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EXTENSÃO 2: UNIVERSIDADE EM REDE EXTENSÃO 2: UNIVERSIDADE EM REDE EXTENSÃO 2: UNIVERSIDADE EM REDE Rafael Araldi Vaz NEAD – UNIFACVEST | ii © 2022 – UNIFACVEST. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. _____________________________________________________ VAZ, Rafael Araldi. Extensão 2: Universidade em Rede. Caderno de Estudos UNIFACVEST. PaperVest, Lages : SC, Brasil, 2022. 22p.: 28 cm 1. Extensão 2: Universidade em Rede – I. I. Título. _____________________________________________________ Capa: Núcleo de Produção EAD Unifacvest Imagem da capa: Copyright © 2010-2022 FreepikCompany Imagem livre de Direito Autoral Centro Universitário Unifacvest © 2022 - Todos os direitos reservados. Av. Mal. Floriano, 947 - Centro - CEP 88503-190 - Lages / SC NEAD – UNIFACVEST | iii SOBRE O AUTOR Rafael Araldi Vaz é historiador e professor de História. Doutor em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na área de História Cultural, possui experiência como professor de História na Educação Básica e Superior. É pesquisador no campo da História da Saúde e História das Religiões. Participou dos livros:Hanseníase: a voz dos que sofreram o isolamento compulsório (2011) organizado por Dilene Raimundo do Nascimento e Vera Regina Beltrão Marques; História da Saúde em Santa Catarina (2012), organizado pela pesquisadora Ana M. G. Albano Amora, parte do projeto Inventário nacional do patrimônio cultural da saúde: bens edificados e acervos coordenado pela Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz (RJ); História da hanseníase no Brasil: silêncios e segregação (2019), organizado por Yara Nogueira Monteiro pela USP; Foucault e as práticas de liberdade II: topologias políticas (2019), organizado por AtilioButturi Junior, Cesar Candiotto e Pedro de Souza, resultado do XI Colóquio Internacional Michel Foucault. É organizador da obra Michel Foucault e as Ciências Humanas: transversalidades, leituras e apropriações (2016), junto aos pesquisadores Gustavo CapobiancoVolaco e Rodrigo Diaz de Vivar y Soler. É autor do livro Nos Poros da Civilização. Leprosos e Leprólogos na Cidade Confinada (Santa Catarina – 1936-1952), lançado pela Paco Editorial em 2016, como também do livro didático Imagem e cultura visual pela editora IESDE BRASIL em 2021. NEAD – UNIFACVEST | iv GHHH Reitor: Geovani Broering Pró-Reitora de Administração e Finanças: Soraya Lemos Erpen Broering Pró-Reitor Acadêmico: Ricardo Leone Martins Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão: Renato Rodrigues Núcleo de EaD Unifacvest: Felipe Boeck Fert e Viviane Grassi NEAD – UNIFACVEST | v Sumário v Palavras dos Reitores .............................................................................................................. 1 O que é extensão universitária? ............................................................................................ 4 Diretrizes para a Extensão na Educação Superior ................................................................ 5 Uma breve história das mídias ........................................................................................... 7 Mídias digitais: construindo pontes para a ação extensiva ................................................. 10 Construindo a comunicação com as escolas no contexto da nova BNCC .......................... 13 Considerações finais..............................................................................................................16 Palavra dos Reitores Caro Leitor É com muita satisfação que nos dirigimos a você em nome de nossa Instituição de Ensino Superior. Estamos sempre dando novos passos na direção de aperfeiçoar a qualidade e a abrangência dos nossos serviços educacionais. Saiba que temos seguido à risca a legislação e as normatizações emanadas e supervisionadas pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Ministério da Educação. Essa é a maior razão de termos aprovados e reconhecidos nossos Cursos Presenciais e a Distância com os melhores conceitos. A nossa estrutura tem qualidade e os nossos colaboradores e professores tem a determinação de fazer a diferença na formação de profissionais que precisam ser de excelente qualidade e reconhecidos como os melhores pela sociedade e pelos empregadores e usuários dos serviços por eles prestados. Somos jovens, quando comparados com instituições milenares europeias, estamos no caminho da terceira década, mas nossa garra é peculiar deste tempo. Não temos medo dos desafios, sabemos que podemos crescer e oferecer as melhores opções no setor educacional em nossa cidade sede, em nosso Estado e nos lugares em que estivermos presentes com a nossa estrutura ou nossos serviços. Queremos salientar que este material de produção científica é fruto dos esforços dos nossos acadêmicos e professores e está estruturado para atender necessidades de informação e formação acadêmica. Da mesma