apresentavam 
características de subdesenvolvimento, onde as condições sociais se demons-
travam mais precárias. Scliar (2007) explica que as orientações às nações na 
promoção de programas voltados à saúde baseiam-se nos seguintes pontos:
1. As ações de saúde devem ser práticas, exequíveis e socialmente aceitáveis;
2. Devem estar ao alcance de todos, pessoas e famílias - portanto, disponíveis 
em locais acessíveis à comunidade;
3. A comunidade deve participar ativamente na implantação e na atuação do 
sistema de saúde;
4. O custo dos serviços deve ser compatível com a situação econômica da 
região e do país (SCLIAR, 2007, p. 38).
Embora o conceito de saúde aí não esteja explícito, é possível compreender 
que a saúde deve ser promovida a partir de ideais comunitários, favorecendo 
a abertura de instituições responsáveis pela sua promoção de forma decentra-
Padrões de saúde e doença6
lizada. Essa perspectiva está presente na constituição brasileira, que também 
não elabora uma conceituação para a saúde, ao estabelecer que: 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promo-
ção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988, art. 196, documento on-line).
Nesse viés, surgem as diferentes políticas de saúde brasileiras, como, por 
exemplo o Sistema Único de Saúde (SUS), os Centros de Referência em As-
sistência Social (CRAS), o Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC) 
e a Política Nacional do Esporte, que fornecem o atendimento especializado 
para a promoção do bem-estar físico, mental e social da população. 
Atualmente, a visão simplista e dualista entre saúde e doença predomina 
na sociedade. Para muitas pessoas, a ausência de doença ainda é sinônimo 
de saúde. Isso faz com que os programas sociais busquem apenas tratar as 
condições patológicas em si, não adotando práticas e hábitos que busquem 
o pleno estado de bem-estar físico, social e mental. Assim, as políticas de 
prevenção encontram muitas dificuldades de atuação, uma vez que a ausência 
de doenças não faz com que a população procure e mantenha a busca contínua 
da saúde. No entanto, podemos destacar que as ações que visam o desenvolvi-
mento da saúde populacional existem. De modo geral, essas propostas podem 
ser divididas entre políticas de prevenção e de promoção da saúde, as quais 
daremos ênfase na próxima seção.
Promoção e prevenção no âmbito de saúde
As ideias de promoção da saúde surgem com maior ênfase no decorrer da 
década de 1980, motivadas por discussões que ocorreram predominantemente 
nos Estados Unidos, no Canadá e em muitos países da Europa Ocidental 
em decorrências das mudanças de hábito e do contínuo envelhecimento da 
população. As recorrentes propostas voltadas à melhoria da qualidade de vida 
das pessoas têm sido ampliadas significativamente, sobretudo, como aponta 
Buss (2000), devido a avanços políticos, econômicos, sociais e ambientais. 
Esse fenômeno é evidenciado, conforme o mesmo autor, através da evolução 
das expectativas de vida dos países subdesenvolvidos. Na América Latina, por 
exemplo, o último século representou um aumento de 50 para 67 anos na média 
de vida nesses países no período que compreende o final da Segunda Guerra e 
7Padrões de saúde e doença
o final do século. Podem estar atrelados a isso os avanços na medicina, capazes 
de produzir medicamentos e tecnologias necessários à manutenção da vida.
Ainda que as expectativas de vida tenham avançado mundialmente, as 
condições de mortalidade em alguns casos denotam a permanência de algu-
mas doenças que em determinados locais já foram superadas e apresentam, 
ainda, o avanço de alguns problemas para a qualidade de vida, como aqueles 
relacionados ao câncer, às doenças cerebrovasculares, à drogadição, às do-
enças sexualmente transmissíveis e ao estresse. Como resposta, uma série de 
organizações governamentais e não-governamentais têm agido e investido em 
ações que visam prevenir os problemas mencionados e que podem promover 
a qualidade de vida da população. Essas reordenações das propostas em 
saúde têm empreendido um novo entendimento para o campo da medicina: 
ela não deve tratar apenas uma doença, em um sujeito isolado, mas promover 
a prevenção dos eventos que possam colocar em xeque a saúde, articulando 
ações sociais com toda a população. 
