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Matemática e suas Tecnologias Compreendendo a influência da Amazônia no clima do Brasil e do mundo por meio da análise de dados REALIZAÇÃO: PARCERIA: itinerariosamazonicos.org.br itinerariosamazonicos.org.br FICHA TÉCNICA REALIZAÇÃO INSTITUTO IUNGO Presidente PAULO EMÍLIO DE CASTRO ANDRADE Diretora de educação ALCIELLE DOS SANTOS Diretora de estratégia e implementação JOANA RENNÓ INSTITUTO REÚNA Diretora-Executiva KÁTIA STOCCO SMOLE UMA CONCERTAÇÃO PELA AMAZÔNIA Secretaria Executiva FERNANDA RENNÓ LÍVIA PAGOTTO PARCERIA BNDES INSTITUTO ARAPYAÚ MOVIMENTO BEM MAIOR PROGRAMA ITINERÁRIOS AMAZÔNICOS IDEALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO Idealização FERNANDA RENNÓ (Uma Concertação pela Amazônia) JOANA RENNÓ (Instituto iungo) PAULO EMÍLIO DE CASTRO ANDRADE (Instituto iungo) Coordenação geral SAMUEL ANDRADE Equipe pedagógica CARLOS GOMES DE CASTRO CAROLINA MIRANDA CYNTHIA SANCHES (Coordenadora) REGINA TUNES (Coordenadora) Coordenação de produção THAMARA STRELEC Coordenação Instituto Reúna DANIEL CORDEIRO Apoio à coordenação CAMILLY LIMA STEFANNY LOPES VANESSA COSTA TRINDADE CONCEPÇÃO DO PROGRAMA Equipe ALCIELLE DOS SANTOS ANTONIO CARLOS OSCAR JÚNIOR CARLOS GOMES DE CASTRO CAROLINA MIRANDA CLÉA FERREIRA CYNTHIA SANCHES FABIANA CABRAL SILVA FERNANDA RENNÓ GRAZIELA SANTOS IZADORA RIBEIRO PERKORKI JEFFERSON SODRÉ MENESES JOANA RENNÓ JULIANA FRIZZONI CANDIAN KÁTIA STOCCO SMOLE LÉA CAMARGO MARISA BALTHASAR MICHELE BORGES PAULO EMÍLIO DE CASTRO ANDRADE REGINA TUNES RENATA ALENCAR RENATA MONACO SAMUEL ANDRADE THAMARA STRELEC Gestores, técnicos e educadores de redes de ensino ALDEVÂNIA BARRETO DE MATOS - SEED RORAIMA ALISSON THIAGO PEREIRA - SEDUC AMAZONAS ANTONIO FONSECA DA CUNHA - SEDUC PARÁ CARMEM LÚCIA SOUZA - SEDUC AMAZONAS CLEIBERTON SOUZA - SEED AMAPÁ DARLETE SOUZA DO NASCIMENTO - SEED RORAIMA EDILMA DA SILVA RIBEIRO - SEED RORAIMA STELLA DAMAS - SEED RORAIMA IRENE PEREIRA - SEED RORAIMA LUCIA REGINA ANDRADE - SEDUC AMAZONAS MELINA TONINI - SEDUC RONDÔNIA MONALISA SANTOS SILVA - SEDUC MARANHÃO REGINA PEREIRA - SEDUC MARANHÃO RICARDO SANTA CRUZ - SEED RORAIMA SALOMÃO SOUZA ALENCAR - SEDUC AMAZONAS SIMONE BATISTA - SEED RORAIMA Jovens amazônicos BRUNA LIMA - RIO BRANCO | ACRE INGRID MARIA AVIZ DE ARAÚJO - ANANINDEUA | PARÁ KARINA PENHA - SÃO JOSÉ DE RIBAMAR | MARANHÃO ODENILZE RAMOS - CARÃO, BAIXO RIO NEGRO | AMAZONAS OREME IKPENG - XINGU | MATO GROSSO PEDRO ALACE - AGROVILA ITAQUI, CASTANHAL | PARÁ Especialistas em educação ANA LUÍSA GONÇALVES FERNANDA SAEME NÁDIA CARDOSO PAULO CUNHA THIAGO HENRIQUE Mobilização de jovens RICARDO PENIDO Mapeamento de tecnologias educacionais PORVIR Convidados do seminário de aprofundamento temático DILSON GOMES NASCIMENTO - SEDUC AMAZONAS MAICKSON SERRÃO - SEDUC AMAZONAS TATIANA SCHOR itinerariosamazonicos.org.br COMUNICAÇÃO E DESIGN Coordenadora de Comunicação ANGELA MARIS DO NASCIMENTO Produção de conteúdo - Comunicação ANA CATARINA PARISI PINHEIRO CAMILA SARAIVA GONÇALVES Identidade visual e projeto gráfico CLÁUDIO VALENTIN DENIS LEROY RENAN DA SILVA ARAÚJO Assessoria para arquitetura da informação PORVIR Plataforma digital PORVIR (Produção executiva) SINTRÓPIKA (Design e desenvolvimento) PRODUÇÃO DE CONTEÚDO Coordenação LUCIANA TENUTA (Mathema) Concepção e redação ALINE MENDES GERALDI MARIA IGNEZ DINIZ (Mathema) RODRIGO BLANCO MOROZETTI (Mathema) Leitura crítica ANSELMO LUIS CORREA DA SILVA - SEDUC AMAZONAS CAMILA TRIBESS CÉLIO DE MELO SOUZA - SEE ACRE HELENA SCHMID MICHELE ANDRÉIA BORGES RODRIGO CAPPARELLI FONSECA Edição pedagógica CAMILA TRIBESS HELENA SCHMID Apoio à concepção - Jovem amazônica RAIANE DA SILVA Apoio à concepção - Técnicos e educadores de redes de ensino DIONÍSIO JOSÉ DA COSTA SÁ - SEED RORAIMA HELLEN GRACE MELO GOMES - SEDUC AMAZONAS OSVAIR MUSSATO - SEED RORAIMA SOLANGE MUSSATO - SEED RORAIMA Especialista temático LAERCIO FURQUIM JUNIOR Produção de infográfico CAMILA TRIBESS Edição de texto e revisão ortográfica ANA ELISA FARIA DO AMARAL DIOGO DA COSTA RUFATTO JAQUELINE COUTO KANASHIRO LUCAS TADEU DE OLIVEIRA MARCIA GLENADEL GNANNI MARIANE GENARO Diagramação NATÁLIA XAVIER RENAN DA SILVA ARAÚJO VICTOR SOARES WELLINGTON TADEU itinerariosamazonicos.org.br SUMÁRIO Compreendendo a influência da Amazônia no clima do Brasil e do mundo por meio da análise de dados Ementa da unidade curricular ..................................................................................................................................................... 6 Módulo - O clima na Amazônia: conexão entre o conhecimento popular e a divulgação científica na área de Matemática Ementa do módulo ...........................................................................................................................................................................12 Infográfico............................................................................................................................................................................................16 Etapa 1: Planejando uma pesquisa .............................................................................................................................................18 Etapa 2: Realizando a pesquisa ..................................................................................................................................................36 Etapa 3: Divulgando o resultado da pesquisa ......................................................................................................................48 Material do estudante.....................................................................................................................................................................55 Referências .........................................................................................................................................................................................57 Módulo - Matemática, mudanças climáticas e a Amazônia Ementa do módulo ..........................................................................................................................................................................62 Infográfico...........................................................................................................................................................................................66 Etapa 1: As atividades humanas na Amazônia e as mudanças climáticas .................................................................68 Etapa 2: Buscando solução para um problema....................................................................................................................82 Texto de apoio .................................................................................................................................................................................. 90 Referências .........................................................................................................................................................................................94 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS itinerariosamazonicos.org.br 6 Compreendendo a influência da Amazônia no clima do Brasil e do mundo por meio da análise de dados EMENTA DA UNIDADE CURRICULAR Tema Biodiversidades e sociodiversidades da Amazônia Área do conhecimento Matemática e suas Tecnologias Perfil docente Docentes da área de Matemática e suas Tecnologias Carga horária média sugerida 80 horas Resumo Esta unidade curricular tem como eixo condutor a pesquisa estatística. No primeiro módulo, os estudantes planejam e executam uma pesquisa, contemplando todas as etapas do ciclo investigativo, para identificar crenças e percepções das pessoas sobre possíveis mudanças no clima local. Eles avaliam as ideias coletadas, comparam com os conhecimentos científicos e criam um plano de divulgação científica para a comu- nidade do entorno. No segundo módulo, os estudantes têm a oportunidade de utilizar ferramentasmatemáticas para investigar como as principais intervenções humanas que acontecem na Amazônia colaboram para as mudanças climáticas que têm ocorrido no planeta, além de propor soluções sustentáveis para os problemas identificados, utili- zando os princípios da aprendizagem baseada em projetos (ABP). As habilidades ma- temáticas ligadas às unidades temáticas estatística, grandezas e medidas, números e geometria, já mobilizadas no Ensino Fundamental e na Formação Geral Básica, serão aprofundadas e consolidadas. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS COMPREENDENDO A INFLUÊNCIA DA AMAZÔNIA NO CLIMA DO BRASIL E DO MUNDO POR MEIO DA ANÁLISE DE DADOS itinerariosamazonicos.org.br 7 Objetivos de aprendizagem • Planejar uma pesquisa estatística em todas as suas etapas: problematização, pla- nejamento, execução, tratamento dos dados e comunicação de resultados. • Elaborar materiais de divulgação científica. • Investigar situações envolvendo o clima local, identificando variáveis qualitativas e quantitativas que o influenciam. • Elaborar modelos matemáticos, como sequências e gráficos, que representem a variabilidade de determinado elemento climático. • Analisar a relação entre diferentes índices, taxas e variáveis climáticas e não cli- máticas, levantando hipóteses sobre causas e consequências. • Avaliar a possibilidade de diferentes eventos estarem ou não associados, consi- derando as mudanças climáticas percebidas localmente. • Utilizar a estatística para avaliar o nível de influência que uma ação local pode ou não ter sobre determinado evento climático. • Selecionar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações coletivas de intervenção sobre problemas socioambientais da Amazônia brasileira. • Articular conhecimentos matemáticos a fim de propor soluções viáveis para pro- blemas ambientais relacionados ao clima. • Criar protótipos de soluções para problemas ambientais relacionados ao clima, utilizando conhecimentos matemáticos, tais como: grandezas e medidas, pensa- mento proporcional, senso geométrico espacial, construções geométricas, pen- samento computacional, entre outros. Competências gerais da BNCC CG 1, CG 2, CG 4, CG 7, CG 9 e CG 10 EIXOS ESTRUTURANTES Investigação científica Mediação e intervenção sociocultural Processos criativos HABILIDADES DOS EIXOS ESTRUTURANTES (EMIFMAT01) Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos mate- máticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação. (EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS COMPREENDENDO A INFLUÊNCIA DA AMAZÔNIA NO CLIMA DO BRASIL E DO MUNDO POR MEIO DA ANÁLISE DE DADOS itinerariosamazonicos.org.br 8 (EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de dife- rentes mídias. (EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhe- cimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como adequando-os às situações originais. (EMIFMAT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, con- siderando a aplicação dos conhecimentos matemáticos associados ao domínio de operações e relações matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para enfrentar novas situações. (EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habi- lidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado. (EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para pro- por ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e proble- mas ambientais. (EMIFMAT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados à Matemática. Objetos de conhecimento Pesquisa estatística: problematização (tema, questões, hipóteses); planejamento (população e amostra, instrumento de coleta de dados, planejamento da coleta de dados); execução (coleta, organização e tratamento dos dados); análise dos dados, conclusão e divulgação dos resultados; atuação sobre os resultados da pesquisa; gráficos; tabelas; análise de gráficos de dispersão; relações de causalidade e corre- lação; unidades de medida de superfície; volume e capacidade; geometria plana e espacial; escalas; razão e proporção. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS COMPREENDENDO A INFLUÊNCIA DA AMAZÔNIA NO CLIMA DO BRASIL E DO MUNDO POR MEIO DA ANÁLISE DE DADOS itinerariosamazonicos.org.br 9 MÓDULOS Módulo: O clima na Amazônia: conexão entre o conhecimento popular e a divulgação científica na área de Matemática Carga horária média sugerida: 40 horas Foco do módulo: Neste módulo, os estudantes, organizados em grupos, percorrem o ciclo investigativo completo para conhecer e analisar crenças e conhecimentos das pessoas em relação ao clima da região em que vivem, na intenção de criar formas de dialogar com esses saberes locais, apresentando conhecimentos científicos. Inicialmente, eles planejam a pesquisa e elaboram instrumentos para coletar dados que eviden- ciem o que as pessoas da escola, da família e da comunidade próxima pensam acerca do clima da região. Em seguida, tabulam os dados para distinguir aquelas opiniões que estão cientificamente embasadas das que não estão, com base em dados científicos coletados em fontes confiáveis. Com os resultados encon- trados, eles criam um plano para a divulgação de conhecimentos fundamentados em evidências científicas e com uma linguagem acessível a diferentes públicos. Módulo: Matemática, mudanças climáticas e a Amazônia Carga horária média sugerida: 40 horas Foco do módulo: Organizados em grupos, os estudantes utilizam conhecimentos matemáticos – estudo de gráficos de dispersão – para se aprofundarem sobre diferentes tipos de intervenções humanas que ocorrem na Amazônia e geram mudanças em outras regiões. O desafio proposto será a elaboração de argumentos embasados em dados matemáticos. Cada grupo é responsável pelo estudo e pela conexão de problemas que correlacionam clima e outras variáveis ambientais, tais como rios voadores, impactos causados por queimadas e desmatamento, usinas hidrelétricas, agricultura, pecuária, urbanização e mineração. Em segui- da, aprofundam-se em um dos problemas estudados anteriormente e propõem uma solução que contribua para mitigar ou se adaptar ao problema futuramente. Utilizando ferramentas matemáticas, as soluções propostas serão representadas por meio de um protótipo construído e testado para ser apresentado para a comunidade escolar. Estratégias de ensino e aprendizagem • Aprendizagem baseada em projetos (ABP): estudantes trabalham para delimitar um problema, idear, planejar, analisar e criar soluções que envolvam a elaboração de um protótipo. • Trabalho colaborativo: situações de aprendizagem desafiadoras, que exigem coope- ração, negociações de pontos de vista e organização do trabalho em grupo.MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS COMPREENDENDO A INFLUÊNCIA DA AMAZÔNIA NO CLIMA DO BRASIL E DO MUNDO POR MEIO DA ANÁLISE DE DADOS itinerariosamazonicos.org.br 10 Avaliação O processo de avaliação estará embasado nos princípios da avaliação formativa ao lon- go das atividades de cada módulo, com observação e registro das seguintes dimensões da aprendizagem: engajamento nas atividades; organização das produções; comunica- ção com os colegas da turma; produção individual dos estudantes e apresentações ao final de cada módulo. Para registro das evidências de aprendizagem relacionadas às ha- bilidades e aos objetos de conhecimento tratados, poderão ser utilizados instrumentos como portfólio, autoavaliação, avaliação por pares, diário de bordo, entre outros, todos pautados por rubricas avaliativas traçadas de acordo com os objetivos e as habilidades em desenvolvimento em cada etapa do percurso desta unidade curricular. itinerariosamazonicos.org.br MÓDULO O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS itinerariosamazonicos.org.br 12 O clima na Amazônia: conexão entre o conhecimento popular e a divulgação científica na área de Matemática EMENTA DO MÓDULO Carga horária média sugerida 40 horas Resumo Neste módulo, os estudantes, em grupos, planejam e realizam uma pesquisa estatística para conhecer e analisar crenças e conhecimentos das pessoas em relação ao clima da região em que vivem, confrontando-os com conhecimentos científicos. Eles definem o problema e o público a ser pesquisado, elaboram e aplicam instrumentos para coleta de dados, tabulam esses dados e os comparam com os conhecimentos científicos mais recentes disponíveis. Ao longo desse processo, os estudantes têm a oportunidade de avaliar a possibilidade de correlação entre diferentes eventos, com base nas evidências geradas nas pesquisas, para, em seguida, elaborarem e executarem um plano para a criação de materiais de divulgação científica com uma linguagem acessível a diferentes públicos locais com foco em estabelecer um diálogo entre os conhecimentos populares e os científicos. Expectativas de aprendizagem • Planejar e executar uma pesquisa estatística em todas as suas etapas, que incluem: problematização, planejamento, execução, tratamento dos dados e comunicação de resultados. • Investigar situações envolvendo o clima local, identificando variáveis qualitativas e quantitativas que o influenciam. • Escolher adequadamente as medidas de tendências central na interpretação dos dados, avaliando essas escolhas pelas simetrias (ou assimetrias) dos dados. • Avaliar a possibilidade de correlação entre diferentes eventos, considerando as mu- danças climáticas percebidas localmente para estabelecer o diálogo entre os conhe- cimentos populares e os científicos. • Elaborar materiais de divulgação científica de acordo com as necessidades locais. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA itinerariosamazonicos.org.br 13 Competências gerais da BNCC CG 1, CG 2, CG 4, CG 7, CG 9 e CG 10 EIXOS ESTRUTURANTES Investigação científica Mediação e intervenção sociocultural Processos criativos OBJETOS DE CONHECIMENTO Pesquisa estatística: problematização (tema, questões, hipóteses); planejamento (popu- lação e amostra, instrumento de coleta de dados, planejamento da coleta de dados); execução (coleta, organização e tratamento dos dados); análise dos dados, conclusão e divulgação dos resultados; atuação sobre os resultados da pesquisa, com foco na difusão de conhecimento científico coerente com as necessidades locais. HABILIDADES DA ÁREA DO CONHECIMENTO (EM13MAT103) Interpretar e compreender textos científicos ou divulgados pelas mídias, que empregam unidades de medida de diferentes grandezas e as conversões possíveis entre elas, adotadas ou não pelo Sistema Internacional (SI), como as de armazenamento e velocidade de transferência de dados, ligadas aos avanços tecnológicos. (EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados diretamente ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpretação das medidas de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos. (EM13MAT406) Construir e interpretar tabelas e gráficos de frequências com base em dados obtidos em pesquisas por amostras estatísticas, incluindo ou não o uso de softwares que inter-relacionem estatística, geometria e álgebra. HABILIDADES DOS EIXOS ESTRUTURANTES (EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de dife- rentes mídias. