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Desenvolvimento inicial - Se inicia na 3ª semana de desenvolvimento embrionário e o coração começa a funcionar na 4ª semana ► A formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical e dois dias depois os vasos sanguíneos embrionários começam a se desenvolver ● Sendo assim, o surgimento do sistema cardiovascular se inicia com a formação dos vasos e só depois é que vai ser formado o coração A formação dos vasos se da por meio de dois processos: ● Vasculogênese: formação de novos vasos (forma novos canais vasculares pela união de precursores individuais celulares → angioblastos) ● Angiogênese: formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de vasos pré-existentes a) Células mesenquimais vão se diferenciar em angioblastos (células que vão dar origem as células endoteliais) Esses angioblastos vão se juntar, formando grupos chamados de ilhotas sanguíneas (bolas de células) que estão associados à vesícula umbilical ou com os cordões endoteliais dentro do embrião., no meio dessa ilhota vai começar a surgir cavidades e os angioblastos em volta dessa cavidade vão mudar seu formato para pavimentosos Quando isso acontece eles deixam de ser angioblastos e passam a ser células endoteliais que são as células que vão revestir o vaso sanguíneo OBS: Alguns desses angioblastos não vão virar endotélio e sim se diferenciar em células tronco hematopoiéticas que vão dar origem as células sanguíneas As células sanguíneas se desenvolvem a partir de células endoteliais especializadas (epitélio hematogênico) dos vasos à medida que eles crescem na vesícula umbilical e no alantoide ao final da terceira semana e depois em locais especializados ao longo da aorta dorsal. A formação do sangue (hematogênese) não começa no embrião até a quinta semana. Primeiro, ela ocorre ao longo da aorta e, depois, em várias regiões do mesênquima embrionário, principalmente no fígado e no baço, na medula óssea e nos linfonodos. b) A partir de um vaso surge um broto de células e vai se ramificando Hematopoese fetal: ● Sabe-se que no adulto a produção de células sanguíneas ocorre na medula ósseo, mas e antes de formar a medula, onde ela é feita?? Existem 3 períodos hematopoéticos intra- uterinos: período embrionário, quando a hematopoese ocorre no saco vitelino; período hepato-esplênico ou fetal, quando a hematopoese ocorre no fígado e no baço e o período medular fetal, na medula óssea. ► Fase mesoblástica/período embrionário: Sistema Circulatório A formação inicial do sistema cardiovascular está relacionada com a necessidade crescente por vasos sanguíneos para trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna através da placenta. Durante a terceira semana, se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial Joyce Lima Aproximadamente na 2º semana (mais ou menos 18 dias), na parede do saco vitelínico existe um mesoderma que o rodeia (mesoderma extraembrionário) onde surgem as primeiras concentrações de sangue chamadas de ilhotas wolff e pander ou ilhotas sanguíneas ou faixas de sangue Essa hematopoese no saco vitelínico, lá tem hemangioblastos que possuem um desenvolvimento bipotente OBS: A placenta e AGM também vão participar dessa primeira linha de produção ► Fase hepática/ período hepato-esplênico: Aproximadamente na 6ª semana o fígado assume o posto de produção de células sanguíneas, mas ele tem a ajuda do baço (função contrária a do baço na vida pós-natal que faz hematocaterese) ► Fase mieloide/ período medular: Aproximadamente na semana 20ª semana a medula óssea assume o lugar de forma definitiva pois ela já foi formada, ► A hemoglobina fetal é diferente da adulta: ● A hemoglobina fetal possui duas cadeias alfa e duas cadeias gama ● A hemoglobina adulta a principal que é a A1 possui duas cadeias alfa e duas cadeias beta Essa diferença nas cadeias é importante pois a hemoglobina fetal é capaz de ligar o oxigénio com maior afinidade, dando ao