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31 Capítulo 2 Aspectos conceituais básicos 1 Seção 1 A comunicação e os elementos básicos do processo de comunicação Nesta seção, você encontra as informações referentes à conceituação de comunicação e aos principais fatores que compõem o processo de comunicação. 1.1 O que é comunicação Definir comunicação é uma tarefa árdua, por se tratar de um assunto amplo e complexo. A palavra “comunicar”, de acordo com Pereira e Fonseca (1997), vem do Latim communicare, que significa “tornar comum”. Por meio das comunicações é possível aumentar a sinergia entre as pessoas, diminuindo dúvidas e questionamentos. O aperfeiçoamento das comunicações modifica o comportamento dos indivíduos e possibilita a aceleração do processo de conhecimento. Mas como se define comunicação? A seguir você encontrará as definições de alguns dos principais autores da área. De uma forma ampla, para Casagrande (1988), a comunicação caracteriza uma estrutura social, por meio da qual se compartilham modos de vida e de comportamentos, hábitos ou costumes, e que supõe a existência de certos conjuntos de normas que estruturam a associação e os conjuntos dos elementos 1 ANGELONI, Maria Terezinha. Comunicação nas organizações. 3. ed. rev. Palhoça : UnisulVirtual, 2018. p.31-54. 32 Capítulo 2 que estão em relação. A definição de comunicação para Faria e Suassuna (1982, p. 1) é “a técnica de transmitir uma mensagem a um público ou pessoa, fazendo com que um pensamento definido e codificado possa alcançar o objetivo por meio de estímulo capaz de produzir a ação desejada”. A comunicação, conforme Penteado (1977, p. 2), “é o processo por meio do qual as pessoas tentam fazer um intercâmbio compreensivo de significações através de símbolos.” Stefanelli (1992, p. 42) define a comunicação como o processo de compreender, compartilhar mensagens enviadas e recebidas, no qual as próprias mensagens e o modo como se dá seu intercâmbio, exercem influência no comportamento das pessoas nele envolvidas, a curto, médio e longo prazo, no local onde ocorreu a comunicação ou mesmo a distância. O processo de comunicação envolve pessoas, que se inter-relacionam por meio de símbolos em busca de significados compartilhados. Comunicação é o processo por meio do qual as pessoas tentam fazer um intercâmbio compreensivo de significações através de símbolos. Assim, a comunicação, conforme Faria e Suassuna (1982), obedece a um processo, cujo mecanismo envolve o estímulo (excitação externa ou interna do organismo), a percepção (sensibilidade ao estímulo), a elaboração mental (comparação de novas ideias ou sensações com os hábitos arraigados), a resposta (reação ao estímulo), a ação (atitude externa de defesa ao impulso recebido) e as consequências (comparação das vantagens ou desvantagens da nova atitude). Para Berlo (1999), se há comunicação, o receptor reage a um estímulo, e se ele não reagir é porque não houve comunicação. Logo, todo comportamento comunicativo tem como objetivo a obtenção de uma reação de uma pessoa ou de um grupo. Torquato (1986, p. 162) destaca ainda que 33 Comunicação nas Organizações a comunicação exerce um formidável poder. Por meio da comunicação, uma pessoa convence, persuade, atrai, muda ideias, influencia, gera atitudes, desperta sentimentos, provoca expectativas e induz comportamentos. Por meio da comunicação, uma organização estabelece uma tipologia de consentimento, formando congruência, equalização, homogeneização de ideias, integração de propósitos. Ao se tratar da “Comunicação Organizacional”, pode-se traçar um paralelo com a comunicação humana, mudando-se apenas o conteúdo das experiências compartilhadas, as quais relatariam o cotidiano da empresa. Shermerhorn (1991, p. 250) define comunicação organizacional como o processo específico pelo qual a informação se movimenta dentro de uma organização e entre a organização e seu ambiente. Dessa forma, você poderá constatar, em síntese, que a comunicação é um processo pelo qual, na prática, quem comunica está: • influenciando o outro; • modificando atitudes e comportamentos; • criando hábitos novos; • ampliando seus conhecimentos; • estimulando o processo de aprendizagem. Após ter compreendido o que é comunicação, é importante que você conheça os elementos que constituem este processo. 