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DILATAÇÃO TÉRMICA DE CORPOS SÓLIDOS ANA PAULA BARABACH 20000525 Mar/2022 1. Introdução A termologia é o estudo científico dos fenômenos relacionados ao calor e à temperatura, sendo a temperatura uma das sete grandezas fundamentais do SI (sistema internacional de unidades). Pode-se definir a temperatura como uma grandeza física utilizada para medir o grau de agitação ou a energia cinética das moléculas que compõem um certo material, logo, quanto mais agitadas essas moléculas estiverem, maior será sua temperatura (SILVA, 2004). A medida da temperatura, no SI, se dá na escala Kelvin, cuja unidade é o kelvin (K); porém é possível utilizar a escala Celsius, onde as temperaturas são medidas em graus; e a escala Fahrenheit, a mais comum nos Estados Unidos, que utiliza um grau menor que o grau Celsius, um zero de temperatura diferente e é medida em graus Fahrenheit. Embora não exista um limite superior para a temperatura de um corpo, existe um limite inferior; tal limite é tomada como o zero da escala Kelvin de temperatura (HALLIDAY, 2011). As propriedades de diversos objetos mudam quando submetidos a uma variação de temperatura, por exemplo, quando a temperatura aumenta, o volume de um líquido aumenta; uma barra de metal aumenta seu comprimento, etc. A termodinâmica é o estudo das leis que regem as relações entre calor, trabalho e temperatura; e as transformações sofridas pela energia. A lei zero da termodinâmica permite entender o conceito de equilíbrio térmico, na qual é afirmada que: “se dois corpos A e B estão separadamente em equilíbrio térmico com um terceiro corpo T, então A e B estão em equilíbrio térmico entre si”, em outras palavras, “todo corpo possui uma propriedade chamada temperatura. Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico, suas temperaturas são iguais, e vice-versa.” (HALLIDAY, 2011). Ao aumentar a temperatura de um sólido ele se dilata, assim, pode-se dizer que a dilatação térmica é um fenômeno físico decorrente do aumento das dimensões de um sólido devido ao aquecimento. Tal dilatação do sólido está associada ao aumento da distância entre os átomos vizinhos que o compõem. Assim, pode-se dizer que a força de interação entre esses átomos não é mais suficiente para mantê-los tão próximos um dos outros devido a agitação térmica proveniente do aumento da temperatura, sendo necessário uma expansão (SILVA, 2004). A dilatação linear dos sólidos é o fenômeno físico que ocorre quando corpos de formato linear, que se encontram no estado sólido, como barras, sofrem uma variação de temperatura e têm seu comprimento aumentado (Figura 1). Para calcular o grau de intensidade da dilatação linear, utiliza-se o coeficiente de dilatação linear (α), a unidade do coeficiente α é ºC–1 ou K-1. Embora α varie com a temperatura, na maioria dos casos pode ser considerado constante para um dado material, assim cada material tem o seu próprio coeficiente de dilatação linear 7será necessário determinar o comprimento final e o coeficiente de dilatação linear, para tal serão usadas as equações 2 e 3 respectivamente: ∆𝐿 = 𝐿0𝛼∆𝑇 (1) 𝐿 = 𝐿0(1 + 𝛼∆𝑇) (2) 𝛼 = ∆𝐿 𝐿0∆𝑇 (3) Figura 1: Dilatação Linear, L0 é o comprimento inicial e T0 é a temperatura inicial. Fonte: PIBID - Campinas - 2014 Com os conceitos acima apresentados o objetivo do experimento foi determinar o coeficiente de dilatação linear de três corpos sólidos diferentes e comparar os resultados obtidos com os presentes nas literaturas. Julio Cesar Sczancoski Adicionar referências para as equações. 2. Procedimento Experimental 2.1 Materiais ● Dilatômetro linear da marca equilabre; ● Ebulidor elétrico; ● Transferidor com agulha; ● Termômetro Digital Espeto; ● Contra peso; ● Mangueira silicone; ● 1 barra linear de alumínio (75cm); ● 1 barra linear de cobre (75cm); ● 1 barra linear de latão (75cm); ● Água. 2.2 Métodos O ebulidor e o dilatômetro com o transferidor já estavam dispostos na bancada; Inicialmente colocou-se água no ebulidor, até metade e conectou-se a mangueira de silicone na saída do vapor. Em seguida, colocou-se a barra de alumínio no dilatômetro e um contra peso na extremidade que fica o transferidor, e na outra extremidade a ponta da mangueira de silicone, ficando assim uma ponta da mangueira conectada no ebulidor e outra na barra, em seguida, ajeitou-se a barra centralizada para que não encostasse nas laterais, ao final da barra foi colocado um copo plástico para saída da água, a fim de evitar que a bancada molhasse. Ajustou- se a agulha do transferidor no ponto zero e então o ebulidor foi ligado na tomada 220V e inseriu- se o termômetro para controlar a temperatura. Conforme ocorria o aquecimento da água, o ângulo no transferidor variava, assim ao estabilizar a temperatura anotou-se o valor do termômetro e o ângulo obtido. Todo o processo foi repetido para as duas outras barras, uma de cobre e outra de latão. 