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2.1 TECNOLOGIAS DE REMEDIAÇÃO MAIS USADAS NO MUNDO O processo de remediação de solos Contaminados se refere à redução dos teores de contaminantes a níveis seguros e compatíveis com a proteção à saúde humana, seja impedindo ou dificultando a disseminação de substâncias nocivas ao ambiente. solo. Uma abordagem objetiva para identificar e avaliar o problema da contaminação de solos deve levar em consideração a gerência de risco, que é o processo de analisar riscos: compreendendo a identificação de áreas potencialmente contaminadas; a análise do perigo ou do mal que pode advir aos receptores vulneráveis à exposição ao contaminante; uma estimativa da probabilidade de um dano ou malefício ocorrer; e uma avaliação da aceitabilidade do risco; e a ação de reduzir riscos: compreendendo a seleção, implementação e monitoramento de estratégias de remediação, definida como qualquer ação que vise remediar o problema, incluindo a contenção ou a remediação do contaminante. Na avaliação do risco ambiental, comumente conhecida no Brasil como análise de risco, as definições de perigo e risco são fundamentais, já que existe muita confusão conceitual por parte dos agentes envolvidos nas questões ambientais: Perigo: é uma ameaça às pessoas ou ao que elas valorizam (propriedades, meio ambiente, futuras gerações, etc). Risco: é a quantificação do perigo; é a probabilidade de dano (pessoal, ambiental ou material), doença ou morte sob circunstâncias específicas. No Brasil, não existe ainda uma metodologia para avaliação de risco ambiental totalmente aceita e definida pelos órgãos competentes da área de meio ambiente, tanto da esfera federal, como nas esferas politico-administrativas inferiores. Na realidade, são utilizados diversos programas computacionais para este fim, e logicamente muitos cuidados devem ser despendidos a essas análises. As tendências mundiais hoje são de estabelecimento de valores orientadores (Guide Line); com duas tendências principais: valores numéricos pré- estabelecidos, com ou sem diferenciação de uso e valores baseados na avaliação de risco, caso a caso. PUMP AND TREAT A tecnologia Pump and Treat (Bombeamento e Tratamento / Controle Hidráulico), refere-se ao processo físico de extração de águas contaminadas da zona saturada, através de poços de extração, e seu tratamento acima do solo (on-site), podendo também ser transportado para um sistema fora do sítio (off-site), utilizando diversas tecnologias com o objetivo de atingir o nível de descontaminação desejável. Para se ter uma maior eficiência neste método, é necessário um bom conhecimento hidrogeológico da área e da extensão da pluma contaminada. Se as condições hidrogeológicas forem favoráveis, pode-se melhorar a eficiência do sistema, reinjetando no aquífero a água subterrânea contaminada, após o tratamento, já que o superbombeamento pode alterar o gradiente hidráulico do aquífero em tratamento. O sistema pode ser composto por um poço com uma bomba simples que recupera água e contaminante ao mesmo tempo ou pode ser um sistema de duas bombas, uma rebaixando o nível d’água só retirando a água subterrânea e outra retirando o contaminante .Tendo em vista a necessidade de remediação de áreas contaminadas, essa técnica é utilizada em muitas ocasiões, pois a técnica em si é relativamente mais barata do que muitas outras, pois refere-se ao bombeamento e tratamento das águas subterrâneas, por meio da utilização de poços de bombeamento. Mas em áreas geologicamente complexas, a distribuição das litologias apresenta incertezas associadas à heterogeneidade, e portanto, deve-se projetar muito bem o uso ou não dessa tecnologia de remediação. O objetivo do controle e tratamento da água subterrânea contaminada envolve uma ou mais das quatro estratégias: 1) Conter a pluma de contaminação; 2) Remover a pluma de contaminação, após terem sido tomadas medidas para deter a fonte geradora da contaminação; 3) Desviar a água subterrânea visando evitar que a mesma passe pela fonte de contaminação; e, 4) Evitar que a água subterrânea contaminada atinja uma área de abastecimento de água potável ou de bens a proteger. Geralmente o sistema de Pump and Treat está associado com outras tecnologias de remediação visando acelerar o tempo da descontaminação. A tecnologia geralmente é aplicada aos sítios mais contaminados. A pluma de contaminação pode ser contida ou manipulada através de poços de bombeamento ou de poços de injeção. O princípio da manipulação da pluma pelo controle hidráulico consiste em efetuar uma mudança no padrão de fluxo da água subterrânea, de forma que os contaminante possam ser direcionados para um ponto ou pontos específicos de controle. Esse procedimento é feito por meio de descarga e/ou recarga no aquífero. Vários modelos matemáticos são usados para estimar a taxa de remoção dos contaminantes e, deste modo, estimar a duração da remediação. Os diversos modelos consideram o volume da pluma, a taxa de bombeamento, e os coeficientes de partição dos contaminantes na água e nas partículas orgânicas. Quando as características geológicas do sistema não permitem a reinjeção da água contaminada após o tratamento e/ou em muitos casos devido à lentidão do processo de difusão hidráulica em alguns solos, é necessário o uso de enormes tanques de tratamento devido ao grande volume de água envolvido, elevando o tempo de tratamento e tornando o processo bastante oneroso. Em contrapartida, permite o tratamento de solos saturados e aqüíferos contaminados ao mesmo tempo. Aplica-se na remoção de compostos de hidrocarbonetos clorados (CHCs) e hidrocarbonetos monoaromáticos (BTEX). Segundo SANTOS et al., 2000, nos Estados Unidos, três quartos dos sítios com água subterrânea contaminada utilizam a tecnologia pump and treat para a contenção de plumas/remoção de massa de poluentes dissolvidos. Segundo a Agência de Proteção Ambiental Americana (USEPA), 73% dos sítios altamente contaminados remediados com recursos do Superfund, entre 1982 e 1992, alcançaram o nível de descontaminação (cleanup) estabelecido pela agência. Entretanto, a USEPA ressalta que a tecnologia pump and treat é frequentemente ineficiente como tecnologia única a ser utilizada em sites contaminados por causa do excesso de tempo que a tecnologia leva para atingir o cleanup. Segundo esses mesmos autores, no Brasil, foram extraídos com essa tecnologia, 70 toneladas de organoclorados no Polo Cloroquímico em Maceió (AL) e 1,3 toneladas de BTEX; 13,8 toneladas de hidrocarbonetos clorados e 3,3 toneladas de hidrocarbonetos nitrogenados no Polo Petroquímico de Camaçarí (BA). Entretanto, ressalta os autores que o objetivo maior da implantação do sistema pump and treat nesses dois polos industriais foi a contenção da pluma de contaminação, embora grandes quantidades de massas de contaminantes foram extraídas. EXTRAÇÃO DE VAPOR DO SOLO (SVE) Neste processo há a remoção física dos contaminantes, principalmente os compostos orgânicos voláteis, clorados ou não, e os BTEX da zona saturada (camada mais profunda do solo onde se concentram as águas subterrâneas), através de poços perfurados no solo, aplicando extração a vácuo. Sua eficiência pode ser aumentada se combinado a outros métodos como a injeção de ar. Neste caso, o ar injetado retira a água dos poros do solo, causando uma dessorção do contaminante da estrutura do solo, fazendo com que este se movimente para a superfície, com a ajuda do sistema SVE. Essa técnica pode ser utilizada na descontaminação de solos com baixa à média permeabilidade, tendo seu funcionamento limitado se o nível d’água apresentar-se rasa. 2.1.3. DESSORÇÃO TÉRMICA Neste método os resíduos são aquecidos para provocar a volatilização dos compostos orgânicos voláteis e semi- voláteis, incluídos nestes últimos, muitos PAHs. 71 É sempre utilizada a injeção de água ou vapor quente dentro do solo para aumentar a mobilidadedos contaminantes, sendo que estes são transportados na fase de vapor para uma fonte de condensação onde podem ser removidos por bombeamento. Tem sua aplicação limitada a solos grosseiros, onde a contaminação encontra-se pouca profunda, além disso, pode matar microorganismos, animais e vegetais em volta da área contaminada devido à propagação do calor. 