Buscar

prova virologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avaliação de Virologia – MARIANA MENDES ROVERE
Perguntas:
1- Disserte sobre os componentes que estruturam a partícula viral. (Propriedades Gerais dos Vírus)
2- Explique de que forma ocorre o estabelecimento da infecção. Ou seja, comente os fatores necessários para
que o vírus consiga gerar uma infecção no hospedeiro. (Patogênese nas Infecções Virais)
3- Classifique os tipos de hepatite de acordo com a via de transmissão e a capacidade de gerar doença
crônica ou aguda. (hepatites virais)
4- Explique o mecanismo do vírus HIV na interação com as células-alvo e dê exemplos de terapias
antivirais. (HIV/AIDS)
5- Comente sobre as principais arboviroses: Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika, evidenciando as
similaridades e particularidades de cada uma e sintomas. (Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika)
6- Sobre herpes simples e varicela zoster, responda: (Herpes Simplex e Varicela Zoster)
a) Comente sobre o vírus herpes 1 e 2, suas zonas de tropismo, o ciclo de replicação desses vírus e como
ocorre a transmissão.
b) Comente sobre a varicela zoster, seus sítios de infecção, transmissão, diferenciando-a da herpes simples.
7- O vírus Epstein-barr está relacionado a cânceres, como o carcinoma de nasofaringe, Linfoma de Burkitt e
Doença de Hodgkin. Além disso, pode causar doenças em pessoa imunossuprimidas como Leucoplasia
pilosa oral, Pneumoniteintersticial linfoide e Desordens linfoproliferativas. Em pessoas imunocompetentes,
é o principal causador da mononucleose infecciosa, a chamada “doença do beijo” explique o porquê dessa
fama e relacione o vírus com a mononucleose. (EBV – Mononucleose Infecciosa)
8- Comente sobre os tipos de vírus influenza, sua estrutura e mecanismo de infecção celular e descreva os
sintomas da gripe. (Vírus respiratórios - Influenza)
1- Disserte sobre os componentes que estruturam a partícula viral.
Capsídeo: É a capa de proteína que envolve diretamente o ácido nucleico . O capsídeo é formado por
subunidades proteicas. Para o vírus reduzir o tamanho do seu genoma, são utilizadas poucas subunidades
proteicas para formar o capsídeo, sendo elas repetidas por toda a estrutura e resultado em uma forma, que
pode ser icosaédrica, helicoidal ou complexa.
Envelope: Alguns vírus contám uma estrutura externa ao capsídeo, denominada envelope. O envelope é
derivado das membranas celulares (portanto, a composição é fosfolipídica) e sua aquisição é realizada por
um processo denominado brotamento. Alguns vírus, entre o envelope e o capsídeo, possuem proteínas
matrizes.
Ácido nucleico viral: A maioria dos genomas virais é composta de uma única cópia de cada gene
(haploide), com exceção do genoma dos retrovírus, que apresentam duas cópias de cada gene (diploide). Os
genomas virais podem ser de fita dupla, fita simples, circular ou linear. Além disso, podem apresentar
genoma único (apenas uma fita) ou segmentado.
Espículas virais: são glicoproteínas inseridas no envelope viral, com a função de reconhecer receptores
celulares para que ocorra a interação com a célula hospedeira.
2- Explique de que forma ocorre o estabelecimento da infecção. Ou seja, comente os fatores
necessários para que o vírus consiga gerar uma infecção no hospedeiro.
É necessário que o inóculo viral seja suficiente para causar infecção. Isso porque os vírus podem sofrer
interferência do meio ambiente, e dessa forma perder a virulência. Por isso, um inóculo mínimo é preciso
para que partículas virais viáveis consigam infectar a célula.
Além disso, é preciso que o sistema imune do hospedeiro não seja capaz de controlar aquela infecção,
seja por uma deficiência imunológica ou através de estratégias do vírus para escapar da defesa do organismo
hospedeiro.
Ainda, para que a infecção seja bem-sucedida, o vírus deve encontrar uma célula suscetível, ou seja, precisa
reconhecer os receptores celulares e permissiva, ou seja, deve possuir produtos intracelulares necessários
para a replicação do vírus.
3- Classifique os tipos de hepatite de acordo com a via de transmissão e a capacidade de gerar doença
crônica ou aguda.
Os vírus que causam hepatite são muito diferentes entre si, são de famílias e gêneros diferentes, o que eles
têm em comum é o tropismo pelo fígado e causam inflamação hepática.
