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iMPLANTACAO DE OBRAS PUBLICAS Generalidades e Definições

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1 Generalidades e Definições 
Locação pode ser definida como a prática topográfica de implantação no terreno, dos 
pontos que forneçam informações planimétricas e/ou altimétricas, de modo que se possa 
executar uma obra de acordo com um projeto. 
As marcações planimétricas são implantadas no terreno em forma de pontos (piquetes, 
pregos, marcos), que determinam alinhamentos de eixos ou bordos, vértices, direções 
ou outras referências para construção de uma obra. 
As marcações altimétricas (cotas, corte ou aterro e outras), podem ser feitas 
acompanhando-se o ponto planimétrico, com informações escritas em uma estaca ao 
lado (Figura 8.1). Pode ser ainda em estacas, para referências do greide (Figura 8.2), ou 
em formas de cruzetas para a marc ação de aterros (Figura 8.3). 
 
Figura 8.1: Estaca testemunha. 
 
 
Fi gura 8.2: Referência do greide. 
 
 
Figura 8.3: Utilização de cruzetas. 
 
A locação tem suas especificidades para cada tipo de projeto ou obra, devendo fazer a 
melhor marcação visual, para que fique bem definida no campo a representação do 
projeto. A seguir alguns tipos de serviços que necessitam de marcações diferenciadas: 
# Construção de estradas; 
# Edificações; 
# Locação de terrenos (lotes, fazendas, etc.); 
# Terraplenagem de grandes áreas; 
# Construções com alinhamento vertical (torres, chaminés, etc.); 
# Túneis; 
# Montagem industrial; 
# Mineração; 
# Canalizações. 
 
A seguir serão comentadas algumas especificidades da locação de estradas. 
 
2 –– Loccação para Construção de Estradas 
Na construção de estradas rodoviárias ou ferroviárias, deve-se tratar as etapas de 
execução em separado. O acompanhamento e controle planialtimétrico será uma 
constante no decorrer da obra, sempre par-tindo da locação do eixo para a implantação 
de outros pontos. Portanto é fácil entender o porque da locação ser uma constante na 
obra. O eixo da estrada é exatamente onde os serviços de construção serão executados, 
e por onde trafegam e trabalham os equipamentos pesados (moto-scraper, trator, 
motoniveladora, rolos compactador, etc.) da obra. Em cada etapa da obra ou sempre 
que necessário, a equipe de topografia deve fazer novamente a locação do eixo e as 
marcações adequadas ao serviço a ser executado pelas máquinas. 
Pode-se citar algumas etapas caracterizadas na construção de estradas: 
# Locação do eixo – planimétrico; 
# Marcação da faixa (largura) para o desmatamento – planimétrico; 
# Marcação de off-set para terraplenagem – planialtimétrico (Figura 8.4); 
# Locação de obras de arte (boca de lobo, galerias, passa-gados, etc.) – planialtimétrico; 
# Locação dos bordos da pista para subleito, sub-base ou base – planialtimétrico; 
# Locação dos alinhamentos de trilhos ou revestimentos das estradas – planimétrico; 
# Locação para obras complementares (cerca, sarjeta, pinturas de faixas) – plani métrico. 
 
 
 
Figura 8.4: Exemplo da marcação de off-set. 
 
 
2..11 –– Locação das Tangentes e PI´s 
Inicia-se a locação para a implantação de uma estrada pela identificação no terreno 
natural de algum ponto de referência do projeto. A partir de cálculos de distâncias e 
ângulos, que podem ser deflexões, azimutes ou rumos, chega-se à estaca inicial, que é 
o ponto de partida para a locação do eixo. 
Com o projeto em mãos inicia-se a marcação dos trechos retos (tangentes), e dos pontos 
de interseção das tangentes (PI’s) (Figura 8.5): 
 
Figura 8.5: Marcação das tangentes e PI´s. 
 
