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MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 1 A REVOLUÇÃO FRANCESA CONCEITO “Foi uma revolução burguesa, inspirada por ideais iluministas, que teve como resultado o fim do antigo regime e inseriu a França na era do capitalismo industrial.” SITUAÇÃO A França era um país absolutista na época. O rei governava com poderes absolutos, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário, e assim controlava a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina. CAUSAS ATRASO – SOCIAL POLÍTICO E ECONÔMICO. AZAR – A BASE DA ECONÔMIA ERA AGRÍCOLA E FORA ABALADA POR PÉSSIMAS COLHEITAS DEVIDO ÀS SUCESSIVAS ONDAS DE SECA. BURRICE – A MÁ GESTÃO DOS BOURBONS. SOCIEDADE A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo, estava o PRIMEIRO ESTADO, composto por bispos do Alto Clero, cerca de 120 mil pessoas que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Em seguida, o SEGUNDO ESTADO, a nobreza, formado pelo rei e sua família; a nobreza que desempenhava funções militares, a nobreza de espada, a nobreza de toga com funções jurídicas e a nobreza provincial que vivia das rendas da terra; cerca de 360 mil pessoas viviam de banquetes e do luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo TERCEIRO ESTADO, que se dividia entre membros do baixo Clero e da alta burguesia, que eram os grandes comerciantes, banqueiros e empresários, e pequena burguesia, com os profissionais liberais e funcionários públicos, os sans-cullotes, trabalhadores urbanos, desempregados e os camponeses, totalizando cerca de 90% da população. O terceiro estado sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados, que aumentavam em larga escala nas cidades francesas. Já a vida dos trabalhadores e dos camponeses era de extrema miséria; portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica. Figura://prof-tathy.blogspot.com/2016/04/iluminismo- resumo.html Figura://www.pinterest.pt/pin/656962664365176191/?lp =true Figura://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/p erdendo-hora.htm Figura:ARQUIVO - OFICINA DA HISTÓRIA-2018 Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Causas_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_Fra ncesa MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 2 POLÍTICA A França era um estado em que vigorava o modelo do absolutismo monárquico. O rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. As desastrosas administrações realizadas pelos Bourbons culminaram com o endividamento do estado francês. A isso, acrescentam-se as seguidas derrotas em diversas guerras, como a Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra, que fizeram o tesouro francês se esvaziar, além de ter determinado a perda de colônias lucrativas como o Canadá e a Índia. Luís XVI, dos Bourbons, era casado com Maria Antonieta, conhecida como a Austríaca, sendo que, além do absolutismo exagerado de ambos, realizavam gastos absurdos em artigos supérfluos e de um luxo desnecessário. ECONOMIA A agricultura era à base da economia francesa, e, nos campos, o desemprego também atingia os mais pobres, pois os grandes proprietários vinham modernizando o campo: cercavam as terras de uso comum para produzir cereais em larga escala e, consequentemente, os camponeses que delas sobreviviam ficam sem terra e sem trabalho. Em virtude da concentração de terras e dos pesados impostos cobrados no campo, a oferta de alimentos era pequena e seus preços elevados. Nesse período, a agricultura foi abalada por sucessivas ondas de secas e inundações, que geraram más colheitas, o que contribuía, ainda mais, para a existência de ondas de fome e desemprego. Assim, com os preços dos alimentos mais altos e como “estômagos famintos não tem ouvidos” – ditados popular da época da revolução francesa –, explodiram as famosas JACQUERIES – O capitalismo vinha se desenvolvendo e a burguesia ganhava importância social por meio da indústria, do empréstimo de dinheiro a juros e do comércio com o oriente, a América e a África. O estado absolutista representava obstáculos aos negócios da burguesia, pois a alta carga tributária encarecia os preços das mercadorias e o mercantilismo impedia a livre concorrência. A indústria francesa (têxtil), ainda incipiente, dependia diretamente do campo para o fornecimento de matéria-prima, fato que associou a crise do campo a crises industriais. Com o tempo, essa situação se agravou e muitas empresas faliram gerando desemprego e fome nas cidades. O comércio sempre foi difícil na França, devido aos entraves alfandegários, ao mercantilismo e, também, porque as corporações de ofício, que ainda existiam, não apoiavam essa prática econômica. Nesse contexto de atraso, a França assina o Tratado de Eden- Rayneval com a Inglaterra, favorecendo a entrada de manufaturas Inglesas em troca de produtos agrícolas. Resultado: decadência da “já” atrasada indústria francesa e aumento do desemprego. Enquanto isso, a dívida do governo de LUÍS XVI aumentava sob o peso dos gastos com a corte e com uma política internacional marcada pela participação em guerras economicamente “desastrosas” e pela ajuda financeira aos EUA na guerra de independência. Figura://www.pannunzio.com.br/archives/16887 Figura://www.todamateria.com.br/maria-antonieta/ Figura://cidademedieval.blogspot.com/2016/08/g randes-invencoes-mudaram-o-trabalho-e.html Figura://schafergabriel.blogspot.com/2015/02/a-revolucao-industrial-1- fase.html Figura://www.historiadetudo.com/independencia-estados-unidos MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 3 ATENÇÃO PARTICIPAÇÕES ECONOMICAMENTE DESASTROSAS GUERRA DOS 30 ANOS. GUERRA DOS SETE ANOS. GUERRA DE INDEPENDÊNCIA DOS EUA. INFLUÊNCIAS – O PENSAMENTO LIBERAL BURGUÊS As ideias iluministas espalhavam-se com muita rapidez, tomando conta dos meios intelectuais franceses. O pensamento liberal defendia a não intervenção do Estado nos assuntos econômicos e serviu de combustível para a burguesia exigir mudanças nesse cenário de crise. Nos Estados Unidos, esse ideário liberal foi vitorioso com a independência obtida em 4 de julho de 1776, no 2º Congresso da Filadélfia. A França enviou alguns homens para lutar ao lado dos colonos americanos contra a metrópole Inglaterra. A vitória estimulou a população francesa a lutar em nome da libertação dos grilhões do absolutismo monárquico, imposto por Luís XVI dos Bourbons. ASSEMBLEIA DOS NOTÁVEIS A situação do Estado francês era catastrófica: ATRASOS, AZAR... DESEMPREGO, MISÉRIA E VIOLÊNCIA... MÁ GESTÃO, GASTOS DESNECESSÁRIOS, BAIXA ARRECADAÇÃO... DESCONTENTAMENTO GERAL... E AS IDEOLOGIAS REVOLUCIONÁRIAS... Dessa forma, para tentar conter a crise econômica e política que assolava a França, Luís XVI, junto ao ministro das finanças Calonne, convoca a ASSEMBLEIA DOS NOTÁVEIS, em 22 DE FEVEREIRO DE 1787. O objetivo principal era uma proposta de reforma tributária e uma igualdade fiscal entre os 3 estados. No entanto, Clero e nobreza, os notáveis, não aceitam a proposta e iniciam uma reação contra o rei. Foi a REAÇÃO ARISTOCRÁTICA. O exército cerca Versalhes, exige o fim das novas propostas, a demissão do ministro Calonne e a convocação dos estados gerais. O REI ATENDE AS EXIGÊNCIAS. ATENÇÃO A reação demonstra o poder da nobreza, a fraqueza política do rei Luís XVI e as dificuldades de solucionar a crise instaurada em seu governo. Figura://brasilescola.uol.com.br/historiag/guerra-dos-sete-anos.htm Figura://trabalhosparaescola.com.br/independencia-dos- estados-unidos-04-de-julho/ Figura://neetescuela.org/el-pensamiento-iluminista/ Figura://jsalleras.blogspot.es/1346065800/la-teua-la- nostra-hist-ria-calonne-gobernador-de-fraga-1648/ Figura://ensinarhistoriajoelza.com.br/sobre-a-revolucao-francesa/ MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 4 CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS - 1789 Jacques Necker substituiu Callone e convenceu Luís XVI a convocar a Assembleia dos Estados Gerais, formada pelos três estados. Cada ordem social tradicionalmente podia eleger deputados representantes para a essa Assembleia, que era convocada pela monarquia em momentos decisivos da vida nacional da França. Os Estados Gerais não eram convocados desde 1626. Nessa assembleia, o voto era POR ESTADO, ou seja, cada um tinha direito a um voto. Assim, a nobreza e o clero, que eram os grupos privilegiados, somavam dois votos contra apenas um do Terceiro Estado. Nela, o TERCEIRO ESTADO conseguiu eleger mais deputados que o clero e a nobreza juntos – 1°ESTADO – 291, 2°ESTADO – 285 e 3°ESTADO – 578 – e organizou uma campanha em defesa do voto por cabeça. Assim, em 5 DE MAIO DE 1789, tem início a assembleia, cujo o objetivo principal era um AJUSTE FISCAL com um NOVO AUMENTO DE IMPOSTOS. A população participa indiretamente apresentando suas reclamações por meio dos CADERNOS DE RECLAMAÇÃO (cahier de doléances). Na abertura da reunião, o Rei declarou que ela deveria ser restrita ao exame dos problemas financeiros e ordenou que a votação fosse por estado. Desse modo, a união entre clero e nobreza garantia a vitória na votação. Inconformados com essa diferença, os integrantes do Terceiro Estado fizeram enorme pressão exigindo a adoção do voto por cabeça, pois, dessa forma, contando com o apoio de alguns integrantes dos demais estados, garantiriam um amplo conjunto de reformas político-administrativas. Impassível ao fluxo das urgentes mudanças, o rei Luís XVI ameaçou dissolver os estados gerais. O Terceiro Estado organizou uma rebelião e invadiu a sala do jogo da Pelá, no dia 17 DE JUNHO. Os ânimos se exaltaram e o reflexo foi que, nas ruas das principais cidades, o povo começou uma onda de agitações criando uma instabilidade muito grande para o regime. Em 20 DE JUNHO DE 1789, os membros do Terceiro Estado decidiram permanecer reunidos até formarem uma Constituição para a França e solenemente fizeram o JURAMENTO DO JOGO DA PELÁ. Sem ter mais opções, o rei Luís XVI decidiu aceitar o estabelecimento de uma Assembleia Nacional constituinte e, EM 9 DE JULHO, a Assembleia Nacional proclama-se Constituinte. No dia seguinte, a REVOLUÇÃO FRANCESA toma as ruas de Paris. A notícia invade as ruas da cidade servindo como combustível para as manifestações populares que se avolumam a ponto que deflagram a Revolução. Tentando ainda reverter a situação, o rei Luís XVI demitiu Necker do quadro ministerial. Em resposta, a burguesia formou uma milícia armada, a Guarda Nacional, em 13 DE JULHO, incumbida de proteger a assembleia das tropas reais. Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Necker Figura://blogs.sapiens.cat/socialsenxarxa/2010/09/27/paris-14-de-juliol-de-1789-esclata-la-revolucio/ Figura: _Archives_Nationales_- _B34_dossier_8_pi%C3%A8ce_4.jpg Figura://culturafrancesadotorg.wordpress.com/2013/06/30/la-revolution-francaise-1/ MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 5 FASES DA REVOLUÇÃO FRANCESA CONSTITUINTE A Assembleia Nacional Constituinte é considerada o início da Revolução Francesa, pois tinha o objetivo de transformar a França em uma monarquia constitucional com a supremacia do parlamento. A tensão aumentou, e, no dia 14 de julho, populares armados invadiram o Arsenal dos Inválidos, à procura de munições e, em seguida, invadiram a Bastilha, uma fortaleza que fora transformada em prisão política, mas que já não era a terrível prisão de outros tempos. Dentro dela, estavam apenas sete condenados: quatro por roubo, dois nobres por comportamento imoral e um por assassinato. A intenção inicial dos rebeldes, ao TOMAR A BASTILHA, era se apoderar da pólvora lá armazenada. Caiu assim um dos símbolos do Absolutismo. Período marcado pela organização dos partidos políticos e a tomada de poder pela alta burguesia. GIRONDINOS – Alta burguesia – Voto censitário. JACOBINOS – Pequena e média burguesia e sans-culottes – Voto universal De Paris, a revolução alastrou-se para o interior, e, nos meses de julho-agosto de 1789, os camponeses invadiram castelos, saquearam celeiros e atearam fogo nos livros de registros dos impostos pagos por eles. Essa fase foi conhecida como O GRANDE MEDO. Deputados do clero e da nobreza unem-se aos do 3º Estado para escrever a Constituição Francesa. Sob intensa pressão popular, a assembleia aboliu os privilégios e os direitos feudais. Em 26 de agosto de 1789, foi aprovada a DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO. A assembleia confiscou as terras da igreja e os vendeu à burguesia e aos camponeses em boa situação financeira; os pobres continuaram sem terra. IMPORTANTE A Revolução Francesa marca o fim do antigo regime e o início da era contemporânea. IMPORTANTE Esse documento estabelecia o direito à liberdade, à propriedade privada, à segurança, resistência a opressão e o direito à liberdade de expressão. Figura:ARQUIVO - OFICINA DA HISTÓRIA-2018 Figu ra://an glo .g1 2.b r/im p rim ir/im p rim ir_n o ticias.p h p ?id =661 Figura://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-% 1919/declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 6 A assembleia aprovou, ainda, a CONSTITUIÇÃO CIVIL DO CLERO (1790), transformando os membros do clero em funcionários públicos. Os que aceitaram essa decisão foram chamados de CLERO JURAMENTADO. Os que não aceitaram essas leis foram denominados de CLERO REFRATÁRIO. ATENÇÃO - IMPORTANTE Desse modo, o clero refratário se uniu a milhares de nobres que não querem entregar suas terras, os emigrados, e no exterior aliam-se com monarcas absolutistas para frear a revolução. A FUGA DE VARENNES – 20/21 DE JUNHO DE 1791 Logo após o início da revolução, nos dias 5 e 6 de outubro de 1789, a população de Paris dirigiu-se a Versalhes para pedir pão ao rei Luís XVI. Em um primeiro momento, ele ficou frente a frente com os manifestantes: são as JORNADAS DE OUTUBRO. O encarregado da segurança do palácio, o Marquês de La Fayette, foi incapaz de impedir a invasão do palácio, mas conseguiu salvar a vida da família real que foi para Paris, passando a viver no palácio das Tulherias, onde, supostamente, estaria mais seguro. Após esse episódio, os conselheiros do rei começaram a delinear os planos para a fuga, que ocorreu nos dias 20 e 21 de junho de 1789. Os detalhes da fuga foram preparados de forma quase ingênua e o resultado foi um fracasso. O rei foi reconhecido e, apesar das falhas de organização, sua detenção marcou verdadeiramente uma alteração no curso da Revolução. A confiança entre o soberano e o seu povo foi definitivamente quebrada, o rei foi acusado de traição pela população, mas não perdeu o título. IMPORTANTE - ATENÇÃO Essa foi a principal causa do processo de acusação aberto pela Convenção em dezembro de 1792 e que culminaria com a morte de Luís XVI na guilhotina. MONARQUIA CONSTITUCIONAL – 1791-92 Em setembro de 1791, foi aprovada a 1° Constituição Francesa, transformando a França em uma monarquia constitucional, limitando o poder do rei. Liquidou o absolutismo, dando à assembleia o poder de aprovar e fazer leis. Acabou com os privilégios do clero e da nobreza e criou privilégios de outro tipo, como o voto censitário. Os franceses foram divididos em cidadãos ATIVOS – possuíam renda para votar –e cidadãos PASSIVOS – ou não votantes – correspondendo a quase 85% da população. Figura://www.thinglink.com/scene/576796340143521792 Figura://br.pinterest.com/pin/565624034428643836/?lp=true Figura://br.pinterest.com/pin/352547477052104099/?lp=tr ue Figura://lareinaadolecente.blogspot.com/2017/02/despues-de-varennes-el-uno-engana- al.html Figura://verafidei.blogspot.com/2016/02/constituicao-civil-do-clero-revolucao.html MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 7 A constituição estabeleceu liberdade religiosa e de imprensa, mas proibiu os sindicatos e as greves. Foi criada uma nova moeda, conhecida como os assinados. A constituição desagradou o rei e seus aliados internos – clero e nobreza – e externos como ÁUSTRIA e PRÚSSIA. A PÁTRIA EM PERIGO Assim, Áustria e Prússia unificam forças e montam um exército para invadir a França. A assembleia reagiu declarando “A PÁTRIA EM PERIGO”; o povo de Paris marchou sobre o palácio das Tulheiras – O ASSALTO ÀS TULHERIAS –, prendendo o rei e sua família. Temendo a reação dos absolutistas e a incapacidade girondina de defender a nação, DANTON, ROBESPIERRE E MARAT distribuem armas ao povo. É organizada a COMUNA INSURRECIONAL DE PARIS, substituindo a Comuna (prefeitura) legal. As tropas revolucionárias, ao som da Marselhesa, derrotam a coligação antifrancesa na BATALHA DE VALMY, em 20 de setembro de 1792. CONVENÇÃO NACIONAL – 1792-95 Após expulsar os invasores, é organizada uma nova assembleia, denominada CONVENÇÃO, que imediatamente proclama a REPÚBLICA. Tem início uma intensa luta política entre GIRONDINOS, JACOBINOS e a PLANÍCIE. Os GIRONDINOS, que representavam a ALTA BURGUESIA, defendiam o VOTO CENSITÁRIO, a propriedade privada e eram contrários à participação popular na convenção. Por sentarem à direita do presidente da assembleia, ficaram conhecidos como GRUPO DE DIREITA. Os JACOBINOS defendiam um governo central forte, VOTO UNIVERSAL e AMPLA PARTICIPAÇÃO POPULAR. Por sentarem à esquerda do presidente da assembleia, ficaram conhecidos como GRUPO DE ESQUERDA. Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Jornada_de_10_de_Agosto_de_1792 Figura://pt.wahooart.com/@@/9CWH5K-Jean-Baptiste-Mauzaisse-batalha-de-Valmy-,-20th-Setembro MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 8 A convenção inicialmente é dirigida pelos girondinos, que entram em contradição, pois apoiam o rei e não fazem reformas sociais. A grande burguesia não queria aprofundar a revolução, temendo o radicalismo popular. A planície, que era composta por deputados que agiam conforme seus interesses imediatos, ora apoiava os jacobinos, ora os girondinos. Sentavam-se ao centro, nos lugares mais baixos do plenário, daí o nome “planície”. O julgamento de Luís XVI dividiu os deputados da convenção, pois os girondinos defendiam uma solução conciliatória e os jacobinos queriam a execução do rei. Mas a descoberta de documentos que comprovaram a aliança do rei com monarcas estrangeiros mudou, mais uma vez, os rumos da revolução. Após intensos debates entre os deputados, o rei foi declarado culpado, sendo guilhotinado em 21 de janeiro de 1793, diante de uma multidão de 20 mil pessoas. E no dia 16 de outubro do mesmo ano a rainha MARIA ANTONIETA teria o mesmo fim. A execução de Luís XVI provocou a reação de várias monarquias europeias que, juntas, iriam formar a PRIMEIRA COLIGAÇÃO contra a França revolucionária. Nesse contexto, somado à crise econômica que se arrastava, em junho de 1793, grupos de SANS-CULLOTES cercaram a assembleia, depuseram os girondinos e, com apoio da COMUNA DE PARÍS, colocaram os jacobinos no poder. Foi o período de maior radicalização devido à pressão dos “sans-culottes” aos jacobinos para realizarem amplas reformas políticas, sociais e econômicas. Contou com o predomínio no órgão legislativo (convenção) dos Jacobinos CONVENÇÃO JACOBINA Diante da ameaça externa, os jacobinos, sob liderança principal de DANTON, ROBESPIERRE e MARAT, implantaram um governo fortemente centralizado, composto de uma série de órgãos, como O COMITÊ DE SALVAÇÃO PÚBLICA, para governar a França. Assim, para enfrentar a crise, o comitê adotou as seguintes medidas: Março de 1793 – LEI DO MÁXIMO GERAL: tabelamento dos preços e aumento dos salários. Aprovou a NOVA CONSTITUIÇÃO de 1793, inspirada em Rousseau. Decretou o ALISTAMENTO OBRIGATÓRIO A todos os jovens de 18 a 25 anos para a luta contra os inimigos externos. REFORMA AGRÁRIA dividindo as terras dos nobres emigrados em pequenos lotes, VENDENDO OU DOANDO AOS CAMPONESES MAIS POBRES. CRIAÇÃO DO NOVO CALENDÁRIO – 1793. REFORMA NA EDUCAÇÃO, instituindo escola primária obrigatória como direito fundamental a todos os franceses, permitindo o acesso dos pobres à educação formal. ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NAS COLÔNIAS FRANCESAS EM 1794. REFORMA NO SISTEMA DE PESOS E DE MEDIDAS. Figura://www.pinterest.pt/pin/2632495406965697 26/?lp=true Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Georg es_Jacques_Danton Figura://sala19.wordpress.com/tag/ro bespierre/ Figura://en.wikipedia.org/wiki/Jean- Paul_Marat Figura://en.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Marat MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 9 Na esfera política, o governo jacobino aumentou a repressão e quando o líder popular dos sans-cullotes, Marat, é assassinado, Robespierre é eleito presidente da Convenção nacional, aumentando, ainda mais, a repressão com a LEI DOS SUSPEITOS, que suspendia os direitos individuais dos cidadãos. Dessa forma, tem início a Era do Terror (setembro de 1793 – julho de 1794), em que mais de 40 mil pessoas serão executadas. Enquanto isso, Napoleão Bonaparte lutava contra camponeses; monarquistas e religiosos tentaram deter a revolução republicana, chamada de CONTRAREVOLUÇÃO na REVOLTA DA VENDEIA – 1793-96. As tropas, lideradas por NAPOLEÃO BONAPARTE e fortalecidas com o ALISTAMENTO MILITAR OBRIGATÓRIO, sufocaram o levante deixando um saldo de mais de 200 mil mortes. Nesse contexto, foi