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COORDENADORIA DE ENGENHARIA CIVIL Amanda Ayumi Taguti RA:2029213 Carlos Eduardo Penha Prado RA:2233740 Éverton Eduardo Lisbôa RA:2042752 Kerol in Fernanda Tessari RA:2225895 Walter Rafael de Oliveira Preto Junior RA:2200964 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA V I – BLOCOS INTERTRAVADOS Sorocaba/SP 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 REVISÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3.1 Es t ru tu ra de pav imen tos com b locos in te r t ravados de concre to . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3.2 In te r t ravamento dos b locos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.3 Mode lo de assen tamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3.4 Forma to dos b locos in te r t ravados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.5 Ap l icação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.6 Curva de Ab rahms . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 4.1 Mate r ia is u t i l i zados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 4.2 Memor ia l de cá lcu lo do p rocesso de carac te r ização . . . . . . . . . . . . 18 4.3 Deta lhamento do cá lcu lo das peças p ré -mo ldadas . . . . . . . . . . . . . . . 19 5 DESCRIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 5.1 P rodução dos b locos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 5.2 Montagem do pav imento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 6 CONSIDERAÇÕES F INAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3 1 INTRODUÇÃO A pav imen tação com b locos de conc re to in te r t ravados su rg iu no f ina l do sécu lo 19 , mas os avanços no uso da pav imen tação oco r re ram após a Segunda Guer ra Mund ia l . Du ran te a década de 1990 , os b locos e ram comuns para vagas na Eu ropa e B ras i l , tan to na es t rada quan to na ca lçada . A tua lmente , a pav imen tação vem sendo desenvo lv ida com b locos de conc re to in te r t ravados, p r inc ipa lmente em pa rques, p raças , ca lçadas e ruas e te r raços . Os avanços na u t i l i zação de b locos in te r t ravados se devem às suas van tagens , que inc luem menores cus tos de manutenção , remoção de á reas e reap rove i tamento de ap rox imadamente 95% das peças. Após pav imenta r , pessoas e ve ícu los podem se des loca r imed ia tamen te , e não p rec isa espe ra r o tempo de p rocessamento ; O p rocesso não reque r p ro f i ss iona l , é fác i l de ins ta la r e possu i uma va r iedade de cores e fo rmatos . A es t ru tu ra do pav imento dependerá da dens idade de t rá fego da v ia e da na tu reza do so lo que fo rma o subso lo . A es t ru tu ra des te t ipo de método pode cons is t i r nas segu in tes camadas : sub le i to , sub -base , base , camada de assen tamento e camada de ro lamen to . A espessu ra do b loco pode var ia r de 6 cm a 10 cm. O b loco de 6cm é u t i l i zado em loca is como ca lçadas e p raças púb l icas , os b locos de 8 cm são u t i l i zados em v ias de t rá fego in tenso e os b locos de 10cm são u t i l i zados em á reas de t rá fego pesado. Os b locos de conc re to in te r t ravados res is tem ao mov imen to de c isa lhamen to ind iv idua l , se ja ver t ica l , ho r i zon ta l , ro tac iona l ou ro tac iona l , em re lação às suas seções ad jacen tes . Pa ra ob te r a res is tênc ia necessár ia pa ra supor ta r as fo rças , as supe r f íc ies das peças devem con te r mate r ia is m ic roscóp icos que as to rnem l i sas e res is ten tes ao desgas te . Pa ra ga ran t i r o a l inhamento en t re as peças , as d imensões do devem se r espec i f i cadas para que a fo lg a en t re as jun tas do se ja pequena. 