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PORTUGUES 3 - objetivo

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1PORTUGUÊS
Módulos
49 – Orações subordinadas substantivas
50 – Meio Ambiente
51 e 52 – Prática de Redação (11)
53 – Orações subordinadas adjetivas
54 – Gênero textual – Entrevista 
55 – Prática de Redação (12)
56 – Emprego do pronome relativo
57 – Correção, clareza, concisão,
coerência e paralelismo sintático
58 – Prática de Redação (13)
59 – Orações subordinadas
adverbiais
60 – Gênero textual – Artigos de
divulgação científica
61 – Prática de Redação (14)
62 – Concordância nominal
63 – Figuras Sonoras ou de Harmonia
64 e 65 – Prática de Redação (15)
66 – Outros gêneros textuais
Você já aprendeu que a oração subordinada depen de de
outra oração do período, pois funciona como um termo
dessa oração, como se estivesse encaixada nela. A
oração subordinada pode ser substituída por um
substantivo (ou pronome substantivo), adjetivo ou
palavra ou expressão com valor de advérbio,
compondo, dessa maneira, a oração principal.
Para saber se uma oração é subordinada, verifique
• se ela é introduzida por uma conjunção ou por um
pronome relativo; ou
• se não introduzida por conjunção ou pronome
relativo, apresenta o verbo no gerúndio, particí pio
ou infinitivo (esses casos serão estudados mais
tarde);
• se pode ser substituída por um substantivo (ou pro -
nome substantivo), adjetivo ou palavra ou expressão
com valor de advérbio, compondo, desta maneira, a
oração principal.
Exemplos
Meu professor, que nasceu na França, fala bem o
português.
Meu professor, francês, fala bem o português.
No caso, a oração subordinada – que nasceu na França –
• é introduzida por pronome relativo (que);
• pode ser substituída por um adjetivo (francês) que
passa a compor a oração principal.
Exemplos
Observei que eles estão contentes.
Observei o contentamento deles.
Observei isso.
49
Palavras-chave:
Orações subordinadas
substantivas
• Subjetiva • Objetiva direta
• Apositiva • Predicativa
PORTUGUÊS: 
PERÍODO COMPOSTO, 
CONCORDÂNCIA NOMINAL, FIGURAS SONORAS
E GÊNEROS TEXTUAIS
O saber a gente aprende com os mestres e
os livros. A sabedoria se aprende é com a
vida e com os humildes.
(Cora Coralina)
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 20:12 Página 1
2 PORTUGUÊS
A oração subordinada – que eles estão contentes –
• é introduzida por uma conjunção (que);
• pode ser substituída por um substantivo (conten -
tamento) ou pronome substantivo (isso) que passa
a compor a oração principal.
Exemplos
Quando anoiteceu, ele chegou.
À noite, ele chegou.
No caso, a oração subordinada – quando anoiteceu –
• é introduzida por conjunção (quando);
• pode ser substituída por uma expressão com valor
de advérbio (à noite) que passa a compor a oração
prin cipal.
Para saber se uma oração é principal, verifique
• se ela assimila o substantivo, adjetivo, advérbio ou
expressão com valor de advérbio equivalente à
transformação da oração subordinada.
Exemplos
Observei que eles estão contentes.
Observei o contentamento deles.
Observei isso.
A oração principal – Observei – assimilou o substan tivo
contentamento (ou o pronome isso), equiva lente à
oração subordinada transformada.
O termo contentamento deles (ou isso) funciona como
objeto direto da nova oração.
A oração subordinada substantiva desempenha fun ção
sintática própria do substantivo. Pode ser subs tituída
por um substantivo ou pronome substantivo.
Às vezes, não encontramos um substantivo ade quado,
que não altere o sentido da frase, para fazer a substituição.
Mas sempre podemos substituir a oração subordinada
substan tiva pelo pronome substantivo isso (ou contração
do pronome com conjunção, como disso, nisso).
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
desempenham função sintática 
própria do substantivo
São introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e
“se”.
Funcionam como
• sujeito da principal — subjetiva
• objeto direto da principal — objetiva direta
• objeto indireto da principal — objetiva indireta
• predicativo do sujeito da principal — predicativa
• complemento nominal da principal — completiva
nominal
• aposto da principal — apositiva
Texto para a questão �.
Não importa se você acredita (I) que
sucesso é resultado de sorte ou competência
(II), por que te oferece mos os dois (III): o
melhor servidor com uma imperdível condição
de pagamento.
(Texto de anúncio publicitário)
� (FATEC) – Assinale a alternativa contendo
análise correta de fatos de língua pertinentes a
esse texto.
a) A oração (I) exerce a mesma função sin tá -
tica que a oração (II) – ambas são comple -
mento de verbos.
b) É coerente, no contexto, associar a ideia de
sorte a – imperdível condição de
pagamento – e a ideia de competência a –
o melhor servidor.
c) A redação do texto obedece aos princípios
da norma culta, apresentando clareza e
correção gramatical.
d) O receptor do anúncio é tratado de maneira
uniforme no texto, em 3.a pessoa.
e) A oração III tem equivalente sintático e de
sentido em – portanto te oferecemos os
dois.
Resolução
Em a, o erro está em que a oração (I) exerce a
função de sujeito de “importa”. Ao contrário
do que se afirma em c e em d, a redação da
frase publicitária foge à norma culta na grafia
“por que”, em lugar de “porque” e na mistura
dos pronomes de 2.a e de 3.a pessoa (você e
te). O erro de e está em que a oração analisada
é explicativa, não conclusiva.
Resposta: B
Texto para a questão �.
Há amores que não vingam porque fulano
não consegue decidir se seria bom ou não sair
da casa da mãe, sicrana se pergunta se
deveria casar-se já ou dedicar primeiro uma
década à sua profissão.
(Contardo Calligaris)
� Os termos destaca dos classificam-se
como
a) conjunção integrante, pronome reflexivo,
conjunção integrante e parte integrante do
ver bo.
b) índice de indeterminação, conjunção inte -
gran te, pronome reflexivo e conjunção
integrante.
c) pronome apassivador, pronome reflexivo,
conjunção integrante e conjunção integrante.
d) conjunção integrante, pronome reflexivo,
pronome apassivador e parte integrante do
ver bo.
e) pronome reflexivo, pronome apassivador,
par te integrante do verbo e conjunção inte -
grante.
Resolução
As duas conjunções classificadas como inte -
gran tes introduzem orações subordinadas
subs tantivas objetivas diretas que comple -
mentam, respectivamente, os verbos decidir e
perguntar. 
Resposta: A
Exercícios Resolvidos
C3_2A_Vermelho_PORT_2023_JR.qxp 15/02/2023 19:57 Página 2
3PORTUGUÊS
Exercícios Propostos
� Numa época em que tempo e espaço são exíguos, de ve mos procurar transmitir mensagens verbais conci sas, com poucas
palavras, desde que isso não preju di que a clareza e a expressão completa da informação.
Buscando a economia de palavras, seu desafio é trans formar os períodos compostos a seguir em períodos sim ples, com um só
verbo. Dica: um dos verbos deve ser transformado em subs tantivo.
a) Nossos amigos exigiam que voltássemos imedia tamente.
RESOLUÇÃO:
Nossos amigos exigiam a nossa volta imediata.
b) Nessa situação, preciso que você me apoie.
RESOLUÇÃO:
Nessa situação, preciso do seu apoio.
� Transcreva da tirinha as orações subordinadas substantivas e classifique-as.
RESOLUÇÃO:
a) “que a Terra era chata com monstros e mistérios em volta” – objetiva direta.
b) “que a Terra não passa de uma esfera com átomos” – objetiva direta.
c) “que a Terra é mais chata ainda” – objetiva direta.
Tirinha para a questão �.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
desempenham função sintática própria do substantivo e são subordinadas a uma oração principal.
Funcionam como
• sujeito da principal — subjetiva • objeto direto da principal — objetiva direta
• objeto indireto da principal — objetiva indireta • predicativo do sujeito da principal — predicativa
• complemento nominal da principal — completiva nominal • aposto da principal — apositiva
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:44 Página 3
4 PORTUGUÊS
� Agora faça o inverso do exercício �, ou seja, converta um período simples em composto. Analise a função sintática do termo
grifado em I e, a seguir, em II, transforme esse termo na oraçãosubor dinada subs tan tiva correspondente, classifican do-a. Preste
atenção na correlação entre o verbo da principal e o verbo da subordinada.
a) I. Comentava-se a fuga do preso. 
II. Comentava-se que o preso fugira.
______________________________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
_______________________
b) I. Desejamos o seu ingresso na universidade.
II. Desejamos que você ingresse na universidade.
_________________________________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
_______________________
c) I. Informei-o da partida de sua amada.
II. Informei-o de que sua amada partira.
__________________________________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
___________________________
d) I. Minha esperança é o triunfo da paz.
II. Minha esperança é que a paz triunfe.
__________________________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Predicativa
___________________________
e) I. Coloco apenas uma condição: a devolução dos meus documentos.
II. Coloco apenas uma condição: que devolva os meus documentos.
_________________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Apositiva
___________________________
f) I. Havia necessidade de nossa presença na reunião.
II. Havia necessidade de que estivéssemos presentes na reunião.
__________________________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
___________________________________
( S )
( OD )
( CN )
( AP )
( PS )
( OI )
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:44 Página 4
� Classifique as orações subordinadas substantivas em
destaque.
(1) objetiva direta 
(2) subjetiva
(3) objetiva indireta 
(4) completiva nominal 
(5) predicativa 
a) ( 2 ) “Pouco importa que nos avaliem pela casca.”
(Carlos Drummond de Andrade)
b) ( 1 ) “Não sei se ela estranhou o calor da minha
alegria (...)” (Rubem Braga)
c) ( 4 ) “Estava convencido de que todos os habitantes
da cidade eram ruins.” (Graciliano Ramos)
d) ( 5 ) “A verdade é que não estava preparado para o
sofri mento.” (Murilo Rubião)
e) ( 3 ) “Certamente não suspeita de que um
desconhecido o vê (...)” (Rubem Braga)
f) ( 2 ) “Era bom que a deixassem em paz.” (Graciliano
Ramos)
Texto referente às questões � e 	.
