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Livro didatico Pilates

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Prévia do material em texto

1
GINÁSTICA 
FUNCIONAL E 
PILATES
Prof. Me. Bruno Ferreira Mendes
2
GINÁSTICA FUNCIONAL 
E PILATES
PROF. ME. BRUNO FERREIRA MENDES
3
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profa. Esp. Izabel Cristina da Costa
 
 Revisão técnica: Prof. Bruno Mendes
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Maria Eliza P. Campos 
 Prof. Esp. Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
GINÁSTICA FUNCIONAL 
E PILATES
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
5
 Graduado em Educação Física (Bacha-
relado) pela Faculdade Pitágoras-Teixeira de 
Freitas (BA) (2013). Graduado em Educação Fí-
sica (Licenciatura) pelo Centro Universitário 
Claretiano (2021). Especialista em Biomecâni-
ca, Cinesiologia e Treinamento Físico pela Uni 
América Centro Universitário (2021). Mestre em 
Ciências Fisiológicas trabalhando na sublinha 
de fisiologia do exercício pela Universidade Fe-
deral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UF-
VJM) (2018). Atualmente é professor do curso 
de Educação Física do Centro Universitário Pre-
sidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), 
professor colaborador da Faculdade Única de 
Ipatinga produzindo material para o curso de 
Educação Física na modalidade de Educação à 
Distância e aluno de doutorado em Ciências Fi-
siológicas na UFVJM. Tem experiência na área 
de treinamento, com ênfase em treinamento 
neuromuscular resistido, treinamento físico ae-
róbico e restrição alimentar experimental.
BRUNO FERREIRA MENDES
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas quali-
ficações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/8162663434244096
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
6
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
7
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
SUMÁRIO
1.1 História Da Ginástica Funcional............................................................................................................................................................................................................................................10
1.2 Benefícios Da Ginástica Funcional......................................................................................................................................................................................................................................11
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................14
2.1 Princípios Do Treinamento Esportivo Aplicados À Ginástica Funcional..................................................................................................................................................17
2.2 Princípios Básicos Da Ginástica Funcional..................................................................................................................................................................................................................19
2.3 Estrutura Básica De Uma Aula De Ginástica Funcional....................................................................................................................................................................................22
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................,.................................................................................................................................................31
3.1 Efeitos Da Ginástica Funcional Sobre O Tecido Adiposo...................................................................................................................................................................................27
3.2 Efeitos Da Ginástica Funcional Sobre O Sistema Cardiovascular...............................................................................................................................................................28
3.3 Efeitos Da Ginástica Funcional Sobre O Sistema Endócrino.........................................................................................................................................................................29
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................38
INTRODUÇÃO À GINÁSTICA FUNCIONAL
ENTENDENDO A GINÁSTICA FUNCIONAL
GINÁSTICA FUNCIONAL E TECIDO ADIPOSO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA ENDÓCRINO
4.1 Diretrizes Da Ginástica Funcional Para Indivíduos De Nível De Treinamento Iniciante..............................................................................................................34
4.2 Diretrizes Da Ginástica Funcional Para Indivíduos De Nível De Treinamento Intermediário.................................................................................................36
4.3 Diretrizes Da Ginástica Funcional Para Indivíduos De Nível De Treinamento Avançado...........................................................................................................37
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................40
DIRETRIZES DA GINÁSTICA FUNCIONAL PARA INDIVÍDUOS DE NÍVEL DE TREINAMENTO INICIANTE, INTERMEDIÁ-
RIO E AVANÇADO
5.1 História Do Pilates ........................................................................................................................................................................................................................................................................43
5.2 Introdução Ao Método Pilates............................................................................................................................................................................................................................................445.3 Benefícios Do Pilates.................................................................................................................................................................................................................................................................49
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................51
MÉTODO PILATES 
UNIDADE 5
6.1 Execução De Exercícios De Membros Superiores..................................................................................................................................................................................................54
6.2 Execução De Exercícios De Membros Inferiores....................................................................................................................................................................................................60
FIXANDO O CONTEÚDO.................................................................................................................................................................................................................................................................65
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................................................67
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................................................................................................................................68
EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS DE PILATES
UNIDADE 6
8
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
I
C
V
R
O
UNIDADE 1
Na Unidade I, é apresentado o histórico da Ginástica Funcional e são apresentados 
alguns dos diversos benefícios, de forma geral, que são decorrentes da prática dessa 
modalidade de forma regular.
UNIDADE 2
Na Unidade II, são apresentados alguns dos princípios básicos componentes da 
Ginástica Funcional, assim como os princípios do treinamento esportivo aplicados 
à Ginástica Funcional, bem como a estrutura básica de uma aula dessa modalidade.
UNIDADE 3
Na Unidade III, são apresentados alguns dos efeitos causados pela prática da 
Ginástica Funcional sobre o tecido adiposo, sistema cardiovascular e sistema 
endócrino.
UNIDADE 4
Na Unidade IV, são apresentadas algumas diretrizes que podem ser norteadoras 
para a condução do trabalho de Ginástica Funcional com indivíduos com diferentes 
níveis de treinamento.
UNIDADE 5
Na Unidade V, o tema abordado é o Método Pilates, desde a sua história a alguns 
dos benefícios oriundos da prática.
UNIDADE 6
Na Unidade VI, são apresentados alguns exemplos de exercícios que podem ser 
realizados no método Pilates ao trabalhar membros superiores e inferiores.
9
INTRODUÇÃO À 
GINÁSTICA FUNCIONAL
10
1.1 HISTÓRIA DA GINÁSTICA FUNCIONAL
 Existe um debate sobre a origem da Ginástica Funcional, mas historiadores 
apontam para o fato que, provavelmente, desde o Paleolítico, movimentos que se 
assemelham aos da Ginástica Funcional eram praticados pelos indivíduos com o intuito 
de se prepararem para as atividades do cotidiano, como caçar, realizar escaldas, lutar e 
afins.
Figura 1: O homem no Paleolítico
Fonte: Prepara ENEM (2022, on-line). Acesso em: 15 dez. 2021
 Relatos históricos apontam para a prática de movimentos da Ginástica Funcional 
por atletas que participavam dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, onde esses já se 
valiam de um treinamento, que tinha características marcantes da Ginástica Funcional, 
para tentar obter incrementos na sua performance para os jogos. Isso seria feito pelos 
Gladiadores que se enfrentavam no Coliseu em Roma. No Brasil, estima-se que a Ginástica 
Funcional tenha começado a ganhar espaço na década de 1990, quando atletas que 
praticavam modalidades de lutas começaram a fazer uso da prática. Posteriormente, 
a ginástica passou a ganhar mais espaço entre o público de modo geral, chegando a 
ambientes onde era praticada de forma recreativa (O'Sullivan e SCHMITZ,2007).
Figura 2: A Grécia Antiga
Fonte: Tamaro (2021, on-line)
 É preciso destacar que a Ginástica Funcional, que pode ser entendida como uma 
modalidade de ginástica que utiliza o próprio corpo do indivíduo para a realização dos 
seus movimentos ou o uso de implementos como halteres e anilhas, próxima do que é 
praticado pelo profissional da Educação Física, também tem sua origem nas práticas 
11
de reabilitação. Profissionais que trabalham em centros de reabilitação costumam fazer 
uso dessa prática para reabilitar indivíduos que tenham passado por alguma situação 
debilitante. Nesse contexto, são utilizadas atividades que se assemelhem, do ponto de 
vista do gesto técnico motor, ao que se faz necessário no cotidiano do indivíduo. Sendo 
assim, são realizados movimentos que facilitam a vida rotineira do indivíduo (MATSUDO, 
MATSUDO e NETO, 2001)
O livro Treinamento Funcional na Prática Desportiva e Reabilitação Neuromus-
cular está disponível na Minha Biblioteca Única.
Ao acessar a Minha biblioteca Única, você terá acesso a essa obra que fala sobre 
algumas das bases pelas quais se pensa o treinamento de reabilitação pensan-
do na prática esportiva, algo muito próximo da realidade de um campo de traba-
lho que o profissional da Educação Física pode e deve ocupar. 
LINK: https://bit.ly/3cM1ZHp
BUSQUE POR MAIS
 Um marco literário, quando se pensa na Ginástica Funcional no Brasil, é o livro 
Treinamento Funcional Resistido, de autoria de Maurício de Arruda Campos e Bruno 
Coraucci Neto, que pode ser considerado como o primeiro ou um dos primeiros livros 
sobre a temática lançado por autores brasileiros nos anos 2000 (CAMPOS e NETO, 2004).
 É preciso destacar que a Ginástica Funcional pode ser utilizada pelo profissional da 
Educação Física e por outros profissionais, como fisioterapeutas, que buscam melhorias 
motoras básicas para um indivíduo em decorrência de uma determinada situação. 
Quando se pensa no profissional da Educação Física, o tipo de aula a ser desenvolvido 
vai depender do que se objetiva com aquela determinada aula, tendo em vista os 
diversos benefícios oriundos da prática regular da Ginástica Funcional, como os que 
serão descritos a seguir.
1.2 BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL
 Segundo Araújo e colaboradores (2020), a prática regular da Ginástica Funcional 
pode gerar uma série de benefícios para a saúde do indivíduo, uma vez que essa 
modalidade tem a capacidade de recrutar considerável quantidade de fibras musculares, 
aumentar o gasto energético diário, aumentar o excesso de consumo de oxigênio pós 
exercício, aumentar a autonomia do indivíduo, além de levar o seu praticante a se 
reestabelecer, do ponto de vista físico, de diversas situações de depreciação de valências 
motoras básicas necessárias ao cotidiano. Obviamente, a magnitude dessas adaptações 
positivas está diretamente ligada ao tipo de sessão de treinamento que será trabalhado, 
em decorrência do objetivo que se tenha com a prática (ARAÚJO et al., 2020).