Promoção da saúde
Como vimos ao final da seção anterior, os conceitos de saúde passaram a 
abordar um enfoque de múltiplas responsabilidades que devem ser desen-
volvidas pelo Estado, de forma a garantir esse direito a cada cidadão. Nesse 
sentido, quatro conferências ganharam destaque na busca por conceitos que 
abordassem e pudessem orientar os Estados nas proposições de políticas 
de promoção da saúde, realizadas em Ottawa (CARTA..., 1986), Adelaide 
(DECLARAÇÃO..., 2002), Sundsvall (DECLARAÇÃO..., 1991) e Jacarta 
(DECLARACIÓN..., 1997). 
As conferências realizadas em diversos momentos históricos buscaram elaborar de 
forma coletiva, por representantes de diversas nações, os preceitos orientadores da 
promoção da saúde.
O link a seguir direcionará você para um documento que reúne os textos resultantes 
de cada uma das conferências na íntegra, constituindo um importante instrumento de 
fundamental referência para gestores, gerentes, profissionais de saúde, pesquisadores 
e demais atores interessados nas questões pertinentes ao tema.
https://goo.gl/qJfRoz
Padrões de saúde e doença8
Podemos destacar que a busca por um conceito de promoção da saúde, que 
hoje baliza as práticas políticas nesse campo, parte de alguns anos anteriores a 
essas conferências. Na década de 1940, Henry Sigerest, influente historiador 
em medicina, foi um dos pioneiros na conceptualização da promoção em saúde. 
Para ele a medicina deveria se preocupar com quatro eventos fundamentais: a 
promoção da saúde, a prevenção das doenças, a recuperação dos enfermos e a 
reabilitação. Nessas atribuições, a promoção da saúde se encaixa na oferta de 
condições de vida adequadas ao desenvolvimento humano, boas condições de 
trabalho, cujas jornadas não devem apresentar riscos à saúde física ou mental, 
educação, possibilidades de atividades voltadas ao bom desenvolvimento físico 
e formas de lazer e descanso (ROSEN, 1979).
No mesmo sentido, Leavell e Clark, em 1976, elaboravamum conceito de 
promoção da saúde focado no indivíduo, e que era projetado para suas famílias 
e para os grupos sociais de que participavam. Nessa perspectiva, a promoção 
da saúde desenvolvia-se a partir de uma boa nutrição, elaborada para cada 
fase do desenvolvimento humano, das influências positivas exercidas pelos 
pais, das atividades sociais e em grupos, da educação sexual, de moradia 
adequada, da recreação e das condições adequadas nas experiências do lar 
e do trabalho. Na perspectiva dos autores, a orientação sanitária, através de 
exames de saúde periódicos e do contato contínuo entre pacientes e médicos, 
deveria compor a promoção da saúde (BUSS, 2000). 
As compreensões desenvolvidas no século XX englobaram as conferências 
realizadas pela OMS e acompanharam as concepções globais de promoção 
de saúde, voltadas ao coletivo social e à promoção de ambientes adequados, 
que não se limitam apenas ao campo físico, mas se estendem aos espectros 
sociais, políticos, econômicos e culturais. Tais concepções estão ancoradas 
nos princípios de promoção de saúde através das políticas públicas e das 
condições de desenvolvimento da saúde adequadas, estas promovidas pelo 
Estado, e pelo empowerment, a capacidade de engajamento dos indivíduos e 
das comunidades em atitudes saudáveis.
Prevenção em saúde
Nesse contexto de promoção de saúde, surge o conceito de prevenção, que, para 
Czeresnia e Freitas (2009), denota sentidos diferentes na forma de abordar a 
saúde, contudo complementares. Para os autores, a promoção da saúde é um 
processo mais amplo, que tem vistas a identificar e enfrentar os macrodetermi-
nantes ambientais, econômicos, culturais e sociais, transformando-os de modo 
favorável na direção da saúde. Para tanto, a promoção da saúde busca modificar 
9Padrões de saúde e doença
as condições de vida, direcionando ações individuais e coletivas para o bem-
-estar e a qualidade de vida. Convergindo nessa direção, a prevenção busca 
modos de isentar a população, de maneira individual, de fatores que possam 
contrariar a saúde. Nesse sentido, não contrair uma doença é o produto final 
e o principal objetivo. A detecção, o controle e o enriquecimento de fatores 
de risco são os principais modos de conduzir as políticas de prevenção em 
saúde. Nesse aspecto, a prevenção ocorre em diferentes níveis.
 � Prevenção primária: relacionada ao controle de incidência; nessa 
perspectiva, ocorrem ações para evitar as enfermidades. Por exemplo, 
os programas de imunizações, como as vacinas para sarampo, polio-
mielite, entre outras.