� (FAP) – A oração "...que escove os dentes..." é uma subor -
dinada substantiva...
a) subjetiva, pois exerce a função de sujeito da oração
principal.
b) predicativa, pois exerce a função de predicativo do sujeito
da oração principal.
c) apositiva, pois funciona como aposto de um termo da
oração prin cipal.
d) objetiva indireta, pois exerce a função de objeto indireto do
verbo da oração principal.
e) completiva nominal, pois exerce a função de complemento
no minal de um termo da oração principal.
RESOLUÇÃO: 
A oração que escove os dentes é sujeito de É muito im por tante. 
Resposta: A
	 (FAP) – Em ...que você escove os dentes... a palavra des -
ta cada é
a) pronome relativo.
b) conjunção subordinativa integrante.
c) pronome substantivo.
d) pronome interrogativo.
e) conjunção adverbial.
Resposta: B
5PORTUGUÊS
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:44 Página 5
6 PORTUGUÊS
50
Palavras-chave:
Meio ambiente • Ecossistemas • Preservação ambiental 
• Mudança climática
Sustentabilidade
A palavra sustentabilidade deriva do latim
sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer,
apoiar, conservar e/ou cuidar. O conceito de
sustentabilidade vigente teve origem em Estocolmo, na
Suécia, na Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente Humano (Unche), em 1972.
https://www.ecycle.com.br/3093-sustentabilidade.html
Segundo a ONU (Organização das Nações
Unidas), desenvolvimento sustentável é definido como
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades”.
A construção do conceito de desenvolvimento
sustentável continuou durante a Cúpula Mundial sobre o
Desenvolvimento Sustentável, da ONU, realizada em
Joanesburgo, África do Sul, em 2010. A Declaração de
Joanesburgo estabelece que o desenvolvimento
sustentável se baseia em três pilares: desenvolvimento
econômico, desenvolvimento social e proteção
ambiental.
https://www.senado.gov.br/noticias/
Jornal/emdiscussao/rio20/
Aquecimento global
O aquecimento global refere-se ao aumento
elevado da temperatura média da Terra. Apesar de ser
um assunto que não é um consenso na comunidade
científica, muitos estudiosos acreditam que esse
fenômeno agravou-se em razão das atividades
humanas. A poluição do ar por meio de queimadas, do
intenso uso de transportes e do aumento da produção
no setor industrial também é associado ao aquecimento
global. As principais consequências desse fenômeno
são o derretimento das calotas polares, o aumento do
nível dos oceanos, a diminuição dos recursos hídricos e
diversas anomalias climáticas, como El Niño e furacões.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/aquecimento-
global.htm
A principal causa do aquecimento global é a
emissão de gases de efeito estufa.
Existem várias atividades que emitem esses gases,
as principais são:
• Uso de combustíveis fósseis: A queima de
combustíveis fósseis usados em automóveis
movidos a gasolina e óleo diesel libera dióxido de
carbono, considerado o maior responsável pela
retenção de calor.
• Desmatamento: O desmatamento além de destruir
grandes áreas de floresta, também libera gases de
efeito estufa.
• Queimadas: A queima da vegetação libera
quantidades significativas de dióxido de carbono.
• Atividades Industriais: As indústrias que fazem
uso de combustíveis fósseis também são respon -
sáveis pela emissão de gases poluentes. Essa
situação compreende a maior parte da emissão de
gases de efeito estufa em países desenvolvidos.
Consequências
Como vimos, os gases poluentes formam uma
espécie de “cobertor” em torno do planeta. Eles
impedem que a radiação solar, refletida pela superfície
em forma de calor, se dissipe para o espaço.
O aquecimento global provoca uma série de
alterações no planeta, das quais as principais são:
• Mudança na composição da fauna e da flora em
todo o planeta.
• Derretimento de grandes massas de gelo das
regiões polares, ocasionando o aumento do nível do
mar. Isso poderá levar a submersão de cidades
litorâneas, forçando a migração de pessoas.
• Aumento de casos de desastres naturais como
inundações, tempestades e furações.
• Extinção de espécies.
• Desertificação de áreas naturais.
• As secas poderão ser mais frequentes.
• As mudanças climáticas podem ainda afetar a
produção de alimentos, pois muitas áreas
produtivas podem ser afetadas.
https://www.todamateria.com.br/aquecimento-global/
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:44 Página 6
7PORTUGUÊS
Discurso de Greta Thunberg
Ativista sueca Greta Thunberg discursa 
na sede das Nações Unidas
23 setembro 2019
Ativista Greta Thunberg discursou na abertura do Encontro de Cúpula sobre Ação Climática; jovem
sueca, de 16 anos, diz que “o mundo está despertando” para o problema da mudança climática. Trechos
de seu discurso seguem abaixo.
Minha mensagem para os líderes internacionais é de que nós estaremos deolho em vocês.
Isto está completamente errado.
Eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar na minha escola, do outro lado do oceano.
E vocês vêm até nós, jovens, para pedir esperança. Como vocês ousam?
Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias. E ainda assim, eu tenho
que dizer que sou uma das pessoas com mais sorte (nesta situação).
As pessoas estão sofrendo e estão morrendo. Os nossos ecossistemas estão morrendo.
“Por mais de 30 anos, a ciência tem sido muito clara. Como vocês se atrevem a continuar
ignorando isto?”
Nós estamos vivenciando o começo de uma extinção em massa. E tudo o que vocês fazem é falar de
dinheiro e de contos de fadas sobre um crescimento econômico eterno.
Como vocês se atrevem?
E como se atrevem a vir aqui e dizer que estão fazendo o suficiente? Quando sabemos que as
políticas e as soluções necessárias não são sequer vistas?
Vocês dizem que estão nos escutando e que compreendem a urgência (deste tema).
A proposta de cortar as nossas emissões pela metade em 10 anos, apenas nos dá uma chance de
50% de ficar abaixo da marca de 1.5°C e existe um risco de desencadear reações irreversíveis em
cadeia que fogem do controle humano.
50% pode ser aceitável para vocês. Mas estes números não incluem outros pontos como feedback,
lacunas e um aquecimento adicional causado pela poluição tóxica do ar ou aspectos de equidade e
justiça climáticos. Estes números também fazem com que a minha geração seja obrigada a ter que
retirar centenas de bilhões toneladas de dióxido de carbono do ar, causadas por vocês, e usando
tecnologia que sequer existe. Então, 50% simplesmente não são aceitáveis. Nós teremos que viver com
as consequências.
“Vocês estão falhando conosco. Mas os jovens já começaram a entender sua traição.”
Obrigada.
https://news.un.org/pt/story/2019/09/1688042#:~:text=Ativista%20Greta%20Thunberg%20discursou%20esta,estaremos%20de%20olho%20em
%20voc%C3%AAs.
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:44 Página 7
8 PORTUGUÊS
Exercícios Resolvidos
Texto para as questões de � a 
.
A fim de permitir a sua leitura, o excerto verbal da propaganda da
coluna anterior aparece transcrito a seguir:
NÃO DEIXE A NATUREZA IR EMBORA.
AJUDE A DEVOLVER O VERDE DA NOSSA TERRA.
Pássaros, plantas e animais que sempre habitaram nossas
florestas estão sendo extintos ou isolados em pequenas
manchas de verde, cercadas de cidade por todos os lados.
Nosso oxigênio também está indo embora.
É um adeus invisível, mas sensível. Sem árvores, nossas
fontes estão secando, silenciosas, vítimas da erosão provo ca -
da pelo desmatamento. Você pode ajudar a reverter esse
quadro através do site www.clickarvore.com.br, um programa
de reflores tamento inédito no país. Você dá um click e uma
muda de árvore nativa da Mata Atlântica é plantada em seu
nome. Facilmente, gratuitamente. Dê um click e plante uma
árvore agora mesmo. Antes que a natureza desapareça.
(Revista Veja SP)
� (FUVEST) – Sobre o efeito de sentido obtido no texto pelo uso
dos tempos e modos verbais, é possível afirmar:
a) A presença de verbos de ação no presente do indicativo e no
gerúndio apoia a descrição de um quadro ambiental estático e
definitivo.
b) Os verbos de ligação ser e estar, alternados entre o presente e o
pretérito perfeito, indiciam e ratificam a mudança de estado na
paisagem brasileira.
c) Os verbos no futuro do indicativo alertam o leitor para a urgência
de ações restauradoras, a fim de se reverterem os efeitos do
quadro de desmatamento generalizado no país.
d) Os verbos no gerúndio e no imperativo são utilizados, respec -
tivamente, para descrever um processo gradativo de desca rac -
terização ambien tal e para incitar o leitor a tomar uma atitude.
e) A presença de verbos no infinitivo e no presente do subjun ti vo
indica, respectivamente, a irrever sibilidade de um proces so e a
indefinição quanto ao início da onda de destruição ambiental.
Resolução
Os gerúndios “sendo extintos”, “está indo”, “estão secando”
confirmam a ação em processo.
Resposta: D
� (FUVEST) – Estão ausentes quaisquer marcas linguísticas que
façam referência direta ao leitor apenas em:
a) Dê um click e plante uma árvore agora mesmo.
b) Você pode ajudar a reverter este quadro.
c) Nosso oxigênio também está indo embora.
d) É um adeus invisível, mas sensível.
e) Ajude a devolver o verde da nossa terra.
Resolução
Os termos que fazem referência ao leitor: “dê”, “você”, “nosso” e
“ajude”.
Resposta: D
 (FUVEST) – Quanto à relação existente, na propaganda, entre
imagem e texto verbal, é correto afirmar que
a) a fotografia da árvore seca, sem folhas, sugere o desma tamento
e o desaparecimento da fauna nativa, dois problemas ambientais
também referidos no texto.
b) a placa na qual se lê a inscrição FUI serve de exemplo ao leitor,
mostrando alguém que já decidiu participar da campanha do
programa de reflorestamento divulgada na propaganda.
c) a fotografia apresenta um exemplar de muda de árvore nativa,
plantada cada vez que alguém dá um click ao acessar o site
www.clickarvore.com.br.
d) a placa presa à árvore ratifica a ideia, exposta no texto, de que o
oxigênio está indo embora, deixando um adeus invisível, mas
sensível.
e) a fotografia da árvore reforça visualmente a informação de que
mudas são plantadas em nome de quem acessa o site divulgado
na propaganda.
