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APOSTILA GUARDAGUARDA COMPARTILHADACOMPARTILHADA E UNILATERALE UNILATERAL DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito 1-GUARDA COMPARTILHADA E DA GUARDA UNILATERAL O Código Civil Brasileiro dispõe sobre a guarda unilateral e sobre a guarda compartilhada, nos seguintes termos: Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008). § 1 o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5 o ) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). § 2 o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) § 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) § 4 o (VETADO) . (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). § 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014) Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008). mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-368-08.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). § 1 o Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). § 2 o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) § 3 o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) § 4 o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda unilateral ou compartilhada poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu detentor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) § 5 o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) § 6 o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014) mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito O que é Guarda? Guarda é o conjunto de direitos e deveres (responsabilidade), que ambos os pais, ou um deles, exercem em favor dos filhos. São direitos e deveres legais, ou seja, que decorre de leis, de normas, que tem por objetivo a proteção, o provimento e a garantia das necessidades da pessoa colocada sob a responsabilidade do guardião. A guarda assume uma posição de vigilância, proteção e atenção, destinando-se a regularizar a posse de fato e tem por finalidade a prestação de assistência material, moral e educacional à criança e ao adolescente, nos termos do art. 33 da Lei 8.069/90- Estatuto da Criança e do Adolescente. “Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência” mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Cumpre destacar que o termo guarda possui importante relevância no que diz respeito ao seu aspecto social, envolvendo assim a convivência da criança ou adolescente com os próprios pais, bem como com o ambiente social existente no próprio bairro ou cidade, favorável, obviamente, à evolução socioeducacional da criança ou do adolescente. A guarda deve preservar a convivência social na vida e no cotidiano dos filhos, compreendendo escola, amigos, clubes de recreação, participação de atividades extracurriculares, como por exemplo, inglês, esportes, lazer, etc. A cada um dos pais e a ambos simultaneamente incumbe zelar pela proteção dos filhos, provendo a sua subsistência material, guardando-os ao tê-los em sua companhia e educando-os moral, intelectual e fisicamente, de acordo com suas condições sociais e econômicas. A ideia é reforçada pelo artigo 1.634, I a VII, do Código Civil. Os artigos dispõem sobre o exercício do poder familiar, ao estatuir que compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, “dirigir-lhes a criação e educação” e “tê- mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito los em sua companhia e guarda”, bem como praticar outros atos que decorrem dos aludidos deveres (ROBERTO GONÇALVES, 2018, P. 95-96). O que é Poder Familiar? Nos dizeres de Carlos Roberto Gonçalves, "Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa e aos bens dos filhos menores". Segue os dispositivos do Código Civil que regem o Poder Familiar. “Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores. Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade. Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo. Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos. Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-se-á tutor ao menor”. Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) I - dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014) IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014) Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar: I - pela morte dos pais ou do filho; II - pela emancipação, nos termos do art. 5 o , parágrafo único; mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito III - pela maioridade; IV - pela adoção; V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638. Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro. Parágrafo único. Igual preceito ao estabelecido neste artigo aplica-se ao pai ou à mãe solteiros que casarem ou estabelecerem união estável. Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha. Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I - castigar imoderadamente o filho; II - deixar o filho em abandono; III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13509.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) II – praticar contra filho, filha ou outro descendente: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão. (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) Portanto, o poder familiar é simultaneamente um direito e um dever. É um direito no sentido de ser uma capacidade a ser exercida em nome dos filhos, mas é um dever no sentido de não ser opcional. Assim, entende-se que o poder familiar consiste na responsabilidade e na autoridade legal de tomar decisões a respeito de ações da vida pública dos filhos menores de idade, que não podem ser seguramente exercidos por estes. mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13715.htm#art4 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Agora, vamos voltar a guarda. Dispõe o Superior Tribunal de Justiça- STJ, que: RECURSO ESPECIAL. CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA COMPARTILHAD. OBRIGATORIEDADE. PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO INTEGRAL E DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. GUARDA ALTERNADA. DISTINÇÃO. G UARDA COMPARTILHADA. RESIDÊNCIA DOS GENITORES EM CIDADES DIVERSAS. POSSIBILIDADE. 