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CUIDADOR DE IDOSOS 
CURSO DE FORMAÇÃO EM CUIDADORES DE IDOSOS 
 
 
 
 
1 
Cuidador de idosos 
 
 
 
 
FICHA TÉCNICA 
 
AUTOR 
Sandra Marques 
 Coordenadora de Expansão Gillis Interactive 
EDIÇÃO TÉCNICA 
Coordenação de Desenvolvimento Gillis Interactive 
 
REVISÃO & CONTROLE DE QUALIDADE 
Sandra Marques 
 
Todos os direitos reservados. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser armazenada ou reproduzida 
por qualquer meio sem autorização por escrito do Sistema de Ensino Gillis 
Interactive. 
 
 
CUIDADOR DE IDOSOS 
 
MARQUES, Sandra C. 
Cuidador de Idosos - Curso de Formação em Cuidadores de Idosos / Sandra 
da Conceição Marques – Gillis Interactive, 2019 
Edição: 1ª Idioma: Português 
 
 
Em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Cuidador de idosos 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 7 
AULA 1 - O CUIDADO E O CUIDADOR ..................................................................... 9 
O Cuidador ....................................................................................................10 
Paciência ....................................................................................................... 11 
Categorias de um cuidador ...........................................................................12 
Trajetória Histórica da profissão ....................................................................13 
Quando o cuidador é da família ....................................................................15 
Qualidades físicas e intelectuais ...................................................................16 
Capacidade de ser tolerante e paciente ........................................................16 
Qualidades éticas e morais ...........................................................................17 
Cuidador e a família do idoso cuidado ..........................................................18 
Cuidando do cuidador ...................................................................................19 
EXERCÍCIOS.............................................................................................................. 22 
AULA 2 - DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA ........................................................ 24 
Políticas Públicas e Direitos dos idosos ........................................................24 
Política Nacional Do Idoso Finalidade ...........................................................25 
Estatuto do Idoso ..........................................................................................27 
BPC – Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social. ...............28 
Benefícios Previdenciários ............................................................................29 
Pensão por morte ..........................................................................................30 
EXERCÍCIOS.............................................................................................................. 31 
AULA 3 - Cuidados de enfermagem à Saúde da Pessoa Idosa ............................. 33 
Enfermagem Gerontológica...........................................................................34 
Processo de envelhecimento ........................................................................35 
Necessidades humanas básicas e envelhecimento ......................................38 
3 
Cuidador de idosos 
 
 
Necessidades humanas básicas, fisiológicas................................................39 
Cuidados para pessoas idosas acamadas ou com grau de limitação ...........42 
Cuidados com a medicação ..........................................................................47 
Descartes de resíduos ..................................................................................49 
Disposições Finais e Transitórias ..................................................................55 
EXERCÍCIOS.............................................................................................................. 58 
AULA 4 - Aspectos Psicológicos do Envelhecimento e o Contexto Familiar ....... 60 
Envelhecimento .............................................................................................60 
Aspectos psicológicos do envelhecimento ....................................................62 
Tipos de Personalidades Adaptadas nos Idosos ...........................................67 
Aspectos biológicos do envelhecimento ........................................................72 
Os 5 I’s do idoso ............................................................................................74 
Instabilidade e Quedas ..................................................................................75 
Fatores de risco de quedas ...........................................................................76 
EXERCÍCIOS.............................................................................................................. 80 
AULA 5 - Aspectos Odontológicos do Envelhecimento ........................................ 82 
Recomendações para a higiene bucal do idoso ............................................83 
Como proceder quando o idoso usa prótese.................................................85 
Doenças da boca ..........................................................................................86 
Cárie dental ...................................................................................................87 
Sangramento das gengivas ...........................................................................87 
Doenças Periodontal .....................................................................................87 
Tratamento odontológico ...............................................................................88 
Xerostomia ....................................................................................................88 
Feridas na boca .............................................................................................89 
Aspectos Fonoaudiólogos do Envelhecimento ..............................................90 
4 
Cuidador de idosos 
 
 
Orientação fonoaudiológicas e cuidados com pacientes disfágicos ..............97 
EXERCÍCIOS.............................................................................................................. 99 
AULA 6 - Primeiros Socorros ................................................................................. 101 
Procedimento em caso de quedas .............................................................. 102 
Queimaduras ............................................................................................... 102 
Convulsões.................................................................................................. 104 
Corpos estranhos ........................................................................................ 104 
 Parada cardíaca ......................................................................................... 112 
Manobra de Heimlich .................................................................................. 118 
Engasgo ...................................................................................................... 119 
EXERCÍCIOS............................................................................................................ 120 
AULA 7 - Patologias recorrentes no envelhecimento – Parte 1 ........................... 122 
Doenças associadas ao processo de envelhecimento ................................ 122 
Alzheimer .................................................................................................... 124 
Quais são os sintomas da doença de Alzheimer? ....................................... 125 
Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer.............................................. 126 
Recomendaçõespara quem cuida do doente de Alzheimer ....................... 128 
Como se comunica com o doente de Alzheimer? ....................................... 128 
Ao cuidador ................................................................................................. 132 
Parkinson .................................................................................................... 133 
Sintomatologia............................................................................................. 134 
EXERCÍCIOS............................................................................................................ 140 
AULA 8 – Patologias recorrentes no envelhecimento - Parte 2 ........................... 142 
Doenças Reumáticas .................................................................................. 142 
Osteoartrose/ Artrose .................................................................................. 143 
Osteoporose ................................................................................................ 146 
5 
Cuidador de idosos 
 
 
Diabetes mellitus ......................................................................................... 150 
Depressão ................................................................................................... 151 
Neoplasias................................................................................................... 152 
EXERCÍCIOS............................................................................................................ 154 
AULA 9 - Patologias recorrentes no envelhecimento - Parte 3 ............................ 156 
Doenças Crônicas ....................................................................................... 156 
Glaucoma .................................................................................................... 158 
Pneumonia .................................................................................................. 158 
Envelhecimento dos ossos .......................................................................... 162 
Sistema do Corpo Humano ......................................................................... 164 
Sistema digestório ....................................................................................... 165 
Fisiologia do Envelhecimento Sistema Digestivo ........................................ 166 
Sistema Respiratório ................................................................................... 166 
Quedas na terceira idade ............................................................................ 167 
O que fazer em casos de queda? ............................................................... 170 
EXERCÍCIOS............................................................................................................ 171 
AULA 10 - Exercícios físicos e Medidas de Prevenção ........................................ 174 
Exercícios Para Idosos ................................................................................ 176 
Como Incentivar Um Idoso A Fazer Exercício Físico ................................... 178 
Aspectos Nutricionais .................................................................................. 181 
EXERCÍCIOS............................................................................................................ 183 
AULA 11 - Alteração pelo envelhecimento e suas consequências ...................... 185 
1- A perda dos dentes ................................................................................. 185 
2- Aumento na gordura corporal total .......................................................... 185 
3- Redução da força física .......................................................................... 186 
4- Desidratação ........................................................................................... 186 
6 
Cuidador de idosos 
 
 
5- Baixa na interação social ........................................................................ 186 
Dicas para manter a saúde e a vitalidade na terceira idade ........................ 188 
Alterações fisiológicas que interferem com a nutrição ................................ 191 
As causas de má nutrição são: ................................................................... 191 
Nutrientes essenciais para a terceira idade ................................................ 192 
Necessidades nutricionais ........................................................................... 194 
Espiritualidade na Terceira Idade ................................................................ 196 
O que é espiritualidade ............................................................................... 197 
EXERCÍCIOS............................................................................................................ 202 
MATERIAL EXTRA .................................................................................................. 204 
Telefones úteis ........................................................................................................ 205 
 
