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ACE II - Universidade em rede

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EXTENSÃO 2: 
UNIVERSIDADE EM REDE
EXTENSÃO 2: 
UNIVERSIDADE EM REDE
 
 
EXTENSÃO 2: 
UNIVERSIDADE EM 
REDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Araldi Vaz 
 
NEAD – UNIFACVEST | ii 
© 2022 – UNIFACVEST. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer 
processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________ 
VAZ, Rafael Araldi. Extensão 2: Universidade em Rede. 
Caderno de Estudos UNIFACVEST. PaperVest, Lages : SC, 
Brasil, 2022. 22p.: 28 cm 
1. Extensão 2: Universidade em Rede – I. I. Título. 
_____________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capa: Núcleo de Produção EAD Unifacvest 
Imagem da capa: Copyright © 2010-2022 FreepikCompany 
Imagem livre de Direito Autoral 
Centro Universitário Unifacvest © 2022 - Todos os direitos reservados. 
Av. Mal. Floriano, 947 - Centro - CEP 88503-190 - Lages / SC 
 
 
 
NEAD – UNIFACVEST | iii 
SOBRE O AUTOR 
 Rafael Araldi Vaz é historiador e professor de História. 
Doutor em História pela Universidade Federal de Santa Catarina 
(UFSC), na área de História Cultural, possui experiência como 
professor de História na Educação Básica e Superior. É 
pesquisador no campo da História da Saúde e História das 
Religiões. Participou dos livros:Hanseníase: a voz dos que 
sofreram o isolamento compulsório (2011) organizado por Dilene 
Raimundo do Nascimento e Vera Regina Beltrão Marques; 
História da Saúde em Santa Catarina (2012), organizado pela 
pesquisadora Ana M. G. Albano Amora, parte do projeto 
Inventário nacional do patrimônio cultural da saúde: bens 
edificados e acervos coordenado pela Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz (RJ); História da 
hanseníase no Brasil: silêncios e segregação (2019), organizado por Yara Nogueira 
Monteiro pela USP; Foucault e as práticas de liberdade II: topologias políticas (2019), 
organizado por AtilioButturi Junior, Cesar Candiotto e Pedro de Souza, resultado do XI 
Colóquio Internacional Michel Foucault. É organizador da obra Michel Foucault e as 
Ciências Humanas: transversalidades, leituras e apropriações (2016), junto aos 
pesquisadores Gustavo CapobiancoVolaco e Rodrigo Diaz de Vivar y Soler. É autor do 
livro Nos Poros da Civilização. Leprosos e Leprólogos na Cidade Confinada (Santa Catarina – 
1936-1952), lançado pela Paco Editorial em 2016, como também do livro didático Imagem e 
cultura visual pela editora IESDE BRASIL em 2021. 
 
NEAD – UNIFACVEST | iv 
GHHH 
 
Reitor: Geovani Broering 
Pró-Reitora de Administração e Finanças: Soraya Lemos Erpen Broering 
Pró-Reitor Acadêmico: Ricardo Leone Martins 
Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão: Renato Rodrigues 
Núcleo de EaD Unifacvest: Felipe Boeck Fert e Viviane Grassi 
NEAD – UNIFACVEST | v 
Sumário 
v 
Palavras dos Reitores .............................................................................................................. 1 
O que é extensão universitária? ............................................................................................ 4 
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior ................................................................ 5 
Uma breve história das mídias ........................................................................................... 7 
Mídias digitais: construindo pontes para a ação extensiva ................................................. 10 
Construindo a comunicação com as escolas no contexto da nova BNCC .......................... 13 
Considerações finais..............................................................................................................16 
 
 
 
Palavra dos Reitores 
 
 
Caro Leitor 
É com muita satisfação que nos dirigimos a você em nome de nossa 
Instituição de Ensino Superior. 
Estamos sempre dando novos passos na direção de aperfeiçoar a qualidade e a 
abrangência dos nossos serviços educacionais. Saiba que temos seguido à risca a 
legislação e as normatizações emanadas e supervisionadas pelo Conselho Nacional de 
Educação e pelo Ministério da Educação. Essa é a maior razão de termos aprovados e 
reconhecidos nossos Cursos Presenciais e a Distância com os melhores conceitos. 
A nossa estrutura tem qualidade e os nossos colaboradores e professores tem 
a determinação de fazer a diferença na formação de profissionais que precisam ser de 
excelente qualidade e reconhecidos como os melhores pela sociedade e pelos 
empregadores e usuários dos serviços por eles prestados. 
Somos jovens, quando comparados com instituições milenares europeias, 
estamos no caminho da terceira década, mas nossa garra é peculiar deste tempo. Não 
temos medo dos desafios, sabemos que podemos crescer e oferecer as melhores 
opções no setor educacional em nossa cidade sede, em nosso Estado e nos lugares em 
que estivermos presentes com a nossa estrutura ou nossos serviços. 
Queremos salientar que este material de produção científica é fruto dos 
esforços dos nossos acadêmicos e professores e está estruturado para atender 
necessidades de informação e formação acadêmica. Da mesma forma, queremos 
agradecer pela confiança neste trabalho que você tem em mãos. A nossa 
credibilidade é você quem garante. 
Um grande abraço, e boa leitura. 
 