Os vírus da hepatite A e da hepatite E são de transmissão entérica (ou seja, pela vida fecal-oral) e causam
hepatite aguda. Essas hepatites são comuns em regiões pobres, onde as condições sanitárias são precárias.
Os vírus da hepatite B e C são transmitidos porr via parenteral e são os principais causadores virais de
hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular.
O vírus da hepatite D não causa hepatite sozinho, mas pode intensificar o quadro se associado ao vírus da
hepatite B, ou seja, é um vírus defectivo. Isso ocorre porque o virus da hepatite D não possui a informação
genética para produzir proteínas de superfície, logo quem produz essas proteínas para ele é o vírus da
hepatite D. A associação dos dois vírus causa um quadro severo.
Os vírus da hepatite A e E: São os que provocam hepatite aguda. Na hepatite aguda, o organismo é capaz de
eliminar o vírus completamente do organismo. O vírus se replica no fígado, seu ciclo é lítico, e então o vírus
é eliminado nas fezes. A eliminação viral é maior no início dos sintomas e declina rapidamente. Logo depois
dessa fase aguda, o vírus é eliminado no sangue juntamente com uma resposta imune que é montada contra
ele, então o vírus é completamente eliminado e os sintomas acabam decaindo .
São vírus não envelopados, pois, como a via de transmissão é fecal oral, o envelope seria desfeito no
estômago (pois é de origem lipidica) e assim o vírus estaria desprotegido e perderia sua capacidade
infecciosa.
Os vírus da Hepatite B e C: São os que provocam hepatite crônica. Eles tem persistência de replicação viral.
Numa infecção crônica o vírus não para de se replicar, eles estão constantemente se replicando no
hepatócito. Porém essa taxa de replicação e dano hapático ocorre de maneira lenta, assim os sintomas são
percebidos mais tardiamente. Eles podem gerar outros quadros graves, como cirroses e hepatocarcinomas.
Nos virus agudos, eles entram e rompem os hepatócitos, danificam o fígado, mas depois o fígado se
regenera. Com os virus crônicos, eles se replicam constantemente de forma mais lenta causando dano e isso
pode evoluir para casos que vão além da morte celular, transformando a célula e causando um tumor. Então
na doença crônica o organismo não elimina o vírus, dessa forma o dano hepático é constante e lento, o que
pode, com o passar dos anos, causar consequências sérias para o hospedeiro.
4- Explique o mecanismo do vírus HIV na interação com as células-alvo e dê exemplos de terapias
antivirais.
O HIV é um retrovírus, ou seja, utiliza um molde de RNA para produzir DNA através de uma transcriptase
reversa.
Os retrovírus precisam integrar o DNA recém-formado no genoma do hospedeiro, para isso, o vírus possui
uma enzima chamada INTEGRASE , que é específica dos retrovírus. Com isso, mesmo que o vírus seja
eliminado, o genoma já está alterado. Ou seja, para curar esse indivíduo, é preciso eliminar todas as células
que já estiveram em contato com o vírus, pois o genoma viral está integrado nelas.
A glicoproteína 120 (gp de superfície) do vírus tem alta afinidade por cd4, que está expressa em linfócitos T
helper, macrófagos, células dendríticas e células da microglia. Além dessa afinidade e ligação, o vírus
precisa de mais estabilidade com a célula. Assim, o vírus se liga com receptores de quimiocinas nas células
de defesa, principalmente os receptores CCR5 e CXCR4. Essa interação induz a uma mudança na gp 120,
expondo a gp41, e permite que a gp 41 induza a fusão das membrnas e o vírus libera o genoma viral no
citoplasma da célula.
O CXCR4 e CCR5 estão presentes em linfócitos. Os monócitos, macrófagos e células dendríticas não
possuem CXCR4, somente CCR5.
Os macrófagos e as células dendríticas são as principais células presentes nas mucosas, que é a principal via
de transmissãodo HIV. Tem uma necessidade, portanto, de o vírus utilizar CCR5 disponível para infectar
essas células presentes nas mucosas. Se o vírus tiver qualquer dificuldade de usar o CCR5, não terá sucesso
no estabelecimento da infecção.
A maior parte da resposta humoral é contra a gp120 (molécula mais de superfície), que é o local do genoma
em que há uma maior variação, por isso o vírus consegue mutar muito essa proteína.
Terapia
1- Fármaco se liga ao peptídeo hidrofóbico ( gp 41), impede a fusão das membranas, inibindo, assim, a
replicação. Porém esse tratamento é muito tóxico.