12
São diversos os trabalhos que demonstram benefícios em realizar a Ginástica Funcional 
pensando em incrementos na saúde, todavia, como é possível fazer a opção correta de 
exercícios para cada indivíduo?
VAMOS PENSAR?
 Sendo assim, antes de pensar nos benefícios que se pretende atingir com a prática 
da Ginástica Funcional, é imprescindível que se entenda bem o que se pretende com a 
realização da prática. Dessa maneira, deve ser realizada uma minuciosa avaliação que 
preceda o início dos trabalhos, avaliação na qual é preciso que se entenda o atual estado 
do indivíduo com o qual se está trabalhando e o que se pretende galgar com a práticada Ginástica Funcional.
São diversos os benefícios que podem ser oriundos da prática regular da Ginástica Funcio-
nal, todavia é preciso que essa prática seja muito bem estruturada e pautada no conhe-
cimento científico disponível sobre o tema. Para que a chance de sucesso da prática seja 
aumentada, o planejamento deve contar com uma avaliação física que seja executada 
com precisão para que se possa optar pela maneira mais correta de executar o trabalho! 
FIQUE ATENTO
 Existem diversos aspectos que devem ser levados em consideração antes que se 
inicie o programa de exercícios com a Ginástica Funcional com maior ou menor ênfase 
a depender do público que se tenha, mas geralmente algumas características gerais 
devem nortear a avaliação realizada. Um aspecto fundamental é a segurança, que deve 
ser sempre base do trabalho realizado, para isso existem questionários como o PAR-Q 
(questionário para prontidão em atividade física), que pode ser aplicado no momento 
inicial da avaliação física com o objetivo de determinar se de fato aquela atividade seria 
segura para o indivíduo (MARANHÃO NETO et al., 2019). 
 Um outro aspecto que deve ser levado em conta, por exemplo, é o percentual de 
gordura e massa muscular do indivíduo, que pode ser mensurado por uma avaliação 
que utilize de padrões como o Indicie de Massa Corporal (IMC), massa corporal total 
e percentual de gordura, por meio do uso de um plicômetro/adipômetro (EHRMAN et 
al., 2018). Além da avaliação da composição corporal, é preciso que se trace um perfil 
da capacidade de flexibilidade do indivíduo, uma vez que a realização de movimentos 
naturais da Ginástica Funcional é facilitada quando o indivíduo possui maior flexibilidade. 
 A avaliação da flexibilidade deve ser realizada quando se trabalha com a Ginástica 
Funcional, sobretudo quando se pensa no trabalho com indivíduos que são ou já 
foram acometidos por alguma patologia como obesidade, por exemplo. Sendo possível 
realizar diversos testes para que se avalie essa felxibilidade, como o protocolo de sentar 
e alcançar no banco de Wells e o flexiteste (FERREIRA et al., 2017). Tendo sido avaliadas 
a composição corporal e a flexibilidade, é preciso que seja feita também a avaliação da 
força muscular, uma vez que a força muscular é uma das valências necessárias e que são 
trabalhadas com a Ginástica Funcional.
13
 A avaliação da força muscular também é muito interessante, uma vez que indivíduos 
que possuem alguma patologia, ou passaram por uma situação debilitante, muitas vezes 
perdem essa capacidade muscular de gerar força. Além do fato da força muscular ser 
uma valência fundamental também para indivíduos que buscam a Ginástica Funcional 
pensando em ganhos de qualidade de vida independente da existência de qualquer 
patologia. Testes, como o teste com dinamômetro e o teste de força-resistência, podem 
ser ferramentas interessantes a serem utilizadas pelo profissional da Educação Física 
que pretende trabalhar com a Ginástica Funcional (MACEDO et al., 2018). Quando se 
realiza a avaliação da força muscular, um aspecto que ganha destaque é a capacidade 
aeróbica, pois essa é outra valência importante para a realização de aulas de Ginástica 
Funcional. 
 A avaliação da potência e capacidade aeróbica são ferramentas de diagnóstico 
importantes para entender o estado atual do indivíduo que procura uma aula de Ginástica 
Funcional, tendo em vista que, ao entender o estado desse indivíduo, o trabalho pode 
ser planejado de forma a aumentar a chance de êxito. Testes, como o de Cooper e Yoyo 
teste, podem ser ferramentas de diagnóstico importantes para que o profissional da 
Educação Física possa realizar um trabalho com maior chance de êxito (TIBURTINO e 
GATTO, 2021). Quando se tem a percepção da capacidade aeróbica do indivíduo, para 
que se possa realizar uma avaliação completa antes de se iniciar os trabalhos com a 
Ginástica Funcional, é preciso avaliar a postura do indivíduo, uma vez que a postura 
adequada é importante para que se possa realizar com maior segurança os movimentos 
da Ginástica Funcional. 
 A avaliação postural também deve ser incentivada quando se pensa nos praticantes 
de aulas de Ginástica Funcional, uma vez que são diversas as patologias que causam 
danos à postura, além da alta incidência de indivíduos teoricamente saudáveis, mas que 
apresentam desvios posturais que podem acabar por causar danos futuros mais sérios 
à saúde. Um exemplo simples de avaliação postural que pode ser utilizada é a avaliação 
visual (ALMEIDA et al., 2018).
 Desde que haja uma estruturação bem realizada, por meio de um trabalho sólido 
que respeite as características individuais e locais de cada indivíduo, a prática regular da 
Ginástica Funcional pode levar a uma série de benefícios para a saúde quando se pensa 
no processo de saúde-doença (SOUZA et al., 2020). 
14
FIXANDO O CONTEÚDO
1 - Quando se pensa na origem da Ginástica Funcional e sua relação com a história da 
humanidade, é possível afirmar que os movimentos básicos da Ginástica Funcional: 
a ( ) Estão presentes desde a época do Paleolítico.
b ( ) Estão presentes desde os anos 20 na história da humanidade.
c ( ) São observados unicamente em aulas de Ginástica Funcional.
d ( ) São movimentos que não têm relação com o cotidiano dos indivíduos. 
e ( ) Passaram a fazer parte da história da humanidade devido aos Jogos Olímpicos.
2 - Ao pensar-se nos movimentos que são realizados em aulas de Ginástica Funcional, os 
relatos históricos demonstram que:
a ( ) São movimentos exclusivos de atletas.
b ( ) A prática de movimentos da Ginástica Funcional já estava presente entre os atletas 
que participavam dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga. 
c ( ) É preciso ser um atleta de alta performance para conseguir realizar movimentos de 
Ginástica Funcional. 
d ( ) A Ginástica Funcional não deve ser praticada por indivíduos obesos, uma vez que a 
prática não é segura para esse grupo. 
e ( ) Não é aconselhável que idosos pratiquem Ginástica Funcional, pois a complexidade 
dos movimentos é elevada para esse grupo.
3 - Uma das origens da Ginástica Funcional praticada pelos profissionais da Educação 
Física é:
a ( ) O Crossfit.
b ( ) O Jump.
c ( ) As práticas de reabilitação.
d ( ) A Zumba.
e ( ) O Dance.
4 - Um marco literário da Ginástica Funcional no Brasil é o livro Treinamento Funcional 
Resistido de autoria de Maurício de Andrade Campos e Bruno Coraucci Neto. Essa obra 
é dos anos:
a ( ) 70
b ( ) 80
c ( ) 90
d ( ) 2000
e ( ) 60
5 - São exemplos de profissionais que usam a Ginástica Funcional como ferramenta de 
trabalho:
15
a ( ) Advogados e Fisioterapeutas 
b ( ) Engenheiros e profissionais da Educação Física
c ( ) Nutricionistas e profissionais da Educação Física 
d ( ) Administradores e profissionais da Educação Física
e ( ) Fisioterapeutas e profissionais da Educação Física 
6 - Uma etapa imprescindível antes que se inicie as sessões de treinamento com a 
Ginástica Funcional é: 
a ( ) A alta intensidade de trabalho.
b ( ) O relaxamento muscular. 
c ( ) A execução de movimentos complexos.
d ( ) A realização de refeições sempre ricas em carboidratos.
e ( ) A realização da avaliação física.
7 - Uma das ferramentas de avaliação física de baixo custo que pode ser utilizada para 
o profissional da Educação Física como indicador da obesidade dos seus clientes, o 
auxiliando a entender melhor o perfil do seu aluno, é:
a ( ) Teste de Cooper.
b ( ) Flexiteste.
c ( ) Teste de 1 Repetição Máxima.
d ( ) Indicie de Massa Corporal (IMC).
e ( ) Teste de impulsão.
8 - Um dos desfechos que pode ser oriundo da prática regular de aulas de Ginástica 
Funcional é:
a ( ) Ganhos de Resistência Muscular Localizada (RML).
b ( ) Diminuição da força muscular.
c ( ) Diminuição da capacidade cardiorrespiratória.
d ( ) Diminuição da Flexibilidade.
e ( ) Aumento da incidência de demência.
16
ENTENDENDO A 
GINÁSTICA FUNCIONAL
17
2.1 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTOESPORTIVO APLICADOS 
À GINÁSTICA FUNCIONAL 
 Quando se pensa no trabalho realizado com o exercício físico, é imprescindível 
que o profissional da Educação Física seja conhecedor dos princípios do treinamento 
esportivo para que ele possa de fato realizar um trabalho bem estruturado e, com isso, 
tenha as suas chances de êxito aumentadas. Em 1979, Tubino propôs cinco princípios 
que se tornaram leitura obrigatória quando se pensa no treinamento esportivo: 1- 
Continuidade, 2- Princípio da sobrecarga, 3- Princípio da adaptação, 4- Princípio da 
interdependência volume-intensidade e 5- Princípio da individualidade biológica. 
