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SUBSTÂNCIAS-QUÍMICAS-E-SEUS-IMPACTOS-1

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1 
 
 
 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS E SEUS IMPACTOS 
1 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3 
POLUIÇÃO QUÍMICA ..................................................................................... 5 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS .......................................................................... 16 
IMPACTOS DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS .............................................. 24 
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
Muitas são as fontes degradadoras da natureza, porém os resíduos químicos 
são considerados os mais agressivos. Lixo e efluentes originados de indústrias, 
hospitais, institutos de pesquisa, etc., acabam poluindo o ambiente em que vivemos, 
trazendo inúmeras consequências para nossa saúde. A exposição a várias 
substâncias químicas ocorre todos os dias e através de muitas vias diferentes, como 
ingestão, inalação, contato com a pele, trazendo sérios riscos para o ser humano. 
Muitas substâncias químicas são inofensivas ou até benéficas; outras uma 
ameaça à nossa saúde e ao meio ambiente. A produção de substâncias químicas 
continua a crescer e, com ela, o potencial de exposição a tais substâncias, prevê-se 
que o crescimento mais rápido na produção de substâncias químicas deva ocorrer 
em países que não pertencem à OCDE (Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico). 
 
Na década de 1950, o uso de pesticidas e fertilizantes químicos aumentou 
rapidamente, tornando-se uma prática dominante na agricultura, a partir dos países 
altamente industrializados. Simultaneamente, as indústrias manufatureiras iniciaram 
o uso intensivo e progressivo de substâncias químicas sintéticas na produção de bens 
4 
 
 
industriais e de consumo. A construção de imensas unidades produtivas, a partir da 
década de 1960, assegurou a produção crescente do setor químico, sendo que as 
empresas de petróleo passaram a produzir produtos petroquímicos em cadeia. O 
setor petroquímico se caracteriza por um alto custo de produção, relativo à 
necessidade de investimentos significativos em equipamentos e sua 
operacionalização, bem como na ênfase no desenvolvimento de inovações nos 
processos tecnológicos, e não no produto (DEMAJOROVIC, 2003). 
Nas décadas de 1970 e 1980, países como Estados Unidos, Japão e Alemanha 
aumentaram significativamente seu volume de investimentos em atividades de 
pesquisa e desenvolvimento. Esta estratégia foi intensificada nos anos de 1990, 
promovendo a multiplicação de novos produtos químicos, observando-se a divisão 
dos produtores em dois grandes grupos, quais sejam, de um lado, uma infinidade de 
pequenos e médios produtores, espalhados pelo mundo, e, por outro, grandes 
corporações públicas e poderosas empresas transnacionais - responsáveis, de fato, 
pela liderança do setor. Ressalte-se, ainda, que o sucesso da indústria química no 
século XX deveu-se à geração constante de novos produtos, bem como, ao 
desenvolvimento de um mercado com capacidade de demanda para absorvê-los 
(DEMAJOROVIC, 2003). 
Assim, o desenvolvimento do setor químico foi propiciado por um crescimento 
industrial autônomo, com grande capacidade de autofinanciamento, baseado nos 
lucros de um mercado com crescente demanda por seus produtos e inovações. 
Contudo, o expressivo aumento da produção e do consumo, além da expansão 
física do setor e do emprego, ao criar novas necessidades para os consumidores, 
acarretou, também, o crescimento do volume de resíduos gerados nas diversas fases 
do ciclo produtivo. 
Nessa perspectiva, o “desenvolvimento” induz ao consumismo, responsável 
pelo desperdício, que conduz à degradação ambiental, e, consequentemente, à perda 
da qualidade de vida e aos riscos ambientais. 
Os acidentes industriais surgem com o processo de industrialização e 
desenvolvimento de novas tecnologias de produção, a partir da Revolução Industrial. 
Contudo, foi somente a partir dos anos de 1970, que o risco de acidentes ambientais 
ganhou maior visibilidade pública, tornando-se objeto de preocupação por parte de 
5 
 
