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INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS (SOI IV) TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ISABELLA AFONSO DE SOUZA TICS N°6 1. Quando está indicado a internação do paciente psiquiátrico? Em quais situações esta prática é vedada? A internação psiquiátrica objetiva atuar no manejo clínico de pacientes disfuncionais, em quadros agudos e graves, que apresentam risco para si e para outros, ou seja, é uma modalidade de atenção destinada a pacientes que necessitam de cuidados intensivos, cabendo à instituição hospitalar acolher, tratar, cuidar, respeitar e estabilizar o paciente para que possam ser reinseridos em suas atividades de vida normal. Segundo a resolução nº. 2.057/ 2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM): – Nenhum tratamento será administrado à pessoa com doença mental sem consentimento esclarecido, salvo quando as condições clínicas não permitirem sua obtenção ou em emergências, caracterizadas e justificadas em prontuário, para evitar danos imediatos ou iminentes ao paciente ou a terceiro. Na impossibilidade de se obter o consentimento esclarecido do paciente, deve-se buscar o consentimento do responsável legal. Ademais, existem 3 tipos de internação psiquiátrica: voluntária, involuntária e compulsória. Na internação voluntária o paciente admitido voluntariamente tem o direito de solicitar sua alta ao médico assistente a qualquer momento, mediante a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) manifestando válida a vontade. Em contrapartida, a internação involuntária é realizada sem consentimento do paciente e faz-se necessário a concordância de representante legal, exceto nas situações de emergência médica (risco iminente de suicídio, agitação psicomotora grave…) e deverá, no prazo de 72 horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo diretor técnico médico do estabelecimento no qual tenha ocorrido . O paciente deve apresentar uma das seguintes condições: 1. Risco de vida ou de prejuízos graves à saúde. 2. Risco de autoagressão ou de heteroagressão (inclui risco direto de se envolver em acidentes ou de vir a ser ferido por terceiros). 3. Risco de prejuízo moral ou patrimonial (principalmente de natureza financeira e sexual). 4. Risco de agressão à ordem pública (expressão ampla que deve ser interpretada de maneira restritiva, abrangendo apenas atos que efetivamente possam se constituir em motivo de alarde social). Por fim, a Internação compulsória é a determinada por magistrado e independe da vontade expressa da família ou do paciente.Por mais que seja definida por ordem judicial, a determinação da natureza e tipo de tratamento a ser ministrado ao paciente é o médico assistente, que poderá prescrever alta hospitalar quando entender que aquele se encontra em condições para tal. REFERÊNCIAS Cardoso, Lucilene e Galera, Sueli Aparecida Frari . Internação psiquiátrica e a manutenção do tratamento extra-hospitalar. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2011, v. 45, n. 1 BRASIL, Ministério da Saúde. Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil. Brasília, 2005.
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