Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 
 
Análises Citológicas 
Técnica de colheita e coloração dos 
esfregaços cervicais 
 
 
Coleta do exame citopatológico do colo do 
útero 
• Anamnese 
A mulher não deve ter relações sexuais 
(mesmo com camisinha) no dia anterior ao 
exame. 
Evitar o uso de duchas, medicamentos 
vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 
horas anteriores à realização do exame. 
É importante também que não esteja 
menstruada, porque a presença de sangue 
pode alterar o resultado. 
Sangramento de origem não menstrual não 
impede realização do exame (ex: pós 
menopausa). 
Mulheres grávidas podem se submeter ao 
exame sem prejuízo para sua saúde ou a do 
bebê (de preferência até o 7o mês). 
• Identificação da lâmina 
Preenchimento da requisição. 
Extremidade fosca da lâmina. 
Lápis preto No 2. 
• Inspeção da vulva-vagina 
Analisa-se a existência de achados clínicos 
como verrugas, etc. 
• Colocação do espéculo 
Umedecer com soro fisiológico. 
Não pode utilizar lubrificante. 
 
• Inspeção macroscópica 
O colo do útero é avaliado a olho nu. 
 
• Colheita do material citológico 
 
Temos dois métodos de coleta desse 
material, o convencional e o meio liquido: 
> Coleta Convencional: é a técnica mais 
barata e mais utilizada. 
Materiais utilizados: 
2 
 
Espátula de Ayres 
Escova cervical.. 
Espéculo vaginal. 
Lâminas de vidro com extremidade fosca. 
Fixador celular (spray ou álcool 95%). 
Recipiente apropriado para o transporte das 
lâminas. 
Ao passar o material biológico na lâmina a 
espátula (ectocervice) é do lado perto do 
fosco da lamina, e o da escova (endocervice) 
na ponta. Não pode sobrepor as camadas 
pois dificulta a leitura no microscópio. 
Cubas de Coloração 
> Coleta em Meio Líquido (CML): a amostra 
é processada de forma automatizada. 
Aprovado pelo FDA em 1996 como mais 
eficaz que a colpocitologia convencional. 
 
- Thinprep (Hologic): 
Kit coletor: espátulas, escova, Preservcyt 
(Metanol). 
A confecção do esfregaço é feita por 
equipamento, através de centrifugação com 
filtros e vácuo, que faz a impressão do 
material na lâmina. 
- BD- Autocyte prep. (SurePreptm): 
Kit coletor. 
O equipamento confecciona a lâmina em três 
etapas: ressuspensão, homogeneização e 
sedimentação por gravidade. 
Lâminas confeccionadas por pipetagem. 
 
 
- Vantagens da CML: 
1. Apenas um dispositivo para coleta, o que 
torna o procedimento mais rápido; 
2. 100% do material coletado é encaminhado 
para o laboratório; 
3. O material está pronto para processar e 
corar assim que é recebido no laboratório; 
4. Melhor padronização de preparo técnico: 
distribuição uniforme do material e coloração 
padronizada; 
5. Maior facilidade de interpretação, com 
redução do tempo de leitura; 
6. Eliminação de muco, hemácias e infiltrado 
inflamatório; 
7. Diminuição de amostras insatisfatórias; 
8. Redução dos casos falso-negativos; 
9. Possibilidade de processamento de 
lâminas extras sem reconvocação da 
paciente; 
10. Manutenção de estabilidade da amostra 
por 60 dias após coleta; 
11. Possibilidade de realização de testes 
moleculares para papilomavírus humano 
(HPV), Chlamydia trachomatis e 
Neisseria gonorrhoeae. 
Agrega exames de biologia molecular e 
citoquímicos. 
(PCR, RT-PCR, Captura híbrida, Hibridização 
in situ, Oncoproteínas E6 e E7, 
3 
 
imunocitoquímica) 
 
Qualquer método molecular pode ser 
realizado com essa mesma amostra, uma 
vez que o DNA, o RNA e as proteínas 
permanecem conservados no meio liquido. 
 
- Desvantagens da CML: 
• Mais onerosa. 
• Na observação de Trichomonas vaginalis, 
pode ocorrer confusão com fragmentos 
degenerados de citoplasma. 
• Perda do material do fundo celular, 
prejudicando a identificação da diátese 
tumoral. 
• Alterações celulares como diminuição do 
tamanho e mudanças de padrão 
arquitetônico. 
 