2.1.4. AERAÇÃO in situ (Air Sparging) Este método de remediação é utilizado para extrair compostos voláteis e semi-voláteis que se encontram na zona saturada do solo. Envolve a injeção de ar (figura 2.4) para a remoção de contaminantes como CHCs, BTEX, PAHs, promovendo também a biodegradação aeróbica de determinados compostos, por incrementar a quantidade de oxigênio dissolvido nas águas do aqüífero. Entretanto, a injeção de ar abaixo do nível d’água pode causar uma elevação da superfície da água subterrânea, levando o contaminante a migrar para fora da área de tratamento, ou seja, a espessura saturada e a profundidade do lençol freático devem ser os fatores controladores da injeção de ar. Em resumo, a técnica do Air Sparging é utilizada para remediação de compostos orgânicos voláteis dissolvidos na água subterrânea ou sorvidos em partículas de solo da zona saturada, através de injeções controladas de ar. O processo de remediação in-situ pode ser definido como uma injeção através de um compressor de ar a pressão e vazão controladas na zona saturada, causando o desprendimento dos contaminantes da água subterrânea, através da volatilização dos mesmos. 72 A aplicação desta técnica resulta no desprendimento dos contaminantes da água subterrânea, através da volatilização dos mesmos. Tais contaminantes podem ser captados na região imediatamente acima, na zona insaturada do solo, através da utilização do Air Sparging conjugado a um sistema de extração de vapores (SVE). BARREIRAS REATIVAS PERMEÁVEIS (BRPs) Barreira Reativa Permeável constitui-se em uma técnica que vem sendo utilizada em diversos países na remediação de plumas de contaminação no lençol freático subterrâneo. O princípio dessa tecnologia consiste na alocação de um material reativo no subsolo, onde uma pluma de água subterrânea contaminada flui por esse material, promovendo reações que atenuam a carga de contaminante. As BRPs são 73 projetadas para serem mais permeáveis do que os materiais ao redor do aqüífero, de modo que os contaminantes das águas subterrâneas possam serem tratadas e fluírem facilmente sem alterar significativamente a hidrologia das águas subterrâneas .Estas barreiras promovem a passagem das águas subterrâneas através de porções reativas que possibilitam a remediação, por processos físicos, químicos e/ou biológicos, de solos contaminados com CHC e metais pesados. É feita uma escavação no terreno até a profundidade desejada, preenchendo-o com um reaterro que é feito com um material reativo, até a profundidade do nível d’água, sendo que acima dele pode-se utilizar o próprio material escavado. No Brasil a tecnologia de barreiras reativas permeáveis tem grandes perspectivas de utilização devido a vários estudos nas universidades e centro de pesquisas em diferentes regiões do País que mostram boa eficiência da utilização das BRPs em várias regiões. NCINERAÇÃO A Incineração é um processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura (900 a 1250 oC) com tempo de 76 residência controlada (Figura 2.6). É utilizado para o tratamento de resíduos de alta periculosidade, ou que necessitam de destruição completa e segura. É muito usado para a extração de compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis, como PAHs, PCBs, pesticidas, entretanto, pode ocasionar emissões de substâncias que poluem a atmosfera, a água e o solo e com efeitos nocivos na saúde humana. SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO Método que promove o isolamento de poluentes, como CHC e metais pesados, mas não a sua remoção. Trata-se da imobilização física ou química dos contaminantes, através da introdução de material que pode provocar a solidificação ou pode causar uma reação química ou modificação do pH que acarretará na imobilização destes compostos. É considerado um processo simples e barato, por utilizar equipamentos convencionais e facilmente disponíveis, contudo o processo exige um longo período de monitoramento porque o processo pode reverter e liberar os contaminantes. 2.1.8. LAVAGEM DO SOLO Este processo de remediação é efetuado pela injeção de fluídos (podendo ser água ou uma solução ácida ou básica) através de cavidades situadas no subsolo, sendo os mesmos coletados em outros poços auxiliados da tecnologia convencional pump-and-treat. O método extrai íons metálicos através da solubilização, que é feita com o uso de aditivos químicos para ajustar o pH do solo, auxiliando na quelação ou promovendo a troca catiônica. 2.1.9. BIORREMEDIAÇÃO Esta técnica de remediação se refere ao uso de microorganismos capazes de degradar resíduos provenientes, principalmente, de depósitos de lixos e solos contaminados com hidrocarbonetos de petróleo, incluindo os PAHs e os BTEX. Os microorganismos geralmente utilizados na bioremediação são as bactérias e fungos, e estas degradam, normalmente, substâncias mais simples e menos tóxicas. O maior projeto de biorremediação da história foi o tratamento do petróleo derramado pelo navio Exxon Valdez no Alasca, no ano de 1989, onde foram adicionadas toneladas de fertilizantes, ao longo dos 100 Km de litoral contaminado, estimulando dessa maneira o crescimento de microorganismos nativos, inclusive os que podiam degradar hidrocarbonetos. É uma tecnologia que apresenta atualmente um crescimento rápido, sobretudo em colaboração com a engenharia genética, utilizada para desenvolver linhagens de microorganismos que tenham capacidade de lidar com poluentes específicos. 2.1.10. FITORREMEDIAÇÃO Os vegetais se adaptam a ambientes extremamente diversos, de forma tão eficaz que poucos lugares são completamente desprovidos de sua presença, sendo que algumas éspecies apresentam a capacidade de interagir simbioticamente com diversos organismos, facilitando sua adaptação em solos salinos, ácidos, pobres e ricos em nutrientes ou excessivamente contaminado em elementos químicos como metais pesados. A fitorremediação se refere ao uso de plantas na descontaminação de solos poluídos, principalmente com metais pesados e poluentes orgânicos, reduzindo seus teores a níveis seguros à saúde humana, além de contribuir na melhoria das características físicas, químicas e biológicas destas áreas. no Brasil, o uso desta tecnologia ainda é desconhecido pela maioria dos profissionais envolvidos na área ambiental, apesar de apresentar condições climáticas e ambientais favoráveis ao desenvolvimento deste processo. Uma das suas maiores vantagens é o seu baixo custo, porém o tempo que leva para que se observem os resultados pode ser considerada como uma desvantagem, dependendo das perspectivas envolvidas na remediação. Segundo NOBRE et al. (2003), houve uma redução dos custos de remediação nos últimos 20 anos, como por exemplo, técnicas de extração ex situ como a contenção hidráulica, foram sendo substituídas por técnicas de extração in situ como a extração de gás de solo e aeração do solo. Posteriormente, essas técnicas de extração in situ deram lugar às técnicas de remediação passiva como as barreiras reativas permeáveis. Como a evolução das tecnologias vem se direcionando para soluções cada vez mais naturais , já há um reconhecimento comprovado de que processos de atenuação natural, como a biorremediação e fitorremediação, podem contribuir de forma significativa no controle das plumas de contaminação no solo e águas subterrâneas, além de serem economicamente mais viáveis que as outras tecnologias empregadas possui também, como importante característica, sua grande versatilidade, podendo ser utilizada para remediação do meio aquático,ar ou solo, com variantes que dependem dos objetivos a serem atingidos. 