forma, queremos agradecer pela confiança neste trabalho que você tem em mãos. A nossa credibilidade é você quem garante. Um grande abraço, e boa leitura. Reitores da UNIFACVEST Geovani Broering Soraya Lemos Erpen Broering NEAD – UNIFACVEST | 2 [Deixar em branco] Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 3 APRESENTAÇÃO Olá, seja bem-vindo (a)! Este é o seu caderno da disciplina Extensão 2: universidade em rede, e nele você encontrará as principais informações para o desenvolvimento de seus estudos. A elaboração deste material foi concebida para instrumentalizar os acadêmicos do Centro Universitário Facvest – UNIFACVEST na prática dessa disciplina. Sua formatação está direcionada para a construção de uma percepção teórica e sócio-histórica da prática de extensão, amparando-se em seus respectivos marcos legais. Ao mesmo tempo, trata-se de um material que fornecerá subsídios conceituais que permitam a realização prática, a qual se refletirá em ações concretas. Tais ações são o foco principal da disciplina. Por esse motivo, o material procura apontar para algumas possibilidades de extensão, sem a pretensão de esgotar o repertório de propostas e estudos que só poderão ser executados no contexto real da prática acadêmica. Ressalta-se, portanto, que a execução final dependerá sempre das ações manejadas no cotidiano acadêmico entre professores e alunos. Bons estudos! Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 4 EMENTA Conceito de extensão universitária. Diretrizes para as ações de extensão. Tipologia das ações de extensão. Desenvolvimento de conteúdo para o formato de mídias digitais. Técnicas científicas de comunicação e extensão. Preparação de seminários para divulgação do seu curso nas escolas da região. OBJETIVOS Capacitar o aluno a entender o conceito de extensão, a desenvolver material do seu curso para divulgação de produção científica na área tecnológica de forma prática e organizada e a contribuir para a formação de uma sociedade mais crítica e consciente por meio de uma ação extensionista de comunicação. Ao final da unidade curricular o aluno será capaz de desenvolver conteúdo de texto e audiovisual de divulgação científica e interagir com a comunidade externa por meio de atividades de extensão. INTRODUÇÃO Neste caderno apresentamos a importância das mídias como instrumento para a extensão universitária. É importante salientar que ao falarmos de mídia não estamos tomando o valor desse instrumento de forma acrítica. Isto é, não iremos somente apontar as contribuições possíveis das mídias para a elaboração de projetos de extensão. Trataremos de sua importância,mas não sem antes apresentar uma históriada mídia, que demonstre os seus impactos na realidade social e contextualize os motivos que levam ao seu uso massivo em nosso tempo. Ao mesmo tempo, procuraremos demonstrar como o desenvolvimento de um projeto de extensão, que tenha por instrumento as mídias, precisará considerar as dimensões sociais, educacionais e históricas em que o projeto proposto irá se inserir. Ter em vista um mapeamento do local e dos sujeitos para os quais será destinado os projetos é um passo fundamental para a construção de uma atividade extensiva de qualidade. Para adentrarmos no estudo sobre o uso das mídias na prática extensiva iremos antes repassar alguns pontos importantes. O primeiro deles será discutir o significado da extensão universitária. Em segundo lugar, apontarmos as diretrizes legais para o desenvolvimento da prática extensiva. Feito isso, iremos iniciar nosso percurso por uma breve história da mídia para, em seguida, apresentarmos algumas possibilidades de seu uso na prática extensiva e, por fim, sua aplicação no contexto do Novo Ensino Médio. 1. O QUE É EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA O conceito de extensão está diretamente ligado a utilização do saber universitário em ações refletidas sobre a sociedade. Portanto, parte do princípio de que as atividades de ensino e pesquisa-iniciação científica desenvolvidas no ambiente Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 5 acadêmico devem se converter em ações concretas na sociedade, ultrapassando as dimensões do espaço universitário. Nesta perspectiva, extensão é um conceito que carrega em si uma perspectiva inclusiva do papel social da universidade/centro universitário. Mais ainda, compreende a noção de que a transformação da realidade social deve ser função central às instituições de ensino superior (SANTOS, 2004). Na Constituição Federal, em seu artigo 207, fica estabelecido a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão como princípio das instituições universitárias. Tal princípio está sustentado em uma concepção cidadã de universidade/centro universitário, pensada assim como espaço de produção do conhecimento científico, construção da aprendizagem e formação para o trabalho, refletindo-se em ações externas voltadas à prática da