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA itinerariosamazonicos.org.br 14 (EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhe- cimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como adequando-os às situações originais. (EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habi- lidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado. FOCO DAS ETAPAS Etapa 1: Planejando uma pesquisa Carga horária média sugerida: 10 horas Nas atividades desta etapa, os estudantes: • Expõem seus conhecimentos prévios sobre o clima, realizam pesquisas e discutem as diferenças entre senso comum e conhecimento científico. • Definem um recorte de pesquisa, determinando a hipótese que querem investigar acerca do que diz o senso comum sobre o clima na região e suas possíveis mudanças. • Selecionam o método de pesquisa, definindo a amostra a ser coletada, elaborando o cronograma da pesquisa e criando os questionários que serão aplicados. Etapa 2: Realizando a pesquisa Carga horária média sugerida: 20 horas Nas atividades desta etapa, os estudantes: • Realizam a pesquisa local, aplicando o questionário e seguindo o cronograma previsto, tabulam e orga- nizam os dados resultantes da coleta. • Executam pesquisas por meio de fontes confiáveis e selecionam os conhecimentos científicos. • Utilizam medidas estatísticas para analisar os dados e registrar conclusões. • Comparam a pesquisa realizada com as pessoas da região com os saberes cientificamente construídos, buscando consensos e dissensos. • Apresentam os dados e as análises das pesquisas para toda a turma. Etapa 3: Divulgando os resultados da pesquisa Carga horária média sugerida: 10 horas Nas atividades desta etapa, os estudantes: • Planejam ações de divulgação dos materiais elaborados para a comunidade escolar. • Comunicam suas conclusões e comparações por meio de peças de comunicação acessíveis a diferentes públicos. Estratégias de ensino e aprendizagem • Aprendizagem baseada em projetos (ABP): estudantes trabalham em grupos para configurar um proble- ma, idear, planejar e executar soluções com o apoio e a mediação do professor. • Situações de aprendizagem desafiadoras, com exigência de cooperação, negociações de pontos de vista e organização do trabalho em grupo.• Estratégias para tabulação e análise de dados utilizando ou não recursos digitais. • Rodas de conversa: estudantes discutem os temas pesquisados, a fim de definir coletivamente o escopo de trabalho de cada grupo, evitando duplicidade de temas. • Sala de aula invertida e rotação por estações. • Apresentação dos resultados das pesquisas por meio de seminários, manuais, vídeos e exposições na comunidade escolar. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA itinerariosamazonicos.org.br 15 Avaliação A avaliação se dará de forma processual, individualmente e em grupos, a cada etapa de- senvolvida, com devolutivas que permitam aos estudantes aprimorar os trabalhos até o momento da entrega final. Cada etapa da pesquisa (definição do problema, escolha da metodologia, seleção da amostra, planejamento, criação do questionário, coleta de da- dos, organização e análise dos dados, comparação com dados científicos, conclusões e comunicação final) pode ser avaliada de acordo com uma rubrica específica que leve em consideração as habilidades e as expectativas de aprendizagem mobilizadas nas etapas do módulo. As rubricas podem ser compartilhadas previamente com os estudantes para que possam desenvolver seu trabalho de acordo com o que é esperado deles. A autoa- valiação e a avaliação por pares complementam o uso das rubricas, de modo que todos possam refletir sobre o que e quanto aprenderam, que competências e habilidades de- senvolveram e como essas aprendizagens se refletem no produto final. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA E por quê? Como a Matemática pode ajudar a investigar as mudanças climáticas, levando em conta a percepção das pessoas e dos dados científicos? Neste módulo, os estudantes planejam e executam uma pesquisa para identi�car crenças e percepções das pessoas sobre possíveis mudanças no clima da região em que vivem. Com base nessa pesquisa, a turma é envolvida no processo de análise e interpretação de dados cientí�cos, para avaliar e comparar com as percepções das pessoas sobre o tema. Por �m, os jovens criam um plano de divulgação cientí�ca para a comunidade local. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS PESQUISA DE OPINIÃO ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS COMPARAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO E DADOS CIENTÍFICOS Pesquisa estatística envolve... PESQUISA DE OPINIÃO É parte integrante da pesquisa estatística que será realizada. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Está embasada nas conclusões da pesquisa, com foco na divulgação científica. COMPARAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO E DADOS CIENTÍFICOS Faz parte do processo de análise crítica dos dados coletados durante a pesquisa. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS Serão desenvolvidas com base na pesquisa de opinião, como parte do aprofundamento dos aprendizados. Agora, qual o foco das etapas do módulo para organizar o percurso de aprendizagem? Tudo isso caminha lado a lado com os eixos estruturantes Debate sobre conhecimento popular e conhecimento científico e definição do processo de pesquisa, estabelecendo hipóteses, método, amostra, questões e cronograma. Execução da pesquisa, análise de dados com uso de medidas estatísticas e comparação da percepção das pessoas em relação ao clima com pesquisas científicas atuais sobre o tema. Apresentação das conclusões e comparações por meio de peças de comunicação acessíveis a diferentes públicos, com foco na divulgação científica. ETAPA a1 EM DIÁLOGO COM A Amazônia Este módulo traz como enfoque a compreensão dos impactos das atividades humanas na Amazônia para as mudanças climáticas. Ao estabelecer relações com a percepção das pessoas sobre essas mudan- ças, os estudantes conhecem pesquisas científicas mais recentes sobre a importância da Amazônia para a regulação do clima e como essa região está diretamente relacionada às alterações climáticas em diversas partes do país. Os estudantes vivenciam um processo de pesquisa complexo em suas diversas etapas. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Considerando a percepção das pessoas sobre as mudanças climáticas, os estudantes atuam na comunidade com foco na divulgação científica. MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL Os estudantes desenvolvem recursos e processos criativos para produzir a apresentação dos resultados da pesquisa, com foco na divulgação científica. PROCESSOS CRIATIVOS + ETAPA a ETAPA a2 3 MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA REALIZAÇÃO: Navegar por este percurso contribui para que os estudantes Planejem e executem uma pesquisa estatística em todas as suas etapas. Investiguem situações envolvendo o clima local, identificando variáveis qualitativas e quantitati- vas que o influenciam. Analisem e interpretem de forma aprofundada dados estatísticos e científicos sobre as mudan- ças climáticas. Elaborem materiais de divulgação científica. itinerariosamazonicos.org.br MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 18itinerariosamazonicos.org.br ETAPA 1: PLANEJANDO UMA PESQUISA CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 10H ACONTECE NA ETAPA Debates sobre senso comum e conhecimento científico. Levantamento de hipóteses e definição de um recorte de pesquisa. Planejamento de uma pesquisa estatística. Produção de painel colaborativo para sistematização. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 4 horas Esta situação de aprendizagem convida os estudantes a refletir sobre as diferenças e as aproximações entre os conhecimentos de senso comum e os conhecimentos cien- tíficos, iniciando com a comparação entre os conhecimentos prévios da turma e os dados oficiais disponibilizados por institutos meteorológicos, com análise e criação de gráficos. Diálogo entre unidades curriculares Este módulo dialoga com o módulo Biodiversidade amazônica e seus efeitos no clima, da unidade curricular Biodiversidade amazônica: das origens à ocupação humana, da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Caso em sua escola tal módulo já tenha sido desenvolvido com os estudantes, ou caso ambos estejam sendo trabalha- dos concomitantemente, converse com os colegas professores, a fim de estabelecer interações entre as práticas pedagógicas e as aprendizagens. Para conhecer todas as unidades curriculares e os módulos do programa Itinerários Amazônicos, acesse: www.itinerariosamazonicos.org.br. Saiba mais Para aprofundar os conhecimentos sobre os princípios da área de Matemática no con- texto do Ensino Médio, sugerimos que você realize a Trilha de Aprendizagem do com- ponente Matemática e suas Tecnologias | Instituto iungo, Instituto Reúna e Itaú Edu- cação e Trabalho | Nosso Ensino Médio. http://www.itinerariosamazonicos.org.br https://nossoensinomedio.org.br/componentes/matematica-e-suas-tecnologias/?rede=visao-geral https://nossoensinomedio.org.br/componentes/matematica-e-suas-tecnologias/?rede=visao-geral MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 19itinerariosamazonicos.org.br PONTO DE PARTIDA 1. De início, apresente as expectativas de aprendizagem aos estudantes e contextua- lize a etapa e o módulo. O infográfico do módulo pode apoiar essa mediação. Como sensibilização para o tema, proponha a apreciação de produções artísticas que pro- voquem reflexões sobre possíveis relações entre clima, chuva e vida no planeta. Para o momento, sugerimos as obras Olhos da floresta e A terra dá, da artista visual Rakel Caminha, que estão disponíveis no Material do estudante e podem ser acessadas em Galeria | Rakel Caminha1. Você também pode compartilhar fotografiasou vídeos da mostra Amazônia, de Sebastião Salgado, disponível em Exposição de Sebastião Sal- gado investiga a relação da Amazônia e as chuvas no Brasil | Globoplay. Depois, mo- bilize os estudantes com as seguintes questões: • O que você sente ao apreciar essas produções? • Quais questionamentos elas provocam em você? • Como elas convidam a pensar sobre a vida no planeta? E sobre a sociobiodiver- sidade amazônica? • Como elas chamam a atenção para a discussão sobre clima e regime de chuvas? 2. Após a sensibilização, avise os estudantes que eles serão envolvidos em diversas atividades práticas, individuais e em grupos, para que realizem reflexões sobre as di- ferenças e as aproximações entre os conhecimentos de senso comum e os científicos. Na sequência, lance o desafio a seguir para a turma: • Como seria o gráfico que representa a quantidade de chuvas em sua região ao longo de um ano? Em quais meses chove mais? Em quais meses chove menos? Verifique se os estudantes sabem quais unidades de medida são utilizadas para in- dicar a quantidade de chuvas em uma região. Caso não tenham familiaridade com o assunto, proponha uma leitura coletiva e uma roda de conversa a respeito do texto De olho no tempo: entenda como é calculado o volume de chuva | G1 e, em seguida, pergunte a eles se já ouviram ou leram reportagens sobre quantos milímetros (mm) de chuva caíram em determinado mês na região em que vivem. De olho nas estratégias As rodas de conversa são estratégias metodológicas de grande aplicabilidade, em especial no Ensino Médio, por auxiliarem na desconstrução da relação vertical entre professor e estudantes, além de ajudar a turma a se constituir como uma comunidade de aprendizagem, levando cada estudante a reconhecer a si e a seus colegas como parceiros de informação e construção de conhecimento. Para que a estratégia seja efetiva, é essencial que as falas dos discentes sejam espontâneas e mediadas também pelas exposições dos colegas, de modo que os conhecimentos prévios sobre o tema possam ser expostos e mobilizados, servindo de base para a construção de novos co- nhecimentos. Para saber mais sobre como conduzir uma boa roda de conversa, leia o artigo Roda de conversa: uma proposta metodológica para a construção de um espa- ço de diálogo no Ensino Médio | Marcia Cristina Henares de Melo e Gilmar de Carvalho Cruz | Imagens da Educação. 1 Todos os links indicados neste material foram acessados em março de 2023. https://www.rakelcaminha.com.br/galeria https://globoplay.globo.com/v/10316751/ https://globoplay.globo.com/v/10316751/ https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2019/02/18/de-olho-no-tempo-entenda-como-e-calculado-o-volume-de-chuva.ghtml https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/22222/pdf_5 https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/22222/pdf_5 https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/22222/pdf_5 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 20itinerariosamazonicos.org.br Nesse ponto, é essencial que a discussão coletiva seja mobilizadora o suficiente para promover em cada estudante um senso individual de conhecimento sobre o clima da região. Reforce que, nessa atividade, eles não devem buscar dados reais sobre as chu- vas, mas utilizar de forma intuitiva os próprios conhecimentos para estimar quantos milímetros de água pluvial acreditam que deve cair em média a cada mês no municí- pio onde moram. 3. Após a discussão, solicite aos estudantes que elaborem no caderno um gráfico que represente a média mensal de chuvas em milímetros durante um ano. Se necessário, organize a turma em grupos para a realização dessa tarefa, de modo a otimizar o tem- po que seria gasto para a exposição dos trabalhos e a discussão posterior. Eles podem escolher o tipo de gráfico que acharem mais adequado, bem como a ordenação dos eixos e a escala. O principal objetivo é que os discentes tornem visíveis suas hipóteses para o regime de chuvas da região para que, depois, sejam compartilhadas e debati- das com a turma. Quer adaptar a proposta? Antes de os estudantes colocarem a mão na massa, é possível apresentar alguns mo- delos de gráficos pluviométricos de outras regiões, que podem ampliar a curiosidade e o engajamento da turma e servir de referência, além de explicitar a diversidade climática dentro e fora do Brasil. Alguns exemplos podem ser selecionados dos ma- teriais: • Dados históricos simulados de clima e tempo para Manaus | Meteoblue. • A variabilidade pluviométrica no Cariri cearense e a influência das teleconexões Enos e ODB | Ramires, Beray Armond e Salgado | Instituto de Geociências – Unicamp. • Eventos extremos de precipitação no perfil longitudinal Paraty (RJ) – Campos do Jordão (SP) | Maria Rita Pelegrin de Oliveira e Emerson Galvani | Revista do Departamento de Geografia – USP. • Clima – Caracas (Venezuela) | Climas y Viajes*. *Nos dados de Caracas, é possível observar uma mudança significativa no período mais chuvoso, considerando os primeiros gráficos apresentados. Saiba mais No livro Planejando o trabalho em grupo – Estratégias para salas de aula heterogê- neas, de Elizabeth Cohen e Rachel Lotan (Penso Editora, 2017), são apresentadas diferentes estratégias para o planejamento do trabalho em grupos. Para conhecer um pouco sobre a obra, acesse Planejando o trabalho em grupo orientado para o ensino da equidade | Instituto Sidarta | Nova Escola. https://www.meteoblue.com/pt/tempo/historyclimate/climatemodelled/manaus_brasil_3663517 https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/2431/1662 https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/2431/1662 https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/2431/1662 https://www.researchgate.net/publication/317967274_Eventos_Extremos_de_Precipitacao_no_Perfil_Longitudinal_Paraty_RJ_-_Campos_do_Jordao_SP https://www.researchgate.net/publication/317967274_Eventos_Extremos_de_Precipitacao_no_Perfil_Longitudinal_Paraty_RJ_-_Campos_do_Jordao_SP https://www.researchgate.net/publication/317967274_Eventos_Extremos_de_Precipitacao_no_Perfil_Longitudinal_Paraty_RJ_-_Campos_do_Jordao_SP https://www.climasyviajes.com/clima/venezuela/caracas https://novaescola.org.br/conteudo/14383/planejando-o-trabalho-em-grupo-orientado-para-o-ensino-da-equidade https://novaescola.org.br/conteudo/14383/planejando-o-trabalho-em-grupo-orientado-para-o-ensino-da-equidade MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 21itinerariosamazonicos.org.br DESENVOLVIMENTO 4. Solicite aos estudantes que se organizem em novos grupos, compartilhem e deba- tam as hipóteses elaboradas sobre o volume de chuvas da região, verificando pontos comuns e divergentes. Na sequência, questione-os sobre como investigar se essas hipóteses estão corretas ou não e como obter dados oficiais a respeito da quantidade de chuvas da região. Registre as ideias dos estudantes no quadro ou em uma nuvem de palavras, utilizando um recurso digital como o Mentimeter, e as discuta com eles. É possível que mencionem o uso de bancos de dados fornecidos por institutos, ór- gãos oficiais, centros de pesquisa e universidades ou disponíveis em livros e jornais, bem como o contato com o departamento local responsável pela coleta e análise dos dados meteorológicos. Outra resposta que pode aparecer é o uso de sites de busca. Nesse caso, siga a sugestão dos estudantes e analise com eles as diferentes fontes que resultam dessa busca. Uma vez que há muitas fontes de informação na internet – já que os diferentes serviços de previsão do tempo têm trazido de forma didática esses conhecimentos –, um debate sobre elas pode enriquecer o momento. Para isso, é interessante questionar se as informações disponíveis on-line se baseiam ou não em sites oficiais e em fontes primárias de conhecimentos, comoartigos científicos. De olho nas estratégias Um dos recursos digitais disponíveis para a criação de murais interativos, nuvens de palavras, enquetes e apresentações é o Mentimeter. Ele permite a interação com os estudantes e a coleta de dados em tempo real, cujos resultados podem ser apresen- tados e debatidos com toda a turma. Para saber mais sobre como criar interações com a ferramenta, acesse o tutorial: Mentimeter: como realizar interações on-line | Tríade Educacional | YouTube. 5. Desafie os grupos a comparar os gráficos e as hipóteses iniciais com dados oficiais, a fim de verificar pontos comuns e divergentes. Cada um pode elaborar uma conclu- são com base nas comparações e nos debates, refletindo sobre as causas das diferen- ças e das semelhanças identificadas. Os dados podem ser obtidos em Monitoramento Brasil | Previsão Climática CPTEC | INPE. No site do CPTEC, ao escolher o campo “Precipitação total”, no tópico “Dados mensais”, vai ser gerado um mapa do país com as respectivas legendas da precipitação total em cada estado para cada mês do ano. Também é possível indicar uma capital e, dessa forma, as informações são apresen- tadas em um gráfico de colunas com todos os meses selecionados. Na ausência de dispositivos com acesso à internet, realize esse processo previamente e disponibilize os dados impressos aos estudantes. Quer adaptar a proposta? Caso a turma apresente dificuldades relacionadas às temáticas de construção e inter- pretação de gráficos, retome esses conceitos compartilhando com os estudantes tex- tos e exercícios. Há sugestões de atividades para essa finalidade na sequência didática Estatística e probabilidade | Khan Academy, as quais podem ser propostas para serem resolvidas individualmente ou em duplas. A matéria Principais tipos de gráficos para a educação básica | IBGE Educa também é indicada para o estudo. https://www.mentimeter.com/pt-BR https://www.mentimeter.com/pt-BR https://www.youtube.com/watch?v=PdVaYyyem9A&t=67s https://www.youtube.com/watch?v=PdVaYyyem9A&t=67s http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt https://pt.khanacademy.org/math/statistics-probability/analyzing-categorical-data/one-categorical-variable/e/reading_pictographs_2 https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-recursos/20773-tipos-de-graficos-no-ensino.html https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-recursos/20773-tipos-de-graficos-no-ensino.html MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 22itinerariosamazonicos.org.br Se desejar um aprofundamento na temática e avançar com a turma, é possível gerar dados de séries históricas de estações meteorológicas específicas em Séries históri- cas e estações | Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). De posse dessas planilhas, você pode trabalhar com os estudantes na produção de gráficos menos comuns do que aqueles vistos na Formação Geral Básica, como os de caixa ou infográficos com diversos tipos de gráficos inter-relacionados. Ao utilizar as ferramentas das planilhas para a criação dos gráficos, além de desen- volver habilidades técnicas relacionadas ao uso do programa, a turma pode comparar diferentes gráficos e observar como eles se alteram quando os dados nas tabelas são modificados. É possível também elaborar dinâmicas em que os estudantes produzem os gráficos e propõem questões para os colegas, seguindo modelos de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo. Outra possibilidade é disponibilizar atividades que auxiliem os jovens a calcular me- didas de posição, utilizando fórmulas da planilha, para então verificar como essas medidas aparecem em gráficos de colunas ou de colunas empilhadas. A leitura e a interpretação de gráficos de caixa podem ser muito significativas para que os estu- dantes compreendam conceitos de medidas de posição e de dispersão, que serão trabalhados posteriormente com mais detalhes neste módulo. 