4 Embora a cons t rução de p isos com b locos de conc re to in te r t ravados se ja uma a t iv idade bas tan te d i fund ida e comumen te u t i l i zada , a tua lmente há ca rênc ia de pesqu isas sobre o tema . Em ge ra l , na p rá t ica da engenhar ia , o p ro je t o desses reves t imentos não é pu ramente técn ico e , em mu i tos casos , nem são rea l i zados tes tes pa ra desc reve r os ma ter ia is u t i l i zados . 2 OBJETIVO A propos ta da a t iv idade des t ina -se ao es tudo da u t i l i zação de ag regados rec ic lados , p igmentos no conc re to e p r odução de peças de b locos in te r t ravados . A equ ipe deve rá p roduz i r t rês t raços de conc re to , mo lda r os b locos in te r t ravados que deverão se r ob r iga to r iamente montados / rep resen tados em uma área mín ima de 1m² . Todo o p roced imento de sepa ração , geomet r ia e carac te r ização dos mate r ia is (de te rminação das massas espec í f icas e g ranu lomet r ia ) deve rá se r reg is t rado po r me io de levan tamento fo tog rá f i co . 3 REVISÃO TEÓRICA Os b locos in te r t ravados são conhec idos po r suas van tagens, como fac i l idade e ve loc idade de pav ime ntação para t rá fego , acesso a redes sub te r râneas e fac i l idade de manutenção. De aco rdo com F io r i t i (2007 ) , se fo rem segu idos a lguns requ is i t os bás icos , como base bem execu tada pa ra o assen tamento , b locos de qua l idade e ins ta lação adequada, a pav imen tação p ode a t ing i r uma v ida ú t i l de 25 anos. A lém das van tagens desse mate r ia l , e le se des taca pe la sus ten tab i l idade amb ien ta l , po is sua compos ição tem a poss ib i l idade de ap rove i tamento de res íduos, e o b loco é semipe rmeáve l , o que con t r ibu i pa ra a d renagem u rban a . A tua lmente , é poss íve l encon t ra r uma g rande var iedade de 5 mode los , tamanhos e co res de b locos . Ca rac te r ís t i cas dos b locos de concre to : • Abso rvem menos luz so la r , o que ev i ta o desconfo r to causado pe lo aumen to excess ivo da tempera tu ra do a r amb ien te ; • Podem te r capac idade es t ru tu ra l e va lo r pa isag ís t ico ; • Pe rmi te fác i l repa ração caso ocor ram subs idênc ias que pre jud iquem a capac idade es t ru tu ra l do pav imento ; • Assegu ra o fác i l acessoaos serv i ços sub te r râneos e as repa rações não de ixam ves t íg ios v is íve is ; • Os b locos são reu t i l i záve is ; • Não reque r t raba lho espec ia l i zado ; • Os mate r ia is chegam ao loca l p ron tos pa ra serem d is t r ibu ídos ; • L ibe ração ráp ida de t rá fego imed ia tamente após a conc lusão . 