7 
Cuidador de idosos 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Envelhecer é algo inexorável a todos os seres humanos, faz parte do ciclo vital 
e impossível de ser ultrapassado. Aos poucos, o corpo passa por um processo 
disfuncional e começa a reagir lento aos reflexos que outrora eram instantâneos. 
 A mente começa a ter falhas, podendo chegar a muitos momentos até a 
esquecer de sua real função; entretanto, também é no envelhecer que se descobrem 
muitas facetas da vida, valorizando-se a transição do tempo e o passar de muitas 
trajetórias vividas. O envelhecer populacional é uma questão de saúde pública por 
ser um problema social do qual emergem gastos e investimentos governamentais. A 
frequência das doenças crônicas e a longevidade das pessoas têm causado o 
crescimento das taxas de idosos portadores de incapacidades. 
A prevenção das doenças e agravos não transmissíveis, a assistência à saúde 
dos idosos dependentes e o suporte aos seus cuidadores familiares representam 
novos desafios para o sistema de saúde. O cuidador é a pessoa que presta cuidados 
à outra pessoa que esteja necessitando, por estar acamada, com limitações físicas 
ou mentais, com ou sem remuneração. 
É fundamental para a reabilitação e para o atendimento às necessidades 
cotidianas do idoso fragilizado, sobretudo no seguimento das orientações para a 
saúde, bem-estar, segurança, conforto e, ainda, no respeito e incentivo ao estimulo, 
à autonomia e independência. O cuidado prestado ao idoso exige dedicação 
exclusiva e quase sempre integral, que muitas vezes leva o cuidador à instalação de 
uma nova dinâmica de vida, baseada nas necessidades do ser cuidado. 
 A busca pela promoção da autonomia e independência do idoso é tarefa árdua 
e desgastante para os cuidadores, pois estes passam a realizar tarefas que outrora 
eram de cunho pessoal e desenvolvido de maneira autônoma pelo idoso. 
O cuidador de idosos é aquele que convive diariamente com o idoso, 
prestando-lhe cuidados higiênicos, ajudando com a alimentação, administrando 
medicação e estimulando-o com as atividades reabilitadoras, interagindo, assim, com 
a equipe terapêutica. 
8 
Cuidador de idosos 
 
 
No Brasil, dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) revelam que 14,5 milhões de indivíduos se encontram com mais de 60 anos 
de idade e necessitam diretamente de cuidadores. 
Hoje no país, entretanto, pouco se conhece sobre os cuidadores de idosos, 
pois a maioria das literaturas focam nas estratégias de enfrentamento para os idosos 
dentro de patologias como câncer, acidente vascular cerebral e demências funcionais, 
ficando a figura de seus cuidadores em segundo plano. 
O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil dos cuidadores de 
idoso (características sócio demográficas, vínculo com idoso, tipo de cuidador,tempo 
de serviço), bem como sua importância e suas principais dificuldades no ato de cuidar 
do idoso. 
O cuidador de idosos é aquele que convive diariamente com o idoso, 
prestando-lhe cuidados higiênicos, ajudando com a alimentação, administrando 
medicação e estimulando-o com as atividades reabilitadoras, interagindo, assim, com 
a equipe terapêutica. 
No Brasil, dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) revelam que 14,5 milhões de indivíduos se encontram com mais de 60 anos 
de idade e necessitam diretamente de cuidadores. 
Hoje no país, entretanto, pouco se conhece sobre os cuidadores de idosos, 
pois a maioria das literaturas focam nas estratégias de enfrentamento para os idosos 
dentro de patologias como câncer, acidente vascular cerebral e demências funcionais, 
ficando a figura de seus cuidadores em segundo plano. 
O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil dos cuidadores de 
idoso (características sócio demográficas, vínculo com idoso, tipo de cuidador, tempo 
de serviço), bem como sua importância e suas principais dificuldades no ato de cuidar 
do idoso. 
 
9 
Cuidador de idosos 
 
 
AULA 1 - O CUIDADO E O CUIDADOR 
 
 
A pessoa idosa acometida por alguma doença necessita, muitas vezes, de 
alguém que esteja ao seu lado para auxiliá-la a desempenhar as atividades rotineiras 
e as mais complexas, como aquelas que dizem respeito ao andamento do seu 
tratamento de saúde. Esta pessoa deverá ministrar os cuidados ao idoso, desde 
promover sua higiene até ser responsável por dar as medicações ou realizar 
exercícios fisioterapêuticos. 
A definição corrente para o verbo cuidar é: cautela, precaução, zelo, atenção, 
desvelo. Quando se trata de envelhecimento, o cuidado é algo ainda maior, pois é 
na realidade atitude de preocupação, ocupação, responsabilização e envolvimento 
afetivo. O cuidado embora sendo uma prática que faz parte da história é algo recente, 
cuidar é uma atividade que vai além do atendimento às necessidades do ser humano 
no momento que se encontra doente. 
O cuidado aparece quando alguém próximo necessita dele, e por sua natureza 
é uma atitude de atenção e carinho, ao mesmo tempo em que é uma preocupação e 
inquietação, pois o cuidador sente-se afetivamente envolvido e cria uma forte ligação 
10 
Cuidador de idosos 
 
 
Com quem cuida. Isso se intensifica quando o cuidador faz parte diretamente da 
família. 
O Cuidador 
O cuidador tem que ter equilíbrio emocional, boas condições físicas, ser 
responsável, ser calmo para lidar com situações de emergência, saber ouvir, saber 
agir e tomar resoluções rápidas, e buscar conhecimentos por meio de cursos e 
palestras e reconhecer seu limite, buscando ajuda sempre que necessário. Tudo isso 
para cumprir um papel muito importante, para não dizer quase fundamental, na vida 
de pessoas com deficiência, idosos, ou outras pessoas que necessitam deste tipo de 
serviço. 
O papel deste profissional é fundamental no dia a dia dos assistidos. Ele auxilia 
nas atividades diárias como, banho, alimentação, passeios, locomoção, hidratação. 
No entanto, é bom reforçar que o bom cuidador faz apenas aquilo que a pessoa, 
realmente, não tem condições de fazer sozinha. O cuidador deve estimular a 
independência da pessoa assistida. O cuidador deve ter o dom de entender e perceber 
como o assistido é, como ele se mostra, quais são seus gestos e falas, sua dor e 
limitações. 
Percebendo isso, cuidador tem condições de desempenhar sua função de 
forma individualizada, levando em consideração as particularidades e necessidades 
da pessoa a ser cuidada. Há que se levar em conta as questões emocionais, a história 
de vida, os sentimentos e emoções da pessoa. 
E são essas questões que mais marcam a vida pessoal e profissional de muitos 
cuidadores. Atualmente, há um Projeto de Lei (4702/12), que regulamenta a profissão, 
que já foi aprovado pelo Senado, mas ainda tramita na Câmara dos Deputados. Hoje, 
é uma ocupação reconhecida pelo Ministério do Trabalho, por meio da Classificação 
Brasileira de Ocupações (CBO) – código 5162-10. 
Amparados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), os cuidadores têm 
como função principal o dever de zelar pelo bem-estar, tanto físico quanto emocional 
do assistido. Este profissional precisa estar atento a todas as necessidades da 
pessoa, e da sua família. Ele é o responsável direto pelo bem-estar, saúde, 
alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer do assistido. 
11 
Cuidador de idosos 
 
 
Como a profissão ainda não é regulamentada, não há a exigência legal de uma 
formação para se trabalhar na área. No entanto, empresas e instituições que 
trabalham com assistência têm exigido que os cuidadores tenham feito cursos e 
possuam ensino fundamental. Além disso, os recrutadores pedem boa aparência, 
boa fluência verbal, cordialidade e experiência em cuidados de pessoas. No entanto, 
existem outras características que, inegavelmente, são fundamentais para os 
profissionais desta área. 
Paciência 
Com o passar dos anos, é natural que o ser humano 
possa sofrer modificações intensas, seja física, emocional 
ou cognitivamente. O tempo faz com que nosso corpo não 
seja mais tão rápido, ágil e flexível quanto quando éramos 
jovens. Nossos reflexos se tornam mais lentos, nossa visão se modifica, e fazer 
tarefas comuns pode ser um enorme desafio. Assim, a paciência é uma característica 
importante ao cuidador, para que ele possa ser compreensivo com as limitações do 
idoso, auxiliando-o da melhor maneira possível. 
Empatia 
A menos que morramos antes de envelhecer, todos nos 
tornaremos idosos. E, se nos colocarmos no lugar do idoso, 
entenderemos o quanto pode ser difícil lidar com certos 
obstáculos trazidos pela idade. 
A empatia ajudará o cuidador a tratar o idoso do modo que gostaria de ser 
tratado se estivesse em uma situação de fragilidade, fornecendo o tratamento que 
gostaria que seus pais ou avós recebessem, por exemplo. Os idosos são seres 
humanos como todos os outros e têm sentimentos, anseios e dores. A única diferença 
é que viveram mais tempo do que nós. Pensar nisso pode ajudar a entendê-los melhor. 
Atenção 
É tarefa do cuidador fornecer ao idoso as medicações 
corretas, nas doses e nos horários adequados, além de cuidar de 
sua alimentação, higiene, segurança, conforto e bem-estar. Imagine ministrar a um 
12 
Cuidador de idosos 
 
 
idoso determinado remédio na dosagem incorreta ou queimar sua pele na hora do 
banho por não estar atento à temperatura da água? Terrível, não é? Por isso, a 
atenção é uma das características fundamentais do profissional, capaz de prevenir 
acidentes e infortúnios. 
Conhecimentos específicos 
Há conhecimentos específicos que facilitam o trabalho do cuidador de idosos. 
Existem técnicas específicas para dar banho no idoso, para lidar com idosos 
acamados, com dificuldades de mobilidade e com outros problemas relacionados à 
saúde. Por isso, é importante que o cuidador de idosos, além do perfil adequado, 
apresente conhecimentos específicos, que o ajudem a exercer seu trabalho com mais 
segurança. 
Para exercer a profissão, não é obrigatório ter título superior, mas apenas um 
curso de qualificação específico, de caráter livre. Contudo, certos cursos superiores 
podem ajudar o cuidador, à medida que fornecem conhecimentos importantes no 
desempenho da profissão. 
 