Determinada as tangentes e os PI’s, referencia-se os pontos de interseção (PI’s) em 
outros pontos (amarração) fora do movimento das máquinas na obra. É importante 
lembrar que os piquetes do eixo sempre serão perdidos com a movimentação e 
execução de cada etapa da obra. Com isso os pontos de referência para a locação serão 
os PI’s. Se estes também forem perdidos, a solução será buscar os pontos de amarração 
para a relocação do eixo da estrada (Figura 8.6). 
 
Figura 8.6: Amarração de um PI por interseção de ângulos. 
 
Para se fazer amarração de um PI, pelo processo de interseção de ângulos, conforme 
mostra a Figura 8.6, deve-se escolher dois pontos fora da estrada (A1 e A2) e que 
estejam protegidos da obra, e ainda que tenham visão do PI, sendo materializados por 
piquetes. 
Instalando-se o teodolito no ponto A1, zera-se o teodolito na direção do PI, mede-se 90° 
e marca-se o alinhamento. Instala-se o equipamento agora em A2, zera-se na direção 
do PI, mede-se 90°. A interseção dos dois alinhamentos será o ponto Aux. que também 
servirá de referência. 
Para a locação do PI a partir dos pontos de amarração é só fazer o processo inverso, ou 
seja: 
# Instala-se o teodolito em A1 e zera-se no ponto Aux., marcando-se um alinhamento 
com o ângu-lo de 90°; 
# Instala-se o teodolito em A2 e zera-se no ponto Aux., marcando-se um alinhamento 
com o ângu-lo de 90°; 
# A interseção dos dois alinhamentos é o ponto do PI. 
Este processo agiliza-se na obra se for feito com dois teodolitos simultaneamente. 
Outro processo similar é a amarração por interseção de distâncias indicado na Figura 
8.7. 
 
 
Figura 8.7: Amarração de um PI por interseção de distâncias. 
 
Na amarração por distâncias são necessários trena e balizas. Os pontos A1, A2 e um 
outro ponto de reserva são escolhidos com o mesmo critério anterior. Notar-se-á neste 
processo que somente dois pontos seriam necessários para se definir um terceiro, porém 
escolhe-se mais um ponto, para eventuais perdas de A1 ou A2. Depois de implantados 
os pontos, simplesmente medem-se a distância de cada um ao PI (d1, d2 e dr). 
Para a locação do PI a partir dos pontos de amarração é só fazer o processo inverso, ou 
seja: 
# A partir do A1 marca-se com a trena a distância d1, fazendo-se um arco no chão; 
# A partir do A2 marca-se com a trena a distância d1, fazendo-se um arco no chão. 
# A interseção dos dois arcos é o ponto do PI. No caso de perda de algum ponto, utiliza-
se o ponto reserva com o mesmo procedimento. Este pro-cesso pode ser feito com duas 
trenas simultaneamente. 
 
2..22 –– Locação da Curvas 
 
Locada as tangentes, faz-se à locação das curvas. A locação das curvas deve seguir os 
dados de projeto e ainda ter uma planilha de cálculo complementar para se implantar 
ponto a ponto o seu eixo. As curvas podem ser circulares (Figura 8.8) ou com transição 
em espiral (Figura 8.9). 
 
 
Figura 8.8: Elementos de uma curva circular simples. 
 
As curvas com transição, ou simplesmente chamadas de “Curvas de Transição”, 
possuem um tre-cho em espiral que faz a ligação da tangente com o trecho circular na 
entrada e saída de curva. O grau de curvatura da espiral é variável, sendo mais aberto 
no início da curva, onde concorda com a tangente e mais fechado no encontro com a 
circular. 
 
 
Figura 8.9: Elementos de uma curva de transição. 
 