3.1 Es tru tura de pavimentos com b locos in te r t ravados de concre to De aco rdo com Senço (1997 apud D ’AGOSTINI , 2010 ) , o pav imento é a es t ru tu ra cons t ru ída sobre a te r rap lenagem e des t inada , econômica , técn ica e s imu l taneamente a : a ) res is t i r e d is t r ibu i r os es fo rços ve r t ica is o r iundos do t rá fego ; b ) me lho ra r as cond ições de ro lamento quan to ao con fo r to e segu rança ; c ) res is t i r aos es fo rços hor i zon ta is (desgaste ) , to rnando ma is du ráve l a supe r f í c ie de ro lamento . A es t ru tu ra do pav imen to in te r t ravado carac te r iza -se pe lo reves t imento em b locos , com a l ta du rab i l i dade e res is tênc ia , assen tados sobre uma camada de a re ia , a base , a sub -base e o sub le i to . O reves t imento e a a re ia de assen tamento são con t idos la te ra lmente , em ge ra l , po r me io - f io . E o re jun tamento en t re os b locos é fe i to com a re ia . A F igu ra 3 mos t ra uma seção t ransve rsa l t íp i ca do pav imento com b locos in te r t ravados de conc re to . 6 O pav imento é uma es t ru tu ra cons t ru ída sob re um ta lude de te r ra , cu ja f i na l idade econômica , técn ica e s imu l tânea é : a ) supor ta r e d is t r ibu i r as tensões ve r t ica is causadas pe lo t rá fego ; b ) me lho ra r as cond ições de condução em te rmos de con fo r to e segu rança ; c ) res i s t i r ao es fo rço ho r i zon ta l (desgas te ) , o que to rna a supe r f í c ie de apo io ma is du ráve l . A es t ru tu ra do pav imen to in te r t ravado é carac te r izada po r b locos de pav imentação de a l ta res is tênc ia e du rab i l idade , que são depos i tados sob re a camada de a re ia , a base , a sub -base e o sub le i to . O pav imento e a camada de a re ia são fechados la te ra lmente , ge ra lmente com me io - f io . E a junção dos b locos é fe i t a com a re ia . A F igura 1 most ra uma seção t ransve rsa l t íp ica de um pav imento de b locos de conc re to in te r t rav ado. F i g u r a 3 . 1 - Es t r u t u r a d o p a v i m e n t o c o m b l o c o s i n t e r t r a v a d o s d e c o n c r e t o F o n t e : ( M u l l e r , 2 0 0 5 ) A espessu ra das camadas do pav imento t ravado depende das segu in tes carac te r í s t icas : • In tens idade do t rá fego que c i rcu la no pav imen to ; 7 • E lementos fundamenta is da pa isagem; • Qua l idade de mater ia is de ou t ras camadas. As p r inc ipa is funções des tes e lement os são descr i t as aba ixo : a ) Sub le i to O sub le i to (es t ru tu ra f ina l do so lo sob re a qua l se rá cons t ru ída a pav imentação) deve ser n ive lada e compactada du ran te o p ro je to an tes da co lagem das camadas subsequentes . Uma sub -base é cons ide rada p ron ta para receb e r uma base ou sub - base se sua capac idade de supor te , ge ra lmente exp ressa pe lo Ca l i fo rn ia Suppo r t Index ( ISC) , fo r igua l ou super io r a 2% e a expansão vo lumét r ica fo r de 2%confo rme p ro je to de f in ido . O ob je t i vo é fo rnece r uma supe r f í c ie de t raba lho f i xa na qua l a sub - base e a base podem se r compac tadas. b ) Sub -base A sub-base pode ser g ranu la r , so lo se lec ionado, so lo t r i tu rado ou t ra tado com ad i t i vos como o so lo me lho rado de c imento Por t land . O mate r ia l da sub -base também pode ser de f in ido pe lo ISC mín imo ex ig ido . c ) Base A base é uma camada que recebe as tensões d is t r ibu ídas ao reves t imento , e sua p r inc ipa l função é p ro teger es t ru tu ra lmente o subs t ra to con t ra ca rgas ex te rnas , ev i tando de fo rmações e danos ao reves t imento ap l icado . d ) Camada de Assentamen to A f ina l idade da camada de assen tamento é a tua r como uma base pa ra a co locação dos b locos e fo rmar uma supe r f í c ie l impa sob re a qua l os b locos podem se r co locados e leva r em con ta suas poss