 
diversos segmentos da sociedade, como partidos políticos, organizações não 
governamentais e ambientalistas, além do próprio Estado (FREITAS, 1995). 
No Brasil, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) foi 
a primeira agência ambiental a atuar sobre o tema. Em 2002, iniciou um inventário de 
áreas contaminadas, e em 2009 divulgou o número de 4.131 áreas (Brasil, 2009). Em 
2004, a Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde (MS) criou o 
Programa de Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Solo Contaminado 
(Vigisolo) com o objetivo de implementar ações sobre a prevenção e o controle da 
exposição ao solo contaminado. Este programa foi substituído pelo Sistema de 
Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado 
(Sissolo). As suas principais áreas de atuação são: identificação de áreas com 
populações (potencialmente) expostas ao solo contaminado, priorização das áreas 
mais críticas para atuação, avaliação do risco de exposição e desenvolvimento de 
protocolos de vigilância e atenção à saúde das populações. Há dados do período 
2001-2008 dos estados e municípios que apontam que 2,1 milhões pessoas vivem 
potencialmente expostas a contaminantes químicos, residindo em uma das 2.527 
áreas com solo contaminado identificadas no Brasil (Portal Saúde, 2009). O Ministério 
do Meio Ambiente (MMA) publicou uma legislação nacional que regula a qualidade 
do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece as diretrizes para o 
gerenciamento ambiental de áreas contaminadas, a Resolução Conama 420/09. 
As questões ambientais referentes à atividade econômica têm então ocupado 
espaço crescente de investimento, tornando-se um fator diferenciador de 
competitividade das empresas. A adoção de sistemas de gestão ambiental integrados 
ao negócio tem se constituído em objeto de preocupação por parte das empresas 
industriais, tornando-se, portanto, necessário e urgente, um posicionamento frente às 
exigências de mudança, em termos de gestão ambiental. A redução do impacto 
ambiental tornou-se uma exigência para as empresas que desejam continuar atuando 
no mercado, tanto nacional quanto internacional. 
POLUIÇÃO QUÍMICA 
A poluição química é um dos tipos de poluição mais comuns. A classificação 
se refere principalmente à contaminação ambiental do solo e das águas, 
normalmente gerada pelo descarte incorreto de produtosquímicos. Alguns exemplos 
6 
 
 
de produtos que geram poluição química são os resíduos industriais, esgotos 
domésticos e resíduos descartados incorretamente, de forma proposital ou não. 
A poluição química ocorre por meio da presença de produtos químicos que são 
prejudiciais, os resultados provenientes dessa contaminação podem aparecer de 
forma imediata ou posteriormente, isso depende do tipo do poluente. 
Exemplos de Poluentes Químicos: 
 Produtos tóxicos minerais: 
- sais de metais pesados, 
- sais minerais, 
- mercúrio, 
- ácidos, 
- chumbo, 
- álcalis. 
7 
 
 
 
 Produtos tóxicos orgânicos: 
- fenóis, 
- hidrocarbonetos, 
- detergentes. 
A poluição química é provocada por dois tipos de poluentes que são classificados 
em: 
 Biodegradáveis: aqueles que são decompostos pela ação microbiana 
após determinado tempo. Alguns exemplos são os detergentes, 
inseticidas, fertilizantes entre outros. 
8 
 
 
 Persistentes: se mantêm por longos períodos no meio ambiente e nos 
organismos. Podem causar a contaminação de peixes e crustáceos. 
Alguns exemplos destes poluentes são o DDT e o mercúrio. 
A poluição química pode ser intencional ou acidental. A mais comum é a primeira 
forma, pois muitas indústrias despejam produtos químicos em rios, lagos ou 
diretamente na rede de esgoto da cidade, não fazendo o devido tratamento. É comum 
também a ocorrência de poluição na zona rural, através da contaminação do solo pelo 
uso excessivo e irregular de pesticidas. 
Os poluentes químicos podem ainda ser divididos em agentes redutores, 
eutrofizantes e compostos tóxicos seletivos recalcitrantes: 
 Agentes redutores: 
São compostos químicos, dos quais os sais ferrosos são um exemplo, que ao 
serem lançados na água são facilmente combinados com o oxigênio dissolvido, 
diminuindo as taxas de oxigênio livre. Essas reações entre agentes químicos e o 
oxigênio dissolvido são muito utilizadas em laboratório para determinar a chamada 
DQO - Demanda Química de Oxigênio -, que representa a quantidade de oxigênio 
necessária para oxidar a matéria orgânica de uma amostra. 
A facilidade da ocorrência destas reações faz com que muitos lançamentos 
irregulares de resíduos industriais reduzam a concentração de oxigênio dos cursos 
d'água. 
9 
 