 � Prevenção secundária: relacionada ao controle da duração e das preva-
lências; após a identificação de impossibilidade de evitar determinadas 
enfermidades, a prevenção em saúde busca modos de curar determinadas 
patologias. Nessa situação, podemos evidenciar os exames preventivos 
ao câncer, que buscam identificar esta patologia em uma fase inicial 
de desenvolvimento.
 � Prevenção terciária: também denominado de controle de complica-
ções adicionais, busca amenizar os efeitos que determinadas doenças 
possam apresentar na sociedade. Como exemplo para esse nível de 
prevenção, podemos destacar as ações voltadas ao público diabético, 
que geralmente apresenta complicações em decorrência do descuido 
da nutrição, gerando problemas associados à doença.
Promoção e prevenção: estabelecendo diferenças
Com o foco predominantemente nas doenças e nos seus efeitos, é possível 
pensar que a saúde, em uma perspectiva preventiva, é tomada a partir da 
ausência de doenças. Por outro lado, a promoção em saúde não se relaciona 
apenas ao campo da medicina, propondo abordagens que fogem a esse setor 
e que englobam a participação da sociedade, de modo geral, na construção 
de ambientes e fatores favoráveis ao desenvolvimento de seu bem-estar e 
qualidade de vida (BRASIL, 2002). Para melhor elucidar as diferenças que se 
evidenciam entre a promoção e a prevenção em saúde, o Quadro 1 demonstra 
um comparativo entre essas duas concepções.
Padrões de saúde e doença10
Fonte: Adaptado de Czeresnia e Freitas (2009, p. 39).
Categoria 
comparativa
Promoção da saúde
Prevenção de 
doenças
Conceito de saúde Multidimensional Ausência de doença
Modelo de intervenção Participativo Médico
Alvo Toda a população, no 
seu ambiente total
Principalmente os 
grupos de alto risco
Incumbência Rede de temas da saúde Patologias específicas
Estratégias Diversas e 
complementares
Geralmente únicas
Abordagens Facilitação e 
capacitação
Direcionadas e 
persuasivas
Direcionamento 
das medidas
Oferecidas à população Impostas a grupos-alvo
Objetivos dos 
programas
Mudanças nas situações 
dos indivíduos e nos 
seus ambientes
Foco em indivíduos ou 
grupos de pessoas
Executores dos 
programas
Organizações 
não profissionais, 
movimentos sociais, 
governos locais, 
municipais, regionais e 
estaduais, entre outros
Profissionais da saúde
Quadro 1. Diferenças entre promoção e prevenção
Com base no Quadro 1, percebemos que a promoção e a prevenção, embora 
semelhantes e complementares, traduzem conceitos diferentes. Prevenir, no 
sentido literal do termo, quer dizer “[...] preparar; chegar antes; chegar antes de 
maneira que se evite o dano ou o mal; impedir que se realize determinado feito” 
(CZERESNIA; FREITAS, 2009, p. 49). A prevenção, no âmbito da saúde, trata 
das intervenções que orientam as ações capazes de evitar doenças específicas, 
reduzindo sua incidência e prevalência em determinadas populações. A base 
das ações preventivas são os estudos e conhecimentos epidemiológicos, que 
buscam, em síntese, o controle de doenças infecciosas e a redução dos riscos 
de doenças degenerativas. Os projetos de ações preventivas em saúde buscam a 
11Padrões de saúde e doença
divulgação de conhecimentos produzidos a partir de estudos epidemiológicos 
e as recomendações de mudanças de hábitos dos indivíduos. 
Por outro lado, o termo promoção remete a ideia de “[...] dar impulso; 
fomentar; originar; gerar” (CZERESNIA; FREITAS, 2009, p. 49). A promo-
ção é um processo mais amplo em saúde, não se referindo a uma doença em 
específico, mas oportunizando melhorias estruturais nas condições de vida 
e no bem-estar geral. As estratégias de ação na promoção da saúde visam, 
portanto, a melhoria ambiental e de condições de trabalho, abrangendo ações 
intersetoriais. 
Para melhor exemplificar os conceitos de promoção e prevenção de saúde, imagine 
um ambiente corporativo em uma empresa qualquer. A perspectiva de promoção da 
saúde passaria pelas ações ambientais, que podem fornecer uma melhor qualidade 
de vida aos trabalhadores, como os recursos físicos adequados, salários e jornadas de 
trabalho favoráveis aos momentos de lazer e culturais e a boa relação social entre os 
empregados e os fatores psicossociais. As ações voltadas à prevenção de doenças se 
enquadrariam nos aspectos relacionados com evitar doenças que atingem a população 
em situações de trabalho, como campanhas de vacinação.