Categorias de um cuidador 
O Cuidador Informal (leigo ou familiar) provê cuidados e assistência para 
outros, mas sem remuneração. Geralmente, este serviço é prestado em um contexto 
de relacionamento já em andamento. É uma expressão de amor e carinho por um 
membro da família, amigos ou simplesmente por um outro ser humano em 
necessidade. Cuidadores, no sistema informal, auxiliam a pessoa que é parte ou 
totalmente dependente de auxílio em seu cotidiano, como: para se vestir,se alimentar, 
se higienizar, dependa de transporte, administração de medicamento, preparação de 
alimentos e gerenciamento de finanças. 
O Cuidador Formal 
Provê cuidados de saúde ou serviços sociais para outros, em função de sua 
profissão, e usa as habilidades, a competência e a introspecção originadas em 
treinamentos específicos. O grau de instrução e treinamento para se obter certificados 
em várias profissões é muito variado. Pessoas que ocupam posições administrativas 
http://blog.unibh.br/por-que-um-curso-superior-pode-ser-um-diferencial-competitivo-na-sua-carreira/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
13 
Cuidador de idosos 
 
 
ou acadêmicas, e que têm sido treinadas na profissão de cuidar de outras pessoas, 
são também denominados cuidadores formais, porque suas atividades têm um 
impacto significativo sobre a saúde dos pacientes. 
Geralmente, os cuidadores formais recebem compensação financeira pelos 
seus serviços, mas, algumas vezes não a recebem quando na condição de voluntários 
de organizações, grupos ou particulares. Os cuidadores formais atendem às 
necessidades de cuidados de saúde pela provisão efetiva de serviços, competência e 
aconselhamento, (bem) como apoio social. 
Trajetória Histórica da profissão 
O Projeto de Lei nº 4.702, de 12 de novembro de 2012 No Brasil, a 
regulamentação da profissão de cuidador de idosos ganhou evidência com a 
tramitação do PL nº 4.702/12, de autoria do senador Waldemir Moka (PMDB/MS). No 
entanto, a movimentação para regulamentar essa profissionalização da atividade de 
cuidar de idosos no Brasil não é tão nova assim. Em 1999, a Portaria Interministerial 
nº 5.153 instituía o primeiro Programa Nacional de Cuidadores de Idosos, coordenado 
por uma comissão composta pela Secretaria de Estado de Assistência Social do 
Ministério da Previdência e Assistência, e pela Secretaria de Políticas de Saúde do 
Ministério da Saúde, com o intuito de formar cuidadores em todo o território nacional 
(Groisman, 2013). 
Foi graças a esse programa que, em 2002, o Ministério do Trabalho e Emprego 
incluiu, na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), a ocupação de cuidador de 
idosos, sob o código 51622. Em 2006, o primeiro projeto referente à regulamentação 
da profissão de cuidador de idosos foi apresentado pelo deputado Inocêncio de 
Oliveira (PL/ PE). Em 2008, foi instituído o Segundo Programa Nacional de Cuidador 
de Idosos, proposto pelo Ministério da Saúde. 
No mesmo ano, o deputado Otávio Leite (PSDB/RJ) apresentou à Câmara dos 
Deputados o segundo projeto relacionado à profissionalização dos cuidadores de 
idosos (Brasil, 2008). Assim, vemos que, na esfera governamental, o debate em torno 
da questão já se desenvolve há mais de uma década. Entretanto, apenas 
recentemente é que o debate acerca da profissionalização do cuidador de idosos 
14 
Cuidador de idosos 
 
 
ganhou maior projeção pública. O PL nº 4.702, apresentado em 2011, ainda está 
tramitando. 
Atualmente, encontra-se na Comissão de Seguridade Social e Família da 
Câmara dos Deputados, sob relatoria da deputada Benedita da Silva (PT/RJ). O 
projeto estabelece uma série de diretrizes e tem muitos pontos polêmicos ao longo de 
sua tramitação. 
Por exemplo: se a vocação seria mais importante que a qualificação para a 
realização do cuidado; se os cursos de formação, que passarão a ser uma exigência 
com a aprovação do projeto, deveriam ser realizados em aulas presenciais, 
semipresenciais ou a distância; quais seriam as diretrizes para administração de 
medicamentos e outros procedimentos (Oliveira, 2013). 
Assim, desde que entrou em cena, o projeto suscitou muitas disputas em torno 
da definição das atribuições do profissional cuidador, bem como quais os requisitos 
necessários a ele e quem poderá exercer essa atividade a partir do momento em que 
se transforme em profissão regulamentada. 
Duas audiências públicas foram realizadas para discutir o PL nº 4.702: a 
primeira, no Senado, quando a relatora era a senadora Marta Suplicy, e a segunda, 
na Câmara dos Deputados, sob a relatoria da deputada Benedita da Silva. Em 
consequência dos debates ocorridos nessas audiências, o projeto já foi bastante 
alterado em relação à sua versão inicial apresentada em 2011. Ainda assim, mesmo 
após esses anos de tramitação, discussões e mudanças, alguns pontos ainda causam 
divergências e até hoje não foram definidos. 
1999 – Foi declarado ano internacional do idoso e foi intensificado cursos de 
cuidadores em parceria com a Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho – SE 
– ERT; 2000 – Ministério do Trabalho e Emprego – MTE: inclui a ocupação de 
cuidadores de idosos no manual de Classificação Brasileira de Ocupação – CBO; 
2001 – Ampliada as parcerias, sendo promovidos cursos de capacitação para 
cuidadores de idosos em algumas regiões do Brasil, e também em Manaus através 
da Fundação Dr. Thomas e Secretaria Municipal do trabalho; 2002 – Portaria 397/02 
– aprovada a CBO/02; 2013 –Aprovada PEC 66/2012; 2013– Entra em vigor as novas 
regras e direitos trabalhistas. 
15 
Cuidador de idosos 
 
 
Formação e Experiência 
Essa ocupação é acessível à pessoa com dois anos de experiência em 
domicílio ou instituições cuidadoras públicas, privadas ou ONGs (Organização não 
Governamentais), em funções supervisionadas. 
O acesso ao emprego também ocorre por meio de cursos e treinamentos de 
formação profissional básicos, concomitante ou após a formação mínima que varia da 
4° série do ensino fundamental até o ensino médio. 
No caso de atendimento a indivíduos com elevado grau de dependência, exige-
se formação na área de saúde, devendo o profissional ser classificado na função de 
técnica/auxiliar de enfermagem. A carga horária de trabalho varia de acordo com a 
necessidade da família e do idoso, caracterizando em tempo integral revezamento de 
turnos ou períodos determinados. 
Quando o cuidador é da família 
Um ato de carinho do cuidador para com ele mesmo; Definir com clareza os 
papéis dos familiares, dividindo e estabelecendo as tarefas de cada um e os limites 
de sua própria tarefa, para não ficar sobrecarregado; Estabelecer horários para sua 
tarefa de cuidador, fazendo com que os mesmo sejam respeitados pelas pessoas que 
vão dividir com ele a responsabilidade de cuidar do idoso, evitando na medida do 
possível assumir tarefas; Se possível, ter na casa um local que seja só se, que lhe 
garanta privacidade, e individualidade, separando do espaço que ocupa em comum 
com o idoso; Estabelecer horários para suas atividades de seu interesse e de suas 
necessidades pessoais, não deixando de fazer as coisas que deem prazer; Cuidar da 
sua aparência e de sua saúde física; Cuidar do seu equilíbrio emocional. 
 