feto em desenvolvimento um melhor acesso ao oxigénio na corrente sanguínea da mãe. (lembre-se que a hemoglobina fetal precisa tirar o oxigênio da hemoglobina da mãe) ► As células tronco pluripotentes → hemocitoblastos vão gerar duas linhagens: linfoide e mieloide - A linfoide forma os linfócitos T e B - A mieloide forma todas as outras células sanguíneas ► Eritropoese: formação de eritrócitos maduros O precursor é uma célula pluripotente que se diferencia na linhagem mieloide e com o estimulo de interleucinas e da eritropoetina vai formar os eritrócitos A etapa de maturação dessa célula consiste na perda do núcleo e de organelas, perde RNA e aumenta a concentração de hemoglobina (por isso o citoplasma deixa de ser basofílico para ser acidófilo) A baixa de oxigênio estimula a produção de eritrócitos (o rim vai aumentar a eritropoetina no sangue) assim, pode-se encontrar células ainda não maduras no sangue mediante essa exigência na produção No embrião os eritrócitos são maiores, mas vivem menos (50- 70 dias) - Porque demora tanto pra isso acontecer? Por que todo osso antes de ser osso, precisa passar primeiro pelo molde de cartilagem então isso leva tempo. OBS: A placenta é resistente a eritropoetina materna Desenvolvimento do Sistema Linfático: - Se inicia no final da 6ª semana ● Os vasos linfáticos desenvolvem-se semelhantemente aos vasos sanguíneos e se conectam com o sistema venoso, os capilares se unem para formar uma rede de vasos linfáticos ► Os ductos linfáticos vão ser gerados de 6 sacos linfáticos primários que estão presentes no final do período embrionário • Dois sacos linfáticos jugulares • Dois sacos linfáticos ilíacos • Um saco linfático retroperitoneal • Uma cisterna do quilo (chyle cisterna) - Os vasos linfáticos vão se conectar com esses sacos ● A cisterna do quilo é importante porque recebe uma grande quantidade de linfa, se conecta com os sacos jugulares através dos ductos torácicos direito e esquerdo, também recebe a drenagem dos sacos ilíacos que traz a linfa dos membros inferiores, funciona como um armazenador para depois jogar essa linfa para a circulação através dos ductos torácicos que vão levar para a veia jugular ● Com o decorrer do desenvolvimento ocorre uma mudança nessa anatomia, a parte caudal desse ducto é formado pela união do ducto torácico esquerdo com o direito, eles se anastomosam ficando na posição mais direita, enquanto que a parte cranial desse ducto é formado somente pelo ducto torácico esquerdo que vai desaguar na veia subclávia esquerda - O ducto linfático direito é derivado da porção cranial do ducto torácico direito. O ducto torácico e o ducto linfático direito se conectam ao sistema venoso no ângulo venoso entre a veia jugular interna e a veia subclávia ► Desenvolvimento dos linfonodos: Aqueles seis sacos linfáticos vão formar um grupo de linfonodos, que depois vão ser invadidos por células mesenquimatosas e vão dar origem a rede de canais linfáticos → os seios linfáticos primitivos. Outras células mesenquimais dão origem à cápsula e à rede de tecido conjuntivo dos linfonodos Estudos recentes mostraram que células endoteliais precursoras dos vasos linfáticos são derivadas de veias cardinais ► Baço: Desenvolve-se a partir de uma agregação de células mesenquimais no mesogastro dorsal ► Tonsilas: ● Palatinas: se desenvolvem a partir do endoderma do segundo par de bolsas faríngeas e próximos ao mesênquima. ● Tubárias: agregações dos linfonodos ao redor das aberturas faríngeas dos tubos faringotimpânicos. (da tuba auditiva) ● Faringeas (adenoides): agregação de nódulos linfáticos na parede da nasofaringe ● Lingual: agregação de nódulos linfáticos na raiz da língua ► Timo:Se desenvolve a partir da 3ª bolsa faríngea, os timócitos são carregados pelo sangue ainda como precursores (pró- timócitos) 14-15ª semana os vasos sanguíneos crescem no timo e ocorre a agregação de células epiteliais para formar os corpúsculos de Hassal Formação inicial do