 
 
 Agentes eutrofizantes: 
Agentes químicos fertilizantes da água, que podem levar à uma proliferação 
excessiva de micro-organismos (como algas microscópicas), possivelmente levando 
à eutrofização, quando a super proliferação destes organismos impede a passagem 
de radiação solar no ambiente aquático, prejudicando a vida neste ecossistema. 
10 
 
 
 
 Tóxicos seletivos recalcitrantes: 
Estes agentes químicos formam um grupo especializado. Exemplos: 
os detergentes sintéticos (não biodegradáveis), inseticidas e herbicidas sintéticos. 
São importantes poluentes químicos, pois interferem no pH da água, podendo 
torná-la mais ácida ou mais básica, provocando a morte de diversos organismos 
aquáticos, adaptados a uma situação de equilíbrio de pH. 
Além disso, eles afetam a salinidade das águas, alterando a permeabilidade 
das membranas que envolvem as células dos animais marinhos, podendo causar a 
morte desses organismos. 
Outro fenômeno causado por tóxicos seletivos recalcitrantes é a redução da 
tensão superficial da água. A tensão superficial é uma maior atração entre as 
moléculas da camada superficial da água, criando uma tensão entre elas, permitindo 
que uma infinidade de seres possam flutuar (como os patos) ou até caminhar sobre 
11 
 
 
ela (como no caso de alguns insetos). Veja abaixo a demonstração da tensão 
superficial da água, que produz um efeito parecido com o de uma película presente 
na superfície. 
 
Esses agentes químicos inseridos incorretamente na natureza provocam 
reações que acabam por desequilibrar o meio, característica comum a todos os tipos 
de poluição. Dentre os prejuízos causados pela poluição química, além de muitas 
vezes tornar impróprios para a vida os ambientes onde o resíduo químico foi 
incorretamente depositado, há a possibilidade de contaminar organismos de outros 
ambientes por meio da cadeia alimentar, uma vez que esses poluentes podem se 
acumular nos organismos. 
12 
 
 
 
 Poluição química do solo: 
É um tema pouco explorado, mas gera graves problemas, assim como 
a poluição do ar e da água. Ela acontece pela deposição, armazenamento, acúmulo, 
injeção, aterramento ou infiltração de produtos, no estado sólido, líquido ou gasoso, 
que provocam alterações na composição natural do solo, ou seja, provocam 
mudanças nas suas características físicas, químicas e biológicas. 
Por muito tempo, acreditou-se que o solo poderia receber de forma ilimitada 
resíduos de nossas atividades e substâncias tóxicas, funcionando como um filtro 
natural. Esse conceito errôneo fez com que por vários anos a superfície terrestre 
recebesse substâncias sem nenhum tipo de tratamento, o que gerou graves 
problemas, muitos deles irreversíveis. 
O solo normalmente é poluído pela ação do homem, mas processos 
naturais também podem causar esse transtorno. A urbanização, aterros 
sanitários, agricultura, pecuária e mineração, são exemplos de práticas humanas que 
agridem o solo. Como exemplos de fontes de poluição natural, podemos citar os 
maremotos, terremotos e as atividades vulcânicas. 
Os poluentes do solo podem ser diversos, assim como seus efeitos. 
Dependendo da substância que entra em contato com o solo, podem ser 
13 
 
 
desencadeados problemas como a inviabilização da sobrevivência de plantas e 
animais, alterações do ciclo do nitrogênio e desenvolvimento de doenças na 
população. 
Acredita-se que a principal causa de poluição dos solos seja o uso 
de agrotóxicos, usados na agricultura para diminuir o número de pragas que 
destroem plantações. Esses produtos, muitas vezes lançados sem nenhum controle, 
são capazes de contaminar organismos, serem incorporados à cadeia alimentar e, 
consequentemente, gerar desequilíbrios ambientais. 
 