Quando o cuidador não é da família 
Negociar com a família suas funções e horários de suas atividades; Cuidar de 
sua aparência e bem estar físico; Preparar-se emocionalmente para enfrentar os 
problemas e mudanças de humor e comportamento do idoso; Preparar-se para 
adquirir as qualidades e características, descritas no perfil do cuidador; Manter uma 
atitude positiva, buscando ajuda sempre que necessário, não deixando se absorver, 
16 
Cuidador de idosos 
 
 
completamente por sua tarefa de cuidador, mas procurando fazer com que seu 
trabalho lhe dê satisfação. 
 
Habilidades e Qualidades pessoais 
A habilidade técnica diz respeito aos conhecimentos teóricos e práticos, 
adquiridos por meio da orientação de profissionais especializados. As qualidades 
pessoais especializadas. As qualidades pessoais (ética e morais) são atributos 
necessários para permitir a relação de confiança, dignidade e respeito, sendo capaz 
de assumir responsabilidades com iniciativa, principalmente quando a pessoa não for 
familiar. O cuidador não familiar deve procurar adaptar-se aos hábitos familiares, 
respeitar a intimidade, a organização e crenças da famíliae do idoso, evitando 
interferências. 
Qualidades físicas e intelectuais 
Deve ter boa saúde física para ter condições de ajudar 
e apoiar o idoso em suas atividades de vida diária. Da mesma 
forma, deve ter condições de avaliar e tomar decisões em 
situações de emergência que necessitam de iniciativas e 
ações rápidas. 
 
Capacidade de ser tolerante e paciente 
Deve compreender os momentos difíceis que a família e a 
pessoa idosa podem estar passando, com a diminuição de sua 
capacidade física e mental, de seu papel social, que pode afetar seu 
humor e dificultar as relações interpessoais. 
 
Capacidade de observação 
O cuidador deve ficar atento às alterações que a pessoa idosa pode sofrer, 
tanto emocionais quanto físicas, que podem representar sintomas de alguma doença. 
 
17 
Cuidador de idosos 
 
 
Qualidades éticas e morais 
O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao tratar a pessoa idosa e nas 
relações com ele e com sua família. Deve respeitar a intimidade, a organização e as 
crenças da família, evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Responsabilidade 
Lembrar sempre que a família, ao entregar aos seus cuidados a pessoa idosa, 
está lhe confiando uma tarefa que, naquele momento, lhe é impossível realizar, mas 
que, espera-se ter um bom desempenho carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual devem ser 
respeitados. 
Motivação 
Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que faz. É importante 
que tenha empatia por pessoas idosas, entender que nem sempre vai ter uma 
resposta positiva pelos seus esforços, mas vai ter a alegria e a satisfação do dever 
cumprido. 
Bom senso e apresentação 
O cuidador, como qualquer trabalhador, deve ir trabalhar vestido 
adequadamente, sem joias e enfeites, que podem machucar a pessoa idosa; deve ir 
com o cabelo penteado e, se for longo, com ele preso, sem maquiagem forte, pois não 
está indo a uma festa. As unhas devem estar cortadas e limpas. De preferência, deve 
usar uniforme. 
Na maior parte dos casos, a família cuida com dedicação e afeto de seus 
familiares, atendendo assim as suas necessidades. A ajuda das famílias é, em 
princípio, a melhor que se pode oferecer aos idosos. Receber essa ajuda proporciona 
segurança às pessoas idosas. Entretanto, aqueles que cuidam de seus idosos nem 
sempre estão preparados para realizar essas tarefas e lidar com as tensões e os 
esforços decorrentes do cuidar. 
Em suma, cuidar do idoso implica muitas e variadas atividades. É difícil 
assinalar quais são exatamente essas tarefas, pois depende de cada família e de 
quem é cuidado. 
18 
Cuidador de idosos 
 
 
Seguindo os princípios da ética profissional, são deveres do 
cuidador de idosos: 
 Respeitar o direito do idoso em relação à sua privacidade e pudor; 
 Defender que o cuidar do idoso não é cuidar de máquinas ou objetos 
que controlam, ou alguma coisa sem vontade e desejos próprios; 
 Aceitar as imitações e a dependência do idoso; 
 Aceitar os valores religiosos dos idosos; 
 Ser solidário com os idosos; 
 Identificar o idoso pelo nome. 
Os conhecimentos e as ações sobre a ética se inserem no contexto dessa 
problemática, sendo o cuidador do idoso fator indispensável, de maneira que a 
assistência prestada ao idoso seja feita pelo profissional de enfermagem ou pelo 
cuidador familiar. 
"Dessa forma, o cuidador de idosos deve desenvolver o seu trabalho, 
respaldado no respeito, no afeto e na sensibilidade, com o intuito, não apenas de curar 
a doença, mas de promover a saúde do idoso". 
 
Cuidador e a família do idoso cuidado 
As doenças ou limitações físicas causadas pelo declínio natural do 
envelhecimento proporciona modificações na vida de todos os membros da família, 
bem como na dinâmica familiar. Tais mudanças podem acarretar conflitos, 
inseguranças e desentendimentos, aumentando os problemas referentes ao idoso. 
Por isto, é tão importante que a família, o cuidador, e a equipe de saúde planejem as 
ações e estratégias de cuidado, e se organizem para desempenha-las de maneira 
cuidadosa e eficiente para com o idoso. 
A implementação de modalidades alternativas de assistência como hospital dia, 
centros de convivência, reabilitação ambulatorial, serviços de enfermagem domiciliar, 
fornecimento de refeições e auxílio técnico reduziria significativamente a demanda 
tanto das instituições, quanto das famílias e cuidadores. 
 
19 
Cuidador de idosos 
 
 
Cuidador e a Equipe de Saúde 
O ministério da saúde (Brasil, 2002) divulgou que no Brasil, a maioria dos 
idosos, mais de 80%, é acometida de enfermidades crônicas, e isto influencia no 
acréscimo de demanda por serviços públicos especializados, bem como demanda por 
profissionais de saúde que realizem atividades técnicas específicas. Diferentemente 
do cuidador de idoso, o profissional de saúde, pode executar procedimentos técnicos 
que sejam de competência de sua especialidade, havendo, portanto, um trabalho 
paralelo e de extrema importância para a qualidade de vida do idoso. 
O cuidado no domicílio é uma prática que exige de todos os envolvidos, bom 
senso, para que o cuidador, a família e profissional de saúde possam em equipe 
planejar uma rotina de intervenções. Neste planejamento devem ficar explícito quais 
atividades o cuidador está apto a desempenhar, e quais tarefas cabem ao profissional 
de saúde, os quais podem e devem ser solicitados pelo cuidador e família. Portanto, 
fica evidenciado a importância da comunicação entre o cuidador e a equipe de 
profissionais de saúde, onde cada um desempenha papéis essenciais. A parceria 
possibilita promoção de saúde, prevenção de incapacidades e manutenção da 
capacidade funcional do idoso. 
 
Cuidando do cuidador 
Cuidar de idoso pode ser uma experiência satisfatória, 
pois pode aflorar muitas qualidades e habilidades que talvez 
tenham passado despercebidos anteriormente, gerando até 
uma relação mais próxima com as pessoas. Uma grande parte das pessoas 
cuidadoras, mesmo com a sobrecarga deste trabalho diuturno, acabam descobrindo 
a íntima satisfação de serem úteis aos seus familiares mais próximos. Porém, pode 
despertar também muito cansaço, insatisfação, intolerância e impaciência. 
É fundamental que o cuidador reserve alguns momentos do seu dia para se 
cuidar, descansar, relaxar, realizar alguma atividade física ou de lazer como 
caminhada, ginástica, tricô, crochê, pinturas, desenhos, etc. 
 