cidadania. Nota-se, portanto, como estes três aspectos – ensino, pesquisa e extensão – devem caminhar de forma integrada na trajetória universitária. Alguns marcos importantes para a consolidação da prática extensiva, além da Constituição Federal de 1988, são a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei nº 9.394/06), os Planos Nacionais de Educação (PNE 2001, 2011, 2014), a Política Nacional de Extensão Universitária (pactuada no FORPROEX, 2012), como também a Resolução nº 7, de 18 dezembro de 2018, marco regulatório da extensão universitária. Através destes instrumentos e marcos, a extensão passa a ser reconhecida como parte integrante da nova cultura pedagógica para o século XXI, aliando-se de forma decisiva ao ensino e à prática da pesquisa-iniciação científica. Por cultura pedagógica, compreende-se um conjunto de conhecimentos e ações que favoreçam o desenvolvimento de competências e habilidades, capazes de responder aos problemas colocados pela sociedade do século XXI. Neste contexto, a articulação entre ensino, pesquisa-iniciação científica e extensão tem um papel central na resposta aos problemas e dinâmicas colocadas à sociedade do conhecimento. Dentre estes problemas, impõe-se a necessidade da construção de projetos que pretendam estimular o protagonismo e a iniciativa coletiva em favor da preservação e estímulo das práticas socioculturais cidadãs e da transformação social e econômica das comunidades locais. 2. DIRETRIZES PARA A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR Através da Resolução nº 7 de 18 de dezembro de 2018, a qual estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, ficou definido os princípios, fundamentos e procedimentos a serem observados nas políticas, gestão e avaliação das instituições de educação superior em todo o país. É através deste marco regulatório que as atividades acadêmicas de extensão dos cursos de graduação se tornaram parte integrante e obrigatória dos componentes curriculares, conforme definido em seu artigo 2º (BRASIL, 2018). De acordo com a concepção, diretrizes e princípios apresentados na Resolução Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 6 nº 7, a extensão na educação superior brasileira deve se dar por meio da produção e aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa- iniciação científica. No que diz respeito ao Centro Universitário Facvest – UNIFACVEST, a pesquisa-iniciação científica articula-se aos projetos de extensão desenvolvidos em cada componente curricular. Por sua vez, o ensino deverá instrumentalizar conceitos e metodologias para a pesquisa-iniciação científica e extensão, bem como poderá refletir as ações empreendidas nas práticas de extensão. De outro modo, compreende-se que a interação entre pesquisa-iniciação científica e ensino se dará no interior dos componentes curriculares oferecidos na grade curricular de cada curso. Essa característica deverá ser estimulada e estará prevista no Projeto Político Pedagógico. As atividades de extensão deverão fazer parte da matriz curricular dos cursos, compondo o mínimo de 10% do total da carga horária do curso (BRASIL, 2018). Dentre as concepções e práticas previstas nas Diretrizes da Extensão na Educação Superior, podem ser destacadas (BRASIL, 2018): 1. A interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade; 2. A formação cidadã dos estudantes; 3. A produção de mudanças na própria instituição superior e nos demais setores da sociedade; 4. Articulação entre ensino/extensão/pesquisa. Podem também ser elencados como concepções que estruturam as Diretrizes da Extensão na Educação Superior (BRASIL, 2018): 1. A contribuição na formação integral do estudante; 2. Estabelecimento de diálogo construtivo e transformador com os demais setores da sociedade brasileira, como também internacional, fomentando a interculturalidade; 3. Iniciativas que reflitam o compromisso social das instituições de ensino superior em todas as áreas, destacando: a comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e produção e trabalho. Todas estas áreas em consonância com as diretrizes para a educação ambiental, educação étnico-racial, direitos humanos e educação indígena; 4. A contribuição ao enfrentamento das questões estruturais da sociedade brasileira, através do desenvolvimento econômico, social e cultural; Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 7 5. Construção de conhecimentos atualizados e coerentes, que contribuam para o desenvolvimento social, equitativo e sustentável. Neste sentido, conforme afirmam MIHALIUC e MORAES (2019, p. 3), A Resolução CNE/CES n.7/2018 contempla o reconhecimento das “metodologias vivenciais” como fator essencial a capacitação dos estudantes como agentes de transformação social, declarando, a partir da obrigatoriedade de inserção na matriz curricular de percentual de atividades de extensão, a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão. Entretanto, mais