íve is to le rânc ias d imens iona is . A camada de assen tament o tem função es t ru tu ra l dev ido à r ig idez do conc re to e também pe lo s is tema de t ravamen to dos b locos , mas 8 pode ap resen ta r uma pequena de fo rmação no in í c io de uso dev ido à adaptação da camada . No Bras i l , a camada de b locos sempre cons is te em are ia con tendo não ma is que 5% de s i l t e e a rg i la (em massa ) e não ma is que 10% do mate r ia l re t i dos na pene i ra abe r ta de 4 ,8 mm. A fo rma dos g rãos de a re ia u t i l i zados a fe ta d i re tamen te o compor tamento e a de fo rmação do pav imento de b loque io , po is as pa r t ícu las angu la res po ssuem ma io r coe f i c ien te de a t r i t o , resu l tando em melho r d is t r ibu ição de fo rças . e ) B locos de conc re to in te r t ravado – Camada de ro lamento A Camada de ro lamento tem t rês e tapas de execução, sendo a p r ime i ra o assen tamento dos b locos , a segunda o acabamen to das bo rdas e me ios f ios , e a te rce i ra e ú l t ima e tapa a v ib ração sobre a á rea já conc lu ída . Ao co locar os b locos in te r t ravados , é necessá r io ev i ta r o mov imen to das peças já ins ta ladas e desn íve is na camada g rossa . O ins ta lado r deve co loca r b loco a b loco de fo rma que o novo b loco toque o já co locado e des locá - lo ve r t i ca lmente pa ra ba ixo a té encos ta r na camada de mon tagem. A ins ta lação dos b locos de t ravamento pode ser fe i ta com equ ipamentos au tomat i zados , a lguns pa íses u t i l i zam essa tecno log ia há ma is tempo . f ) Contenção la te ra l Ba r re i ras la te ra is , ex te rnas e in te rnas , ga ran tem es ta cond ição se a conexão das peças de conc re to fo r e fe t i va . Pa ra p ro teção , um l im i te deve se r co locado os me ios f ios esco rados para supo r ta r fo rças ho r i zon ta is . 3.2 Inter t ravamento dos b locos In te r t ravamento dos b locos é a capac idade que a comb inação desses b locos em um ún ico s i s tema fo rnecendo res is tênc ia a 9 mov imentos de des locamento ind iv idua is . A res is tênc ia ao mov imento que cada b loco a t inge em re lação aos b locos ad jacen tes nas d i reções ho r izon ta l , ve r t ica l e ro tac iona l ca rac te r i za o p r inc íp io fundamenta l do pav imen to . O t ravamento ho r izon ta l tem como a incapac idade dos b locos de se move rem ho r izon ta lmen te em re lação aos b locos v i z inhos e con t r ibu i r pa ra a d i s t r ibu ição de fo rças d e c isa lhamento hor i zon ta is no t rá fego , p r inc ipa lmente em á reas de ace le ração e f renagem. Ao p reenche r e compacta r com a re ia , as emendas são responsáve is pe lo bom t ravamento do pav imento , po r tan to independe dos fo rmatos dos b locos . 3.3 Modelo de assentamento O mode lo de ins ta lação se lec ionado a fe tatan to a es té t i ca do reves t imento quanto seu desempenho , pesqu isadores d isco rdam sob re os e fe i tos da camada t ipo em sua du rab i l idade . A f igu ra 2 mos t ra a lguns dos t ipos de mon tagem dos b locos de t ravamento . 10 F i g u r a 3 . 2 - M o d e l o s p a r a o a s s e n t a m e n t o F o n t e : ( M u l l e r , 2 0 0 5 ) A ins ta lação de b locos in te r t ravados , conhec idos como esp inha de pe ixe , tem melho r desempenho e menor de fo rmação pe rmanen te re lac ionada ao t rá fego , enquanto as cobe r tu ras em l i nha causam ma io res de fo rmações, p r inc ipa lmente quando o assen tamento é pa ra le lo à d i reção do t rá fego . 