20 
Cuidador de idosos 
 
 
Veja algumas dicas e sugestões para o bem-estar do cuidador: 
1. Enquanto estiver assistindo a TV: 
 Movimente os dedos das mãos e dos pés para mantê-los flexíveis. 
 Massageie os pés com as mãos, ou com rolinhos de madeira ou com 
bolinhas. 
 Ao se levantar pela manhã, alongue os músculos de todas as maneiras 
possíveis; espreguice todo o corpo, comece bem o dia; 
 Ao sentar-se por longos períodos de tempo, não se esqueça de reservar 
um tempo para intervalos de ―exercícios‖. Simplesmente movendo o 
corpo a cada 15 minutos; 
 Pratique exercícios de relaxamento quando estiver perturbado, 
preocupado; 
 Compressas quentes (bolsas térmicas, tecidos umedecidos em água 
quente) auxiliam no relaxamento muscular; 
 Ria várias vezes por dia. A risada é um maravilhoso exercício que 
envolve diversos sistemas e aparelhos do corpo; 
 A atividade física reduz seu cansaço, sua tensão, seu 
esgotamento físico e mental... SEMPRE QUE LEMBRAR, 
MEXA-SE... RELAXE; 
 Sempre que possível, aprenda uma atividade nova, leia um 
livro novo, aprenda mais sobre algum assunto de seu 
interesse, participe das atividades de lazer do seu bairro, 
faça novos amigos e peça ajuda quando precisar. Torne a 
sua vida mais leve e saudável; 
 Realize rodízios dos cuidados com outros membros da família (ou outro 
cuidador) para que você possa ter um período de ―folga e privacidade‖; 
 Estabeleça um tempo parasi; 
 Evite assumir todos os cuidados. Divida atribuições; 
 Cuide-se de verdade! Vá ao médico. Mantenha-se saudável física e 
emocionalmente; 
 Não hesite em pedir ajuda se algo não estiver bem. 
21 
Cuidador de idosos 
 
 
Os cuidadores não têm como única finalidade baratear custos ou transferir 
responsabilidades, há de se ter consciência que o ambiente familiar deve representar 
segurança e proteção ao idoso, de forma que sua recuperação se dê de maneira 
menos dolorosa e o envelhecimento seja tranquilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante que os cuidadores estejam preparados e conscientes de sua 
função e de sua importância na manutenção e na melhoria da qualidade de vida do 
idoso. 
 
22 
Cuidador de idosos 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Qual é o papel do cuidador? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. O cuidado embora sendo uma prática que faz parte da história é algo 
recente, cuidar é? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
3. Quais as características do cuidador? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
4. A profissão de cuidador é regulamentada? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
5. Existem outras características que, inegavelmente, são fundamentais 
para os profissionais desta área, que são? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
 
23 
Cuidador de idosos 
 
 
6. Quais as categorias de um cuidador? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
7. Porque cuidar do idoso pode ser uma experiência satisfatória? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
8. Qual a diferença do profissional de saúde para um cuidador? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
9. Porquê é importante a parcerias entre cuidador e profissional de saúde? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
10. Cite algumas dicas que cuidados para o bem-estar do cuidador: 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
 
24 
Cuidador de idosos 
 
 
AULA 2 - DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA 
 
 
Políticas Públicas e Direitos dos idosos 
 
 
 
Segundo dados do IBGE, dentro do grupo das pessoas idosas, os 
denominados ―mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada‖ (idade 
igual ou maior 80 anos), também vêm aumentando proporcionalmente e de forma 
muito mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos 
últimos tempos, 12,8% da população idosa e 1,1% da população total. No município 
de Manaus a população idosa já representa 6% da população geral. 
A prestação de serviços do Estado a população em geral no Brasil é falha, em 
especial referentes aos elementos básicos, como saúde, educação e segurança, à 
medida que a aplicabilidade das leis que, já existem, não é promovida a todos de 
forma igualitária. Para a população idosa o acesso torna-se mais difícil, devido à falta 
de estrutura do serviço público em proporcionar atendimento adequado. Mesmo com 
25 
Cuidador de idosos 
 
 
os avanços conquistados na legislação que ampara a pessoa idosa, os quais 
preconizam a necessidade de atendimento qualificado e prioritário, proporcionando 
serviços e ações que visem prevenção e promoção de qualidade de vida, ainda é 
constatado um grande índice de idosos e familiares que não usufruem de seus direitos 
sob a justificativa de não terem acesso às leis. 
Desde a década de 70 mudanças sociais começaram a ser percebidas, das 
quais criação de serviços médicos especializados, revisão do sistema de Previdência 
Social e criação de programas públicos de lazer voltado para a pessoa idosa foram 
as mais expressivas. Contudo, a legitimidade dos direitos dos idosos só foi alcançada 
com a aprovação do projeto da Política Nacional do Idoso, sancionado em 1994 e 
posteriormente com o Estatuto do Idoso, todos com o objetivo de assegurar os direitos 
da pessoa idosa. 
 
Política Nacional Do Idoso Finalidade 
Art. 1º A política nacional do idoso tem por objetivo 
assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições 
para promover sua autonomia, integração e participação 
efetiva na sociedade. Art. 2º Considera-se idoso, para os 
efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de 
idade. 
 
Princípios 
Art. 3º A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios: 
 A família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso 
todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na 
comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; 
 O processo de envelhecimento diz respeito a sociedade em geral, 
devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos; 
 O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; 
26 
Cuidador de idosos 
 
 
 O idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações 
a serem efetivadas através desta política; 
As diferenças econômicas, sócias, regionais e, particularmente, as 
contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos 
poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta lei. Portaria Nº2528, 
de 19/10/2006 Política Nacional De Saúde Da Pessoa Idosa. 
 Finalidade 
A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é 
recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, 
direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância 
com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo 
cidadão brasileiro com60 anos ou mais de idade. 
O compromisso brasileiro com a Assembleia Mundial para o Envelhecimento 
de 2002, cujo plano de Madri fundamenta-se em: 
a) Participação ativa dos idosos na sociedade, no desenvolvimento e na 
luta contra a pobreza; 
b) Fomento à saúde e bem-estar na velhice; 
c) Promoção do envelhecimento saudável; e (d) criação de um entorno 
propício e favorável ao envelhecimento; (e) escassez de recursos 
socioeducativos e de saúde direcionados ao atendimento ao idoso. 
 
Diretrizes 
Promoção do envelhecimento ativo e saudável; Atenção integral, integrada à 
saúde da pessoa idosa; Estímulo a ações Inter setoriais, visando à integridade da 
atenção; Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde 
da pessoa idosa; Estímulo à participação e fortalecimento do controle social; 
Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de 
saúde da pessoa idosa; Divulgação e informação sobre a Política de Saúde da 
Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; Promoção e 
27 
Cuidador de idosos 
 
 
cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa 
idosa; Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
 
Estatuto do Idoso 
Após sete anos de tramitação no Congresso 
Nacional, em 2003 foi sancionado o Estatuto do idoso – Lei 
nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 que tem o propósito de 
assegurar os direitos consagrados pelas políticas públicas 
voltadas à pessoa idosa, com uma visão de longo prazo ao 
estabelecimento de medidas que visam o bem-estar dos 
idosos (BRASIL, 2004). 
Possui 118 artigos – se referem aos direitos fundamentais, necessidade de 
Proteção ao Idoso, IDOSO, reforça as diretrizes da PNI. Prioriza o atendimento das 
necessidades básicas, referentes a serviços de atenção à Saúde, Assistência Social, 
Benefícios diversos, Programas educativos, restabelecimento da participação social 
do segmento idoso. 
Serviços disponíveis e direitos da pessoa idosa que o cuidador deve 
saber: 
As atenções da política de assistência social realizam-se por meio de serviços. 
Benefícios, programas e projetos organizados em um sistema descentralizado e 
participativo (SUAS), destinados a indivíduos e suas famílias, que se encontra em 
situação de vulnerabilidade ou risco pessoal e/ou social. 
A proteção social básica prestada pela assistência social visa a prevenção de 
situações de risco e inclusão social através do desenvolvimento de potencialidades 
e de habilidades e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por 
intermédio de ações de convivência e atividades sócio educativas e acesso à renda 
(Benefício de Prestação Continuada BPC), (Benefício Eventuais BE). Estes 
serviços e benefícios são ofertados e/ou articulados no equipamento de política social 
básica de assistência social – Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). 
28 
Cuidador de idosos 
 
 
Os indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal ou social, em 
decorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psicológicos, abusos, entre outros 
são atendidos pela política de assistência social, por meios de serviços oferecidos 
pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social CREAS, visando 
reconstituir a qualidade e dignidade de vida. 
BPC – Benefício de Prestação 
Continuada de Assistência Social. 
Este benefício é assegurado por lei e 
pago pelo Governo Federal. Ele é direcionado 
às pessoas idosas e pessoas com deficiência e 
busca proporcionar condições mínimas para se 
ter uma vida digna. O valor do BPC é um salário mínimo, pago por mês à pessoa idosa 
que não pode garantir sua subsistência, nem por conta própria nem com ajuda da 
família. 
 