Os poluentes podem atingir os lençóis freáticos, contaminando cursos d’água 
próximos e muitas vezes tornando o terreno impróprio para a agricultura e até para a 
construção civil. Quando o ser humano entra em contato com águas e solos 
contaminados por produtos químicos, existe a possibilidade de desenvolvimento de 
doenças. Dependendo do tipo de poluição química e da concentração na qual se 
encontra, esse contato pode até provocar óbito. 
Outro problema que acontece no solo proveniente da poluição química é em 
relação à quebra da cadeia de microfauna (minhocas, formigas, besouro, fungos, 
bactérias) presente no litossolo, que favorece a fertilidade do solo por meio da 
interatividade entre os organismos. O solo contaminado destrói esses seres vivos, 
14 
 
 
perde a fertilidade, tornando-se estéril, sendo necessária uma aplicação cada vez 
maior de insumos agrícolas. 
Além do uso de agrotóxicos, outro tipo de poluição que se destaca é a 
destinação inadequada de esgoto doméstico. Além de provocar a poluição do solo, 
esses produtos desencadeiam a contaminação, isto é, a presença de organismos 
capazes de provocar doenças em seres humanos e em outros animais. 
O lixo descartado de maneira inadequada também pode provocar poluição do 
solo. Lixo tóxico e até mesmo radioativo pode ser lançado sem o menor tratamento, 
provocando doenças, danos ao ambiente e contaminando até mesmo os lençóis 
freáticos. 
 
Para solucionar o problema da poluição do solo é fundamental que sejam 
realizadas fiscalizações constantes com o objetivo de diminuir o despejo inadequado 
de resíduos. Além disso, é importante que sejam criados aterros sanitários, que a 
coleta seletiva e a reciclagem sejam realizadas e que as atividades agropecuárias 
sejam controladas, diminuindo-se principalmente o uso de fertilizantes e agrotóxicos. 
 Poluição química das águas: 
Ocorrepor produtos químicos nocivos e indesejáveis, sendo essa a mais 
problemática de todas as poluições das águas que estamos citando, pois seus efeitos 
podem ser sutis e demorar muito tempo para serem percebidos. 
15 
 
 
Entre os principais poluentes químicos estão os fertilizantes agrícolas, sendo 
que esse tipo de poluição e as suas consequências (como o fenômeno da 
eutrofização). Outros poluentes são compostos sintéticos, como plásticos, herbicidas, 
inseticidas, tintas, detergentes, solventes, remédios e aditivos alimentares. Há 
também os derramamentos de petróleo por acidentes de navios que transportam esse 
combustível ou mesmo no momento da perfuração e extração, pois as jazidas 
petrolíferas ficam a maioria, no fundo do mar. 
 
Além disso, o descarte de compostos inorgânicos e minerais, como os metais 
pesados, podem causar intoxicações, morte ou deformações como, por exemplo, os 
tumores que cresceram em uma tartaruga foram causados por pesticidas e poluição 
na foto abaixo. 
16 
 
 
 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 
Substâncias químicas estão presentes em toda parte e em todos os 
compartimentos ambientais, assim como as plantas ou a água. Toda matéria é 
constituída por substâncias químicas, inclusive nossos alimentos, bebidas, roupas, 
medicamentos, plantas e nós mesmos. Apesar de se acreditar que uma substância 
que se apresente “naturalmente” no ambiente seja inofensiva, em algumas situações 
isso não ocorre. De fato, algumas substâncias de ocorrência natural, ou seus 
derivados, podem ser tão nocivas ao homem e ao ambiente quanto as produzidas 
pelo homem (sintéticas), como: pesticidas, drogas terapêuticas e solventes usados 
na indústria. A natureza é capaz de produzir uma vasta lista de substâncias químicas 
tóxicas. Além disso, o ambiente natural pode apresentar diversos outros fatores de 
risco aos humanos, como a radiação, bactérias, fungos, vírus, plantas e certos gases. 
Podem-se citar diversas substâncias químicas que ocorrem naturalmente e 
têm como resultado efeitos adversos à saúde humana. A seguir, algumas delas estão 
descritas e incluem: fluoreto, arsênio, contaminantes naturais de alimentos, como 
micotoxinas e toxinas produzidas por bactérias encontradas em alimentos. Embora 
esta lista certamente não esteja completa, vários estudos de caso podem ajudar a 
ilustrar por que algumas vezes substâncias químicas naturais podem ser tão danosas 
à saúde quanto às sintéticas. 
17 
 