Resolução
A casa do joão de barro e a placa “FUI” indicam o desaparecimento
da fauna devido ao desmatamento.
Resposta: A
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:44 Página 8
9PORTUGUÊS
Exercícios Propostos
Texto para o teste �.
� (2020-2.a aplic.) – Analisando a estrutura
composicional do texto, percebe-se que ele
se insere na esfera
a) institucional, pois propõe regras de conduta para alcançar a
sustentabilidade da vida na Terra.
b) pessoal, pois manifesta subjetividade diante da injustiça
social e econômica dos povos da Terra.
c) publicitária, porque conclama a sociedade para participar de
ações relacionadas à preservação ambiental.
d) científica, pois relata fatos concretos sobre a real situação
do meio ambiente em diferentes pontos do planeta.
e) jornalística, pois apresenta títulos e subtítulos para organizar
as informações sobre a relação do homem com o planeta.
RESOLUÇÃO:
O texto traz um formato característico de publicação
governamental, cujo objetivo é, além de orientar para o fato de
que a Terra passa por um problema crítico, elencar regras que
precisam ser seguidas para que seja construída uma via capaz de
garantir vida sustentável no planeta.
Resposta: A
Texto para os testes � e �.
� (MACKENZIE) – Assinale a afirmação incorreta, conside -
ran do o primeiro período.
a) Houve época em que preservar o meio ambiente era
sinônimo de não mexer nas fontes de riquezas que existem
em estado natural.
b) O modo como atualmente se entende o que é preservar o
meio ambiente implica uma nova maneira de conceber o
crescimento das sociedades humanas.
c) O conceito de preservação ambiental, qualquer que seja ele,
faz supor inquietação com o futuro do ser humano.
d) O surgimento de um novo conceito de preservação
ambiental deve-se ao maior desenvolvimento da capacidade
de raciocínio do homem.
e) O planejamento da relação uso/conservação está na base
do que se entende por uso racional dos recursos naturais.
RESOLUÇÃO:
O erro está em atribuir o novo conceito de preservação ambiental ao
“maior desenvolvimento da capacidade de raciocínio do homem”. O
texto não toca nesse ponto, que é totalmente descabido.
Resposta: D
A carta da Terra
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da
Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o
seu futuro. Para seguir adiante, devemos reconhecer que,
no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas
de vida, somos uma família humana e uma comunidade
terrestre com um destino comum. Para chegar a este
propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra,
declaremos nossa responsabilidade uns com os outros, com
a grande comunidade da vida e com as futurasgerações.
PRINCÍPIOS
I. Respeitar e cuidar da comunidade da vida.
II. Proteger e restaurar a integridade ecológica.
III. Promover a justiça social e econômica.
IV. Fortalecer a democracia, a não violência e a paz.
O CAMINHO ADIANTE
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de
uma nova reverência face à vida e pelo compromisso firme
de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela
justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.
Disponível em: www.mma.gov.br. 
Acesso em: 3 dez. 2017 (adaptado).
O antigo conceito de preservação ambiental, baseado na
intocabilidade dos recursos naturais, há algum tempo foi
superado e substituído por outro que condiciona a
preservação a um novo modelo de desenvolvimento da
civilização, fundamentado no uso racional dos recursos
naturais, para que estes possam continuar disponíveis às
gerações que ainda virão.
A este desenvolvimento, que não esgota, mas conserva
e realimenta sua fonte de recursos naturais; que não
inviabiliza a sociedade, mas promove a repartição justa dos
benefícios alcançados; que não é movido apenas por
interesses imediatistas, mas sim baseado no planejamento
de sua trajetória e que, por estas razões, é capaz de manter-
se no espaço e no tempo, é que damos o nome de
desenvolvimento sustentável.
Washington Novaes
C3_2A_Vermelho_PORT_2023_JR.qxp 15/02/2023 19:57 Página 9
10 PORTUGUÊS
 (MACKENZIE) – Considere as seguintes afirmações sobre
o segundo período do texto.
I. Ao caracterizar o desenvolvimento sustentável, o autor deixa
entrever um outro tipo de desenvolvimento, não desejável.
II. A sociedade que apoia o progresso no atendimento das
necessidades exclusivas do aqui e agora das pessoas
capacita-se para permanecer em constante crescimento.
III. Desenvolvimento sustentável é aquele que, não sendo
predatório, preserva as condições de o crescimento
continuar a ocorrer.
Assinale:
a) se apenas I estiver correta.
b) se apenas I e II estiverem corretas.
c) se apenas I e III estiverem corretas.
d) se apenas II e III estiverem corretas.
e) se todas estiverem corretas.
RESOLUÇÃO:
O erro da afirmação II está em considerar que a sociedade
exclusivamente imediatista se capacita para o desenvolvimento
sustentado, quando na verdade ocorre o contrário, conforme se
depreende do texto. Resposta: C
Texto para os testes de � a 	.
� (FUVEST-transferência) – Na resposta do entrevistado, a
expressão cujo sentido mais se aproxima da menção, feita pelo
entrevistador, ao fato de as pessoas considerarem a biodiver -
sidade um “assunto um tanto enfadonho” é
a) “dificuldade em perceber” (L. 8).
b) “discurso hermético” (L. 14).
c) “agenda dos setores ambientais” (L. 16-17).
d) “visão (...) reducionista” (L. 19).
e) “problema secundário” (L. 22).
RESOLUÇÃO:
O adjetivo enfadonho significa “monótono, cansativo,
entediante” e o sentido que mais se aproxima desse é hermético:
“difícil de entender e/ou interpretar”.
Resposta: B
� (FUVEST-transferência) – A expressão sublinhada em
“Para mudar essa mentalidade” (L. 10-11) retoma, no texto, a
ideia de que
a) a situação é comparável à que ocorre em outros países.
b) a biodiversidade, a alimentação e a energia são temas
correlatos. 
c) os efeitos da biodiversidade na vida das pessoas são por
elas ignorados.
d) os cidadãos não têm acesso à educação e às políticas
públicas.
e) o tema da educação ambiental é assunto de difícil solução.
RESOLUÇÃO:
A expressão “essa mentalidade” refere-se ao trecho anterior: “as
pessoas têm mais dificuldade em perceber como a diversidade
biológica tem impacto em sua vida e está ligada a grandes temas,
como alimentação e energia.” 
Resposta: C
	 (FUVEST-transferência) – O emprego do diminutivo em
“bichinho bonitinho” (L. 18) denota, no texto,
a) carinho.
b) ironia.
c) entusiasmo.
d) intransigência.
e) restrição.
RESOLUÇÃO:
A expressão “bichinho bonitinho” é irônica e diz respeito às
pessoas que acham que a biodiversidade se reduz a isso. 
Resposta: B
Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo
biólogo Braulio Dias, secretário executivo da Convenção
sobre Diversidade Biológica, órgão da ONU:
Entrevistador: — De modo geral, as pessoas
acreditam que a biodiversidade não faz parte do seu
dia a dia e consideram o assunto um tanto enfadonho.
Como despertar o interesse pelo tema?
Entrevistado: — No Brasil, mais de 80% da
população mora em cidades. Situação parecida ocorre
em outros países. Longe da natureza, as pessoas têm
mais dificuldade em perceber como a diversidade
biológica tem impacto em sua vida e está ligada a
grandes temas, como alimentação e energia. Para
mudar essa mentalidade, é preciso educação e
políticas públicas acessíveis aos cidadãos. O tema da
biodiversidade é complexo e, portanto, é fácil resvalar
em um discurso hermético, que afasta as pessoas. O
mesmo vale para os discursos apocalípticos. A
biodiversidade não pode estar só na agenda dos
setores ambientais. Não pode ser vista só como um
bichinho bonitinho, um urso panda, um mico-leão.
Essa visão é reducionista e precisa ser ampliada. A
maioria das pessoas reconhece que perder
biodiversidade não é desejável, mas elas ainda
tendem a achar que é um problema secundário, que
só países ricos podem se concentrar na questão e os
países pobres devem gerar emprego, renda e resolver
a violência. Elas não se sentem, como consumidoras,
parte desse problema. Mas são.
(Revista Veja)
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11PORTUGUÊS
Texto para o teste �.
� O texto acima possui elementos coesivos
que promo vem sua manutenção temática. A
partir dessa perspectiva, conclui-se que
a) a palavra mas, na linha 4, contradiz a afirmação inicial do
texto: linhas 1, 2 e 3.
b) a palavra embora, na linha 6, introduz uma explicação que
não encontra complemento no restante do texto.
c) as expressões: consequências calamitosas, na linha 3, e
efeitos incalculáveis, na linha 9, reforçam a ideia que
perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.
d) o uso da palavra cientistas, na linha 5, é desnecessário para
dar cre di bilidade ao texto, uma vez que se fala em estudo
no título do texto.
e) a palavra gás, na linha 8, refere-se a combustíveis fósseis e
quei madas, na linha 3, reforçando a ideia de catástrofe.
Resposta: C
Texto para o teste �.
Disponível em: http://orion-oblog.blogspot.com.br. 
Acesso em: 6 jun. 2012 (adaptado).
� O cartaz aborda a questão do aquecimento
global. A relação entre os recursos verbais e
não verbais nessa propaganda revela que 
a) o discurso ambientalista propõe formas radicais de resolver
os problemas climáticos.
b) a preservação da vida na Terra depende de ações de
dessalinização da água marinha.
c) a acomodação da topografia terrestre desencadeia o natural
degelo das calotas polares.
d) o descongelamento das calotas polares diminui a quanti -
dade de água doce potável do mundo.
e) a agressão ao planeta é dependente da posição assumi da
pelo homem frente aos problemas ambientais.
RESOLUÇÃO: 
A sequência da conjugação do verbo “derreter”, no presente
atemporal, sugerida na pergunta, leva à constatação de que nós,
seres humanos agressores do meio ambiente, somos tanto
responsáveis pelos problemas ambientais quanto vítimas dele. 