coração: ● O coração e os grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais (do MESODERMA ESPLÂNCNICO) na área cardiogênica (uma área que indica onde vai ser formado o coração) Aparece um par de canais endoteliais que são os cordões angioblásticos, que se canalizam para formar os tubos endocárdicos Por volta do 18° dia, o mesoderma lateral possui componentes de somatopleura e esplancnopleura; essa última dá origem a quase todos os componentes do coração. - Essas células endocárdicas vão se separar do mesoderma e formar os tubos cardíacos ● Nessa região surgem dois tubos chamadas tubos cardíacos endocárdicos durante a terceira semana Esses tubos são revestidos por células endoteliais ● Esses tubos vão se fusionar quando ocorre o dobramento lateral do embrião, formando o tubo cardíaco primitivo (sentido cranial para caudal) ● O coração tubular se une aos vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão e da vesícula umbilical para formar o sistema cardiovascular primitivo. - Ao final da terceira semana, o sangue está circulando e o coração começa a bater no 21° ou 22° dia (4ª semana). ● Células que vão formar o coração são: - Células da crista neural - Células mesodérmicas da linha primitiva formam o campo cadíaco primário - Células do mesoderma faríngeo formam o segundo campo cardíaco Desenvolvimento das veias: ► Tem-se 3 veias principais que drenam para o coração embrionário: ● Veias vitelinas: retornam o sangue pobre em oxigênio da vesícula umbilical. Inicialmente são duas veias, mas a esquerda regride e a direita forma a maior parte do sistema porta hepático e uma parte da veia cava inferior - Entram na extremidade venosa do coração através do seio venoso ● Veias umbilicais: correm de cada lado do fígado e transportam sangue bem oxigenado da placenta para o seio venoso. Por volta da 7ª semana a veia umbilical direita desaparece, restando a esquerda que se desenvolve na veia umbilical única - Transporta o sangue da placenta para o fígado - Nessa veia forma-se um desvio que é o DUCTO VENOSO, que vai transportar o sangue bem oxigenado da placenta direto para a veia cava inferior sem que precise passar pelos capilares hepáticos ● Veias cardinais comuns: retornam o sangue pobre em oxigênio do corpo do embrião para o coração - Dois sistemas principais: as veias cardinais anteriores que drenam o sangue da porção cranial e as veias cardinais posteriores que drenam o sangue da porção caudal do embrião Essas veias cardinais se unem na veia cardinal comum e desagua no seio venoso O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional. Os batimentos cardíacos embrionários podem ser detectados ao se realizar uma ultrassonografia com Doppler durante a quarta semana, aproximadamente 6 semanas após o último período menstrual normal Nós temos uma involução da veia cardinal anterior esquerda porém uma porção dela se desvia em direção a veia cardinal anterior direita e isso da origem a veia braquiocefálica esquerda - A veia cava superior vai ser a união entre a veia cardinal anterior direita e a veia cardinal comum - As veias cardinais posteriores desenvolvem-se, primeiramente, como vasos dos mesonefros (rins provisórios), e a maioria desaparece, os únicos derivados que ficam no adulto são a raiz da veia ázigo e as veias ilíacas comuns - As veias subcardinais formam o tronco da veia renal esquerda, as veias suprarrenais, as veias gonadais - A veia supracardinal forma azigo, hemiazigo e a veia cava inferior infra-renal ► Veia cava inferior: Se forma durante uma série de alterações nas veias primitivas do tronco do corpo, que ocorre quando o sangue, retornando da porção caudal do embrião, é deslocado do lado esquerdo para o lado direito do corpo. ● A VCI é composta de quatro segmentos principais - Segmento hepático: derivado da veia hepática (porção proximal da veia vitelina direita) e sinusoides hepáticos - Segmento pré-renal: derivado da veia subcardinal direita - Segmento