Locadas e implantadas a curvas na obra, refaz-se o cálculo do estaqueamento, que 
servirá de referência para todo o trecho. O estaqueamento deverá seguir as tangentes e 
acompanhar o alinhamento das curvas, não passando mais pelos PI’s (Figura 8.10). 
 
 
a) Locação da Curva Circular Simples 
Na implantação da estrada, as locações dos trechos de retas e de curvas, são 
fundamentais para obra, pois a marcação dos pontos no terreno servirá de referência 
para a execução da obra. A locação da curva no campo, é feita através de pontos no 
eixo da estrada, podendo ser feita por vários processos, entre eles os mais usados na 
prática são: locação por deflexão e locação por coordenadas. 
A locação por deflexão é feita com teodolito ou estação total, instalado no ponto de início 
da curva (PC). A marcação dos pontos é feita a partir da medição de ângulos e distâncias. 
A locação por coordenadas é feita com estação total, que poderá ficar em qualquer 
posição que tenha visão da curva. A marcação dos pontos é feita a partir de medidasfornecidas pela estação total, previamente programada. 
A distância entre os pontos que demarcam o eixo da curva na locação, deve ser tal que 
represente bem a curvatura, de maneira que os pontos marcados mostrem com 
eficiência o alinhamento correto da curva. 
A distância entre os pontos pode ser reta (corda) ou curva (arco) e seu comprimento será 
em função do raio. A divisão da curva é feita em arcos, porém em campo as medidas 
são tomadas retas, portanto o comprimento do arco deverá ser de forma que a medida 
reta (corda) entre dois pontos, seja bastante aproxi-mada da medida curva (Figura 8.18). 
Quanto menor o raio, maior será o grau de curvatura da curva, devendo ser dividida em 
arcos menores (Figura 8.18). Para raios maiores, a representação poderá ser feita com 
arcos maiores pois sendo o grau de curvatura menor, o arco será aproximadamente igual 
à corda. 
Como se nota na figura 8.18, para raios menores, necessita-se de cordas menores, 
assim na prática se utilizam as seguintes medidas: 
 
 
Figura 8.18: Locação das curvas através da corda. 
 
l) Locação em campo das curvas 
Com os elementos da planilha calculada, falta apenas sair para campo e locar a curva, 
que poderá ser por deflexão ou por coordenada. 
 
l.1) Através do processo por deflexões 
A locação de uma curva, normalmente é feita implantando-se piquetes no eixo da 
estrada, ponto a ponto, com o teodolito instalado no PC (Figura 8.36). O processo de 
locação segue as seguintes etapas: 
# Instala-se o teodolito no PC; 
# Visa-se a direção do PI e com ângulo “zero”; 
# Mede-se o ângulo da 1a deflexão acumulada, e com este alinhamento e a distância da 
corda PC - 1, marca-se o ponto 1; 
# Mede-se o ângulo da 2a deflexão acumulada, e com este alinhamento e a distância da 
corda 1 - 2, marca-se o ponto 2, a partir do ponto 1; 
# Repete-se este processo, até chegar ao PT, com a marcação das deflexões totais 
sempre a partir do PC e a marcação das cordas a partir do último ponto locado. 
 
Figura 8.36: Esquema para locação de curva através das deflexões. 
 
 
Figura 8.37: Ilustrativo da locação por deflexão. 
 
l.2) Através do processo por coordenadas 
 
A locação de uma curva por coordenadas geralmente é executada por equipamento 
eletrônico. Este deve ter uma visão abrangente da curva a locar, podendo estar 
posicionado em qualquer local, de forma a obter necessariamente as coordenadas desta 
estação, através de visadas a três pontos coordenados no mínimo. 
Normalmente é feita implantando-se piquetes no eixo da estrada, ponto a ponto, com a 
tomada da distância e ângulo de forma eletrônica, onde o operador orienta o auxiliar na 
implantação dos pontos. 
O processo de locação segue as seguintes etapas: 
# Programar a estação total com as coordenadas dos pontos a locar (Planilha de 
coordenadas); 
# Instala-se a estação total em ponto de ampla visão para a locação; 
# Visa-se no mínimo, três pontos de coordenadas conhecidas (por exemplo, PC, PI, PT) 
e a estação reconhecerá as coordenadas do ponto instalado; 
# Com referência das coordenada da estação e do PC, o operador orienta o auxiliar a 
marcar ângulos e distâncias, a partir desta origem; 
# Segue este procedimento até o PT. 
 
Figura 8.38: Ilustrativo da locação por coordenadas.