11 3.4 Formato dos b locos in te r t ravados Os b locos in te r t ravados podem se r fe i tos em qua lque r fo rmato . A lguns mode los se des tacam po r se rem os ma is u t i l i zados. Os pesqu isadores não consegu i ram conco rda r sob re a me lho r fo rma de t ravamento de b locos . O ún ico requ is i to recomendado pa ra o fo rmato de b loco é que e le pe rm i ta o assen tamen to em caso de m ixagem b id i rec iona l . F i g u r a 3 . 3 – P o s s í v e i s f o r m a s d e b l o c o s d e c o n c r e t o f i x a d o s e n t r e s i F o n t e : ( M u l l e r , 2 0 0 5 ) 3.5 Apl icação Os b locos de conc re to po r sua fac i l i dade de uso e ap l icação podem se r ado tados em ca lçadas , ruas es t radas, c ic lov ias , pa rques e ga ragens. Quanto ao fo rmato e tamanho dos b locos a NBR 12 9781 /2013 de te rmina que ex is tem 4 t ipos de p ios : re tangu la r , ún ico , geomét r i co ca rac te r í s t ico e con jun to . As peças também p rec isam te r no máx imo 250mm em la rgu ra e compr imento , espessu ra mín ima de 60mm e res is tênc ia mín ima de 35 Mpa. A lém d isso , a espessu ra possu i recomendações p róp r ias . As peças de 6 cm são ind icadas apenas pa ra t rá fego leve de pedest re , como ca lçadas e cam inhos , con fo rme tabe la da no rma NBR 9781 /2013 . T a b e l a 3 . 1 – R e s i s t ê n c i a c a r a c t e r í s t i c a a c o m p r e s s ã o F o n t e : ( As s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d e N o r m a s T é c n i c a s , 2 0 1 3 ) Po r ou t ro lado , para espessu ras de 8 cm já é poss íve l t rá fego de ve ícu los e cam inhões leves , como em ruas de condomín ios e v ias púb l icas de méd ia mov imen tação de ve ícu los . Em con t rapa r t ida , no caso de espessu ras de 10 e 12cm é poss íve l ap l i ca r os b locos em ruas com a l to mov ime nto de pedest res e ve ícu los , como ca lçadões que recebem t rá fego in tenso . 3.6 Curva de Abrahms O fa to r ma is impor tan te pa ra de f in ição da res is tênc ia do conc re to é o fa to r água /c imento . Quan to menor fo r es te fa to r ma io r será a res is tênc ia do conc re to . Ab ram s fo i quem p r ime i ro conheceu es ta re lação de dependênc ia em seu t raba lho pub l i cado em 1919. Com base em pesqu isas labo ra to r ia i s Ab rams demonst rou que a res is tênc ia do 13 conc re to depend ia das p rop r iedades da pas ta de c imento endu rec ida , a qua l e ra uma função d i re ta do fa to r água /c imento . A Le i de Ab rams é u t i l i zada pa ra a fo rmação da curva de cor re lação do fa to r água/c imento em função de uma dada res is tênc ia a compressão do concre to pa ra uma de te rminada idade . 4 METODOLOGIA A cons t rução d o pav imen to com b locos in te r t ravados deve segu i r a lguns pa râmet ros como demonst rado na tabe la a segu i r : T a b e l a 4 . 1 - P a r â m e t r o s d e c o n s t r u ç ã o F o n t e : ( U n i v e r s i d a d e P a u l i s t a , 2 0 2 2 ) Pa ra o fab r i ca r o pav imento será u t i l i zado b locos com as med idas de 6 cen t ímet ros de espessu ra , 20 cen t ímet ros de compr imento e 10 cen t ímet ros de la rgu ra . 