Os conceitos de promoção e prevenção orientam as políticas públicas, 
privadas e público-privadas voltadas à saúde. Esses elementos pautam os 
estudos epidemiológicos, que buscam, sobretudo, a identificação de arquétipos 
da ocorrência de doença em populações humanas e fatores que determinam 
e formam tais padrões. Na próxima seção, vamos debater como os estudos 
epidemiológicos articulam-se aos conceitos de saúde discutidos ao longo deste 
capítulo. Os estudos epidemiológicos buscam identificar padrões de recorrên-
cia patológica em determinadas populações. A partir dos dados fornecidos 
por tais estudos, os órgãos de saúde pública podem planejar e realizar ações, 
procedimentos e métodos que promovem programas e tecnologias voltadas à 
saúde e ao controle e diminuição de incidência de determinados riscos à saúde. 
Padrões de saúde e doença12
Evidências e benefícios de estudos 
epidemiológicos no âmbito de saúde
O termo epidemiologia deriva do grego (epi = sobre; demos = população; 
logos = estudo), que significao estudo sobre populações. Trata-se de uma 
ciência que gera conhecimento e respostas às diferentes questões envolvidas 
no processo saúde-doença, fornecendo suporte técnico aos profissionais e 
sistemas de saúde. O estudo epidemiológico esteve presente por boa parte da 
história da humanidade. Contudo, apenas no século XIX passou por avanços 
significativos. 
John Snow, considerado o pai da epidemiologia moderna, desenvolveu 
uma pesquisa que revolucionaria os achados nessa área da saúde. O bairro em 
que abriu seu consultório, Soho, em Londres, apresentava muitos moradores 
sofrendo com a cólera, uma doença infectocontagiosa que atinge o intestino 
e tem como consequência diversos sinais e sintomas, como diarreia, perda 
de voz, dores na barriga e, em casos mais graves, a hipotensão decorrente da 
perda de volume sanguíneo, podendo levar à morte. Até então, acreditava-se 
que a cólera era transmitida pelo ar, em uma espécie odores fétidos que pro-
vinham de pântanos e locais com matéria orgânica em putrefação (miasma), 
como propunha a teoria miasmática, muito difundida no século XVII. Em 
contraposição a esta teoria, Snow propôs investigar a causa da cólera, partindo 
da ideia que alguns indivíduos apresentavam os sinais e sintomas e outros 
não. Assim, utilizou-se de mapas, gráficos e de dados colhidos junto aos 
doentes e familiares daqueles que haviam falecido para identificar onde os 
casos ocorriam e qual a relação entre eles. Identificou que muitos dos indi-
víduos que apresentavam a doença, haviam consumido água de uma mesma 
fonte e que os médicos que tratavam os pacientes não apresentavam sinais de 
contaminação. Após alguns anos de investigação, foi descoberto que a fonte 
de uma das ruas do bairro havia sido contaminada pela fossa de uma casa. 
Evidentemente, muitos anos se passaram para que Snow tivesse sua teoria 
aprovada pela comunidade médica. A exposição de sua teoria ocorreu em 
1849 e o fechamento da fonte apenas em 1856, demonstrando a incredibilidade 
da sociedade médica à época. Ainda que tenha surtido efeito no controle da 
cólera naquela localidade, somente em 1866 ela foi socialmente aceita, quando 
Londres enfrentou mais uma ampla epidemia da doença (JOHNSON, 2008).
13Padrões de saúde e doença
Pode-se dizer que o modo como Snow conduziu sua pesquisa, fazendo ques-
tionários, realizando buscas por incidências da doença e elencando estratégias, 
está presente nas estratégias epidemiológicas atuais. Podemos encontrar ações 
parecidas no controle da transmissão do vírus da Aids/HIV atualmente. Em 
grande escala, os dados coletados apresentam os números de casos a partir de 
regiões geográficas, sexo, idade, renda, ocupação entre outros determinantes. 
No mesmo sentido, podemos verificar ações parecidas no controle de doenças 
transmitidas por mosquitos, como a Dengue e o vírus Zika, e também naquelas 
transmitidas a partir do contato próximo entre um infectado e um sujeito não 
infectado, como o sarampo, por exemplo. A epidemiologia, portanto, contribui 
com os avanços médicos no sentido de identificar as doenças, as populações 
suscetíveis e as melhores formas de controlar ou diminuir a contaminação.