criado o TRIBUNAL REVOLUCIONÁRIO, em 10 de junho de 1794, que julgava sumariamente os indivíduos considerados CONTRAREVOLUCIONÁRIOS. Devido à violência, os jacobinos foram perdendo o apoio popular e dos deputados aliados do governo. Assim, DANTON É ASSASSINADO, ACUSADO DE TRAIÇÃO PRINCIPALMENTE POR TER IDEIAS CONTRÁRIAS AO LÍDER ROBESPIERRE. Aproveitando o enfraquecimento dos Jacobinos, os deputados da planície e os girondinos desfecharam um golpe, o 9 TERMIDOR – REAÇÃO TERMIDORIANA – EM 27 DE JULHO DE 1794. IMPORTANTE A reação termidoriana iniciou um processo de reativação dos projetos girondinos com a anulação de medidas jacobinas. Como fim da Lei do Máximo e o encerramento da hegemonia da Junta de Salvação Pública. ATENÇÃO Dissolveram os clubes políticos, perseguiram os jacobinos e extinguiram as prisões despóticas e os julgamentos sumários. Os dirigentes do partido jacobino, Robespierre e Saint-Just, foram guilhotinados. Esse golpe marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário. DIRETÓRIO 1795-1799 Ao assumir o poder, o novo governo liberou os preços dos alimentos e dos aluguéis e restabeleceu a escravidão nas colônias francesas. Além disso, estimulou o crescimento da indústria algodoeira, da metalurgia e da mineração, intensificando o desenvolvimento do capitalismo francês. No ano de 1795, foi elaborada uma nova constituição, chamada de CONSTITUIÇÃO DO ANO III. Dessa forma, foi resgatado o voto censitário – somente para homens alfabetizados – nas eleições; anulou-se o sufrágio universal e a população voltou a ser politicamente marginalizada. Essa nova constituição entregou o Poder Executivo ao DIRETÓRIO, tendo PAUL BARRAS como o primeiro presidente. Figura://holamuerte.blogspot.com/2009/10/la-muerte-de-marat- y-la-resureccion-de.html Figura://papamikejanildo.blogspot.com/2013/09/revoluc ao-francesa-planicie.html Figura://www.linternaute.com/musee/diaporama/1/7043/musee-d-art-et-d-histoire-de-cholet/5/31607/henri-de-la-rochejaquelein-au- conbat-de-cholet/ Figura://www.laifi.com/laifi.php?id_laifi=1708&idC=34102# Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Diret%C3%B3rio_(Rev olu%C3%A7%C3%A3o_Francesa) MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 10 Era um órgão composto por cinco deputados escolhidos por sorteio para mandatos de cinco anos. O poder legislativo era exercido por duas câmaras: o Conselho dos Anciãos e o Conselho dos Quinhentos. ATENÇÃO Foi o período conservador e de muita corrupção, dominado por banqueiros e por empresários da mineração, dos transportes e fazendeiros. O diretório combateu duramente seus dois principais adversários: REALISTAS, empenhados na volta da monarquia, e os NOVOS JACOBINOS, apoiados pelos SANS-CULLOTES. Nesse contexto, em 1796, acontece a CONSPIRAÇÃO DOS IGUAIS, de natureza jacobina, com liderança de GRACO BABEUF. A revolta foi "esmagada", o DIRETÓRIO reage decretando PENA DE MORTE aos favoráveis à reforma agrária ou à volta da monarquia e, assim, BABEUF e seu grupo são presos e executados. A seguir, ordenou a ocupação militar de Paris, anulou as eleições e censurou a imprensa opositora. Nesse cenário, os militares ganharam proeminência e NAPOLEÃO BONAPARTE passou a ser visto como o SALVADOR DA PÁTRIA por muito franceses. “O homem que poria fim àquele cenário de violência, instabilidade política e corrupção”. A burguesia precisava consolidar seu domínio e, assim, sob o pretexto de uma conspiração Jacobina, é criada uma aliança com a base militar. Napoleão Bonaparte, apoiado por um grupo político-militar, tomou o poder em 10 DE NOVEMBRO DE 1799 – 18 BRUMÁRIO pelo calendário revolucionário. É o FIM DA REVOLUÇÃO FRANCESA, a CONSOLIDAÇÃO DAS CONQUISTAS DA BURGUESIA e o INÍCIO DA ERA NAPOLEÔNICA. O SIGNIFICADO DA REVOLUÇÃO FRANCESA: O fim do antigo regime e o início da república; os súditos passaram a ser cidadãos. Leis que estabeleciam distinções pelo nascimento foram eliminadas. Diminuição do poder e da influência da igreja. A sociedade de ordens cedeu lugar às classes sociais. Aumentou o número de camponeses proprietários. Fim do mercantilismo e das relações servis, consolidando o capitalismo na França. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São Paulo: Ática, 1996. COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005. DICA SALVADORA Foi um movimento igualitário (precursor do Anarquismo e do Comunismo), que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens. Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_No%C3 %ABl_Babeuf Figura://www.thoughtco.com/napoleon-bonaparte- biography-1221106 Figura://aulazen.com/historia/o-diretorio-revolucao-francesa/ Figura://www.pinterest.pt/pin/536069161881443858/?lp=tru e MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 11 JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015. JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015. JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015. WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. QUESTÕES 1-O governo de Luís XIII na França foi caracterizado, entre outros aspectos, pelo conflito entre a autoridade real e os protestantes franceses. Na essência esse conflito representou: a) o resultado da política de Richelieu, voltada para a consolidação do poder do rei, retirando dos protestantes a autonomia político militar de que dispunham. b) um dos últimos episódios das Guerras de Religião deflagradas pela Reforma da Europa, já que a França seguia as determinações de Roma. c) a resposta do rei, pelo combate dos protestantes, às perseguições sofridas pelos católicos na Alemanha. d) o ponto de partida para a formação do chamado Estado Nacional Francês, posto que os protestantes, dominando Estados independentes na França, dificultavam a unificação do país. e) a consequência mais visível do choque entre os interesses econômicos da burguesia mercantil francesa, católica, e os dos grandes latifundiários do país, protestantes. 