6. Solicite aos grupos que compartilhem as conclusões. Pontue que as ideias iniciais dos grupos se embasaram em percepções e observações diárias. Já os dados oficiais disponibilizados no site do INPE são coletados das estações meteorológicas espalha- das por todo o país, com o uso de um aparelho chamado pluviômetro. Comente que esse segundo conjunto de dados pode ser aplicado e analisado em diversos estudos e pesquisas, gerando importantes evidências científicas. Ao longo do módulo, os es- tudantes vão se aprofundar nesse debate. De olho nas estratégias Se achar viável e for possível ampliar o cronograma deste módulo, é interessante que os estudantes instalem um pluviômetro na escola e acompanhem (fazendo os devidos registros) as marcas indicadas ali. Em 30 dias, a turma pode construir um gráfico com os dados reais da escola. Assista ao vídeo Como fazer um pluviômetro, o medidor de chuvas (experiência) | Manual do Mundo | YouTube e conheça uma maneira de cons- truir o aparelho com materiais acessíveis. 7. Busque aprofundar ainda mais a discussão sobre como os dados de precipitação são medidos e armazenados, fazendo a leitura com a turma do item 2.1.7. Como se mede o índice de chuva? | Perguntas frequentes | INPE ou exibindo o vídeo Explicando o tempo – Saiba como se mede a chuva | Climatempo Meteorologia | YouTube. Para complementar o debate sobre as conclusões dos grupos, comente que percepções e observações diárias de fenômenos naturais podem ganhar estruturação e elaboração quando circulam entre diferentes gerações e percorrem as experiências das pessoas em seus contextos. Desse modo, geram valiosos conhecimentos – tradicionais ou po- pulares – sobre os fenômenos da natureza e como eles impactam nossa vida e nossos hábitos. Considerando isso, questione-os sobre como ter acesso a esses conhecimentos contribuiu para a realização da atividade proposta anteriormente. Vale enfatizar que as https://www.snirh.gov.br/hidroweb/serieshistoricas https://www.snirh.gov.br/hidroweb/serieshistoricas https://www.youtube.com/watch?v=XdVCuGnVDXc https://www.youtube.com/watch?v=XdVCuGnVDXc https://www.youtube.com/watch?v=XdVCuGnVDXc http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=3 http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=3 https://www.youtube.com/watch?v=gZSCrirZ5c4 https://www.youtube.com/watch?v=gZSCrirZ5c4 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 23itinerariosamazonicos.org.br informações obtidas podem resultar em três tipos de fonte de pesquisa e geração de dados: percepções e observações pessoais; conhecimentos tradicionais compartilha- dos pela família e pela comunidade local; e os dados oficiais do INPE. Ressalte a riqueza da diversidade desses conhecimentos que perduram por gerações nas mais variadas culturas do Brasil e de fora dele. Promova uma discussão a respeito das diferenças entre o conhecimento tradicional e os achismos de determinados grupos ou indivíduos. Para além de opiniões pessoais, esses conhecimentos são construídos ao longo de gerações, diante de observações, vivências e do contato com os fenômenos naturais. Saiba mais Se desejar, como tarefa de casa, solicite aos estudantes que respondam às seguintes questões: “As hipóteses iniciais levantadas por vocês e as análises dos dados do INPE representam a avaliação do tempo ou do clima local? Quais informações apoiam sua escolha?”. Compartilhe com a turma o livro Temas atuais em mudanças climáticas: para os Ensinos Fundamental e Médio | Pedro R. Jacobi et al. | IEE-USP – capítulo 3, da parte I, que aborda o tema clima e tempo e permite embasar as respostas dos es- tudantes – ou, ainda, o artigo Qual a diferença entre clima e tempo? | BBC News Brasil. Se necessário, realize a impressão do material e disponibilize aos estudantes para que levem para casa. Em sala, retome as respostas da turma para a questão, em uma roda de conversa,de modo que compartilhem e debatam o assunto em um ambiente de respeito e diálogo. Vale destacar com os estudantes que, em nossas observações e percepções diárias, conseguimos avaliar o tempo, e não o clima. Já os dados fornecidos pelo INPE ou por outras instituições de pesquisa dão origem a séries históricas, construídas com base em registros realizados todos os dias, por vários anos. Com esses dados, é possível calcular a média dessa variável meteorológica – a precipitação –, bem como de diver- sas outras variáveis, constituindo assim o clima da região investigada. Eixos estruturantes em ação Nesta situação de aprendizagem, os estudantes mobilizam especialmente a habili- dade EMIFMAT07 do eixo de Mediação e intervenção sociocultural, ao identificarem questões socioculturais e ambientais, ligadas à percepção dos índices pluviométri- cos e, ao mesmo tempo, aplicando habilidades e saberes matemáticos para avaliar essas percepções, relacionando os conhecimentos populares aos dados científicos. Da mesma forma, o eixo Processos criativos é mobilizado, sobretudo a habilidade EMIFMAT05, ao selecionar recursos criativos relacionados à Matemática, como no caso da produção dos gráficos, permitindo assim o desenvolvimento de novos co- nhecimentos matemáticos e comunicando-os de forma criativa e assertiva. SISTEMATIZAÇÃO 8. Para finalizar, questione os estudantes sobre as possíveis mudanças nos regimes de chuva que têm ocorrido ao longo do tempo. Apresente alguns gráficos de sé- ries históricas sobre índices pluviométricos nas últimas décadas e pergunte a eles: “Quais mudanças podem ser percebidas no regime de chuvas da região observada? Em quais meses isso é mais perceptível?”. Mostre os gráficos das páginas 4 e 5 do https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.bbc.com/portuguese/geral-53841466 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 24itinerariosamazonicos.org.br artigo Caracterização pluviométrica de Santarém-PA, Brasil | Marcos A. Silva et al. | Revista Eletrônica de Educação da Faculdade Araguaia. Faça um levantamento sobre o que os estudantes acreditam que influencia na mudança do regime de chuvas e as possíveis consequências disso. Liste no quadro as ideias apresentadas ou peça que façam um registro pessoal com base nessa conversa. Esse apontamento pode com- por um portfólio de atividades dos estudantes para apoiar a avaliação. Esclareça que, nas próximas atividades, eles vão se aprofundar em temas relacionados às mudanças climáticas. Avaliação em processo É possível combinar previamente com os estudantes como vai ser a avaliação, se no- tas serão atribuídas e quais instrumentos serão usados para gerar as evidências de aprendizagem. Para cada situação de aprendizagem, algumas possibilidades de ins- trumentos de avaliação também serão indicadas neste material. É importante que o processo avaliativo esteja focado na aprendizagem dos estudan- tes e em como apoiá-los em seus avanços e nas superações dos desafios, o que ca- racteriza a avaliação como formativa. Mais informações sobre esse tipo de avaliação podem ser encontradas em Metodologias ativas e a avaliação | Lilian Bacich | Inovação na Educação e Avaliação formativa: corrigindo rotas para avançar na aprendizagem | Ingrid Yurie | Nova Escola. Ao longo das situações de aprendizagem, são propostas atividades que podem ser entregues pelos estudantes para compor essa avaliação. É importante que, a cada entrega, você faça devolutivas à turma, individualmente ou em grupos, destacando pontos que precisam de mais dedicação e os aspectos positivos do envolvimento de cada um com as atividades. Para a ampliação de conhecimentos e de repertório sobre práticas avaliativas, recomendamos a realização da Trilha de Aprendizagem do componente O lugar da avaliação | Instituto iungo, Instituto Reúna e Itaú Educação e Trabalho | Nosso Ensino Médio. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 6 horas Nesta situação, os estudantes são conduzidos a determinar um recorte específico para a realização de uma pesquisa estatística que vai investigar o que dizem o senso comum e os conhecimentos populares sobre o clima na sua região e as possíveis mudanças. Para isso, eles definem o método de pesquisa, a amostra a ser analisada, o cronograma da pesquisa e os questionários e/ou roteiros de entrevistas que serão aplicados. PONTO DE PARTIDA 1. Explique aos estudantes que, nesta situação de aprendizagem, eles vão planejar um caminho para a realização de uma pesquisa estatística com o objetivo de investigar o que dizem o senso comum e os conhecimentos populares sobre o clima na sua região e como o público-alvo das pesquisas percebe e reconhece as possíveis mudanças https://sipe.uniaraguaia.edu.br/index.php/REVISTAUNIARAGUAIA/article/download/435/pdf_61 https://sipe.uniaraguaia.edu.br/index.php/REVISTAUNIARAGUAIA/article/download/435/pdf_61 https://lilianbacich.com/2020/02/11/metodologias-ativas-e-a-avaliacao/ https://lilianbacich.com/2020/02/11/metodologias-ativas-e-a-avaliacao/ https://novaescola.org.br/conteudo/20862/avaliacao-formativa-corrigindo-rotas-para-avancar-na-aprendizagem https://novaescola.org.br/conteudo/20862/avaliacao-formativa-corrigindo-rotas-para-avancar-na-aprendizagem https://nossoensinomedio.org.br/componentes/o-lugar-da-avaliacao/ https://nossoensinomedio.org.br/componentes/o-lugar-da-avaliacao/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 25itinerariosamazonicos.org.br climáticas locais. Assim, além de expor o percurso de atividades, culminando no pla- nejamento de uma pesquisa estatística, explicite que essa situação deve levá-los a se aprofundarem em importantes conceitos estatísticos que serão aplicados diretamente na execução das pesquisas. Questione a turma sobre quais fatores podem alterar o clima de determinado local e o que eles já sabem sobre mudanças climáticas, causas e consequências desse problema. Para isso, é possível criar um mural digital no Padlet ou disponibilizar um cartaz colaborativo aos estudantes para que seus conhecimentos prévios se tornem visíveis a todos. Estimule-os a elaborar esse mural com base em seus conhecimentos atuais. Esclareça que, nesse momento, não há certo ou errado e que essa questão será motivo de pesquisa e aprofundamento no decorrer das próxi- mas aulas. Debata as ideias trazidas pelos estudantes, valorizando-as. De olho nas estratégias Um dos recursos digitais disponíveis para a criação de murais interativos e colaborati- vos é o Padlet. Há diversos formatos de mural disponíveis, que podem ser acessados em tempo real pela turma. Neles, é possível inserir imagens, vídeos, bem como regis- tros escritos de ideias e opiniões, por exemplo. Para saber mais sobre como criar esses murais virtuais, acesse o tutorial Padlet: como criar um mural virtual colaborativo | Tríade Educacional | YouTube. 2. Na sequência, compartilhe com a turma diferentes materiais sobre as mudanças cli- máticas, como vídeos e textos. Esses materiais podem ser explorados pelos estudan- tes por meio de uma rotação por estações realizada em grupos. Ao passar por cada estação, os jovens devem resgatar conhecimentos prévios sobre mudanças climáticas e complementá-los com novas informações. Para planejar a proposta, leia mais sobre a metodologia ativa de rotação por estações, acessando a Caixa de Metodologias e Estratégias. Algumas sugestões para a composição das estações são: • Estação dados e conclusões: com base no vídeo Mudanças climáticas | INPEvi- deoseduc | YouTube ou no texto Perguntas frequentes – O que são mudanças climáticas? | INPE, os estudantes devem listar os dados apresentados, como mu- danças de temperatura, emissão de gases deefeito estufa e aumento do nível do mar, e escrever um parágrafo sobre como esses dados são usados para embasar a construção de conclusões sobre a ocorrência das mudanças climáticas. • Estação em busca de soluções: por meio dos textos e dos vídeos presentes no material O que são as mudanças climáticas? | ONU Brasil, os estudantes elabo- ram um mapa conceitual conectando causas e consequências das mudanças climáticas a possíveis caminhos para encontrar soluções, como as negociações globais, o embasamento nos dados gerados pelos cientistas, a neutralidade de carbono e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). • Estação linha do tempo: com a leitura do capítulo 1, da parte I, do livro Temas atuais em mudanças climáticas: para os Ensinos Fundamental e Médio | Pedro R. Jacobi et al. | IEE-USP, os grupos podem construir uma linha do tempo para dar visibilidade às principais decisões, aos eventos e às conferências globais sobre o clima, além de construir um parágrafo sobre a importância do Brasil na busca de alternativas e soluções de menor impacto ambiental. https://pt-br.padlet.com/ https://pt-br.padlet.com/ https://www.youtube.com/watch?v=tfAXW8pW2vc&t=4s https://www.youtube.com/watch?v=tfAXW8pW2vc&t=4s https://drive.google.com/file/d/1bmj7qrNMgt-b3yS6T1xOGpXobpq0sdTm/view?usp=share_link https://drive.google.com/file/d/1bmj7qrNMgt-b3yS6T1xOGpXobpq0sdTm/view?usp=share_link https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho&t=245s https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho&t=245s http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=9 http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=9 https://brasil.un.org/pt-br/175180-o-que-s%C3%A3o-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 26itinerariosamazonicos.org.br Verifique os recursos necessários para cada estação, como dispositivos com acesso à internet, folhas de papel e canetas coloridas. Se não houver internet, é possível impri- mir os textos e disponibilizá-los. De acordo com a quantidade de estudantes na turma, averigue a necessidade de duplicar as estações para que nenhum grupo fique ocioso ao longo da proposta. As produções e a participação dos estudantes nas estações podem servir de instrumentos avaliativos e de evidências de aprendizagem. Diálogos Amazônicos Materiais específicos sobre as mudanças climáticas na Amazônia podem ser indicados na proposta de rotação por estações. Para isso, é possível selecionar textos do rela- tório Mudanças climáticas: impactos e cenários para a Amazônia | José A. Marengo e Carlos Souza Jr., produzido por meio de uma parceria entre diferentes instituições, ou selecionar reportagens como Amazônia pode estar agravando mudanças climáticas, indica estudo inédito | Craig Welch | National Geographic. 3. Peça aos estudantes que relacionem os conhecimentos prévios (listados anterior- mente sobre as mudanças climáticas, causas e consequências) e as novas observa- ções sobre o tema, realizadas com base nas pesquisas e nas produções nas estações. Questione-os sobre as semelhanças e as diferenças entre ambas as ideias e solicite que compartilhem as conclusões, apontando conceitos usados para complementar, validar, questionar e/ou problematizar os conhecimentos prévios. Destaque no quadro as prin- cipais palavras-chave mencionadas pelos grupos durante esse momento. Em seguida, discuta com os estudantes se as hipóteses iniciais partiram de fontes de informações: conhecimentos populares locais; conhecimentos adquiridos por meio de leituras, aces- so a redes sociais, vídeos e filmes; elaborações coletivas, tradicionais e que percorreram as gerações da região; e impressões iniciais sobre o fenômeno a ser estudado. 4. Convide os estudantes para realizar uma reflexão sobre o que sabem acerca dos conhecimentos populares, do senso comum e dos conhecimentos científicos, suas semelhanças e diferenças, relacionando ao processo que vivenciaram nas atividades anteriores. Questione a turma: • Por que o conhecimento popular é importante? De que formas ele se expressa no dia a dia? Para embasar o debate e a reflexão com os estudantes, é possível exibir o vídeo Co- nhecimento científico x senso comum | IFRO Campus Porto Velho Zona Norte – EaD | YouTube. Chame a atenção dos jovens sobre o fato de que, na atividade anterior, eles foram convidados a complementar seus conhecimentos prévios, e não a reescrevê-los, reforçando um posicionamento ético que reconhece que é no diálogo entre diferentes visões que significamos nossa história, nossas experiências e nossa realidade. Desta- que também que os conhecimentos científicos muitas vezes são produzidos com base em estudo aprofundado e sistemático dos conhecimentos populares. https://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_Mudancas_Climaticas-Amazonia.pdf https://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_Mudancas_Climaticas-Amazonia.pdf https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2021/03/amazonia-pode-estar-agravando-mudancas-climaticas-indica-estudo-inedito https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2021/03/amazonia-pode-estar-agravando-mudancas-climaticas-indica-estudo-inedito https://www.youtube.com/watch?v=Uhntwm82HfQ https://www.youtube.com/watch?v=Uhntwm82HfQ https://www.youtube.com/watch?v=Uhntwm82HfQ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 27itinerariosamazonicos.org.br 5. Questione-os sobre como construir um gráfico que traga dados sobre o volume das chuvas da região onde a escola está inserida. Pergunte: “O que foi feito anteriormente em sala, é possível fazer com toda a escola? Com todo o bairro? Com toda a cidade? Como?”