renal: derivado da anastomose subcardinal- supracardinal - Segmento pós-renal: derivado da veia supracardinal direita Artérias vitelínicas e umbilicais: ► As artérias vitelinas passam para a vesícula umbilical e depois para o intestino primitivo, que se forma a partir da porção incorporada da vesícula umbilical. Somente três derivados da artéria vitelina permanecem: - O tronco arterial celíaco para o intestino anterior - A artéria mesentérica superior para o intestino médio - A artéria mesentérica inferior para o intestino posterior. ► As artérias umbilicais transportam sangue pobre em oxigênio para a placenta As porções proximais dessas artérias se tornam - As artérias ilíacas internas - As artérias vesicais superiores. As porções distais das artérias umbilicais se modificam e formam os ligamentos umbilicais médios Desenvolvimento final do coração: O tubo cardíaco embrionário tem uma camada externa que é o miocárdio primitivo, formado pelo mesoderma esplâncnico Nesse estágio, o coração em desenvolvimento é composto por um tubo endotelial fino, separado de um miocárdio espesso por uma matriz gelatinosa de tecido conjuntivo, a geleia cardíaca ● O tubo endotelial se torna o endocárdio ● As células mesoteliais do seio venoso se espalham sobre o miocárdio formando o epicárdio (pericárdio seroso visceral) ● Células progenitoras do segundo campo cardíaco contribuem para a formação das extremidades arterial e venosa do coração em desenvolvimento que estão fixadas pelos arcos faríngeos e pelo septo transverso, respectivamente. - O tronco arterioso está cranialmente contínuo ao saco aórtico, do qual surgem as artérias dos arcos faríngeos - O seio venoso recebe as veias umbilical, vitelina e cardinal comum do córion, vesícula umbilical e embrião, respectivamente ► Com o dobramento ventral do embrião o tubo cardíaco vai ganhando sua posição final Assim, o coração e a cavidade pericárdica se tornam ventrais ao intestino anterior e caudais à membrana bucofaríngea Simultaneamente, o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas: o bulbo cardíaco (composto do tronco arterioso, do cone arterioso e do cone cardíaco), ventrículo, átrio e seio venoso. O tronco arterioso está cranialmente contínuo ao saco aórtico, do qual surgem as artérias dos arcos faríngeos O seio venoso recebe as veias umbilical, vitelina e cardinal comum do córion, vesícula umbilical e embrião, respectivamente ● O coração tubular sofre um giro destro (mão direita) aproximadamente nos dias 23 a 28, formando uma alça D em forma de U (alça bulboventricular) que resulta em um coração com seu ápice voltado para a esquerda. Esse dobramento faz com que o bulbo e o ventrículo venham para frente e para baixo (dobramento ventro-caudal) e o atrio e o seio venham para trás e para cima (dobramento dorso-cefálico) - O bulbo cresce mais rápido e o coração cresce dentro de uma cavidade, fica sem espaço e dobra O fator de transcrição homeobox (Pitx2c) é expresso no campo cardíaco esquerdo em formação e tem um papel importante no padrão esquerda-direita do tubo cardíaco durante a formação da alça cardíaca Conforme o coração primitivo se inclina, o átrio e o seio venoso ficam dorsal ao tronco arterioso, bulbo cardíaco e ventrículo. Nesse estágio, o seio venoso desenvolveu expansõeslaterais, cornos dos seios direito e esquerdo Inicialmente o coração está suspenso da parede dorsal por um mesentério (camada dupla de peritônio), o mesocárdio dorsal. A porção central do mesentério logo se degenera, formando uma comunicação, o seio pericárdico transverso, entre os lados direito e esquerdo da cavidade pericárdica. Agora o coração está aderido somente às suas extremidades cranial e caudal. - Na 4ª semana o fluxo sanguíneo pelo coração é unidirecional e segue do seio venoso para o tronco arterioso ► Septações cardíacas: Lembra que as células do miocárdio (cardiomiócitos) sintetizam a geleia, então essa geleia é essencial para a septação do coração, pois