Reitores da UNIFACVEST 
Geovani Broering 
Soraya Lemos Erpen Broering 
 
 
 
 
 
NEAD – UNIFACVEST | 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[Deixar em branco]
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 3 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, seja bem-vindo (a)! Este é o seu caderno da disciplina Extensão 2: 
universidade em rede, e nele você encontrará as principais informações para o 
desenvolvimento de seus estudos. A elaboração deste material foi concebida para 
instrumentalizar os acadêmicos do Centro Universitário Facvest – UNIFACVEST na prática 
dessa disciplina. Sua formatação está direcionada para a construção de uma percepção 
teórica e sócio-histórica da prática de extensão, amparando-se em seus respectivos 
marcos legais. Ao mesmo tempo, trata-se de um material que fornecerá subsídios 
conceituais que permitam a realização prática, a qual se refletirá em ações concretas. 
Tais ações são o foco principal da disciplina. Por esse motivo, o material procura apontar 
para algumas possibilidades de extensão, sem a pretensão de esgotar o repertório de 
propostas e estudos que só poderão ser executados no contexto real da prática 
acadêmica. Ressalta-se, portanto, que a execução final dependerá sempre das ações 
manejadas no cotidiano acadêmico entre professores e alunos. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 4 
EMENTA 
Conceito de extensão universitária. Diretrizes para as ações de extensão. 
Tipologia das ações de extensão. Desenvolvimento de conteúdo para o formato de 
mídias digitais. Técnicas científicas de comunicação e extensão. Preparação de 
seminários para divulgação do seu curso nas escolas da região. 
 
OBJETIVOS 
Capacitar o aluno a entender o conceito de extensão, a desenvolver material do 
seu curso para divulgação de produção científica na área tecnológica de forma prática e 
organizada e a contribuir para a formação de uma sociedade mais crítica e consciente por 
meio de uma ação extensionista de comunicação. Ao final da unidade curricular o aluno 
será capaz de desenvolver conteúdo de texto e audiovisual de divulgação científica e 
interagir com a comunidade externa por meio de atividades de extensão. 
 
INTRODUÇÃO 
Neste caderno apresentamos a importância das mídias como instrumento para a 
extensão universitária. É importante salientar que ao falarmos de mídia não estamos 
tomando o valor desse instrumento de forma acrítica. Isto é, não iremos somente 
apontar as contribuições possíveis das mídias para a elaboração de projetos de extensão. 
Trataremos de sua importância,mas não sem antes apresentar uma históriada mídia, que 
demonstre os seus impactos na realidade social e contextualize os motivos que levam ao 
seu uso massivo em nosso tempo. 
Ao mesmo tempo, procuraremos demonstrar como o desenvolvimento de um 
projeto de extensão, que tenha por instrumento as mídias, precisará considerar as 
dimensões sociais, educacionais e históricas em que o projeto proposto irá se inserir. Ter 
em vista um mapeamento do local e dos sujeitos para os quais será destinado os projetos 
é um passo fundamental para a construção de uma atividade extensiva de qualidade. 
Para adentrarmos no estudo sobre o uso das mídias na prática extensiva iremos 
antes repassar alguns pontos importantes. O primeiro deles será discutir o significado da 
extensão universitária. Em segundo lugar, apontarmos as diretrizes legais para o 
desenvolvimento da prática extensiva. Feito isso, iremos iniciar nosso percurso por uma 
breve história da mídia para, em seguida, apresentarmos algumas possibilidades de seu 
uso na prática extensiva e, por fim, sua aplicação no contexto do Novo Ensino Médio. 
 