No Brasil, estes estudos começam a ganhar força ainda no período co-
lonial, quando a sede portuguesa foi transferida para nosso país, trazendo a 
Família Real Portuguesa. O controle das doenças que se desenvolviam em 
uma população crescente, em um território onde cada vez mais as atividades 
comerciais ocorriam, com a consequente ampliação dos portos, era uma ne-
cessidade para proteger a saúde da corte real. Nesta época, D. João VI criou o 
primeiro órgão que se propunha a erradicar as doenças que se apresentavam 
no solo brasileiro. Consultando os médicos, foi elaborada a perspectiva de que 
as doenças se transmitiam pelo ar, seguindo a teoria miasmática, e a origem 
de bactérias que afetavam a saúde dos seres humanos estava nos cemitérios 
das zonas centrais da cidade e nos pântanos de águas paradas, onde a matéria 
orgânica animal e vegetal se decompunha, liberando gases prejudiciais. Para 
combater esses males, D. João VI propôs padrões de urbanização da cidade, 
envolvendo aterro de águas paradas, normas de saúde para enterro de mortos 
e a demarcação de ruas, estabelecendo padrões de vigilância que permanecem 
nos dias atuais (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 1999). 
A vigilância é o processo realizado para coletar, gerenciar, analisar, interpre-
tar e relatar informações relacionadas à saúde. As ações em vigilância envolvem 
diferentes órgãos e instituições, em geral públicos. O propósito principal das 
ações de vigilância é estabelecer informações basais para compreender e 
controlar a saúde da população. De modo a aprofundar a interpretação dos 
dados referentes à saúde de determinada população, são necessários estudos 
epidemiológicos, estabelecendo evidências fidedignas dos fatores que englobam 
a saúde de determinada população em determinada região. 
Padrões de saúde e doença14
Abrangência da epidemiologia
A ciência epidemiológica busca respostas aos problemas da saúde. Para tanto, 
utiliza-se de diversas outras ciências para formular tais entendimentos, como 
a estatística, a antropologia, a biologia, entre outras. Os estudos epidemioló-
gicos são desenvolvidos em duas áreas principais: estudos epidemiológicos 
descritivos e estudos epidemiológicos analíticos.
De modo geral, podemos estabelecer que a epidemiologia trata das relações 
entre uma tríade formada pelo agente causador das doenças, como os vírus, 
bactérias ou disfunções orgânicas, que incidem em determinadas populações; 
o ambiente no qual o agente se desenvolve também está pautado pelos hábitos 
e condições de cada ser humano e pelos hospedeiros, referentes aos indivíduos 
e populações específicas (Figura 1). 
Figura 1. Tríade epidemiológica.
Hospedeiro
AgenteAmbiente
Os estudos epidemiológicos descritivos buscam entender a distribuição 
da frequência de doenças através da tríade: tempo, lugar e pessoas. Ou seja, 
objetiva compreender de que forma uma determinada doença se encontra 
agrupada em determinado período temporal, em determinado grupo social e/
ou determinada região, assim como a quantidade de ocorrências dessa doença. 
Utilizando um evento recente na realidade brasileira, podemos vislumbrar a 
aplicabilidade desse estudo no levantamento de recém-nascidos que foram 
afetados pela epidemia do vírus Zika, em 2015. Para tanto, evidentemente, 
utilizam-se variáveis como tempo, espaço e número de indivíduos. Esses 
estudos buscam responder três questões fundamentais (STEFFENS, 2018), 
descritas a seguir.
15Padrões de saúde e doença
1. “Quem são as pessoas afetadas pelas doenças em questão?”: busca 
identificar padrões de recorrência em determinados indivíduos, como 
idade, hábitos, sexo, raça, etc.
2. “Quando a doença se mostra recorrente?”: busca identificar períodos 
de recorrência das doenças, como os períodos sazonais em que os casos 
aumentam, por exemplo.
3. “Onde a doença possui maior prevalência?”: busca identificar as 
regiões em que as doenças se demonstram mais evidentes e recorrentes, 
assim como quais localidades colocam as pessoas em situações mais 
suscetíveis para contrai-las. 
Por sua vez, os estudos epidemiológicos analíticos buscam comprovar 
cientificamente uma hipótese anteriormente formulada através da tríade hos-
pedeiro, ambiente e agente. Nesse caso, os métodos estatísticos atestam as 
relações entre a doença, os sujeitos em sua exposição e os fatores de risco. 