 
Como substâncias químicas são encontradas em toda parte, há várias fontes 
de substâncias tóxicas, como: ar, água, alimentos, ambiente de trabalho, 
medicamentos, pesticidas, solventes, hidrocarbonetos naturais e produtos de sua 
combustão, cosméticos, toxinas que ocorrem naturalmente (micotoxinas, toxinas 
microbianas, vegetais e animais). As pessoas também podem estar expostas a outros 
poluentes ambientais, como asbesto (ou amianto), monóxido de carbono, fumaça de 
cigarro, chumbo, mercúrio, micro-ondas, campos eletromagnéticos, ozônio, chuva 
ácida e compostos orgânicos voláteis, para citarmos alguns. 
No mapa mental abaixo, é possível ver alguns casos em que as substâncias 
químicas (e o homem) modificam o ambiente em que estão habituados. 
 
Para um melhor entendimento: 
1- Óleo de Cozinha: Quando o esgoto sem tratamento chega a um rio, o óleo 
de cozinha misturado ao esgoto irá poluir esse corpo hídrico, porém isso 
depende da carga de esgoto que o rio suporta. O Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA) apresenta uma resolução que estabelece 
limites para lançamento de óleos vegetais e gorduras animais em corpos 
hídricos receptores de esgoto (efluente) de até 50 miligramas por litro 
18 
 
 
(mg/L), sendo que a partir deste valor, o óleo de fritura polui mais 25 mil 
litros de água, o que já é um valor bem alto. O impacto causado pelo óleo é 
a diminuição de oxigênio dissolvido na água, por meio da atividade de 
micro-organismos que degradam o óleo e ao mesmo tempo consomem 
muito oxigênio - isso provoca a morte da fauna aquática. 
 
2- Esgoto Doméstico: Esgoto doméstico são todos os resíduos líquidos que 
saem de uma propriedade. Caracterizado pela água do chuveiro, descargas 
da privada, das pias e ralos. Quando despejado em rios ou córregos 
contaminam o meio ambiente. 
19 
 
 
 
 
3- Fertilizantes Químicos e Pesticidas: Fertilizantes químicos são 
elementos utilizados na agricultura convencional. Sua aplicação esta 
vinculada ao desenvolvimento dos cultivares e no caso dos pesticidas, na 
eliminação de pragas. Se não for feito de forma adequada a fertilização 
pode contaminar açudes (barreira artificial, feita em cursos de água para a 
retenção de grandes quantidades de água) e lençóis freáticos. Sua 
contaminação se da pelo aumento de determinados elementos na água, 
tais como: Enxofre, Cobre e magnésio; esses elementos podem 
proporcionar o aumento vertiginoso de micro-organismos e em altas 
quantidades podem ser prejudiciais à saúde. 
20 
 
 
 
4- Resíduos Sólidos: Quaisquer resíduos sólidos levados pelas chuvas ou 
mesmo descartados em córregos e riachos. Sua presença é uma ameaça 
a fauna aquática, matando por sufocamento e impedindo o curso natural 
das águas em alguns casos. 
 
5- Petróleo: O petróleo é uma substância tóxica que causa diversos tipos de 
poluição ambiental. Dessa forma, o derramamento de petróleo nos mares 
e oceanos causa danos profundos ao meio ambiente. 
21 
 
 
 
6- Metais Pesados: Contaminação por descarte inadequado de produtos que 
contenham tais elementos ou por indústrias que se utilizam de 
catalisadores que contenham metais pesados. Seus malefícios estão no 
fato destes produtos serem tóxicos para uma grande maioria de animais e 
plantas, nos seres humanos são responsáveis pelo aparecimento de 
tumores e mau funcionamento do organismo. 
 