1. O QUE É EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 
O conceito de extensão está diretamente ligado a utilização do saber 
universitário em ações refletidas sobre a sociedade. Portanto, parte do princípio de que 
as atividades de ensino e pesquisa-iniciação científica desenvolvidas no ambiente 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 5 
acadêmico devem se converter em ações concretas na sociedade, ultrapassando as 
dimensões do espaço universitário. Nesta perspectiva, extensão é um conceito que 
carrega em si uma perspectiva inclusiva do papel social da universidade/centro 
universitário. Mais ainda, compreende a noção de que a transformação da realidade 
social deve ser função central às instituições de ensino superior (SANTOS, 2004). 
Na Constituição Federal, em seu artigo 207, fica estabelecido a indissociabilidade 
entre ensino, pesquisa e extensão como princípio das instituições universitárias. Tal 
princípio está sustentado em uma concepção cidadã de universidade/centro 
universitário, pensada assim como espaço de produção do conhecimento científico, 
construção da aprendizagem e formação para o trabalho, refletindo-se em ações 
externas voltadas à prática da cidadania. Nota-se, portanto, como estes três aspectos – 
ensino, pesquisa e extensão – devem caminhar de forma integrada na trajetória 
universitária. 
Alguns marcos importantes para a consolidação da prática extensiva, além da 
Constituição Federal de 1988, são a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN – Lei nº 9.394/06), os Planos Nacionais de Educação (PNE 2001, 2011, 2014), a 
Política Nacional de Extensão Universitária (pactuada no FORPROEX, 2012), como 
também a Resolução nº 7, de 18 dezembro de 2018, marco regulatório da extensão 
universitária. 
Através destes instrumentos e marcos, a extensão passa a ser reconhecida como 
parte integrante da nova cultura pedagógica para o século XXI, aliando-se de forma 
decisiva ao ensino e à prática da pesquisa-iniciação científica. 
Por cultura pedagógica, compreende-se um conjunto de conhecimentos e ações 
que favoreçam o desenvolvimento de competências e habilidades, capazes de responder 
aos problemas colocados pela sociedade do século XXI. Neste contexto, a articulação 
entre ensino, pesquisa-iniciação científica e extensão tem um papel central na resposta 
aos problemas e dinâmicas colocadas à sociedade do conhecimento. Dentre estes 
problemas, impõe-se a necessidade da construção de projetos que pretendam estimular 
o protagonismo e a iniciativa coletiva em favor da preservação e estímulo das práticas 
socioculturais cidadãs e da transformação social e econômica das comunidades locais. 
 
2. DIRETRIZES PARA A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
Através da Resolução nº 7 de 18 de dezembro de 2018, a qual estabelece as 
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, ficou definido os princípios, 
fundamentos e procedimentos a serem observados nas políticas, gestão e avaliação das 
instituições de educação superior em todo o país. É através deste marco regulatório que 
as atividades acadêmicas de extensão dos cursos de graduação se tornaram parte 
integrante e obrigatória dos componentes curriculares, conforme definido em seu artigo 
2º (BRASIL, 2018). 
De acordo com a concepção, diretrizes e princípios apresentados na Resolução 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 6 
nº 7, a extensão na educação superior brasileira deve se dar por meio da produção e 
aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa-
iniciação científica. No que diz respeito ao Centro Universitário Facvest – UNIFACVEST, a 
pesquisa-iniciação científica articula-se aos projetos de extensão desenvolvidos em cada 
componente curricular. Por sua vez, o ensino deverá instrumentalizar conceitos e 
metodologias para a pesquisa-iniciação científica e extensão, bem como poderá refletir 
as ações empreendidas nas práticas de extensão. 
De outro modo, compreende-se que a interação entre pesquisa-iniciação 
científica e ensino se dará no interior dos componentes curriculares oferecidos na grade 
curricular de cada curso. Essa característica deverá ser estimulada e estará prevista no 
Projeto Político Pedagógico. 
As atividades de extensão deverão fazer parte da matriz curricular dos cursos, 
compondo o mínimo de 10% do total da carga horária do curso (BRASIL, 2018). 
Dentre as concepções e práticas previstas nas Diretrizes da Extensão na 
Educação Superior, podem ser destacadas (BRASIL, 2018): 
1. A interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade; 
2. A formação cidadã dos estudantes; 
3. A produção de mudanças na própria instituição superior e nos demais 
setores da sociedade; 
4. Articulação entre ensino/extensão/pesquisa. 
 