. Explore a ideia de que, para realizar investigações relacionadas aos conhecimentos populares e de senso comum de determinada comunidade, é possível desenvolver estudos de percepção. Dessa forma, pode-se analisar como percebemos o mundo e como interpretamos a realidade, valorizando o senso comum, sem minimizar sua relevância, mesmo diante de conhecimentos cientificamente estudados e comprova- dos. Problematize com a turma a importância de saber a opinião e a percepção das pessoas sobre certos fenômenos. Pergunte aos estudantes se conhecem exemplos desse tipo de levantamento de dados. Ajude-os a pensar em exemplos reais do dia a dia e que reconheçam que esse tipo de sondagem (estudos de percepção), conhecida popularmente como pesquisa de opinião, busca coletar, organizar e comparar os con- ceitos, as sensações, as opiniões e as percepções de uma amostra da população so- bre determinado tema, processo, serviço, produto ou pessoa. Estatisticamente, esses estudos são de grande importância para apoiar a tomada de decisões que impactam o cotidiano das pessoas, relacionadas a marketing, comunicação de massa, políticas públicas etc. Saiba mais Para conhecer mais sobre estudos e pesquisas de percepções, acesse os textos: • Percepção ambiental: implicações para a educação ambiental | Alecsandra San- tos da Cunha e Eugênio Batista Leite | Sinapse Ambiental. • Análise da percepção ambiental e as práticas sustentáveis da comunidade jo- vem do município de Lajes-RN | Marisa Abreu et al. | Revista GeoUECE. • Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros | Aline Souza | Instituto De- mocracia e Sustentabilidade. • O impacto das mudanças climáticas sobre comunidades locais na Amazônia: a percepção dos ribeirinhos do rio Juruá | Mariana de Oliveira Estevo | Universi- dade Federal de Alagoas. • O valor das florestas e a percepção dos agricultores sobre as mudanças climá- ticas | João A. Mangabeira | EcoDebate. • Estudos de percepção e educação ambiental: um enfoque fenomenológico| Alanza Zanini et al. | Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências | SciElo. DESENVOLVIMENTO 6. Com base nas ideias sobre estudos e pesquisas de percepções, apresente a seguin- te questão disparadora aos estudantes: • Como seria possível investigar o que as pessoas pensam acerca das mudanças climáticas que ocorreram nos últimos anos em sua região? http://www1.pucminas.br/graduacao/cursos/arquivos/ARE_ARQ_REVIS_ELETR20090930145741.pdf http://www1.pucminas.br/graduacao/cursos/arquivos/ARE_ARQ_REVIS_ELETR20090930145741.pdf https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/2232/3655 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/2232/3655 https://www.idsbrasil.org/noticias/mudancas-climaticas-na-percepcao-dos-brasileiros/#:~:text=Portanto%2C%20%C3%A9%20n%C3%ADtida%20a%20percep%C3%A7%C3%A3o,peti%C3%A7%C3%B5es%20digitais%20sobre%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas https://www.idsbrasil.org/noticias/mudancas-climaticas-na-percepcao-dos-brasileiros/#:~:text=Portanto%2C%20%C3%A9%20n%C3%ADtida%20a%20percep%C3%A7%C3%A3o,peti%C3%A7%C3%B5es%20digitais%20sobre%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas https://www.repositorio.ufal.br/bitstream/123456789/8834/1/O%20impacto%20das%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20sobre%20comunidades%20locais%20na%20Amaz%C3%B4nia%20-%20a%20percep%C3%A7%C3%A3o%20dos%20ribeirinhos%20do%20Rio%20Juru%C3%A1.pdf https://www.repositorio.ufal.br/bitstream/123456789/8834/1/O%20impacto%20das%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20sobre%20comunidades%20locais%20na%20Amaz%C3%B4nia%20-%20a%20percep%C3%A7%C3%A3o%20dos%20ribeirinhos%20do%20Rio%20Juru%C3%A1.pdf https://www.repositorio.ufal.br/bitstream/123456789/8834/1/O%20impacto%20das%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20sobre%20comunidades%20locais%20na%20Amaz%C3%B4nia%20-%20a%20percep%C3%A7%C3%A3o%20dos%20ribeirinhos%20do%20Rio%20Juru%C3%A1.pdf https://www.ecodebate.com.br/2012/09/17/o-valor-das-florestas-e-a-percepcao-dos-agricultores-sobre-as-mudancas-climaticas-artigo-de-joao-a-mangabeira/ https://www.ecodebate.com.br/2012/09/17/o-valor-das-florestas-e-a-percepcao-dos-agricultores-sobre-as-mudancas-climaticas-artigo-de-joao-a-mangabeira/ https://www.scielo.br/j/epec/a/M8SfznHDFxysDyRbsyYrZJz/ https://www.scielo.br/j/epec/a/M8SfznHDFxysDyRbsyYrZJz/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 28itinerariosamazonicos.org.br Peça a eles que registrem as hipóteses iniciais no caderno e faça um breve debate para que compartilhem as ideias entre si. Nas respostas, eles podem mencionar que a investigação pode ser feita nas ruas ou, ainda, recorrendo a estratégias digitais, com o envio de questionários e enquetes. Se não for citada, diga à turma que outro caminho é o uso da pesquisa estatística, que permite obter informações sobre uma população por meio da coleta de dados de uma amostra dessa população. Para isso, é essencial ter uma amostra que represente toda a população, que seja bem dimensionada e não enviesada. Essa amostra deve envolver uma escolha de variáveis significativas, que possam ser coletadas em um prazo estipulado e com os instrumentos disponíveis. Além disso, é preciso cuidar para que o instrumento de coleta de dados seja bem elaborado, de modo a não influenciar as respostas. Parte do processo de elabora- ção e planejamento das pesquisas será baseado no livro Pesquisa de opinião pública: princípios e exercícios | Andréa F. Weber e Patrícia M. Pérsigo | Universidade Federal de Santa Maria. Se desejar, leia o material com antecedência, dando especial atenção às unidades 4 e 5 (p. 48-70), que destacam os cuidados necessários na seleção da amostra e na elaboração dos questionários e das entrevistas, a fim de evitar vieses que interfiram no resultado. Uma opção é compartilhar com os estudantes o artigo Viés de pesquisa: o que é, quais os tipos e como evitar? | QuestionPro, de modo que todos iniciem o trabalho cuidando desse aspecto. Eixos estruturantes em ação As habilidades do eixo Investigação científica são mobilizadas em diferentes momen- tos desta atividade, especialmente a habilidade EMIFMAT03. Ao serem desafiados com a questão disparadora e partirem dela para a produção de pesquisas de opinião pública, os estudantes são estimulados a levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação-problema, além de sele- cionar os conhecimentos matemáticos necessários para a realização da pesquisa em sua totalidade, as formas de coleta de dados, como eles serão tabulados e interpreta- dos e como serão comunicados a diferentes públicos-alvo. 7. A partir deste item, inicia-se o aprofundamento de conhecimentos que os jovens trazem da Formação Geral Básica. Novos conceitos e procedimentos refinam os sa- beres dos estudantes sobre tipos, variáveis, amostragem e estratégias de pesquisa estatística. Então, proponha aos estudantes que assistam ao vídeo Tipos de pesquisa | Prof. Luiz Dias | YouTube e escolham o modelo de pesquisa que realizarão. Além dis- so, oriente-os a pensar em um objetivo para a pesquisa, definindo melhor a pergunta à qual o estudo vai responder. Ressalte que esse objetivo deve gerar um recorte de pesquisa mais específico, determinando com mais parâmetros a hipótese que querem investigar acerca do que dizem o senso comum e as percepções da comunidade so- bre o clima na sua região e as possíveis mudanças climáticas percebidas nos últimos anos. Se desejar, construa com a turma um glossário com alguns termos importantes para o planejamento e a execução da pesquisa, como parâmetro, variável, hipótese, percepção etc. O glossário pode ser construído em um mural digital ou em um car- taz. Para ajudar os estudantes na elaboração de um problema de pesquisa, é possível apresentar o vídeo Como delimitar um tema – Projeto de pesquisa, artigo científico ou TCC | Metodologia Descomplicada | YouTube. https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.questionpro.com/blog/pt-br/vies-de-pesquisa-o-que-e-quais-os-tipos-e-como-evitar/ https://www.youtube.com/watch?v=wrAA_4UqNes https://www.youtube.com/watch?v=wrAA_4UqNes https://www.youtube.com/watch?v=vI09lMHhTkA https://www.youtube.com/watch?v=vI09lMHhTkA MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 29itinerariosamazonicos.org.br 8. Uma sugestão de material extra que pode ser compartilhado com a turma para em- basar as hipóteses que pretendem investigar são os curtas-metragens Quentura, que valoriza os conhecimentos das mulheres indígenas sobre os impactos das mudanças climáticas (se possível, exiba para os estudantes do início até os 6 minutos), e Para onde foram as andorinhas?, que mostra as percepções e observações dos povos in- dígenas do Xingu sobre as mudanças climáticas (se possível, apresente o trecho que vai dos 5 até os 10 minutos). As duas obras estão disponíveis em Produções | Instituto Catitu. Ao assistirem aos vídeos, os jovens podem listar as percepções, observações, vivências e possíveis soluções dos povos indígenas para as mudanças climáticas e se inspirar para desenhar suas hipóteses, verificando se essas situações também são percebidas pelas comunidades locais. Os curtas também podem ser exibidos em um cine-debate, de modo que, após a apresentação, haja um debate mediado sobre a valorização dos conhecimentos tradicionais, podendo contar com a colaboração dos professores de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e a participação da comunidade local. Conheça mais sobre a estratégia do cine-debate no boxe a seguir. De olho nas estratégias O cine-debate representa uma oportunidade de promover o acesso de determinado público-alvo a diversos tipos de produções cinematográficas, como documentários, ficções, curtas e longas-metragens com temáticasde interesse social. Após a exibi- ção, os espectadores são convidados a participar de uma discussão para ampliar as temáticas abordadas e relacioná-las aos seus contextos locais. Para saber mais, acesse Cine-debate | Conexão Verde | Greenpeace Brasil. 9. Em seguida, proponha uma roda de conversa ou utilize um mural digital ou um car- taz para que os estudantes compartilhem ideias sobre a pesquisa que será realizada em grupos, organizados de acordo com as questões que querem investigar. Embora essa roda possa gerar diferentes concepções dos estudantes sobre os tipos de pes- quisa, indique alguns deles, como pesquisas de opinião, caracterizadas como pesqui- sas básicas (com o objetivo de gerar conhecimento que não serão necessariamente aplicados de imediato); qualitativas e quantitativas, podendo ter perguntas abertas e fechadas, de acordo com o objetivo de cada grupo; de campo, cujos procedimentos são entrevistas e/ou questionários para obtenção de respostas diretas das pessoas que comporão a amostra; e com objetivo exploratório, com intenção de conhecer melhor um assunto que ainda não é dominado pelos pesquisadores. Para otimizar a proposta e a organização dos grupos, sugira o registro das ideias de cada estudante em uma tabela coletiva semelhante à apresentada a seguir. http://institutocatitu.org.br/producoes/ http://institutocatitu.org.br/producoes/ https://conexaoverde.greenpeace.org.br/pagina-basica/cine-debate MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 30itinerariosamazonicos.org.br QUADRO 1 Registro de ideias Qual é a natureza da pesquisa (básica ou aplicada)? Qual é a abordagem da pesquisa (qualitativa, quantitativa ou mista?) Quais procedimentos serão utilizados? Que tipo de pesquisa abarca esses procedimentos? Qual é o tipo de objetivo (exploratório, descritivo ou explicativo)? Qual é o objetivo específico/ recorte da sua pesquisa? A que pergunta ela pretende responder? Fonte: Elaborado pelos autores, 2023. Com base nessa sistematização, organize a turma de acordo com os objetivos com- partilhados por cada estudante, de modo que recortes similares trazidos por eles aju- dem a criar grupos com os mesmos tipos de interesse. 10. Oriente os grupos a selecionar um único objetivo para a pesquisa e elaborar os instrumentos para realizá-la. Os estudantes podem escolher o uso de entrevistas ou questionários. Esclareça sobre a diferença entre entrevistas e questionários. As entre- vistas são realizadas de modo presencial ou virtual e ocorrem como uma conversa, guiada por um conjunto de questões mais abertas (ou de resposta livre) ou fechadas (ou seja, com respostas mais específicas). Já os questionários são documentos com um conjunto de perguntas, que normalmente são fechadas, podendo ser aplicados de forma presencial, com a participação de um pesquisador (como acontece no Censo, por exemplo) ou podem ser enviados de forma impressa ou digital para serem respon- didos de maneira autônoma pelos participantes. Proponha para os grupos uma con- sulta ao livro Pesquisa de opinião pública – Princípios e exercícios | Andréa F. Weber e Patrícia M. Pérsigo | Universidade Federal de Santa Maria. A unidade 1 da obra traz um histórico sobre as pesquisas de opinião pública e pode ser mais interessante para você. Para que os estudantes construam os instrumentos de pesquisa, faça a leitura coletiva das unidades 4 e 5 e, em seguida, promova uma roda de conversa para o re- finamento das compreensões. Faça sugestões sobre os tipos e formatos de perguntas que os estudantes deverão planejar. De acordo com os objetivos de cada grupo, pode ser necessária a utilização de perguntas abertas, mas recomendamos que o planejamento da pesquisa seja pen- sado em função do tempo disponível e da eventual dificuldade para tabulação das respostas, o que pode significar a opção por questões fechadas. Pode ser bastante desafiador para um estudante de Ensino Médio elaborar boas perguntas abertas e, ain- da, conseguir analisar e tabular as respostas. Uma forma de auxiliá-los nesse processo https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 31itinerariosamazonicos.org.br é antecipando as respostas que esperam obter para então pensar na estrutura das questões. Assim, eles podem organizar as variáveis em qualitativas e quantitativas, o que facilitará a tabulação a ser feita para a coleta de impressões. Sobre variáveis qua- litativas, é possível utilizar a escala Likert, com a construção de afirmações que serão avaliadas pelos respondentes. Segundo os conhecimentos prévios da turma sobre o uso da escala, verifique a necessidade de reservar um tempo maior ou menor da aula para esclarecer todas as dúvidas. Explique que essa escala é indicada para pesquisas de percepção, porque não se trata de apenas responder sim ou não, mas de escolher na escala como a pessoa percebe determinado fato, informação ou motivação. Para análise das respostas, deve ser considerado o valor modal, e não a média, pois ele indica como a maior parte das pessoas percebe aquele determinado fenômeno. Note que é possível, inclusive, haver mais de um valor modal. Saiba mais Para conhecer melhor a escala Likert, você pode acessar o material Entenda a escala Likert e saiba como aplicá-la em sua pesquisa | Rafaela Frankenthal | Mindminers e indicá-lo aos estudantes como leitura para casa. As perguntas podem ser organizadas em diferentes categorias, como o levantamento de dados sobre o perfil dos entrevistados: idade, gênero, grau de escolaridade, local que reside, há quanto tempo reside ali, tipo de ocupação/trabalho; e dados específicos sobre suas percepções, observações e vivências relacionadas às mudanças climáticas locais. É importante que o levantamento de dados sobre o perfil dos entrevistados inicie o questionário ou a entrevista, incluindo o questionamento sobre a concordân- cia ou não do respondente em participar da pesquisa e sua autorização para coleta, análise e divulgação dos dados, mesmo que apenas entre os membros da comuni- dade escolar. As questões podem variar de acordo com os recortes de pesquisa e as hipóteses escolhidas pelos grupos, mas as categorias e/ou os indicadores podem ser padronizados e acordados previamente com toda a turma com base na realidade local e determinados com base nas sugestões dos grupos. A seguir, estão algumas ideias de temas ligados à percepção do respondente: • Impactos ambientais: alterações na temperatura, umidade, regimes de chuvas (precipitação) e de ventos; ocorrência de queimadas naturais, estiagem, inun- dações, erosão, deslizamentos de terra; alterações nos padrões das estações do ano; mudanças no volume dos rios e outros corpos d’água da região. • Impactos aos seres vivos, incluindo a população local: comportamento dos animais; desenvolvimento vegetal; disseminação de doenças; disponibilidade de recursos para sobrevivência – como abrigo, alimento e água; redução da biodiversidade; alterações nas taxas de natalidade, mortalidade, imigração e emigração. • Possíveis causas para alterações no clima: mudanças naturais que ocorrem no ambiente; ações e intervenções humanas que afetam o clima; possíveis moti- vações para essas intervenções (considerando ações espontâneas que conse- quentemente impactam o clima e ações intencionais com o objetivo de mitigar alterações indesejadas). https://mindminers.com/blog/entenda-o-que-e-escala-likert/ https://mindminers.com/blog/entenda-o-que-e-escala-likert/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 32itinerariosamazonicos.org.br A depender da realidade da turma,as perguntas – que podem servir tanto para o ro- teiro de entrevista, quanto para o questionário – também são capazes de investigar se a comunidade local já desenvolveu soluções e estratégias para se adaptar às mudan- ças ou mitigá-las, as quais estão sendo percebidas nos últimos anos e seus impactos; se há crenças, tradições, histórias e lendas que se relacionam a essas mudanças e se reconhecem o valor do bioma local – como a Floresta Amazônica, por exemplo – e seu papel na manutenção do clima local e global. Diálogos Amazônicos O papel da Floresta Amazônica na manutenção do clima global já é reconhecido mundialmente pelos cientistas e por relevantes instituições, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Sua vegetação tem papel essencial na absorção e estocagem de carbono atmosférico (CO 2 ) e na manutenção do regime de chuvas de diferentes locais. Para conhecer mais sobre o tema, acesse os materiais indicados a seguir e compartilhe-os com a turma. • Mudanças climáticas e Amazônia | Carlos A. Nobre, Gilvan Sampaio e Luis Salazar | Ciência e Cultura. • Amazônia e mudança climática | ONU News | ONU Brasil. • Como a Amazônia regula o clima do planeta | Pesquisa Fapesp | YouTube. • Desmatamento, clima e insegurança hídrica – parte 1: Rios voadores | Pesquisa Fapesp | YouTube. Note que, para elaborar as perguntas, é essencial que os estudantes planejem de an- temão como tabularão as respostas. Por isso, as variáveis e os indicadores que serão utilizados para gerar conclusões sobre a população analisada devem ser coerentes com as questões abertas e com as alternativas propostas para as questões fechadas. Auxilie os grupos no planejamento das pesquisas, como farão os registros das infor- mações e de que forma poderiam otimizar a coleta de dados, de acordo com as dicas a seguir e os detalhamentos propostos na Caixa de Metodologias e Estratégias para a realização de pesquisas com uso de entrevistas e questionários. De olho nas estratégias Para otimizar a aplicação do questionário, os estudantes podem recorrer a formu- lários digitais, criados com as ferramentas do Google ou da Microsoft, disponíveis gratuitamente na internet. Acesse o tutorial Forms – Saiba criar questionários, provas e formulários on-line | Microsoft Brasil | YouTube para aprender a criá-los. Se na sua realidade não for possível a utilização desses formulários, oriente os estudantes a ela- borar, durante a aula, fichas, pautas de entrevista e tabelas. Os grupos devem planejar as entrevistas, construir o questionário, preparar o roteiro, combinar com os entrevis- tados como acontecerão esses contatos, de que forma farão os registros e o tempo de duração. Cada integrante pode ter uma função, como entrevistador, pesquisador, escriba, líder, controlador do tempo, analista dos dados, apresentador, entre outras. http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300012 http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300012 https://news.un.org/pt/interview/2022/03/1781412 https://www.youtube.com/watch?v=n6lgUKycLso&t=25s https://www.youtube.com/watch?v=lyp83uYdtbk&t=72s https://www.youtube.com/watch?v=lyp83uYdtbk&t=72s https://drive.google.com/file/d/1bmj7qrNMgt-b3yS6T1xOGpXobpq0sdTm/view https://www.youtube.com/watch?v=mEbfNNarZFU https://www.youtube.com/watch?v=mEbfNNarZFU MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 33itinerariosamazonicos.org.br 11. Depois de elaborar os questionários, oriente os estudantes a definir o público da pesquisa. Comente que percebemos diariamente as mudanças de tempo e que pode- mos avaliar cientificamente o clima com base em dados de séries históricas ao longo de determinado período de tempo. Então, é importante que os grupos possam tam- bém escolher pessoas mais velhas da comunidade para compor a amostra de pesquisa e verificar se essas impressões ao longo do tempo se assemelham a dados disponíveis em séries históricas. Caso necessário, eles podem buscar pessoas de outros locais nos arredores por intermédio de seus contatos, de familiares e das redes sociais. De acordo com o perfil da turma e o contexto local, os critérios para a definição da população e da amostra podem variar. Retome o livro Pesquisa de opinião pública – Princípios e exercícios | Andréa F. Weber e Patrícia M. Pérsigo | Universidade Federal de Santa Maria e peça aos estudantes que leiam as unidades 2 e 3 para definirem o tamanho e o formato da amostra. Esse é mais um conjunto de conhecimentos de apro- fundamento do que os estudantes trazem da Formação Geral Básica. Os conceitos de probabilidade e as medidas estatísticas jogam juntos na determinação do tamanho de uma amostra representativa de uma população; por isso, é importante dedicar espe- cial atenção e tempo ao estudo das unidades do livro citado. Cada grupo, em função da pergunta a que desejam responder e da população-alvo, deve fazer escolhas sobre a margem de erro e as características de homogeneidade da população para, final- mente, calcular o tamanho da amostra para o público-alvo da investigação. Os questionários podem ser enviados e recolhidos via redes sociais ou e-mails. Já a realização de entrevistas remotas