2- Há um medicamento que se liga ao CCR5 que impede que a gp 120 se ligue a ele, acabando com a
funcionalidade do CCR5
3- Os principais medicamentos utilizados para o tratamento da aids são os inibidores da transcriptase
reversa. Ao bloquear essa enzima, ela irá perder completamente a sua funcionalidade
4- a integrase é um alvo para fármacos que irão bloqueá-la. Assim, há o bloqueio da replicação, provocando
a morte do vírus
5- Durante a etapa de brotamento, o vírus precisa sofrer ativação de uma protease para estar maduro e poder
infectar. Alguns fármacos inibem essas proteases, sendo esses os mais eficazes na eliminação do vírus.
Porém, são muito tóxicos.
5- Comente sobre as principais arboviroses: Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika,
evidenciando as similaridades e particularidades de cada uma e sintomas.
A dengue, zika e a febre amarela pertencem a uma mesma família, a flavividae. E também ao mesmo
gênero, flavivírus.
A chikungunya é da família togaviridae, e o gênero é o alfavírus.
As arboviroses apresentam dois períodos diferentes: período intrínseco, que ocorre dentro do hospedeiro e o
período extrínseco, que ocorre dentro do inseto.
Febre amarela
O vírus penetra pela pele, após inoculação pelo mosquito infectado e depois é replicado nos linfonodos A
seguir, dissemina-se a outros órgãos através da corrente sanguínea, como fígado, rins, medula óssea, sistema
nervoso central, coração, pâncreas, baço e linfonodos. As lesões são mais proeminentes no fígado e nos rins,
com destruição de grande quantidade de células parenquimatosas.
O fígado produz os fatores de coagulação. Quando o fígado está afetado, ocorre uma queda no número de
plaquetas e de fatores de coagulação, o que pode causar hemorragias.
Nos rins, ocorre prejuízo na filtração e diminuição da urina. Isso causa um aumento da intoxicação
sistêmica.
Sintomas: febre alta, dores de cabeça, mialgia(dor muscular), anorexia e sinal de FAGET (sintoma
característico da FA, caracterizado por febre alta e pulso fraco). O quadro grave tem como sintoma icterícia,
que evidencia o dano hepático.
Dengue
Sintomas: febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, cansaço MUITO grande, exantema (erupções
cutâneas avermelhadas, também chamado de rash).
As primeiras células infectadas, após a inoculação viral por picada do mosquito, são as células dendríticas na
pele (células de Langerhans). Ocorre a replicação inicial na porta de entrada e posterior migração para os
linfonodos. A seguir, o vírus atinge a corrente sanguínea (viremia) provocando a fase febril aguda, que dura,
geralmente, de 3 a 5 dias. Além disso, os vírus são capazes de induzir a morte de células não infectadas.
Assim, as primeiras características observadas em um paciente com dengue são as petéquias (pontos
hemorrágicos) espalhadas pelo corpo e plaquetopenia, seguida por uma leucocitose.
Da corrente sanguínea, os vírus são disseminados a órgãos como fígado, baço, linfonodos regionais, medula
óssea, podendo atingir pulmão, coração e trato gastrointestinal.
Vírus da Zika
Ele pertence à família Flaviviridae, a mesma dos vírus da dengue e da febre amarela, e foi isolado, pela
primeira vez em 1947, em macacos na Floresta de Zika, em Uganda, na África.
Sintomas: febre branda, exantema seguido de coceira (rash), dor de cabeça, no corpo e nas articulações,
fotofobia, conjutivite, cansaço extremo, aumento de gânglios linfáticos, diarreia, náuseas.
Os sintomas da Zika são brandos, por isso inicialmente não levantou muita preocupação entre as entidades
de saúde. Porém, sua ligação com a microcefalia e a síndrome de guillain-barré (um tipo de paralisia) levou
a tratar a Zika como uma questão mais séria.
Vírus da Chikungunya
Sintomas:
• Febre alta
• dores e inchaço nas articulações, pois o vírus tem tropismo por células sinoviais, o que cauda edema na
região, já que o sistema imune é recrutado, levando a um quadro inflamatório. Em alguns casos, pode levar a
dor articular crônica, por isso é importante o repouso e tratamento adequado.
http://drauziovarella.com.br/letras/f/febre-amarela/
O quadro evolui para a cura em sete a dez dias, sendo raros os casos de óbito por conta desse vírus.
6- Sobre herpes simples e varicela zoster, responda:
a) Comente sobre o vírus herpes 1 e 2, suas zonas de tropismo, o ciclo de replicação desses vírus e
como ocorre a transmissão.