Utilizando o exemplo anterior, acerca do vírus Zika, podemos evidenciar que 
esse agente é transmitido através de um mosquito que habita as regiões mais 
quentes do país, explicando sua maior incidência em determinadas regiões. 
Nessa abordagem, duas perguntas guiam o estudo (STEFFENS, 2018).
1. “Com que frequência os eventos ocorrem?”: busca comparar a in-
cidência de indivíduos expostos aos fatores de risco em relação aos 
indivíduos não expostos.
2. “A exposição e o desfecho estão relacionados?”:busca entender se a 
hipótese formulada acerca da exposição de indivíduos está relacionada 
à incidência da doença.
Objetivos e benefícios da epidemiologia
Como viemos discutindo até aqui, é possível pensar que os estudos descritivos 
buscam apenas analisar e descrever os casos clínicos, enquanto o método 
analítico busca a experimentação e explicação desses casos. Ao compreen-
dermos as bases que orientam esse estudo, é possível delimitar alguns dos 
objetivos dessa ciência, que se apresentam como benefícios para a promoção 
e prevenção de saúde, quais sejam:
Padrões de saúde e doença16
Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas popu-
lações humanas;
Identificar e entender o agente causal e os fatores relacionados aos agravos 
à saúde;
Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
Estabelecer metas e estratégias de controle; 
Estabelecer medidas preventivas; 
Auxiliar no planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde ao elencar 
as prioridades (STEFFENS, 2018, p. 17).
A partir desses objetivos, é possível coletar diferentes informações para 
compreender as doenças e suas incidências na população, além de delimitar as 
tomadas de decisão para melhor prevenir, reduzir e controlar os seus efeitos. 
Os estudos epidemiológicos, portanto, elucidam algumas questões-chave para 
a promoção da saúde e prevenção de doenças, como, por exemplo (GOMES; 
LI; CARVALHO, 2005):
 � anormalidade — verificado o desvio ao padrão de normalidade, busca-
-se a definição de se, de fato, trata-se de uma doença;
 � diagnóstico — busca identificar se a precisão do diagnóstico é consi-
derada significativa;
 � frequência — estabelece indicadores de frequência em uma população 
específica;
 � fatores de risco — compreende relacionar os fatores de risco ao de-
senvolvimento da doença;
 � prognóstico — identifica as consequências que a doença gera em um 
indivíduo ou em uma população específica;
 � tratamento — identifica o melhor tratamento a ser conduzido;
 � causa — corresponde aos elementos que originam a situação a ser 
enfrentada.
Esses elementos, resultantes da soma das informações biológicas e estatís-
ticas, constituem evidências que guiam o processo preventivo e promotor de 
saúde de modo a otimizar os resultados das ações e a minimizar de prejuízos. 
Nesse sentido, as indagações generalistas e precisas das doenças, aliadas ao 
entendimento dos aspectos individuais de cada sujeito, pautam a condução das 
ações em saúde. É possível compreender, portanto, que o conceito de saúde, 
17Padrões de saúde e doença
ARAÚJO, J. S.; XAVIER, M. P. o conceito de saúde e os modelos de assistência: Consi-
derações e perspectivas em mudança. Revista Saúde em Foco, Teresina, v. 1, n. 1, p. 
117-149, jan./jul. 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da 
Saúde. As cartas da promoção da saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002. (Série 
B. Textos Básicos em Saúde).
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 
1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.
htm>. Acesso em: 4 nov. 2018.
BUSS, P. M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência e Saúde Coletiva, v. 5, n. 
1, p. 163-177, 2000.
CARTA de Ottawa. Ottawa, 1986. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/carta_ottawa.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2018.
CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. 2. 
ed. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2009.
DECLARAÇÃO de Adelaide. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas 
de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As cartas da promoção da saúde. Brasília, DF: 
Ministério da Saúde, 2002. (Série B. Textos Básicos em Saúde). p. 35-39.
DECLARAÇÃO de Sundsvall. Sundsvall, 1991. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/declaracao_sundsvall.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2018.
DECLARACIÓN de Yakarta: sobre la promoción de la salud en el siglo XXI. Yakarta, 1997. 
Disponível em: <http://www.who.int/healthpromotion/conferences/previous/jakarta/
en/hpr_jakarta_declaration_sp.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2018.
GOMES, M. M.; LI, L. M.; CARVALHO, V. N. Estudos epidemiológicos. Journal of Epilepsy 
and Clinical Neurophysiology, n. 11, v. 4, p. 16-19, 2005.