2.1.10.1. MECANISMOS DE FITORREMEDIAÇÃO Na fitorremediação, os vegetais podem atuar de forma direta ou indireta na redução e/ou remoção dos contaminantes. Na remediação direta, os compostos são absorvidos e acumulados ou metabolizados nos tecidos, através da mineralização dos mesmos. Na forma indireta, os vegetais extraem contaminantes das águas subterrâneas, reduzindo assim a fonte de contaminação ou quando a presença de plantas propicia meio favorável ao aumento da atividade microbiana, que degrada o contaminante. Os mecanismos de fitorremediação considerados diretos subdividem-se em fitoextração, fitotransformação e fitovolatilização, e os mecanismos indiretos em fitoestabilização e fitoestimulação . FITOEXTRAÇÃO Este mecanismo se refere à capacidade da planta em absorver o contaminante do solo, armazená-lo em suas raízes ou em outros tecidos (folhas e caules), facilitando posteriormente seu descarte. Estima- se que a fitoextração possa reduzir a concentração de contaminantes a níveis aceitáveis num período de 3 a 20 anos. FITOTRANSFORMAÇÃO Neste mecanismo, a planta absorve o contaminante da água e do solo fazendo a sua bioconversão, no seu interior ou em sua superfície, para formas menos tóxicas. É empregado, principalmente, na remediação de compostos orgânicos FITOVOLATILIZAÇÃO A planta após absorver os contaminantes, provenientes do solo ou da água, converte-os para formas voláteis, sendo posteriormente liberados na atmosfera. A volatilização pode ocorrer pela biodegradação na rizosfera ou após a passagem na própria planta e dependendo da atuação ou não dos processos metabólicos, a liberação do contaminante para a atmosfera pode ocorrer na forma original ou transformada. FITOESTIMULAÇÃO / RIZODEGRADAÇÃO Neste mecanismo indireto, a planta estimula a biodegradação microbiana dos contaminantes presentes no solo ou na água, através de exsudados radiculares, fornecimento de tecidos vegetais como fonte de energia, sombreamento e aumento da umidade do solo, favorecendo as condições ambientais para o desenvolvimento dos microorganismos. FITOESTABILIZAÇÃO Este mecanismo se refere a capacidade que algumas plantas possuem em reduzir a mobilidade e a migração dos contaminantes presentes no solo, seja através da imobilização, lignificação ou humidificação dos poluentes nos seus tecidos vegetais. Os contaminantes permanecem no local. A vegetação e o solo podem necessitar de um longo tempo de manutenção para impedir a liberação dos contaminantes e uma futura lixiviação dos mesmos ao longo do perfil do solo. APLICAÇÕES DE MECANISMOS DA FITORREMEDIAÇÃO Dependendo do tipo de contaminante, a planta pode utilizar diferentes mecanismos para sua remoção, seja através da fitoextração, fitotransformação, fitovolatilização, fitoestabilização e fitoestimulação ou rizodegração. Para uma melhor compreensão do assunto, a seguir são descritas as diferentes formas de aplicação dos mecanismos desta técnica na remoção de poluentes inorgânicos e orgânicos. 2.1.10.5. FITORREMEDIAÇÃO DE METAIS PESADOS certas plantas são hipermaculadoras de metais, ou seja, são capazes de absorver através de suas raízes, níveis muito mais altos desses contaminantes do que a média e de concentrá-los muito mais do que as plantas normais, porém uma dificuldade dos hipermaculadores é que são em geral, plantas de crescimento vagaroso, o que indica o acúmulo lento dos metais. Na fitorremediação de metais pesados são usados a fitoextração e a fitovolatilização, como métodos diretos, bem como a fitoestabilização, como método indireto. É importante ressaltar que um dos fatores considerados limitantes na fitorremediação de metais pesados é a concentração do contaminante no solo e na água presente no solo, isso porque níveis muito elevados podem causar fitotoxidez à planta, ocasionando muitas vezes sua morte. A fitoextração ocorre principalmente através de plantas hipermaculadoras, as quais se caracterizam pelo acúmulo de metais pesados em níveis até 100 vezes superiores àquelescomumente encontrados em outras plantas. Após acumular estes metais em seus tecidos, o vegetal pode ser incinerado, depositado em aterro ou utilizado para a produção de fibras e móveis. Até o ano de 2000, eram conhecidas 400 espécies de plantas acumuladoras pertencentes a 45 famílias diferentes, destacando-se as famílias Brassicacea (B. juncea - mostarda- da-índia, B. napus - canola), Asteracae (Heliantus annuus - girassol), Euphorbiaceae e Leguminosaea . A fitovolatilização caracteriza-se pela absorção do metal pesado e sua posterior liberação para a atmosfera em formas menos tóxicas, sendo um dos mecanismos mais utilizados na remediação do mercúrio, arsênio e sêlenio. A obtenção de plantas transgênicas tem despontado como uma das alternativas de aumentar o potencial de remediação das plantas. Exemplo disso é o uso da planta transgênica Arabidopsis thaliana, resistente ao HgCl2, capaz de converter o íon tóxico Hg+2 em mercúrio metálico, que é volátil e relativamente inerte. Entretanto, os riscos associados a essa volatilização ainda não foram suficientementes estudados. A fitoestabilização ocorre quando a presença de plantas evita a erosão superficial e lixiviação do poluente, sendo mais eficaz em solos contaminados com Al, Cd, Cr, Cu, Hg, Pb e Zn. Há preferência que este método ocorra juntamente com a fitoextração, pois a simples permanência do contaminante no local em formas solúveis ou incorporadas à matéria orgânica pode sofrer reversão com a ocorrência de mudanças ambientais, ficando novamente disponível. Contaminação:Conforme está escrito na Resolução CONAMA no 420 de 2009, contaminação é a presença de substância(s) química(s) no ar, água ou solo, decorrentes de atividades antrópicas, em concentrações tais que restrinjam a utilização desse recurso ambiental para os usos atual ou pretendido, definidas com base em avaliação de risco à saúde humana, assim como aos bens a proteger, em cenário de exposição padronizado ou específico. Avaliação preliminar Conforme está escrito na Resolução CONAMA no 420 de 2009, a avaliação preliminar é a avaliação inicial, realizada com base nas informações históricas disponíveis e inspeção do local, com o objetivo principal de encontrar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação na área; Investigação Investigação confirmatória: etapa do processo de identificação de áreas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de substâncias de origem antrópica nas áreas suspeitas, no solo ou nas águas subterrâneas, em concentrações acima dos valores de investigação; Investigação detalhada: etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas, que consiste na aquisição e interpretação de dados em área contaminada sob investigação, a fim de entender a dinâmica da contaminação nos meios físicos afetados e a identificação dos cenários específicos de uso e ocupação do solo, dos receptores de risco existentes, dos caminhos de exposição e das vias de ingresso. Geração de áreas contaminadas principais causas • Áreas de armazenamento, carregamento ou descarregamento de matérias- primas, insumos ou resíduos contendo substâncias potencialmente contaminantes sem impermeabilização ou mesmo bacia de contenção; • Tubulações ou dutos de matérias-primas ou efluentes com vazamento; • Equipamentos que utilizam líquidos (óleo, fluídos hidráulicos ou elétricos, etc.) sem manutenção ou controle, ou ainda obsoletos; • Armazenamento de produtos ou insumos industriais vencidos em locais inadequados; • Instalações desativadas com histórico de manuseio de materiais com potencial poluidor; • Transporte de resíduos sólidos sem controle; • Descarte de efluentes em locais não licenciados ou aptos ao seu recebimento;• Disposição inadequada de resíduos sólidos; • Ocorrência de derramamentos. Prevenção e controle de contaminação de áreas • Gerenciar adequadamente os resíduos sólidos gerados, procurando inicialmente eliminar, reduzir e reciclar e, provisoriamente, armazenar para em seguida tratar e/ou dispor adequadamente; • Certificar se o resíduo destinado para tratamento externo está sendo gerenciado de forma adequada, considerando o transporte e sua disposição, pois a responsabilidade sob o mesmo é compartilhada entre o gerador e o receptor; • Em áreas com risco de vazamentos/ derramamentos de líquidos, manter os solos recobertos, impermeabilizando-os convenientemente; • Manter e operar os sistemas de drenagem dos efluentes líquidos industriais, esgotos sanitários, efluentes do processo e águas pluviais, de modo a evitar vazamentos no solo e nas águas subterrâneas e superficiais; • Não enterrar qualquer tipo de substâncias, sejam matérias-primas, produtos vencidos, resíduos, etc. • Realizar manutenções e inspeções preventivas em tanques, bacias de contenção, tubulações e outras estruturas que, se não estiverem adequadamente conservadas, possam gerar vazamentos ou derramamentos de materiais para solo e água. Investigação de uma área contaminada Processo de investigação de áreas contaminadas: • Definição da região de interesse; • Identificação de áreas com potencial de contaminação; • Avaliação preliminar; • Investigação confirmatória. Avaliação preliminar Para a realização da avaliação preliminar recomenda-se as seguintes ações: • Analisar o histórico de ocupação da área e da vizinhança; • Analisar o inventário e lista de Áreas Contaminadas no site da Semad na FEAM; • Consultar à Prefeitura municipal, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e