4.1 Mater ia is u t i l i zados Para a p rodução dos b locos de concre to deve rá se r u t i l i zado t rês t ipos de t raços : • T raço de re fe rênc ia com o uso de ag regado v i rgem ; 14 • T raço com ag regado rec ic lado ; • T raço com ad ição de p igmento . Pa ra a p rodução do t raço de re fe rênc ia fo i u t i l i zado o ag regado con fo rme fo to a segu i r : F i g u r a 4 . 1 – A g r e g a d o V i r g e m g r a ú d o F o n t e : A u t o r e s Pa ra a p rodução do t raço com agregado rec ic lado fo i u t i l i zado mate r ia l re t i rado d i re tamen te das sob ras de uma pedre i ra . 15 F i g u r a 4 . 2 – S o b r a s d a p e d r e i r a F o n t e : A u t o r e s F i g u r a 4 . 3 – M a t e r i a l c o l e t a d o F o n t e : A u t o r e s V isando mante r uma un i fo rm idade no mater ia l rec ic lado fo i u t i l i zada uma pene i ra pa ra f i l t ragem do mate r ia l . 16 F i g u r a 4 . 4 – P e n e i r a u t i l i z a d a F o n t e : A u t o r e s F i g u r a 4 . 5 – V e r i f i c a ç ã o d o e s p a ç a m e n t o d a p e n e i r a F o n t e : A u t o r e s Pa ra a p rodução do t raço com p igmento fo i u t i l i zado p igmen to em pó nas co res azu l e amare la con fo rme imagens a segu i r : 17 F i g u r a 4 . 6 – P i g m e n t o e m p ó a z u l F o n t e : ( L u i z c a s a e c o n s t r u c a o , 2 0 2 2 ) F i g u r a 4 . 7 – P i g m e n t o e m p ó a m a r e l o F o n t e : ( S S C o n s t r u c a o , 2 0 2 2 ) Com o in tu i to de fab r ica r os b locos com med idas f i é is a tabe la 4 .1 , fo i u t i l i zada uma fo rma de fabr i cação de med idas 20x10x6cm 18 para 8 b locos . Aba ixo fo to da fo rma: F i g u r a 4 . 8 – F o r m a 2 0 x 1 0 x 6 c m p a r a 8 b l o c o s F o n t e : A u t o r e s Fo i u t i l i zado o c imento Po r t land CP I I – E -32 na fab r icação dos b locos . 4.2 Memoria l de cá lcu lo do processo de carac ter ização Com base na cu rva de Ab rams e na no rma NBR 9781 /2013 , fo ram de f in idas as massas especí f icas e un i tá r ias de cada mate r ia l . Confo rme a no rma NBR 9781 /2013 , pa ra pav imentos com so l i c i tação de t rá fego de pedes t res , ve ícu los leves e ve ícu los comerc ia i s de l inha , a res is tênc ia ca rac te r í s t ica à compressão ( fpk ) aos 28 d ias deve rá ser ma io r ou igua l a 35 Mpa. Com isso ob temos , a pa r t i r da curva de Ab rams , uma re lação água /c imento de 0 ,46 pa ra o c imento de res is tênc ia no rma l aos 28 d ias de 32 Mpa . 19 G r á f i c o 4 . 1 – C u r v a d e A b r a m s F o n t e : ( U n i v e r s i d a d e P a u l i s t a , 2 0 2 2 ) Com a re lação água /c imento de f in ida , pode -se ca lcu la r o t raço do concre to , que fo i de f in ido como sendo na p ropo rção de 1 :2 ,5 :3 ,5 :0 ,46 (C imento : Ag regado Miúdo : Ag regado Graúdo : Àgua) . 4.3 Deta lhamento do cá lculo das peças pré -moldadas A área pa ra a imp lementação do pav imen to possu i 1 ,3x1 ,3m, com i sso a geomet r ia de f in ida pa ra p reenche r todo o espaço , cons ide randob locos de 20x10cm, fo i a segu in t e : 20 F i g u r a 4 . 9 – G e o m e t r i a d e f i n i d a F o n t e : A u t o r e s 5 DESCRIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 5.1 Produção dos blocos Para a p rodução dos b locos fo i u t i l i zad a uma be tone i ra pa ra a m is tu ra do mate r ia l con fo rme t raço de f in ido no i tem 4 .2 e a fo rma demonst rada na f igu ra 4 .8 . 21 F i g u r a 5 . 1 – B e t o n e i r a F o n t e : A u t o r e s F i g u r a 5 . 