2-A consolidação do absolutismo na França pode ser considerada tardia, se comparada com outras nações, e isso se deveu: a) À política militarista desenvolvida pelo cardeal Richelieu, envolvendo a França na Guerra dos 30 anos. b) À oposição dos huguenotes ao absolutismo real, fazendo com que o país mergulhasse nas guerras de religião. c) Ao fato de o primeiro rei da Dinastia Bourbon ser protestante, não aceito pelos franceses. d) À política econômica do ministro Colbert, que, ao desenvolver as manufaturas, não acompanhou a tendência mercantil. e) À manutenção de privilégios à nobreza, como os impostos e a justiça regional. 3- (Fatec 2016) Se não têm pão, que comam brioches! A frase, erroneamente atribuída à rainha da França, Maria Antonieta, foi considerada uma resposta cínica às inquietações populares que levaram à eclosão da Revolução Francesa. Assinale a alternativa que aponta corretamente algumas das causas da insatisfação da população francesa às vésperas dessa Revolução. a) Contrários ao lema da monarquia, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, os camponeses alegavam que a distribuição de renda provocava o empobrecimento da classe média. b) A grave crise econômica, aliada a condições climáticas adversas, inflacionou os preços nas cidades e no campo; sofrendo com a fome, a população pagava altos impostos para manter os privilégios do clero e da nobreza. c) A substituição de culturas alimentares pelo algodão, decretada por Luís XVI, levou ao aumento da mortalidade infantil e da fome entre os camponeses, favorecendo a burguesia vinculada à indústria têxtil. d) Para sustentar os custos das guerras napoleônicas, o rei Luís XVI aumentou a cobrança de impostos dos camponeses e dos trabalhadores das cidades que, insatisfeitos, se rebelaram contra o governo central. e) Devido à falta de terras férteis, à baixa produção de alimentos e à fome, a população demandava o aumento da ocupação francesa nas Américas e na África para a ampliação da produção agrícola. 4-(UFMG) Marx, em A Sagrada Família, afirmou que o Golpe de 18 Brumário de 1799 instaurou um regime que "concluiu o Terror, pondo no lugar da revolução permanente, a guerra permanente". Todas as alternativas contêm referências corretas relativas à afirmação acima, exceto: a) A concentração de um poder ditatorial nas mãos de Napoleão Bonaparte. b) A repressão interna desencadeada pelo novo regime sobre os opositores do golpe. c) As constantes campanhas militares empreendidas por Napoleão. d) As proibições impostas à burguesia no campo associativo. e) As severas interdições que limitaram a liberdade da imprensa francesa. 5-(UNAERP) Abolição da escravidão; fim dos privilégios; limite aos preços dos gêneros alimentícios; criação do ensino gratuito obrigatório; concessão de terras aos camponeses. Estas foram medidas tomadas pelo: a) adepto da escola econômica fisiocrática, o francês Turgot; b) jovem general, recém-chegado do Egito, Napoleão Bonaparte; c) líder jacobino, Robespierre, conhecido como "o Incorruptível"; d) primeiro-ministro francês, cardeal de Richelieu, a concluídas por seu sucessor, cardeal Mazarino; e) "Rei-Sol", Luís XIV, juntamente com seu ministro Colbert. MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 12 6-(MACK) Sobre a Revolução Francesa, é incorreto afirmar que: a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos Cordeliers e o Clube dos Jacobinos; b) a convocação dos Estados Gerais foi uma demonstração da força econômica do Antigo Regime; c) ela representouuma ruptura estrutural, pois a burguesia, até então marginalizada em relação ao poder político, sublevou-se, tornando-se senhora do Estado; d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a síntese da concepção burguesa da sociedade; e) a Bastilha, antiga prisão do estado, foi tomada de assalto por artesãos, operários, pequenos comerciantes, lavadeiras e costureiras. 