1.2 Elementos básicos do processo de comunicação Considerando que a comunicação é um processo, antes de mais nada, você precisa saber o que é um processo. De acordo com Berlo (1999), um processo é qualquer fenômeno que apresenta contínua mudança no tempo, não tem começo e nem fim definido, tratando-se de uma sequência dinâmica de eventos, sendo que cada elemento do processo age e é influenciado pelos outros. O conceito apresentado por Redfield (1966) determina a comunicação como sendo um processo de transferência de uma mensagem de uma fonte de informação a um 34 Capítulo 2 destinatário, sendo a mensagem transmitida por palavra escrita ou falada, por imagens, por gestos ou por outros meios. O processo de comunicação para Tavares (1988) é composto de três elementos: o emissor (codificador), a mensagem e o receptor (decodificador), enquanto que para Penteado (1977) esse processo é composto por quatro elementos, acrescentando aos anteriores o meio (canal). Shannon e Weaver (1949) consideram ainda a importância de um outro elemento no processo de comunicação: o ruído. Redfield (1966) incorpora um outro elemento ao processo de comunicação: a resposta do destinatário, ou o feedback. Na Figura 2.2 você encontrará a representação dos elementos básicos do processo de comunicação. Para melhor compreender o processo de comunicação, você deverá saber em que consiste cada um desses elementos. Para iniciar o processo de comunicação, é necessário que se tenha o que comunicar, o que nos coloca frente à mensagem. A mensagem é a forma com que o emissor codifica a informação. Figura 2.1 – O processo de comunicação Fonte: PEREIRA, 2003, p. 53. O emissor ou codificador é a pessoa que produz, codifica e transmite a mensagem, podendo ser um único indivíduo ou um grupo situado no interior ou exterior das organizações. A codificação da mensagem consiste em organizar as ideias por meio de uma série de símbolos, resultando em uma mensagem pela 35 Comunicação nas Organizações qual pretendemos nos comunicar. Na codificação, o emissor deverá ter em mente quem é o receptor, para que a mensagem possa ser compreendida por ele. O receptor ou decodificador é o indivíduo ou grupo de indivíduos que recebe a mensagem emitida. A recepção é a etapa na qual a mensagem chega ao seu destinatário por meio de um canal. A decodificação da mensagem é o processo pelo qual o receptor interpreta o significado dos símbolos utilizados na construção da mensagem, podendo haver uma série de interpretações diferentes por diferentes indivíduos ou pelo mesmo indivíduo em épocas diferentes. Você se lembra do item referente a dado, informação e conhecimento como matéria- prima para a comunicação? Lá foi destacado que no processo de codificação/ decodificação da mensagem podem ocorrer distorções. Pois é, trata-se do ruído. O ruído é uma interferência na mensagem que pode tornar a comunicação menos eficaz e que está quase sempre presente no processo de comunicação. O canal é o meio ou veículo pelo qual o emissor e o receptor são ligados e que possibilita à mensagem circular. Os meios de comunicação podem variar dos mais naturais, como a boca de um indivíduo, aos mais sofisticados, como as mais avançadas tecnologias da informação. Você se lembra do item referente à evolução da comunicação? Lá você estudou os principais meios de comunicação, do oral à eletrônica. Eles não são excludentes, mas podem ser complementares. O feedback é a verificação do sucesso de uma comunicação, ou seja, é o momento em que se verifica se a mensagem transmitida pelo emissor foi bem compreendida pelo receptor. Após você conhecer os elementosde base da comunicação, está apto a conhecer os principais modelos de comunicação. 36 Capítulo 2 Seção 2 Modelos de comunicação Alguns modelos de comunicação são apresentados na literatura, mas entre eles apenas os principais serão aqui estudados. A exemplo da Seção 3, do Capítulo 1, na qual você estudou a evolução da comunicação do ponto de vista das teorias administrativas, aqui você encontrará alguns modelos de comunicação que também acompanharam a evolução do pensamento administrativo. Mas antes disso, são importantes alguns esclarecimentos. Acompanhe! De acordo com Kerlinger (apud MARTINS, 2007, p. 2): Uma teoria é um conjunto de constructos (conceitos), definições e proposições relacionadas entre si, que apresentam uma visão sistemática de fenômenos especificando relações entre variáveis com a finalidade de explicar e prever fenômenos da realidade. De acordo com Martins (2007, p. 2): Um modelo busca a especificação da natureza e a importância de relações entre variáveis, constructos, fatores etc. que possam oferecer, com base em teorias científicas, explicações e explanações de um dado sistema. Pode-se afirmar que um modelo representa a teoria de um sistema. 2.1 Modelo físico Um dos primeiros modelos do processo comunicativo foi o de Shannon e Weaver (1949), Figura 2.2, no qual uma certa fonte emissora seleciona signos de um repertório, constrói uma mensagem e a transmite mediante emissão de sinais ou estímulos físicos, por meio de um canal. Os sinais são recebidos por um receptor, que os decodifica, sendo a mensagem recebida pelo destinatário. Algumas interferências (ruídos) podem modificar a mensagem, utilizando- se a redundância ou repetição da mensagem para minimização desse problema. Você poderá verificar que estão presentes no modelo (Figura 2.2) os elementos básicos da comunicação que você estudou na seção anterior. 