do que propagar esse tripé, a obrigatoriedade da inclusão no currículo das atividades de extensão se apresenta como garantia de que o educando se submeterá a estímulos que permitam o desenvolvimento não apenas de saberes estritamente técnicos e afeitos a determinada área do saber, mas também de atributos essenciais a atuação do profissional contemporâneo, tais como ética, solidariedade, tolerância, diversidade e empatia, todos esses contidos no compromisso universitário com a Responsabilidade Social. Algumas das modalidades das atividades extensionistas dar-se-ão na forma de: 1. Programas;2. Projetos; 3. Cursos e Oficinas; 4. Eventos; 5. Prestação de serviços. No que diz respeito à avaliação, considera-se que a extensão deve estar sujeita à contínua autoavaliação crítica, voltando-se para a formação do estudante, a qualificação do docente e a relação com a sociedade. A avaliação deverá considerar: 1. A identificação da pertinência da atividade de extensão na creditação curricular; 2. A contribuição para a realização dos objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional e dos Projetos Pedagógicos do Curso; 3. A demonstração dos resultados alcançados (BRASIL, 2018). Importa salientar, no que diz respeito ao registro, que as atividades de extensão devem ter sua proposta, desenvolvimento e conclusão, devidamente registrados, documentados e analisados, favorecendo a organização dos planos de trabalho, as metodologias, instrumentos e conhecimentos produzidos. 3. UMA BREVE HISTÓRIA DAS MÍDIAS A comunicação de massas é uma das marcas da sociedade capitalista moderna desde ao menos a primeira metade do século XX. Podemos afirmar que é o resultado direto do desenvolvimento de inúmeras tecnologias voltadas aos processos de comunicação. Seu nascimento pode remontar ao desenvolvimento técnico da imprensa de tipos móveis do século XV, passando pela fabricação do jornal impresso, da fotografia, do cinema, do telégrafo e do telefone no século XIX. Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 8 Figura 1: Imprensa de tipos móveis. Século XVII. Exposta no Museu D’Art de Girona. Fonte:https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prensa_de_imprenta.jpg Contudo, é somente na primeira metade do século XX, na chamada era do rádio (HOBSBAWM, 2000), que encontramos todos estes mecanismos de reprodução técnica(BENJAMIN, 2012)agindo conjuntamente, cumprindo uma função transformadora no que diz respeito a produção e controle de informações. Nesta época nascia a Escola de Frankfurt, que encabeçaria a crítica a chamada indústria cultural. Juntamente com Walter Benjamin, autores como Adorno e Horkheimer procuraram demonstrar como este conjunto de tecnologias se tornou responsável por moldar o comportamento social, cultural, econômico e político das sociedades modernas. De acordo com Adorno e Horkheimer, a indústria cultural pode ser definida como a experiência da transformação da cultura, da arte e da informação em mercadorias. Conforme aponta COSTA (2013, p. 138): Adorno e Horkheimer constatam que o cinema e o rádio, por exemplo, não precisam mais se camuflar de arte, uma vez que o caráter de mercadoria já está estampado em cada um deles. Música, cinema, literatura magazine, etc., tudo está a serviço do mercado. “A verdade de que não passam de um negócio, eles a utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que propositalmente produzem” (ADORNO. HORKHEIMER, 1985, p. 100). Para eles, o novo não é a atitude comercial da obra de arte, mas o fato de hoje serem de fato indústrias como tal, renegando a própria ideia de arte. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prensa_de_imprenta.jpg Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 9 Figura 2: Cinematógrafo - câmera de filme dos irmãos Lumière em 1895. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinematogr apho_Aparelho.jpg GLOSSÁRIO O termo reprodução técnica ou reprodutibilidade técnica foi cunhado pelo filósofo alemão Walter Benjamin. Em seu estudo sobre a transformação da arte na era da reprodução técnica, Benjamin apontava que a desenvolvimento de tecnologias como a imprensa, a fotografia e o cinema foram decisivos para moldar um novo comportamento tanto na produção quanto no consumo da arte. Segundo o autor, a reprodução técnica levaria a arte a perder sua aura, ou seja, perder tanto a experiência estética do artista quanto a autenticidade da obra, em favor de um controle maior do artista e da reprodução massiva para o consumo mercadológico da obra de arte. Nas décadas de 1960 e 1970, época do surgimento da televisão, a massificação cultural sob orientação da indústria cultural chegará a tal ponto, que se irá constituir nas sociedades contemporâneas o que Guy Debord denominou de sociedade do espetáculo. De acordo com Debord, a sociedade do espetáculo seria a nova fase cultural do capitalismo. Nesta etapa, a imagem é um instrumento central