Resposta: E
Texto para o teste 
.
Disponível em: http://veja.abril.com.br. 
Acesso em: 15 set. 2013 (adaptado).

 (ENCCEJA) – Para atrair a atenção do leitor, o gênero capa de revista
geralmente lança mão da linguagem verbal e não verbal. Considerando-se
o texto escrito dessa manchete, a imagem tem a função de
a) reforçá-lo. b) questioná-lo.
c) ridicularizá-lo. d) exemplificá-lo.
RESOLUÇÃO:
A imagem traduz, visualmente, a chamada “Estamos devorando
o planeta” e por transformar seu sentido figurado em literal, ou
seja, o garfo espetado na Terra em direção à boca, causa impacto
que reforça semanticamente a frase. 
Resposta: A
AUMENTO DO EFEITO ESTUFA 
AMEAÇA PLANTAS, DIZ ESTUDO
O aumento de dióxido de carbono na atmosfera,resultante do uso de combustíveis fósseis e das
queimadas, pode ter conse quên cias calamitosas para o
clima mundial, mas também pode afetar diretamente o
crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de
Basel, na Suíça, mostram que, embora o dióxido de
carbono seja essencial para o crescimento dos
vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam
a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na
agricultura de vários países. 
(O Estado de S. Paulo)
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12 PORTUGUÊS
Texto para o teste �.
Disponível em: www.hospitalalbertorassi.org.br. 
Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado).
� (DIGITAL-2021) – Considerando-se os ele -
mentos constitutivos do texto, esse anúncio
visa resolver um problema relacionado ao(à)
a) falta de cuidado com o meio ambiente.
b) uso indiscriminado de fontes de energia.
c) escassez de água em diversos pontos do planeta.
d) carência de medidas de controle de poluição ambiental.
e) ausência de ações de reciclagem de objetos descar táveis.
RESOLUÇÃO: 
O anúncio analisado tem por objetivo incitar as pessoas ao
cuidado com o meio ambiente, buscando a adesão do leitor a
atitudes ecologicamente corretas. Resposta: A
Texto para o teste �.
� O texto e a imagem têm por finalidade induzir
o leitor a uma mudança de comportamento a
partir do(a)
a) consumo de produtos naturais provindos da Amazônia.
b) cuidado na hora de comprar produtos alimentícios.
c) verificação da existência do selo de padronização de
produtos industriais.
d) certificação de que o produto foi fabricado de acordo com
os princípios éticos.
c) verificação da garantia de tratamento dos recursos naturais
utilizados em cada produto.
RESOLUÇÃO: 
O texto e a imagem têm por finalidade levar o leitor a consumir
produtos feitos com recursos amazônicos, em cuja elaboração se
respeitem princípios éticos. O selo de garantia indica que foram
respeitados a legislação ambiental e os direitos dos povos
indígenas. Resposta: D
Você sabia que as metrópoles são as grandes consumi -
do ras dos produtos feitos com recursos naturais da
Amazônia? Você pode diminuir os impactos à floresta
adquirindo produtos com selos de certificação. Eles são
encontrados em itens que vão desde lápis e embalagens de
papelão até móveis, cosméticos e materiais de construção.
Para receber os selos, esses produtos devem ser
fabricados sob 10 princípios éticos, entre eles o respeito à
legislação ambiental e aos direitos de povos indígenas e
populações que vivem em nossas matas nativas.
Vida simples. Ed. 74. dez 2008.
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13PORTUGUÊS
As orações subordinadas adjetivas são introduzidas pelos pronomes relativos.
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
encaixa-se na principal, equivalendo a um adjetivo.
RESTRITIVA EXPLICATIVA
• delimita ou define
mais cla ramente o
seu antece dente;
• não é separada por
vír gu la.
• apresenta uma expli-
ca ção ou pormenor
do an te cedente;
• é separada por
vírgula.
PRONOMES RELATIVOS
QUE
Substitui um termo da oração anterior.
É antecedido por preposição se o nome ou verbo a que
se associa a exigir.
Exemplos: Contou a novidade que todos já conheciam.
Comprou o carro de que gostara. Chegaram os livros
com que vou terminar meu trabalho.
O QUAL
Usa-se, preferencialmente, depois de
pre po sições com mais de uma sílaba.
Substitui o que para evitar ambiguidade.
É antecedido por preposição se o nome ou verbo a que
se associa a exigir.
Exemplos: A testemunha falou a verdade ao juiz
perante o qual depôs. O guia da tur ma, o qual se
atrasou, era novo na em pre sa. (Repare, neste último
exemplo, que o uso do que acarretaria ambi gui da de.)
QUEM
Usa-se com referência a pessoas.
Substitui aquele que.
De preferência, concorda com o verbo na ter cei ra
pessoa do singular.
É antecedido por preposição se o nome ou verbo a que
se associa a exigir.
Exemplos: João foi quem me defendeu.
Foi embora Júlia, por quem todos se apai xo naram.
ONDE
Usa-se com referência apenas a lugar.
Substitui em que, na qual.
Exemplos: Esta é a rua onde moro.
Va mos seguir o caminho por onde passo to dos os dias.
CUJO
Indica posse, vem antecedido de substantivo e seguido
também de substantivo. Não admite artigo posposto.
Substitui substantivo ou pronome
prece dido da preposição de.
É antecedido por pre posição exigida
pelo verbo que o segue.
Exemplos: Recordava apenas dos escri tores de cujos
livros havia gostado.
Visi tava sempre as primas em cuja casa passara a
infância.
53
Palavras-chave:
Orações 
subordinadas adjetivas
• Pronomes relativos 
• Referência ao antecedente
Observe como o simples uso de vírgulas altera o sentido
da frase.
O homem ambicioso nunca está satisfeito.
O homem que é ambicioso nunca está satisfeito.
Com estas frases, estamos afirmando que
• alguns homens são ambiciosos;
• se o homem é ambicioso, ele nunca está satisfeito.
Assim, a oração “que é ambicioso” restringe o seu
antece dente, “o homem”. Se essa oração fosse eli minada
do período, o sentido do que está sendo afirmado na
oração principal seria alterado. Como está, ela afirma que
só o homem ambicioso nunca está satisfeito. Sem a
oração adjetiva, ela passaria a significar que todo homem
está sempre insatisfeito.
O homem, ambicioso, nunca está satisfeito.
O homem, que é ambicioso, nunca está satisfeito.
Com estas frases, estamos afirmando que todo homem é
ambicioso e nunca está satisfeito. A oração “que é am -
bicioso”, entre vírgulas, introduz uma simples expli ca ção
sobre o antece dente “o homem”. Essa oração po de ria ser
eliminada do perío do sem que o sentido da oração
principal se alterasse. Nesse caso, apenas deixaríamos de
fornecer uma infor mação, um por menor, uma explicação
sobre uma característica dos homens. Portanto, o que aqui
se afirma é que todo homem é ambicioso e nunca está
satisfeito.
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:47 Página 13
14 PORTUGUÊS
Exercícios Resolvidos
� (IBMEC) – Levando-se em conta os
aspectos textuais e visuais da tirinha, assinale
a alternativa correta.
a) A pergunta de Helga, no primeiro qua -
drinho, revela que ela quer pedir o divórcio.
b) O humor da tira se constrói a partir da pos -
sibi lidade de Helga ter se casado por duas
ve zes.
c) A pergunta de Eddie Sortudo, no segundo
quadrinho, evidencia a ideia de que Hagar é
um bom marido.
d) A graça da tira está no fato de Eddie
Sortudo partir da pressuposição de que
Helga não esti ves se se referindo a Hagar,
seu único marido.
e) A fisionomia de Hagar, nos dois qua -
drinhos, denota sua irritação com o fato de
Helga ter se lembrado de seu ex-marido.
Resolução
Como Helga referiu-se a Hagar na 3.a pessoa
(“o marido”), Eddie Sortudo entendeu que se
tra tava de outro homem.
Resposta: D
� (IBMEC) – Considere as afirmações:
I. No primeiro quadrinho, a sequência dos
adjetivos (esbelto, bonito, espirituoso)
resulta na intensificação progressiva de
seus significados, dando origem à figura
de estilo chamada de hipérbole.
II. Se em vez de empregar o verbo “haver”
(para indicar tempo decorrido), Helga
utilizasse o verbo “fazer”, segundo a
norma culta, o período deveria ser assim
reescrito: o que aconteceu com o marido
esbelto, bonito e espirituoso com o qual
casei fazem vinte anos?
III. A oração “com o qual casei” é
subordinada adjetiva restritiva.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III.
d) I e II. e) I e III.
Resolução
A oração “com o qual casei” é adjetiva restritiva
porque não se refere a qualquer marido, mas
àquele com quem Helga se casou. Em I, não se
tra ta de hipérbole (exagero), mas sim de gra da -
ção; em II, o verbo fazer, indicando tempo
decorrido, é impessoal, fica na 3.a pessoa do
singular: com o qual casei faz vinte anos.
Resposta: C
Texto para a questão 
.
UM BALNEÁRIO HISTÓRICO
Guarujá deve ter herdado o nome
(“guaru-yá”) do termo indígena que indicaria a
passa gem estreita entre a praia das
Pitangueiras, a mais central, e a praia dos
Astúrias,que já foi chamada de praia do
Guarujá.
Além de Pitangueiras e Astúrias, a ilha
tem praias mais recônditas, como Tombo e
Guaíba. Tem ainda praias movimentadas, caso
da Enseada, cuja história se confunde com a
do imigrante de origem libanesa Miguel
Estefno; do Pernambuco / Jequitimar, onde
reinaram a quatrocentona Veridiana da Silva
Prado e o pioneiro Fernando Lee, em cuja ilha
do Arvoredo fazia experimentações com ener -
gias alternativas (eólica, das marés etc.) e cole -
cio nava plantas e aves exóticas.
(Folha de São Paulo, 21 de agosto de 2008.)