demandará acesso a aplicativos que permitam cha- madas de vídeo. Se não for possível, é preciso buscar formas de conversa em tempo real. Faça as adaptações necessárias de acordo com sua realidade. Informe os estudantes que, durante a aula, eles devem planejar todo o processo de co- leta de dados, como serão as entrevistas e os questionários. O processo de coleta de dados e a aplicação dos roteiros de entrevistas e dos questionários devem acontecer fora do período de aula, conforme a organização de cada grupo – de acordo com a próxima situação de aprendizagem. Caso deseje acompanhar as atividades realizan- do-as na escola, garanta que os cronogramas comportem essa possibilidade. A de- pender da organização do tempo dos grupos, também é possível sugerir que incluam um teste prévio de aplicação dos roteiros de entrevistas entre os colegas da turma ou com os familiares, para que qualifiquem os instrumentos de pesquisa e realizem os ajustes necessários. Também é possível ensaiar com os estudantes como fazer uma pergunta a um entrevistado, considerando aspectos, como usar sempre o mesmo tom de voz, ler pausada e claramente e expor as questões sem influenciá-lo. 12. Mais uma temática que pode ser abordada é a questão ética envolvida na reali- zação de pesquisas com pessoas, mesmo no formato de entrevistas e aplicação de questionários. É interessante propor esse diálogo à turma, pensando em possíveis problemas que os entrevistados poderiam enfrentar caso suas identidades fossem divulgadas, por exemplo, ou em outras consequências que uma pesquisa desse tipo pode trazer para a comunidade. Indique aos estudantes que busquem modelos de termos de consentimento livre e esclarecido, que devem ser assinados pelos entrevis- tados a fim de autorizar a divulgação dos dados coletados nas entrevistas, além de https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 34itinerariosamazonicos.org.br informar que nomes e dados não serão divulgados individualmente. Veja alguns mo- delos e atente para as diferentes modalidades apresentadas: Termo de consentimento livre e esclarecido | Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos | Universidade Federal do Amazonas. No caso do uso dos questionários, é possível inserir uma ques- tão inicial explicando a pesquisa e perguntando se a pessoa aceita participar. Analise se a assinatura do termo faz sentido no contexto da escola e, caso avalie que não é pertinente,oriente os estudantes a explicarem oralmente essas informações para as pessoas ao realizar as entrevistas. SISTEMATIZAÇÃO 13. Os grupos devem retomar as ideias e os roteiros de entrevistas e organizar um cronograma com todo o processo. Eles podem construir uma tabela com alguns itens, como as datas das entrevistas e/ou a aplicação dos questionários; os responsáveis pelo contato com as pessoas e pela realização da entrevista e/ou aplicação do ques- tionário; funções de cada integrante; recursos e ferramentas que serão utilizados; lo- cal/formato da entrevista e tamanho da amostra e número de entrevistados e/ou de respondentes dos questionários. Todos os cronogramas podem ficar expostos em um mural na sala feito com papel pardo para que todos os grupos acompanhem as ações. Outra possibilidade para criar e acompanhar os cronogramas é o uso de ferramentas digitais que permitem o trabalho colaborativo, como o Trello e o Monday.com. Caso prefira uma ferramenta mais simples, você pode utilizar um modelo de cronograma pronto, disponível no programa Google Planilhas. 14. Retome e liste com a turma os conhecimentos construídos na situação de apren- dizagem e os que serão necessários para as próximas etapas de trabalho e volte à questão disparadora: • Como seria possível investigar o que as pessoas pensam acerca das mudanças climáticas que ocorreram nos últimos anos em sua região? Verifique se ao longo do planejamento da pesquisa as ideias e concepções iniciais dos estudantes foram confirmadas ou refutadas e auxilie-os a compreender o papel de cada etapa da pesquisa e a listar os conceitos fundamentais que foram trabalhados, tais como dados qualitativos e quantitativos; conceito de variável estatística; clima e tempo; senso comum e conhecimento científico; fatores que alteram o clima local; mudanças climáticas e seus impactos; a pesquisa estatística como ferramenta para o estudo de percepções; vieses etc. Esse levantamento pode ser realizado após o regis- tro das palavras-chave no quadro, com a participação de toda a turma. Verifique se todos compreendem que a pesquisa precisa ser planejada com cuidado, e a seleção do público e/ou da amostra, dos questionários e das formas de coleta deve ser reali- zada de modo a evitar vieses que interfiram no resultado da pesquisa. https://www.cep.ufam.edu.br/tcle https://www.cep.ufam.edu.br/tcle https://www.cep.ufam.edu.br/tcle https://trello.com/pt-BR https://monday.com/lang/pt https://support.google.com/docs/answer/148833?hl=pt-BR&co=GENIE.Platform%3DDesktop MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 35itinerariosamazonicos.org.br Avaliação em processo Cada etapa da pesquisa – definição do problema, escolha da metodologia, seleção da amostra, planejamento e criação do questionário – pode ser avaliada de acordo com uma rubrica específica que leve em consideração as habilidades e as expectativas de aprendizagem mobilizadas na etapa. As rubricas de produto podem ser compartilha- das previamente com os estudantes ou elaboradas com eles, para que possam de- senvolver seu trabalho de acordo com o esperado. Para saber mais sobre as rubricas, acesse o vídeo Uso de rubricas na avaliação formativa | Cesar Nunes | YouTube. A autoavaliação e a avaliação por pares complementam o uso das rubricas, de modo que todos possam refletir sobre o que e quanto aprenderam, que competências e habilidades desenvolveram e como essas aprendizagens se refletem no produto final, composto pelo planejamento da pesquisa. As produções individuais e coletivas, em especial a discussão sobre a questão dis- paradora, a produção do mural de planejamento e a elaboração dos instrumentos de pesquisa criados pelos grupos, podem fornecer evidências do desenvolvimento das habilidades dos eixos estruturantes indicados nesta etapa. Em relação às expectativas de aprendizagem dos conceitos matemáticos, é possível considerar como evidência as explicações fornecidas pelos grupos sobre o papel de cada etapa de uma pesquisa estatística, bem como a coerência entre o que foi planejado e os questionários elabo- rados. Reveja as estratégias de aprendizagem adotadas e atente-se aos estudantes que precisam de maior atenção e de outras formas de engajamento e motivação. https://www.youtube.com/watch?v=ps5gpp3Tu-g MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 36itinerariosamazonicos.org.br ETAPA 2: REALIZANDO A PESQUISA CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 20H ACONTECE NA ETAPA Execução da pesquisa estatística e coleta dos dados. Tabulação, análise e apresentação dos dados coletados. Aplicação de medidas estatísticas. Aprofundamento sobre as diferentes variáveis que caracterizam as percepções sobre o clima local. Comparação entre os dados obtidos nas pesquisas e os conhecimentos científicos. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 10 horas Esta situação de aprendizagem possibilita aos estudantes a aplicação de seus rotei- ros de entrevistas e/ou questionários planejados previamente. Com base na coleta, na tabulação e na análise de dados, a turma pode refletir, colaborativamente, sobre quais são as percepções e opiniões das pessoas sobre possíveis mudanças no clima local. Como aprofundamento, podem propor discussões sobre como essas opiniões e percepções podem influenciar o comportamento das pessoas em relação a diversos fatores que impactam, direta ou indiretamente, no clima da região. PONTO DE PARTIDA 1. Como proposta de engajamento inicial para esta situação de aprendizagem, explique que os estudantes executarão as pesquisas e o desafio maior será fazê-las de modo que seja possível estabelecer relações entre as respostas que serão analisadas. Reflita com a turma de que forma a organização de dados em tabelas e gráficos e o uso de medidas estatísticas contribuem para a compreensão dos resultados de uma pesquisa. Para retomar com os estudantes a ideia central do módulo, que é investigar a conexão entre o conhecimento popular e o conhecimento científico fazendo uso de ferramentas matemáticas, proponha que, em grupos, analisem os materiais: Não se pode ignorar a realidade das mudanças climáticas | Paulo Saldiva | Jornal da USP, Mulheres indígenas e o impacto das mudanças climáticas | Greenpeace Brasil | YouTube e Floresta Amazôni- ca é rica em biodiversidade, mas não é o pulmão do mundo | Jornal Nacional | G1. https://jornal.usp.br/radio-usp/nao-se-pode-ignorar-a-realidade-das-mudancas-climaticas/ https://jornal.usp.br/radio-usp/nao-se-pode-ignorar-a-realidade-das-mudancas-climaticas/ https://www.youtube.com/watch?v=vB7XaBrS1ks https://www.youtube.com/watch?v=vB7XaBrS1ks https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/08/23/floresta-amazonica-e-rica-em-biodiversidade-mas-nao-e-o-pulmao-do-mundo.ghtml https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/08/23/floresta-amazonica-e-rica-em-biodiversidade-mas-nao-e-o-pulmao-do-mundo.ghtml MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 37itinerariosamazonicos.org.br Indique a rotina de pensamento círculos de ponto de vista, que envolve, num primei- ro momento, uma tempestade de ideias, listando diferentes perspectivas para uma mesma temática. No caso, trata-se das mudanças climáticas na visão dos cientistas e das populações indígenas ou a visão de senso comum sobre a Amazônia ser o pul- mão do mundo e a dos cientistas, que nunca afirmaram isso categoricamente. Nessa proposta, os próprios estudantes levantam os diferentes pontos de vista que podem ser usados para analisar a situação. É possível construir a lista no quadro com a par- ticipação de toda a turma ou utilizando um recurso digital, com um mural digital no Padlet ou no Jamboard. 2. Na sequência, peça aos grupos que escolhamuma das perspectivas para explorar e construir dois parágrafos segundo os modelos a seguir: • Antes eu pensava que… [descrição dos conhecimentos que os estudantes ti- nham antes de iniciar esse processo de pesquisa] • Eu penso que… [descrição da temática sob a perspectiva escolhida] e as princi- pais ideias para essa temática sob o meu ponto de vista são… • Uma questão que eu gostaria de explorar diante dessa perspectiva é… [questio- namento sob o ponto de vista escolhido] De olho nas estratégias As rotinas de pensamento são estratégias que possibilitam dar visibilidade às ideias, às opiniões e aos conhecimentos dos estudantes. Elas podem ser utilizadas em dife- rentes momentos de uma situação de aprendizagem, com diversos propósitos, como para introduzir ideias, ampliar perspectivas, fazer comparações e sintetizar pensa- mentos. Saiba mais sobre as rotinas de pensamento acessando Project Zero’s Thinking Routines Toolbox | Project Zero e Avaliação: as rotinas de pensamento | Lilian Bacich | Inovação na Educação. Após a escrita dos parágrafos, os grupos são convidados a compartilhá-los com toda a turma e devem responder ao seguinte questionamento: • Como o conhecimento científico e o conhecimento popular se conectam na con- cepção de causas, consequências e possíveis soluções às mudanças climáticas? Os estudantes podem mencionar que os cientistas se debruçam sobre dados coleta- dos com o uso de diferentes ferramentas e instrumentos para a análise de diversos indicadores da ocorrência das mudanças climáticas nos últimos anos, que geram con- clusões e pontos de vista diante desses dados analisados. A população, incluindo os povos originários e as comunidades tradicionais, constrói ideias e conhecimentos com base em observações, culturas, crenças e vivências, sob o ponto de vista da própria realidade, que também podem gerar concepções relacionadas às causas e às conse- quências das mudanças percebidas no clima. Tanto cientistas quanto as pessoas que não produzem conhecimento científico percebem e vivenciam os fenômenos envol- vidos nas mudanças climáticas; logo, há diferentes caminhos para gerar as nossas concepções e percepções. Os cientistas e a população de forma geral podem pensar em soluções para adaptar e mitigar os impactos gerados pelas mudanças climáticas, tanto para seus contextos específicos quanto para impactos de maior abrangência. https://pt-br.padlet.com/ https://jamboard.google.com/ https://pz.harvard.edu/thinking-routines https://pz.harvard.edu/thinking-routines https://lilianbacich.com/2021/08/06/avaliacao-as-rotinas-de-pensamento/ https://lilianbacich.com/2021/08/06/avaliacao-as-rotinas-de-pensamento/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 38itinerariosamazonicos.org.br Também é importante enfatizar que os conhecimentos científicos revelam evidências dentro de recortes de pesquisa e análise e estão em constante revisão e transforma- ção. É relevante ter cuidado com a visão positivista da ciência – como se não sofresse as inúmeras interferências externas às quais todos somos sujeitos, como questões sociais, econômicas e culturais –, o que pode gerar preconceitos em relação ao co- nhecimento popular ou tradicional. Ao longo de toda a situação de aprendizagem, crie, em sala de aula, um ambiente de diálogo, inclusão e respeito às experiências e às realidades dos jovens, das famílias e da comunidade do entorno. Saiba mais Podemos encontrar importantes divergências entre cientistas que investigam uma mesma temática, e com as mudanças climáticas não é diferente – apesar de a imensa maioria já concordar que elas possuem relação direta com as atividades humanas. Há inúmeros fatores que devem ser levados em consideração para que determinado conhecimento seja aceito pela comunidade científica. Para saber mais sobre as di- vergências a respeito das mudanças climáticas no meio científico, acesse o material Como está a discussão sobre mudanças climáticas entre os cientistas | Paulo Nussenz- veig | Jornal da USP. Se houver interesse e tempo disponível, o material também pode ser compartilhado e debatido com os estudantes, aproximando-os de alguns aspectos da natureza da ciência e do processo de construção do conhecimento científico, o que pode ser realizado em parceria com outros professores, como o de Filosofia e o de al- gum dos componentes de Ciências da Natureza. Para saber mais sobre o tema, acesse A natureza da Ciência | Instituto de Biologia | Universidade de São Paulo. 3. Estabeleça uma conexão entre esta atividade inicial e a pesquisa de campo que será realizada pelos estudantes. Questione-os sobre como as pesquisas podem contribuir para o levantamento de conhecimentos populares a respeito das mudanças climáticas percebidas e vividas por sua comunidade e quais podem ser os impactos para as po- pulações locais. Relembre com eles a importância de realizar uma pesquisa imparcial, não enviesada e que não induza à confirmação ou à negação de nenhuma hipótese. Retome alguns trechos do livro Pesquisa de opinião pública – Princípios e exercícios | Andréa F. Weber e Patrícia M. Pérsigo | Universidade Federal de Santa Maria e ex- plique que a unidade 5, lida na etapa anterior, e a unidade 6 são importantes para a coleta de dados das pesquisas de cada grupo. Veja se os grupos incluíram no plano de pesquisa uma etapa de testes e ensaios, tanto para refinar os instrumentos quanto para relembrar os cuidados necessários com a ética no momento da entrevista. Estando ou não no plano da pesquisa, recomenda-se que esse ensaio seja feito em sala, com seu acompanhamento e sua intervenção, para que, posteriormente, os estudantes estejam prontos para realizar a pesquisa sozinhos. https://jornal.usp.br/atualidades/como-esta-a-discussao-sobre-mudancas-climaticas-entre-os-cientistas/ https://jornal.usp.br/atualidades/como-esta-a-discussao-sobre-mudancas-climaticas-entre-os-cientistas/ https://evosite.ib.usp.br/nature/index.shtml https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 39itinerariosamazonicos.org.br Diálogos Amazônicos É extremamente relevante o reconhecimento dos povos originários e das comunida- des tradicionais como precursores de práticas sustentáveis que preservam os recur- sos naturais e podem contribuir para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, são eles que mais sofrem com esses impactos – é o que chamamos de injustiça climática. Nosso desafio como sociedade civil é ir além do discurso de valori- zação do saber e da cultura popular. Medidas de cuidado, diálogo e proteção a essas populações que sofrem diante das mudanças climáticas precisam gerar políticas pú- blicas efetivas. Para contextualizar a temática com a turma, é possível utilizar os materiais: Comu- nidades tradicionais e a preservação do meio ambiente | Recorte | Drauzio Varella | YouTube, Os povos da Floresta | Instituto Sociedade, População e Natureza e o capí- tulo sobre injustiça climática da obra Novos temas em emergência climática: para os ensinos fundamental e médio | Edson Grandisoli et al. | IEE-USP. Com isso, é possível ampliar os temas abordados nesta etapa, além de valorizar as pesquisas de campo e, até mesmo, gerar relevantes indicadores para a criação de po- líticas públicas locais para o combate à injustiça climática. DESENVOLVIMENTO 4. Oriente os grupos de trabalho a retomar seus cronogramas e realizar os roteiros de entrevistas e/ou a aplicação dos questionários, conforme programado. O ideal é que os estudantes realizem as atividades fora do período de aula, respeitando os prazos estabelecidos, de modo a não comprometer a carga horária do curso. Caso deseje acompanhar as atividades realizando-as na escola, garantaque os cronogramas com- portem essa possibilidade. Independentemente da escolha, oriente e apoie os grupos ao longo de todo esse processo, reservando momentos das aulas para discutir a apli- cação das pesquisas. 5. Com todas as entrevistas realizadas e/ou os questionários aplicados, peça aos gru- pos que, durante as aulas, tabulem, organizem e analisem os dados coletados. Apoie- -os na seleção das categorias e das variáveis mais relevantes para que possam tirar conclusões sobre o que diz o senso comum e as percepções da comunidade local sobre o clima da região e as possíveis mudanças nos últimos anos. Por exemplo, os grupos podem ter utilizado a categoria “impactos ambientais” e os indicadores “alte- rações na temperatura e no regime de chuvas (precipitação)”; ou a categoria “impac- tos para a população local” e os indicadores “disponibilidade de água própria para o consumo e disseminação de doenças”. Oriente-os que as evidências geradas por meio das pesquisas serão utilizadas para a elaboração de análises e conclusões que dizem respeito aos conhecimentos popula- res e às percepções sobre as mudanças climáticas de sua região, que podem diver- gir de outras localidades, mesmo que pertencentes ao mesmo bioma. Por exemplo: haverá diferenças importantes nas percepções de clima em diferentes estados onde se encontra a Floresta Amazônica. A região de estudo pode estar mais próxima ou mais distante de outros biomas e sofrer influência de diferentes fenômenos quando https://www.youtube.com/watch?v=aGYpyvYNkyE https://www.youtube.com/watch?v=aGYpyvYNkyE https://www.youtube.com/watch?v=aGYpyvYNkyE https://ispn.org.br/biomas/amazonia/povos-e-comunidades-tradicionais-da-amazonia/ https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/711 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/711 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 40itinerariosamazonicos.org.br comparada com outra localidade, apesar de se tratar do mesmo bioma. Destaque que as conclusões representarão recortes das percepções da comunidade local, uma vez que correspondem a uma pesquisa amostral relativa a algumas categorias e/ou aos indicadores selecionados para compor os instrumentos de pesquisa. 