JOHNSON, S. O mapa fantasma. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Constituição da Organização Mundial da 
Saúde (OMS/WHO) - 1946. Nova Iorque, 1946. Disponível em: <http://www.direitoshu-
proposto pela OMS, e as concepções de prevenção e promoção, refletidas 
e pautadas pelos estudos epidemiológicos, conduzem a sociedade ao pleno 
bem-estar e à qualidade de vida individual. Nesse sentido, a Educação Física e 
seus profissionais atuam buscando a promoção da saúde, através de programas 
voltados à aptidão física, com atividades e exercícios físicos.
Padrões de saúde e doença18
manos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/
constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html>. Acesso em: 4 nov. 
2018.
ROSEN, G. Da polícia médica à medicina social. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 
ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. A. Epidemiologia e saúde. 5. ed. Rio de Janeiro: 
MEDSI, 1999.
SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Saúde Coletiva, v. 17, n. 1, p. 29-41, 2007. 
STEFFENS, D. Epidemiologia: contexto histórico. In: MARTINS, A. A. B.et al. Epidemiologia. 
Porto Alegre: SAGAH, 2018.
Leituras recomendadas
FLETCHER, R. H.; FLETCHER, S. W.; FLETCHER, G. S. Epidemiologia clínica: elementos 
essenciais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
HAYNES, R. B. et al. Epidemiologia clínica: como fazer pesquisa clínica na prática. 3. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2008.
HULLEY, S. B. et al. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. 
Porto Alegre: Artmed, 2008.
19Padrões de saúde e doença
Conteúdo:
Dica do professor
Os estudos epidemiológicos podem ser analíticos ou descritivos. Entre os estudos analíticos, que 
buscam examinar a existência de associações entre uma exposição e uma doença ou condição 
relacionada à saúde, podemos determinar diversos delineamentos de pesquisa. 
No vídeo a seguir, você conhecerá as características e diferenças fundamentais entre os estudos 
ecológicos, os estudos seccionais, os estudos caso-controle e os estudos de coorte, algumas das 
principais abordagens metodológicas em epidemiologia. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Ao longo da história, podemos destacar o fato de que os conceitos de saúde foram se 
modificando conforme as transformações sociais. Desse modo, assinale a alternativa que 
apresenta o conceito elaborado por diversos Estados, resultante das conferências 
organizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A) Os conceitos apontados pela OMS indicam que a saúde é um processo contrário à doença. 
Ou seja, o Estado com menos incidência de doenças é considerado o que tem maiores 
avanços em saúde.
B) Segundo a OMS, a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não 
consistindo apenas na ausência de doenças ou de enfermidades.
C) Dentro dos princípios da OMS, os dados de avanço da saúde consistem na elaboração de 
evidências que indiquem o avanço econômico e tecnológico das nações.
D) Os principais indicadores de saúde, conforme orientado pelo conceito da OMS, devem prever 
apenas as condições de trabalho da população.
E) Considerando a abrangência do conceito de saúde formulado pelas conferências da OMS, 
podemos considerar que apenas a visão da medicina é necessária para constatar os avanços 
em saúde.
2) A Organização Mundial da Saúde (OMS) participou ativamente, articulando ações no 
combate a algumas doenças, como a malária e a varíola. Após obter sucesso nas ações, 
principalmente no casoda varíola, esperava-se que a OMS elegesse outra doença para 
direcionar suas ações; no entanto, ela apenas estabeleceu diretrizes para que os países 
membros da ONU pudessem desenvolver seus programas de saúde. Entre as alternativas a 
seguir, assinale aquela que apresenta uma das orientações da OMS aos Estados.
A) Os sistemas de saúde devem ser implantados pelos governos, sendo vedada a participação da 
comunidade, de modo que o senso comum não interfira nas ações propostas.
B) O custo dos serviços deve ser elevado, garantindo a qualidade do serviço prestado.
C) As ações de saúde devem ser práticas, exequíveis e socialmente aceitáveis.
D) Os programas e instituições de saúde devem estar apenas em regiões de altos indicadores 
econômicos, evitando a contaminação dos espaços voltados à promoção e prevenção.
E) As ações de saúde devem ser direcionadas apenas aos indivíduos que se encontram na 
infância ou na adolescência, tendo em vista a suscetibilidade dessas populações.
3) Muito utilizados, os conceitos de promoção e prevenção, no âmbito da saúde, são deveras 
parecidos. No entanto, algumas características diferenciam essas duas concepções. Entre as 
alternativas abaixo, assinale aquela que se apresenta como correta quanto à diferenciação 
da promoção da saúde e da prevenção de doenças.