 (PUC) – Assinale a alternativa que indica a
que se referem os pro no mes sublinhados no
texto “Um Balneário his tórico”, na ordem em
que aparecem,
a) Guarujá; termo indígena; Enseada; Pernam -
buco / Jequitimar; Fernando Lee.
b) termo indígena; praia dos Astúrias;
Enseada; Pernambuco / Jequitimar;
Fernando Lee.
c) Guarujá; Pitangueiras; Enseada; Veridiana
da Silva Prado; Fernando Lee.
d) praia dos Astúrias; termo indígena;
Pernam buco / Jequitimar; Enseada;
Fernando Lee.
e) Guaru-yá; praia dos Astúrias; caso da
Ensea da; Fernando Lee; Veridiana da Silva
Prado.
Resolução
Os antecedentes dos pronomes relativos, ou
seja, os termos que eles retomam, são
sempre contíguos a esses pronomes, em
geral imedia ta mente próximos, como em
todos os casos ocorrentes no texto dado. Não
há possibilidade de confusão neste teste: para
responder cor reta mente, bastava atenção e
adequado enten dimento do texto, que não
oferecia dificuldade.
Resposta: B
Texto para a questão �.
Há o lado policial, ou de guerra, com os
Estados Unidos construindo muros e forta -
lecendo a repressão em suas linhas de junção
com o território mexicano. E há o lado político
e econô mico: o da imigração. Um homem
mexi cano de 35 anos, com nove de instrução,
pode ganhar 132% a mais trabalhando nos
Estados Unidos.
� (FATEC) – As ora ções em cujo interior
estão os verbos construin do e fortalecendo,
destacados no trecho do texto, equivalem a
orações subordinadas adje ti vas (reduzidas de
gerúndio). Assinale a alter nativa em que essas
orações encontram-se desenvolvidas
adequadamente.
a) ... Estados Unidos ainda que construam
muros e que fortaleçam a repressão...
b) ... Estados Unidos, onde se constroem
muros e se fortalecem a repressão...
c) ... Estados Unidos, que constroem muros e
que fortalecem a repressão...
d) ... Estados Unidos logo que constroem
muros e fortalecem a repressão...
e) ... Estados Unidos no qual constroem
muros que fortalecem a repressão...
Resolução
A única alternativa que desenvolve adequada -
men te as duas orações reduzidas de gerúndio
é a c, que as transforma em orações subordi -
na das adjetivas co orde nadas entre si. 
Resposta: C
Exercícios Resolvidos
� (IBMEC) – Levando-se em conta os
aspectos textuais e visuais da tirinha, assinale
a alternativa correta.
a) A pergunta de Helga, no primeiro qua -
drinho, revela que ela quer pedir o divórcio.
b) O humor da tira se constrói a partir da pos -
sibi lidade de Helga ter se casado por duas
ve zes.
c) A pergunta de Eddie Sortudo, no segundo
quadrinho, evidencia a ideia de que Hagar é
um bom marido.
d) A graça da tira está no fato de Eddie
Sortudo partir da pressuposição de que
Helga não esti ves se se referindo a Hagar,
seu único marido.
e) A fisionomia de Hagar, nos dois qua -
drinhos, denota sua irritação com o fato de
Helga ter se lembrado de seu ex-marido.
Resolução
Como Helga referiu-se a Hagar na 3.a pessoa
(“o marido”), Eddie Sortudo entendeu que se
tra tava de outro homem.
Resposta: D
� (IBMEC) – Considere as afirmações:
I. No primeiro quadrinho, a sequência dos
adjetivos (esbelto, bonito, espirituoso)
resulta na intensificação progressiva de
seus significados, dando origem à figura
de estilo chamada de hipérbole.
II. Se em vez de empregar o verbo “haver”
(para indicar tempo decorrido), Helga
utilizasse o verbo “fazer”, segundo a
norma culta, o período deveria ser assim
reescrito: o que aconteceu com o marido
esbelto, bonito e espirituoso com o qual
casei fazem vinte anos?
III. A oração “com o qual casei” é
subordinada adjetiva restritiva.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III.
d) I e II. e) I e III.
Resolução
A oração “com o qual casei” é adjetiva restritiva
porque não se refere a qualquer marido, mas
àquele com quem Helga se casou. Em I, não se
tra ta de hipérbole (exagero), mas sim de gra da -
ção; em II, o verbo fazer, indicando tempo
decorrido, é impessoal, fica na 3.a pessoa do
singular: com o qual casei faz vinte anos.
Resposta: C
Texto para a questão 
.
UM BALNEÁRIO HISTÓRICO
Guarujá deve ter herdado o nome
(“guaru-yá”) do termo indígena que indicaria a
passa gem estreita entre a praia das
Pitangueiras, a mais central, e a praia dos
Astúrias, que já foi chamada de praia do
Guarujá.
Além de Pitangueiras e Astúrias, a ilha
tem praias mais recônditas, como Tombo e
Guaíba. Tem ainda praias movimentadas, caso
da Enseada, cuja história se confunde com a
do imigrante de origem libanesa Miguel
Estefno; do Pernambuco / Jequitimar, onde
reinaram a quatrocentona Veridiana da Silva
Prado e o pioneiro Fernando Lee, em cuja ilha
do Arvoredo fazia experimentações com ener -
gias alternativas (eólica, das marés etc.) e cole -
cio nava plantas e aves exóticas.
(Folha de São Paulo, 21 de agosto de 2008.)
 (PUC) – Assinale a alternativa que indica a
que se referem os pro no mes sublinhados no
texto “Um Balneário his tórico”, na ordem em
que aparecem,
a) Guarujá; termo indígena; Enseada; Pernam -
buco / Jequitimar; Fernando Lee.
b) termo indígena; praia dos Astúrias;
Enseada; Pernambuco / Jequitimar;
Fernando Lee.
c) Guarujá; Pitangueiras; Enseada; Veridiana
da Silva Prado; Fernando Lee.
d) praia dos Astúrias; termo indígena;
Pernam buco / Jequitimar; Enseada;
Fernando Lee.
e) Guaru-yá; praia dos Astúrias; caso da
Ensea da; Fernando Lee; Veridiana da Silva
Prado.
Resolução
Os antecedentes dos pronomes relativos, ou
seja, os termos que eles retomam, são
sempre contíguos a esses pronomes, em
geral imedia ta mente próximos, como em
todos os casos ocorrentes no texto dado. Não
há possibilidade de confusão neste teste: para
responder cor reta mente, bastava atenção e
adequado enten dimento do texto, que não
oferecia dificuldade.
Resposta: B
Texto para a questão �.
Há o lado policial, ou de guerra, com os
Estados Unidos construindo muros e forta -
lecendo a repressão em suas linhas de junção
com o território mexicano. E há o lado político
e econô mico: o da imigração. Um homem
mexi cano de 35 anos, com nove de instrução,
pode ganhar 132% a mais trabalhando nos
Estados Unidos.
� (FATEC) – As ora ções em cujo interior
estão os verbos construin do e fortalecendo,
destacados no trecho do texto, equivalem a
orações subordinadas adje ti vas (reduzidas de
gerúndio). Assinale a alter nativa em que essas
orações encontram-se desenvolvidas
adequadamente.
a) ... Estados Unidos ainda que construam
muros e que fortaleçam a repressão...
b) ... Estados Unidos, onde se constroem
muros e se fortalecem a repressão...
c) ... Estados Unidos, que constroem muros e
que fortalecem a repressão...
d) ... Estados Unidos logo que constroem
muros e fortalecem a repressão...
e) ... Estados Unidos no qual constroem
muros que fortalecem a repressão...
Resolução
A única alternativa que desenvolve adequada -
men te as duas orações reduzidas de gerúndio
é a c, que as transforma em orações subordi -
na das adjetivas co orde nadas entre si. 
Resposta: C
Utilize a tirinha abaixo para responder os testes � e �.
(Dik Browne, O melhor de Hagar, o Horrível, L&PM)
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:47 Página 14
15PORTUGUÊS
� Classifique as orações adjetivas destacadas, colo cando R
para as restritivas e E para as explicativas. Coloque vírgula
antes da oração adjetiva, quando se tratar de explicativa.
a) Convocaram os candidatos, mas somente os que falavam
mais de uma língua estrangeira.
Convocaram os candidatos que falavam mais de uma língua
estrangeira. 
b) Convocaram oscandidatos e descobriram que eles falavam
mais de uma língua estrangeira.
Convocaram os candidatos que falavam mais de uma língua
estrangeira. 
c) Muitas crianças morrem por doenças, mas essas doenças
podiam ser evitadas.
Muitas crianças morrem por doenças que podiam ser
evitadas. 
d) Os cremes criados com recurso da nanotec nolo gia atingem
as camadas mais profundas da pele.
Os cremes faciais que são criados com recurso da
nanotecnologia atingem as camadas mais profun das da
pele. 
e) A África concentra os maiores bolsões de miséria do planeta
e tem obstáculos quase intransponíveis ao desenvolvi -
mento. 
A África que concentra os maiores bolsões de miséria do
planeta tem obstáculos quase intrans poníveis ao
desenvolvimento. 
RESOLUÇÃO:
A África, que concentra os maiores bolsões de miséria do planeta,
tem obstáculos quase intransponíveis ao desen volvimento. 
� (FGV) – Compare as duas frases, observando sua
pontuação.
Assinale a alternativa correta quanto ao sentido dessas frases.
a) A primeira afirma que somente as meninas feias serão
beijadas; as bonitas não.
b) A primeira afirma que todas as meninas da festa são feias –
e serão beijadas.
c) A segunda afirma que todas as meninas da festa são feias
– e serão beijadas.
d) A segunda afirma que somente as meninas bonitas serão
beijadas; as feias não.
e) As duas frases afirmam que as meninas bonitas serão
beijadas.
( R )
RESOLUÇÃO:
Convocaram os candidatos que falavam mais de uma língua
estrangeira.
( E )
RESOLUÇÃO:
Convocaram os candidatos, que falavam mais de uma língua
estrangeira.