Em 1996, Mcardle, Katch e Katch propõem também o princípio da reversibilidade. Em 
2001, Bompa propõe o princípio da variabilidade e, em 2003, o princípio da especificidade 
é proposto por Dantas, sendo esses oito princípios os mais comumente disseminados 
quando se fala do treinamento esportivo.
O livro Treinamento esportivo está disponível na Minha Biblioteca Única. 
Essa obra disserta de forma clara e com linguagem acessível sobre os princípios 
do treinamento esportivo, pilares fundamentais para realizar um planejamento 
bem estruturado de um trabalho com Ginástica Funcional. 
LINK: https://bit.ly/3baXp4Y
Confira também o artigo “Os princípios do treinamento esportivo: conceitos, de-
finições, possíveis aplicações e um possível novo olhar”, disponível no link. Um 
artigo muito interessante sobre a temática do treinamento esportivo que agrega 
muito valor como leitura complementar.
LINK: https://bit.ly/3OzABtb
BUSQUE POR MAIS
 Dentro do universo do treinamento esportivo, quando se pensa no princípio 
da Continuidade, esse rege que o treinamento esportivo deve ser realizado de forma 
contínua, evitando interrupções. Segundo esse princípio, para que de fato possa se 
realizar perturbações na homeostase que reverberem em adaptações positivas, os 
estímulos realizados por meio do treinamento físico devem ser bem planejados, uma 
vez que a sua interrupção de forma não sistematizada leva à perda da performance. 
Pensando na Ginástica Funcional, é preciso que o profissional realize um trabalho 
que tenha continuidade e que a interrupção do treinamento possa ocorrer de forma 
planejada, para que os benefícios positivos possam ser gerados (LIMA JR.; BANDEIRA, 
2020).
18
Para que sejam aumentadas as chances de sucesso com o treinamento físico, ele deve 
ser praticado de forma regular e contínua. Todavia, interrupções devem ser programadas, 
uma vez que indivíduos recreativamente ativos ou mesmo profissionais não têm condi-
ções de manter de forma ininterrupta o treinamento por períodos prolongados. Portanto, 
cabe ao profissional a capacidade de programar essas interrupções. 
FIQUE ATENTO
 A aplicação do princípio da Sobrecarga é vital para que a performance ou os ganhos 
do indivíduo possam continuar a acontecer, uma vez que um estímulo gerado leva a 
adaptações, como aumento da força, flexibilidade, resistência muscular localizada, entre 
outros. No entanto, para que essas adaptações possam continuar a acontecer, é preciso 
que o novo estímulo possa acontecer em maior magnitude. Sendo assim, o princípio da 
sobrecarga rege que é preciso que as cargas sejam aumentadas progressivamente. Isso 
pode ser aplicado nas aulas de Ginástica Funcional, quando se aumenta a dificuldade 
da aula, por exemplo, quando é aumentada a amplitude de um movimento realizado 
(SILVA et al., 2019).
Se o princípio da sobrecarga preconiza que é preciso que exista uma evolução no treina-
mento, no caso de indivíduos sobretudo jovens e saudáveis, será que seria correto o indiví-
duo realizar um treinamento sempre na mesma intensidade e sem variações como muitas 
vezes acontece no cotidiano?
VAMOS PENSAR?
 Segundo o princípio da Adaptação, as perturbações geradas na homeostase por 
meio de um estímulo, como uma aula de Ginástica Funcional, fazem com que o corpo 
lance mão de uma série de mecanismos para adaptar-se à nova realidade que se faz 
presente, por exemplo, após uma aula de Ginástica Funcional intensa, o excesso de 
consumo de oxigênio pós exercício (EPOC) é aumentado, pois a realização do exercício 
físico de forma intensa faz com que o corpo tenha a necessidade de utilizar mais energia 
para a sua recuperação, o que reverbera em um aumento do EPOC, com isso, o gasto 
energético total do indivíduo é aumentado. Ou seja, o princípio da adaptação disserta 
sobre a capacidade do organismo de se rearranjar diante de um estímulo como uma 
aula de Ginástica Funcional (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2017).
 Segundo o princípio da Interdependência Volume-Intensidade, à medida que se 
aumenta o volume em uma sessão de uma aula de Ginástica Funcional, por exemplo, 
deve-se diminuir a intensidade da aula. Já quando a intensidade for aumentada, o 
volume deve ser diminuído (SILVA et al., 2020). Um exemplo disso dentro de uma aula de 
Ginástica Funcional seria que, se for prescrito que devem ser realizadas três séries de dez 
agachamentos livres sem peso adicional, caso se deseje adicionar o uso de uma anilha 
de 5kg, deve-se diminuir a quantidade de séries (realizar duas séries, por exemplo, ao 
invés de três) e/ou a quantidade de repetições (realizar oito repetições ao invés de dez). 
 Já o princípio da Individualidade Biológica está ligado ao somatório das 
19
características que formam um indivíduo, desde as características de cunho genético 
até as características ligadas ao meio ao qual o indivíduo é exposto (AOYAMA et al., 
2019). Pode-se entender o princípio da Individualidade Biológica de forma prática em 
uma aula de Ginástica Funcional, quando se aplica a mesma aula para um grupo de 
indivíduos, mas se obtém respostas diferenciadas. Obviamente, são diversos os fatores 
que contribuem para essas respostas diferenciadas, mas o princípio da Individualidade 
Biológica é um dos motivos que levam a essas respostas.
 Segundo o princípio da Reversibilidade, as adaptações, que são geradas pelo 
treinamento, podem ser perdidas de forma parcial ou total quando se encerra o 
treinamento físico, sobretudo quando o treinamento é interrompido de forma não 
planejada (TEIXEIRA et al., 2019). Quando se trata da Ginástica Funcional, isso pode ser 
observado quando, por exemplo, um idoso, que realizava de forma regular aulas de 
Ginástica, consegue melhorias na sua flexibilidade, o que o leva a ter mais autonomia, 
mas em um dado momento ele deixa de fazer as aulas, com isso, sua flexibilidade é 
prejudicada, consequentemente ele começa a perder autonomia e passa a necessitar de 
ajuda para realizar atividades como calçar os sapatos, algo que antes ele já não precisava 
de auxílio para fazer. 
 Segundo o princípio da Variabilidade, caso se deseje ter efeitos positivos sendo 
gerados em decorrência do treinamento, é importante que esses estímulos sejam 
variados (BOMPA e CORNACCHIA, 2001). Pensando na Ginástica Funcional, um exemplo 
da aplicação desse princípio seria realizar alternâncias entre a ordem de execução dos 
exercícios dentro da sessão de treinamento, trabalhar diferentes valências, pensar em 
diferentes objetivos em variados momentos dentro do programa de treinamento que 
faz uso da Ginástica Funcional. Por exemplo, em alguns momentos o foco pode ser em 
ganhos de agilidade, em outros, no ganho de forma, posteriormente, em agilidade.
 O princípio da Especificidade se pauta no fato que deve-se realizar trabalhos 
específicos a depender do que se objetive com o treinamento (FERREIRA; BARBOSA; 
KERPPERS, 2018). No universo da Ginástica Funcional, um exemplo pode ser observado 
ao se imaginar que, caso o objetivo da aula seja ganhar flexibilidade, os trabalhos 
realizados serão diferentes de uma aula que tenha como objetivo principal ganhar 
condicionamento cardiovascular. Obviamente que de alguma forma esses objetivos 
podem se relacionar, no entanto, a maneira de desenvolver a aula deve ser diferenciada 
a depender do objetivo que se tenha. 
 É importante que o profissional da Educação Física seja conhecedordos princípios 
do treinamento esportivo para que a sua aula de Ginástica Funcional possa ser pautada 
em princípios científicos e com isso as chances de êxito do seu trabalho possam ser 
aumentadas. 
2.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL 
 Um profissional da Educação Física que pretende trabalhar com a Ginástica 
Funcional deve dominar diversos campos do conhecimento, é preciso, por exemplo, 
que o profissional seja capaz de realizar uma avaliação bem-feita para que ele possa 
conhecer o estado atual do indivíduo com o qual ele vai desenvolver o seu trabalho.
 É preciso também que o profissional seja conhecedor dos princípios básicos do 
treinamento esportivo, para que ele possa planejar as sessões de treinamento com maior 
20
chance de sucesso. Além de ter afiados os seus conhecimentos de base como anatomia, 
biomecânica e afins. 
 Pensando no conhecimento do profissional relativo à Ginástica Funcional, alguns 
conceitos devem ser elucidados, por exemplo, intensidade, volume e frequência. A 
intensidade da sessão de uma aula de Ginástica Funcional pode ser entendida como 
a dificuldade que se tem para realizar a aula, já o volume pode ser entendido como 
o tempo gasto na sessão de exercício (FLECK; KRAEMER, 2017). Por exemplo, quando 
se pensa em uma aula de Ginástica Funcional, à medida que se aumenta a amplitude 
do movimento, que se realiza um incremento de peso ao exercício realizado ou que 
se faz, por exemplo, a diminuição do intervalo de recuperação, se realiza aumentos na 
intensidade da sessão. Já quando se aumenta a quantidade de exercícios realizados, a 
quantidade de movimentos realizados para um exercício, se realiza aumentos no volume. 