para mediar as relações sociais. Mais ainda, a imagem se transforma em um instrumento que cumpre o papel de mediar não somente as informações entre emissor e receptor, mas mediar a produção e o consumo. Sendo assim, a indústria cultural e os grandes meios de comunicação se convertem em propulsores de um estilo de vida pautado no consumo, em que as imagens têm um papel central como mediadoras do processo de comunicação e orientação do comportamento cultural. Na era digital, ao menos desde a década 1990, todos estes instrumentos de comunicação e suas estratégias foram condensados em novas experiências mediadas a partir de agora pelo computador. Atualmente, em pleno século XXI, estarmos inseridos em um contexto histórico no qual as redes de intercomunicação e interdependência se ampliaram notavelmente. O que denominamos de sociedade moderna ou pós-moderna poderia, assim, ser mais bem compreendido ao observarmos a imensa rede de intercomunicação que nos envolve https://en.wikipedia.org/wiki/Auguste_and_Louis_Lumi%C3%A8re https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinematographo_Aparelho.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinematographo_Aparelho.jpg Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 10 cotidianamente. A comunicação acelerada e a ampliação técnica e utilitária das mídias digitais é, portanto, um dos maiores fenômenos do que BAUMAN (2001) denomina de modernidade líquida. O conceito de modernidade líquida pode ser melhor entendido quando nos damos conta de que adentramos em uma fase da modernidade em que a quantificação de dados e a transformação acelerada das sociedades (dos comportamentos à economia) chegaram a tal ponto que não somos capazes de produzir formas sociais que se mantenham estáveis por um período seguro de tempo. Um bom exemplo disso é a quantidade de informações que nos chega diariamente através das redes sociais e dos grupos de WhatsApp. Mal temos tempo de digerir as informações e logo somos obrigados e consumir mais, o que dificulta inclusive o processo de consolidação de uma experiência genuína de conhecimento. DICA DE LIVRO Frankfurt: história, desenvolvimento teórico, significação política apresenta o movimento desde a fundação do Instituto de Pesquisas Sociais da Escola de Frankfurt, patrocinado por Felix Weil, na década de 1920, até as novas gerações, na década de 1960 e 1970, e a posterior reorganização do instituto nos Estados Unidos da América (EUA) por Horkheimer. Essa escola foi responsável pela interligação de singulares intelectuais marxistas, como Adorno, Benjamin, Marcuse, Habermas, Neumann, Kirchheimer e o próprio Horkheimer, que foram responsáveis pela elaboração de uma inovadora crítica à modernidade e às formas de produção cultural no interior do sistema capitalista. WIGGERSHAUS, R. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002. Feito este breve percurso histórico pela história da mídia, podemos então compreender quais questões sócio-históricas e quais problemas devem ser considerados ao se pensar um projeto de extensão a partir do uso das mídias. Isto é, nenhum projeto que pretenda fazer uso das mídias poderá deixar de levar em consideração os impactos que ela produz na realidade social e o papel que ela pode desempenhar como instrumento de emancipação e cidadania das populações. Sendo assim, a construção de um projeto de extensão passa necessariamente pela detecção e reconhecimento dos problemas enfrentados pelas sociedades do século XXI em nível global,sem jamais esquecer a importância das particularidades do contexto local. Assim, é entre o global e o local que a proposição de um projeto extensivo deverá ser pensado e construído. Essa perspectiva de abordagem se torna ainda mais necessária quando o assunto são as mídias digitais, o maior instrumento de comunicação de massa na contemporaneidade. 4. MÍDIAS DIGITAIS: CONSTRUINDO PONTES PARA A AÇÃO EXTENSIVA Com o advento das mídias digitais a proposta de atividade extensiva ganhou um outro perfil na contemporaneidade. A antiga ideia de romper as barreiras da universidade/centro universitário não está mais presa ao contato presencial.As mídias Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 11 digitais têm tornado o contato com o público externo uma possibilidade cada vez mais concreta. Importante salientar que um dos grandes desafios na aplicabilidade de um projeto de extensão é a disponibilidade para o deslocamento e aplicação do projeto fora da universidade/centro universitário. Em um estudo desenvolvido sobre a extensão na formação dos profissionais de História na UFRN, COSTA (2010, p. 43) afirma, a partir da análise de entrevistas com professores do curso de História, que Além de trazer à tona uma lógica que é preciso ser repensada na universidade, a da disponibilidade dos alunos da graduação, o professor sugere uma “inversão” na maneira em que se pensa a “extensão”: ao invés de colocá-la