Podem também ser elencados como concepções que estruturam as Diretrizes da 
Extensão na Educação Superior (BRASIL, 2018): 
1. A contribuição na formação integral do estudante; 
2. Estabelecimento de diálogo construtivo e transformador com os demais 
setores da sociedade brasileira, como também internacional, fomentando a 
interculturalidade; 
3. Iniciativas que reflitam o compromisso social das instituições de ensino 
superior em todas as áreas, destacando: a comunicação, cultura, direitos 
humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e produção e 
trabalho. Todas estas áreas em consonância com as diretrizes para a 
educação ambiental, educação étnico-racial, direitos humanos e educação 
indígena; 
4. A contribuição ao enfrentamento das questões estruturais da sociedade 
brasileira, através do desenvolvimento econômico, social e cultural; 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 7 
5. Construção de conhecimentos atualizados e coerentes, que contribuam para 
o desenvolvimento social, equitativo e sustentável. 
Neste sentido, conforme afirmam MIHALIUC e MORAES (2019, p. 3), 
A Resolução CNE/CES n.7/2018 contempla o reconhecimento das “metodologias 
vivenciais” como fator essencial a capacitação dos estudantes como agentes de 
transformação social, declarando, a partir da obrigatoriedade de inserção na 
matriz curricular de percentual de atividades de extensão, a indissociabilidade 
do ensino, da pesquisa e da extensão. Entretanto, mais do que propagar esse 
tripé, a obrigatoriedade da inclusão no currículo das atividades de extensão se 
apresenta como garantia de que o educando se submeterá a estímulos que 
permitam o desenvolvimento não apenas de saberes estritamente técnicos e 
afeitos a determinada área do saber, mas também de atributos essenciais a 
atuação do profissional contemporâneo, tais como ética, solidariedade, 
tolerância, diversidade e empatia, todos esses contidos no compromisso 
universitário com a Responsabilidade Social. 
Algumas das modalidades das atividades extensionistas dar-se-ão na forma de: 1. 
Programas;2. Projetos; 3. Cursos e Oficinas; 4. Eventos; 5. Prestação de serviços. 
No que diz respeito à avaliação, considera-se que a extensão deve estar sujeita à 
contínua autoavaliação crítica, voltando-se para a formação do estudante, a qualificação 
do docente e a relação com a sociedade. A avaliação deverá considerar: 1. A identificação 
da pertinência da atividade de extensão na creditação curricular; 2. A contribuição para a 
realização dos objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional e dos Projetos 
Pedagógicos do Curso; 3. A demonstração dos resultados alcançados (BRASIL, 2018). 
Importa salientar, no que diz respeito ao registro, que as atividades de extensão 
devem ter sua proposta, desenvolvimento e conclusão, devidamente registrados, 
documentados e analisados, favorecendo a organização dos planos de trabalho, as 
metodologias, instrumentos e conhecimentos produzidos. 
 
3. UMA BREVE HISTÓRIA DAS MÍDIAS 
A comunicação de massas é uma das marcas da sociedade capitalista moderna 
desde ao menos a primeira metade do século XX. Podemos afirmar que é o resultado 
direto do desenvolvimento de inúmeras tecnologias voltadas aos processos de 
comunicação. Seu nascimento pode remontar ao desenvolvimento técnico da imprensa 
de tipos móveis do século XV, passando pela fabricação do jornal impresso, da fotografia, 
do cinema, do telégrafo e do telefone no século XIX. 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Imprensa de tipos móveis. Século XVII. Exposta no Museu D’Art de Girona. 
Fonte:https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prensa_de_imprenta.jpg 
 
Contudo, é somente na primeira metade do século XX, na chamada era do rádio 
(HOBSBAWM, 2000), que encontramos todos estes mecanismos de reprodução 
técnica(BENJAMIN, 2012)agindo conjuntamente, cumprindo uma função transformadora 
no que diz respeito a produção e controle de informações. 
Nesta época nascia a Escola de Frankfurt, que encabeçaria a crítica a chamada 
indústria cultural. Juntamente com Walter Benjamin, autores como Adorno e Horkheimer 
procuraram demonstrar como este conjunto de tecnologias se tornou responsável por 
moldar o comportamento social, cultural, econômico e político das sociedades 
modernas. De acordo com Adorno e Horkheimer, a indústria cultural pode ser definida 
como a experiência da transformação da cultura, da arte e da informação em 
mercadorias. 
 
Conforme aponta COSTA (2013, p. 138): 
Adorno e Horkheimer constatam que o cinema e o rádio, por exemplo, não 
precisam mais se camuflar de arte, uma vez que o caráter de mercadoria já está 
estampado em cada um deles. Música, cinema, literatura magazine, etc., tudo 
está a serviço do mercado. “A verdade de que não passam de um negócio, eles 
a utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que propositalmente 
produzem” (ADORNO. HORKHEIMER, 1985, p. 100). Para eles, o novo não é a 
atitude comercial da obra de arte, mas o fato de hoje serem de fato indústrias 
como tal, renegando a própria ideia de arte. 
 
 
 
 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prensa_de_imprenta.jpg
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Cinematógrafo - câmera de filme dos irmãos Lumière em 1895. 
Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinematogr
apho_Aparelho.jpg 
 
GLOSSÁRIO 
O termo reprodução técnica ou reprodutibilidade técnica foi cunhado pelo 
filósofo alemão Walter Benjamin. Em seu estudo sobre a transformação da arte na era da 
reprodução técnica, Benjamin apontava que a desenvolvimento de tecnologias como a 
imprensa, a fotografia e o cinema foram decisivos para moldar um novo comportamento 
tanto na produção quanto no consumo da arte. Segundo o autor, a reprodução técnica 
levaria a arte a perder sua aura, ou seja, perder tanto a experiência estética do artista 
quanto a autenticidade da obra, em favor de um controle maior do artista e da 
reprodução massiva para o consumo mercadológico da obra de arte. 
 