( R )
( R )
( E )
RESOLUÇÃO: 
Quando separada por vírgula, como no primeiro período, a
oração subordinada adjetiva "que são feias" é explicativa, ou
seja, ela se refere a uma propriedade do conjunto ("as meni nas")
retomado pelo pronome rela tivo. Portanto, no primeiro período,
afirma-se que "as meninas (sem restrição) são feias", e todas
serão beija das. No segundo período, sem vírgula, a oração
adjetiva é restritiva, ou seja, demarca apenas um subconjunto do
grupo a que o pronome relativo se refere. Portanto, no segundo
período, o sentido é que parte das meninas são feias, e apenas
estas serão beijadas. 
Resposta: B
Nesta festa, só beijarei as meninas, que são feias.
Nesta festa, só beijarei as meninas que são feias.
Exercícios Propostos
C3_2A_Vermelho_PORT_2022_JR.qxp 28/04/2022 19:47 Página 15
16 PORTUGUÊS
 (UFSCar) – O que não é pronome relativo na opção:
a) “Não há mina de água que não o chame pelo nome, com
arrulhos de namorada.”
b) “Não há porteira de curral que não se ria para ele, com
risadinha asmática de velha regateira.”
c) “— Me espere em casa, que eu ainda vou dar uma espiada
na novilhada parida da vereda.”
d) “— Tenho uma corrente de prata lá em casa que anda atrás
de uma trenheira destas para pendurar na ponta.”
e) “Quem seria aquele sujeito que estava de pé, encostado ao
balcão, todo importante no terno de casimira?”
RESOLUÇÃO:
“Que” equivale a “porque”, é uma conjunção explicativa.
Resposta: C
� Identifique o trecho que apresenta ambiguidade no período
abaixo. Explique como o duplo sentido poderia ser evitado.
� (UNICAMP) – A organização sintática dada a certos
trechos exige do leitor um esforço desnecessário de
interpretação. Abaixo você tem um exemplo disso.
a) Reescreva o trecho, apenas alterando a ordem, de forma a
tornar a leitura mais simples.
b) Com base na solução que você propôs, explique por que, do
ponto de vista da estrutura sintática do português, o trecho
acima oferece dificuldade desnecessária para a
compreensão.
RESOLUÇÃO:
O trecho que apresenta duplo sentido é "que apoiou o pro jeto de
clonagem terapêutica", pois não se sabe a quem se refere, se à
esposa ou ao médico.
A ambiguidade poderia ser evitada com o emprego de o qual,
referindo-se ao médico, ou a qual, referindo-se à esposa.
RESOLUÇÃO:
Alzira Alves Filha, que estava acompanhada de um grupo de
adeptos do Movimento Evangélico Unido, recebeu um colar
indígena feito de escamas de pirarucu e frutos-do-mar ao chegar
ao ancoradouro.
RESOLUÇÃO:
O trecho oferece dificuldade de compreensão porque a oração ad -
jetiva está distante do termo ao qual se refere, Alzira Alves Filha.
A esposa do médico que apoiou o projeto de clonagem
terapêutica festejou a aprovação da lei.
Ao chegar ao ancoradouro, recebeu Alzira Alves Filha
um colar indígena feito de escamas de pirarucu e frutos do
mar, que estava acompanhada de um grupo de adeptos do
Movimento Evangélico Unido. 
(Folha de S. Paulo)
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	 (FGV) – Observe o período e as palavras destacadas.
A respeito das palavras destacadas, pergunta-se:
a) Qual o antecedente de que?
RESOLUÇÃO:
O antecedente do pronome relativo que é “os homens e as
mulheres”.
b) Qual palavra é substituída por as?
RESOLUÇÃO:
O pronome pessoal oblíquo as substitui o substantivo palavras.
c) Que outra forma seria possível usar em lugar de de que?
RESOLUÇÃO:
Em lugar de de que poder-se-ia usar das quais.
Texto para os testes � e �.
� (FUVEST) – A repetição de “precisa viajar” acentua, no
contexto, o valor daquelas experiências que
a) se traduzem na exploração de nossa plena capacidade
imaginativa.
b) concretizam o aprendizado das diferenças que formam a
identi dade pessoal.
c) ratificam a convicção de quem julga conhecer o que apenas
imaginou.
d) acabam comprovando a importância de se viver tudo o que
se planejou.
e) reforçam a simplicidade do prazer de um cotidiano sem
surpresas.
� (FUVEST) – Na frase “...que nos faz professores e
doutores do que não vimos...”, o pronome des tacado retoma a
expressão antecedente
a) “para lugares”.
b) “o mundo”.
c) “um homem”.
d) “essa arrogância”.
e) “como o imaginamos”.
RESOLUÇÃO: 
O texto constitui-se num convite ao leitor para se abrir a novas
experiências. Para o autor, as diferenças opositivas são
fundamen tais na formação do caráter do homem. Segundo o
texto, o homem deve “conhecer o frio para conhecer o calor. E o
oposto.” Essa inter pre tação ocorre na alternativa b.
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
O pronome relativo, em função de sujeito, retoma o ter mo essa
arrogância.
Resposta: D
O dicionário, imagem ordenada do mundo, constrói-se
e desenvolve-se sobre palavras que viveram uma vida
plena, que depois envelhe ceram e definharam, primeiro
geradas, depois geradoras, como o foram os homens e as
mulheres que as fizeram e de que iriam ser, por sua vez,
e ao mesmo tempo, senhores e servos.
Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio
de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si,
com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um
dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a
distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece
para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo
como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode
ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos,
quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.
(Amyr Klink, Mar sem fim)
17PORTUGUÊS
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18 PORTUGUÊS
1. Entrevista 
Tipo de matéria jornalística redigida sob a forma de perguntas e respostas. Reproduz o diálogo mantido entre o
repórter e o entrevistado.
A entrevista desempenha um papel importantíssimo para o desenvolvimento social: ela é crucial para a propagação
do conhecimento, para o posicionamento da crítica e também para que sejam formuladas opiniões a respeito de algo,
alguém ou de um fato.
Esse gênero discursivo instiga a discussão sobre um determinado assunto, tendo como característica principal a
declaração explícita.
Dependendo do que se pretende, existem diferentes tipos de entrevistas: entrevista de emprego, entrevista
jornalística, entrevista psicológica, entrevista comportamental, entrevista social, entre outras.
Uma entrevista pode ser classificada comoaberta (com um tema que é desenvolvido de maneira livre), semiaberta
(possui um roteiro como base, mas segue com o apoio de opiniões e ideias) ou fechada (com questionários). Ela pode
tanto ser feita de modo individual como em grupo, mediante o uso de um questionário, como é o caso do censo
demográfico feito pelo IBGE.
Exemplo:
Fritjof Capra, 81 – Nascimento: Viena (Áustria), 1939. Formação: PhD em teoria física pela Universidade de Viena. Obras: “O
Tao da Física” (1975), “O Ponto de Mutação” (1992), “As Conexões Ocultas”(2002) e “A Visão Sistêmica da Vida” (2014), entre
outros. Cofundador do Centro de Alfabetização Ecológica, em Berkeley (EUA).
Ícone do pensamento sistêmico, o físico e ambientalista austríaco Fritjof Capra, 81, interpreta a pandemia da Covid-19 como
uma resposta biológica da Terra diante de emergências sociais e ecológicas amplamenta negligenciadas.
Para Capra, as mudanças de paradigma necessárias a essas emergências já são possíveis, tanto do ponto de vista do
conhecimento quanto do desenvolvimento tecnológico.
Em quais aspectos o momento presente pode redefinir a condição humana?
O coronavírus deve ser visto como uma resposta biológica de Gaia, nosso planeta vivo, à emergência social e ecológica que
a humanidade criou para si própria. A pandemia emergiu de um desequilíbrio ecológico e tem consequências dramáticas por conta
de desigualdades sociais e econômicas.
Num momento em que o valor do conhecimento científico biológico e tecnológico se mostram tão importantes, qual é
o papel das humanidades?
Se temos todo o conhecimento científico e tecnológico para construirmos um futuro sustentável, porque não o fazemos
simplesmente? Quando refletimos sobre essa questão crucial, rapidamente percebemos que o nível conceitual não conta toda essa
história. Nós também precisamos lidar com valores e éticas, e é por isso que as ciências humanas são mais importantes do que nunca. 
Literatura, filosofia, história, antropologia podem todas nos imbuir do compasso moral que tanto falta à política e à economia
atuais.
O que você aprendeu com a pandemia?
Tem sido incrível para mim ver como o coronavírus expôs tantas injustiças ecológicas, sociais e raciais omitidas por décadas
pelas mídias de massa.
Também fiquei espantado de ver como, em um curto espaço de tempo, a poluição quase desapareceu da baía de São
Francisco, na Califórnia (EUA), onde eu vivo, assim como ocorreu em várias das grandes cidades do mundo. Isso me encheu de
esperança quanto à capacidade da Terra de se regenerar.
(Folha de S. Paulo, 10 ago. 2020)
54
Palavras-chave:
Gênero textual – Entrevista • Interlocução 
• Opinião
• Crítica
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19PORTUGUÊS
Exercícios Resolvidos
Texto para a questão �.
ENTREVISTA — TONY BELLOTTO
A LÍNGUA É ROCK
Guitarrista do Titãs e escritor completa dez anos à
frente de programa televisivo em que discute a língua
portuguesa por meio da música
O que o atraiu na proposta de Afinando a Língua?
No começo, em 1999, a ideia era fazer um programa que falasse
de língua portuguesa usando a música como atrativo, principalmente,
para os jovens. Com o passar do tempo, ele foi se transformando num
programa sobre a linguagem usada em letras de música, no
jornalismo, na literatura de ficção e na poesia. Como não sou um cara
de TV, trago a experiência de escritor e músico, e sempre participo de
forma mais ativa do que como um mero apresentador. Estou nas
reuniões de pauta e faço sugestões nos roteiros. Mas o conteúdo é
feito pelo pessoal do Futura.
Quais as vantagens e desvantagens do ensino da língua por
meio das letras de música?
Não sou pedagogo ou educador, então só vejo vantagens, porque
as letras de música usam uma linguagem que é a do dia a dia,
principalmente, dos jovens. A música é algo que lhes dá prazer e,
didaticamente, pode fazer as vezes de algo que o aluno tem a noção
de ser entediante — estudo da língua, sentar e abrir um livro. Ao ouvir
uma música, os exemplos surgem. É a grande vantagem e sempre foi
a ideia do programa.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. 