37 Comunicação nas Organizações Os autores desse modelo, que eram engenheiros, não consideraram os aspectos psicológicos nem os dinâmicos da comunicação. O objetivo deles era a transmissão de mensagens pelas máquinas, tais como o telégrafo. Desse modo, a fonte da mensagem foi privilegiada, colocando o destinatário em uma posição passiva, não estando o feedback presente no modelo proposto. Figura 2.2 – O modelo de comunicação de Shannon e Weaver Fonte: SHANNON e WEAVER, 1949, p. 98. Em reação às simplificações excessivas contidas no modelo físico de comunicação, uma nova corrente de pensamento se desenvolve e um novo modelo é proposto: o psicológico. 2.2 Modelo psicológico Além de considerar os elementos retratados no modelo físico, acrescenta outros elementos relacionados com os processos mentais das pessoas que se comunicam. No modelo psicológico de Berlo, apresentado na Figura 2.3, o emissor e o receptor funcionam como intérpretes da mensagem, sendo essa interpretação permeada pelos hábitos dos envolvidos e pelo sentido (aceitação e entendimento, intenção e objetivo) da mensagem. A escolha do código da mensagem pelo codificador poderá refletir na atenção do decodificador a essa. Figura 2.3 – O modelo de comunicação de Berlo Fonte: BERLO, 1999, p. 73. 38 Capítulo 2 O modelo psicológico, apesar de tentar humanizar o modelo físico de comunicação, não conseguiu abranger a complexidade do processo da comunicação, surgindo o modelo sociológico de comunicação. 2.3 Modelo sociológico Enquanto o modelo psicológico tinha seu foco nos processos mentais dos comunicadores, o modelo sociológico mostra o processo de comunicação como um fenômeno social que ocorre entre pessoas, sem esquecer que essas são membros de grupos primários, os quais, por sua vez, são parte de estruturas sociais maiores que compõem o sistema social global. O processo de comunicação ocorre, conforme o modelo de Riley e Riley (MERTON, p.1961), Figura 2.4, pela transmissão de mensagem por meio do emissor (E), que consiste de um grupo primário, para um outro grupo primário, que a recebe por meio do receptor (R). As estruturas sociais constituem segmentos do sistema social global, ou seja, da sociedade em seu conjunto. Figura 2.4 – O modelo de comunicação dos Riley Fonte: RILEY e RILEY apud MERTON, 1961, p. 102. Moles (1986), analisando os modelos existentes e a teoria da informação de Shannon e Weaver, percebe a falta de uma visão sistêmica do processo de comunicação e apresenta o modelo baseado na teoria estrutural da comunicação e da sociedade, resultando em um dos modelos de comunicação mais completos até o momento, conforme Figura 2.5. 39 Comunicação nas Organizações Figura 2.5 – O modelo de comunicação de Moles Fonte: MOLES, 1986, p. 29. Você pode observar no modelo de Moles (1986) que o autor considera uma grande parte dos elementos da comunicação abordados pelos autores descritos anteriormente, acrescentando uma série de outros elementos ainda não considerados, tais como o contexto da comunicação e o repertório de signos dos indivíduos, o universo material, a interação dos envolvidos, a aprendizagem, bem como a organização dos sistemas de transação entre os indivíduos por meio da produção, seleção e identificação dos signos. Diante do exposto, você pôde perceber que a comunicação deve ser analisada levando-se em conta tanto os aspectos físicos, como psicológicos e sociológicos, estando todos eles contemplados no modelo de comunicação de Moles. 40 Capítulo 2 Seção 3 Os fatores que influenciam a comunicação nas organizações Ao avançar no estudo das comunicações nas organizações, você poderá constatar que inúmeros fatores vêm à tona, demonstrando a complexidade do tema. Diversos aspectos que influenciam a comunicação nas organizações são apresentados e discutidos por autores como Torquato (1986), Penteado (1989), Boudith e Buono (1992), Stoner e Freeman (1985), Shermerhorn (1991) e Argenti (2006). A compreensão desses aspectos é essencial para que você possa compreender a comunicação organizacional, pois é por meio dela que se constroem as relações de trabalho. 3.1 Categorias das comunicações A comunicação organizacional visa a conhecer a si mesmo e ao outro, que pode estar inserido no interior da organização ou no ambiente externo. Portanto, duas são as principais categorias de comunicação, a interna e a externa: • interna - integra as comunicações que se processam no interior do sistema organizacional, dando suporte às decisões, agrupando estruturas, redes, objetivos, normas, políticas, programas, diretrizes etc.; • externa - diz respeito às comunicações recebidas e enviadas pelo sistema organizacional para o mercado, fornecedores, consumidores, poderes públicos, envolvendo os padrões sociais, culturais, políticos, econômicos e do meio ambiente. Segundo Torquato (1986), essas duas categorias dão organicidade e consistência à organização, permitindo conhecer e estar em interação tanto com o ambiente interno como com o externo onde atua. Ladeira (1981) destaca que tanto a comunicação com o público interno quanto com o público externo deverá ser subsidiada por princípios éticos. 