Nas décadas de 1960 e 1970, época do surgimento da televisão, a massificação 
cultural sob orientação da indústria cultural chegará a tal ponto, que se irá constituir nas 
sociedades contemporâneas o que Guy Debord denominou de sociedade do espetáculo. 
De acordo com Debord, a sociedade do espetáculo seria a nova fase cultural do 
capitalismo. Nesta etapa, a imagem é um instrumento central para mediar as relações 
sociais. Mais ainda, a imagem se transforma em um instrumento que cumpre o papel de 
mediar não somente as informações entre emissor e receptor, mas mediar a produção e 
o consumo. Sendo assim, a indústria cultural e os grandes meios de comunicação se 
convertem em propulsores de um estilo de vida pautado no consumo, em que as 
imagens têm um papel central como mediadoras do processo de comunicação e 
orientação do comportamento cultural. 
Na era digital, ao menos desde a década 1990, todos estes instrumentos de 
comunicação e suas estratégias foram condensados em novas experiências mediadas a 
partir de agora pelo computador. 
Atualmente, em pleno século XXI, estarmos inseridos em um contexto histórico 
no qual as redes de intercomunicação e interdependência se ampliaram notavelmente. O 
que denominamos de sociedade moderna ou pós-moderna poderia, assim, ser mais bem 
compreendido ao observarmos a imensa rede de intercomunicação que nos envolve 
https://en.wikipedia.org/wiki/Auguste_and_Louis_Lumi%C3%A8re
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinematographo_Aparelho.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinematographo_Aparelho.jpg
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 10 
cotidianamente. A comunicação acelerada e a ampliação técnica e utilitária das mídias 
digitais é, portanto, um dos maiores fenômenos do que BAUMAN (2001) denomina de 
modernidade líquida. 
O conceito de modernidade líquida pode ser melhor entendido quando nos 
damos conta de que adentramos em uma fase da modernidade em que a quantificação 
de dados e a transformação acelerada das sociedades (dos comportamentos à 
economia) chegaram a tal ponto que não somos capazes de produzir formas sociais que 
se mantenham estáveis por um período seguro de tempo. Um bom exemplo disso é a 
quantidade de informações que nos chega diariamente através das redes sociais e dos 
grupos de WhatsApp. Mal temos tempo de digerir as informações e logo somos 
obrigados e consumir mais, o que dificulta inclusive o processo de consolidação de uma 
experiência genuína de conhecimento. 
 
DICA DE LIVRO 
 
Frankfurt: história, desenvolvimento teórico, significação política apresenta o 
movimento desde a fundação do Instituto de Pesquisas Sociais da Escola de Frankfurt, 
patrocinado por Felix Weil, na década de 1920, até as novas gerações, na década de 1960 
e 1970, e a posterior reorganização do instituto nos Estados Unidos da América (EUA) 
por Horkheimer. Essa escola foi responsável pela interligação de singulares intelectuais 
marxistas, como Adorno, Benjamin, Marcuse, Habermas, Neumann, Kirchheimer e o 
próprio Horkheimer, que foram responsáveis pela elaboração de uma inovadora crítica à 
modernidade e às formas de produção cultural no interior do sistema capitalista. 
WIGGERSHAUS, R. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002. 
 
Feito este breve percurso histórico pela história da mídia, podemos então 
compreender quais questões sócio-históricas e quais problemas devem ser considerados 
ao se pensar um projeto de extensão a partir do uso das mídias. Isto é, nenhum projeto 
que pretenda fazer uso das mídias poderá deixar de levar em consideração os impactos 
que ela produz na realidade social e o papel que ela pode desempenhar como 
instrumento de emancipação e cidadania das populações. 
Sendo assim, a construção de um projeto de extensão passa necessariamente 
pela detecção e reconhecimento dos problemas enfrentados pelas sociedades do século 
XXI em nível global,sem jamais esquecer a importância das particularidades do contexto 
local. Assim, é entre o global e o local que a proposição de um projeto extensivo deverá 
ser pensado e construído. Essa perspectiva de abordagem se torna ainda mais necessária 
quando o assunto são as mídias digitais, o maior instrumento de comunicação de massa 
na contemporaneidade. 
 
4. MÍDIAS DIGITAIS: CONSTRUINDO PONTES PARA A AÇÃO EXTENSIVA 
Com o advento das mídias digitais a proposta de atividade extensiva ganhou um 
outro perfil na contemporaneidade. A antiga ideia de romper as barreiras da 
universidade/centro universitário não está mais presa ao contato presencial.As mídias 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 11 
digitais têm tornado o contato com o público externo uma possibilidade cada vez mais 
concreta. 
Importante salientar que um dos grandes desafios na aplicabilidade de um 
projeto de extensão é a disponibilidade para o deslocamento e aplicação do projeto fora 
da universidade/centro universitário. Em um estudo desenvolvido sobre a extensão na 
formação dos profissionais de História na UFRN, COSTA (2010, p. 43) afirma, a partir da 
análise de entrevistas com professores do curso de História, que 
 