Como demonstrado pelo quadro a seguir.
Volume Intensidade 
Aumentar o número de repetições realizadas. Realizar incremento de peso nos exercícios executados. 
Aumentar a quantidade de exercícios realiza-
dos.
Aumentar a amplitude dos movimentos realizados na 
sessão de Ginástica Funcional.
Aumentar o tempo total gasto com a sessão 
de Ginástica Funcional.
Diminuir o tempo de intervalo entre as séries e os exer-
cícios realizados na aula de Ginástica Funcional. 
Quadro 1: Como aumentar o volume e a intensidade da sessão de Ginástica Funcional
Fonte: Elaborado pelo autor
 Outro aspecto importante quando se pensa em uma sessão e/ou em um programa 
de treinamento que se valha da Ginástica Funcional é a frequência. Frequência que pode 
ser pensada dentro da sessão (a quantidade de vezes que se realiza um determinado 
exercício que tem como objetivo o trabalho de um certo músculo) e que também pode 
ser entendida dentro da programação do treinamento (quantidade de vezes na semana, 
no mês ou dentro de todo o período de treinamento que se realiza um determinado 
exercício, ou se trabalha um determinado grupamento muscular) (FLECK; KRAEMER, 
2017). Pensando em uma sessão de Ginástica Funcional, um exemplo seria a execução 
do exercício agachamento livre dentro de uma sessão de treinamento que é realizado 
três vezes por semana durante um período de três meses, sendo o exercício executado 
em três séries de dez repetições, como é demonstrado no quadro a seguir.
Exercício Frequência semanal Frequência mensal Frequência no período 
de treino
Agachamento 3x 12x 36x
Quadro 2: Frequência do exercício agachamento
Fonte: Elaborado pelo autor
 Outro princípio básico quando se pensa nas aulas de Ginástica Funcional é o 
objetivo que se tem com a execução dessas aulas. São diversas as valências que podem 
ser trabalhadas, por exemplo, o ganho de Resistência Muscular Localizada (RML), que 
pode ser entendida como a capacidade do músculo esquelético em suportar tensão 
por um período prolongado (LEMOS; CARDOZO; SIMÃO, 2016). As sessões de Ginástica 
Funcional podem trabalhar a capacidade de RML, caso esse seja o objetivo do professor 
que conduz a aula, por meio da realização de exercício isométricos (em que não 
21
acontece o afastamento da origem e inserção da musculatura em trabalho) e por meio 
de exercícios isotônicos em que o músculo esquelético é recrutado. 
 Outra valência que pode ser trabalhada nas aulas de Ginástica Funcional é o 
incremento da força muscular (SOUZA JÚNIOR et al., 2015). O trabalho realizado com os 
mais variados tipos de indivíduos pode valer-se do uso de implementos ou não para que 
se gere uma sobrecarga, uma vez que a sobrecarga do exercício pode ser caracterizada 
pela própria massa corporal do indivíduo. Por exemplo, é possível dentro de uma aula 
de Ginástica Funcional realizar o movimento de flexão de braços sem que seja usado o 
implemento de qualquer força opositora além da própria massa corporal do indivíduo, 
levando a aumentos da força de membros superiores. 
 Outra capacidade física que pode ser trabalhada por meio das aulas de Ginástica 
Funcional é a flexibilidade. Flexibilidade que pode ser entendida como a capacidade 
máxima de amplitude de um determinado segmento corporal (SILVA et al., 2018). Nas 
aulas de Ginástica Funcional, podem ser realizados trabalhos de alongamento, por 
exemplo, que levam a incrementos da flexibilidade do indivíduo. E esses incrementos 
na flexibilidade estão diretamente relacionados com o aumento da qualidade de vida 
do indivíduo, sobretudo quando se pensa, por exemplo, em indivíduos acometidos por 
patologias, ou idosos. 
 A capacidade aeróbica é outra capacidade física que pode ser aumentada por 
meio da realização de aulas de Ginástica Funcional (BATISTA e SANTANA, 2020). Caso seja 
objetivo do professor, podem ser elaboradas aulas que tenham forte caráter aeróbico 
nos exercícios que são executados, acontecendo elevação da frequência cardíaca em 
decorrência desses exercícios, fazendo com que o sistema cardiovascular seja exigido e 
consequentemente a capacidade aeróbica seja trabalhada. 
 O controle da composição corporal pode ser trabalhado por meio da realização de 
aulas de Ginástica Funcional, uma vez que, durante essas aulas, podem ser executados 
exercícios de via predominantemente aeróbica e anaeróbica, o que pode reverberar em 
um aumento da Taxa Metabólica Basal, podendo levar a um controle da composição 
corporal (FACIOL et al., 2020). 
 O aumento da consciência corporal é outra característica que pode ser trabalhada 
por meio das aulas de Ginástica Funcional, esse aumento da consciência corporal pode 
ser obtido uma vez que a prática regular dessas aulas faz com que os indivíduos tenham 
a oportunidade de vivenciar diversos movimentos e a forma com a qual o corpo dos 
mesmos se relaciona com o espaço no qual estão inseridos (GIOLO-MELO e PACHECO, 
2020).
São diversos os benefícios que podem ser oriundos da prática regular da Ginástica Fun-
cional, todavia, nem todos os indivíduos vão responder de forma uniforme ao estímulo 
realizado! 
FIQUE ATENTO
22
 Dessa forma, a prática regular da Ginástica Funcional pode reverberar em uma 
série de benefícios como demonstrado na figura a seguir:
Figura 3: Possíveis efeitos da Ginástica Funcional
Fonte: Elaborado pelo autor
2.3 ESTRUTURA BÁSICA DE UMA AULA DE 
GINÁSTICA FUNCIONAL
 Quando se pensa em uma aula de Ginástica Funcional, deve-se, antes de mais 
nada, ter a percepção clara quanto ao público com o qual se trabalha e qual é o objetivo 
da aula, uma vez que esses fatores interferem de forma direta na forma com a qual a 
aula deve ser desenvolvida. Afinal, diante desses aspectos, o profissional da Educação 
Física vai realizar o trabalho da maneira mais adequada (YANG e CHEN, 2018). 
 É importante que se entenda a prática do indivíduo para com a modalidade 
de Ginástica Funcional que se usa como ferramenta de intervenção. A estratificação 
dos alunos quanto a sua vivência na prática é um pilar para que se possa pensar no 
desenvolvimento da aula de Ginástica Funcional. São vários os critérios que podem ser 
utilizados para fazer essa estratificação, mas um dos mais comuns é relativo ao tempo de 
prática que o indivíduo possui. Geralmente, indivíduos com menos de um ano de prática 
na modalidade sãoconsiderados iniciantes, indivíduos com prática entre um e dois anos 
são considerados nível intermediário e indivíduos com dois anos ou mais de prática são 
considerados nível avançado (VIDAL, ANIC, KERBEJ, 2018; FERREIRA e MARINS, 2019). 
Como pode ser demonstrado no quadro a seguir.
Tempo de prática Classificação (nível)
1 ano Iniciante
1-2 anos Intermediário
2 anos ou mais Avançado
Quadro 3: Classificação do nível do indivíduo nas aulas de Ginástica Funcional
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
23
 Essa estratificação do nível dos indivíduos que praticam a aula de Ginástica 
Funcional é importante, pois através dela é possível imaginar a intensidade com a qual vão 
ocorrer as aulas e os tipos de movimentos que serão realizados pensando na dificuldade 
do gesto técnico motor a ser executado. Obviamente que impreterivelmente o perfil dos 
participantes da aula deve ser sempre levado em consideração independente do tempo 
de prática que eles tenham. Um exemplo disso é que, por mais que idosos de 80 anos 
pratiquem a Ginástica Funcional em um período de mais de 2 anos e com isso sejam 
classificados como de nível avançado, é preciso que se observe o tipo de movimento que 
pode ser realizado por esse público com segurança. 
 Quanto à forma básica pela qual a aula pode se desenvolver, uma aula de 
Ginástica Funcional geralmente é composta por um período de aquecimento, em que 
são realizados exercícios em menor intensidade, seguida da fase principal da aula, em 
que acontecem os exercícios específicos em maior intensidade, e posteriormente a fase 
de recuperação ativa, em que se realiza exercícios novamente em baixa intensidade 
para preparar o organismo para a mudança do estado exercitado para o repouso. Como 
demonstrado na figura a seguir.
Figura 4: Momentos da aula de Ginástica Funcional
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
 É importante que a aula de Ginástica Funcional tenha uma estrutura bem 
determinada para que ela possa ocorrer com maior segurança para o seu praticante e 
as chances e êxito ao galgar os objetivos traçados sejam aumentados. 
24
FIXANDO O CONTEÚDO
1- Quando se pretende aumentar o volume de uma sessão de Ginástica Funcional, uma 
medida que o professor pode tomar é: 
a ( ) Aumentar o tempo total gasto na aula.
b ( ) Diminuir a quantidade de exercícios realizados mantendo as outras variáveis 
inalteradas.
c ( ) Acrescentar mais peso nos exercícios realizados
d ( ) Diminuir o intervalo de recuperação entre os exercícios mantendo as outras variáveis 
inalteradas.
e ( ) Diminuir a amplitude dos movimentos realizados mantendo as outras variáveis 
inalteradas.
2 - Quando se pretende aumentar a intensidade de uma sessão de Ginástica Funcional, 
uma medida que o professor pode tomar é: 
A ( ) Aumentar o tempo total gasto na aula.
B ( ) Diminuir a quantidade de exercícios realizados mantendo as outras variáveis 
inalteradas.