através dela vão surgir os coxins endocárdicos ● Divisão do canal atrioventricular: - Os coxins endocárdicos vão se formar nas paredes dorsal e ventral do canal AV, eles se desenvolvem da geleia cardíaca e de células da crista neural, os coxins se aproximam e se fundem formando o canal AV. Esses canais separam parcialmente o átrio primitivo do ventrículo primitivo, e os coxins endocárdicos funcionam como valvas AV Os coxins AV transformados contribuem para a formação das valvas e do septo membranoso do coração. OBS: as valvas septais originam-se dos coxins endocárdicos enquanto as valvas murais vão ter origem mesenquimal ● Septação do átrio: Iniciando ao final da quarta semana, o átrio primitivo é dividido em átrio direito e esquerdo pela formação de, e subsequente modificação e fusão, dois septos: septum primum e septum secundum - Septum primum: fina membrana que cresce em direção aos coxins endocárdicos no assoalho do átrio primitivo, divide parcialmente o átrio primitivo em esquerdo e direito Nele tem o forame primum que possibilita a passagem do átrio direito pro esquerdo O forame primum vai fechando mas começa a surgir perfurações no centro do septo por apoptose (origem do foramem secundum) - Septo secundum: formado depois do primum, é um septo mais robusto Cresce a partir da parede muscular que se espessa ventrocranialmente no átrio direito de forma adjacente ao septum primum, se sobrepõem o forame primum e secundum Forma o forame oval que fecha anatomicamente os átrios, mas não fecha funcionalmente, assim o sangue do átrio direito ainda consegue passar para o esquerdo A porção cranial do septum primum, inicialmente aderido ao assoalho do átrio esquerdo, desaparece gradualmente. A parte remanescente do septum, aderida aos coxins endocárdicos fundidos, forma a valva do forame oval em formato de aba Após o nascimento, o forame oval se fecha funcionalmente, pois a pressão no átrio esquerdo é maior que àquela no átrio direito. Com aproximadamente 3 meses, a valva do forame oval se funde com o septum secundum, formando a fossa oval. Como resultado, o septo interatrial se torna uma divisão completa entre os átrios. ► Alterações no seio venoso: Inicialmente, o seio venoso se abre no centro da parede dorsal do átrio primitivo, e seus cornos direito e esquerdo são aproximadamente do mesmo tamanho. O aumento progressivo do corno direito resulta de dois desvios de sangue da esquerda para a direita: - Da transformação das veias vitelínicas e umbilicais - Anastomose das veias cardinais anteriores que desviam o sangue da esquerda para a direita formando a braquiocefálica esquerda Assim o seio venoso direito é maior que o esquerdo ● O corno direito do seio venoso vai receber o sangue da veia cava superior e inferior e uma parte desse corno é incorporado a parede posterior do átrio direito (Por ser derivado do seio venoso, a porção lisa da parede do átrio direito é chamada de sinus venarum do átrio direito) É um tecido de transição entre os vasos e a parede cardíaca ● Já o corno esquerdo se transforma no seio coronário E a aurícula é formado do átrio primitivo ► Veia pulmonar e formação do átrio esquerdo: Boa parte do átrio esquerdo é formado pela parede da veia pulmonar, assim a maior parte da parede do átrio esquerdo é lisa. Conforme o átrio se expande, a veia pulmonar primitiva e seus ramos principais são incorporados à parede do átrio esquerdo. Como resultado, quatro veias pulmonares são formadas A aurícula esquerda é formada do átrio primitivo ► Septação do ventrículo primitivo: A maior parte desse septo é muscular (miócitos (músculos) dos ventrículos primitivos esquerdo e direito contribuem para a formação da porção muscular do septo interventricular) Inicia seu crescimento no assoalho do ventrículo próximo ao ápice, cresce de caudal para cranial Inicialmente cresce pela própria dilatação dos ventrículos, mas depois começa uma proliferação ativa dos mioblastos no septo O forame