6. Desafie a turma a pensar nas melhores formas de tabulação, organização e siste- matização dos dados, sobre quais conhecimentos matemáticos serão aplicados para isso e quais ferramentas, instrumentos e recursos – digitais ou não – devem ser em- pregados para que a visualização desses dados possibilite a geração de evidências e conclusões. O material Como organizar os dados para análise estatística? | Bruno Oliveira | Statplace pode auxiliar nessas tomadas de decisão, mas é necessário verifi- car se os estudantes conhecem os conceitos de rol, frequência absoluta e frequência relativa para que possam gerar novas tabelas com base nos dados organizados. Caso a turma não conheça esses conceitos, pode ser necessário elaborar uma tabela como exemplo, utilizando dados de um ou mais grupos, de modo que todos possam seguir a atividade. Se os grupos utilizaram os formulários digitais para a coleta de dados, é possível exportar as informações para planilhas digitais, o que facilita a criação de gráficos e tabelas. De qualquer maneira, é essencial que cada grupo elabore para a atividade seguinte um relatório físico ou virtual contendo todos os dados tabulados e as con- clusões dos estudantes. Esse relatório deve ser utilizado como parte da avaliação e, por isso, é essencial que os jovens recebam devolutivas sobre ele antes de avançarem. Eixos estruturantes em ação As habilidades do eixo Processos criativos são mobilizadas em diferentes momentos desta atividade, especialmente a EMIFMAT05. Com base na tabulação e na organiza- ção dos dados coletados, os estudantes são estimulados a selecionar criativamente recursos relacionados à Matemática para resolver problemas de natureza diversa – nesse caso, os recursos que melhor representam os dados obtidos nas entrevistas e que possibilitam a formulação de conclusões. 7. Após a tabulação e a organização dos dados, proponha que dois grupos se reúnam e apresentem os dados obtidos, comparando-os e debatendo pontos comuns e diver- gentes. Com isso, certos padrões ou tendências já podem ser detectados e analisados. Verifique se os estudantes têm conhecimentos prévios sobre medidas de centralidade e de dispersão, e se sabem calculá-las com base nas tabelas já produzidas. Caso um ou mais discente apresente dificuldade, é importante retomar esses conceitos. Assim como sugerido anteriormente, utilizar os dados de um ou mais grupos como exemplo e realizar os cálculos coletivamente podem auxiliá-los. Durante o trabalho com os pares de grupos, apoie-os para que as sínteses em cada re- latório contenham as frequências absolutas e relativas de cada resposta nas variáveis qualitativas, que podem também ser apresentadas em gráficos, além do uso de me- didas estatísticas para as variáveis quantitativas, tais como média, moda e mediana. Para dados como idade dos respondentes e tempo que residem no local, por exemplo, além das medidas de tendência central, pode ser importante utilizar também medidas https://statplace.com.br/blog/como-organizar-os-dados-para-analise-estatistica/ https://statplace.com.br/blog/como-organizar-os-dados-para-analise-estatistica/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 41itinerariosamazonicos.org.br de dispersão, tais como amplitude e desvio padrão. Já para as questões de percepção da escala Likert, os valores modais são mais significativos, mas as frequências absolu- tas de cada resposta também podem ser apresentadas. É essencial que os grupos discutam sobre quais são as melhores medidas de centra- lidade ou dispersão para apoiar as observações e conclusões que pretendem realizar. Garanta também que as conclusões e as inferências geradas com base nos resultados analisados sejam embasadas exclusivamente nos dados e não configurem interpreta- ções pessoais. Quando finalizarem as apresentações, os jovens devem elaborar uma síntese das entrevistas para apresentar para toda a turma, identificando e diferencian- do as variáveis que influenciaram nas percepções das comunidades locais em relação às mudanças climáticas de acordo com as categorias ou os indicadores utilizados na coleta de dados nos roteiros de entrevistas e/ou na aplicação dos questionários. As sínteses podem ser incluídas em um mural digital, cartaz ou no quadro, para que se tornem visíveis a todos, formando um painel coletivo de sistematização das pesqui- sas. Esses registros podem fazer parte da avaliação. Saiba mais Uma temática relevante que pode surgir a partir dos recortes de pesquisa selecio- nados pelos grupos é o fato de que as mudanças climáticas não geram os mesmos impactos para diferentes grupos sociais presentes em diversas sociedades, o que é chamado de injustiças climáticas, em que determinadas parcelas mais vulneráveis da população são mais suscetíveis a elas. Para saber mais sobre o tema, acesse os capí- tulos de 6 a 10 do livro Novos temas em emergência climática: para os ensinos funda- mental e médio | Edson Grandisoli et al. | IEE-USP. SISTEMATIZAÇÃO 8. Faça uma retomada das sínteses compartilhadas e registradas nos relatórios, enga- jando toda a turma nesse momento. Proponha uma roda de conversa para resgatar os registros realizados no painel para que os estudantes acomodem as aprendizagens, em especial sobre os processos de tabulação de dados e cálculo de medidas esta- tísticas, promovendo reflexões também sobre o que cada medida significa e como selecionar as mais adequadas para cada tipo de dado. Para esse debate, é possível engajar outros professores, como da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ciênciasda Natureza, com o objetivo de ampliar a análise dos dados e as evidências com base em questões sociais, ambientais, políticas, culturais e econômicas presentes no contexto local. Sempre que possível, faça observações e lance questionamentos que os convidem a perceber a importância de reconhecer, valorizar e compreender a realidade das comunidades locais e que suas percepções sobre o clima são geradas com base em diferentes crenças, vivências, experiências e pontos de vista. Resgate a ideia da importância de valorizar os conhecimentos populares ou tradicionais, de não desvalorizar o senso comum e o quanto esses dois fatores contribuem e se conectam com a construção de conhecimentos científicos. 9. Proponha a retomada das hipóteses iniciais e finais dos estudantes nesta atividade e recupere a questão disparadora proposta anteriormente: https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/711 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/711 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 42itinerariosamazonicos.org.br • Como o conhecimento científico e o conhecimento popular se conectam na con- cepção de causas, consequências e possíveis soluções às mudanças climáticas? Os grupos podem registrar no caderno como as apresentações de todos os grupos possibilitam fazer modificações e qualificar as ideias apresentadas, além de destacar os conhecimentos matemáticos que contribuíram para esse processo. Para finalizar, os estudantes devem elaborar um texto colaborativo no quadro, ou utilizando um re- curso digital, com o objetivo de registrar as aprendizagens desenvolvidas na etapa. Saiba mais A ciência cidadã possibilita a conexão entre cidadãos locais e pesquisadores que reali- zam parcerias para a coleta e a análise de dados em pesquisas científicas com a utiliza- ção de metodologias participativas. Para saber mais sobre o tema, acesse o infográfico Como planejar um projeto de Ciência Cidadã | STEM Education Hub. As diferentes ferra- mentas matemáticas aplicadas ao longo deste módulo podem evidenciar o quanto elas são relevantes na realização de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, inclusive nas de caráter socioambiental. Avaliação em processo Tendo em vista os combinados feitos previamente com a turma, retome e selecione os instrumentos que serão utilizados para a avaliação. Ao longo das situações de aprendizagem, há sugestões de materiais que devem compor esta avaliação. Durante o percurso de aprendizagem, faça devolutivas aos estudantes, individualmente ou em grupos, destacando pontos que precisam de mais dedicação e os aspectos positivos do envolvimento deles com o projeto. As produções individuais e coletivas também podem fornecer evidências das expectativas de aprendizagem e das habilidades dos eixos estruturantes. Acompanhe a produção dos registros com os dados analisados para verificar a aprendizagem de diversas habilidades matemáticas, tais como cons- truir tabelas de frequência e determinar medidas de tendência central e de dispersão adequadas a cada tipo de dado. Para as diferentes etapas de coleta, organização e análise dos dados, distintos cri- térios de observação e avaliação, tanto individuais quanto coletivos, podem compor uma rubrica de avaliação, que deve ser apresentada aos estudantes desde o início da etapa. Os critérios indicados na rubrica também podem compor uma tabela de au- toavaliação, que pode ser preenchida tanto individualmente quanto em grupos. Para conhecer boas estratégias para dar boas devolutivas, leia o artigo Trabalhando por dentro da caixa preta | Black et al. | Cadernos Cenpec. Lembre-se de que as devolu- tivas devem ser baseadas nas rubricas e na expectativa de que todos os estudantes obtenham o melhor resultado possível. Sendo assim, reveja as estratégias de apren- dizagem adotadas e atente-se aos discentes que precisam de maior atenção e de outras formas de engajamento e motivação. Verifique o que precisa ser repensado e adaptado para as próximas propostas do módulo. https://www.stemeducationhub.co.uk/wp-content/uploads/2021/10/Citizen_Science_STEMEduHub.pdf https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/445 https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/445 https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/445 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 43itinerariosamazonicos.org.br SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 10 horas Esta situação de aprendizagem possibilita aos estudantes aplicar seus estudos pré- vios sobre pesquisas de opinião comparando os resultados com dados científicos, de modo que seja possível conceituar de forma mais robusta o papel e a importância da estatística. Com base na comparação entre os dados coletados e as informações científicas, é possível elaborar uma série de hipóteses sobre as relações entre eventos climáticos, socioambientais e a construção da opinião pública, além de sugestões de intervenções que fortaleçam ou confrontem a opinião pública em comparação ao co- nhecimento científico. PONTO DE PARTIDA 1. Apresente para a turma o principal objetivo desta situação de aprendizagem, que é comparar a pesquisa realizada sobre as percepções do clima local e das mudanças cli- máticas das pessoas da região com os saberes cientificamente construídos, buscando pontos comuns e diferenças significativas. Em seguida, proponha que discutam nos grupos as seguintes questões: • Quais perguntas minha pesquisa de campo procurou investigar? • Para cada questão, quais resultados eu encontrei? Em seguida, peça que registrem as respostas em um cartaz e anotem mais uma per- gunta que será respondida ao final da situação de aprendizagem: • O que a ciência diz sobre cada pergunta respondida pela minha pesquisa? • Exponha os cartazes no quadro. 2. Faça a leitura e a retomada das informações listadas pelos estudantes, relacionando com o objetivo que se pretende alcançar. Destaque as ideias que se referem aos conhe- cimentos científicos que eles precisam selecionar e se aprofundar para realizar as com- parações com os dados obtidos nas pesquisas de campo. Questione-os sobre como buscar mais informações sobre esses temas e quais podem ser as fontes de pesquisa. 3. Para finalizar essa sensibilização, compartilhe com a turma dicas para o reconhe- cimento de fontes confiáveis de pesquisa e para otimizar as pesquisas realizadas na internet. Para isso, acesse os materiais indicados a seguir: Como ajudar seus alunos a identificar fontes confiáveis de informação | Mariana Lopes | Porvir e 6 dicas para oti- mizar as pesquisas dos seus alunos na internet | Mariana Mandelli | Educamídia. Indi- que aos estudantes a importância de selecionar fontes que se relacionem a institutos de pesquisa, universidades, órgãos governamentais, instituições e associações, livros, revistas e jornais científicos. https://porvir.org/como-ajudar-seus-alunos-a-identificar-fontes-confiaveis-de-informacao/ https://porvir.org/como-ajudar-seus-alunos-a-identificar-fontes-confiaveis-de-informacao/ https://educamidia.org.br/6-dicas-para-otimizar-as-pesquisas-dos-seus-alunos-na-internet https://educamidia.org.br/6-dicas-para-otimizar-as-pesquisas-dos-seus-alunos-na-internet MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 44itinerariosamazonicos.org.br DESENVOLVIMENTO 4. Proponha à turma que se organize em grupos e retome o painel coletivo de sistema- tização das pesquisas. Cada um deve resgatar os objetivos das pesquisas, as pergun- tas feitas e as categorias de organização das respostas em variáveis e/ou indicadores, de acordo com as sugestões da etapa anterior, que foram utilizadaspara a elaboração dos instrumentos de coleta de dados. Conforme exemplificado anteriormente, os gru- pos podem ter utilizado a categoria “impactos ambientais” e os indicadores “altera- ções na temperatura e no regime de chuvas (precipitação)”; ou a categoria “impactos para a população local” e os indicadores “disponibilidade de água própria para o con- sumo e disseminação de doenças”. 5. Após essa retomada, oriente-os a respeito da busca de dados em fontes confiáveis para a procura de conhecimentos científicos que permitam a comparação com os da- dos obtidos nas pesquisas com a comunidade local. A coleta de informações de cada grupo ocorrerá de acordo com as categorias e/ou os indicadores determinados desde a etapa 1 e utilizados para a realização da coleta de dados na pesquisa de campo, além da busca por pesquisas relacionadas a cada localidade investigada, bioma e estado brasileiro, por exemplo. Se em sua escola não houver dispositivos com acesso à internet, é importante que esses materiais sejam selecionados e impressos previamente. Caso a maioria dos estudantes tenha acesso à internet, as pesquisas podem ser propostas como tarefa de casa. Livros, jornais e revistas científicas também podem ser disponibilizados para a turma. Algumas fontes de pesquisa para serem compartilhadas com os estudantes são: • Para o levantamento de dados sobre desmatamento e queimadas, veja TerraBrasilis | INPE. • Para gerar dados sobre o monitoramento climático local, acesse o site Monitoramen- to Brasil | Previsão Climática CPTEC | INPE. • Para simular diferentes cenários climáticos com base em diferentes variáveis, acesse IPCC WGI Interactive Atlas: Regional information | IPCC. • Para gerar séries históricas de mudanças climáticas com dados coletados nas esta- ções meteorológicas dos estados, navegue em Inmet :: Clima | INMET. • Para ver o relatório de ações para a mitigação das mudanças climáticas 2022, veja Climate Change 2022: Mitigation of Climate Change | IPCC. Explique para a turma que os bancos de dados listados são exemplos de fontes utilizadas pelos pesquisadores para gerar publicações como as exemplificadas a seguir, as quais po- dem ser usadas pelos grupos: • O futuro climático da Amazônia | Antonio Donato Nobre | Articulación Regional Amazônica. • Clima da Amazônia | José A. Marengo e Carlos A. Nobre | CPTEC-INPE. • Mudanças climáticas e Amazônia | Carlos A. Nobre, Gilvan Sampaio e Luis Salazar | Ciência e Cultura. • Mudanças climáticas: impactos e cenários para a Amazônia | José A. Marengo e Carlos Souza Jr., material produzido por meio de uma parceria entre diferentes instituições. http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/ http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt https://interactive-atlas.ipcc.ch/regional-information#eyJ0eXBlIjoiQVRMQVMiLCJjb21tb25zIjp7ImxhdCI6OTc3MiwibG5nIjo0MDA2OTIsInpvb20iOjQsInByb2oiOiJFUFNHOjU0MDMwIiwibW9kZSI6ImNvbXBsZXRlX2F0bGFzIn0sInByaW1hcnkiOnsic2NlbmFyaW8iOiJzc3A1ODUiLCJwZXJpb2QiOiIyIiwic2Vhc29uIjoieWVhciIsImRhdGFzZXQiOiJDTUlQNiIsInZhcmlhYmxlIjoidGFzIiwidmFsdWVUeXBlIjoiQU5PTUFMWSIsImhhdGNoaW5nIjoiU0lNUExFIiwicmVnaW9uU2V0IjoiYXI2IiwiYmFzZWxpbmUiOiJwcmVJbmR1c3RyaWFsIiwicmVnaW9uc1NlbGVjdGVkIjpbXX0sInBsb3QiOnsiYWN0aXZlVGFiIjoicGx1bWUiLCJtYXNrIjoibm9uZSIsInNjYXR0ZXJZTWFnIjpudWxsLCJzY2F0dGVyWVZhciI6bnVsbCwic2hvd2luZyI6ZmFsc2V9fQ== https://clima.inmet.gov.br/GraficosClimatologicos/DF/83377 https://www.ipcc.ch/report/ar6/wg3/ http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/documentos/futuro-climatico-da-amazonia.pdf http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/documentos/futuro-climatico-da-amazonia.pdf http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/cliesp10a/fish.html http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300012 http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300012 https://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_Mudancas_Climaticas-Amazonia.pdf https://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_Mudancas_Climaticas-Amazonia.pdf MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 45itinerariosamazonicos.org.br Durante a coleta de informações, os grupos podem gerar os dados para uma análise posterior no mapa interativo, disponível em Monitoramento Brasil | Previsão Climática CPTEC | INPE, e comparar com o que foi obtido na pesquisa de campo local. Também podem selecionar informações em textos científicos – como os sugeridos anterior- mente – que expliquem essas alterações, causas e consequências, comparando-as às percepções dos moradores locais. Ao longo do processo, consensos e dissensos podem ser reconhecidos. 6. Para comparar os dados qualitativos e/ou quantitativos obtidos com as pesquisas de campo e as pesquisas dos conhecimentos científicos realizadas pelos grupos, su- gira aos estudantes que elaborem um quadro comparativo, conforme o modelo apre- sentado a seguir. Esse quadro pode ser entregue como parte do processo avaliativo dos grupos. QUADRO 2 Comparativo Categoria/ indicador selecionado Dados obtidos na pesquisa de campo Dados obtidos em fontes científicas Semelhanças encontradas Diferenças encontradas Conclusões do grupo Fonte: elaborado pelos autores, 2023. Após a elaboração do quadro comparativo, auxilie os estudantes a ter clareza de que estão interpretando de modo pessoal uma possível diferença entre a pesquisa de campo realizada por eles e os dados oficiais obtidos com as fontes científicas. É pos- sível debater com a turma que as amostras das pesquisas dos grupos, eventualmente, não representam a população ou o todo investigado pelos cientistas. 7. Para finalizar, peça aos grupos que apresentem uma síntese dos dados e das con- clusões para toda a turma. Oriente-os a reler os artigos pesquisados desde o início do módulo para escolher o formato que desejam dar à síntese final. Esse resumo pode conter imagens, gráficos e textos que auxiliem na visualização e na compreensão dos resultados obtidos. Esse material servirá para a avaliação dos estudantes. http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 46itinerariosamazonicos.org.br Eixos estruturantes em ação As habilidades do eixo Mediação e intervenção sociocultural são mobilizadas ao longo de toda a atividade, com destaque para a EMIFMAT07. Ao se aprofundarem nas catego- rias e/ou nos indicadores utilizados nas pesquisas de campo, relacionados às questões socioculturais e socioambientais locais, os estudantes aplicam conhecimentos e habili- dades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado. SISTEMATIZAÇÃO 8. Retome o principal objetivo da situação de aprendizagem que foi apresentado no início do Ponto de partida: comparar a pesquisa realizada sobre as percepções do clima local e das mudanças climáticas das pessoas da região com os saberes cientifi- camente construídos, buscando pontos comuns e diferenças significativas. Promova um breve debate questionando a turma se acredita que o objetivo foi atingi- do e se ainda restam dúvidas sobre as temáticas, os conceitos e as ferramentas mate- máticas empregados ao longo das atividades, tais como a condução de uma pesquisa estatística e as medidas de tendência e de dispersão utilizadas para analisar os dados. 