7- Lixo Nuclear: Dejetos provenientes da manipulação de elementos 
contendo radiação, normalmente despejados por 
usinas Termoeléctricas Radioativas quando não possuem mais uso. Sua 
22 
 
 
contaminação causa degeneração e morte celular, seus riscos são muito 
estudados. A contaminação por radiação demora a se dissipar. 
 
8- Micotoxinas: são formadas dos fungos, se esses fungos crescerem em 
alimentos (grãos e produtos finais) e ingeridas em grandes quantidades 
pode apresentar risco de saúde. 
 
9- Chorume: Líquido que escorre dos lixões, composto por milhares de 
elementos desde compostos orgânicos até metais pesados. Quando 
23 
 
 
acomodado em locais inapropriados pode se infiltrar no solo e contaminar 
os lençóis freáticos. 
 
10- Metilmercúrio: O metilmercúrio é um poluente que surge da organização 
do mercúrio que é jogado em rios e em garimpos de ouro. O homem pode 
se intoxicar com essa substância ao ingerir um peixe contaminado por este 
poluente; sua contaminação pode acarretar em lesões no sistema nervoso. 
 
24 
 
 
Estes resíduos ainda causam um impacto irreversível ao meio ambiente. O 
planeta já apresenta sinais claros de que ações impensadas do homem que estão 
acabando com nosso bem estar. O aquecimento global, que provoca o derretimento 
de geleiras, enchentes, desastres naturais e desordem de temperatura são sinais 
claros, que estão fazendo com que os homens comecem a se conscientizar de seu 
papel na preservação. 
IMPACTOS DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 
As indústrias são economicamente importantes para os países, empregam 
milhões de pessoas por todo o mundo e desempenham papel importante em sua vida. 
Apesar de bem regulamentadas em alguns países, as indústrias têm sido a fonte de 
contaminação ambiental e humana por muitas substâncias químicas. É importante 
lembrar que as indústrias não são apenas as fábricas, mas incluem a mecanização 
da agricultura, navios e outras embarcações, as refinarias e plataformas de petróleo 
instaladas no oceano, os caminhões usados para transportar matéria-prima e as 
mercadorias produzidaspelas fábricas. Ainda que estejam por toda a parte e 
desempenhem papel importante em nossa vida, a maioria das atividades das 
indústrias tem potencial para gerar emissões gasosas, resíduos líquidos e sólidos, 
que podem conter uma variedade de poluentes químicos. 
Se os procedimentos industriais adequados e todas as precauções são 
seguidos, a população está protegida da exposição às substâncias químicas 
provenientes da indústria, mas falhas podem ocorrer. Um exemplo de contaminação 
ambiental por substância industrial é a descarga acidental de mercúrio inorgânico, 
levando à subsequente exposição humana a metilmercúrio. Exposição intensa às 
substâncias químicas é frequentemente observada entre os trabalhadores que atuam 
em indústrias, sendo conhecida como exposição ocupacional. 
Não é surpresa encontrar, em alguns casos, alta incidência de doenças 
relacionadas a substâncias químicas provenientes do ambiente de trabalho. 
25 
 
 
 
Pouco mais de um terço (35%) dos casos de doença cardíaca isquêmica, a 
principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo, e cerca de 42% dos 
acidentes vasculares cerebrais, o segundo maior contribuinte para a mortalidade 
global, podem ser prevenidos pela redução ou eliminação da exposição a substâncias 
químicas, tais como a poluição do ar ambiental, a poluição do ar doméstico, o 
tabagismo passivo e o chumbo. 
Substâncias químicas como metais pesados, agrotóxicos, solventes, tintas, 
detergentes, querosene, monóxido de carbono e fármacos provocam intoxicações 
não intencionais em casa e no local de trabalho. Estima-se que a intoxicação não 
intencional provoque 193.000 mortes por ano, sendo a maior parte por exposição 
evitável a substâncias químicas. 
A lista de substâncias químicas classificadas como carcinógenos humanos que 
contam com evidências suficientes ou limitadas é longa. Estima-se que os 
carcinógenos ocupacionais causem entre 2% e 8% de todos os cânceres. Na 
população em geral, estima-se que 14% dos cânceres de pulmão sejam atribuíveis à 
26 
 