2.3 Cuidados na Execução do Experimento Para a realização do experimento é necessário ter cuidado com a agulha do medidor, sendo necessário estar no zero. Cuidar com possíveis movimentos bruscos na bancada que possam mover a barra e alterar assim o valor do ângulo. Deve-se sempre ter cuidado com possíveis erros de leitura tanto no ângulo quanto na temperatura e manusear as barras quentes com cuidado a fim de evitar algum acidente com queimaduras. 3. Resultados e discussão A temperatura ambiente estava em torno 27,6ºC, sendo adotado esse valor como a temperatura inicial, todas as três barras possuíam o comprimento inicial de 75cm e um diâmetro de 3mm (0,3cm). Com os valores iniciais já estabelecidos e após anotar dos dados do experimento foi possível montar a primeira tabela: Tabela 1 - Dados do experimento T0 Tf L0 θ Alumínio (27,6 ± 0,1) ºC (97,9 ± 0,1) ºC (75 ± 0,5) cm 46º Cobre (27,6 ± 0,1) ºC (98,2 ± 0,1) ºC (75± 0,5) cm 45º Latão (27,6 ± 0,1) ºC (97,9 ± 0,1) ºC (75 ± 0,5) cm 39º Como no experimento foi utilizado um transferidor, o ângulo do transferidor (𝜃) encontrava-se em graus, sendo necessário transformar em radianos, para tal, utilizou-se a equação 4. Nesse experimento, o valor do ∆L correspondeu ao ângulo do transferidor. Após a extração desses dados foi possível determinar o ∆L; valor do coeficiente de dilatação para cada material, através da equação 3 e o comprimento final através da equação 2. Os resultados podem ser observados na tabela a seguir e todos os cálculos estarão em anexo. ∆𝐿 = 𝜋𝜃º𝑑 360 Tabela 2 – Dados finais do experimento ∆L α L ∆T Alumínio 0,120 22,7x10-6 ºC–1 (75,12 ± 0,5) cm (70,3± 0,1) ºC Cobre 0,117 22,09x10-6 ºC–1 (75,12 ± 0,5) cm (70,6± 0,1) ºC Latão 0,102 19,3x10-6 ºC–1 (75,10 ± 0,5) cm (70,3± 0,1) ºC Ao comparar o resultado obtido para o coeficiente de dilatação linear de cada material com o presente nas literaturas (Figura 2) podemos observar que os resultados são muito semelhantes e a diferença, quase insignificante, pode ser explica por um arredondamento dos valores durante a realização dos cálculos. O cobre foi único material que obteve uma variação que possa ser considerada significativa ao comparar com a literatura, tal discrepância pode ter ocorrido devido a um erro de leitura durante o ângulo. Figura 2: Tabelo de dilatação linear dos sólidos. Fonte: Halliday. Fundamentos da Física, vol 2. Ainda é possível utilizarda equação 1 e comparar a dilatação de cada sólido com a obtida através do grau do dilatômetro. Chegando ao resultado de 0,12cm para o alumínio; 0,12cm para o cobre e 0,10cm para o latão, sendo os resultados correspondentes aos obtidos durante o experimento. 4. Conclusão Pelos resultados obtidos pode-se concluir que o experimento foi bem sucedido, uma vez que todos os coeficientes de dilatação linear corresponderam com os encontrados na literatura. A diferença presente nos cálculos do cobre pode ter ocorrido devido a uma falha de leitura ou a um movimento da mesa onde o experimento estava sendo realizado, uma vez que no dia da realização a sala estava com leves tremores no chão. Ademais, foi capaz de comprovar a dilatação linear de cada sólido, observando os valores de comprimento final e inicial, assim é possível observar a variação das dimensões por efeito da temperatura. 5. Referências HALLIDAY David, RESNICK Robert e WALKER Jearl, Fundamentos de Física – vol.2: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 9. ed. 2011 Editora LTC. SILVA, André Viera da. Experimento de Dilatação Térmica. UNICAMP. PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- CAPES. 2014. Disponível em: https://sites.ifi.unicamp.br/kleinke/files/2014/12/PIBID_2014_DILATACAO_TERMICA.pdf SILVA, Romero Tavares. Temperatura, Calor e Primeira Lei da Termodinâmica. UFPB. 16. Feb. 2004. Disponível em: < http://www.fisica.ufpb.br/~romero/pdf/19_temperaturaprimeiralei.pdf> ANEXOS https://sites.ifi.unicamp.br/kleinke/files/2014/12/PIBID_2014_DILATACAO_TERMICA.pdf http://www.fisica.ufpb.br/~romero/pdf/19_temperaturaprimeiralei.pdf
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