3.2 Fluxo de comunicação Comunicação descendente - é o processo de transmissão de informações da cúpula para a base, consistindo de instruções, normas, procedimentos etc. O grande problema encontrado nesse fluxo é a ausência de feedback, podendo gerar os ruídos provenientes da passagem das comunicações pelos 41 Comunicação nas Organizações diferentes níveis hierárquicos segundo o seguinte fluxo: do diretor para o chefe de departamento, que envia a mensagem para o chefe de divisão e assim sucessivamente até chegar aos níveis inferiores. Quanto maior o número de níveis hierárquicos, maior a possibilidade de ruídos na comunicação. Você já brincou de telefone sem fio? Então, já deve ter observado que, quanto maior o número de pessoas envolvidas no processo, maior a possibilidade de ruídos na comunicação. Comunicação ascendente - é o processo de transmissão de informações pelo qual abase (os colaboradores) pode fazer chegar aos escalões superiores informações funcionais e operativas, assim como suas opiniões, atitudes e ações. Por exemplo, em uma organização com forte estrutura de autoridade, um trabalhador de chão de fábrica dificilmente se comunicará com o gerente, mas apenas com seu supervisor direto. Comunicação horizontal – possibilita o entrosamento dos integrantes da organização no mesmo nível ou entre níveis hierárquicos diferentes de forma diagonal e lateral: • diagonal - contatos com pessoas de status mais elevado ou mais baixo que trabalham em outros departamentos; • lateral - contato com pessoas de igual status que trabalham em outros departamentos. Qualquer planejamento do sistema de comunicação deverá contemplar todos os direcionamentos acima descritos, conforme você poderá visualizar na Figura 2.6, visando à implantação de um sistema de comunicação multidirecional. 42 Capítulo 2 Figura 2.6 - Sistema de comunicação multidirecional Fonte: Elaboração da autora, 2018. É interessante destacar que a comunicação multidirecional é tão importante para as organizações que pode ser comparada ao sangue no corpo humano. Uma unidade ou setor sem informação pode sofrer tanto quanto um órgão do corpo humano sem sangue, portanto, imagine as informações percorrendo todas as unidades da organização assim como o sangue flui por todo o corpo. 3.3 Redes de comunicação Uma rede consiste de um conjunto de canais existentes dentro de uma organização ou grupo social, por meio dos quais o processo de comunicação acontece. Duas principais redes de comunicação permeiam a comunicação, a rede formal e a rede informal: • rede formal – comporta todas as manifestações comunicativas legitimadas pelo poder burocrático oficial, seguindo a estrutura da organização. Trata-se da comunicação oficial que faz parte do sistema legal das comunicações implícitas nas operações de uma organização. A rede formal transporta as informações essenciais nas quais os gerentes confiam quase que exclusivamente. Concretiza- se a partir de relatórios, memorandos etc., sendo de grande importância para o desenvolvimento das atividades diárias da organização; • rede informal – abriga as manifestações espontâneas dos integrantes da organização. É a rede que está cada vez mais sendo 43 Comunicação nas Organizações incentivada pelas organizações com modelo de gestão participativo. Concretiza-se por meio de ambientes estruturados para encontros dos colaboradores, como sala de conversas, campeonatos de esportes, associações, teatros na empresa etc. - estudos demonstram que cerca de 75% das informações transportadas por meio da rede informal estavam corretas, ou seja, a rede informal transporta informações fidedignas e de qualidade, devendo ser estimulada pela organização. - Se em uma organização a comunicação for insuficiente, boatos de corredor, o famoso “rádio-corredor”, poderão surgir para suprir a deficiência na comunicação. A rádio-corredor, como popularmente conhecida a rede informal de comunicação, sempre existiu, e quanto menor o nível de comunicação em uma organização ou maior o número de falhas no processo comunicacional, maior o número de boatos existentes. As organizações devem começar a prestar mais atenção e dedicar um tempo maior para o processo de comunicação. Todos os dias os integrantes das organizações são surpreendidos com informações novas que causam espanto quando eles percebem que são os últimos a serem informados. Quando a rede formal falha, a rede informal tende a preencher o vazio. Mas por que isso acontece em grande parte das organizações? Pode-se dizer que uma das razões é decorrente do modelo de gestão adotado, muitas vezes apoiado em uma cultura forte de comando e controle. 