outros órgãos competentes; • Realizar inspeções de campo; • Mapas e fotos aéreas de períodos antes da instalação de qualquer atividade no local. Investigação confirmatória Principais atividades desenvolvidas: • Estabelecimento de plano de investigação das áreas, com priorização dos pontos onde serão realizadas coletas de solo e água, baseando-se nas áreas definidas na etapa de Avaliação Preliminar, tipo de contaminante, geologia do solo, acessibilidade, sazonalidade de coletas, etc. • Coleta e análise química de amostras e interpretação dos resultados obtidos com os “Valores Orientadores para os Solos e Águas Subterrâneas de acordo com a Resoluão CONAM no 420 de 2009”. Investigação detalhada Principais objetivos: • Mapeamentos horizontal e vertical da contaminação por meio da comparação entre as concentrações dos contaminantes e os valores de investigação ou intervenção; • Caracterização do meio físico e do entorno; • Quantificação da massa de substâncias químicas de interesse no solo e na água subterrânea; • Identificação e caracterização de outras fontes de contaminação não apontadas nas etapas anteriores; • Definição das substâncias químicas de interesse para a área; • Definir a dinâmica de transporte e simular prognósticos da evolução da contaminação; • Identificar as vias de exposição e receptores para a realização de avaliação de risco à saúde humana; • Subsidiar plano de ações necessárias. Plano de investigação detalhada Caracterização do entorno No relatório da investigação detalhada deve ser apresentado, em formato explicativo e ilustrativo, um resumo das características do entorno do empreendimento contendo: • Descrição do uso e ocupação do solo, com a identificação de receptores ou bens a proteger; • Localização e classificação dos recursos hídricos; • Localização de postos de abastecimento constatados em inspeção em campo e/ou cadastrados no órgão estadual competente, seus usos e características construtivas, e tipo e classificação do aquífero explorado; • Localização de poços de rebaixamento, fontes e nascentes, incluindo-se os poços escavados, constatados em inspeção em campo e/ou cadastrados no órgão estadual competente; • Localização de áreas contaminadas eventualmente existentes na região considerada; • Indicação da existência ou não de rede de esgoto, de água tratada e de águas pluviais e de outras utilidades subterrâneas. Plano de investigação detalhada ,Caracterização geológica Para a definição das características geológicas da área devem ser realizadas: • Sondagens ou ensaios aplicando métodos adequados ao meio, conforme a ABNT NBR 15492 ou ABNT NBR 12069, e ao tipo e a finalidade da amostra; • Identificação e descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as recomendações do manual de descrição e coleta de solos no campo, da sociedade brasileira de ciência do solo, ou outros documentos aplicáveis a descrição desses materiais; • Elaboração dos perfis das sondagens executadas e a construção de seções geológicas longitudinais e transversais; • Coleta de amostras do material que compõe as camadas representativas do solo, sedimento e aterro para determinação de granulometria, porosidade total e efetiva, densidade rela e aparente, umidade e fração de carbono orgânico; • Elaboração de tabelas com os resultados das determinações da descrição dos sedimentos, solos, aterros e resíduos encontrados no local; • Elaboração de planta com a localização das sondagens executadas e dos pontos de amostragem. Plano de investigação detalhada ,Caracterização hidrogeológica Na caracterização hidrogeológica devem ser executadas pelo menos as seguintes atividades: • Instalação de poços de monitoramento construídos de acordo com as ABNT NBR 15495-1 e ABNT NBR 15495-2; • Instalação de conjunto de poços com seções filtrantes localizadas estrategicamente em função da distribuição litológica, das características físico-químicas e comportamento dos meios da substância química de interesse (SQI), com o objetivo de determinar a existência de fluxo e distribuição verticais da SQI; • Determinação da cota topográfica absoluta com base em referência de nível oficial do topo do tubo de revestimento do poço e medição do nível d’água para o cálculo do potencial hidráulico em cada poço de monitoramento, com medidas realizadas preferencialmente na mesma data, para a determinação da variação do gradiente hidráulico; • Realização de ensaios para determinação da condutividade hidráulica em quantidade suficiente para avaliar a variação dessas condutividades em função da distribuição litológica ao longo dos eixos longitudinal e transversal das plumas de contaminação; • Texto explicativo com resumo da hidrogeologia local. Relatório de investigação detalhada O relatório de investigação detalhada deve contemplar no mínimo os seguintes tópicos: • Resumo executivo; • Introdução; • Histórico da área e das atividades realizadas, incluindo-se os resultados analíticos consolidados; • Objetivo e escopo; • Localização da área; • Caracterização do entorno; • Caracterização geológica/hidrogeológica (regional e local); • Plano de amostragem; • Metodologias e descrições detalhadas das atividades realizadas; • Limitações da metodologia adotada, garantia e controle da qualidade e avaliação de incertezas; • Apresentação e discursão de informações obtidas e resultados; • Representação gráfica das informações e dos resultados; • Modelo conceitual atualizado; • Conclusões e recomendações; • Plano de ações; • Referências técnicas e bibliográficas; • Equipe técnica, qualificação e assinatura dos profissionais responsáveis. 7. A Resolução CONAMA nº 420/2009 dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. De acordo com esta normativa, a avaliação da qualidade de solo quanto à presença de substâncias químicasdeve ser efetuada com base em quais valores? A) Valores Orientadores de Referência de Qualidade, Valores de Prevenção e Valores de Investigação. 8. Consoante dispõe a Resolução Conama nº 420/2009, com vista à prevenção e ao controle da qualidade do solo, os empreendimentos que desenvolvem atividades com potencial de contaminação dos solos e águas subterrâneas deverão, a critério do órgão ambiental competente: B) implantar programa de monitoramento de qualidade do solo e das águas subterrâneas na área do empreendimento e, quando necessário, na sua área de influência direta e nas águas superficiais; 9. Pode-se entender como qualidade do solo a sua capacidade de funcionamento dentro de um ecossistema, efetivando a produtividade, mantendo sua qualidade e promovendo a saúde tanto microbiológica como animal e vegetal. A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 420/2009, dentre outros, “estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas”. Segundo o artigo 34, “os responsáveis pela contaminação da área devem submeter ao órgão ambiental competente proposta para a ação de intervenção a ser executada sob sua responsabilidade”. Especificamente, sob esta ótica normativa, assinale a ação não prevista enquanto alternativa de intervenção para reabilitação de áreas contaminadas, de forma não excludente. C) Identificação da área com dados relativos à toponímia e georreferenciamento, características hidrogeológicas, hidrológicas e fisiografia. 10. Em relação aos conceitos e diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas, de acordo c om a Resolução CONAMA 420/2009 temos as seguintes assertivas:I - Fase livre é a ocorrência de substancia ou produto imiscível, em fase separada da água.II - Investigação confirmatória é a etapa do processo de identificação de áreas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de substâncias de origem antrópica nas áreas suspeitas. no solo ou nas águas subterrâneas, em concentrações acima dos valores de Investigação.III - Valor de Referência de Qualidade-VRO é a concentração de determinada substancia que define a qualidade natural do solo, sendo determinado com base em interpretação estatística de análises físico-químicas de amostras de diversos tipos de solos. Das afirmações acima, qual(is) está(ão) correta(s)? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas I e II. D) Apenas I e III. E) Apenas I, II e III. 11. Conforme a Resolução CONAMA nº 420 de 2009, quais são os princípios básicos para o gerenciamento de áreas contaminadas? I-a geração e a disponibilização de informações; II - a articulação, a cooperação e integração interinstitucional entre os órgãos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, os proprietários, os usuários e demais beneficiados ou afetados; III - a gradualidade na fixação de metas ambientais, como subsídio à definição de ações a serem cumpridas; IV - a racionalidade e otimização de ações e custos; V - a responsabilização do causador pelo dano e suas conseqüências; e VI - a comunicação de risco. 12. Defina conforme a Resolução nº 420/2009: Valor de referência de qualidade (VRQ); Área suspeita de contaminação (AS); Área contaminada sob investigação (AI); Área contaminada sob intervenção (ACI) e Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR). Valor de Referência de Qualidade-VRQ: é a concentração de determinada substância que define a qualidade natural do solo, sendo determinado com base em interpretação estatística de análises físico-químicas de amostras de diversos tipos de solos; Será considerada Área Suspeita de Contaminação - AS, pelo órgão ambiental competente, aquela em que, após a realização de uma avaliação preliminar, forem observados indícios da presença de contaminação ou identificadas condições que possam representar perigo. Será declarada Área Contaminada sob Investigação - AI, pelo órgão ambiental competente, aquela em que comprovadamente for constatada, mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação. Será declarada Área Contaminada sob Intervenção-ACI, pelo órgão ambiental competente, aquela em que for constatada a presença de substâncias químicas em fase livre ou for comprovada, após investigação detalhada e avaliação de risco, a existência de risco à saúde humana. Será declarada Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação-AMR, pelo órgão ambiental competente, aquela em que o risco for considerado tolerável, após a execução de avaliação de risco. 13. As rochas são um agregado consolidado de um ou mais minerais e podem apresentar outros componentes como fósseis, água e vidro vulcânico. Com relação à formação de rochas, analise as afirmativas a seguir: I. A pedra-pomes é um exemplo de rocha metamórfica. II. Rocha metamórfica é aquela que se origina da transformação de outras rochas, como o mármore, cuja rocha de origem é o calcário. III. O basalto se forma na superfície da Terra com a solidificação da lava e é um exemplo de rocha magmática. Está correto o que se afirma em: A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. 14. Analise as afirmativas abaixo sobre conservação do solo. 1. A erosão hídrica pode reduzir a capacidade produtiva dos solos, mas não gera impacto nos custos de produção nem no lucro dos produtores agrícolas. 2. Além das perdas de solo causadas pela erosão, parte da água escoa sobre a superfície do solo, fazendo com que haja redução do volume de água que atinge o lençol freático. 3. O limite tolerável ou aceitável de perdas de solo por erosão pode ser definido como sendo a intensidade máxima de erosão que ainda permitirá um nível de produtividade economicamente sustentável das culturas. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. D) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. 15. Sobre os processos erosivos e a recuperação de áreas degradadas, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) A transposição do solo, conhecida também como transposição do banco de sementes, é uma técnica que consiste em retirar porções da camada superficial do solo, juntamente com a serapilheira, de uma área em estágio de sucessão mais avançado e colocá-las em “faixas” ou “ilhas”, na área degradada. ( ) A transposição do solo é importante, pois, além de sementes, são levados juntamente com o solo seres vivos responsáveis na ciclagem de nutrientes, reestruturação e fertilização do solo e materiais minerais e orgânicos, o que auxilia na recuperação das propriedades físico- químicas do solo degradado e, por consequência, na revegetação da área. ( ) O Terraceamento consiste em realizar a produção ordenando a plantação em linhas que seguem as diferenças de altitude do solo. Essa técnica é mais adequada para terrenos mais planos (áreas de planície, por exemplo) e ajuda a conter o processo de erosão dos solos – apesar do considerável desperdício de água. ( ) As Ravinas – também chamadas de Vossorocas – são o aprofundamento de sulcos que se formam no solo, com profundidade que supera 1,5 metros e que apresentam um crescimento tanto regressivo (de jusante a montante) como progressivo (de montante a jusante). A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: B) V – V – F – F. 16. Denomina-se erosão a degradação e decomposição das rochas e as modificações provocadas pelas variações de temperatura, ação da água e do vento, seu transporte e deposição. Este processo também pode ser induzido ou acelerado pela ação humana. Assinale a alternativa que contém um tipo de erosão e a respectiva técnica de controle. A) Eólica / calagem. B) Laminar / terraceamento.C) Pluvial / assoreamento. D) Fluvial / desmoronamento. E) Solo / voçoroca. 17. A formação do solo inicia-se a partir do momento em que o material de origem (rocha) é exposto na superfície terrestre, quando, então, passa a sofrer ação de agentes do clima, principalmente precipitação e temperatura, acionando processos de intemperismo. Nesse caso, “intemperismo” é assim definido: A) São os principais materiais de origem dos solos. B) Toda e qualquer movimentação de material no interior do próprio solo. C) Toda e qualquer adição de material ao solo durante sua formação como a adição de matéria orgânica pelos organismos do solo. D) Conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam sobre as rochas, desintegrando-as e decompondo-as, propiciando a formação do perfil do solo. E) Processo natural de desgaste do solo, geralmente ocorrendo de áreas mais altas para mais baixas. Pode ser agravada pelas ações do ser humano, como o desmatamento. 18. O solo é um dos recursos naturais mais importantes da natureza, pois exerce funções ambientais essenciais à vida. Para que as plantas cresçam, suas raízes devem penetrar no solo de modo a sustentar sua parte aérea. Elas extraem nutrientes, que juntamente com o oxigênio (O2), o gás carbônico (CO2), a luz e o calor, contribuem para o seu crescimento. Sendo assim assinale a alternativa que NÃO representa um tipo de solo. A) Argissolo. B) Latossolo. C) Plantossolo. D) Cambissolo. E) Nitossolo. 19. Em relação à origem dos solos, podemos classificá-los em dois grupos: aluviais e eluviais. Sobre essa categorização, avalie as proposições a seguir: I) A classificação dos solos, com relação à sua origem, é determinada pelo local de procedência da rocha que, após o processo de intemperismo, constitui esse solo. II) Os solos eluviais são formados a partir de rochas transportadas pela chuva e vento para os locais onde o solo será formado. III) Quando a rocha que se decompôs e se alterou para a formação do solo encontra-se no mesmo local do solo, esse tipo de solo é chamado de eluvial. Avalie as afirmações acima e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma: C) V, F, V. 20. O tipo de solo mais comum no território brasileiro é antigo, bem desenvolvido e profundo. Possui boa permeabilidade e não é dotado de grande fertilidade natural. Qual é esse tipo de solo? B) Latossolo. 1. A avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea é normatizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas por meio das Normas Brasileiras ABNT NBR 15.515-1, 15.515-2 e 15.515-3. Considere as afirmações, tendo em vista essas normas. I - A investigação detalhada requer a investigação confirmatória prévia em todas as situações. II - O estudo sobre o meio físico é realizado na investigação preliminar. III- Uma área é classificada como suspeita de contaminação na investigação confirmatória. IV - A constatação de substâncias químicas em fase livre é suficiente para classificar uma área como contaminada. Quais estão corretas? E) Apenas II e IV. 2. Considere as seguintes definições presentes na Resolução nº 420 de 28 de dezembro de 2009, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA): I. ______: área “em que comprovadamente for constatada, mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação.” II. ______: área “em que, após a realização de uma avaliação preliminar, forem observados indícios da presença de contaminação ou identificadas condições que possam representar perigo.” III. ______: área “em que o risco for considerado tolerável, após a execução de avaliação de risco.” IV. ______: área “em que for constatada a presença de substâncias químicas em fase livre ou for comprovada, após investigação detalhada e avaliação de risco, a existência de risco à saúde humana”. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. C) Área Contaminada sob Investigação / Área Suspeita de Contaminação / Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação / Área Contaminada sob Intervenção. 3. A etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas, que consiste na aquisição e interpretação de dados em área contaminada sob investigação, a fim de entender a dinâmica da contaminação nos meios físicos afetados e a identificação dos cenários específicos de uso e ocupação do solo, dos receptores de risco existentes, dos caminhos de exposição e das vias de ingresso, é denominada: D) Investigação detalhada. 4. Conforme a Resolução nº 420/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a área cujo órgão ambiental competente constatou, mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação, será declarada como: B) Área Contaminada sob Investigação – AI. 5. Leia o caso a seguir. O resultado da avaliação preliminar realizada por um órgão ambiental competente observou indícios da presença de contaminação na área do empreendimento em estudo. Com base no resultado apresentado, essa foi considerada como uma: D) área suspeita de contaminação. 6. É correto afirmar, em relação ao gerenciamento de áreas contaminadas: A) a Pluma de Contaminação é uma das técnicas de remediação. B) atividade potencialmente contaminadora é aquela exercida em área comprovadamente contaminada. C) no cadastro de área contaminada devem ser incluídas aquelas que deram negativo na investigação preliminar. D) levantamento aerofotogramétrico temporal é utilizado nesse gerenciamento. E) para a recuperação e remediação de áreas contaminadas, deve ser escolhida uma única e melhor abordagem. 7. Quando há suspeita de contaminação da água subterrânea em área particular, onde houve anteriormente atividade de indústria metalúrgica e se pretende implantar empreendimento residencial, uma das preocupações é a ocorrência de riscos à população em contato com essa possível contaminação. Assim, um procedimento que tem de ser executado é: A) retirar imediatamente a população que reside na área contaminada. B) exigir exclusivamente do órgão ambiental a remediação do terreno. C) realizar as etapas de investigação ambiental e avaliar as medidas de intervenção necessárias quando confirmada a contaminação. D) entregar à população do entorno máscaras de proteção. E) permitir que na área seja utilizado apenas poço cacimba. 8. A avaliação de risco realizada no processo de gerenciamento de áreas contaminadas tem por objetivo estimar o risco à saúde humana decorrente da exposição do homem a uma determinada substância ou grupo de substâncias presentes no meio físico (ABNT NBR 16209/2013). Neste contexto, se necessária, a aplicação de uma metodologia de avaliação de riscos deve ser feita, obrigatoriamente, D) após completada a etapa da investigação detalhada. 9. Em matéria veiculada em 07.11.19, pela Agência Sorocaba de Notícias – GPE/SECOM da Prefeitura de Sorocaba, foram apresentados os trabalhos realizados pelo Comitê de estudos referentes a uma antiga fábrica de baterias localizada no Bairro Iporanga. Pelo cenário apresentado, temos a identificação de uma área com grande potencial de contaminação por chumbo e outros metais, além de consolidar um ponto viciado de lixo doméstico e restos de construção civil. Nesse sentido, e sem entrar no mérito das ações desenvolvidas pelo referido comitê e num cenário hipotético, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Proteção e Bem- Estar Animal (SEMA) com sua equipe de técnicos implantou um “Plano de Gerenciamento de Area Contaminada” desenvolvido em seis etapas apresentadas aleatoriamente: I – Investigação confirmatória II – Avaliação Ambiental Preliminar III – Monitoramento da área para encerramento IV – Avaliaçãode riscos à saúde humana V – Elaboração do Plano de Intervenção VI – Investigação detalhada Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta das atividades a serem desenvolvidas neste Plano de Gerenciamento. D) II; I; VI; IV; V; III. 10. O solo contaminado oferece riscos à saúde humana quando substâncias químicas estão presentes em concentrações que restringem seu uso para os fins desejados. Os valores orientadores de concentração de substâncias químicas no solo são definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) ou pelos órgãos estaduais de meio ambiente. Considerando a Resolução do CONAMA nº 420/2009 sobre a contaminação de solos e gerenciamento de áreas contaminadas, é correto afirmar que: D) não são estabelecidos valores de referência de qualidade para substâncias orgânicas no solo. 11. Por meio da Resolução n.º 420/2009, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) forneceu diretrizes e procedimentos para o gerenciamento de áreas contaminadas no país, estabelecendo critérios e valores orientadores referentes à presença de substâncias químicas no solo.Com vista à prevenção e controle da qualidade do solo, os empreendimentos que desenvolvem atividades com potencial de contaminação dos solos e águas subterrâneas devem, a critério do órgão ambiental competente: D) Implantar programa de monitoramento de qualidade do solo e das águas subterrâneas na área do empreendimento e, quando necessário, na sua área de influência direta e nas águas superficiais. 12. O processo de investigação e remediação de áreas contaminadas abrange, basicamente, as seguintes etapas: investigação preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada, análise de risco, concepção e projeto de remediação, remediação e monitoramento. A investigação detalhada tem por objetivo: A) entender a dinâmica das plumas de contaminação em cada um dos meios físicos afetados. 13. Considerando que a existência de áreas contaminadas pode configurar sério risco à saúde pública e ao meio ambiente é necessário que para o gerenciamento de áreas contaminadas, o órgão ambiental competente deverá instituir procedimentos e ações de investigação e de gestão, que contemplem três etapas: a identificação, o diagnóstico e a intervenção. A seguir associe as duas colunas e em seguida assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo: (1) Identificação: (2) Diagnóstico: (3) Intervenção: ( ) Etapa que inclui a investigação detalhada e avaliação de risco, sendo realizada após a investigação confirmatória que tenha identificado substâncias químicas em concentrações acima do valor de investigação. ( ) Etapa em que serão identificadas áreas suspeitas de contaminação com base em avaliação preliminar. ( ) Etapa de execução de ações de controle para a eliminação do perigo ou redução, a níveis toleráveis, bem como o monitoramento da eficácia das ações executadas, considerando o uso atual e futuro da área. C) 213. 14. Recuperação de áreas degradadas é a aplicação de técnicas de manejo visando tornar um ambiente degradado apto para um novo uso, ainda que em condição diferente da original, restabelecendo um conjunto de funções ecológicas e econômicas. A recuperação demanda uma investigação completa para identificar o passivo ambiental decorrente do processo de contaminação e degradação. Concluídas as etapas de investigação e tendo sido identificada a necessidade de intervenção na área, deverá ser apresentado à FEPAM um Plano de Trabalho da Intervenção, detalhando as ações a serem implementadas. NÃO compõe um dos objetivos do processo de intervenção para recuperação de área contaminada: C) Controlar as fontes de contaminação identificadas. 