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Hipófise e Hipotálamo UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA APLICADA A FARMÁCIA DOCENTE: PROF. DRA ADRIANA MARIA VIANA NUNES Camila Ferreira Emilly Silva Lucas Malaquias Vitória Régia Farmácia - 2022.2 Glândula hipófise e sua relação com o hipotálamo Anatomia da hipófise e hipotálamo Histologia 2 Anatomia da hipófise A principal glândula do sistema endócrino; apresenta uma estrutura ovoide e se localiza na sela turca do osso esfenoide; Formada por dois lobos ativos; O lobo anterior da hipófise (adeno- hipófise), produz e secreta a maior parte dos hormônios hipofisários. Sua função é controlada pelos hormônios do hipotálamo; O lobo posterior (neuro-hipófise) não produz nenhum hormônio, mas libera dois hormônios que são produzidos nos núcleos do hipotálamo. É uma região do encéfalo constituída por núcleos de substância cinzenta; Localizado abaixo do tálamo; Esta conectado a hipófise por uma hasta estreita denominada de infundíbulo; Responsável por regular vários processos fisiológicos como: termorregulação, osmorregulação e as emoções; Com a glândula hipófise atua modulando as atividades endócrinas de acordo com a necessidade fisiológica do organismo. Anatomia do hipotálamo Somatotropos Hormônio do crescimento hGH 30% a 40 % das células da hipofise HISTOLOGIA Hipófise anterior: células e hormônios secretados. Corticotropos Tireotropos Gonadotropos Lactotropos Prolactina PRL 3% a 5% das células da hipófise Hormônio gonadotrópicos Hormônio luteinizante (LH) Hormônio folículo- estimulante (FSH) 3% a 5% das células da hipófise Hormônio estimulante da tireoide TSH 3% a 5% das células da hipófise Adrenocorticotropina ACTH 20% das células da hipófise HISTOLOGIA Hipófise posterior: corpos celulares no hipotálamo sintetizam os hormônios da hipófise. Corpos celulares estão localizados em neurônios grandes (magnocelulares) que estão situados no hipotálamo; hormônios são então transportados no axoplasma das fibras nervosas dos neurônios que seguem do hipotálamo para a hipófise posterior. Hipotálamo Secreção da Neuro-hipófise Secreção da Adeno-hipófise Controlada por sinais neurais de origem no hipotálamo. O HIPOTÁLAMO CONTROLA A SECREÇÃO HIPOFISÁRIA Quase toda secreção hipófisária é controlada por sinais hormonais e nervosos, vindos do hipotálamo. Controlada pelos hormonios hipotalamicos liberadores e inibidores. Centro coletor de informações relativas ao bem-estar interno do organismo. VASOS SANGUÍNEOS PORTAIS HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO DA HIPÓFISE ANTERIOR A hipófise anterior é uma glândula muito vascularizada,com capilares sinusoides em grande número entre as células glandulares. O sangue ,proveniente do hipotálamo, então flui pelos pequenos vasos sanguíneos portais hipotalâmico-hipofisários para os sinusoiddes da adeno-hipófise. Pequenas artérias penetram a eminência mediana, e, então, pequenos vasos adicionais retornam para sua superfície, unindo-se para formar os vasos sanguíneos portais hipotalâmico-hipofisários. OS HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS SÃO SECRETADOS NA IMINÊNCIA MEDIANA HORMÔNIO LIBERADOR DE TIREOTROPINA OS HORMONIOS LIBERADORES E INIBIDORES DO HIPOTÁLAMO CONTROLAM A SECREÇÃO DA HIPÓFISE ANTERIOR HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROPINA HORMÔNIO LIBERADOR DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Estimula a secreção do hormônio estimulante da tireoide (THS) . Provoca a secreção do hormônio adrenocorticotrópico. Estimula a secreção do hormônio do crescimento pelos somatotropos. A função dos hormônios de liberação e inibição é controlar a secreção dos hormônios da hipófise anterior. OS HORMONIOS LIBERADORES E INIBIDORES DO HIPOTÁLAMO CONTROLAM A SECREÇÃO DA HIPÓFISE ANTERIOR 4 HORMÔNIO LIBERADOR DA GONADOTROPINA HORMÔNIO INIBIDOR DA PROLACTINA. Estimula a secreção de FSH e LH pelos gonadotrópos. HORMÔNIO INIBIDOR DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Inibe a secreção do hormônio do crescimento pelos somatotropos. Inibe a secreção e a síntese de prolactina pelos lactotropos. A estimulação elétrica da região da eminencia mediana excita as terminações nervosas e,consequentemente, causa a liberação de todos os hormônios hipotalâmicos. Todos ou a maioria dos hormônios hipotalâmicos são secretados pelas terminações nervosas da eminência mediana, antes de serem transportados para a hipófise anterior. ÁREAS ESPECÍFICAS NO HIPOTÁLAMO CONTROLAM A SECREÇÃO DE HORMÔNIOS LIBERADORES E INIBIDORES HIPOTALAMICOS ESPECÍFICOS Hormônio do Crescimento (GH) Funções fisiológicas do hormônio do crescimento Hormônio somatotrópico (ou somatotropina) Provoca o aumento do crescimento de quase todos os tecidos do corpo Aumento de tamanho das células e do número de mitoses, causando a multiplicação e diferenciação específica de alguns tipos celulares GH Comparação entre o ganho de peso de um rato injetado diariamente com hormônio do crescimento X grupo controle Fonte: Guyton, 2017. Efeitos metabólicos Aumento da síntese de proteínas Aumento da mobilização, do nível no sangue e uso dos ácidos graxos como fonte de energia Redução da utilização da glicose pelo organismo O GH promove a deposição de proteínas nos tecidos Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares. Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas pelos ribossomos Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos. O Hormônio do Crescimento amplia a utilização das gorduras como fonte de energia Liberação dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando a sua concentração nos líquidos orgânicos. Nos tecidos do organismo, ele aumenta a conversão de ácidos graxos em acetil-CoA e sua utilização como fonte de energia. A mobilização de gordura do tecido adiposo fica tão acentuada, que grande quantidade de ácido acetoacético é formada pelo fígado é liberada nos líquidos orgânicos, dando origem a quadro de cetose GH O GH reduz a utilização dos carboidratos Diminuição da captação de glicose pelos tecidos, como o músculo esquelético e adiposo; Aumento da produção de glicose pelo fígado; Aumento da secreção de insulina; 1. 2. 3. Resistência à insulina: induzida pelo GH - atenua as ações da insulina para estimular a captação e a utilização da glicose pelos músculos esqueléticos e tecido adiposo e para inibir a gliconeogênese Efeitos diabetogênicos A atividade apropriada da insulina e a disponibilidade adequada de carboidratos são necessárias para a eficácia do hormônio do crescimento. Necessidade de Insulina e de Carboidratos Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas, que causam o crescimento ósseo; Aumento da reprodução dessas células; Efeito específico de conversão de condrócitos em células osteogênicas, ocasionando, assim, a deposição de osso novo O hormônio do crescimento estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos O GH estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos Mecanismos Crescimento dos ossos nas cartilagens epifisárias; Deposição de nova cartilagem e conversão em osso novo - aumenta a parte longa Consumo da cartilagem epifisária e fusão das epífises; Os osteoblastos depositam osso novo nas superfícies do osso mais antigo; Os osteoclastos removem o osso antigo; Quando a taxa de deposição é maior do que a de reabsorção, a espessura do osso aumenta; O GH age como forte estimulador dos osteoblastos. Somatomedina C: IGF - I Substâncias intermediárias: as somatomedinas A somatotropina leva o fígado a formar diversas proteínas pequenas, chamadas somatomedinas, que apresentam o potente efeito de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo. IGFs fatores de crescimento semelhantes à insulina Uma possibilidade é que o GH provoque a formação de quantidade suficiente de somatomedina C no tecido local, de modo a induzir o crescimento localizado. Jejum; Hipoglicemia ou baixa nos ácidos graxos; Exercício físico;Fatores psicológicos; Grelina; Sono; 1. 2. 3. 4. 5. 6. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO FATORES REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Hipotálamo, Hormônio Liberador do Hormônio do Crescimento e e Somatostatina no Controle da Secreção do Hormônio do Crescimento Sabe-se que tal secreção é controlada por dois fatores hipotalâmicos: hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina) . O GHRH estimula a secreção do hormônio do crescimento ao ligar-se a receptores específicos de membrana celular, nas superfícies externas das células do hormônio de crescimento (na hipófise). Aumento no nível intracelular de AMP cíclico. Aumento do transporte de Ca+ para a célula; leva à fusão das vesículas secretoras do hormônio do crescimento com a membrana celular e à liberação do hormônio para o sangue A hipófise posterior (neuro-hipófise) Estrutura de suporte para grande número de fibras nervosas terminais e terminações nervosas de tratos nervosos HIPÓFISE POSTERIOR E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO Células semelhantes às células gliais (pituícitos) Pituícitos não secretam hormônios Originam nos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo. Só armazena o que é produzido pelo hipotálamo Terminações nervosas são botões bulbosos - contêm diversos grânulos secretores. HIPÓFISE POSTERIOR E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO Pedúnculo hipofisárioTratos nervosos Neuro-hipófise Hormônio antidiurético (ADH) - vasopressina Ocitocina Secretam dois hormônios hipofisários posteriores Controle hipotalâmico da hipófise poterior Hipotálamo Pedúnculo hipofisário FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO Controle hídrico/osmótico - diminuição do volume de urina Reabsorção de água nos rins o volume de urina excretado (antidiurético) a volemia - volume de água no sangue da pressão arterial (diminuição do calibre dos vasos sanguíneos) FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO + ADH - ADH Aumento da reabsorção de água nos néfrons Urina mais concentrada Aumenta a eliminação de água nos néfrons Urina mais diluída O indivíduo produz grande quantidade de urina, uma vez que a deficiência do ADH inibe a reabsorção de água pelos rins. Antidiurético e a Diabetes insípidus Sede e desidratação Urina diluída e frequente FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DA OCITOCINA Estimula poderosamente a contração do músculo liso (miométrio) no útero grávido, especialmente no final da gestação e ejeção do leite durante a amamentação. Mecanismo da ejeção do leite ou descida do leite. Na lactação, a ocitocina faz com que o leite possa ser expulso pelos alvéolos para os ductos da mama, de modo que o bebê pode obtê-lo por meio da sucção. FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DA OCITOCINA (1) Estímulo da sucção sobre o mamilo mamário - transmissão de sinais por nervos sensoriais para os neurônios ocitocinérgicos nos núcleos paraventricular e supraópticos no hipotálamo - liberação da ocitocina pela hipófise posterior. (2) A ocitocina é, então, transportada pelo sangue para as mamas, onde provoca a contração das células mioepiteliais que se localizam externamente e formam malha em volta dos alvéolos das glândulas mamárias. REFERÊNCIAS GUYTON, A.C;Hall,J.E.Tratado de Fisiologia Médica.13ªEdição.Elsevier,2017. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada.7ª Edição.Artmed,2017. GRATO PELA ATENÇÃO!
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