1-Recurso especial interposto em 22/7/2019 e concluso ao gabinete em 14/3/2021. 2- O propósito recursal consiste em dizer se: a) a fixação da guarda compartilhada é obrigatória no sistema jurídico brasileiro; b) o fato de os genitores possuírem domicílio em cidades distintas representa óbice à fixação da guarda compartilhada; e c) a guarda compartilhada deve ser fixada mesmo quando inexistente acordo entre os genitores. 3- O termo "será" contido no § 2º do art. 1.584 não deixa margem a debates periféricos, fixando a presunção relativa de que se houver interesse na guarda compartilhada por mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito um dos ascendentes, será esse o sistema eleito, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor. 4- Apenas duas condições podem impedir a aplicação obrigatória da guarda compartilhada, a saber: a) a inexistência de interesse de um dos cônjuges; e b) a incapacidade de um dos genitores de exercer o poder familiar. 5- Os únicos mecanismos admitidos em lei para se afastar a imposição da guarda compartilhada são a suspensão ou a perda do poder familiar, situações que evidenciam a absoluta inaptidão para o exercício da guarda e que exigem, pela relevância da posição jurídica atingida, prévia decretação judicial. 6- A guarda compartilhada não se confunde com a guarda alternada e não demanda custódia física conjunta, tampouco tempo de convívio igualitário dos filhos com os pais, sendo certo, ademais, que, dada sua flexibilidade, esta modalidade de guarda comporta as fórmulas mais diversas para sua implementação concreta, notadamente para o regime de convivência ou de visitas, a serem fixadas pelo juiz ou por acordo entre as partes em atenção às circunstâncias fáticas de cada família individualmente considerada. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito 7- É admissível a fixação da guarda compartilhada na hipótese em que os genitores residem em cidades, estados, ou, até mesmo, países diferentes, máxime tendo em vista que, com o avanço tecnológico, é plenamente possível que, à distância, os pais compartilhem a responsabilidade sobre a prole, participando ativamente das decisões acerca da vida dos filhos. 8- Recurso especial provido. Acórdão Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial nos termos do voto do (a) Sr (a) Ministro (a) Relator (a). Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Aurélio Bellizze e Moura Ribeiro votaram com a Sra. Ministra Relatora. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito A guarda compartilhada é a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres de pais separados sobre a criação dos filhos comuns. É uma modalidade de guarda onde, pai e mãe compartilham de forma igualitária as responsabilidades e o exercício de direitos e deveres sobre a criação dos filhos. E a moradia? Será compartilhada? O Código Civil Brasileiro em seu artigo 1.583, dispõe que: “§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos”. Tanto na guarda unilateral quanto na guarda compartilhada, a criança continuará residindo com um dos genitores, ou com a mãe ou com o pai, sendo que a sua base de moradia será aquela que melhor atender os interesses dos filhos. O Código Civil Brasileiro no artigo 1.584 estabelece ainda que o juiz de oficio ou a requerimento, deverá tomar providências visando à divisão equilibrada das atribuições mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito dos pais e do tempo em que o menor passará com o pai e com a mãe: “§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico- profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe”. A guarda compartilhada é um “compartilhamento” de atribuições e também de convivência do menor com os seus genitores, com o objetivo de promover o melhor interesse da criança. Já a guarda unilateral é atribuída somente a um dos genitores. “Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua”. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Na guarda unilateral os direitos e deveres inerentes à criação dos menores, será atribuída a um só dos genitores, ou o pai ou a mãe, ou alguém que lhe substitua. Embora, na guarda unilateral não haja um compartilhamento de deveres e direitos, o Código Civil Brasileiro obriga o genitor que não a detenha, supervisionar os interesses dos filhos, para os fins de solicitar informações e/ou prestações de contas, nos termos do § 5º do suscitado dispositivo: “§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos”. Portanto, a guarda unilateral é o conjunto de direitos e deveres atribuído à um só dos genitores, sem, contudo, desobrigar o outro genitor a supervisionar o filho e prestar a assistência necessária. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Requerimento da Guarda 1: Dispõe o artigo 1.584 do Código Civil Brasileiro: “Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008). I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe”. A guarda unilateral quanto a guarda compartilhada poderá ser requerida por qualquer um dos genitores, ou seja, ou pelo pai ou pela mãe e decretado pelo juiz em atenção às necessidades especificados do filho. Mas qual é a regra? Vejamos o que diz o § 2º do referido artigo: mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm#art1 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito “§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor”. Não havendo acordo entre os genitores, e estando os dois aptos a exercer o poder familiar sobre a criança, a guarda a ser aplicada será a compartilhada, salvo se um dos genitores declarar que não tem interesse na guarda do menor. Portanto, em regra, será aplicada a guarda compartilhada. E as visitas? E a convivência? O direito as visitas e a convivência é um direito de quem não detém a guarda e é também, sobretudo um direito da criança. Para entendermos o direito de visitas, vejamos o que diz o artigo 1.589 do Código Civil Brasileiro: “Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.comInstagram: ariane_benedito segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação”. O artigo acima citado expressa de forma clara que a visitação é um direito dos pais que não possuem a guarda dos filhos e, caso, não seja acordado entre as partes como se dará as visitas e a convivência, ficará a cargo do juiz fixar as condições. Como dito acima, o direito as visitas e a convivência é também um direito do menor, e, esse direito está previsto em lei. O artigo 19, do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que: “Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral”. Como discorremos, na guarda compartilhada, há uma divisão de responsabilidades de forma equilibrada. Ambos genitores exercem o poder familiar sobre a criança, mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito independente daqueles terem ou não uma convivência amigável. As decisões versam sobre: Forma de criação, educação, autorização de viagens, mudança de cidade, alimentação, saúde, esporte, lazer, etc. A guarda unilateral é atribuída somente a um dos pais, assim, somente quem possui a guarda, tomará decisões sobre os filhos. Aqui, o genitor que não possui a guarda, tem o dever de supervisionar os interesses da criança e solicitar informações e prestação de contas. Deve ser ressaltado que a escolha da guarda não é definitiva. É possível converter a guarda unilateral em compartilhada e vice-versa. Requerimento da Guarda 2: A guarda poderá ser requerida por um dos genitores ou por ambos, caso haja consenso. A ação poderá ser solicitada de forma autônoma ou em conjunto com a ação de alimentos. Ação será requerida ao juízo da comarca onde residir o menor. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Em qual casa o menor irá residir? Na guarda unilateral, a residência do menor será a casa do genitor que detenha a guarda e, na guarda compartilhada, caso não haja consenso entre as partes, o juiz irá decidir a residência que melhor atenda aos interesses das crianças e, o mesmo vale para os pais que residem em cidades diferentes. Portanto, na guarda compartilhada, o juiz escolherá qual residência se adeque melhor as necessidades e o interesse do menor. Será analisado também em qual residência terá melhor qualidade de vida e qual causará menos impacto negativo na rotina do menor. Com relação as crianças menores de 2(dois) anos, por estarem em uma fase delicada e de desenvolvimento, a decisão do juiz sobre a guarda dependerá de uma análise mais profunda do caso, ponderando o papel participativo da mãe e do pai no dia a dia da criança. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito 2- DOS ALIMENTOS Os alimentos são regidos pelo Código Civil, dos artigos 1.694 a 1.710. Guarda, Alimentos, Moradia e Convivência são institutos distintos e a lei é bastante clara no que diz respeito a isso. A pensão alimentícia é um valor pago a uma pessoa para suprir as necessidades básicas de sobrevivência e manutenção. Apesar do nome “alimentos”, os valores incluem moradia, saúde, educação, transporte, lazer, etc. A prestação de alimentos é obrigatória ao menor até que seja atingida a maioridade, ou seja, 18 (dezoito) anos completos. Caso esteja cursando pré-vestibular, ensino técnico ou superior, os alimentos são obrigatórios até os 24 (vinte e quatro) anos de idade. O valor da pensão alimentícia é calculado com base no poder aquisitivo do alimentante e as necessidades do alimentado. A lei não estabelece um valor mínimo ou máximo da pensão alimentícia, cabendo ao Juiz a fixação do valor da pensão alimentícia e a forma de sua prestação. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito A lei estabelece, no entanto, alguns critérios que irão nortear a decisão do Juiz. A principal regra é a de que a pensão alimentícia será fixada na proporção das necessidades de quem os pleiteia e dos recursos da pessoa obrigada – é o chamado binômio necessidade/possibilidade. Uma outra regra importante, relacionada ao sustento dos filhos, é que ambos os genitores (pai e mãe) deverão contribuir para a manutenção dos filhos, na proporção de seus recursos. Portanto, no momento da fixação da pensão alimentícia o Juiz levará em conta as necessidades de quem pede os alimentos e as possibilidades de quem irá prestá- los e, também, analisará a contribuição do outro genitor. Em razão destas regras, principalmente a da proporcionalidade com os recursos de quem presta os alimentos e da necessidade de reajuste anual desse valor, é que a jurisprudência (conjunto de decisões judiciais) estabelece que, via de regra, a pensão alimentícia será fixada com base no salário da pessoa, isto é, o valor da pensão alimentícia será equivalente a um determinado percentual do salário, por exemplo: 25% do