C ( ) Diminuir o peso nos exercícios realizados,
D ( ) Diminuir o intervalo de recuperação entre os exercícios mantendo as outras variáveis 
inalteradas.
E ( ) Diminuir a amplitude dos movimentos realizados mantendo as outras variáveis 
inalteradas.
3 - Dentro de uma aula de Ginástica Funcional, a frequência pode ser entendida, entre 
outras, como: 
a ( ) O peso utilizado para a realização dos exercícios. 
b ( ) O tempo que se demora para realizar um exercício da aula.
c ( ) A quantidade de vezes que se realiza a aula na semana. 
d ( ) O tempo total gasto para se realizar a aula. 
e ( ) O intervalo de recuperação entre os exercícios na mesma sessão.
4 - A capacidade do músculo esquelético em suportar tensão por um período prolongado 
é conhecida como:
a ( ) Capacidade aeróbica.
b ( ) Resistência Muscular Localizada.
c ( ) Força Máxima.
d ( ) Flexibilidade. 
e ( ) Via anaeróbica.
5 - A capacidade máxima de amplitude de um determinado segmento corporal é 
25
conhecida como:
a ( ) Capacidade aeróbica.
b ( ) Resistência Muscular Localizada.
c ( ) Força Máxima. 
d ( ) Via anaeróbica. 
e ( ) Flexibilidade.
6 - O princípio do treinamento esportivo que preconiza que o indivíduo é o somatório das 
suas características genotípicas (genética) e fenotípicas (meio em que vive) é o princípio 
do(a): 
a ( ) Individualidade Biológica.
b ( ) Sobrecarga.
c ( ) Continuidade. 
d ( ) Interdependência Volume-Intensidade.
e ( ) Especificidade.
7 - O princípio do treinamento esportivo que preconiza que a interrupção não programada 
do treinamento leva a perda dos benefícios obtidos é o da(o):
a ( ) Individualidade Biológica. 
b ( ) Sobrecarga.
c ( ) Continuidade.
d ( ) Interdependência Volume-Intensidade.
e ( ) Especificidade.
8 - O princípio do treinamento esportivo que preconiza que para que se possa continuar 
a obter resultados positivos é preciso que se realize aumentos na carga utilizada é o 
da(o):
a ( ) Individualidade Biológica. 
b ( ) Especificidade. 
c ( ) Continuidade.
d ( ) Interdependência Volume-Intensidade.
e ( ) Sobrecarga.
26
GINÁSTICA FUNCIONAL E 
TECIDO ADIPOSO, 
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR E 
SISTEMA ENDÓCRINO
27
3.1 EFEITOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL SOBRE O 
TECIDO ADIPOSO
 A Ginástica Funcional pode ser praticada de diferentes maneiras, existem diversas 
práticas possíveis quando se pensa nessa categoria de Ginástica. E dentro dessas práticas 
acontecem as alternâncias de intensidade, materiais utilizados e principais públicos-
alvo, sobretudo a depender da realidade local com a qual o professor se depare. Dentro 
de todas essas variações, é possível que se trabalhe a Ginástica Funcional pensando no 
controle do tecido adiposo, dessa forma, é possível apontar efeitos da Ginástica Funcional 
sobre o tecido adiposo dos seus praticantes.
São diversas as maneiras que se pode realizar uma aula de Ginástica Funcional. Logo, 
a aula pode ter os mais variados objetivos, caso o profissional que conduz a aula tenha 
como meta realizar um trabalho, por exemplo, de auxiliar no processo de redução do teci-
do adiposo dos seus alunos, ele deve estruturar a sua aula pensando nesse objetivo.
FIQUE ATENTO
 Antes mesmo que se pense na capacidade das aulas de Ginástica Funcional em 
reduzir o tecido adiposo dos indivíduos, é preciso que se tenha clareza que determinados 
níveis de tecido adiposo são necessários para a boa saúde do indivíduo, por questões que 
vão desde energética à produção de diversos hormônios, por exemplo, que são necessários 
ao indivíduo. Todavia, teores excessivos de tecido adiposo são reconhecidamente 
associados a diversas patologias como a obesidade, de forma direta, e a outras doenças 
de forma indireta, como diabetes e hipertensão arterial (LONGO et al., 2019).
 Dessa forma, quando se pensa na realização de aulas de Ginástica Funcional, elas 
têm um papel importante ao atuar sobre esse excesso de tecido adiposo, uma vez que 
essas aulas têm a capacidade de mobilizar o músculo esquelético, o que pode acabar por 
reverberar no gasto energético total diário do indivíduo, além de, em muitas situações, 
serem aulas que também exercem efeitos positivos do ponto de vista aeróbico, levando 
a um funcionamento melhorado do sistema cardiovascular, fatores que em conjunto 
podem levar à redução do tecido adiposo, consequentemente levando o indivíduo a um 
estado de menor inflamação (GREER et al., 2021). 
Quando se fala da diminuição do tecido adiposo, muitas vezes as atenções acabam sendo 
voltadas para a quantidade de energia (calorias) que é gasta na sessão de exercício, como 
em uma aula de Ginástica Funcional. Todavia, uma aula tem aproximadamente algo em 
torno de uma hora de duração. Será mesmo que para o processo de diminuição do teor de 
gordura corporal o gasto energético da sessão é o fator mais importante? 
VAMOS PENSAR?
28
 Um teor de gordura corporal dentro dos valores de normalidade é algo 
imprescindível para a manutenção ou mesmo obtenção de um corpo saudável, todavia 
é preciso que se tenha muita cautela nesse processo, muitasvezes os profissionais da 
Educação Física que conduzem uma aula de Ginástica Funcional se deparam com 
clientes/alunos que acabam cometendo excesso na busca por diminuir esse teor de 
gordura corporal. Uma aula de Ginástica Funcional pode ser realizada visando auxiliar 
nesse processo de redução de valores de gordura corporal, no entanto, é preciso que o 
profissional responsável por essa aula esteja atento para o público com o qual ele está 
trabalhando, para que o planejamento possa ser o mais assertivo o possível.
3.2 EFEITOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL SOBRE O 
SISTEMA CARDIOVASCULAR
 As aulas de Ginástica Funcional podem ser elaboradas pensando em levar a 
incrementos na função cardiovascular do indivíduo por diversos aspectos, um deles 
seria a redução do teor de gordura corporal, tendo em vista que menores teores de 
gordura corporal favorecem o funcionamento do sistema cardiovascular, por exemplo, 
por questões mecânicas ligadas à circulação do sangue nas veias e artérias.
 A circulação do sangue pelas veias e artérias também pode ser facilitada pela 
liberação de substâncias vasodilatadoras em decorrência da realização de uma aula 
de Ginástica Funcional, o que favorece o fluxo sanguíneo e pode levar a melhorias no 
funcionamento do sistema cardiovascular (BEN-ZEEV; OKUN, 2021). 
 Deve ser ressaltada também a capacidade das aulas de Ginástica Funcional em 
levarem a incrementos do músculo cardíaco, caso as aulas sejam realizadas com esse 
objetivo e tenham a estruturação adequada. Uma vez que aulas que tenham exercícios 
de caráter aeróbico e anaeróbico podem contribuir para o aprimoramento do músculo 
cardíaco funcionando como uma “bomba”, pensando sobre o aspecto da sua função de 
garantir a circulação do sangue pelo corpo (LOPES et al., 2021).
 Obviamente que esses benefícios podem ser alcançados quando se trata de aulas 
que tenham esse objetivo e, portanto, sejam realizadas de forma que estruturalmente 
sejam visadas essas melhorias. Obviamente que uma aula de Ginástica Funcional com 
um indivíduo que está em fase final de recuperação de uma lesão do segmento do 
braço pode ter um caráter aeróbico, todavia, essa aula vai se desenvolver dentro das 
limitações que esse indivíduo venha a possuir. Já uma aula que acontece para indivíduos 
saudáveis que buscam melhorias do sistema cardiovascular em geral deve ser o mais 
variada o possível no que diz sentido ao tipo de movimento realizado.
29
Figura 5: Mecanismos pelos quais a prática da Ginástica Funcional pode gerar efeitos positivos 
para o sistema cardiovascular
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
3.3 EFEITOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL SOBRE 
O SISTEMA ENDÓCRINO
 Antes mesmo de pensar nos efeitos que uma aula de Ginástica Funcional pode 
causar ao sistema endócrino, é preciso que se tenha a compreensão que o sistema 
endócrino pode ser entendido como o conjunto de órgãos e glândulas que são 
responsáveis por uma série de controles no organismo por meio da liberação de diversos 
hormônios na corrente sanguínea e esses atuam em suas células alvo (GUYTON; HALL, 
2017). Tendo isso em vista, a prática de uma sessão ou de um programa de treinamento 
físico que utiliza a Ginástica Funcional como ferramenta de trabalho pode gerar efeitos 
sobre a atuação do sistema endócrino do indivíduo.
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blioteca Única você tem a oportunidade de realizar a leitura dessa obra que tem 
linguagem acessível e disserta a respeito dessa temática que é de fundamental 
importância para que se possa realizar um trabalho pautado na ciência que se 
tem conhecimento sobre o funcionamento do sistema endócrino, uma ferramen-
ta que leva ao aumento das chances da execução de um trabalho de sucesso!