15. Uma área pode ter sido contaminada pela introdução de substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, enterrados ou infiltrados. Os procedimentos adotados para avaliar a contaminação de uma área fazem parte de um sistema de gestão de áreas contaminadas que se divide em duas fases distintas: a primeira é o processo de identificação de áreas contaminadas e a segunda, recuperação dessas áreas. Sobre os processos de identificação de áreas contaminadas, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) A identificação de uma área potencialmente contaminada pode ser feita por meio de fotografias, reclamações, denuncias, entre outros. ( ) Uma das etapas de identificação de áreas contaminadas é a avaliação preliminar que consiste em descobrir, por meios documentais ou testemunhais, se houve a introdução de resíduos que podem oferecer risco à saúde das pessoas que estão em contato com a área. ( ) A investigação confirmatória é uma das etapas da identificação da área contaminada, processo por meio do qual, com base nas informações das etapas anteriores do processo de confirmação da contaminação, são empregadas ações para se planejar a remediação do local. ( ) Na etapa de identificação de áreas contaminadas, é feito o procedimento de priorização em que se faz o monitoramento da área, ou seja, análises diversas, laboratoriais ou não, para avaliar se as ações de remediação foram alcançadas. Assinale a sequência CORRETA.C) V V F F. 16. A ABNT NBR 15515-1:2007, que estabelece termos e definições aplicados à avaliação preliminar de passivos ambientais em solo e água subterrânea, conceitua área com potencial de contaminação como área A) onde estão sendo desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades com potencial de contaminação que, por suas características, podem acumular quantidades ou concentrações de contaminantes em condições que a tornem contaminada. 17. De acordo com ABNT NBR 15515-1:2007 o tipo de revestimento caracterizado como membrana é aquele formado por: D) Material sintético. 18. A ABNT NBR 15515-2:2011 estabelece definições e diretrizes sobre a fase de investigação confirmatória de passivos ambientais em solo e águas subterrâneas e elenca alguns dos principais métodos geofísicos utilizados na investigação desses passivos.De acordo com essa norma, a magnetometria é um método de investigação que tem como objetivo a identificação de C) falhas e fraturas no subsolo. 1. Sobre as técnicas de restauração de áreas degradadas, assinale a alternativa correta. C)É importante a presença de poleiros naturais e artificiais para a formação de núcleos de diversidade. 2.Sobre o monitoramento de áreas em recuperação, assinale a alternativa incorreta. E) A estratificação é um indicador que consiste na análise da aparência apresentada por uma comunidade, como arquitetura das copas, tamanho e forma. 3. A recuperação ambiental pode adotar diferentes estratégias. Relacione as estratégias de recuperação abaixo com seus respectivos conceitos. Coluna 1: Estratégia de Recuperação 1. Regeneração Natural com Manejo 2. Plantio em Área Total 3. Sistemas Agroflorestais (SAFs) Coluna 2: Conceito (_) Podem-se basear na sucessão ecológica, análogas aos ecossistemas naturais, em que árvores exóticas ou nativas são consorciadas com culturas agrícolas, trepadeiras, forrageiras, e arbustivas, de acordo com um arranjo espacial e temporal pré-estabelecido, com alta diversidade de espécies e interações entre elas. (_) Consiste em adotar ações de manejo que induzam os processos de regeneração natural. (_)Podem envolver, adicionalmente, as estratégias de adensamento, enriquecimento ou nucleação como formas de acelerar a recuperação da área ao longo do tempo. A opção e a conveniência pelo uso associado das estratégias devem ser avaliadas no início e ao longo do processo de recuperação, durante a fase de monitoramento. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. D) 3 • 1 • 2 4. Analise as assertivas a respeito do tema Recuperação de Áreas Degradadas: I. Nos processos de recuperação da vegetaçãonatural de um local degradado, a técnica de Reabilitação pressupõe o retorno da área a uma condição intermediária em relação à original, havendo necessidade de intervenção antrópica, enquanto a técnica de Restauração pode ser feita de forma natural, eliminando os fatores de degradação, de modo que a área retorne completamente à condição original. II. Considerando a necessidade de recuperação da APP de um curso d'água natural com 8 metros de largura, a faixa mínima a ser recuperada será de 20 metros. III. Entre as alternativas para o controle e recuperação de áreas com Voçorocas, estão o uso de biomantas, hidrossemeaduras e paliçadas. IV. O controle erosivo através do plantio de mudas de árvores deve ser feito prioritariamente com espécies exóticas, uma vez que crescem de modo mais rápido do que as nativas. Quais estão corretas? B) Apenas I e III. 5. “Estima-se que 15% dos solos do mundo encontram-se degradados ou em processo de degradação. Na região tropical, a situação é ainda pior: mais da metade dos solos tropicais possuem algum grau de degradação”. (Fonte: Boaventura, K.J. et al. Recuperação de áreas degradadas no Brasil: conceito, história e perspectivas. Tecnia, 4(1): 124-145, 2019.) Sobre as técnicas de recuperação de áreas degradadas, relacione as colunas abaixo e assinale a alternativa que contém a sequência correta: 1. Regeneração Natural 2. Adensamento 3. Nucleação 4. Enriquecimento ( )Consiste na introdução de espécies, principalmente dos estádios finais da sucessão ecológica, em áreas com melhores condições do solo já com presença de vegetação nativa, porém com baixa diversidade de espécies. Visa a aumentar a biodiversidade e suprimir as espécies indesejáveis que estariam se estabelecendo nestas falhas. ( )Usado em locais que tem alta densidade e diversidade de plantas nativas regenerantes, incluindo rebrotas, devido principalmente à proximidade com remanescentes de vegetação nativa, ao solo pouco compactado e à baixa presença de espécies invasoras. ( )Consiste na formação de "ilhas" de vegetação com espécies com capacidade ecológica de melhorar significativamente o ambiente, facilitando a ocupação dessa área por outras espécies. Nessas ilhas há incremento das interações interespecíficas e os processos de reprodução vegetal, como a polinização e a dispersão de sementes. ( ) Consiste na introdução de indivíduos de espécies do estádio inicial de sucessão (espécie de cobertura) nos espaços com falhas de regeneração natural, para acelerar a cobertura do solo por espécies nativas e aumentar a chance da regeneração natural para suprimir espécies indesejáveis. D) 4; 1; 3 e 2. 6. São estratégias para recuperação de áreas degradadas, EXCETO: A) Controle de plantas competidoras. B) Latada ou ramada. C) Semeadura direta. D) Plantio por mudas. E) Nucleação. 7. Dentre os métodos de recuperação da vegetação em áreas degradadas, a nucleação apresenta-se como uma alternativa interessante. Sobre isso, analise as assertivas abaixo: I. Fazem parte desse método: transposição de solo, de galharia, de serrapilheira e de sementes. II. Para o plantio de mudas em núcleos, há necessidade de distinguir as espécies de acordo com a classificação ecológica. III. Mudas de espécies classificadas como secundárias tardias não devem ser utilizadas nesse método, somente nos casos de enriquecimento. IV. A distância média entre as mudas nos núcleos deve ser de 2 a 3 m. Quais estão INCORRETAS? E) Apenas III e IV. 8. Existem vários processos que podem ser utilizados para melhoria da qualidade do meio ambiente e para recuperação de áreas degradadas. Dos processos apresentados qual resulta em aumento da biodiversidade? E) Regeneração natural ou induzida da vegetação. 9. As pesquisas sobre recuperação de áreas degradadas são voltadas para a recuperação da funcionalidade ambiental, com base na seleção e na introdução de leguminosas arbóreas e arbustivas, as quais são capazes de crescer sob condições adversas. Sobre essa metodologia de recuperação de áreas degradadas, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: ( ) O êxito dessa metodologia está na associação entre planta, rizobios e fungos micorrizicos. Essa relação permite um lento crescimento das espécies, dependente da disponibilidade de nitrogênio no solo, reduzindo a quantidade de matéria orgânica disponível e a atividade biológica do solo. ( ) A metodologia também pode ser utilizada para a contenção de encostas em áreas urbanas, diminuindo o risco de deslizamentos de terra durante os períodos chuvosos do ano e, ainda, pode ser usada para a recuperação de áreas degradadas por mineração ou erosão severa do solo. ( ) Atualmente, existem mais de cem espécies de leguminosas arbóreas e arbustivas recomendadas para plantio nos biomas Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e Caatinga. B) E - C - C. 10. A poluição tem impactos negativos à saúde humana, animal e ambiental. A remediação ambiental consiste em um conjunto de ações e processos que visam à recuperação de áreas contaminadas. Atualmente existem diversas técnicas de remediação ambiental disponíveis. A técnica de remediação que faz uso de microrganismos e plantas, naturais ou inoculadas, para degradar, transformar e/ou remover contaminantes de uma área contaminada, como corpos d´água e solo, por exemplo, é denominada de: D) Biorremediação. 