Herpes simples é uma infecção causada pelo vírus herpes humano (HSV 1 e 2) que se caracteriza pelo
aparecimento de pequenas bolhas agrupadas especialmente nos lábios e genitais mas que podem surgir em
qualquer outra parte do corpo.
O tipo 1 está preferencialmente associado com a herpes oral, enquanto que o tipo 2 está mais associado com
a herpes genital. O vírus possui um ciclo lítico e um ciclo latente.
O ciclo lítico ocorre nas células da mucosa, que é responsável pela lise celular, é por isso que nesse
momento ocorre a formação das feridas (seja oral ou genital), pois um dano é gerado na mucosa devido à
morte das células.
O ciclo latente é assintomático, ou seja, a pessoa não vai apresentar feridas. Porém, o vírus está presente nas
células neuronais do nervo que inerva aquela região. O vírus pode se tornar ativo novamente, migrando para
as células da mucosa e entrando no ciclo lítico. O vírus nunca será eliminado do indivíduo, sempre vai estar
latete com momentos de ativação do ciclo lítico.
Os vírus da herpes 1 e 2 podem ser transmitidos de pessoa para pessoa somente quando estiver em ciclo
lítico. Ou seja, a pessoa infectada precisa ter uma ferida ativa para conseguir transmitir para outra pessoa.
Porém, as vezes a ferida é muito sutil ou pouco perceptível, e mesmo assim isso significa que o vírus está
em ciclo lítico, logo a herpes pode ser transmitida através do contato sexual ou com a mucosa oral.
b) Comente sobre a varicela zoster, seus sítios de infecção, transmissão, diferenciando-a da herpes
simples.
A varicela, assim como a herpes simples, também apresenta um ciclo lítico e um latente, no qual o vírus se
encontra inativo no neurônio.
Esse vírus provoca a catapora. A catapora é caracterizada por lesões por todo o corpo, então essa é uma
diferença: é uma doença com manifestações sistêmicas, não locais como ocorre no caso da herpes simples.
A catapora consite na infecção primária pelo vírus varicela zoster.
Além disso, a transmissão desse vírus ocorre pela via respiratória, diferentemente da herpes simples que
ocorre pelo contato com a mucosa. O indivíduo aspira o vírus, o vírus toma a corrente sanguínea e depois
chega na pele.
A reativação desse vírus não ocorre sistemicamente como é na infecção primária. O vírus fica em latência no
neurônio mas pode voltar ao seu ciclo lítico, a doença nesse caso não é a catapora, é a herpes zoster. A
herpes zoster afeta uma parte específica do corpo, que é variável de caso para caso, mas a lesão é sempre em
feixe e é dolorosa.
7- O vírus Epstein-barr está relacionado a cânceres, como o carcinoma de nasofaringe, Linfoma de
Burkitt e Doença de Hodgkin. Além disso, pode causar doenças em pessoa imunossuprimidas como
Leucoplasia pilosa oral, Pneumoniteintersticial linfoide e Desordens linfoproliferativas. Em pessoas
imunocompetentes, é o principal causador da mononucleose infecciosa, a chamada “doença do beijo”
explique o porquê dessa fama e relacione o vírus com a mononucleose.
O vírus Epstein barr foi descrito como pertencente ao grupo do herpesvírus e está classificado na família
Herpesviridae, egênero Lymphocryptovirus, sendo também denominado de herpesvírus humano 4 (HHV-4).
Foram identificadas 2 espécies de EBV circulantes nas populações, nomeados de EBV-1 e EBV2.
O genoma consiste em uma molécula de DNA de fita dupla, é um vírus envelopado e pode realizar 2 tipos
de ciclos replicativos: lítico e latente. Os linfócitos B e as células epiteliais são os principais sítios de
infecção.
A infecção geralmente ocorre pelo contato direto com secreções orais, por isso a mononucleose é conhecida
como doença do beijo. Provoca febre, enfartamento dos gânglios do pescoço e das axilas, comprometimento
do fígado e do baço, entre outros sintomas.
A porta de entrada é a mucosa da boca e a faringe da pessoa que não teve contato anterior com o vírus, mas
as células do tecido linfoide são o alvo da infecção pelo Epstein-Barr. Nos linfócitos B, o Epstein Barr se
prolifera e invade a corrente sanguínea, provocando viremia, pois espalha-se por todo organismo humano
onde existam células linfoides. Portanto, a doença dissemina-se pelo fígado, baço, medula óssea e gânglios
linfáticos.