Acesso em: 8 ago. 2012 (fragmento).
� (2.a aplicação) – Os gêneros textuais são
definidos por meio de sua estrutura, função e
contexto de uso.Tomando por base a estrutura
dessa entrevista, observa-se que
a) a organização em turnos de fala reproduz o diálogo que ocorre
entre os interlocutores.
b) o tema e o suporte onde foi publicada justificam a ausência de
traços da linguagem informal.
c) a ausência de referências sobre o entrevistado é uma estratégia
para induzir à leitura do texto na íntegra.
d) o uso do destaque gráfico é um recurso de edição para ressaltar a
importância do tema para o entrevistador.
e) o entrevistado é um especialista em abordagens educacionais
alternativas para o ensino da língua portuguesa.
Resolução
O diálogo é evidente no texto entre a revista Língua e Tony Bellotto,
pois este responde às perguntas feitas pela revista. Trata-se, portanto,
de uma entrevista.
Resposta: A
Texto para a questão �.
ENTREVISTA COM MARCOS BAGNO
Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da
pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam nos usos que os
escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se tantas
pessoas condenam, por exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar de
“haver”, como em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os
portugueses, em dado momento da história de sua língua, deixaram
de fazer esse uso existencial do verbo “ter”. No entanto, temos
registros escritos da época medieval em que aparecem centenas
desses usos. Se nós, bra sileiros, assim como os falantes africanos de
português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial é porque
recebemos esses usos dos nossos ex-colo nizadores. Não faz sentido
imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se
juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas
outras coisas: regências verbais, colocação pronominal,
concordâncias nomi nais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas
ainda somos obrigados a seguir uma gramática normativa de outra
língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário
de independência, não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso
para só aceitar o que vem de fora. 
Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para
só considerar certo o que é usado por menos de dez milhões de
portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de
português do que em toda a Europa!
(Informativo Parábola Editorial, s/d.)
� Na entrevista, o autor defende o uso de formas
linguísticas coloquiais e faz uso da norma-padrão
em toda a extensão do texto. Isso pode ser
explicado pelo fato de que ele
a) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que
o gênero entrevista requer o uso da norma-padrão.
b) apresenta argumentos carentes de comprovação cien tífica e, por
isso, defende um ponto de vista difícil de ser verificado na
materialidade do texto.
c) propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes
escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial deve ser
usada por falantes não escola rizados.
d) acredita que a língua genuinamente brasileira está em cons trução,
o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a gramática normativa
do português europeu.
e) defende que a quantidade de falantes do português brasileiro ainda
é insuficiente para acabar com a hegemonia do antigo colonizador.
Resolução
Apesar de defender no texto o uso de uma língua brasi leira, já
bastante afastada da gramática norma tiva do português europeu, o
autor emprega a norma-padrão porque se trata de um texto a ser
publicado, ou seja, ele “adapta o nível de linguagem à situação
comunicativa”.
Resposta: A
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20 PORTUGUÊS
Texto para a questão �.
� (UNICAMP-2020)
a) Explique, com base em dois argumentos presentes no
texto, por que, para o autor, escrever dicionários é uma
tarefa política.
RESOLUÇÃO:
Para o autor, o dicionáriofunciona como “meio didático e eficaz
para disseminar o conhecimento”, considerando a grande
contribuição dos idiomas bantos na formação do vocabulário
brasileiro e a relevância da cultura africana no contexto nacio nal.
b) Que crítica o autor faz aos currículos escolares e que
abordagem propõe para o assunto?
RESOLUÇÃO:
O autor critica o fato de que nas escolas o currí culo baseia-se no
princípio de que “nossos an cestrais foram todos escravos”, mas
não enfatiza a realidade que produziu a escravidão. Para ele, é ne -
ces sário “descolonizar o pensamento brasilei ro”, pois entende-se
o continente africano apenas a partir da colonização do Brasil. O
autor pretende que se conheça a história da África antes da
escravidão e a atual, decorrente das ações dos invasores
europeus que usurparam territórios do continente africano.
O dicionarista e historiador Nei Lopes, autor do Dicionário
banto do Brasil, afirmou, em entrevista à Revista Fapesp:
Resolvi elaborar um dicionário para identificar os
vocábulos da língua portuguesa com origem no universo dos
povos bantos, denominação que engloba centenas de
línguas e dialetos africanos. Palavras como babá, baia,
banda, caçapa, cachimbo, dengo, farofa, fofoca e minhoca,
por exemplo, têm origem provável ou com provada em
línguas bantas e o quimbundo pode ter sido o idioma que
mais contribuiu à formação de nosso vocabulário. Ao
constatar tal quantidade de palavras originárias de idiomas
bantos que circulam pelo país, quis comprovar a importância
dessas culturas para o contexto nacional. Assim, escrever
dicionários, para mim, também é uma tarefa política. Percebi
que dicionários funcionam como um meio didático eficaz
para disseminar conhe cimento.
Os currículos costumam começar a abordagem sobre a
África a partir da escravidão, partindo do princípio de que os
nossos ancestrais foram todos escravos. Nos ensinamentos
sobre o assunto, é preciso descolonizar o pensamento
brasileiro, deixando evidente como os grandes centros
europeus espoliaram o continente e que, hoje, a realidade
africana é fruto dessas ações.
(Adaptado de Nei Lopes, O dicionário heterodoxo. 
Entrevista concedida a Cristina Queiroz. Revista Fapesp.
Edição 275, jan. 2019. Disponível em
http://revistapesquisa.fapesp.br/
2019/01/10/nei-braz-lopes-o-dicionarista-heterodoxo/. 
Acessado em 23/08/2019.)
Exercícios Propostos
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21PORTUGUÊS
Para responder às questões de � e 
, leia o trecho de uma
entrevista concedida pelo crítico e historiador americano
Stephen Greenblatt, especialista na obra de Shakespeare.
� (FGV) – Segundo o entrevistado, constitui um traço da
personalidade do tirano a
a) perseguição àqueles que aderem ao ateísmo.
b) tentativa de obter a adesão de outras etnias para conseguir
seus intentos.
c) insegurança no relacionamento com pessoas de outro sexo.
d) tendência de cultivar a vaidade e o autocentramento.
e) obsessão por impor leis, mesmo as mais injustas.
RESOLUÇÃO:
A descrição feita pelo especialista em Shakespeare, Stephen
Greenblatt, deixa evidentes algumas características negativas de
um tirano, entre elas “Um certo narcisismo”, “Um espírito de
intimidação”. Resposta: D
 (FGV) – Para atribuir um caráter atemporal à represen ta -
ção das características do tirano presente nas obras de
Shakespeare, o entrevistado se vale do emprego
a) de diferentes modos verbais.
b) do pretérito imperfeito.
c) de várias frases nominais (sem verbo).
d) de formas verbais que expressam hipótese.
e) do presente do indicativo.
RESOLUÇÃO:
Há no texto várias frases nominais, ou seja, sem verbo, “Um
certo tipo de narcisismo”, “Uma certa rudeza”, “Um desprezo
pela lei”, “Um certo tipo de comportamento sexualmente
intimidante”, porém o que dá ao texto um caráter atemporal é o
emprego dos verbos no presente do indicativo: “levanta”,
“comporta”, “pode alcançar”, “defendem”, “pergunta”,
“parece”, “tem”. Resposta: E
Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo
escritor Luiz Ruffato, para responder às questões � e �:
� (FUVEST-TRANSF) – No texto, o autor expressa um
mesmo conceito por meio da palavra “maniqueísmo” e da
expressão
a) “momento de intolerância”.
b) “jogo fatal”.
c) “verdades absolutas”.
d) “pensamento binário”.
e) “supremacia do pensamento único”.
RESOLUÇÃO:
A palavra “maniqueísmo”significa uma visão de mundo dividida
em poderes opostos, ideia retomada pela expressão
“pensamento binário”.
Resposta: D
� (FUVEST-TRANSF) – A expressão sublinhada no trecho
“que até mesmo aquela autora bestseller, (...), já sabia”
contém um pressuposto que revela, por parte do autor,
a) neutralidade.
b) admiração.
c) desapreço.
d) surpresa.
e) ressentimento.
RESOLUÇÃO:
A expressão “até mesmo”, no texto, indica “desapreço,
menosprezo, desconsideração”, sugerindo que a ideia
apresentada sobre verdades absolutas é tão óbvia que até a
autora Erika L. James foi capaz de perceber.
Resposta: C
— Quais são as características de um tirano nas obras de
Shakespeare?
— Shakespeare entendia, e não só ele, mas também sua
época, que um tirano era aquele que governava ilegitimamente,
que fazia isso de acordo com seus próprios interesses e não
com os de seu país. Shakespeare representou certos traços de
personalidade como se fossem característicos do tirano. Um
certo tipo de narcisismo. Um espírito de intimidação, um modo
de mobilizar as pessoas contra inimigos imaginários ou contra
aqueles que são de outra etnia ou religião. Uma certa rudeza.
Um desprezo pela lei. Um certo tipo de comportamento
sexualmente intimidante. A questão que Shakespeare levanta,
insistentemente, é como alguém com essas características,
alguém que se comporta assim, pode alcançar o poder. Porque
as sociedades em geral se defendem contra personalidades
desse tipo — normalmente, elas não sucumbem. Então
Shakespeare se pergunta como é possível que aquilo que
parece ser um Estado saudável ou razoavelmente saudável, no
qual a maioria das pessoas tem no fim das contas o próprio
interesse, possa cair nas mãos de um líder realmente
catastrófico ou de um tirano.
Época, 17.12.18. Adaptado.
— Uma leitura feita sobre a situação política no Brasil é a
de que estamos caindo em uma dicotomia bastante
superficial e, bem no fim, inútil. Você concorda?
— Vivemos hoje um perigoso momento de intolerância.