como saída dos muros da universidade, ele propõe justamente o contrário, trazer a sociedade para dentro da universidade. O que não deixa de significar um diálogo entre os dois. Nesta perspectiva, podemos elencar alguns instrumentos e estratégias que poderão ser úteis para a organização de um projeto de extensão baseado nas mídias digitais, o qual seja capaz de cumprir o papel de aproximar sociedade e centro universitário. Apresentaremos três possibilidades de uso das mídias digitais para o projeto extensivo, tendo sempre em vista se tratar de uma indicação a título de exemplo. A elaboração e execução do projeto de extensão dependerá sempre do contexto curricular de cada curso e dos eixos temáticos pertinentes, sempre em constante interação entre professor/orientador e acadêmicos. 4.1. CANAL NO YOUTUBE O Youtube é atualmente uma das maiores plataformas de compartilhamento audiovisual do mundo. Através dela é possível acessar e produzir vídeos, músicas, podcasts, lives, além de servir como streaming1. Diante de tamanha versatilidade, esta plataforma tem sido usada como instrumento de trabalho para uma infinidade de profissionais, muito além dos youtubers,como também como instrumento da grande mídia e das mídias alternativas. Figura 3:Logotipo do Youtubehttps://commons.wikimedia.org/wiki/File:YOUTUBE_LOGO.png#/media/File:YOUTUBE_LOGO.png 1 Meio de transmissão de dados por áudio ou vídeo sem necessidade de download. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:YOUTUBE_LOGO.png#/media/File:YOUTUBE_LOGO.png Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 12 Mas, nesta ocasião, um elemento importantíssimo a ser considerado são os estudantes da educação básica, um grupo que faz uso desta ferramenta, principalmente pelo fator de acesso aos conteúdos fornecidos, a exemplo das videoaulas. E, por este motivo, podemos considerar o Youtube um instrumento vital para a produção da comunicação extensiva. Considerando esse fator de atratividade e comunicação, poderá ser proposto como projeto de extensão a criação de um canal no Youtube, para instrumentalizar a comunicação com as escolas, fornecendo informações sobre as atividades do curso de graduação e disciplina em questão. Mais ainda, o Youtube poderá ser utilizado como forma desuprir necessidades identificadas no contexto escolar. Neste sentido, a produção de conteúdos voltados a uma determinada área do conhecimento poderá instrumentalizar alunos e professores na produção de aulas, métodos e estratégias de pesquisa, organização de projetos para a resolução de problemas locais, bem como auxiliando a elaboração de projetos integradores, sobre os quais falaremos na última parte dedicada ao contexto da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Novo Ensino Médio. 4.2. PODCAST O podcast é uma mídia digital bastante utilizada para a produção de programas de áudio, o qual pode ser baixado ou reproduzido na forma de streaming. O uso desta ferramenta teve uma média de crescimento de 21% ao mês desde janeiro de 2018 (LOUBAK, 2019). Esse tipo de transmissão em áudio pode ser bastante eficaz, tendo o papel similar ao rádio. Figura 4:Diogo do Defante no Podpah. 2021. Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 13 A produção de um programa de podcast pode ser de grande utilidade informativa e para produção de conteúdo para estudantes do Ensino Médio. Pode ser tanto um meio de divulgação dos cursos e temáticas encontradas nas disciplinas de cada curso, como também um meio de ampliar o acesso ao que é produzido no interior da universidade-centro universitário. 4.3. BLOG O blog foi originalmente criado como uma espécie de diário digital. Contudo, o crescimento do seu uso, acabou o convertendo em instrumento útil para a produção de notícias, haja vista a possibilidade de uso de imagens, textos e hiperlinks, que o permite ligar-se a outros blogs, sites e plataformas digitais. Ao mesmo tempo, sua qualidade cronológica, possibilita o acesso temporal das notícias, conteúdos e informações mais recentes as mais antigas. O blog é, assim, um instrumento virtuoso para a produção de conteúdos diários na forma de textos, imagens ou mesmo vídeos. Como instrumento na organização de projetos de extensão ele pode abrir pontes de contato entre as notícias, conteúdos e informações produzidas por um determinado curso e disciplina a um público amplo e diversificado. Contudo, na proposta de um projeto de extensão que queira se valer deste instrumento é importante ter em vista o público desejado e o tipo de informação, o eixo temático a ser desenvolvido neste espaço. 