11. A fitorremediação possibilita a recuperação ou remediação de solos degradados e/ou contaminados através da utilização de vegetação para a descontaminação in situ de solos. Cada técnica possui características específicas que limitam ou potencializam sua utilização dependendo das características do local que se deseja remediar e o contaminante específico presente na área. O processo de remediação pelo qual algumas variedades de plantas acumulam nos seus tecidos, os contaminantes extraídos do solo, sedimentos, água ou do ar, também chamada de fitoacumulação e que envolve a absorção de contaminantes através das raízes e posterior translocação dos mesmos às folhas pelo xilema da planta, denomina-se: C) Fitoextração. 12. Considerando as condições ambientais de uma propriedade rural e a necessidade de restauração de uma área degradada dentro de seus limites, adotou-se a técnica de nucleação, que consiste em: E) transpor o banco de sementes, por meio da retirada de camadas superficiais de solo, juntamente com a serapilheira, de uma área em estádio mais avançado de sucessão para a área-alvo de restauração florestal. 13. Os indicadores ecológicos constituem em uma ferramenta para monitoramento de ecossistemas naturais ou para avaliar ecossistemas em restauração. Bons indicadores ecológicos devem atender aos requisitos fundamentais para qualquer indicador, como facilidade de medição, clareza e modificação possível ao longo do processo. Além disso, ele deve: E) ser sensível aos fatores que possam modificar o ecossistema. 14. A escolha do método a ser utilizado para recuperação de área degradada, irá depender do grau de comprometimento da área. As técnicas de plantio devem levar em conta as peculiaridades de cada área e do dano observado. O plantio de novas espécies através de mudas ou sementes visando o recobrimento do solo, é denominado de: D) Adensamento. 15. Considere a seguinte situação hipotética: uma das metas do planejamento territorial de uma paisagem agrícola, que integra um município do estado de São Paulo, é a recuperação de suas áreas degradadas, visando a diminuição de impactos ambientais negativos. Considerando a necessidade de restauração de uma área degradada, um Engenheiro Ambiental deverá indicar: C) o plantio de enriquecimento: introdução de espécies, preferencialmente aquelas de estádios finais de sucessão, nas áreas alvo de restauração florestal.17. Assinale a alternativa CORRETA que são substratos compostos por elementos encontrados na natureza, tais como turfa, serapilheira, solo mineral ou areia. A) Substratos naturais. 18. NÃO é uma técnica utilizada pelo método de nucleação para a recuperação de áreas degradadas: A) Transposição de solo = reintrodução de populações de diversas espécies da micro, meso e macro fauna/flora. B) Transposição de sementes = alimenta o banco de sementes local e inicia uma entrada periódica de material genético que no futuro poderá garantir os recursos de forma distribuída no tempo. C) Poleiros naturais ou artificiais = descanso e abrigo de aves e morcegos dispersores de sementes. D) Plantio de mudas = formação de ilhas de vegetação. E) Resgate de plântulas = consiste no ato de resgatar as plântulas ou indivíduos jovens de espécies arbustivo-arbóreas nativas que regeneraram dentro ou no entorno de fragmentos florestais ou de reflorestamentos de espécies nativas ou exóticas, levando-os para adaptação e desenvolvimento em viveiro ou diretamente para o campo com o objetivo de sua utilização em áreas a serem restauradas. 1. O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD foi concebido para a recomposição de áreas degradadas pela atividade de exploração de recursos minerais. No entanto, tem sido utilizado para os diversos tipos de empreendimentos, e, geralmente, é previsto no escopo dos Estudos Ambientais. Segundo esse instrumento, a Recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado: C) a uma forma de utilização, de acordo com o plano preestabelecido para o uso ou capacidade produtiva dos recursos ambientais; 2. Assinale a alternativa CORRETA. Os empreendimentos que se destinam à exploração de recursos minerais em âmbito federal obrigam o empreendedor dentre outras exigências: B) à elaboração de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) no momento da apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório do Impacto Ambiental (RIMA) ao órgão ambiental. 5. A respeito de recuperação de áreas mineradas a céu aberto, existe um importante instrumento legal que é solicitado pelos órgãos ambientais, como parte integrante do processo de licenciamento das atividades que possam degradar ou modificar o meio ambiente, e também requerido após um empreendimento ser punido administrativamente por causar degradação ambiental. Este instrumento é o: C) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). 6. O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é um documento exigido pelos órgãos ambientais que orienta a execução e o monitoramento da recuperação ambiental de áreas degradadas. Marque a opção CORRETA que contém um dos componentes utilizado na elaboração do PRAD: B) Diagnóstico ambiental. 7. Após o diagnóstico realizado em uma área degradada, o profissional concluiu que para manter a capacidade produtiva do local sem causar impactos negativos ao ambiente, seria preciso substituir o sistema agrícola convencional empregado por um sistema agroecológico. Neste caso, o Plano de Recuperação de Áreas Degradas (PRAD) elaborado e apresentado ao órgão ambiental irá propor a: A) reabilitação da área degradada. 8. Como qualquer trabalho, o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) deve apresentar objetivos bem traçados e definidos, e o principal deles é promover a recuperação ambiental de uma determinada área degradada. No entanto, analise as assertivas sobre objetivos que devem estar de acordo com alguns critérios e assinale a alternativa que apresenta tais critérios. I. A legislação ambiental vigente. II. As especificações do órgão ambiental competente, o qual analisará o PRAD. III. O menor custo possível para o empreendedor. IV. O desejo do proprietário do terreno. B) Apenas I, II e IV. 9. É possível inferir que a Norma ABNT NBR 13030 estabelece: E) a elaboração e apresentação do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas pela mineração. 10. De acordo com a Instrução Normativa (Ibama) 4, de 13/4/2011, o Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) deve: I. reunir informações, diagnósticos, levantamentos e estudos que permitam a avaliação da degradação ou alteração e a consequente definição de medidas adequadas à recuperação da área; II. aplicar métodos e técnicas genéricos, de eficácia comprovada, sem considerar as peculiaridades de cada área; III. propor medidas que assegurem a proteção das áreas degradadas ou alteradas de quaisquer fatores que possam dificultar ou impedir a implantação do empreendimento gerador dos impactos ambientais. Está correto o que se afirma em: A) I, apenas. 11. Com base nas definições descritas na Instrução Normativa ICMBIO nº 11/2014, que estabelece os procedimentos para elaboração, análise, aprovação e acompanhamento da execução de Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Perturbada (PRAD), para fins de cumprimento da legislação ambiental, assinale a alternativa correta. C) Área perturbada é aquela que após o impacto ainda mantém capacidade de regeneração natural e pode ser restaurada. 12. Uma mineradora precisa elaborar um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas para uma área de seu empreendimento em que foi realizada uma intervenção, baseado na Instrução Normativa ICMBio n.º 11, de 11 de dezembro de 2014, que estabelece procedimentos para elaboração, análise, aprovação e acompanhamento da execução de Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Perturbada – PRAD. Tendo em vista a situação apresentada, é CORRETO afirmar que: C) Desde que justificada tecnicamente, pode-se considerar a possibilidade de implantação e/ou manutenção de espécies exóticas não invasoras como forma de propiciar melhores condições para estabelecimento das espécies nativas.
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