Além de trazer à tona uma lógica que é preciso ser repensada na universidade, a 
da disponibilidade dos alunos da graduação, o professor sugere uma “inversão” 
na maneira em que se pensa a “extensão”: ao invés de colocá-la como saída dos 
muros da universidade, ele propõe justamente o contrário, trazer a sociedade 
para dentro da universidade. O que não deixa de significar um diálogo entre os 
dois. 
Nesta perspectiva, podemos elencar alguns instrumentos e estratégias que 
poderão ser úteis para a organização de um projeto de extensão baseado nas mídias 
digitais, o qual seja capaz de cumprir o papel de aproximar sociedade e centro 
universitário. 
Apresentaremos três possibilidades de uso das mídias digitais para o projeto 
extensivo, tendo sempre em vista se tratar de uma indicação a título de exemplo. A 
elaboração e execução do projeto de extensão dependerá sempre do contexto curricular 
de cada curso e dos eixos temáticos pertinentes, sempre em constante interação entre 
professor/orientador e acadêmicos. 
 
4.1. CANAL NO YOUTUBE 
O Youtube é atualmente uma das maiores plataformas de compartilhamento 
audiovisual do mundo. Através dela é possível acessar e produzir vídeos, músicas, 
podcasts, lives, além de servir como streaming1. Diante de tamanha versatilidade, esta 
plataforma tem sido usada como instrumento de trabalho para uma infinidade de 
profissionais, muito além dos youtubers,como também como instrumento da grande 
mídia e das mídias alternativas. 
 
Figura 3:Logotipo do 
Youtubehttps://commons.wikimedia.org/wiki/File:YOUTUBE_LOGO.png#/media/File:YOUTUBE_LOGO.png 
 
1 Meio de transmissão de dados por áudio ou vídeo sem necessidade de download. 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:YOUTUBE_LOGO.png#/media/File:YOUTUBE_LOGO.png
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 12 
Mas, nesta ocasião, um elemento importantíssimo a ser considerado são os 
estudantes da educação básica, um grupo que faz uso desta ferramenta, principalmente 
pelo fator de acesso aos conteúdos fornecidos, a exemplo das videoaulas. E, por este 
motivo, podemos considerar o Youtube um instrumento vital para a produção da 
comunicação extensiva. 
Considerando esse fator de atratividade e comunicação, poderá ser proposto 
como projeto de extensão a criação de um canal no Youtube, para instrumentalizar a 
comunicação com as escolas, fornecendo informações sobre as atividades do curso de 
graduação e disciplina em questão. 
Mais ainda, o Youtube poderá ser utilizado como forma desuprir necessidades 
identificadas no contexto escolar. Neste sentido, a produção de conteúdos voltados a 
uma determinada área do conhecimento poderá instrumentalizar alunos e professores 
na produção de aulas, métodos e estratégias de pesquisa, organização de projetos para a 
resolução de problemas locais, bem como auxiliando a elaboração de projetos 
integradores, sobre os quais falaremos na última parte dedicada ao contexto da nova 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Novo Ensino Médio. 
 
4.2. PODCAST 
O podcast é uma mídia digital bastante utilizada para a produção de programas 
de áudio, o qual pode ser baixado ou reproduzido na forma de streaming. O uso desta 
ferramenta teve uma média de crescimento de 21% ao mês desde janeiro de 2018 
(LOUBAK, 2019). Esse tipo de transmissão em áudio pode ser bastante eficaz, tendo o 
papel similar ao rádio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4:Diogo do Defante no Podpah. 2021. 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 13 
A produção de um programa de podcast pode ser de grande utilidade 
informativa e para produção de conteúdo para estudantes do Ensino Médio. Pode ser 
tanto um meio de divulgação dos cursos e temáticas encontradas nas disciplinas de cada 
curso, como também um meio de ampliar o acesso ao que é produzido no interior da 
universidade-centro universitário. 
 
4.3. BLOG 
O blog foi originalmente criado como uma espécie de diário digital. Contudo, o 
crescimento do seu uso, acabou o convertendo em instrumento útil para a produção de 
notícias, haja vista a possibilidade de uso de imagens, textos e hiperlinks, que o permite 
ligar-se a outros blogs, sites e plataformas digitais. Ao mesmo tempo, sua qualidade 
cronológica, possibilita o acesso temporal das notícias, conteúdos e informações mais 
recentes as mais antigas. 
 O blog é, assim, um instrumento virtuoso para a produção de conteúdos 
diários na forma de textos, imagens ou mesmo vídeos. Como instrumento na 
organização de projetos de extensão ele pode abrir pontes de contato entre as notícias, 
conteúdos e informações produzidas por um determinado curso e disciplina a um público 
amplo e diversificado. 
 Contudo, na proposta de um projeto de extensão que queira se valer deste 
instrumento é importante ter em vista o público desejado e o tipo de informação, o eixo 
temático a ser desenvolvido neste espaço. 
 