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30
 Um exemplo de como uma aula de Ginástica Funcional pode agir diretamente 
sobre o sistema endócrino seria o processo que acontece quando se realiza uma aula 
de Ginástica Funcional que tenha como objetivo o ganho de massa muscular. Após a 
realização de uma aula intensa de Ginástica Funcional, começa a ocorrer o processo 
das conhecidas microlesões adaptativas. O exercício em intensidade leva a um estado 
inflamatório que faz com que o organismo lance mão, por meio do sistema endócrino, 
de uma série de substâncias que serão utilizadas para que o corpo possa se recuperar 
do estresse gerado pela sessão de Ginástica Funcional. Esse processo de recuperação, 
quando associado a uma alimentação adequada do ponto de vista nutricional e a um 
processo de treinamento que permita a recuperação adequada da musculatura, pode 
culminar no ganho de massa muscular (REZAEESHIRAZI, 2021).
 Uma aula de Ginástica Funcional também pode repercutir sobre o metabolismo 
da glicose, uma vez que a realização da aula leva a um recrutamento do músculo 
esquelético, e o músculo esquelético é o principal metabolizador da glicose. Esse 
aumento da atividade do músculo esquelético por uma série de mecanismos o torna 
mais sensível à ação da insulina, principal hormônio responsável por captara a glicose 
circulante (AMIRI; FATHEI; ZIAALDINI, 2021).
 É possível notar também que aulas de Ginástica Funcional podem ser ferramentas 
integrantes de um programa de prevenção e tratamento de patologias relacionadas 
ao mal funcionamento do sistema reprodutivo, pois o exercício físico, sobretudo em 
modalidades que associam exercícios de via predominantemente aeróbica e anaeróbica, 
como é o caso da Ginástica Funcional em muitas ocasiões, pode levar ao equilíbrio ideal 
na produção de vários hormônios que se relacionam de forma direta com a reprodução 
(YAPING et al., 2021). 
 Dessa forma, uma aula de Ginástica Funcional pode de diferentes formas incidir 
diretamente sobre o sistema endócrino, influenciando de forma direta na produção, 
ou mesmo na ação de diversos hormônios que por esse sistema são controlados. 
Obviamente que é preciso que se pense no tipo de aula que vai ser desenvolvido, tendo 
em vista o público com o qual se pretende trabalhar para que se possa pensar de fato na 
viabilidade da execução de uma aula que tenha o objetivo de agir de alguma maneira 
sobre as funções endócrinas. O fato é que o profissional da Educação Física que pretende 
trabalhar com a Ginástica Funcional deve estar ciente que ela pode agir sobre diversos 
sistemas, levando aos mais diversos resultados, todavia é preciso que esse profissional 
esteja munido do conhecimento teórico necessário para que essa prática possa ser a 
mais segura possível e as chances de êxito de fato decorrentes da execução da prática 
possam ser aumentadas.
31
FIXANDO O CONTEÚDO
1 - Qual o nome do fenômeno que pode ocorrer por meio da realização de um programa 
de treinamento que utiliza a Ginástica Funcional que contribui para o controle da pressão 
arterial? 
a ( ) Sístole
b ( ) Metástase
c ( ) Hipertensão arterial
d ( ) Fagocitose 
e ( ) Hipotensão pós exercício 
2 - Qual o nome do processo adaptativo que pode ocorrer sobre o músculo esquelético 
após a realização de uma sessão de Ginástica Funcional que pode contribuir para o 
ganho de massa muscular? 
a ( ) Distrofia 
b ( ) Catabolismo 
c ( ) Taquicardia 
d ( ) Microlesão adaptativa 
e ( ) Bradicardia 
3 - Qual o nome se dá para o sistema composto por órgãos e glândulas que são 
responsáveis por controlar diversas ações no organismo ao liberar hormônios na corrente 
sanguínea que agem nas suas células alvo?
 
a ( ) Sistema cardiovascular
b ( ) Sistema muscular 
c ( ) Sistema endócrino 
d ( ) Sistema de neural 
e ( ) Sistema amplificador 
4 – A Ginástica Funcional pode colaborar para o aumento do metabolismo da glicose 
por contribuir para um aumento da sensibilidade da ação de qual hormônio? 
a ( ) Adrenalina 
b ( ) Insulina 
c ( ) Glucagon 
d ( ) Noradrenalina
e ( ) Morfina
5 - Um dos fatores que pode ajudar a explicar os motivos de uma aula de Ginástica 
Funcional levar ao aprimoramento do Sistema Cardiovascularé:
32
a ( ) Facilitar o fluxo sanguíneo.
b ( ) Gerar obstruções ao fluxo sanguíneo.
c ( ) Diminuir a temperatura corporal.
d ( ) Diminuir a frequência cardíaca durante a execução da aula.
e ( ) Pouco trabalho do músculo esquelético. 
6 - Ao pensar na função do tecido adiposo no organismo humano, é correto afirmar que: 
a ( ) O tecido adiposo é importante para a produção de diversos hormônios, como os 
derivados do colesterol, um exemplo é a testosterona. 
b ( ) É fundamental para a saúde do indivíduo que o percentual de gordura corporal 
chegue a 0%.
c ( ) Quanto mais gordura visceral o indivíduo apresenta, mais protegido ele está da 
incidência de doenças metabólicas.
d ( ) Qualquer teor de gordura corporal sempre é nocivo à saúde. 
e ( ) Quanto mais gordura total o indivíduo apresenta, mais ele tende a ser saudável.
7 - Quando se pensa no teor de gordura de um indivíduo, é importante que se tenha 
clareza que, associada a outros fatores, a Ginástica Funcional pode atuar sobre essa 
gordura de forma positiva, pois:
a ( ) Aulas de Ginástica Funcional tendem a diminuir o gasto calórico em repouso do 
indivíduo. 
b ( ) Aulas de Ginástica Funcional tendem a aumentar a taxa metabólica de repouso do 
indivíduo.
c ( ) Principalmente quando associada a uma dieta alimentar adequada, a Ginástica 
Funcional não tem efeitos sobre o metabolismo do indivíduo.
d ( ) Praticantes assíduos de aulas de Ginástica Funcional e que tem um padrão 
alimentar adequado, na maioria das vezes, passam por aumentos no teor de gordura, 
principalmente visceral. 
e ( ) A prática de aulas de Ginástica Funcional associada a uma dieta alimentar adequada 
não tende a incidir efeitos sobre o teor de gordura visceral. 
8 - São diversos os fatores que podem incidir sobre o bom funcionamento do sistema 
cardiovascular. Uma das razões que pode ajudar a explicar melhoras nesse sistema em 
decorrência das aulas de Ginástica Funcional é:
a ( ) Aumento da efetividade do músculo cardíaco.
b ( ) A diminuição da força do músculo cardíaco.
c ( ) A diminuição do ventrículo esquerdo.
d ( ) O surgimento da hipertensão arterial. 
e ( ) O acúmulo de gordura nas veias e artérias.
33
DIRETRIZES DA 
GINÁSTICA 
FUNCIONAL PARA 
INDIVÍDUOS DE 
NÍVEL DE 
TREINAMENTO 
INICIANTE, 
INTERMEDIÁRIO E 
AVANÇADO
34
4.1 DIRETRIZES DA GINÁSTICA FUNCIONAL PARA INDIVÍDUOS 
DE NÍVEL DE TREINAMENTO INICIANTE
 Antes que se inicie qualquer programa de exercícios físicos, o profissional da 
Educação Física deve entender o nível de condicionamento do seu cliente/aluno. 
Obviamente que as aulas, que muitas vezes acontecem de forma coletiva, sendo 
assim a turma tende a ser variada e numerosa. Dessa forma encontrar indivíduos com 
características similares é algo que dificilmente irá acontecer, mas cabe ao professor 
tentar montar uma turma que tenha a vivência com a prática em nível mais similar o 
possível. 
 Uma das maneiras de classificar o nível de treinamento do indivíduo está associada 
ao tempo de vivência prática do mesmo em relação à modalidade, preferencialmente 
pensando nesse tempo de forma ininterrupta. Partindo desse princípio, pode-se dizer 
que um indivíduo que pratique aulas como as de Ginástica Funcional por um período 
inferior a seis meses pode ser classificado como de nível iniciante de treinamento 
(FERREIRA; MARINS, 2019). 
 Pensando em questões de progressão pedagógica de aprendizado, é interessante 
que se inicie um programa de treinamento de Ginástica Funcional realizando 
movimentos que do ponto de vista técnico da sua execução sejam mais simples, para 
que progressivamente seja aumentado o grau de dificuldade das ações realizadas, sendo 
assim, com um indivíduo iniciante, o indicado seria realizar movimentos básicos e em 
menor intensidade, para que, de forma progressiva, essa intensidade seja aumentada 
(FREITAS et al., 2018). 
 Um exemplo de como pode acontecer essa progressão é o exercício conhecido 
como “corrida estacionária”, representado na Figura 6 a seguir. É possível iniciar o 
movimento em uma menor amplitude e progressivamente aumentar essa amplitude 
à medida que o indivíduo ganhe vivência com a prática. O mesmo pode ser feito com 
a velocidade de execução, é possível realizar o movimento inicialmente em menor 
velocidade e aumentar essa velocidade progressivamente.
Figura 6: Corrida Estacionária
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
35
 Observe que, na figura, em um primeiro momento, a flexão de quadril da perna 
acontece em uma menor extensão (à esquerda), para posteriormente essa flexão de 
quadril ser realizada de forma mais acentuada (à direita). Lembrando sempre de questões 
de cunho individual que irão ditar a velocidade com a qual essa progressão acontece e 
sua magnitude. 
 Dessa forma, os movimentos que fazem parte de uma aula de Ginástica Funcional 
podem ser realizados por diversos indivíduos nas mais variadas condições, desde que 
realizadas as adaptações que se façam necessárias e respeitadas as características 
individuais de cada um (CORAZZA et al., 2016). 