Joga -se um jogo fatal entre nós (os bons, inteligentes e
honestos) e eles (os maus, burros e corruptos). Acho um
horror qualquer tipo de maniqueísmo ou de fanatismo. Não
é saudável, não leva a lugar algum. As pessoas tornam -se
arrogantes, prepotentes, cegas. Abraçam verdades
absolutas e esquecem- se de algo que até mesmo aquela
autora best-seller, Erika L. James, já sabia: entre o preto e o
branco há pelo menos 50 tons de cinza. O pensamento
binário é autoritário, não aceita divergência, é impositivo,
ditatorial. A democracia é a convergência de opiniões
divergentes. Não a supremacia do pensamento único.
Estado de S. Paulo, 06 abr. 2016. Adaptado.
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22 PORTUGUÊS
Leia um trecho do artigo de Lira Neto para responder às
questões de 	 a �.
	 (FAMERP) – Segundo o jornalista, o telespectador típico
a) tem dificuldade para entender a Era Vargas.
b) é imaturo.
c) é capaz de entender qualquer explicação.
d) evita mudar de canal.
e) busca informações históricas ao acaso.
RESOLUÇÃO:
Segundo o jornalista, o telespectador típico deve ser imaginado
como “alguém com a idade mental de 14 anos”, ainda que seja
adulto.
Resposta: B
� (FAMERP) – A leitura do trecho permite afirmar que Lira
Neto
a) não pôde dizer aquilo que realmente pensava.
b) pensou em citar uma personagem de desenho animado.
c) imaginou que o repórter se parecia com Homer Simpson.
d) utilizou os filhos como parâmetro para o conteúdo de sua
fala.
e) criou uma distância necessária com o telespectador.
RESOLUÇÃO:
Lira Neto, desconsiderando a orientação, imaginou os próprios
filhos como interlocutores, pois a pater ni dade lhe ensinou adiferença entre “didatismo e o discurso toleirão”.
Resposta: D
� (FAMERP) – Para orientar sua fala na entrevista, Lira Neto
estabeleceu uma relação de equivalência entre:
a) idade mental e limites / pai e crianças.
b) reportagem e canal por assinatura / Era Vargas e conversa.
c) repórter e operador / telespectador e sujeito.
d) lata de cerveja e controle remoto / intervalo e filme.
e) didatismo e clareza / discurso toleirão e parvoíce.
RESOLUÇÃO:
Há equivalência de sentido entre “didatismo” e “clareza”,
“discurso toleirão” e “parvoíce”.
Resposta: E
Leia o trecho de uma entrevista com o cineasta francês Jean
Renoir (1894-1979), filho do conhecido pintor Pierre-Auguste
Renoir, datada de novembro de 1958.

 (FAMEMA) – Neste trecho da entrevista, Jean Renoir
reflete sobre
a) a materialidade dos objetos artísticos.
b) o significado dos objetos artísticos.
c) a finalidade dos objetos artísticos.
d) o conteúdo dos objetos artísticos.
e) a origem dos objetos artísticos.
RESOLUÇÃO:
Nesse fragmento, Jean Renoir tece considerações acerca da
constituição provisória de toda e qualquer obra humana, na qual
se encontram os objetos artísticos. De acordo com o cineasta
francês, a materialidade é passível de deterioração, seja uma
sólida obra arquitetônica, seja um artigo veiculado num jornal.
Resposta: A
Cheguei mesmo a me perguntar se toda obra humana
não é provisória – mesmo um quadro, mesmo uma estátua,
mesmo uma obra arquitetônica, mesmo o Partenon. Seja
qual for a solidez do Partenon, o que resta dele é muito
pouco e não temos nenhuma ideia do que era quando
acabara de ser construído. Mesmo o que resta vai
desaparecer. Talvez se consiga, a custa de tanto colocar
cimento nas colunas, mantê-lo por cem anos, duzentos
anos, digamos quinhentos anos, digamos mil anos. Mas,
enfim, chegará um dia em que o Partenon não existirá mais.
Pergunto-me se não seria mais honesto abordar a obra de
arte sabendo que ela é provisória e irá desaparecer, e que, na
verdade, relativizando, não há diferença entre uma obra
arquitetônica feita em mármore maciço e um artigo de jornal,
impresso em papel e jogado fora no dia seguinte.
(Jean Renoir apud Jorge Coli. O que é arte, 2013. Adaptado.)
[...] dia desses, uma equipe de reportagem de um canal
por assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre
a Era Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu-
me, antes de o operador ligar a câmera: “Pense que nosso
telespectador típico é aquele sujeito esparramado no sofá,
com uma lata de cerveja numa mão e o controle remoto na
outra, que esbarrou na nossa reportagem por acaso, durante
o intervalo de um filme de ação”, detalhou. “É para esse
cara que você vai falar; pense nele como alguém com a
idade mental de 14 anos.”
Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei o
colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei
ser didático, sem me esforçar para parecer que estava
falando com o Homer Simpson postado ali do outro lado da
lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito que há uma
enorme distância entre o didatismo e o discurso toleirão,
entre a clareza e a parvoíce.
(“A TV virou um dinossauro”. Folha de S.Paulo, 09.07.2017.)
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23PORTUGUÊS
Texto para a questão �.
A torre de controle de voos de São José dos
Campos (SP) autorizou os pilotos do Legacy,
Joe Lepore e Jan Paladino, a voar na altitude de
37 mil pés até o aeroporto Eduardo Gomes, em
Manaus, apesar de essa altitude, onde estava o
Boeing-737 da Gol atingido e derrubado no
choque com o jato da Embraer, ter se tornado
“contra mão” na rota após Brasília.
Esse foi o primeiro de uma sucessão de
erros que geraram o choque, em 29 de
setembro, matando 154 pessoas. Depois
disso, houve falha na comunicação entre o
Legacy e o Cindacta-1 (Centro de Controle do
tráfego aéreo de Brasília), o transponder (que
alertaria o sistema anticolisão do Boeing) não
estava fun cio nando no Legacy e o avião da Gol
não foi alertado para o risco.
(Eliane Catanhede, “Caixa-preta 
do Legacy revela que torre errou.” 
Folha de São Paulo, 2/11/06.) 
(Texto adaptado para fins de vestibular)
� (PUC) – Entender a função e o sentido das
palavras respon sáveis pela coesão em um texto
é essencial para a sua com preensão. No
primeiro parágrafo do texto acima, você
encontra o trecho: “...apesar de essa altitude,
onde estava o Boeing-737 da Gol atingido e
derrubado no choque com o jato da Embraer, ter
se tornado ‘contramão’ na rota após Brasília”. 
Em relação ao uso de apesar e de onde, é
adequado afirmar que
a) enquanto apesar indica finalidade em rela -
ção ao fato expresso na oração anterior,
onde se refere à torre de controles de voos.
b) enquanto apesar indica consequência em
re la ção ao fato expres so na oração anterior,
onde se refere ao Aeroporto Eduardo
Gomes.
c) enquanto apesar indica concessão em rela -
ção ao fato expresso na oração anterior,
onde se refere à altitude de 37 mil pés.
d) enquanto apesar indica condição em
relação ao fato expresso na oração anterior,
onde se refere ao Centro de Controle do
tráfego aéreo em Brasília.
e) enquanto apesar indica proporção em rela -
ção ao fato expresso na oração anterior,
onde se refere à Embraer.
Resolução
Apesar de é locução conjuntiva concessiva,
equivalente a embora, conquanto, se bem
que. As orações con ces sivas admitem alguma
restrição ou contradição relativa ao que se
afirma na oração principal. O ante cedente do
pronome relativo onde é "essa altitude".
Resposta: C
� (FGV) – Escolha a alter nativa que preencha
corretamente as lacunas das frases abaixo.
1. Por acaso, não é este o livro ___________ o
professor se refere?
2. As Olimpíadas _________________ abertura
assistimos foram as de Tóquio.
3. Herdei de meus pais os princípios morais
___________ tanto luto.
4. É bom que você conheça antes as pessoas
___________ vai trabalhar.
5. A prefeita construirá uma estrada do centro
ao morro _______ será construída a igreja.
6. Ainda não foi localizada a arca ___________
os piratas guardavam seus tesouros.
a) de que, cuja, para que, com os quais, sobre
que, em que.
b) que, de cuja, com que, para quem, no qual,
que.
c) em que, cuja, de que, para os quais, onde,
na qual.
d) a que, a cuja, em que, com que, que, em que.
e) a que, a cuja, por que, com quem, sobre o
qual, onde.
Resolução
Os pronomes relativos serão ou não
precedidos de preposição conforme a regência
dos verbos. Sendo assim, temos
– em 1: “a que” (o verbo referir-se rege a
preposição a);
– em 2: “a cuja”( o verbo assistir, na acepção
de “ver”, “estar presente”, rege a preposição a;
– em 3: “por que” (= “pelos quais”) – o
verbo lutar rege a preposição por;
– em 4: “com quem” (o verbo trabalhar está
seguido de adjunto iniciado por com);
– em 5: “sobre o qual” (nesta frase, o verbo
construir aparece modificado por este adjunto
adverbial de lugar: construir algo em algum
lugar);
– em 6: “onde (= na qual) – nesta frase, o
verbo guardar aparece acompanhado por este
adjunto adverbial de lugar: guardar algo em
algum lugar.
Resposta: E
 (FGV) – Assina le a alternativa em que a
ausência da prepo sição, antes do pronome
relativo que, está de acordo com a norma culta.
a) É uma quantia vultosa, que o Estado não
dispõe: falta-lhe numerário.
b) Vi claramente o bolso que você pôs o
dinheiro nele.
c) Não interessava perguntar qual a agência
que o remetente enviou a carta.
d) A garota que eu gosto não está namorando
mais. Chegou a minha oportunidade.
e) Essa era a declaração que o alcaide insistia
em fazer.
Resolução
Na alternativa apontada, o pronome relativo
que não precisa vir antecedido de preposição,
pois o verbo fazer é transitivo direto (“fazer a
decla ração”). Em a, o verbo dispor rege
preposição de (“...de que o Estado não
dispõe...”); em b, o verbo pôr admite adjunto
adverbial de lugar com preposição em (“... o
bolso em que você pôs o dinheiro...”); em c, o
verbo enviar rege preposição a ou para (“... a
agência a/para que o remetente enviou a
carta...”); em d, o verbo gostar

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