 
 
Coloração 
• A coloração dos esfregaços citológicos 
pode ser realizada pelas técnicas de 
Papanicolaou ou Shorr, que são colorações 
policrômicas, ou seja, empregam vários 
corantes, permitindo a diferenciação das 
células em cianófilas e/ou eosinófilas. 
• A coloração de Papanicolaou é utilizada 
pela maioria dos laboratórios de citologia, 
sendo referência mundial. 
 
4 
 
> Coloração de Papanicolaou 
• Essa coloração é constituída por etapas de 
coloração do núcleo e do citoplasma, fases 
de desidratação, hidratação e diafanização. 
• Essa bateria de coloração pode ser 
constituída por 12 a 17 cubas, de acordo com 
as adaptações realizadas em cada serviço. 
- Objetivos da Coloração de Papanicolaou: 
• Permitir a definição de detalhes estruturais 
do núcleo; 
• Determinar a transparência celular, obtida 
com a passagem dos esfregaços em várias 
cubas com álcool em diferentes 
concentrações e pelo álcool etílico presente 
nos corantes EA 36 e orange G; 
• Diferenciar os elementos celulares 
cianofílicos e eosinofílicos, permitindo a 
melhor identificação de determinados tipos 
celulares. 
 
 
- Funções dos componentes da bateria de 
coloração: 
• Hidratação: processo no qual o material 
citológico é hidratado em banho de água 
corrente para facilitar a interação com o 
primeiro corante, que é de base aquosa. 
• Hematoxilina: corante básico de solução 
aquosa corando estrutura ácidas, interagindo 
com ácidos nucleicos, resultando em uma 
coloração azul-escura do núcleo celular. 
Possui afinidade por parede celular de 
lactobacilos e outras bactérias que podem 
estar nos esfregaços e reage sutilmente com 
o citoplasma das células escamosas. 
• Desidratação: processo realizado pela 
imersão do material citológico em 
concentrações crescentes de álcool para que 
as células compatibilizem-se com o próximo 
corante, que é de base alcoólica. Além disso, 
a desidratação elimina traços de água que 
poderiam prejudicar a transparência da 
preparação pela formação de gotas 
opalescentes. Também auxilia na remoção 
do excesso de corantes. 
• Orange G: corante ácido de base alcoólica, 
corando componentes básicos do citoplasma 
das células escamosas maduras 
(diferenciadas) de amarelo ou alaranjado, 
incluindo pré-queratínicas das células 
superficiais eosinofílicas. Cora parcialmente 
hifas fúngicas. 
• EA 36: corante de base alcoólica, com 
afinidade por estruturas cianofílicas e 
eosinofílicas. A finalidade é a coloração de 
grânulos oxifílicos do citoplasma de células 
escamosas menos maduras e de células 
glandulares, além de corar o citoplasma de 
Trichomonas vaginalis. Na verdade, é uma 
mistura de corantes, cujas soluções 
apresentam formulações similares. 
• Diafanização: nessa etapa, é fundamental 
que o material seja intensamente 
desidratado. Esse processo é realizado por 
imersão em xilol, um agente clarificante e 
solvente que diminui a opacificação das 
células, criando uma condição de 
transparência necessária para visualização 
de detalhes celulares. O xilol pode ser 
substituído por secagem em estufa. 
- Cuidados com o processo de coloração: 
• Retirar o excesso de corante a cada troca 
de cuba 
• Estocar os corantes em frascos ambar 
• Sempre deixar na cuba corante o suficiente 
para cobrir toda o esfregaço 
• Filtrar os corantes com frequência. 
• Trocar os corantes quando perderem o 
contraste. 
5 
 
• Trocar os álcoois sempre que necessário. 
• Trocar o xilol quando estiver leitoso. 
• Checar no microscópio pelo menos uma 
lâmina após cada bateria de coloração. 
- Montagem da lâmina: 
• Permitir a ligação entre a lâmina e lamínula. 
• Proteger o material celular da dessecação e 
retração. 
• Agir como um efetivo selador contra 
oxigênio, prevenindo o desbotamento do 
corante. 
 
 
 
- Artefatos: 
• Ressecamento 
Células eosinófilas, núcleo aumentado e 
pálido. 
Causa: demora em fixar, esfregaço espesso, 
sobreposição de células. 
Correção: Não há. Se muito ressecado, 
rejeitar. 
Processamento técnico dos esfregaços – 
Coloração.• Hidratação 
Causa: desidratação mal-feita. 
Correção: colocar lâmina no xilol. 
• Formação de bolhas 
Causa: entellan. 
Correção: pressionar lamínula-lâmina. 
• Depósito de corante 
Causa: corante precipitado. 
Correção: Filtrar. 
 
Material de Letícia Maia @letbiomed 
Centro Universitário UNA de Belo Horizonte.

Mais conteúdos dessa disciplina