salário, 30% do salário, etc. mailto:arianebenedito@hotmail.com https://www.politize.com.br/jurisprudencia-o-que-e/ DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Com isso, tem-se respeitada a regra da proporcionalidade dos recursos e a regra de reajuste anual, já que o salário sofre reajustes anuais. E se tratando de pessoa desempregada, geralmente, esse percentual incide sobre o salário mínimo nacional. Importante destacar, ainda, que nem a lei e nem a jurisprudência estabelecem qual ou quais os percentuais devem ser fixados, se 15%, 20% ou 30%, por exemplo. A fixação do percentual será feita ou através de acordo entre as partes ou por decisão do Juiz, o qual levará em consideração aquelas regras que pontuamos acima. A Câmara dos Deputados, no projeto de lei 420/22, prevê que o valor da pensão alimentícia deve ser no mínimo de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, atualmente o valor é de 363, 60 (trezentos e sessenta e três reais e sessenta centavos). O projeto de lei ainda está em tramitação. O valor da pensão alimentícia ou dos alimentos pode ser revisado caso haja mudanças nas condições financeiras do alimentante, assim como pode ser executado, caso não haja pagamento. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Execução de alimentos A execução de alimentos é regida pelo Código de Processo Civil, dos artigos 528 ao 533. Na execução de alimentos, o alimentado chamado de exequente será representando, via de regra, pela genitora. No polo passivo, encontra-se o alimentante, chamado de executado. O executado será intimado pessoalmente para pagar o débito em 3 (três) dias, para provar que o fez ou para justificar a impossibilidade de efetuar. E a prisão? Quando ocorre? O Código de Processo Civil, deixou explícito que a prisão será no regime fechado, mas por ser prisão civil, o executado ficará separado dos demais presos, pois não possui a mesma periculosidade dos outros detentos. Dispõe o §4º, do art. 528, do Código de Processo Civil: “§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns.” mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Deve ser ressaltado que mesmo com a prisão, o devedor deverá pagar o débito, ou seja, a prisão não o exime da prestação alimentar. O Código de Processo Civil, também prevê a possibilidade de protestar a sentença onde foi fixado os alimentos, com isso, o devedor, poderá ter seu nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito (SPC e SERASA). Não é necessário aguardar 3 (três) meses para iniciar a cobrança, inclusive quanto mais rápido executar, melhor. A prisão civil deve ser requerida em relação aos 3 (três) meses em atraso, ou seja, os três débitos anteriores, mas a execução poderá ser feita antes, conforme dispõe o artigo 528, § 7º do Código de Processo Civil. Deve ser ressaltado que a CNH pode ser suspensa, assim como os cartões de crédito e o passaporte, expedindo-se ofício aos órgãos competentes para que as medidas sejam tomadas. mailto:arianebenedito@hotmail.com https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891628/par%C3%A1grafo-7-artigo-528-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Código de Processo Civil: Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. § 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517 . (Artigo 517: Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523). § 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento. mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art517 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito § 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. § 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns. § 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas. § 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. § 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo. Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito § 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício. § 2º O ofício conterá o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do exequente e do executado, a importância a ser descontada mensalmente, o tempo de sua duração e a conta na qual deve ser feito o depósito. A MÃE DO MEU FILHO TEM A GUARDA UNILATERAL, SE EU PEDIR A GUARDA COMPARTILHADA DEIXO DE PAGAR PENSÃO? A guarda é um dos atributos do poder familiar, sendo este um conjunto de obrigações, direitos e deveres que, via de regra, os pais devem exercer igualmente em relação aos filhos, de modo que, o poder familiar é inerente ao estado de pai ou mãe, e não se extingue com o divórcio ou término do relacionamento dos genitores quando da concepção e do nascimento do filho. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito No ordenamento jurídico brasileiro se admite duas modalidades de guarda: a) a unilateral, que é aquela atribuída apenas a um dos genitores, e b) a guarda compartilhada, modalidade na qual as decisões inerentes à vida do menor devem ser exercidas de forma conjunta por ambos os genitores. Por seu turno, os alimentos, conforme preceitua o art. 1.695 do Código Civil, são devidos àquele que não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença. Por sua vez, mantença significa o necessário para a subsistência, sustento, manutenção de alguém. Ademais, nos termos do art. 227, da Constituição Federal de 1988, bem como no disposto do art. 4º, do Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA, é dever da família assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃOPARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Acontece que é muito comum as pessoas confundirem a obrigação da guarda com a obrigação de prestar