44 Capítulo 2 Veja, pela charge abaixo, o poder do boato! Figura 2.7 - O poder do boato Fonte: <http://www.terravista.com.pt>. As redes de comunicação formal e informal podem ser utilizadas simultaneamente na organização para melhorar o sistema de comunicação, e a estrutura formal poderá utilizar a rede informal para completar o processo de comunicação. 3.4 Dimensões da comunicação A comunicação comporta três dimensões: a comportamental, a social e a cibernética. Comportamental - abrange o posicionamento das pessoas e do desenvolvimento organizacional, envolvendo preocupações e habilidades comunicativas entre pessoas e grupos, com a finalidade de ajustamentos, integração e desenvolvimento, ocorrendo em três níveis, intrapessoal, interpessoal e grupal: • nível intrapessoal - estuda o comportamento do indivíduo, suas atitudes e habilidades; • nível interpessoal - trata, além das variáveis internas de cada comunicador, das relações existentes entre as pessoas envolvidas, suas intenções e expectativas ante as outras, as regras dos jogos interpessoais em que poderão estar empenhadas no processo de 45 Comunicação nas Organizações comunicação; • nível grupal - também denominado de organizacional, é onde se estuda todo o repertório de situações envolvendo grupos nas organizações, como dimensões do grupo, frequência de contatos, tempo de conhecimentos, de trabalho, participação em decisões, centralismo grupal, coesão, clareza da norma grupal, homogeneidade etc. Social - envolve a comunicação entre a organização e o sistema social, por meio da comunicação de massa, que se caracteriza pela transmissão de mensagens de uma fonte para uma ampla audiência, heterogênea e dispersa. Cibernética - agrupa circuitos de captação, armazenamento, tratamento e disseminação de informações para uso dos quadros organizacionais, vinculando- se ao sistema tecnológico das organizações. As três dimensões devem acontecer simultaneamente na organização de maneira sinérgica e harmônica, visando à utilização de linguagem unificada para todos os públicos, e envolvida na comunicação visando à construção de um discurso organizacional coerente e comum, criando, assim, uma visão compartilhada. Como acontece a comunicação entre duas pessoas? - A pessoa X pode falar ou escrever, mas ela comunica sempre ou apenas quando a pessoa Y recebe a mensagem? - Basta a pessoa Y receber a mensagem ou ela precisa decodificá-la? - Pode ocorrer falha na comunicação? Como, quando e por quê? - Pode-se utilizar simultaneamente mais de um tipo de comunicação? A partir do presente momento, você verificará que as pessoas sempre utilizam mais de um tipo de comunicação, e mesmo quando estão paradas estão se comunicando, ou seja: Tudo é comunicação. Não podemos não comunicar. (BATESON, BIRDWMISTELL, WATZLAWICK,1981) 3.5 Tipos de comunicação Para os pesquisadores da Escola Palo Alto, Bateson, Birdwmistell e Watzlawick (1981), o indivíduo está inserido em um contexto e em uma cultura que permitem interpretar o conteúdo da comunicação não apenas pela mensagem, mas 46 Capítulo 2 também pelo comportamento do emissor. A comunicação para os autores ultrapassa a análise do verbal e destaca-se a importância da comunicação não verbal. Comunicação verbal - acontece por meio das palavras ou signos e é responsável por apenas uma pequena parte da comunicação. Por meio da comunicação verbal, simbólica e abstrata, que se faz por palavras (faladas ou escritas), o homem pode compreender e dominar o mundo que o rodeia e entender os outros. Por meio da fala, os indivíduos de um mesmo grupo linguístico criam diferentes representações do mundo, interagem, comunicam- se, trocam experiências e buscam soluções para seus problemas (DORNELLES, 2004). Comunicação não verbal – acontece por meio de gestos, expressão facial, voz etc. e é responsável por 2/3 do que transmitimos. Ela complementa ou contradiz o que dizemos, além de demonstrar os sentimentos. São sinais que produzimos, gestos que fazemos, imagens que criamos ou percebemos. Eles acontecem por meio das mãos, da cabeça, do rosto, da boca, enfim, ocorrem pela expressão do corpo. A expressão não verbal nem semprepossui a clareza das palavras, mas é carregada de significados. Mais emocional e sensitivo, o não verbal muitas vezes é o elemento de surpresa na comunicação consciente e programada (DORNELLES, 2004). Muitos sinais de comunicação reforçam, substituem ou contrariam a fala, como os gestos, a expressão facial, a postura (movimentos e inclinações do corpo), a ocupação do espaço, o toque (o tato é um sentido que substitui o olhar). A comunicação não verbal tem expressão própria da cultura, do ambiente social onde vigora. Ela transmite crenças, valores comuns a determinados povos ou mesmo a uma parcela da população. O que a comunicação não verbal não domina é o mundo interior do destinatário, que interpreta, modifica, reinventa a mensagem (DORNELLES, 2004). Algumas formas de comunicação não verbal: • cinestésica - movimento do corpo (gestos, postura, expressão facial); • paralinguística - características da voz, sons parasitas; • proxêmica - utilização do espaço; • tacênica - contato físico; • nível de energia - comportamento do indivíduo; • aparência física - roupas, cabelos; • contato visual - contato do olhar. 