geralmente se fecha ao final da sétima semana conforme as cristas bulbares se fundem com os coxins endocárdicos O fechamento do forame interventricular e a formação da porção membranosa do septo interventricular resultam da fusão de tecidos de três fontes: a crista bulbar direita, a crista bulbar esquerda e o coxim endocárdico Após o fechamento do forame interventricular e a formação da porção membranosa do septo interventricular, o tronco pulmonar ainda está em comunicação com o ventrículo direito e a aorta se comunica com o ventrículo esquerdo ► Septação do bulbo cardíaco e do tronco arterioso: Durante a quinta semana, a proliferação ativa de células mesenquimais da crista neural nas paredes do bulbo cardíaco resulta na formação das cristas bulbares E nas paredes do tronco arterioso resulta nas cristas troncais, formando um septo que vai sofrer uma rotação As cristas bulbar e troncal sofrem uma rotação de 180 graus em espiral. A orientação espiral das cristas, causada em parte pelo fluxo sanguíneo dos ventrículos, resulta na formação de um septo aorticopulmonar espiral quando as cristas se fundem. Esse septo divide o bulbo cardíaco e o tronco arterioso em dois canais arteriais, a aorta ascendente e o tronco pulmonar. Devido à espiralização do septo aorticopulmonar, o tronco pulmonar gira ao redor da aorta ascendente - O bulbo cardíaco origina a aorta ascendente - O tronco arterioso origina o tronco pulmonar ► Desenvolvimento das valvas cardíacas: Quando a divisão do tronco arterioso está quase completa as valvas semilunares começam a se desenvolver a partir de três brotamentos do tecido subendocárdico ao redor dos orifícios da aorta e do tronco pulmonar. Células da crista neural precursoras cardíacas também contribuem com esse tecido. Esses brotamentos sofrem cavitação e são remodelados para formar três cúspides de parede delgada As valvas atrioventriculares (valvas tricúspide e mitral) se desenvolvem de forma similar a partir de proliferações localizadas de tecidos ao redor dos canais AV. Sistema de condução cardíaco O átrio atua como o marca-passo temporário do coração, porém o seio venoso logo assume essa função. O nó SA se desenvolve durante a quinta semana. O nó está localizado na parede direita do seio venoso, porém ele é incorporado à parede do átrio direito com o seio venoso Após a incorporação do seio venoso, as células de sua parede esquerda são encontradas na base do septo interatrial, anterior à abertura do seio coronário. Unidas às células da região AV, elas formam o nó e o feixe AV, que estão localizados superior aos coxins endocárdicos. Derivados das artérias do arco faríngeo: Os arcos faríngeos se formam aproximadamente durante a 4-5ª semana, eles são abastecidos pelas artérias dos arcos faríngeos (essas artérias surgem do saco aórtico e terminam na aorta dorsal) Células da crista neural se separam em camadas do tubo neural e contribuem para a formação do trato de saída do coração e para as artériasdo arco faríngeo. Inicialmente, as aortas dorsais pareadas correm através de todo o comprimento do embrião. Posteriormente, as porções caudais das aortas se fundem para formar uma única aorta torácica/abdominal inferior. Conforme os arcos faríngeos se desenvolvem durante a quarta semana, eles são irrigados pelas artérias dos arcos faríngeos do saco aórtico Células mesodérmicas migram dos arcos para o saco aórtico, conectando as artérias dos arcos faríngeos ao trato de saída Embora, geralmente, seis pares de artérias do arco desenvolvam-se (pq são seis arcos faríngeos), elas não estão presentes ao mesmo tempo. No momento que o sexto par de artérias do arco foi formado, os primeiros dois pares desapareceram ● Padrão inicial dos arcos faríngeos: Parte do arco da aorta do 4º arco ► 1º arco faríngeo: A maior parte desaparece, mas pode formar as artérias maxilares e as carótidas externas ► 2º arco faríngeo: A maior parte degenera, mas a parte dorsal que persiste forma as artérias