alimentos, ou seja, se eu tiver a guarda compartilhada não terei que pagar alimentos para o meu filho, o que é um enorme engano, uma vez que a guarda diz respeito à tomada de decisões inerentes à vida do menor, tais como, saúde, educação etc., o que em nada exime a obrigação de prestar alimentos. Essa confusão é frequente, pois em alguns países a guarda compartilhada é fixada de forma alternada, ou seja, a criança ou o adolescente fica determinado período na casa de um dos genitores, e outro período na casa do outro. A guarda alternada, não é prevista na nossa legislação e não é aceita perante nossos Tribunais Superiores, vez que ela não se mostra adequada aos filhos menores, posto que ficar mudando de residência poderá causar confusão quanto ao seu ponto de referência, mal estar e danos à sua formação, de modo que é adotado mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito apenas a fixação da guarda unilateral ou compartilhada, ambas sem alternância de residência. Guarda Alternada não é permitida no Brasil. A guarda alternada caracteriza-se pela distribuição de tempo em que a guarda deve ficar com um e com outro genitor. O filho fica, por exemplo, uma semana residindo com a genitora e outra semana com o genitor. Durante os períodos determinados, ocorre a transferência total da responsabilidade em relação à prole. Nesse sentido, aqui no Brasil quando a guarda é fixada de forma compartilhada, é fixado também a residência para a morada da criança, de modo que, o seu lar, será o de apenas um dos guardiões, motivo pelo qual, não faz sentido o guardião que irá residir com o filho pagar alimentos para o menor, vez que suportará boa parte das despesas justamente por conta da coabitação, assim, o genitor que não irá residir com o menor é quem ficará com a obrigação de pagar os alimentos. Nota-se que a obrigação de pagar os alimentos acima mencionada não importa afirmar que a obrigação alimentar recai só sobre um dos genitores, ao contrário, o dever de prestar alimentos continua sendo de ambos os mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito genitores, e sempre será, respeitando-se o binômio necessidade e possibilidade, necessidade do filho e possibilidade dos pais prestar alimentos. Logo, “cai por terra” a pretensão equivocada de alguns genitores de procurarem a justiça para requererem a guarda compartilhada dos filhos com intento exclusivo de se eximirem da obrigação de prestar alimentos, posto que se determinado guardião possui a guarda unilateral, sem um justo motivo para alterar a residência do menor, quando da fixação da guarda compartilhada, o domicílio permanecerá o mesmo. Desta forma, caso o genitor queira pleitear a alteração do regime de guarda unilateral para compartilhada apenas para deixar de prestar alimentos, seu intento não será atingido, sendo certo que, além da obrigação alimentar, sobre ele recairá os demais deveres inerentes à vida do menor. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito 3-Alienação parental A lei 12.318 de 26 de agosto de 2010, discorre sobre a alienação parental. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. Art. 2o Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Art. 3o A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. Art. 4o Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou ao adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida no fórum em que tramita a ação ou em entidades conveniadas com a Justiça, ressalvados os casos em que há iminente riscode prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. (Redação dada pela Lei nº 14.340, de 2022) Art. 5o Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. § 1o O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito § 2o A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. § 3o O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. § 4º Na ausência ou insuficiência de serventuários responsáveis pela realização de estudo psicológico, biopsicossocial ou qualquer outra espécie de avaliação técnica exigida por esta Lei ou por determinação judicial, a autoridade judiciária poderá proceder à nomeação de perito com qualificação e experiência pertinentes ao tema, nos termos dos arts. 156 e 465 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022) Art. 6o Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. VII – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.340, de 2022) Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art156 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art465 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art2 DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. § 1º Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022) § 2º O acompanhamento psicológico ou o biopsicossocial deve ser submetido a avaliações periódicas, com a emissão, pelo menos, de um laudo inicial, que contenha a avaliação do caso e o indicativo da metodologia a ser empregada, e de um laudo final, ao término do acompanhamento. (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022) Art. 7o A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. Art. 8o A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. Art. 8º-A. Sempre que necessário o depoimento ou a oitiva de crianças e de adolescentes em casos de alienação parental, eles serão realizados obrigatoriamente nos termos da Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017, sob pena de nulidade processual. (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022) Art. 9o (VETADO) Art. 10. (VETADO) Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 26 de agosto de 2010; 189o da Independência e 122o da República. LUIZ INÁCIO LULA DASILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Paulo de Tarso Vannuchi José Gomes Temporão Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.8.2010 e retificado no DOU de 31.8.2010 mailto:arianebenedito@hotmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13431.