47 Comunicação nas Organizações Imagine uma pessoa falando ao telefone. Você poderá imaginá-la inerte, sem qualquer gesticulação ou expressão? Ao escutá-la falar, você consegue imaginar seu estado de espírito ou humor? Portanto, mesmo a distância você consegue decodificar a linguagem não verbal de seu interlocutor. Isso porque, em todo processo de comunicação, o corpo expressa, independentemente da vontade do emissor uma série de sinais, denominados de linguagem não verbal. Essa série de sinais é emitida de forma inconsciente e muitas vezes pode contradizer a mensagem emitida por meio da comunicação verbal. Se nossa linguagem corporal não for compatível com as palavras, o interlocutor ficará confuso e poderá não acreditar na linguagem verbal. Em síntese: Lembre-se: Falamos com a voz, mas nos comunicamos com o corpo inteiro. 3.6 A essencialidade da comunicação Para Katz e Kahn (1975), as comunicações são tão essenciais para uma organização que alguns analistas sustentam que, se pudéssemos identificar todos os canais de comunicação e a influência das mensagens no comportamento da organização, estaríamos mais próximos de compreender a organização em si. A análise dos diferentes fatores que influenciam a comunicação permite ainda que você perceba a complexidade do processo de comunicação humano e organizacional, que não é um processo fácil e está permeado de barreiras. 3.7 O lado perverso da comunicação: as barreiras decorrentes do processo Para a implantação de um eficaz sistema de comunicação, é indispensável que a organização identifique as barreiras existentes. Muitos autores, como Robbins (1978), Lima (1979), Stoner e Freeman (1985), Stefanelli (1992), Boudith e Buono (1992), Silva (1996), Chanlat e Bédard (1996), Robbins e Finley (1997) e Pereira (2003), abordam o tema identificando inúmeras barreiras que interferem na qualidade do sistema de comunicação. 48 Capítulo 2 Essas barreiras podem ter sua origem na organização, nos seres humanos e nas tecnologias. A seguir serão apresentadas algumas das principais barreiras existentes na comunicação organizacional: • estrutura organizacional - as hierarquias rígidas dificultam a comunicação entre os níveis hierárquicos, criando barreiras na comunicação devido às suas estruturas formais, distância física entre as pessoas, diferenças de status e poder; • layouts fechados - gabinetes e portas fechadas criam barreiras físicas que podem prejudicar a comunicação, transmitindo a ideia de que as pessoas não querem ser incomodadas, principalmente em se tratando de pessoas de nível hierárquico superior; • reações emocionais - as reações emocionais (raiva, amor, autodefesa, ódio, ciúme, medo, vergonha) influenciam o modo como compreendemos a mensagem de outros e influenciamos os outros com nossas mensagens; • desconfiança - a comunicação sofre influência da confiança ou desconfiança que o receptor tem no emissor, assim como da autoconfiança. Muitas pessoas têm a tendência de ocultar seus pensamentos, talvez por não gostarem de si mesmas. Essas pessoas, por um lado, refugiam-se no mutismo por medo de suas ideias não agradarem e serem rejeitadas ou não valorizarem sua mensagem e, por outro lado, porque não gostam do emissor; • não ouvir - muito se fala sobre a habilidade de saber falar, mas um dos grandes problemas da comunicação está na capacidade de ouvir do receptor. Normalmente, as pessoas não compreendem a informação que está sendo transmitida, pois não deixam o seu interlocutor chegar ao fim do raciocínio antes de discordar ou interromper com dúvidas sobre o que está sendo dito; • escutando mal - a nossa capacidade de raciocínio é bem maior do que a de fala, consequentemente preenchemos este “espaço” com outros pensamentos durante uma conversa. As mensagens sofrem ainda com os pré-julgamentos realizados, dificultando, muitas vezes, a compreensão da mensagem emitida; • escutando seletivamente – as pessoas também ouvem apenas aquilo que reforça sua percepção de mundo. Se a mensagem que recebem entra em conflito com suas convicções, a pessoa pode ter dificuldade para entender, lembrar e agir, em um processo denominado de memória seletiva; 49 Comunicação nas Organizações Você já reparou quantas vezes: ficamos mais preocupados com a resposta do que em escutar o que a outra pessoa está falando? não escutamos ou escutamos pela metade? interpretamos o que o outro diz sem ao menos deixá-lo concluir o pensamento? concluímos que o conteúdo é ruim antes de ouvir a mensagem? surge