Podem receber o benefício: 
 Pessoas idosas com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência; 
 Quem não tem direito à previdência social; 
 O Pessoa com deficiência que não pode trabalhar; 
 Renda familiar inferior a 1/4 do salário mínimo; 
 
Para fazer o requerimento do benefício, precisa comprovar: 
 O idoso que tem 65 anos ou mais; 
 O deficiente, sua deficiência e o nível de incapacidade por meio de 
incapacidade por meio de avaliação do Serviço de Perícia médica do 
INSS; 
 Quem não recebe nenhum benefício previdenciário; 
 Que a renda da família é inferior a 1/4 do salário mínimo por pessoa. 
29 
Cuidador de idosos 
 
 
Se a pessoa tem direito a receber o BPC, não é necessário nenhum 
intermediário. Basta dirigir-se à agência do INSS mais próxima levando os 
documentos pessoais necessários. 
Documentos do requerente (do idoso): 
 Certidão de nascimento ou casamento; 
 Documento de identidade, carteira de trabalho ou outro que possa 
identificar o idoso; 
 CPF se tiver; 
 Comprovante de residência; 
 Documento legal, no caso de procuração, guarda, tutela ou curatela. 
Documentos da família do requerente: 
 Documento de identidade; 
 Carteira de trabalho; 
 CPF; 
 Certidão de nascimento ou casamento ou outros documentos que 
possam identificar todas as pessoas que fazem parte da família e suas 
rendas; 
 
Benefícios Previdenciários 
Aposentadoria por idade: O idoso deve ter contribuído para a Previdência 
Social durante pelo menos 15 anos. Aos trabalhadores urbanos é exigida idade 
mínima de 65 anos para homens, e 60 anos para mulheres, para trabalhadores rurais 
idade mínima de 60 anos para homens e 55 anos para mulher. 
Aposentadoria por invalidez: Benefício concedido a trabalhadores que foram 
considerados incapacitados para exercer atividade profissional por doença ou 
acidente do trabalho. O trabalhador deve ser considerado definitivamente incapaz 
para o trabalho pela perícia médica do INSS. 
 
30 
Cuidador de idosos 
 
 
 
Pensão por morte 
Benefício pago à família quando o trabalhador morre, sendo ativo ou 
aposentado. A exigência para requerer tal benefício é ter contribuído para o INSS. As 
pessoas que podem requerer este benefício são a esposa, marido, companheiro, filho 
menor de 21 anos ou filho inválido, pai, mãe, irmão menor de 21 anos ou inválido. 
 
 
31 
Cuidador de idosos 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- Em que a prestação de serviços do Estado a população em geral no Brasil 
é falha? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
2- Desde a década de 70 mudanças sociais começaram a ser percebidas, 
quais foram essas mudanças? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
 
3- O que é constatado na Legislação mesmo com os avanços conquistados? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
4- O que foi alcançada com o projeto da Política Nacional do Idoso, 
sancionado em 1994? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
5- Qual a finalidadeprimordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa 
Idosa? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
32 
Cuidador de idosos 
 
 
 
 
6- Quando foi sancionado o Estatuto do Idoso, e qual o seu propósito? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
7- Os indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal ou social são 
atendidos por qual órgão? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
8- Quem pode receber o BPC – Benefício de Prestação Continuada de 
Assistência Social? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
9- Se a pessoa tem direito a receber o BPC, não é necessário nenhum 
intermediário, o que ele deve fazer? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
10- O que é a Pensão por Morte, e qual a exigência para requerer tal benefício? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
33 
Cuidador de idosos 
 
 
AULA 3 - CUIDADOS DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA 
PESSOA IDOSA 
 
 
Enfermagem 
É a ciência e a arte de assistir o ser 
humano (indivíduo, família e comunidade) 
no atendimento de suas necessidades 
básicas, tornando-o independente, quando 
possível, pelo ensino do autocuidado, bem 
como manter, promover e recuperar a saúde em colaboração com outros profissionais. 
Assistir em enfermagem, significa fazer pelo ser humano tudo o que ele não 
pode fazer por si; ajudá-lo quando parcialmente impossibilitado; orientá-lo ou ensiná-
lo quando necessário; supervisioná-la ou observá-lo e encaminhá-lo quando a 
necessidade de assistência complementar se fizer presente. 
A assistência de enfermagem consiste, assim, em atender às necessidades 
básicas do ser humano através da aplicação sistematizada do processo de 
enfermagem. A assistência de enfermagem é prestada ao ser humano e não a uma 
doença ou desequilíbrio. A enfermagem reconhece o ser humano como parte 
integrante de uma família e de uma comunidade e também como participante ativo 
em seu processo de cuidado. 
Baseado nisto, o enfermeiro está apto a atuar em diversos campos de ação, 
exercendo atividades de assistência, administração, ensino, pesquisa e integração 
nos níveis primário, secundário e terciário de atenção à saúde. 
34 
Cuidador de idosos 
 
 
Enfermagem Gerontológica 
O que é? 
É o Estudo científico do cuidado de 
enfermagem ao idoso, caracterizado como ciência 
aplicada com o propósito de utilizar os 
conhecimentos do processo de envelhecimento, 
para o planejamento da assistência de enfermagem 
e dos serviços que melhor atendam à promoção da saúde, à longevidade, à 
independência e ao nível mais alto possível de funcionamento da pessoa idosa. 
Os sentimentos, ações e atividades das pessoas idosas estão diretamente 
relacionados às suas necessidades de saúde, cuidados e bem-estar. Faz-se 
necessário, portanto, o desenvolvimento de uma estrutura teórica de conhecimento 
que auxilie os profissionais de enfermagem a identificar e avaliar corretamente as 
demandas especificas deste grupo etário e assim: 
 Maximizar suas condições de saúde; 
 Minimizar as perdas e limitações desenvolvidas com o processo de 
envelhecimento; 
 Facilitar o diagnóstico e auxiliar no tratamento das enfermidades que 
possam acometê-los; 
 Proporcionar conforto nos momentos de angústia e fragilidade, incluindo 
o processo de morte. 
Objetivos da enfermagem gerontológica 
 Assistir integralmente ao idoso, à sua família e a comunidade na qual 
estiver inserido, auxiliando sua compreensão e facilitando sua 
adaptação às mudanças decorrentes do processo de envelhecimento; 
 Desenvolver ações educativas nos níveis primário, secundário e 
terciário de atenção à saúde do idoso; 
 Estimular a participação ativa do idoso e quando necessário, de seus 
familiares, em seu processo de autocuidado, tornando-o (s), desta 
forma, os principais responsáveis pela manutenção de seu melhor nível 
de saúde e bem-estar. 
35 
Cuidador de idosos 
 
 
Processo de envelhecimento 
 
Envelhecer é um fenômeno universal, sequencial, acumulativo,
 irreversível, não- patológico, de deterioração de um organismo maduro, 
próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira a tornar-se com o tempo 
incapaz de enfrentar o stress do meio ambiente, aumentando assim sua possibilidade 
de morte. 
 
Embora universal, o envelhecimento é um processo individual, manifestando-
se de forma diferente em cada indivíduo e diretamente relacionado ao envelhecimento 
biológico, às enfermidades apresentadas, à perda de capacidade e às alterações 
sociais importantes ocorridas ao decorrer da vida. É uma fase caracterizada por três 
fatores fundamentais. Stress relacionado a acontecimento que alteram e perturbam a 
sequência e o ritmo dos ciclos vitais; ― Balanço, caracterizado por uma maior 
interiorização, com reexame e reavaliação de competências e prioridades. 
 
Alteração na perspectiva temporal, na qual começa-se a pensar em termos de 
vida restante e não mais em tempo vivido e assim torna a confrontação com a morte 
algo mais presente e próximo. 
 
Cabe à enfermagem estimular o idoso a encarar o processo de envelhecimento 
como um período dinâmico, que propicie reflexões sobre o passado de forma a cultivar 
uma visão esperançosa de futuro, e acima de tudo, dar-lhe um tratamento digno, 
ouvindo-o atentamente, focalizando sua atenção no presente e discutindo com ele 
seus planos futuros, garantindo-lhe desta forma sua individualidade e respeito. 
 
36 
Cuidador de idosos 
 
 
Sistematização da Assistência de Enfermagem em Pacientes com 
Patologias Gerontológicas. 
 