A) Nas ações de promoção da saúde, o alvo geralmente é um grupo específico, enquanto na 
prevenção de doenças o alvo é toda a população.
B) Nas ações de promoção da saúde, as propostas são direcionadas e persuasivas, enquanto na 
prevenção de doenças as propostas visam à facilitação e à capacitação.
C) Nas ações de promoção da saúde, os objetivos estão pautados nas mudanças das situações 
dos indivíduos e de seus ambientes, enquanto na prevenção de doenças os objetivos focam 
as doenças em indivíduos ou grupos de pessoas.
D) Nas ações de promoção da saúde, o enfoque se dá, predominantemente, por meio dos 
saberes médicos, enquanto na prevenção de doenças o enfoque é multidimensional.
E) Nas ações de promoção da saúde, a execução dos programas é feita apenas por profissionais 
da saúde, enquanto na prevenção de doenças a execução se dá em regime participativo por 
parte de vários setores da sociedade.
4) A prevenção ocorre em diferentes níveis de ação. Considerando uma população hipertensa, 
cujo programa voltado à saúde se dá no sentido de evitar as complicações decorrentes da 
sua condição, como, por exemplo: a arteriosclerose; podemos constatar que o nível de 
prevenção, nesse, caso é o:
A) primário, uma vez que a hipertensão pode ser revertida.
B) secundário, uma vez que busca identificar possíveis doenças que os sujeitos podem vir a 
desenvolver.
C) terciário, uma vez que as medidas a serem adotadas ocorrem no sentido de evitar que novas 
complicações em decorrência da hipertensão possam surgir.
D) primário, pois as ações devem ocorrer antes do início da manifestação da hipertensão.
E) secundário, pois medidas como exames preventivos e campanhas de vacinação são 
necessárias nesse caso.
5) Os estudos epidemiológicos podem ser divididos em dois grandes grupos: os descritivos e os 
analíticos. Embora tenham algumas diferenças substanciais, ambos apresentam objetivos em 
comum. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta um objetivo dos 
estudos epidemiológicos.
A) Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas.
B) Desconsiderar o agente causal e fatores relacionados aos agravos à saúde. 
C) Estabelecer medidas de prevenção que tenham a mesma prioridade.
D) Buscar a cura da doença sem elaborar metas e estratégias de controle. 
E) Estabelecer medidas preventivas, desconsiderando aspectos relacionados à cura.
Na prática
Os estudos epidemiológicos são muito importantes para identificar os hábitos da população e 
direcionar ações por meio de programas de intervenção.
O exemplo a seguir mostra Rafaela, uma profissional de Educação Física engajada na qualidade de 
vida dos habitantes de sua cidade. Rafaela propôs um estudo, realizado em diferentes bairros do 
Município no qual reside, com pessoas de diversas classes sociais e de diferentes idades, buscando 
identificar a frequência de atividades físicas e os problemas relacionados ao sono, dois indicadores 
de qualidade de vida. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
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código para acessar.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Bases e conceitos da epidemiologia
O objetivo da epidemiologia é fornecer os conceitos, o raciocínio e as técnicas para os estudos 
populacionais no campo da saúde. No vídeo a seguir você assistirá a um vídeo-aula que busca 
realizar uma síntese do histórico, dos objetivos e das especificidades da epidemiologia.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Epidemiologia, atividade física e saúde
Para melhor proporcionar intervenções efetivas na sociedade, é necessário compreender as 
relações entre epidemiologia, atividade física e saúde. No link, a seguir, você terá acesso a um 
capítulo do livro Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e 
agravos não transmissíveis, elaborado pelo Instituto Nacional do Câncer, que debate essas questões.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Aspectos históricos e conceituais da epidemiologia, atividade 
física e saúde
Os estudos epidemiológicos em atividade física visam a descrever as condições de saúde da 
população, investigar os fatores determinantes da situação de saúde, bem como avaliar o impacto 
das ações para alterar a situação de saúde. Para melhor compreender essas relações e objetivos, é 
necessária uma aproximação conceitual desses fenômenos. O artigo a seguir traz uma revisão dos 
principais estudos epidemiológicos em atividade física, contemplando, também, a evolução 
conceitual e as diferentes abordagens dessa temática.
https://www.youtube.com/embed/eLAPSl36OmY
https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_cap1.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www2.fct.unesp.br/docentes/edfis/ismael/ativ.fis%20e%20saude/Epidemiologia%20da%20atividade%20f%EDsica.pdf

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