Alguns movimentos que são realizados com indivíduos de nível iniciante podem ser rea-
lizados também com indivíduos que tenham nível intermediário e avançado de vivência 
com a prática, o que muitas vezes muda é a amplitude do movimento realizado e a inten-
sidade com a qual se realiza esse movimento.
FIQUE ATENTO
 O profissional da Educação Física deve estar ciente que cada indivíduo tem 
uma capacidade para realizar determinados movimentos que compõem uma aula de 
Ginástica Funcional, por isso, ele deve estar atento à maneira com a qual cada indivíduo 
responde ao estímulo dado. Além de respeitar o tempo de adaptação diferenciado a 
depender da estrutura em questão. 
 Músculos, tendões e articulações demandam um período de adaptação para 
com a prática para que possam ser fortalecidos e exista menor chance da ocorrência 
de lesões, sendo esse período variável, mas, em linhas gerais, algo em torno de 2-3 
meses são recomendados para que esse fortalecimento possa acontecer (LEMOS; 
CARDOZO; SIMÃO, 2016). Além do fortalecimento realizado, é preciso que se atente para 
o desenvolvimento de outras valências que colaboram para o sucesso da prática e para 
promoção da qualidade de vida do indivíduo. 
 Uma valência que deve ser trabalhada com indivíduos que praticam aulas de 
Ginástica Funcional é a flexibilidade, pois essa flexibilidade vai ser importante para a 
realização de movimentos componentes da aula, além da realização de tarefas da vida 
cotidiana, contribuindo para os ganhos na qualidade de vida do praticante da modalidade 
(MACHADO et al., 2015). Dessa forma, é preciso que se pense na estrutura da aula de 
Ginástica Funcional. 
 Pensando na estrutura básica de uma aula de Ginástica Funcional, observa-se que 
a aula pode ser composta pelo aquecimento, em que se realizam exercícios básicos em 
baixa intensidade com o objetivo de preparar o organismo para a demanda energética 
que é elevada com a realização da sessão de exercício. Parte principal, em que são 
realizados os exercícios de maior intensidade, e recuperação ativa, em que se prepara o 
organismo para o fim da sessão de exercício. Para indivíduos iniciantes, pode-se utilizar 
de 10-15 minutos para a realização do aquecimento, 20-25 minutos de exercício para a 
parte principal da aula e 10-15 minutos para que seja realizada a recuperação ativa.
36
4.2 DIRETRIZES DA GINÁSTICA FUNCIONAL PARA INDIVÍDUOS 
DE NÍVEL DE TREINAMENTO INTERMEDIÁRIO
 Como dito anteriormente, o tempo de vivência do indivíduo com a atividade é 
um dos critérios que podem ser utilizados para classificar o nível de treinamento do 
indivíduo em uma prática. Pensando nesse critério de classificação, é possível classificar 
como de nível intermediário de treinamento na Ginástica Funcional um indivíduo que 
pratique aulas dessa modalidade de forma ininterrupta por um período de seis meses 
a um ano (FERREIRA e MARINS, 2019). Dessa forma, já é possível trabalhar a sessãode Ginástica Funcional seguindo uma estrutura diferenciada em relação à sessão de 
Ginástica Funcional de um indivíduo de nível iniciante.
À medida que o indivíduo consegue uma maior vivência na prática da Ginástica Funcional, 
é possível classificá-lo em níveis mais avançados dentro da modalidade, todavia, é preciso 
que se entenda que características individuais devem ser respeitadas. Sendo assim, será 
que todos os indivíduos vão responder da mesma maneira ao estímulo do exercício, fazen-
do com que todos evoluam dentro da modalidade de uma maneira uniforme? Como isso 
interfere no planejamento das aulas de Ginástica Funcional?
VAMOS PENSAR?
 Quando se compara o tipo de movimento realizado e a intensidade em que 
acontece a sessão de exercício, uma aula de Ginástica Funcional para indivíduos de 
nível iniciante tem movimentos mais básicos e que ocorrem em menor intensidade 
em relação à aula desenvolvida para indivíduos de nível intermediário. Tendo em vista 
que essa vivência para com a modalidade leva ao desenvolvimento de valências como a 
consciência corporal, que permite ao indivíduo de nível intermediário de treinamento na 
Ginástica Corporal realizar movimentos diferenciados em relação ao indivíduo de nível 
iniciante (FORMAÇÃO, 2021). Um exemplo disso pode ser observado na figura abaixo. 
 Na figura é possível observar a diferença de amplitude de movimentos realizados, 
tornando os movimentos mais complexos à medida que o indivíduo vai ganhando 
vivência com a Ginástica Funcional por meio de ações como aumento da amplitude da 
flexão de quadril ou a progressão de uma flexão realizada com apoio dos joelhos para 
uma flexão sem apoio.
 O que pode ser reforçado quando se analisa, por exemplo, a proposta que pode ser 
de três séries de cinco repetições para indivíduos de nível iniciante e a proposta de três 
séries de dez repetições para indivíduos de nível intermediário. O que vai de encontro 
com o desenvolvimento da consciência corporal que acontece à medida que o indivíduo 
vai ganhando vivência na modalidade.
37
Figura 7: Exemplos de exercícios para indivíduos de nível iniciante e intermediário
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
 O desenvolvimento dessa consciência corporal vai aumentar a chance de conseguir 
executar os movimentos do ponto de vista técnico de execução do movimento, além 
de deixar o indivíduo menos suscetível a lesões, uma vez que a execução correta do 
exercício é um dos pilares para que se diminua a incidência de lesões (SOUZA; MOREIRA; 
CAMPOS, 2015). 
 Pensando na estrutura da aula de Ginástica Funcional para indivíduos de nível 
de treinamento intermediário, pode-se utilizar de 10-15 minutos para a realização do 
aquecimento, 25-30 minutos de exercício para a parte principal da aula e 10-15 minutos 
para que seja realizada a recuperação ativa.
4.3 DIRETRIZES DA GINÁSTICA FUNCIONAL PARA INDIVÍDUOS 
DE NÍVEL DE TREINAMENTO AVANÇADO
 Usando o tempo de prática como critério para classificação do nível de treinamento 
do indivíduo para com a Ginástica funcional, pode ser considerado como de nível avançado 
um indivíduo que de forma ininterrupta esteja realizando a prática da modalidade por 
no mínimo um ano (FERREIRA e MARINS, 2019). A classificação do indivíduo como de 
nível avançado muitas vezes leva a realização de uma aula de Ginástica Funcional que se 
38
difere de uma aula pensada para indivíduos de nível iniciante e intermediário. 
 Para indivíduos de nível avançado, muitas vezes a aula pode ser desenvolvida com 
a maior intensidade. Obviamente que quando se pensa nessa maior intensidade é feita 
uma comparação entre indivíduos que praticam a mesma modalidade e que apresentam 
características similares. Ou seja, caso haja indivíduos jovens e saudáveis que praticam a 
Ginástica Funcional, a aula para um indivíduo iniciante vai ser com a menor intensidade, 
já para um indivíduo de nível de treinamento intermediário, a intensidade vai ser mais 
elevada quando comparada a um indivíduo iniciante, sendo assim, para um indivíduo 
de nível de treinamento avançado na Ginástica Funcional, a aula vai ser realizada na 
maior intensidade. 
 Na figura abaixo é possível notar que o grau de dificuldade para a realização dos 
exercícios é aumentado de acordo com a vivência do indivíduo para com a Ginástica 
Funcional, assim como a proposta para a realização dos exercícios, sendo proposto, por 
exemplo, três séries de cinco repetições para indivíduos de nível iniciante, três séries de 
dez repetições para indivíduos de nível intermediário e quatro séries de 12 repetições 
para indivíduos de nível avançado.
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 Pensando na estrutura da aula de Ginástica Funcional para indivíduos de nível de 
treinamento avançado, pode-se utilizar de 5-10 minutos para a realização do aquecimento, 
30-40 minutos de exercício para a parte principal da aula e 10-15 minutos para que seja 
realizada a recuperação ativa.
BUSQUE POR MAIS
A Biblioteca Virtual conta com a obra Treinamento Funcional: Uma abordagem 
prática
Na Biblioteca Virtual você pode realizar a leitura dessa obra que faz uma abor-
dagem prática sobre a execução de diversos movimentos e princípios do treina-
mento funcional, uma oportunidade de ter uma visão prática sobre essa temáti-
ca e aumentar o seu conhecimento sobre a prática
LINK: https://bit.ly/3bbmTza
 É preciso que o profissional da Educação Física que tem a pretensão de realizar 
trabalhos utilizando a Ginástica Funcional entenda que existem diferentes maneiras de 
executar as suas aulas valendo-se dessa modalidade de exercício, e que a depender do 
público com o qual se trabalhe existe uma determinada estrutura que pode ser seguida, 
havendo obviamente espaço para que sejam realizadas as adaptações que se façam 
necessárias, sejam essas adaptações por questões estruturais, como disponibilidade 
de material, ou adaptações ligadas ao público com o qual se pretende trabalhar, por 
exemplo, em linhas gerais, os trabalhos realizados com a Ginástica Funcional, pensando 
em idosos portadores de sarcopenia, se diferenciam dos trabalhos realizados com jovens 
saudáveis que buscam ganhos de condicionamento físico.
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FIXANDO O CONTEÚDO
1 - Pensando na prática da Ginástica Funcional, é possível estratificar os indivíduos em 
diferentes níveis de condicionamento para com a prática. Dessa forma, o indivíduo que 
está a mais tempo realizando aulas de Ginástica Funcional de forma ininterrupta e com 
maior intensidade pode ser classificado como de nível:
a ( ) Avançado. 
b ( ) Iniciante.
c ( ) Intermediário. 
d ( ) Debutante.
e ( ) Amador. 