estapédicas (importantes para a orelha média) ► 3º arco: - As porções proximais dessas artérias formam as artérias carótidas comuns - As porções distais dessas artérias unem-se a aorta dorsal para formar as artérias carótidas internas ► 4º arco: ● Lado esquerdo forma parte do arco da aorta Forma a parte proximal da artéria subclávia direita (a parte distal já não é do 4º arco, se forma a partir da aorta dorsal direita e da sétima artéria intersegmentar direita → também forma toda a artéria subclávia esquerda ► 5º arco: 50% das pessoas degenera, nos outros 50% não se desenvolve ► 6º arco: ● Esquerda: parte proximal → artéria pulmonar esquerda, parte distal → ducto arterioso (passa da artéria pulmonar para a aorta) ● Direita: parte proximal → artéria pulmonar direita e a parte distal degenera Essa característica do 6º par de artérias do arco faríngeo vai promover uma mudança na posição do nervo faríngeo ● Como no lado direito a parte distal degenera, não vai ter nada que impeça e esse nervo vai subir, formando uma alça ao redor do arco da aorta e sobe em direção a laringe ● Na esquerda esse nervo laríngeo vai formar a alça ao redor do ducto arterioso (na fase adulto o nervo fica ao redor do ligamento arterioso e do arco da aorta) Artérias intersegmentares: - As artérias intersegmentais são ramos da aorta dorsal, são mais de 30 ramos que transportam sangue para os somitos e seus derivados A parte proximal da aorta se desenvolve do saco aórtico e a parte distal da aorta dorsal esquerda, a média vai se desenvolver da artéria do 4º arco esquerdo ● Na região cervical: esses ramos se unem para formar uma artéria de cada lado → artéria vertebral ● Na região torácica: artérias intercostais ● Abdome: artérias lombares, mas o 5º par de artérias intersegmentares se torna as ilíacas comuns ● Sacral: artérias sacrais laterais Circulação fetal e neonatal: No período fetal os pulmões do bebê NÃO fazem troca gasosa, assim os vasos pulmonares estão em vasoconstricção, depois que o bebê nasce (pós-natal) vão ocorrer modificações, pois agora o pulmão vai fazer a hematose ► 3 estruturas importantes: ● Ducto venoso: conecta a veia umbilical a veia cava inferior no fígado ● Forame oval: abertura entre os dois átrios para o sangue oxigenado passar para o lado esquerdo e ir para o corpo ● Ducto arterioso: desvio da artéria pulmonar para a aorta - Sangue altamente oxigenado, rico em nutrientes, chega através da placenta e vai para a veia umbilical - No fígado metade do sangue se desvia pelo ducto venoso e vai desembocar na veia cava inferior (sem passar pelo fígado) - A outra metade vai oxigenar o fígado, através das veias hepáticas - Da veia cava inferior o sangue entra no átrio direito do coração (menos oxigenado que o sangue da veia umbilical, pois ela já carrega sangue dos membros inferiores) - Desse sangue que chega, a maioria é desviada pela crista dividens através do forame oval para o átrio esquerdo (se mistura com um pouco de sangue pobre em oxigênio vindo dos pulmões) O sangue segue essa direção pela pressão no átrio direito sem bem maior que a do esquerdo - Uma outra porção desse sangue cai no ventrículo esquerdo e vai para os pulmões através da artéria pulmonar (só pra oxigenar o pulmão) - A maior parte do fluxo do tronco pulmonar sofre um desvio pelo ducto arterioso e cai diretamente na aorta (proteger o sistema pulmonar de uma sobrecarga de volume, já que ele não está fazendo sua função de oxigenação do sangue ainda) - O sangue pobre em oxigênio vai para as artérias umbilicais e chega na placenta ► Circulação neonatal: Agora o pulmão é o responsável pela troca gasosa e a circulação através da placenta é interrompida A oclusão da circulação placentária vai causar uma diminuição imediata na pressão sanguínea na VCI e no átrio direito. Juntamente com a elevação acentuada do fluxo sanguíneo pulmonar - A elevada pressão no átrio esquerdo fecha funcionalmente o forame oval, pressionando a valva