equívoco na comunicação devido à falta de atenção e de saber escutar? • linguagem diferente - palavras significam coisas diferentes para pessoas diferentes de acordo com idade, sexo, cultura, educação e formação cultural (modelos mentais que você verá no próximo capítulo), gerando diferenças de percepção sobre a mesma mensagem; • jargão - dentro do contexto da utilização de linguagens diferentes, encontra-se o jargão. Algumas empresas ou pessoas especialistas possuem seu jargão peculiar, o que por um lado pode facilitar a comunicação no interior de cada especialidade ou organização, mas por outro pode aumentar as dificuldades de compreensão entre elas, já que muitas palavras possuem significados equivalentes; • diferenças de percepção - é um dos fatores mais comuns na interferência da comunicação, já que pessoas com conhecimentos e experiências diferentes costumam perceber o mesmo fenômeno a partir de perspectivas diferentes, pois cada pessoa possui um quadro de referências próprio que resulta das suas vivências e experiências adquiridas ao longo do tempo (modelos mentais); • complexidade e tamanho da mensagem - mensagens excessivamente longas e com o uso de termos pouco correntes ou redundantes dificultam a sua compreensão; • diferenças culturais - a comunicação é feita de palavras, símbolos e imagens, e esses podem significar coisas diferentes para pessoas de culturas diferentes. A comunicação entre pessoas de culturas diferentes e que utilizam línguas diferentes é sempre mais complexa. Por exemplo, em alguns países, mostrar a sola do sapato é uma ofensa. O toque físico com o interlocutor, usual na cultura brasileira, não é bem visto por algumas culturas, como a francesa; • atitudes defensivas (abertura ou não a críticas) - muitas pessoas não possuem capacidade para dar atenção às observações e críticas que lhe são feitas, reagindo emocionalmente e muitas vezes com hostilidade; • ausência de feedback - sem um retorno, não podemos saber se a 50 Capítulo 2 mensagem foi bem recebida ou não. É arriscado apenas presumir que o receptor recebeu a mensagem e a decodificou de maneira correta, compreendendo realmente o que o emissor quis dizer; • canais formais - apesar de cobrir uma distância cada vez maior, à medida em que asorganizações se desenvolvem e crescem, esses canais também inibem o fluxo de informação, pois as comunicações formais necessitam ultrapassar muitas camadas da organização, cada uma encerrando um potencial de distorção; • codificação da mensagem - utilizar códigos desconhecidos pelo receptor na construção das mensagens pode afetar a qualidade da comunicação, podendo gerar mal-entendidos; • propriedade da informação - em algumas organizações e para algumas pessoas, informação é ainda considerada poder, consequentemente indivíduos que possuem informações e conhecimentos especiais não os compartilham com outras pessoas, o que implica tanto distorções na comunicação quanto atrasos no processo decisório das empresas; • inconsistência da linguagem verbal e não verbal - a linguagem não verbal transmite uma série de mensagens importantes que podem reforçar ou contradizer a linguagem verbal. A linguagem não verbal, por ser espontânea e não controlada, tende a assumir um grande papel de credibilidade ou não das mensagens recebidas; • ruídos - dificilmente a comunicação ocorre sem a interferência de ruídos, que podem ser físicos, ambientais e psicossociais. Após conhecer algumas das barreiras à comunicação, leia com atenção o texto “O difícil facilitário do verbo ouvir”, de Arthur da Távola (1999, p. 8), que segue: 51 Comunicação nas Organizações O difícil facilitário do verbo ouvir Artur da Távola Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massa como a interpessoal, é o como o receptor ouve, e como o emissor, ou seja, o outro fala. Em uma mesma cena de televisão, notícia de telejornal ou em um simples bate- papo ou discussão, observo que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento. Na conversação se dá o mesmo. Raras, raríssimas são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra pessoa está dizendo. Observe que: 1. Em geral, o receptor não ouve o que o outro fala; ele ouve o que o outro não está dizendo. 2. O receptor não ouve o que a outra fala; ele ouve o que quer ouvir. 3. O receptor não ouve o que o outro fala; ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir. 4. O receptor não ouve o que o outro fala; ele ouve o que imaginou que o outro ia falar. 5. Em uma discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando. Eles ouvem quase que só o que estão pensando para dizer em seguida. 6. A pessoa não ouve o que a outra pessoa fala. Eles apenas ouvem o que gostariam ou de ouvir ou o que o outro dissesse. 7. A pessoa não ouve o que a outra pessoa fala. Ela ouve o que já está sentindo. 