@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); PSICOLOGIA SOCIAL E DISCIPLINAS AFINS.Os psicólogos sociais estudam atitudes e convicções, conformidade e independência, amor e ódio. Em termos mais formais, a psicologia social é o estudo científico da maneira como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras (MYERS, 2000). A psicologia social ainda é uma ciência jovem. Os primeiros experimentos de psicologia social foram relatados há apenas um século (1898), enquanto o primeiro texto de psicologia social foi publicado há apenas três quartos de século (1924). Só na década de 1930 é que a psicologia social assumiu sua forma atual. E foi só depois da Segunda Guerra Mundial, para a qual os psicólogos contribuíram com estudos imaginativos de persuasão e moral dos soldados, que ela começou a se destacar como o campo vibrante que é hoje. Em apenas três décadas, o número de publicações especializadas em psicologia social mais do que dobrou (MYERS, 2000).Hoje, o campo em expansão da psicologia social enfatiza (MYERS, 2000):O poder da situação:Somos criaturas de nossas culturas e contextos. Assim, as situações ruins, às vezes, sufocam as boas intenções, induzindo as pessoas a aceitar falsidades ou a consentir com a crueldade. O poder da pessoa:Somos os criadores de nossos mundos sociais. Se um grupo é mau, seus membros contribuem (ou resistem) para tal. Enfrentando a mesma situação, pessoas diferentes podem reagir de maneiras diferentes. Depois de anos de prisão política, uma pessoa exala amargura. Outra, como Nelson Mandela, da África do Sul, trata de seguir em frente e se empenha para unir seu país. A importância da cognição:As pessoas reagem de maneiras diferentes em parte porque pensam de maneiras diferentes. Sempre importa como raciocinamos intuitivamente. A maneira como reagimos ao insulto de um amigo depende de como explicamos o fato: um reflexo de hostilidade ou apenas um mau dia. A realidade social é uma coisa que interpretamos de um modo subjetivo. Nossas convicções a respeito de nós mesmos também importam. Temos uma perspectiva otimista? Sentimos que estamos no controle? Vemos a nós mesmos como superiores ou inferiores? Tais pensamentos (cognições) influenciam nossas atitudes e comportamentos O emprego dos princípios de psicologia social:Os psicólogos sociais estão mais e mais aplicando seus conceitos e métodos, as preocupações sociais atuais, como o bem-estar emocional, a saúde, a tomada de decisão em tribunais, a redução do preconceito, o projeto e a conservação ecológica e a busca pela paz. Os psicólogos sociais interessam-se profundamente pela maneira como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras. Mas isso também ocorre com os sociólogos e os psicólogos da personalidade (MYERS, 2000). Psicologia social e sociologiaAs pessoas muitas vezes confundem a psicologia social com a sociologia. Os sociólogos e os psicólogos sociais partilham um interesse pela maneira como as pessoas se comportam em grupos. Mas a maioria dos sociólogos estuda desde grupos menores até maiores (sociedades e suas tendências), enquanto a maioria pensa sobre os outros, é influenciada pelos outros, ou se relaciona com os outros. Isso inclui estudos de como os grupos afetam o indivíduo e como o indivíduo afeta os grupos (MYERS, 2000). Alguns exemplos: ao estudar relacionamentos íntimos, um sociólogo pode estudar tendências nos índices de casamento, divórcio e coabitação; um psicólogo social pode examinar como certos indivíduos se sentem atraídos uns pelos outros. Ou um sociólogo pode investigar como as atitudes raciais das pessoas de classe média de um grupo diferem das atitudes das pessoas de baixa renda. Um psicólogo social pode estudar como as atitudes raciais se desenvolvem dentro do indivíduo (MYERS, 2000).Embora os sociólogos e os psicólogos sociais usem alguns dos mesmos métodos de pesquisa, os psicólogos sociais baseiam-se muito mais nos experimentos em que manipulam um fator, como a presença ou ausência da pressão de colegas, a fim de verificar qual é o efeito. Os fatores que os sociólogos estudam, como classe socioeconômica, são tipicamente difíceis ou aéticos para manipular (MYERS, 2000).Psicologia social e psicologia da personalidadeA psicologia social e a psicologia da personalidade são aliadas em seu foco no indivíduo. A diferença está no caráter social da psicologia social. Os psicólogos da personalidade concentram-se no funcionamento interno particular e nas diferenças entre indivíduos; por exemplo, por que alguns indivíduos são mais agressivos do que outros. Os psicólogos sociais concentram-se na nossa humanidade comum, como as pessoas, em geral, encaram e afetam uma as outras. Indagam como as situações sociais podem levar a maioria dos indivíduos a agir com bondade ou crueldade, a se conformar ou ser independente, a sentir simpatia ou preconceito (MYERS, 2000). Há outras diferenças: a psicologia social tem uma história mais curta. Muitos representantes da psicologia da personalidade, como Sigmund Freud, Carl Jung, Karen Horney, Abraham Maslow e Carl Rogers, viveram e trabalharam durante os primeiros dois terços deste século. A maioria dos contribuintes da psicologia social está viva. A psicologia social também possui poucos teóricos famosos e muito mais pesquisadores desconhecidos e criativos que contribuem para conceitos de menor escala (MYERS, 2000).Estudam-se os seres humanos de diferentes perspectivas, conhecidas como disciplinas acadêmicas. Estas perspectivas variam de ciências básicas, como física e a química, a disciplinas integrativas, como a filosofia e a teologia. Qualquer perspectiva é relevante, dependendo daquilo sobre o que se quer falar. Veja o amor, por exemplo. Um fisiologista pode descrever o amor como um estado de excitação. Um psicólogo social pode examinar como várias características e condições \u2013 boa aparência, a semelhança entre parceiros, a pura exposição reiterada \u2013 acentuam os sentimentos a que chamamos amor. Um poeta enalteceria a sublime experiência que o amor pode às vezes ser. Um teólogo pode descrever o amor como o objetivo dos relacionamentos humanos determinado por Deus (MYERS, 2000).Não se presume que qualquer um desses níveis é a verdadeira explicação. As perspectivas fisiológica e emocional do amor, por exemplo, são apenas duas maneiras de se considerar o mesmo evento. Da mesma forma, uma explicação evolucionista dos tabus universais contra o incesto (em termos da penalidade genética que a prole paga pela endogamia) não substitui uma explicação sociológica (que pode considerar os tabus de incesto como uma maneira de preservar a unidade familiar) ou uma teológica (que pode se concentrar na verdade moral). As várias explicações podem se complementar (MYERS, 2000).Se toda verdade é parte de uma só estrutura, então os níveis diferentes de explicação devem se ajustar para formar um quadro geral. O reconhecimento do relacionamento complementar de vários níveis explicativos nos livra de discussões inúteis se devemos encarar a natureza humana em termos científicos ou subjetivos: não é uma questão de ou isso/ou aquilo. O sociólogo Andrew Greeley (1976) explica: \u201cPor mais que tente, a psicologia não pode explicar o propósito da existência humana, o significado da vida humana, o supremo destino da pessoa humana.\u201d A psicologia social é uma importante perspectiva da qual podemos nos considerar e compreender, mas não é a única (MYERS, 2000).
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