do forame contra o septum secundum OBS: A parede ventricular direita é mais espessa que a parede ventricular esquerda em fetos e neonatos, pois o ventrículo direito trabalha mais no útero. Ao final do primeiro mês, a parede ventricular esquerda está mais espessa que a parede ventricular direita, pois o ventrículo esquerdo está trabalhando mais agora - Ducto arterioso se fecha logo após o nascimento (3 dias) - Fechamento dos vasos umbilicais (artérias e veia) ● Veia umbilical → ligamento redondo do fígado ● Ducto venoso → ligamento venoso ● Ducto arterial → ligamento arterial ● Artérias umbilicais → ligamentos umbilicais médios ● Forame oval → fossa oval O septum primum forma o assoalho da fossa oval. A margem inferior do septum secundum forma uma prega redonda, à margem da fossa oval (limbus fossa ovalis), que marca o limite do forame oval. Defeitos congênitos: ► Coarctação da aorta: Constrição na luz da aorta, obstruindo a passagem do fluxo sanguíneo (normalmente fica após a subclávia esquerda, na entrada do ducto arterioso). Pode estimular o desenvolvimento de circulação colateral ► Alguns DCCs (defeitos congênitos do coração) são causados por um único gene ou mecanismos cromossômicos. Outros defeitos resultam da exposição a teratógenos, como o vírus da rubéola, entretanto, em muitos casos a causa é desconhecida. Acredita-se que a maioria dos DCCs seja causada por múltiplos fatores genéticos e ambientais OBS: A tecnologia de imagem, como a ecocardiografia bidimensional em tempo real, permite a detecção precoce de DCCs fetais precocemente, como 16 semanas. ► Dextrocardia: Se o tubo cardíaco embrionário se dobra para a esquerda em vez da direita, o coração é deslocado para a direita e o coração e seus vasos são revertidos da esquerda para a direita como em uma imagem em espelho de sua configuração normal. ► Ectopia cardíaca: coração em uma localização anormal Shunt da direita para a esquerda: ► Atrial: se dá na presença de defeito no septo atrial, leva a um aumento do volume das cavidades direitas, com ectasia do tronco e das artérias pulmonares Existem quatro tipos de DSA clinicamente significativos: defeito do ostium secundum, defeito do coxim endocárdico com defeito do ostium primum, defeito do seio venoso e do átrio comum. ► Defeito no septo ventricular: O fechamento incompleto do forame interventricular resulta da falha no desenvolvimento da parte membranosa do septo interventricular. Isso resulta da falha de crescimento de uma extensão do tecido subendocárdico do lado direito do coxim endocárdico e se funde ao septo aórtico pulmonar e a porção muscular do septo interventricular ► Tronco arterioso persistente: O tronco arteriosopersistente resulta da falha no desenvolvimento normal da crista troncal e do septo aortico pulmonar em dividir o tronco arterioso em aorta e tronco pulmonar. Um único tronco arterial, o tronco arterioso, origina-se do coração e abastece as circulações sistêmica, pulmonar e coronária ► A divisão desigual do tronco arterioso resulta quando a divisão do tronco arterioso superior às valvas é desigual. Uma das grandes artérias é grande e a outra é pequena. ► Septo aórtico: O defeito do septo aortico pulmonar é uma condição rara na qual há uma abertura (janela aórtica) entre a aorta e o tronco pulmonar próximo à valva aórtica. O defeito aortico pulmonar resulta de um defeito localizado na formação do septo aortico pulmonar ► Tetralogia de Fallot: É um grupo clássico de quatro defeitos cardíacos • Estenose da artéria pulmonar (obstrução do fluxo de saída ventricular direito). • Defeito do septo ventricular. • Dextraposição da aorta (substituição ou sobreposição da aorta). • Hipertrofia ventricular direita. - A cianose (oxigenação deficiente do sangue) é um sinal, mas não está presente logo após o nascimento A tetralogia resulta quando a divisão do tronco arterioso é desigual e o tronco pulmonar é estenosado
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