2 – P r o d u ç ã o d o s b l o c o s F o n t e : A u t o r e s 22 5.2 Montagem do pavimento Pr ime i ramen te an tes de co loca rmos o p i so in te r t ravado devemos p repa ra r o so lo . O so lo p rec isa es ta r n i ve lado e assen tado pa ra as camadas segu in tes . Após o p repa ro do so lo , devemos rea l iza r a con tenção la te ra l , pa ra que não ha ja de fo rmação do pav imen to . Em segu ida , na sub -base é a co locação da camada g ranu la r compactada . Na camada logo ac ima se rá a base , que se rá a a re ia méd ia ou g rossa , onde são ins ta ladas as d renagens. Após co locamos os b locos a l inhados . Com os b locos co locados sa lgamos o p i so , ou se ja , espa lhamos a a re ia po r toda a supe r f í c ie e para que e la penet re em todos os vãos . E por f im é compactado o pav imento , pa ra que toda a a re ia en t re nos vãos , po r f im há a var r ição pa ra ob te r a l impeza do p iso . F i g u r a 5 . 3 – A b e r t u r a d e c a i x a p a r a m o n t a g e m d o p a v i m e n t o F o n t e : A u t o r e s 23 F i g u r a 5 . 4 – F a b r i c a ç ã o d a c o n t e n ç ã o l a t e r a l F o n t e : A u t o r e s F i g u r a 5 . 5 – C o m p a c t a ç ã o d a c a m a d a g r a n u l a r F o n t e : A u t o r e s 24 F i g u r a 5 . 6 – A p l i c a ç ã o d e a r e i a F o n t e : A u t o r e s 25 F i g u r a 5 . 7 – I n s t a l a ç ã o d o s b l o c o s F o n t e : A u t o r e s 26 F i g u r a 5 . 8 – G e o m e t r i a f i n a l F o n t e : A u t o r e s 27 F i g u r a 5 . 9 – E s p a l h a m e n t o d e a r e i a F o n t e : A u t o r e s 28 F i g u r a 5 . 1 0 – V a r r i ç ã o f i n a l F o n t e : A u t o r e s 6 CONSIDERAÇÕES F INAIS Os b locos in te r t ravados são u t i l i zados amp lamente nas cons t ruções, e les são s imp les , de fác i l p rodução e acess íve l , podendo se r u t i l i zado em todo t i po de cons t rução . A lém de sua u t i l idade e le tem impor tan te função em questões de pe rmeab i l idade , fa to r que tem impacto d i re to na saú de púb l ica , a fa l t a de permeab i l i dade a fe ta o so lo e tem g rande con t r ibu ição para se te r enchentes ou desmoronamento dev ido a g rande quant idade de chuva . Quando ap l i camos p igmen to na compos ição do b loco , podemos c r ia r geomet r ias ún icas que to rnam es te t ip o de pav imento a lém de func iona l , um pav imento es té t ico . Out ra van tagem é que pode se r p roduz ido a par t i r de mate r ia l rec ic lado , o que ge ra economia e redução de mate r ia l desca r tado no p lane ta . O pav imento e labo rado , d imens ionado e conceb ido nes ta a t i v idade ob teve sucesso em seu p ropós i t o , po is sup r iu a necess idade de um pav imento de fác i l manutenção , com a l to n íve l de d renagem e a l ta res is tênc ia a in temp ér ies . 29 BIBLIOGRAFIA A lme ida , E . S . , & Costa , J . S . (2007 ) . 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(2022 , Novembro 15 ) . SS Const rucao . Re t r ieved f rom SS const rucao : h t tps : / / ssconst rucao .com/wp - con ten t /up loads/2020 /07 /Coran te -em-po -Amare lo -500g - Xadrez . jpg Un ive rs idade Pau l i s ta . (2022 , Novembro 15) . Conteúdo - A t i v idade P rá t i ca Supe rv i s ionada VI . Re t r ieved f rom AVA UNIP EAD: h t tps : / /ava .ead .un ip .b r /webapps/b lackboa rd /con ten t / l i s tConte n t . j sp?cou rse_ id=_237476_1&conten t_ id=_2885617_1
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