7-(UNIRIO) "Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça encontrem um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo." (Napoleão Bonaparte) Sobre o Período Napoleônico (1799 - 1815), podemos afirmar que: a) consolidou a revolução burguesa na França, através da contenção dos monarquistas e jacobinos; b) manteve as perseguições religiosas e confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa; c) enfrentou a oposição do Exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses; d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados; e) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade. 8-A Revolução Francesa representou um marco na História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime. Entre as características da crise do Antigo Regime, na França, está: a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia, contra os privilégios do clero e da nobreza; b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial; c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert; d) o apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza; e) o fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA. 9-Ocorrida no final do século XVIII, a Revolução Francesa alastrou-se pela Europa absolutista. Na França, a superação do absolutismo monárquico ficou evidenciada a partir do momento em que: a) o sufrágio universal e as escolas públicas foram instituídos como algumas das reformas radicais da Convenção Revolucionária; b) os representantes do Terceiro Estado exigiram que seu número dobrasse e que a votação fosse por deputado; c) os Estados Gerais se reuniram no Palácio de Versalhes, por convocação do monarca Luís XVI; d) o Terceiro Estado separou-se dos outros dois, formando logo depois a Assembleia Nacional Constituinte; e) as camadas populares urbanas começaram a atacar lojas de armas em apoio a Napoleão. 10-A Revolução Francesa teve início quando os Estados Gerais (Assembleia Geral do Reino), reunidos em maio de 1789, foram ameaçados de dissolução por parte de Luís XVI. O Terceiro Estado, formado pelos representantes da burguesia, dos camponeses e dos "sans-culottes" (artesãos e aprendizes), reuniu-se em separado e autoproclamou-se, em julho de 1789, Assembleia Nacional Constituinte. Entre as medidas tomadas por essa Assembleia, não se inclui a: a) abolição dos deveres dos camponeses para com o clero; b) reforma tributária inspirada por Turgot e Calonne; c) instituição do direito à igualdade perante a lei; d) instituição do direito à inviolabilidade da propriedade privada; e) instituição do direito de resistência à opressão. 11-(Puccamp) No contexto da Revolução Francesa, a organização do Governo Revolucionário significou uma forte centralização do poder: o Comitê de Salvação Pública, eleito pela Convenção, passou a ser o efetivo órgão do Governo... . Havia ainda o Comitê de Segurança Geral, que dirigia a polícia e a justiça, sendo que estava subordinado ao Tribunal Revolucionário que tinha competência para punir, até a morte todos os suspeitos de oposição ao regime. O conjunto de medidas de exceção adotadas pelo Governo revolucionário deu margem a que essa fase da Revolução viesse a ser conhecida como: a) os Massacres de Setembro. b) o Período do Terror. c) o Grande Medo. d) O Período do Termidor. e) o Golpe do 18 de Brumário. MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 13 12-(Puccamp) “... ao contrário do que acontecia com a burguesia, a insatisfação dos camponeses e do proletariado urbano, por razões óbvias (...), não se manifestava politicamente (...). Porque as luzes dos filósofos não os atingiam, seu descontentamento perdia-se no silêncio e sua revolta terminava nos braços da repressão. (...) A existência de uma diferenciação social no interior do campesinato não impedia que um elemento os unificasse enquanto classe: a exploração feudal a que todos estavam submetidos. (...) esta exploração tornou-se mais odiosa e insuportável quando, para defender suas rendas, sempre insuficientes para seu trem de vida perdulário, os nobres lançaram mão de direitos feudais que há muito haviam caído em desuso." O texto descreve uma realidade na qual pode-se identificar a) os fatores responsáveis pela eclosão da Revolução Francesa. b) as consequências socioeconômicas da Revolução Industrial. c) o movimento da "Sans-culloterie" Parisiense. d) a situação da classe trabalhadora no contexto da Revolução Gloriosa. e) o sistema de exploração que favoreceu a acumulação primitiva necessária para a Revolução Industrial. 13-(UEL) Compõe o cenário em que se desenrolou a Revolução Francesa a) o cercamento das terras públicas pelo Estado com a consequente expulsão dos camponeses para o trabalho na indústria. b) o esgotamento da capacidade de ação da monarquia francesa frente às transformações vividas pelo país, assim como diante dos anseios políticos burgueses. c) a defesa jacobina da manutenção dos monopólios coloniais com a impotência do Estado monárquico francês em atendê- los. d) o apoio da monarquia francesa à Inglaterra por ocasião da guerra da independência americana, com o consequente desgaste interno do Estado. e) a morte na guilhotina do rei Carlos I e de sua esposa, a rainha Maria Antonieta, depois de serem condenados por traição. 14-(UFES) "De 1789 a 1791 processou-se a transformação das Instituições do Antigo Regime, através dos debates e das decisões tomadas pela Assembleia Nacional Constituinte." (Falcon, Francisco. A FORMAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO. 13 ed., Rio de Janeiro: Campus, 1989, p. 56). O texto anterior se refere à(s): a) Revolução Americana, com a tomada do poder pela burguesia colonial eminentemente agrária em suas origens. b) Revoluções Democrático-Burguesas, em que o liberalismo e o nacionalismo são determinantes na ideologia burguesa. c) Revolução Francesa, na sua etapa final, em que o “Terror” expressa os claros desejos burgueses. d) Revolução Francesa, na sua etapa inicial, com clara preponderância da burguesia na direção dos trabalhos. e) Revolução Russa, no seu período final, quando as forças socialistas submetem a nobreza. 