8. A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando. 9. A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ela retira da fala da outra pessoa apenas as partes que tenham a ver com ela, que a emocionem, agradem ou molestem. 10. A pessoa não ouve o que a outra fala. Ouve o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. 11. A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra pessoa. 12. A pessoa não ouve o que a outra fala. Ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as ideias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando diretamente. 52 Capítulo 2 Esses doze pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar! O que há em geral, ou são monólogos simultaneamente trocados, à guisa de conversa, ou são monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Essa só se dá quando ambos os polos ouvem- se, não no sentido de “escutar”, mas no sentido de procurar compreender em sua extensão e profundidade. Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia. Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade das pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, ou o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interfere como ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando. Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem de si mesmas. Elas precisam “não ouvir” porque “não ouvindo” livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem e assim por diante. Livram do novo, que é saúde, mas apavora. Não ouvir, é, pois sólido mecanismo de defesa. Ouvir é um grande desafio. Desafio de abertura interior: de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza. Ouvir é ato de sabedoria. Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas e patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo. Apesar de todos esses fatores que dificultam a comunicação, a vantagem competitiva de uma organização no futuro, para Brown (2000), dependerá da qualidade da comunicação. As barreiras sempre existiram e existirão, mas hoje, na sociedade da informação e do conhecimento, as organizações devem ser preocupar, mais do na sociedade industrial, com o estabelecimento de um sistema de comunicação eficaz, sinérgico e integrado, que possibilite que as informações e conhecimentos circulem por todas as unidades da organização, dando suporte ao desenvolvimento das atividades organizacionais e ao processo decisório. 53 Comunicação nas Organizações Quais das barreiras acima apresentadas são organizacionais, humanas e tecnológicas? Analisando as barreiras organizacionais, humanas e tecnológicas acima descritas, como elas acontecem em sua empresa? Por que existem tantas falhas na comunicação organizacional e o que fazer para amenizá-las? Como você se comporta no processo de comunicação, tanto na emissão como na recepção das mensagens? 3.8 Em busca de uma comunicação eficaz Identificar as barreiras é muito importante, mas não suficiente para tornar o sistema de comunicação eficaz. Mecanismos para eliminar ou amenizar as distorções devem ser implementados visando a um melhor entendimento entre os interlocutores e, consequentemente, o bom andamento das atividades organizacionais. Todo ser humano tem capacidade de se comunicar, mas muitas vezes o processo comunicacional deixa a desejar, comprometendo significativamente a qualidade das relações interpessoais e de grupo, assim como os resultados da organização. Dessa forma, o único caminho a seguir é a reflexão, análise e identificação das barreiras existentes e o desenvolvimento de habilidades para superá-las, em busca de uma comunicação eficaz. A comunicação organizacional é uma arte que deve ser desenvolvida. Desenvolver e implementar um sistema de comunicação eficaz é o grande desafio que as organizações enfrentam, já que muitos problemas podem ser fruto de falhas na comunicação. Você deverá parar para uma pequena reflexão: Quadro 2.1 – Habilidades de comunicação e tempo de comunicação Habilidades de comunicação e tempo de utilização Ouvir Falar Escrever Ler 45% 30% 15% 10% Fonte: Elaboração da autora, 2018. Portanto, as pessoas passam a maior parte do tempo, 45%, ouvindo, e temos ainda dificuldade de saber ouvir. Os cursos ministrados geralmente destinam-se ao desenvolvimento da habilidade de falar. 54 Capítulo 2 A partir do estudo do presente capítulo, você tem condições de verificar que a comunicação é importante para as organizações e que ela deve ser concebida de forma sistêmica, observando todos os elementos e fatores que a compõem. Você finaliza aqui o estudo deste capítulo. Ao estudá-la vocêpôde conhecer as principais definições de comunicação e identificar os elementos que a compõem. Pôde conhecer os principais modelos de comunicação e também os principais fatores que compõem o sistema de comunicação organizacional. Além disso, conscientizou-se das principais barreiras da comunicação e as formas de amenizá-las.
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