 
5. CONSTRUINDO A COMUNICAÇÃO COM AS ESCOLAS NO CONTEXTO DA NOVA BNCC 
A organização de um projeto de extensão voltado para a comunicação com as 
escolas deve considerar, obrigatoriamente, as transformações geradas a partir da nova 
Base Nacional Comum Curricular – BNCC(BRASIL, 2018). Nela encontramos uma nova 
postura com relação ao uso das mídias e da cultura digital na formação dos estudantes 
da educação básica. Primeiramente, cabe destacar a nova abordagem baseada em 
competências e habilidades e centrada no protagonismo do estudante. Tais aspectos nos 
sugerem que a formação educacional, a partir de então, deve passar pela organização de 
uma experiência de pesquisa e desenvolvimento de projetos nas escolas. Em segundo 
lugar, o formato da nova base leva em consideração a integração entre os componentes 
curriculares, seja na forma de conteúdo ou na proposição de projetos. 
Entre os diversos projetos possíveis de serem desenvolvidos, destacam-se os 
projetos integradores. Estes projetos tem a função de instrumentalizar os alunos com 
temas e métodos de pesquisa que dialoguem diretamente com os problemas 
enfrentados na sociedade contemporânea em nível global e local. Assim, o projeto 
integrador deve desenvolver, de forma interdisciplinar e dividido por áreas do 
conhecimento, temas de pesquisa que se relacionem com as competências e habilidades 
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 14 
propostas na BNCC. Por este motivo, é fundamental em conformidade com as 
competências e habilidades, abordar a temática da cultura digital e dos meios de 
comunicação. 
Reconhecer esse novo cenário nas escolas é um importante passo para que se 
possa planejar projetos de extensão quesaibam se valer do que estará sendo produzido 
nas escolas, fomentando, auxiliando a produção, bem como identificando que tipos de 
demandas e apoios um projeto extensivo poderá fornecer aos estudantes do Novo 
Ensino Médio. 
Considerando tal proposta, iremos verificar agora como alguns projetos de 
extensão poderão ser organizados, tendo em vista o novo horizonte educacional do 
Novo Ensino Médio para o estudante brasileiro a partir de 2022. 
 
 
5.1 STEAM 
Criado nos Estados Unidos na década de 1990, STEAM é um acrônimo em inglês 
para as disciplinas Science, Technology, Engineering, ArtsandMathematics(Ciências, 
Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), partindo da constatação de que há um 
desinteresse de alunos pelas ciências exatas. 
O STEAM trabalha com metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem. 
Neste sentido, envolve a investigação cientifica, o trabalho por projetos, o uso da 
programação, da robótica, inserindo-se assim como parte do chamado movimento 
maker. 
No contexto do STEAM, é possível a organização de propostas de extensão 
através das mídias, visando instrumentalizar os alunos com os conhecimentos 
desenvolvidos na grade curricular de cada curso. 
EXEMPLOS POR ÁREA DO CONHECIMENTO 
1. CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO: Projeto de extensão na forma de um podcast, que 
forneça orientações e informações sobre robótica; 
2. CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS: Projetos de extensão no formato de canal no 
Youtube, que forneça informações sobre a produção de dados quantitativos em pesquisa ou 
processo de fabricação de materiais; 
3. EDUCAÇÃO: projeto de extensão que adote o projeto local de organização de uma 
web rádio comunitária junto à comunidade escolar; 
4. CIÊNCIAS DA NATUREZA: projeto de extensão através de canal no Youtube ou blog, 
que instrumentalize a prática da permacultura e de hortas urbanas nas escolas. 
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5.2 MIDIAEDUCAÇÃO 
 Os projetos integradores de mídia educação aparecem nas propostas da 
BNCC como forma de instrumentalizar a competência geral de cultura digital. Essa é uma 
das competências centrais para os alunos do novo ensino médio, que tem por função 
compreender, utilizar e criar mídias digitais de forma crítica, significativa e ética. 
 Diante desta questão, a pergunta que devemos levantar como 
universidade/centro universitário é: como um projeto de extensão poderá contribuir para 
o desenvolvimento do projeto integrador de mídia educação nas escolas da região? 
 Primeiramente, procurando fornecer subsídios para a realização da 
competência geral de cultura digital. Sobre essa competência, a BNCC (2018) afirma que 
seu objetivo é: 
 
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação 
de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais 
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, 
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria 
na vida pessoal e coletiva. 
 