 
37 
Cuidador de idosos 
 
 
 
SAE/Nível Primário 
Prevenção da doença, promoção e manutenção da saúde 
 
 
SAE/Nível Secundário 
Curar a doença, travar ou retardar a sua progressão 
 
 
38 
Cuidador de idosos 
 
 
 
SAE/Nível Terciário 
Diminuir as consequências e as repercussões da doença 
 
 
 
Necessidades humanas básicas e envelhecimento 
Estas necessidades estariam hierarquizadas em cinco níveis, onde a ascensão 
a um nível superiorexige obrigatoriamente a satisfação de um nível anterior. São elas: 
 Necessidades fisiológicas; 
 De segurança; 
 De amor; 
 De estima; 
 De autorrealização. 
39 
Cuidador de idosos 
 
 
 
Acredita-se que a maioria dos idosos estão dispendendo sua energia no 
primeiro nível da escala de Maslow, ou seja, estão tentando apenas sobreviver. O 
profissional de enfermagem gerontológica deve estar atento em seu processo de 
avaliação para identificar quais necessidades básicas estão, no momento, mais 
interferindo no bem-estar do idoso a quem assiste, e estabelecer quais as 
intervenções necessárias; Uma vez atento às necessidades humanas básicas 
afetadas, cabe ao enfermeiro prestar a assistência propriamente dita, porém de forma 
sistematizada. 
Necessidades humanas básicas, fisiológicas 
As necessidades fisiológicas (básicas), são os requisitos para a sobrevivência 
humana e, caso não sejam satisfeitos, o corpo humano não consegue continuar a 
funcionar. Tais como: a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo. 
As necessidades de segurança surgem com as necessidades fisiológicas 
relativamente satisfeitas. Vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de 
uma casa às formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um 
plano de saúde ou um seguro de vida, ou seja, as necessidades de segurança 
incluem: a segurança pessoal; a segurança financeira; a saúde e bem-estar e uma 
rede de seguros contra acidentes e/ou doença. 
As necessidades sociais (de amor e de pertença) surgem após as 
necessidades anteriores (fisiológicas e segurança) estarem preenchidas. Os humanos 
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Cuidador de idosos 
 
 
precisam de sentir que pertencem a algo e de aceitação, tais como de pertencer a um 
grupo social vasto: clube, religião, cultura, (…) ou fazer parte de um grupo com 
ligações mais restritas: membros familiares, mentores, colegas, parceiros íntimos, 
(...). Contudo, esta necessidade de pertença pode, muitas vezes, superar as 
necessidades fisiológicas e de segurança dependendo da intensidade da influência 
do grupo. 
As necessidades de estima, onde todos os seres humanos têm a necessidade 
de serem respeitados e de terem autoestima e autorrespeito. A estima representa o 
desejo normal do ser humano de ser aceite e valorizado pelos outros e passam por 
duas vertentes: o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o 
reconhecimento da outra face à nossa capacidade de adequação às funções que 
desempenhamos. 
As necessidades de autorrealização, o indivíduo procura tornar-se aquilo que 
ele pode ser: ― O que um homem pode ser, ele deve ser. Isto forma a base da 
necessidade de procura por autorrealização. Este último nível refere-se ao potencial 
máximo da pessoa e à consciência desse mesmo potencial, em que Maslow descreve 
este desejo como o desejo de se tornar coerente com aquilo que é na realidade e de 
se tornar tudo o que é capaz de ser ―O desejo de tornar-se cada vez mais o que é 
um, tornar-se tudo o que um é capaz de se tornar. 
Em relação à pessoa idosa é exatamente aquilo que devemos fazer 
e aplicar. 
Primeiramente satisfazer as suas necessidades básicas como a alimentação, 
os cuidados de higiene, (...) e quem está totalmente dependente de 3ª pessoa é 
essencial a ajuda permanente neste sentido. E após este nível estar minimamente
 satisfeito, então proporcionar as restantes necessidades, como sentir 
seguro em sua própria casa ou num lar e proporcionar o máximo de bem-estar 
possível tendo sempre em atenção o seu estado de saúde. 
Fazê-lo sentir que mesmo saindo do seu espaço habitual (a sua casa) que 
continua a pertencer a um grupo (família e novas amizades), que continua a ser 
amado e a amar quem o rodeia; que mesmo dependente continua a ser respeitado e 
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Cuidador de idosos 
 
 
valorizado pelo passado que viveu e pelo presente para que assim, mesmo 
dependente, consiga sentir-se sempre autorrealizado. 
Acima de tudo, e para quem é cuidador, tudo isto é possível com muita 
dedicação e muito afeto pois só assim é possível dar a melhor qualidade de vida às 
pessoas que estão a atravessar a última etapa da sua vida na Terra. 
Não há qualquer dúvida que chegando à fase adulta e passando por um 
período de estagnação, mais dia menos dia, o processo de envelhecimento 
progressivo irá dar início, por isso recomendo a aplicar isto todos os dias da sua vida 
agora! 
 ABVD’s (Atividades Básicas da Vida Diária): 
 Alimentar-se , usar o banheiro, ter continência, andar, vestir-se, banhar-
se, arrumar-se (fazer a barba, pentear o cabelo, cortar as unhas); 
AIVD’s (Atividades Instrumentais da Vida Diária): 
 Cozinhar, arrumar a casa, lavar roupa, telefonar, fazer compras, cuidar 
das finanças domésticas, tomar remédio e outras mais. 
AAVD’s (Atividades Avançadas da Vida Diária): 
 Referem-se às funções necessárias para viver sozinho, sendo 
específica para cada indivíduo. Elas incluem a manutenção das funções 
ocupacionais, recreacionais e prestação de serviços comunitários. 
Os graus de dependência são categorizados, a partir da realização das 
atividades: 
 Grau Independente – o indivíduo consegue fazer, sem ajuda, suas 
AVD’s; 
 Parcialmente dependente ou média dependência – necessita de 
supervisão ou de ajuda parcial para desenvolver suas AVD’s; 
 Totalmente dependentes – indivíduos que não executam suas AVD’s, 
necessitando de alguém que faça por ele. 
 
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Cuidador de idosos 
 
 
Cuidados para pessoas idosas acamadas ou com grau de limitação 
Higiene 
 
 
 
A rotina do banho é 
essencial. Procure aplicar o 
banho sempre no mesmo horário 
e não mude a maneira de 
conduzir. Assim o cuidador deve 
na medida do possível, deixar que 
o idoso realize (quando estiver 
em condições) a tarefa de banhar-se. A maneira de o cuidador agir, é na condição de 
incentivador e auxiliar. 
 
 
Antes de chamar o idoso para o 
banho, o cuidador deverá preparar tudo 
nos mínimos detalhes; se os objetos 
necessários não estão à mão (sabonete, 
xampu, toalha, roupas limpas), corremos 
o risco de ter que deixar o idoso sozinho 
e molhado em um ambiente 
potencialmente perigoso. 
Quando se está preparando o banho, todas as ações devem ser explicadas em 
voz alta, falando clara e pausadamente, uma a uma. Banho de chuveiro, com água 
em abundância e temperatura agradável são requisitos indispensáveis. 
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Cuidador de idosos 
 
 
Como proceder no banho de chuveiro com auxílio do cuidador 
 Separe antecipadamente as roupas pessoais, prepare o banheiro e 
coloque lugar de fácil acesso os objetos necessários para o banho. 
Regule a temperatura da água; 
 Retire a roupa da pessoa e a proteja com um roupão ou toalha. Evite 
olhar para o corpo despido da pessoa a fim de não a constranger; 
 Coloque a pessoa no banho e não deixe sozinha porque ela pode 
escorregar e cair. Estimule, oriente, supervisione e auxilie a pessoa 
cuidada a fazer sua higiene. Só faça aquilo que ela não é capaz de fazer; 
 Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene intima; 
 Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes 
íntimas, dobras de joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre 
os dedos; 
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Cuidador de idosos 
 