5. CONSTRUINDO A COMUNICAÇÃO COM AS ESCOLAS NO CONTEXTO DA NOVA BNCC A organização de um projeto de extensão voltado para a comunicação com as escolas deve considerar, obrigatoriamente, as transformações geradas a partir da nova Base Nacional Comum Curricular – BNCC(BRASIL, 2018). Nela encontramos uma nova postura com relação ao uso das mídias e da cultura digital na formação dos estudantes da educação básica. Primeiramente, cabe destacar a nova abordagem baseada em competências e habilidades e centrada no protagonismo do estudante. Tais aspectos nos sugerem que a formação educacional, a partir de então, deve passar pela organização de uma experiência de pesquisa e desenvolvimento de projetos nas escolas. Em segundo lugar, o formato da nova base leva em consideração a integração entre os componentes curriculares, seja na forma de conteúdo ou na proposição de projetos. Entre os diversos projetos possíveis de serem desenvolvidos, destacam-se os projetos integradores. Estes projetos tem a função de instrumentalizar os alunos com temas e métodos de pesquisa que dialoguem diretamente com os problemas enfrentados na sociedade contemporânea em nível global e local. Assim, o projeto integrador deve desenvolver, de forma interdisciplinar e dividido por áreas do conhecimento, temas de pesquisa que se relacionem com as competências e habilidades Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 14 propostas na BNCC. Por este motivo, é fundamental em conformidade com as competências e habilidades, abordar a temática da cultura digital e dos meios de comunicação. Reconhecer esse novo cenário nas escolas é um importante passo para que se possa planejar projetos de extensão quesaibam se valer do que estará sendo produzido nas escolas, fomentando, auxiliando a produção, bem como identificando que tipos de demandas e apoios um projeto extensivo poderá fornecer aos estudantes do Novo Ensino Médio. Considerando tal proposta, iremos verificar agora como alguns projetos de extensão poderão ser organizados, tendo em vista o novo horizonte educacional do Novo Ensino Médio para o estudante brasileiro a partir de 2022. 5.1 STEAM Criado nos Estados Unidos na década de 1990, STEAM é um acrônimo em inglês para as disciplinas Science, Technology, Engineering, ArtsandMathematics(Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), partindo da constatação de que há um desinteresse de alunos pelas ciências exatas. O STEAM trabalha com metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido, envolve a investigação cientifica, o trabalho por projetos, o uso da programação, da robótica, inserindo-se assim como parte do chamado movimento maker. No contexto do STEAM, é possível a organização de propostas de extensão através das mídias, visando instrumentalizar os alunos com os conhecimentos desenvolvidos na grade curricular de cada curso. EXEMPLOS POR ÁREA DO CONHECIMENTO 1. CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO: Projeto de extensão na forma de um podcast, que forneça orientações e informações sobre robótica; 2. CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS: Projetos de extensão no formato de canal no Youtube, que forneça informações sobre a produção de dados quantitativos em pesquisa ou processo de fabricação de materiais; 3. EDUCAÇÃO: projeto de extensão que adote o projeto local de organização de uma web rádio comunitária junto à comunidade escolar; 4. CIÊNCIAS DA NATUREZA: projeto de extensão através de canal no Youtube ou blog, que instrumentalize a prática da permacultura e de hortas urbanas nas escolas. Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 15 5.2 MIDIAEDUCAÇÃO Os projetos integradores de mídia educação aparecem nas propostas da BNCC como forma de instrumentalizar a competência geral de cultura digital. Essa é uma das competências centrais para os alunos do novo ensino médio, que tem por função compreender, utilizar e criar mídias digitais de forma crítica, significativa e ética. Diante desta questão, a pergunta que devemos levantar como universidade/centro universitário é: como um projeto de extensão poderá contribuir para o desenvolvimento do projeto integrador de mídia educação nas escolas da região? Primeiramente, procurando fornecer subsídios para a realização da competência geral de cultura digital. Sobre essa competência, a BNCC (2018) afirma que seu objetivo é: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. Nesse sentido, desde o Ensino Fundamental está previsto o desenvolvimento das seguintes habilidades: 1. Utilização de ferramentas digitais; 2. Produção multimídia; 3. Linguagens de programação; 4. Domínio de algoritmo; 5. Visualização e análise de dados; 6. Mundo digital; 7. Uso ético. Como se pode perceber, os estudantes deverão estar preparados para chegar ao Ensino Médio com o domínio destas habilidades. Contudo no Ensino Médio, a aplicação prática poderá se dar na forma dos projetos integradores voltados para a mídia educação. Reconhecendo essa necessidade, poder-se-á, então, produzir um levantamento dos projetos de mídia educação em curso nas escolas escolhidas, para em seguida organizar projetos de extensão que auxiliem através das mídias digitais na identificação e resolução das demandas da escola, de seus respectivos