2 - Partindo da lógica que existem diferentes níveis de prática para com a modalidade 
de Ginástica Funcional, o indivíduo que já iniciou a sua prática em um período maior do 
que seis meses e menor do que um ano pode ser considerado como de nível:
a ( ) Avançado. 
b ( ) Iniciante.
c ( ) Intermediário. 
d ( ) Debutante.
e ( ) Amador. 
3 - Ao pensar na lógica de desenvolvimento de uma aula de Ginástica Funcional, é 
possível dizer que o momento de maior intensidade da aula geralmente é o(a):
a ( ) Aquecimento. 
b ( ) Recuperação passiva.
c ( ) Relaxamento. 
d ( ) Parte principal. 
e ( ) Recuperação ativa. 
4 - Dentro de uma aula de Ginástica Funcional existem diferentes momentos que 
são desenvolvidos. Um momento caracterizado por preparar o corpo para a demanda 
energética que vai ser aumentada devido à prática da Ginástica Funcional é conhecido(a) 
como:
a ( ) Recuperação ativa. 
b ( ) Recuperação passiva.
c ( ) Relaxamento. 
d ( ) Parte principal. 
e ( ) Aquecimento. 
5 - Em uma aula de Ginástica Funcional é possível trabalhar a intensidade de diversas 
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maneiras. Uma forma de aumentar a intensidade dentro de uma aula de Ginástica 
Funcionalé: 
a ( ) Realizar menos exercícios por sessão. 
b ( ) Aumentar a amplitude do movimento realizado. 
c ( ) Aumentar o intervalo de recuperação entre os exercícios. 
d ( ) Realizar os exercícios sem sobrecarga.
e ( ) Fazer os exercícios sem se preocupar com o gesto técnico realizado sem o incremento 
de cargas. 
6 - Em uma aula de Ginástica Funcional é possível aumentar o volume da sessão de 
exercício. Uma das maneiras de conseguir esse aumento do Volume é:
a ( ) Aumentar a quantidade de repetições. 
b ( ) Realizar os exercícios cada vez mais rápido. 
c ( ) Realizar menos repetições a cada sessão de exercício. 
d ( ) Aumentar a quantidade de peso utilizada. 
e ( ) Diminuir a amplitude dos movimentos. 
7 - Quando se pensa no tempo de prática do indivíduo com a Ginástica funcional e se usa 
esse critério para realizar a classificação do seu nível de treinamento com a modalidade, 
um indivíduo que tenha menos de 2 meses de prática com esse tipo de exercício pode 
ser considerado como de nível: 
a ( ) Profissional. 
b ( ) Iniciante. 
c ( ) Intermediário. 
d ( ) Avançado.
e ( ) Expert. 
8 - Se comparada a intensidade da fase principal da aula de Ginástica Funcional, os 
indivíduos que realizarão essa fase com maior intensidade serão os de nível: 
a ( ) Intermediário. 
b ( ) Iniciante.
c ( ) Avançado. 
d ( ) Debutante.
e ( ) Amador.
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MÉTODO PILATES
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5.1 HISTÓRIA DO PILATES
 Joseph Hubertus Pilates, nascido em 1883 na Alemanha, é apontado como o criador 
do Pilates. Joseph era uma criança portadora de algumas patologias e que acabava por 
passar períodos prolongados em hospitais durante a sua infância, o que o fez buscar 
durante toda a sua vida por alternativas de exercícios que pudessem gerar benefícios 
para a saúde de modo geral (JULIANO e BERNARDES, 2014).
Figura 9: Joseph Hubertus Pilates
Fonte: Revista Pilates (2022, on-line)
 Juliano e Bernardes (2014) sugerem que, segundo relatos históricos, durante 
a Segunda Guerra Mundial, Joseph adaptou alguns exercícios físicos para que esses 
pudessem ser realizados em macas e cadeiras de rodas, um sistema de exercício que 
ele denominou de “Contrologia”, que posteriormente viria a ser chamado de Pilates. 
Esse cenário no qual o método se desenvolve ajuda a explicar algumas das lacunas que 
método buscou preencher, por exemplo, trabalhar aspectos físicos e psicológicos, afinal 
esse era um momento que o mundo passava por uma guerra que causava danos físicos 
e psicológicos que eram impossíveis de serem mensurados.
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A Biblioteca Virtual conta com a obra Método Pilates de condicionamento do 
corpo: um programa para toda a vida prática.
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 Sendo assim, Joseph foi um dos primeiros a criar um sistema de treinamento que 
integrasse corpo e mente, algo que até então não era levado em consideração na maioria 
das práticas de exercício físico da época (DI LORENZO, 2011), afinal, a saúde era pensada 
em um aspecto físico, como a ausência de alguma patologia como hipertensão ou 
44
diabetes, e as doenças de cunho emocional como depressão e afins eram comumente 
negligenciadas.
A própria origem do método Pilates leva à reflexão da importância da prática pensando 
na promoção da saúde, obviamente que com o passar do tempo o método também pas-
sou a ser usado pensando em questões estéticas, por exemplo. Todavia, cabe ao profissio-
nal da Educação Física que usa esse método de trabalho buscar integrar os benefícios de 
cunho estético com os benefícios para a saúde do indivíduo. 
FIQUE ATENTO
 A preocupação da prática em realizar essa integração entre o corpo e a mente 
pode ser evidenciada pelo método buscar o controle da respiração, centralização, 
concentração, fluidez, precisão e controle corporal. Princípios que se correlacionam e 
estão ligados tanto ao aprimoramento de características físicas como mentais (BALDINE 
e ARRUDA, 2019). Um método que desde a sua criação começa a se difundir pelo mundo, 
inicialmente pela Europa e Estados Unidos.
Quando se fala da utilização do método Pilates, sobretudo quando se reflete sobre a origem 
do método, a percepção do corpo e mente trabalhando de forma associada aparece em 
vários momentos. No entanto, seria possível uma prática que desassociasse corpo e mente? 
É palpável pensar em uma prática física que não esteja associada a aspectos mentais?
VAMOS PENSAR?
 Quanto à utilização do método de Pilates no Brasil, registros históricos apontam 
para a chegada do método em território brasileiro na década de 1990. Sendo utilizado 
inicialmente para a reabilitação de indivíduos lesionados, mas posteriormente passando 
a integrar programas de exercício físico para indivíduos saudáveis que buscavam por 
melhorias no condicionamento físico (MACEDO, HASS e GOELLNER).
5.2 INTRODUÇÃO AO MÉTODO PILATES
 Um dos objetivos quando se trabalha com o método Pilates é a manutenção ou 
mesmo obtenção de uma postura corporal adequada, tendo em vista que uma postura 
adequada é um dos fatores que contribui para o estado de saúde do indivíduo. E para que 
o profissional possa realizar um trabalho que objetive essa postura ideal, é preciso que 
seja realizada uma avaliação postural do seu cliente/aluno com o objetivo de entender 
melhor qual o seu quadro atual (FERREIRA et al., 2007). 
 Para que essa avaliação seja executada, o profissional deve ser conhecedor das 
ditas curvaturas fisiológicas da coluna, ou seja, curvaturas que naturalmente existem na 
coluna do indivíduo. Essas curvaturas fisiológicas da coluna vertebral são a Lordose na 
coluna Cervical, Cifose na coluna Torácica, Lordose na coluna Lombar e Cifose na coluna 
Sacral (HEBERT et al., 2017). Como demonstrado na figura a seguir.
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Figura 10: Curvaturas Fisiológicas da coluna vertebral
Fonte: FerengeYouga (2022, on-line)
 Quando essas curvaturas são acentuadas, ou mesmo acontecem curvaturas 
diferentes dessas, são diagnosticados os desvios posturais. Os desvios posturais mais 
comuns encontrados são a escoliose (desvio lateral da coluna vertebral), hipercifose 
(cifose de forma acentuada) e hiperlordose (lordose de forma acentuada) (LOPES et al., 
2012). Como demonstrado na figura a seguir.
Figura 11: Desvios posturais
Fonte: Jornalboavista (On-line, 2022)
 Para que se detecte esses desvios por meio da avaliação, é possível que a avaliação 
seja feita a olho nu, quando o profissional posiciona o seu cliente/aluno em frente a uma 
parede, por exemplo, e avalia de forma visual a sua postura. Existe também a possibilidade 
que sejam tiradas fotos desse indivíduo para uma avaliação posterior, ou mesmo pode-
se utilizar equipamentos como o simetrógrafo por meio da utilização das fotos do aluno, 
ou mesmo de forma presencial (SILVEIRA et al., 2016).
 Entendendo o atual estado de saúde do indivíduo no que diz respeito a sua postura, o 
profissional da Educação Física pode escolher pela utilização de determinados exercícios 
dentro do método Pilates que podem ser utilizados para fortalecer a musculatura, tendo 
em vista a prevenção desses desvios, ou mesmo exercícios que possam ser utilizados 
com o objetivo de sanar a ocorrência desses desvios (SIQUEIRA et al., 2014). 
 Obviamente que em alguns casos esses desvios precisam ser tratados de forma 
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cirúrgica, todavia, em diversas situações os exercícios físicos, como os que são realizados 
por meio do método Pilates, devem ser utilizados como ferramentas de tratamento. 
 Sobre a ótica das questões posturais, o método Pilates pode ser usado em 
programas de reeducação postural por meio da realização de exercícios, tendo em 
vista que no método Pilates são realizados diversos exercícios com esse objetivo. Nesse 
método, os exercícios

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