 
 A higiene dos cabelos deve ser feita no mínimo três vezes por semana. 
Diariamente inspecione o couro cabeludo observando se há feridas, 
piolhos, coceira ou áreas de quedas de cabelo; 
 Os cabelos curtos facilitam a higiene, mas lembre-se de consultar a 
pessoa antes de cortar seus cabelos, pois ela pode não concordar por 
questão religiosa ou por outro motivo; 
Banho no leito 
Caso o idoso seja muito 
pesado ou sinta dor ao mudar de 
posição, é bom que o cuidador 
seja ajudado por outra pessoa 
no momento de dar o banho no 
leito. Isso é importante para 
proporcionar maior segurança à 
pessoa cuidada e para evitar 
danos à saúde do cuidador. 
Antes de iniciar o banho na cama,prepare todo o material que vai usar: 
Papagaio, comadre, bacia, água morna, sabonete, toalha, escova de dente, 
lençol, forro plástico e roupas. É conveniente que o cuidador proteja as mãos com 
luvas de borracha. 
Existe no comércio materiais próprios para banhos, no entanto o cuidador pode 
improvisar materiais que facilitem a higiene na cama. 
Cubra com plástico um travesseiro e o leito, lave os cabelos e seque-os; lave 
com um pano umedecido e sabonete os braços, não se esquecendo das axilas, as 
mãos, tórax e a barriga. Seque bem, passe desodorante, creme hidratante e cubra o 
corpo da pessoa com lençol ou toalha. Nas mulheres e pessoas obesas é preciso 
secar muito a região em baixo das mamas, para evitar assaduras e micoses; faça da 
mesma forma a higiene das pernas, secando-as e cobrindo-as. 
 Coloque os pés das pessoas numa bacia com água morna e a e sabonete, 
lave bem entre os dedos. Seque bem os pés e entre os dedos, passe creme 
hidratante; ajude a pessoa a deitar de lado para que se possa fazer a higiene das 
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Cuidador de idosos 
 
 
costas. Seque e massageie as costas com óleo ou creme hidratante para ativar a 
circulação; deitar novamente a pessoa com a barriga para cima, colocar a comadre e 
fazer a higiene das partes íntimas. 
Na mulher é importante lavar a vagina da frente para trás, assim se evita que 
a água escorra do ânus para a vulva. No homem é importante descobrir a cabeça do 
pênis para que possa lavar e secar bem; A higiene das partes íntimas deve ser feita 
no banho diário e também após a pessoa urinar e evacuar, assim se evita umidade, 
assaduras e feridas (escaras). 
 
Realizando a lavagem dos cabelos 
 Cubra com plástico um travesseiro e coloque a 
pessoa com a cabeça apoiada nesse travesseiro 
que deve estar na beirada da cama; 
 Ponha embaixo da cabeça da pessoa uma bacia 
ou balde para receber a água; 
 Molhe a cabeça da pessoa e passe pouco xampu; massageie o couro 
cabeludo e derrame água aos poucos até que retire toda a espuma. 
 
Cuidados para evitar assaduras 
 Aparar os pelos pubianos com tesoura 
para facilitar a higiene íntima e manter a 
área seca; 
 Fazer higiene íntima a cada vez que o 
idoso evacuar ou urinar, secando bem a 
região expor a área da assadura ao sol, 
caso seja possível, para ajudar na cicatrização; 
 Todos os procedimentos citados são para prevenir doenças, porém se 
mesmo com tais procedimentos o idoso permanecer com feridas, 
assaduras ou outras alterações deve-se comunicar à equipe de saúde. 
 
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Cuidador de idosos 
 
 
Arrumação da cama 
 Abrir as portas e janelas antes de iniciar o trabalho; 
 Utilizar lençóis limpos, secos, sem pregas e sem rugas; 
 Não deixar migalhas de pão, fios de cabelos, etc., nos lençóis a serem 
reusados; 
 Limpar o colchão quando necessário e deixar o estrado na posição 
horizontal; 
 Observar o estado de conservação do colchão, travesseiros e 
impermeável; 
 Não arrastar as roupas de cama no chão, nem sacudi-las; 
 Não alisar as roupas de cama, mas ajeitá-las pelas pontas; 
 
Mudança de decúbito (mudança de posição) 
As pessoas com algum tipo de incapacidade, que passam a maior parte do 
tempo na cama ou na cadeira de rodas, precisam mudar de posição a cada 2 horas. 
Esse cuidado é importante para prevenir o aparecimento de feridas na pele (úlceras 
de pressão) – que são aquelas feridas que se formam nos locais de maior pressão, 
onde estão as pontas ósseas como: calcanhar final da coluna, cotovelo, cabeça, entre 
outras regiões. Proteja os locais do corpo onde os ossos são mais salientes com 
travesseiros, almofadas, lençóis ou toalhas dobradas em forma de rolo. 
 
Decúbito lateral 
 Posicionar-se do lado para o qual se quer virar o idoso; 
 Posicionar o paciente para a beira oposta da cama; 
 Virá-lo para o seu lado, com movimentos firmes e suaves; 
 Apoiar as costas do idoso com travesseiro ou rolo de cobertor; 
 Colocar travesseiro sobre a cabeça e pescoço; 
 Posicionar travesseiro entre as pernas e dobrar o membro inferior que 
está por cima; 
 Manter fletido o membro superior que está em contato com o colchão. 
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Decúbito dorsal 
 Colocar o travesseiro sob a cabeça e pescoço; 
 Posicionar rolo de lençol embaixo dos joelhos e das pernas deixando os 
calcanhares livres; 
 Assegurar que os membros inferiores estejam alinhados; 
 Apoiar os braços sobre travesseiros com os cotovelos levemente 
flexionados. 
 
Cuidados com a medicação 
Peça ajuda à equipe de saúde para organizar a medicação. Converse sobre o 
planejamento dos horários de medicação. Sempre que possível é bom evitar ministrar 
medicação nos horários em que a pessoa dorme, pois isso interfere na qualidade do 
sono. Não acrescente, diminua, substitua ou retire medicação sem o conhecimento 
da equipe de saúde. Se após tomar um medicamento a pessoa cuidada apresentar 
reação estranha, avise a equipe de saúde. Não use medicamentos que foram 
receitados para outra pessoa. A equipe de enfermagem deve aferir sinais vitais antes 
de administrar as medicações, assim como, checar e realizar a evolução no cartão ou 
prontuário. 
 
Problemas com o sono do idoso 
A falta de sono ou sonolência em excesso interfere na 
qualidade de vida da pessoa idosa cuidada e do cuidador. A insônia 
pode se manifestar de várias maneiras: a pessoa pode demorar a 
dormir ou dormir por pouco tempo, acordar e não conseguir 
adormecer novamente, ou acordar muito cedo com a sensação de 
―sono que não descansa‖. Essas alterações podem estar 
relacionadas com a doença, com algum medicamento ou com o 
uso de alimentos excitantes no período da noite da noite tais como: café, chá, 
chimarrão e refrigerantes a base de cola. 
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Cuidador de idosos 
 
 
 
Como prevenir a insônia: 
 Evite, após as 18 horas, dar a pessoa idosa substâncias estimulantes 
como o chá preto, mate e café. 
 Verifique se a pessoa cuidada está sentindo dor, coceira na pele, 
câimbra ou outro desconforto que possa estar prejudicando o sono. 
 À noite, evite dar líquidos à pessoa, pois ao acordar para urinar a pessoa 
pode demorar a adormecer novamente. 
 Conversar com a equipe de saúde sobre a possibilidade de mudar o 
horário da medicação que aumenta a vontade de urinar. 
 Mantenha uma iluminação mínima no quarto de modo a facilitar os 
cuidados e não interferir no sono da pessoa. 
 Evite que a pessoa cuidada permaneça por muito tempo à noite 
assistindo televisão ou lendo. 
 Atividades prazerosas, exercícios leves e massagens ajudam a relaxar 
e a melhorar a qualidade do sono. 
 Converse com a pessoa para tentar identificar quais causas da insônia, 
pois pode ser que o idoso esteja sentindo medo e ou angústia. 
 
Dicas para o cuidador 
Se o idoso se perde, não sabendo onde fica o 
banheiro e não chega a tempo, uma das dicas é sinalizar o 
banheiro, com palavras grandes e chamativas ou colocar a 
própria figura de um vaso sanitário. Á noite deixe a luz do 
banheiro acesa. Deixe o quarto do idoso mais perto do 
banheiro. Em alguns casos, deve-se deixar o 
papagaio/comadre junto à cama. Facilite o uso do vaso, com 
assentos altos e adaptados e barras laterais. 
Não restrinja a ingestão de líquidos apenas para o idoso urinar menos, isto 
pode provocar desidratação no idoso e piorar ainda mais seu quadro clínico. 
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Durante a parte do dia, procure levar o idoso, em intervalos regulares, ao 
banheiro. 
Procure vestir ao idoso com roupas fáceis de retirar ou abrir. Velcro é uma ótima 
opção, no lugar do zíper ou dos botões. 
O uso de fralda descartável geriátrica pede 
ser útil à noite; observar se a fralda não 
amanhece muito cheia ou vazando, pois talvez 
será necessária uma troca no meio da 
madrugada. 
Se o idoso não conseguir ir até o banheiro 
para urinar ou evacuar, por problemas diversos e a incontinência é mais severa, 
impõe-se o uso

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