Nesse sentido, desde o Ensino Fundamental está previsto o desenvolvimento 
das seguintes habilidades: 1. Utilização de ferramentas digitais; 2. Produção multimídia; 3. 
Linguagens de programação; 4. Domínio de algoritmo; 5. Visualização e análise de dados; 
6. Mundo digital; 7. Uso ético. Como se pode perceber, os estudantes deverão estar 
preparados para chegar ao Ensino Médio com o domínio destas habilidades. Contudo no 
Ensino Médio, a aplicação prática poderá se dar na forma dos projetos integradores 
voltados para a mídia educação. 
Reconhecendo essa necessidade, poder-se-á, então, produzir um levantamento 
dos projetos de mídia educação em curso nas escolas escolhidas, para em seguida 
organizar projetos de extensão que auxiliem através das mídias digitais na identificação e 
resolução das demandas da escola, de seus respectivos alunos e professores envolvidos 
no projeto integrador local. 
O segundo passo é propor, como explicitado anteriormente na prática do 
STEAM, uma prática extensiva que se valha das próprias mídias digitais para orientar 
alunos e professores em suas necessidades. Para isso, salientamos a necessidade de 
produzir um projeto extensivo que leve em consideração as demandas locais da escola 
escolhida, realizando de antemão um levantamento dos projetos integradores em curso 
e das condições e desafios para aplicabilidade do projeto extensivo. Com o mapeamento 
concreto dos projetos integradores em curso, recursos técnicos à disposição, número de 
alunos envolvidos, dificuldades encontradas no contexto local, poder-se-áplanejar um 
projeto de extensão coerente com as reais condições e desafios da educação básica, 
contribuindo para a inclusão cidadã de alunos e professores. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A proposta de um projeto de extensão que se valha das mídias digitais deverá 
sempre levar em consideração a aplicabilidade do projeto. Isso significa, em primeiro 
lugar, ter em vista a necessidade de um mapeamento claro dos recursos digitais 
disponíveis (tanto no centro universitário quanto no local de aplicação do projeto 
extensivo), das possibilidades de acesso do público alvo e de suas demandas mais 
prementes. 
Organizar um projeto é uma tarefa realizada na forma de parcerias. 
Professores/orientadores, acadêmicos e público alvo devem trabalhar em sintonia, o que 
significa comunicação constante. Contudo, é fundamental se ter clareza dos objetivos do 
projeto e dos desafios de sua aplicação. Reconhecer esses desafios é um processo que se 
dá na própria execução do projeto. 
Portanto, ter em vista a comunicação constante entre os protagonistas 
(orientadores, acadêmicos e público alvo) de um projeto de extensão é saber trilhar o 
caminho de sua execução. Assim, manter-se atento ao contexto local e as dimensões e 
dificuldades nele presentes é o caminho para a construção de uma atividade extensiva 
que leve em conta a realidade própria de sua execução, marcada pela maleabilidade e 
ajustamento de rotas, necessárias a consecução dos objetivos propostos no projeto. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018 
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que 
estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o 
disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014. Disponível em: http://mec.gov.br. acesso em: 
29 de março de 2021. 
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Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012, 
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COSTA, Aryana Lima. A extensão na formação de profissionais de história. In: Revista 
Brasileira de História. São Paulo, v. 30, nº 60, p. 35-53, 2010. 
COSTA, Jean Henrique. A atualidade da discussão sobre a indústria cultural em Theodor W. 
Adorno. Trans / Form / Ação, Marília, v. 36, n. 2, pág. 135-154, agosto de 2013. Disponível 
em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010131732013000200009&lng=e
http://mec.gov.br/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010131732013000200009&lng=en&nrm=iso
Extensão 2: Universidade em rede 
NEAD – UNIFACVEST | 17 
n&nrm=iso.acesso em 18 de março de 2021. 
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. Cia das Letras: São Paulo, 2000. 
LOUBAK, Ana Letícia. O que é podcast? Saiba tudo sobre os programas de áudio online. 
2019. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/o-que-e-podcast-
saiba-tudo-sobre-os-programas-de-audio-online.ghtml. Acesso em 12 de março de 2021. 
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da Universidade. São Paulo: Cortez, 2004. 120p. (Coleção questões da nossaépoca; v. 
120). 
MIHALIUC, Katherinne de Macêdo Maciel; MORAES, Silvia Elizabeth. Atividades de 
Extensão nos Currículos dos Cursos de Graduação: Formação Socialmente Responsável e 
Considerações à luz da Resolução CNE/CES N.7/2018. VI Congresso Internacional do 
Direito da Lusofonia. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2019. Disponível 
em:https://www.unifor.br/documents/392178/2741263/Congresso-Internacional-da-
Lusofonia-GT9Atividades+de+extensao+nos+curriculos+dos+cursos.pdf/d88172d6-6c33-
08b2-e795-9ad7fa8633bc. Acesso em 20 de abril de 2021. 
 
 
https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/o-que-e-podcast-saiba-tudo-sobre-os-programas-de-audio-online.ghtml
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