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14340.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Msg/VEP-513-10.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Msg/VEP-513-10.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Ret/Lei12318-10-Ret.doc DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito A Alienação Parental caracteriza-se como toda interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos pais, pelos avós ou por qualquer adulto que tenha a criança ou o adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância. O objetivo da conduta, na maior parte dos casos, é prejudicar o vínculo da criança ou do adolescente com o genitor. A alienação parental fere, portanto, o direito fundamental da criança à convivência familiar saudável. Quais são as condutas que podem caracterizar a alienação parental? 1-Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 2-Dificultar o exercício da autoridade parental; 3-Dificultar o contato da criança ou do adolescente com o genitor; 4-Dificultar o exercício do direito regulamentado à convivência familiar; mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito 5-Omitir deliberadamente ao genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou o adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 6-Apresentar falsa denúncia contra o genitor, contra familiares deste ou contra os avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou o adolescente; 7-Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando dificultar a convivência da criança ou do adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com os avós. Quais são os prejuízos psicológicos e afetivos para a criança? Independentemente da relação que o casal estabeleça entre si, a criança tem o direito de manter preservado seu relacionamento com os pais. É importante, portanto, proteger a criança dos conflitos e desavenças, impedindo que eventuais disputas afetem o vínculo entre pais e filhos. A figura dos pais geralmente é a principal referência de mundo e de sociedade para os filhos e, em muitas situações de alienação parental, provoca-se a deterioração dessa imagem, o que causa impactos não apenas na mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito relação filial, mas também na formação da criança em seus aspectos intelectual, cognitivo, social e emocional. Como a alienação parental deve ser impedida? Tão logo seja identificada, a prática deve ser coibida e devem ser adotadas as medidas para a preservação da integridade psicológica da criança, sendo importante o acompanhamento psicológico de todos os envolvidos, podendo a questão ser tratada no âmbito judicial. O que pode ser feito nos casos de Alienação Parental? Na ocorrência de indícios de ato de alienação parental em ações conduzidas pelas Varas de Família, é conferida prioridade na tramitação do processo, com a participação obrigatória do Ministério Público, sendo adotadas pelo juiz as medidas necessárias à preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Neste sentido, o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para a preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com o genitor prejudicado ou viabilizar a efetiva aproximação entre ambos, se for o caso. Se for verificado indício de ocorrência da prática, o juiz poderá determinar a elaboração de laudo da situação, feito a partir de perícia psicológica ou biopsicossocial. Para a formulação do laudo de identificação de alienação parental, podem ser realizadas avaliação psicológica, entrevista pessoal com as partes, análise documental, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou o adolescente se manifesta sobre eventual acusação contra o genitor. A legislação prevê que seja assegurada aos filhos a garantia mínima de visitação assistida, exceto nos casos em que sejam identificados possíveis riscos à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente. mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito Tanto os pais quanto os filhos são, ainda, encaminhados para acompanhamento psicológico realizado por profissionais especializados. Quais são as providências que podem ser adotadas pelo juiz? Conforme prevê o art. 6º da Lei 12.318/10, que trata do tema, uma vez caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência da criança ou do adolescente com o genitor, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e segundo a gravidade do caso, adotar as seguintes medidas: 1-advertir o alienador; 2-ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 3-estipular multa ao alienador; 4-determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 5-determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 6-determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 7- declarar a suspensão da autoridade parental. O objetivo consiste em preservar o direito fundamental da convivência familiar saudável, preservando- mailto:arianebenedito@hotmail.com DA GUARDA, DOS ALIMENTOS E DA ALIENAÇÃO PARENTAL _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Ariane Oliveira Benedito-Advogada E-mail: arianebenedito@hotmail.com Instagram: ariane_benedito se o afeto devido nas relações entre filhos e genitores no seio do grupo familiar. mailto:arianebenedito@hotmail.com
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