 
poluição do ar ambiental, 17% à poluição do ar doméstico, 2% ao tabagismo passivo 
e 7% aos carcinógenos ocupacionais. 
A exposição a certas substâncias químicas, como o chumbo, está associada a 
um pior desenvolvimento neurológico em crianças e aumenta o risco de transtorno do 
déficit de atenção e deficiência intelectual. A doença de Parkinson foi associada à 
exposição aos agrotóxicos. Existem suspeitas de outras associações com transtornos 
mentais, comportamentais e neurológicos, embora as evidências sejam mais 
limitadas. 
A poluição do ar e o tabagismo passivo são fatores de risco para resultados 
adversos da gravidez, como baixo peso ao nascer, prematuridade e morte ao nascer. 
Por exemplo, foi estimado que a exposição pré-natal ao tabagismo passivo aumenta 
em 23% o risco global de morte ao nascer e em 13% o risco de malformações 
congênitas. Além disso, existem possíveis associações entre várias substâncias 
químicas e resultados adversos da gravidez ou malformações congênitas, embora as 
evidências sejam limitadas. 
A catarata, a mais importante causa de cegueira em todo o mundo, pode ser 
causada pela exposição à poluição do ar doméstico. Foi estimado que a exposição à 
fumaça de fogões domésticos é responsável por 35% da carga de doença por 
catarata em mulheres e por 24% da carga global de doença por catarata. 
O tabagismo passivo e a poluição do ar também são responsáveis por 35% 
das infecções respiratórias inferiores agudas, incluindo pneumonia, bronquite e 
bronquiolite, as mais importantes causas de morte em crianças, e também estão 
ligados a infecções respiratórias altas e otite média. 
Mais de um terço (35%) da carga global de doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC) é causado pela exposição a substâncias químicas no tabagismo passivo, na 
poluição do ar ou por gases, fumaças ou pós ocupacionais. O tabagismo passivo e a 
poluição do ar podem reduzir a função pulmonar e predispor nascituros e crianças 
pequenas a doenças pulmonares. 
O tabagismo passivo e a poluição do ar podem provocar asma e aumentar a 
sua morbidade. Além disso, a poluição do ar provoca exacerbações de asma e 
aumenta as internações hospitalares relacionadas à doença. A asma provocada por 
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exposição ocupacional é uma das doenças mais frequentes relacionadas com o local 
de trabalho 
 
Mais de 800 000 pessoas morrem por suicídios a cada ano. Cerca de 20% dos 
suicídios poderiam ser evitados limitando-se o acesso a venenos (estimativa baseada 
num inquérito com especialistas e em dados epidemiológicos limitados). A 
autointoxicação com agrotóxicos é a principal forma de suicídio na Índia, na China e 
em alguns países da América Central. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Luciana Togeiro. Política Ambiental: uma análise econômica. 
São Paulo: Editora Unesp, 1998. 
DEMAJOROVIC, Jacques. Sociedade de risco e responsabilidade 
socioambiental: perspectivas para a educação corporativa. São Paulo: Senac, 
2003. 
FREITAS, Carlos M. et al. Acidentes químicos ampliados : a visão dos 
trabalhadores. In : Revista Saúde Pública, 29(6): São Paulo , 1995. 
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social 
corporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. São Paulo: 
Atlas, 2002. 
VIOLA, Eduardo e COSTA, Leila. Incertezas da sustentabilidade na 
globalização. Campinas: Editora Unicamp, 1996. 
WEINBERG, Jack. Um marco de ação para proteger a saúde humana e o 
meio ambiente das substâncias químicas tóxicas. Curitiba : Apromac, 2009.

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