Os sintomas são febre, comprometimento da garganta e da faringe, com formação de placas brancas e
exsudato (líquido com alto teor de proteínas e leucócitos) que lembram as lesões da candidíase (sapinho). Os
gânglios linfáticos avolumam-se, particularmente os do pescoço, e a infecção também pode provocar
alterações no fígado e no baço. Além disso, um sintoma é o sinal de Hoagland, que é caracterizado por
 inchaço nas pálpebras superiores , e dimunuição da fenda palpebral (dando à pessoa um aspecto de
oriental).
A reativação da infecção latente pelo EBV pode estar associada a sintomas como fadiga, febre baixa,
cefaleia e dor de garganta.
A regressão da doença é lenta. O mal-estar e a indisposição levam algumas semanas para passar e os
gânglios, um ou dois meses para retornarem ao tamanho normal. Não há vacinas para o EBV.
8- Comente sobre os tipos de vírus influenza, sua estrutura e mecanismo de infecção celular e descreva
os sintomas da gripe.
Existem 3 tipos de vírus influenza em humanos. O A e o B são os mais graves, principalmente o A que está
relacionado a grandes epidemias. Em pacientes imunossuprimidos, idosos e crianças a gripe pode ser
agravada. O tipo C é mais brando e está relacionado a quadros leves de resfriado.
O tipo D não causa doença em humanos, afeta bovinos.
São vírus de RNA envelopados. O receptor do vírus influenza na célula é o ácido siálico. O vírus é
endocitado pela célula, dentro da célula ocorre a fusão das membranas e o capsídeo entra no núcleo,
expondo o RNA viral. Após a replicação, o vírus vai sair da célula por brotamento.
No momento do brotamento, o vírus leva consigo um pedaço da membrana da célula, que contém receptores
para o vírus (ácido siálico). O vírus não pode ter esse receptor na sua superfície, porque o influenza possui
afinidade por esse receptor, logo as partículas virais se ligariam, formando um complexo viral com várias
partículas. Para evitar isso, o vírus possui uma enzima chamada neuranimidase (NA) que vai clivar os ácidos
siálicos da superfície do envelope viral.
O SUS oferece vacina para os 3 tipos de gripe. A vacina trivalente protege contra três cepas do vírus
influenza.
Trata-se de uma vacina de campanha, ou seja, ocorre somente em um período específico e é destinada para
grupos prioritários, como pessoas imunossuprimidas e idosos.
A doença inicia-se com febre, em geral acima de 38°C, seguida de dor muscular e de garganta, prostração,
cefaleia e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de 3 dias. Os sintomas sistêmicos
são muito intensos nos primeiros dias da doença.Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se
mais evidentes e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias após o desaparecimento da febre.
Referências
PROPRIEDADES Gerais dos Vírus . In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG,
Marcia Dutra. Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 3, p. 76-90.
PATOGÊNESE das Infecções virais . In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG,
Marcia Dutra. Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 6, p. 147-150.
HEPATITES Virais . In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG, Marcia
Dutra.Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 16 , p. 863-899.
VARELLA , Maria Helena .Hepatite A. 2011. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-a/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VARELLA , Maria Helena .Hepatite B. 2011. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
SÍNDROME da Imunodeficiência Adquirida/ AIDS. In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria
Teresa ; WIGG, Marcia Dutra. Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 19, p.
1085-1156.
VARELLA , Maria Helena .Febre chikungunya. 2014. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre-chikungunya/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VARELLA , Maria Helena .Dengue. 2011. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dengue/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VARELLA , Maria Helena .Febre amarela (publicação revista e atualizada). 2011. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre-amarela/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VARELLA , Maria Helena .Infecção por Zika virus. 2015. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/infeccao-por-zika-virus/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
FEBRE amarela e Dengue. In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG, Marcia Dutra.
Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 18, p. 1065-1080.
VARELLA , Maria Helena .Herpes simples. 2011. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/herpes-simples/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
KALLÁS , Ésper.Herpes-zóster. 2012. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/herpes-zoster/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VIROSES dermotrópicas. In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG, Marcia
Dutra. Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 12, p. 503-580.
DE MENDONÇA , João Silva .Mononucelose. 2011. Disponível em:
<https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/mononucleose/>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VIROSES oncogênicas . In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG, Marcia
Dutra.Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 20, p. 1214-1237.
MINISTÉRIO, Da Saúde. Gripe/influenza . Disponível em:
<http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/gripe>. Acesso em: 03 jun. 2018.
VIROSES Respiratórias. In: SANTOS, Norma Suely ; ROMANOS , Maria Teresa ; WIGG, Marcia
Dutra. Virologia Humana. 3. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2015. cap. 14, p. 657-684.

Continue navegando