15-(UFMG) O Grande Medo de 1789 foi um dramático acontecimento histórico, ocorrido no interior da Revolução Francesa. Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre o Grande Medo, EXCETO: a) Fez parte de uma conjuntura marcada por numerosas agitações e insurreições urbanas e rurais. b) Foi considerado pelos revolucionários e pelo povo, em geral, como um complô das hordas inimigas da ordem, do Rei e da Igreja. c) Foi uma das faces da revolução camponesa que, durante os primeiros anos da Revolução Francesa, impulsionou e conduziu a revolução burguesa. d) Foi um acontecimento fundamentado em reações coletivas de medo e pânico da população diante da divulgação de boatos. e) Gerou fugas, medidas preventivas tais como ataques às propriedades aristocráticas e a decisão de armar a população para enfrentar os bandidos. 16-(UFPE) A Revolução Francesa é um marco na história da humanidade por ter produzido rupturas com o Antigo Regime. Qual das alternativas apresenta as mais importantes? a) O assassinato do médico Marat, editor do jornal Amigo do Povo, por Charlotte Corday, provocou a radicalização entre os jacobinos. b) A participação dasmulheres na queda da Bastilha e o surgimento do grupo radical dos Girondinos. c) O fim da servidão e dos privilégios feudais, a declaração dos direitos do homem e do cidadão, o confisco dos bens do clero, a reforma do Exército e da Justiça. d) O fim da escravidão, a declaração dos direitos do homem, o código de Napoleão com reforma judiciária que confiscou as terras da aristocracia. e) A secularização do clero, a República Jacobina, o comitê de Salvação Pública que condenou à morte os próprios líderes da Revolução. MATERIAL COMPLEMENTAR PROF.MAX DANTAS 38 – REVOLUÇÃO FRANCESA 14 17-(Ufrs) Na França pré-revolucionária, as pressões da aristocracia e dos "Parlements", assim como as brechas provocadas pela "Assembleia dos Notáveis" e pela convocação dos Estados Gerais, confirmam que a) o absolutismo saiu fortalecido dessa conjuntura. b) a revolução foi esvaziada pela ausência de um projeto político iluminista. c) a revolução começou como uma tentativa aristocrática de recapturar o Estado. d) o absolutismo foi substituído, em 1789, pela República dos "sans-culottes". e) a revolução se radicalizou a partir da intervenção napoleônica. 18-(Ufrs) A Revolução Francesa de 1789 apresentou distintas fases com resultados diferentes. De qualquer forma, ela foi responsável pela eliminação do Antigo Regime e pela transformação da sociedade francesa e europeia da época. Assinale entre as alternativas abaixo, relativas aos resultados obtidos no campo, a que estiver INCORRETA. a) Abolição da monarquia e criação de um amplo setor de pequenos proprietários rurais. b) Eliminação da condição de servidão que se mantinha entre parte da população camponesa. c) Abolição dos deveres e tributos discriminatórios feudais e reais que recaíam sobre as diferentes regiões e o campo. d) Expropriação e venda das terras da monarquia, da Igreja e da aristocracia contrarrevolucionária aos burgueses e aos camponeses. e) Transformação dos senhorios feudais em empresas agrícolas pela libertação do ônus do serviço militar e expulsão dos camponeses servis. 19-(UNESP) O secular regime absolutista, apesar de subvertido e abalado pela Revolução Francesa, reagiu e resistiu durante certo tempo. Assinale a alternativa que mais se identifica como efetiva ação contrarrevolucionária: a) Rebelião de Camponeses na Vendéia, instigados e apoiados pela aristocracia. b) Forte oposição ao Rei Luiz XVI, sustentada pela aristocracia que lutava pela manutenção de seus privilégios. c) Manobra militar que resultou na tomada da Bastilha e na libertação de centenas de presos políticos. d) Solução de compromisso entre a alta burguesia e a aristocracia para restaurar o absolutismo. e) A fuga para o exterior de nobres e padres franceses, em busca de apoio da Guarda Nacional. 20- (UFRGS) Após a Revolução de 1789, a França viveu um período de grande instabilidade, marcado pelo radicalismo e pela constante ameaça externa. Assinale a alternativa correta em relação a esse período. a) Com a queda da Bastilha, símbolo do autoritarismo real, os deputados da Assembleia Constituinte, aproveitando o momento político, proclamaram a República, pondo um termo final ao Antigo Regime. b) Em meio ao caos provocado pela fuga do Rei e pela derrocada da Monarquia, iniciou-se, em Paris, a criação de uma sociedade baseada nos ideais socialistas, a Comuna de Paris. c) o período conhecido como o Grande Terror foi protagonizado pelo jacobino Robespierre, que posteriormente foi derrubado por Napoleão, um general que se destacara por sua trajetória vitoriosa. d) o golpe do 18 Brumário representou a queda do Diretório, regime que se pretendia representante dos interesses burgueses, mas que era inepto a governar. e) Durante um curto período de tempo, após a queda da Bastilha, a França vivenciou uma Monarquia Constitucional, mas, na prática, o Rei ainda mantinha a mesma autoridade de antes. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D B B D C B A A D B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B A B D B C C E A D
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