alunos e professores envolvidos no projeto integrador local. O segundo passo é propor, como explicitado anteriormente na prática do STEAM, uma prática extensiva que se valha das próprias mídias digitais para orientar alunos e professores em suas necessidades. Para isso, salientamos a necessidade de produzir um projeto extensivo que leve em consideração as demandas locais da escola escolhida, realizando de antemão um levantamento dos projetos integradores em curso e das condições e desafios para aplicabilidade do projeto extensivo. Com o mapeamento concreto dos projetos integradores em curso, recursos técnicos à disposição, número de alunos envolvidos, dificuldades encontradas no contexto local, poder-se-áplanejar um projeto de extensão coerente com as reais condições e desafios da educação básica, contribuindo para a inclusão cidadã de alunos e professores. Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta de um projeto de extensão que se valha das mídias digitais deverá sempre levar em consideração a aplicabilidade do projeto. Isso significa, em primeiro lugar, ter em vista a necessidade de um mapeamento claro dos recursos digitais disponíveis (tanto no centro universitário quanto no local de aplicação do projeto extensivo), das possibilidades de acesso do público alvo e de suas demandas mais prementes. Organizar um projeto é uma tarefa realizada na forma de parcerias. Professores/orientadores, acadêmicos e público alvo devem trabalhar em sintonia, o que significa comunicação constante. Contudo, é fundamental se ter clareza dos objetivos do projeto e dos desafios de sua aplicação. Reconhecer esses desafios é um processo que se dá na própria execução do projeto. Portanto, ter em vista a comunicação constante entre os protagonistas (orientadores, acadêmicos e público alvo) de um projeto de extensão é saber trilhar o caminho de sua execução. Assim, manter-se atento ao contexto local e as dimensões e dificuldades nele presentes é o caminho para a construção de uma atividade extensiva que leve em conta a realidade própria de sua execução, marcada pela maleabilidade e ajustamento de rotas, necessárias a consecução dos objetivos propostos no projeto. REFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018 BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014. Disponível em: http://mec.gov.br. acesso em: 29 de março de 2021. BENJAMIN, W. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012, p. 165-196. COSTA, Aryana Lima. A extensão na formação de profissionais de história. In: Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 30, nº 60, p. 35-53, 2010. COSTA, Jean Henrique. A atualidade da discussão sobre a indústria cultural em Theodor W. Adorno. Trans / Form / Ação, Marília, v. 36, n. 2, pág. 135-154, agosto de 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010131732013000200009&lng=e http://mec.gov.br/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010131732013000200009&lng=en&nrm=iso Extensão 2: Universidade em rede NEAD – UNIFACVEST | 17 n&nrm=iso.acesso em 18 de março de 2021. HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. Cia das Letras: São Paulo, 2000. LOUBAK, Ana Letícia. O que é podcast? Saiba tudo sobre os programas de áudio online. 2019. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/o-que-e-podcast- saiba-tudo-sobre-os-programas-de-audio-online.ghtml. Acesso em 12 de março de 2021. SANTOS, B.S. Universidade do Século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2004. 120p. (Coleção questões da nossaépoca; v. 120). MIHALIUC, Katherinne de Macêdo Maciel; MORAES, Silvia Elizabeth. Atividades de Extensão nos Currículos dos Cursos de Graduação: Formação Socialmente Responsável e Considerações à luz da Resolução CNE/CES N.7/2018. VI Congresso Internacional do Direito da Lusofonia. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2019. Disponível em:https://www.unifor.br/documents/392178/2741263/Congresso-Internacional-da- Lusofonia-GT9Atividades+de+extensao+nos+curriculos+dos+cursos.pdf/d88172d6-6c33- 08b2-e795-9ad7fa8633bc. Acesso em 20 de abril de 2021. https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/o-que-e-podcast-saiba-tudo-sobre-os-programas-de-audio-online.ghtml https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/o-que-e-podcast-saiba-tudo-sobre-os-programas-de-audio-online.ghtml https://www.unifor.br/documents/392178/2741263/Congresso-Internacional-da-Lusofonia-GT9Atividades+de+extensao+nos+curriculos+dos+cursos.pdf/d88172d6-6c33-08b2-e795-9ad7fa8633bc https://www.unifor.br/documents/392178/2741263/Congresso-Internacional-da-Lusofonia-GT9Atividades+de+extensao+nos+curriculos+dos+cursos.pdf/d88172d6-6c33-08b2-e795-9ad7fa8633bc https://www.unifor.br/documents/392178/2741263/Congresso-Internacional-da-Lusofonia-GT9Atividades+de+extensao+nos+curriculos+dos+cursos.pdf/d88172d6-6c33-08b2-e795-9ad7fa8633bc
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