9. Para finalizar, retome os cartazes produzidos no início e solicite aos jovens que re- gistrem as respostas para a seguinte pergunta: • Sobre cada pergunta da minha pesquisa, o que a ciência diz? Retome os registros dos estudantes, tecendo comentários e lançando questionamen- tos sobre quais foram as aprendizagens desenvolvidas no módulo. Com o objetivo de realizar um processo reflexivo e metacognitivo, é interessante questionar sobre como essas aprendizagensforam construídas e como os jovens aprenderam os conceitos listados. Eles podem fazer uma autoavaliação do portfólio para embasar a discussão. De olho nas estratégias As estratégias de metacognição são importantes para o processo de aprendizagem dos estudantes e possibilitam que eles reflitam sobre a questão e compreendam os processos cognitivos que permitem a ocorrência das aprendizagens, da elaboração de ideias e dos pensamentos. Para saber mais sobre o tema, acesse os materiais Me- tacognição como processo da aprendizagem | Bernadétte Beber, Eduardo da Silva e Simoni Urnau Bonfiglio | Revista Psicopedagogia e Por que desenvolver a metacogni- ção é tão importante para a aprendizagem | Olívia Baldissera | Unisinos. Avaliação em processo Tendo em vista os combinados feitos previamente com a turma, retome e selecione os instrumentos que serão utilizados para a avaliação. Durante o percurso de apren- dizagem, faça devolutivas, individualmente ou em grupos, destacando pontos que os estudantes precisam de mais dedicação e os aspectos positivos de se envolverem com o projeto, assim como as aprendizagens feitas e o desenvolvimento em relação às habilidades específicas mobilizadas durante a atividade. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862014000200007 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862014000200007 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862014000200007 https://poseducacao.unisinos.br/blog/metacognicao https://poseducacao.unisinos.br/blog/metacognicao MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 47itinerariosamazonicos.org.br Para as diferentes etapas de comparação com dados científicos, a elaboração de con- clusões e a comunicação final, diversos critérios de observação e avaliação, tanto indi- viduais quanto coletivos, podem compor uma rubrica de avaliação, que deve ser apre- sentada aos estudantes desde o início da etapa. Isso vai auxiliar na avaliação acerca das compreensões sobre eventos distintos estarem ou não associados à realização de pesquisas em fontes confiáveis e à busca por consensos e dissensos nas pesquisas de campo e em fontes científicas. Reveja as estratégias de aprendizagem adotadas e atente-se aos estudantes que ne- cessitam de maior atenção e de outras formas de engajamento e motivação. Verifique o que precisa ser repensado e adaptado para a próxima etapa do módulo. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 48itinerariosamazonicos.org.br ETAPA 3: DIVULGANDO OS RESULTADOS DA PESQUISA CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 10H ACONTECE NA ETAPA Criação e apresentação de personas. Planejamento e elaboração de materiais de divulgação científica. Disseminação e apresentação de materiais de divulgação científica. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 10 horas Nesta situação de aprendizagem, os estudantes estabelecem estratégias de comuni- cação com diferentes públicos, discutindo diversos formatos de divulgação científica e compartilhando possibilidades de apresentação de resultados de pesquisas estatís- ticas e informações científicas. PONTO DE PARTIDA 1. Para dar início a este momento, solicite aos estudantes que retomem o quadro elaborado na situação de aprendizagem anterior com a síntese das diferenças e se- melhanças encontradas entre as pesquisas de campo e as pesquisas em fontes cien- tíficas. Discuta com a turma como foi a apresentação dos resultados e fale a respeito da importância de comunicá-los com clareza. Em seguida, proponha uma roda de conversa sobre os tópicos: • A importância de divulgar as informações dos produtos de pesquisas (desde que sejam sérias e bem-feitas). • A escolha da linguagem, de tal modo que o conteúdo comunicado seja compre- ensível ao público a que se destina. Questione os discentes sobre seus conhecimentos prévios a respeito do que é a divul- gação científica. Para contribuir com esse momento, é possível compartilhar e debater com a turma trechos selecionados previamente do material O que é divulgação cien- tífica?! | Fernanda Jeronimo et al. | Bióicos. https://www.bioicos.org.br/post/o-que-e-divulgacao-cientifica https://www.bioicos.org.br/post/o-que-e-divulgacao-cientifica MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 49itinerariosamazonicos.org.br É possível trazer para a conversa o tema das fake news, da circulação de informações que reforçam entendimentos equivocados sobre assuntos de relevância pública, além da responsabilidade social que alguns comunicadores assumem. As mudanças climá- ticas fazem parte desse cardápio, em que o negacionismo coloca em dúvida a consta- tação científica sobre fenômenos socioambientais. 2. Como tarefa de casa, solicite aos estudantes que retomem os dados do perfil das pes- soas entrevistadas e/ou que responderam ao questionário, para criar uma persona que represente a maioria da comunidade, elencando características pessoais, crenças, reali- dades, conhecimentos e possíveis dúvidas sobre o clima local e as mudanças climáticas. De olho nas estratégias A criação de persona é uma estratégia utilizada, principalmente, na área de marketing para a apresentação de personagens fictícios ou parcialmente fictícios com base em pesquisas de campo, dados demográficos, comportamentos de consumo e análise das necessidades de determinado público-alvo. Esse processo pode tornar a criação de soluções e de produtos mais humanizada e individualizada ao conhecer e reconhe- cer diferentes realidades e contextos sociais, além das necessidades do consumidor. Oriente a turma para não caricaturar os membros da comunidade, em respeito aos que contribuíram com a pesquisa feita e para que a produção das investigações possa chegar até essas pessoas. Uma sugestão de ferramenta para a criação das personas com cautela e respeito é o material: Conheça o mapa da empatia e saiba como usar | Inovação Sebrae Minas. A Figura 1 apresenta as perguntas centrais trabalhadas no ar- tigo. Você pode utilizá-la como instrumento durante a atividade. Se julgar necessário, crie outros campos para caracterizar a persona. FIGURA 1 Mapa de empatia Fonte: adaptado de Sebrae (2018). https://inovacaosebraeminas.com.br/conheca-o-mapa-da-empatia/ https://inovacaosebraeminas.com.br/conheca-o-mapa-da-empatia/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 50itinerariosamazonicos.org.br 3. Organize os estudantes em grupos e peça a eles que conversem sobre as personas que criaram. Assim, cada grupo deve escolher uma delas com base no perfil, nos co- nhecimentos e nas dúvidas a respeito do clima local e das mudanças climáticas. Expli- que que a persona escolhida vai inspirar a criação de materiais de divulgação científi- ca, proposta a ser realizada nas próximas atividades desta situação de aprendizagem. Caso seja utilizado o mapa da empatia, esse registro pode ser usado tanto para os estudantes compartilharem as personas quanto para avaliar a capacidade de interpre- tação e síntese dos dados obtidos pelos jovens sobre a comunidade pesquisada. 4. Na sequência, em uma roda de conversa, peça aos grupos que apresentem as per- sonas escolhidas. Enquanto falam, anote no quadro o que citarem a respeito dos co- nhecimentos e das dúvidas dessas personas. Assim, todos podem identificar possíveis conflitos temáticos. O ideal é que cada grupo tenha um tema diferente para desen- volver os materiais de divulgação científica. As apresentações dos estudantes podem compor um dos instrumentos de avaliação e embasarem-se em uma rubrica previa- mente compartilhada com a turma. 5. Para finalizar, após o compartilhamentopelos grupos e a construção da lista de te- mas no quadro, proponha a seguinte questão disparadora: • Como podemos aproximar as pessoas do conhecimento científico de modo com- preensível, fazendo com que elas questionem suas crenças e percepções de forma construtiva, e que passem a validar mais a ciência e o conhecimento científico? Depois, a turma partilha as ideias em uma nuvem de palavras elaborada com o apoio de um recurso digital, um cartaz ou um quadro. Selecione algumas hipóteses dos jo- vens para tecer comentários e questionamentos, fazendo conexões entre elas e deba- tendo com os estudantes o que concordam e discordam. DESENVOLVIMENTO 6. Apresente o objetivo das próximas atividades: elaborar e difundir materiais de di- vulgação científica dos dados obtidos e analisados nas pesquisas locais. Para que os grupos escolham o formato, os recursos e as estratégias que utilizarão na criação dos materiais, é possível iniciar com uma rotação por estações, de modo que haja um tipo de material de divulgação científica em cada uma. A seguir, estão sugestões de con- teúdos que podem compor as estações, em diferentes formatos: • Podcast: O que você faz importa: crise climática e ambiental | NAT GEO Pod- cast | National Geographic. • Infográfico: Jovens transformam relatório da ONU sobre mudanças climáticas em infográfico | Adriano Liziero | Geografia Visual. • Panfleto: Mudanças climáticas | Secretaria de Meio Ambiente de Americana. • E-book: Mudança climática: os desafios éticos | Unesco. • Vídeo: Proteger nosso planeta, combater as mudanças climáticas | ONU Brasil | YouTube. https://o-que-voce-faz-importa.simplecast.com/episodes/1-crise-climatica-e-ambiental https://o-que-voce-faz-importa.simplecast.com/episodes/1-crise-climatica-e-ambiental https://geografiavisual.com.br/infografico/infografico-mudancas-climaticas https://geografiavisual.com.br/infografico/infografico-mudancas-climaticas https://www.americana.sp.gov.br/download/meioAmbiente/despertarAmbiental/aula1-folder-mudanca-climatica.pdf https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000370032_por.locale=en https://www.youtube.com/watch?v=l19WLdf_NLo https://www.youtube.com/watch?v=l19WLdf_NLo MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 51itinerariosamazonicos.org.br • Estratégias de marketing social: Marketing social de WWF pide combatir el cambio climático | InformaBTL. • IDIS – Guia prático de marketing relacionado a causas: diretrizes e casos | Már- cia Woods et al. | WWF. Com base nesses materiais, os estudantes devem preencher um quadro elencando as- pectos positivos e negativos dos conteúdos analisados em cada estação em relação ao formato de criação e divulgação, além de outros destaques que quiserem registrar. O quadro pode servir de guia para a escolha e o planejamento do grupo, na ideação e na elaboração dos próprios materiais de divulgação científica para a comunidade local. Veja uma sugestão de quadro para ser utilizada na rotação por estações. QUADRO 3 Aspectos positivos e negativos dos conteúdos analisados Critérios a observar: facilidade de elaboração, facilidade de leitura, acessibilidade, design interessante etc. Materiais Aspectos positivos Aspectos negativos Material 1 Material 2 Material 3 Fonte: elaborado pelos autores, 2023. Se a atividade não puder ser realizada em aula, é possível propor que ela aconteça como tarefa de casa, com posterior discussão em uma roda de conversa. Caso os es- tudantes não tenham acesso à internet, imprima exemplos de materiais ou busque-os em livros, jornais e revistas, além de verificar se em diferentes setores da comunidade local há a disponibilidade de materiais, como panfletos e cartazes utilizados em pos- tos de saúde para a divulgação de campanhas de vacina ou de questões relacionadas à prevenção de doenças. Pode-se, também, propor aos estudantes a criação de ex- posições, manuais e seminários. As escolhas devem ser feitas com base na disponi- bilidade de recursos, no cronograma da turma e na realidade da comunidade local. Para este momento organizacional, a Matemática pode entrar como contribuição de planilhamento de custos, logística, cronograma e quantidades. https://www.informabtl.com/marketing-social-de-wwf-pide-combatir-el-cambio-climatico/ https://www.informabtl.com/marketing-social-de-wwf-pide-combatir-el-cambio-climatico/ https://www.wwf.org.br/?10940/ https://www.wwf.org.br/?10940/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 52itinerariosamazonicos.org.br Diálogos Amazônicos Exemplos de materiais de divulgação científica sobre as mudanças climáticas na Ama- zônia podem ser encontrados em Entendimento Amazônia | Uma Concertação pela Amazônia e Consequências das mudanças climáticas | Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Diferentes tipos de campanhas de conscientização local tam- bém podem ser utilizados como exemplos e compartilhados com a turma. Saiba mais A educomunicação possibilita a conexão entre a educação e os diferentes meios de comunicação, com a incorporação de técnicas de produção de conteúdos utilizadas pelas principais mídias em sala de aula. Para saber mais sobre a temática, acesse Educomunicação: o que é e como usar na sua aula | Débora Garofalo | Nova Escola e Educomunicação e TIC na escola para professores(as) | Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. 7. Após conhecer diferentes formatos de materiais de divulgação científica, oriente os grupos a retomar a persona escolhida e se questionarem sobre qual seria o melhor tipo de material para aproximá-la dos conhecimentos científicos e ajudá-la com as possíveis dúvidas sobre o clima local e as mudanças climáticas. Para o planejamento do material, os grupos podem elaborar uma tabela para organizar as seguintes infor- mações: público-alvo, formato, locais, meios de divulgação, recursos necessários, in- formações científicas que serão vinculadas ao material, fontes de pesquisa utilizadas e funções de cada membro do grupo. Na sequência, peça aos grupos que se juntem de dois em dois, para compartilhar e debater seus planejamentos, trocando sugestões e apontamentos para a melhoria do material. Para a elaboração dos materiais, os grupos podem utilizar diferentes recursos, tendo em vista a realidade da sua escola. Podem produzir os materiais utilizando smartpho- nes, computadores, recursos digitais (como editores de áudio, de vídeo e de imagens), ferramentas de design gráfico como o Canva, cartolina, papelão, papel pardo, retalhos de papéis coloridos, tinta, lápis de cor, recortes de revistas e jornais, materiais recicla- dos – sempre com cautela em relação à quantidade de resíduos gerados. Os materiais elaborados pelos estudantes podem ser divulgados em seminários para outras turmas ou outras escolas. O planejamento desenvolvido pode servir de instrumento avaliati- vo, pautado em critérios estabelecidos com antecedência em uma rubrica. Eixos estruturantes em ação As habilidades do eixo Processos criativos são mobilizadas em diferentes momentos da atividade, especialmente a EMIFMAT05. Ao retomar os dados levantados e analisa- dos nas pesquisas de campo para a criação de personas e de materiais de divulgação científica, os estudantes devem selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria- tivos relacionados à Matemática, tais como elaboração de gráficos, lógica, desenho geométrico e outros que possam ser demandados de acordo com os materiais esco- lhidos pelos estudantes para resolver problemas de naturezas diversas, neste caso, sociocultural e socioambiental. https://concertacaoamazonia.com.br/conhecimento/espiral-de-conhecimento/?eixo=eixo13&gclid=Cj0KCQiA_P6dBhD1ARIsAAGI7HAoSCNTR4DvkJfdPKoe5g2VXvkKClC3fE6m9omGujIssvpA_so6KxkaArFKEALw_wcB https://concertacaoamazonia.com.br/conhecimento/espiral-de-conhecimento/?eixo=eixo13&gclid=Cj0KCQiA_P6dBhD1ARIsAAGI7HAoSCNTR4DvkJfdPKoe5g2VXvkKClC3fE6m9omGujIssvpA_so6KxkaArFKEALw_wcBhttps://www.mamiraua.org.br/documentos/c1b447bb80b8092eefe29d0c9e28e2f4.jpg https://www.mamiraua.org.br/documentos/c1b447bb80b8092eefe29d0c9e28e2f4.jpg https://novaescola.org.br/conteudo/18177/educomunicacao-o-que-e-e-como-usar-na-sua-aula https://moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/view.php?id=7294&chapterid=1101 https://moodle.educacao.rs.gov.br/mod/book/view.php?id=7294&chapterid=1101 https://www.canva.com/pt_br/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 53itinerariosamazonicos.org.br 8. Estabeleça um cronograma com a turma para a criação dos materiais, o que vai ser realizado em sala de aula e o que vai ser feito em casa. Estabeleça os prazos e inclua momentos de apresentação do material para você, docente, enquanto ele está sendo produzido, para acompanhar a produção de todos os grupos. Se uma rubri- ca de avaliação for compartilhada com os estudantes com antecedência, eles têm a oportunidade de alcançar os objetivos pretendidos com a proposta. Relembre-os da importância do respeito aos conhecimentos tradicionais locais para que os materiais de divulgação científica não os desvalorizem. 9. Quando todos os materiais estiverem prontos, peça aos grupos que os apresentem à turma e a outros membros da escola. Planeje com eles como ocorrerá a divulgação dos materiais para a comunidade local, por exemplo, em um evento promovido pela escola, pelas redes sociais, criação de um blog ou site, com o apoio de órgãos muni- cipais ou líderes comunitários locais. SISTEMATIZAÇÃO 10. Retome com os estudantes as hipóteses iniciais para a questão disparadora: • Como podemos aproximar as pessoas do conhecimento científico de modo com- preensível, fazendo com que elas questionem suas crenças e percepções de forma construtiva, e que passem a validar mais a ciência e o conhecimento científico? Proponha à turma que revise as hipóteses com base no material elaborado por cada grupo, verificando se foram confirmadas ou se precisam ser revistas. 11. Na sequência, proponha a rotina de pensamento “Antes eu pensava… agora eu pen- so…” e solicite que, em duplas, os estudantes construam parágrafos com essa estru- tura de acordo com temas como mudanças climáticas, senso comum, conhecimento científico, pesquisa estatística, divulgação científica, entre outros que julgar pertinen- tes, sempre com base na realidade da turma. 12. Após o evento de divulgação dos materiais elaborados, debata com os estudantes os pontos positivos e negativos do evento e como a ação impactou a comunidade lo- cal. Os membros da comunidade que apreciarem o evento podem preencher fichas de avaliação e de sugestões para serem analisadas pela turma, o que também pode ser feito com o uso de um formulário digital. Avaliação em processo De acordo com os combinados feitos previamente com a turma, retome e selecione os instrumentos que serão utilizados para a avaliação, como os registros da rotação por estações, o planejamento do material de cada grupo e o material de divulgação cien- tífica elaborado pelos grupos. Durante o percurso de aprendizagem, faça devolutivas aos estudantes, individualmente ou em grupos, destacando pontos que precisam de mais dedicação e os aspectos positivos do envolvimento com o projeto. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 54itinerariosamazonicos.org.br As produções individuais e coletivas podem fornecer evidências em relação às ex- pectativas de aprendizagem e às habilidades dos eixos estruturantes. Acompanhe as produções de todos os grupos e compartilhe devolutivas para a sua qualificação. Observe se as produções finais dos estudantes comunicam com clareza e correção con- ceitual as informações selecionadas para compor os materiais de divulgação científica. Se possível, ofereça uma rubrica com critérios de avaliação, tanto para o processo quanto para o produto final, que pode ser usada não só por você como também pe- los estudantes para compor uma tabela de autoavaliação, que poderá ser preenchida individualmente ou entre os grupos. Reveja as estratégias de aprendizagem adotadas e atente-se aos estudantes que precisam de maior atenção e de outras formas de engajamento e motivação. Para a ampliação de conhecimentos e de repertório so- bre práticas avaliativas, recomendamos a realização da Trilha de Aprendizagem do componente O lugar da avaliação | Instituto iungo, Instituto Reúna e Itaú Educação e Trabalho | Nosso Ensino Médio. https://nossoensinomedio.org.br/componentes/o-lugar-da-avaliacao/ https://nossoensinomedio.org.br/componentes/o-lugar-da-avaliacao/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 55itinerariosamazonicos.org.br MATERIAL DO ESTUDANTE Apreciação de produções artísticas com reflexões sobre possíveis relações entre clima, chuva e vida no planeta. ETAPA 1 - Situação de aprendizagem 1 - Atividade 1 Fonte: CAMINHA, Rakel. Olhos da floresta. 2022. 1 fotocolagem. Disponível em: https:// www.rakelcaminha.com.br/galeria. Acesso em: 11 abr. 2023. https://www.rakelcaminha.com.br/galeria https://www.rakelcaminha.com.br/galeria MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 56itinerariosamazonicos.org.br Fonte: CAMINHA, Rakel. A terra dá. 2022. 1 fotocolagem. Disponível em: https://www.rakelcaminha.com.br/galeria. Acesso em: 11 abr. 2023. https://www.rakelcaminha.com.br/galeria MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - O CLIMA NA AMAZÔNIA: CONEXÃO ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA 57itinerariosamazonicos.org.br REFERÊNCIAS ABREU, Marisa R. M. et al. Análise da percepção ambiental e as práticas sustentáveis da comunidade jovem do município de Lajes-RN. Revista GeoUECE, Fortaleza, Ceará, v. 9, n. 17, p. 104-128, jul./dez., 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/ GeoUECE/article/view/2232/3655. 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CAMINHA, Rakel. A terra dá. 2022. 1 fotocolagem. Disponível em: https://www.rakel- caminha.com.br/galeria. Acesso em: 11 abr. 2023. CAMINHA, Rakel. Olhos da floresta. 2022. 1 fotocolagem. Disponível em: https://www. rakelcaminha.com.br/galeria. Acesso em: 11 abr. 2023. COHEN, Elizabeth G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogêneas. 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Conheça o mapa da empatia e saiba como usar. Inovação Sebrae Minas, 22 ago. 2018. Disponível em: https://inovacaosebraeminas.com.br/conheca-o-mapa-da- -empatia/. Acesso em: 11 abr. 2023. SILVA, Marcos A. G. et al. Caracterização pluviométrica de Santarém-PA, Brasil. Revista Uniaraguaia, Faculdade Araguaia, Goiânia, v. 10, n. 10, p. 112-120, 2016. Dis- ponível em: https://sipe.uniaraguaia.edu.br/index.php/REVISTAUNIARAGUAIA/ar- ticle/view/435/pdf_61. Acesso em: 4 abr. 2023. SOUZA, Aline. Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros. Instituto Democracia e Sustentabilidade, 9 mar. 2022. Disponível em: https://www.idsbrasil.org/noticias/mu- dancas-climaticas-na-percepcao-dos-brasileiros/. Acesso em: 27 mar. 2023. WEBER, Andréa F.; PÉRSIGO, Patrícia M. Pesquisa de opinião pública: princípios e exercícios. Santa Maria: Facos-UFSM, 2017. Disponível em: https://www.ufsm.br/app/ uploads/sites/330/2019/10/POP.pdf. 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Por meio da análise de índices, taxas e variáveis climáticas e não climáticas, serão pes- quisados impactos causados por atividades relacionadas a agropecuária, queimadas, desmatamento, urbanização, mineração e construção de usinas hidrelétricas, por exem- plo. Utilizando modelos matemáticos, tais como sequências e gráficos que representem a variabilidade de determinado elemento climático, serão estudadas possíveis causas e consequências para fenômenos que se relacionam. Com base nesse estudo, cada grupo delimita, entre os problemas identificados, aquele para o qual gostaria de propor uma solução, com base em modelos matemáticos. Os estudantes, então, utilizam seus co- nhecimentos matemáticos para prototipar a solução planejada e apresentar os resulta- dos para a comunidade escolar. Expectativas de aprendizagem • Investigar intervenções humanas na Amazônia brasileira e como elas influenciam no clima local, regional e global. • Analisar a relação entre diferentes índices, taxas e variáveis climáticas e não climá- ticas, levantando hipóteses sobre causas e consequências. • Avaliar a possibilidade de diferentes eventos climáticos estarem ou não associados a atividades humanas na Amazônia brasileira. • Elaborar modelos matemáticos, como sequências e gráficos, que representem a variabilidade de um determinado elemento climático. • Utilizar a estatística para explicar a projeção climática e as alterações passadas e, possivelmente, futuras no clima local. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA itinerariosamazonicos.org.br 63 • Selecionar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações coletivas de intervenção sobre problemas causados por intervenções huma- nas na Amazônia brasileira. • Articular conhecimentos matemáticos para propor soluções viáveis para proble- mas ambientais relacionados às projeções futuras das mudanças climáticas. • Criar protótipos de soluções para problemas socioambientais relacionados ao uso do solo e do clima, utilizando conhecimentos sobre grandezas e medidas, proces- sos envolvendo o pensamento proporcional e o senso geométrico espacial. Competências gerais da BNCC CG 1, CG 2, CG 4, CG 7, CG 9 e CG 10 EIXOS ESTRUTURANTES Investigação científica Mediação e intervenção sociocultural Processos criativos OBJETOS DE CONHECIMENTO Gráficos; tabelas; análise de gráficos de dispersão; relações de causalidade e correlação; unidades de medida de superfície; volume e capacidade; geometria plana e espacial; es- calas; razão e proporção. HABILIDADES DA ÁREA DO CONHECIMENTO (EM13MAT102) Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por diferentes meios de comunicação, identificando, quando for o caso, inadequações que pos- sam induzir a erros de interpretação, como escalas e amostras não apropriadas. (EM13MAT201) Propor ou participar de ações adequadas às demandas da região, preferencialmente para sua comunidade, envolvendo medições e cálculos de perímetro, de área, de volume, de capacidade ou de massa. (EM13MAT311) Identificar e descrever o espaço amostral de eventos aleatórios, realizando contagem das possibilidades, para resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo da probabilidade. (EM13MAT406) Construir e interpretar tabelas e gráficos de frequências com base em dados obtidos em pesquisas por amostras estatísticas, incluindo ou não o uso de softwares que inter-relacionem estatística, geometria e álgebra. (EM13MAT502) Investigar relações entre números expressos em tabelas para representá-los no plano car- tesiano, identificando padrões e criando conjecturas para generalizar e expressar algebricamente essa generalização, reconhecendo quando essa representação é de função polinomial de 2º grau do tipo y = ax2. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA itinerariosamazonicos.org.br 64 (EM13MAT507) Identificar e associar progressões aritméticas (PA) a funções afins de domínios discretos, para análise de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas. (EM13MAT508) Identificar e associar progressões geométricas (PG) a funções exponenciais de domínios discretos, para análise de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas. (EM13MAT510) Investigar conjuntos de dados relativos ao comportamento de duas variáveis numéricas, usando ou não tecnologias da informação, e, quando apropriado, levar em conta a variação e utilizar uma reta para descrever a relação observada. HABILIDADES DOS EIXOS ESTRUTURANTES (EMIFMAT01) Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos mate- máticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação. (EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização. (EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de dife- rentes mídias. (EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhe- cimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadasa constatações, interpretações e argumentos, bem como adequando-os às situações originais. (EMIFMAT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, con- siderando a aplicação dos conhecimentos matemáticos associados ao domínio de operações e relações matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para enfrentar novas situações. (EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habi- lidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado. (EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para pro- por ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e proble- mas ambientais. (EMIFMAT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental relacionados à Matemática. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA itinerariosamazonicos.org.br 65 FOCO DAS ETAPAS Etapa 1: As atividades humanas na Amazônia e as mudanças climáticas Carga horária média sugerida: 20 horas Nas atividades desta etapa, os estudantes: • Investigam e analisam variáveis acerca de intervenções humanas na Amazônia brasileira, utilizando conhecimentos matemáticos – estudo de gráficos de dispersão. • Analisam a relação entre diferentes índices, taxas e variáveis climáticas e não climáticas, levantando hipóteses sobre possíveis relações de causas e consequências. • Avaliam a possibilidade de diferentes eventos climáticos estarem ou não correlacionados a atividades humanas na Amazônia brasileira. • Elaboram modelos matemáticos, como tabelas e gráficos, que representam a variabilidade de um de- terminado elemento climático. • Utilizam a estatística para argumentar sobre as consequências das intervenções humanas nas proje- ções futuras relacionadas às mudanças climáticas. • Utilizam conhecimentos de álgebra, estatística, geometria e grandezas e medidas para prototipar e apresentar soluções para problemas climáticos causados por intervenção humana. Etapa 2: Buscando solução para um problema Carga horária média sugerida: 20 horas Nas atividades desta etapa, os estudantes: • Escolhem um problema em que gostariam de se aprofundar para propor uma solução, com base em mo- delos matemáticos, que possa mitigar o problema ou se adaptar a ele futuramente. • Articulam conhecimentos matemáticos para desenvolver uma solução. Estratégias de ensino e aprendizagem • Aprendizagem baseada em projetos (ABP): estudantes trabalham em grupos para configurar um problema, idear, planejar, prototipar e executar soluções com o apoio e a mediação do professor. • Painel colaborativo para exposição coletiva, utilizando diferentes recursos (cartazes, mapa mental, site colaborativo ou qualquer outro formato que propicie a conexão de informações). • Rodas de conversa, sala de aula invertida e rotação por estações. Avaliação A avaliação se dará de forma processual, individualmente e em grupos, a cada etapa de- senvolvida, com devolutivas que permitam aos estudantes aprimorar seus trabalhos até o momento da entrega final. Cada etapa do projeto (investigação, definição do problema, ideação, prototipação, testagem, produção final) pode ser avaliada de acordo com uma rubrica específica. As rubricas podem ser compartilhadas previamente com os estudan- tes para que possam desenvolver seu trabalho de acordo com o que é esperado deles. A autoavaliação e a avaliação por pares complementam o uso das rubricas, de modo que todos possam refletir sobre o que e quanto aprenderam, que competências e habilidades desenvolveram e como essas aprendizagens se refletem no produto final. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA E por quê? Como modelos matemáticos ajudam a compreender a relação entre mudanças climáticas e intervenções humanas na Amazônia? Os estudantes utilizam conhecimentos matemáticos para compreender as relações entre situações de risco ambiental vivenciadas nas suas comunidades e as intervenções humanas que ocorrem na Amazônia e geram mudanças climáticas em outras regiões. Com base nisso, propõem soluções que contribuam para mitigar as questões estudadas ou que ajudem a comunidade a se adaptar ao problema futuramente, com o uso de modelos matemáticos. CAUSALIDADE CORRELAÇÃO SITUAÇÕES DE RISCO AMBIENTAL PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES Mudanças climáticas envolvem... CORRELAÇÃO É um dos conceitos matemáticos mobilizados para compreender o papel da Amazônia nas mudanças climáticas. CAUSALIDADE É um conceito trabalhado no módulo para que os estudantes reflitam sobre possíveis causas e efeitos das mudanças climáticas. PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES Serão feitas proposições pelos estudantes com base nos problemas investigados, com o uso de ferramentas e de modelos. SITUAÇÕES DE RISCO AMBIENTAL Serão investigadas pelos estudantes para entenderem a possível relação entre esses eventos e as mudanças climáticas. Agora, qual o foco das etapas do módulo para organizar o percurso de aprendizagem? Tudo isso caminha lado a lado com os eixos estruturantes EM DIÁLOGO COM A Amazônia Neste módulo, os estudantes analisam problemas e situações de risco ambiental em suas comunidades e têm a oportunidade de se aprofundar em estudos que ajudam a compreender a relação entre as atividades humanas na Amazônia e os problemas ambientais e os riscos analisados. Dessa forma, a turma é incentivada a perceber a complexidade das mudanças climáticas e os efeitos das atividades humanas na Amazônia. Os estudantes realizam uma pesquisa exploratória sobre situações de risco ambiental em suas comunidades. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA A turma mobiliza, com o uso de ferramentas matemáticas, as habilidades deste eixo ao propor possíveis soluções para a mitigação ou a adaptação às mudanças climáticas. MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL Os jovens mobilizam as habilida- des do eixo no processo de proposição das soluções, com prototipação dos modelos sugeridos. PROCESSOS CRIATIVOS + Pesquisa, coleta, interpretação de dados e elaboração de modelos matemáticos para estudar a correlação e/ou a causalidade entre atividades humanas na Amazônia e a ocorrência de problemas socioambientais locais. Elaboração e prototipação de soluções para problemas socioambientais, utilizando recursos matemáticos que apoiem a criação, a análise de viabilidade e a divulgação das soluções propostas. ETAPA a1 ETAPAa2 MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA REALIZAÇÃO: Navegar por este percurso contribui para que os estudantes Realizem um levantamento de dados sobre alterações climáticas e/ou situações de risco em sua região ao longo dos anos. Utilizem ferramentas matemáticas para elaborar hipóteses sobre possíveis relações de causas e consequências entre as alterações na Amazônia e os eventos climáticos ou as situações que ocorrem na região. Construam argumentos matemáticos sobre como as intervenções humanas na Amazônia influenciam nas projeções futuras em relação às mudanças climáticas ou nas situações de riscos ambientais locais. Proponham modelos de solução sustentáveis para alguns dos problemas pesquisados, articulando conhecimentos matemáticos. itinerariosamazonicos.org.br MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 68itinerariosamazonicos.org.br ACONTECE NA ETAPA Análise de séries históricas acerca das intervenções humanas na Amazônia brasileira. Levantamento de dados sobre alterações climáticas no Brasil ao longo dos anos. Elaboração de hipóteses sobre possíveis relações de causas e conse- quências entre as alterações na Amazônia e outros eventos climáticos. Construção de argumentos sobre como as intervenções humanas in- fluenciamnas projeções futuras realizadas pela Ciência em relação às mudanças climáticas. ETAPA 1: AS ATIVIDADES HUMANAS NA AMAZÔNIA E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 20H SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 20 horas Esta situação de aprendizagem convida os estudantes a reconhecer que os impactos das mudanças climáticas ocorrem de maneira desigual e desproporcional na socie- dade. Assim, eles podem identificar quais populações locais são mais vulneráveis a situações de riscos socioambientais. O percurso formativo engloba pesquisas, coleta e interpretação de dados, bem como elaboração de modelos matemáticos envolven- do situações de correlação ou de causalidade entre diferentes eventos climáticos e atividades humanas na Amazônia brasileira e como estes podem estar relacionados aos problemas socioambientais locais identificados pelos estudantes. Diálogo entre as unidades curriculares Este módulo dialoga com os módulos Desmatamentos e economia amazônica e Povos amazônidas: tecnologias ambientais e diferentes perspectivas de desenvolvimento, da unidade curricular Desmatamentos e conservação na região amazônica, da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Caso em sua escola tal unidade curricular já tenha sido desenvolvida com os estudantes ou caso os módulos indicados sejam trabalhados concomitantemente, converse com os colegas docentes e estabeleçam interações entre as práticas pedagógicas e as aprendizagens. Para conhecer todas as unidades curriculares e os módulos do programa Itinerários Amazônicos, acesse www.itinerariosamazonicos.org.br. http://www.itinerariosamazonicos.org.br. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 69itinerariosamazonicos.org.br PONTO DE PARTIDA 1. Apresente para a turma as expectativas de aprendizagem, o percurso de ativida- des propostas para esta etapa e o módulo. O infográfico pode apoiar esse momento. Comece sensibilizando os estudantes para o tema das causas e consequências das mudanças climáticas. Para isso, apresente algumas obras de arte e questione-os como elas podem se relacionar ao tema, promovendo uma roda de conversa e o levanta- mento de conhecimentos prévios. Sugerimos algumas obras de Rui Machado: Série Amazônia: Arte & Fatos | Rui Machado. Selecione para apreciação aquelas que mais dialogarem com questões climáticas e desmatamento. 2. Na sequência, compartilhe com os estudantes alguns materiais sobre mudanças climáticas, como a leitura do capítulo 1, parte I, do livro Temas atuais em mudanças climáticas: para os Ensinos Fundamental e Médio | Pedro R. Jacobi et al. | IEE-USP; o vídeo Mudanças climáticas | INPEvideoseduc | YouTube e a reportagem O que são as mudanças climáticas? | ONU Brasil. Discuta com a turma e compare as informações apresentadas nos materiais com os conhecimentos prévios compartilhados por eles inicialmente. Verifique a necessidade de adaptação da proposta caso a turma ou al- guns estudantes já tenham realizado o módulo O clima na Amazônia: conexão entre o conhecimento popular e a divulgação científica na área de Matemática, da unidade curricular de Matemática e suas Tecnologias. De olho nas estratégias As etapas deste módulo estão embasadas nos princípios da aprendizagem baseada em projetos, metodologia que propõe um processo de investigação por parte dos estudantes acerca de um contexto real e autêntico, partindo de uma questão ou uma tarefa engajadora, indo em direção a um produto ou uma solução cuja elaboração demande utilizar os objetos de conhecimento acadêmicos que se deseja apresentar aos estudantes. Esse processo de investigação e proposição de soluções servirá de fio condutor para o desenvolvimento das habilidades e competências previstas pelo módulo. Para saber mais sobre a aprendizagem baseada em projetos, acesse a Caixa de Metodologias e Estratégias. 3. Compartilhe materiais que debatam quem são os mais prejudicados com as con- sequências das mudanças climáticas. Já é consenso entre cientistas e instituições de pesquisa do mundo todo que os impactos das mudanças climáticas ocorrem de ma- neira desigual e desproporcional na sociedade, o que caracteriza as injustiças climáti- cas (GRANDISOLI et al., 2021). Compartilhe com os estudantes as reportagens Quem mais sofre os impactos da crise do clima nas cidades? | Camila Doretto | Greenpeace, Mulheres amazonenses sentem os efeitos da crise climática | Amazônia Real e Ama- zônia e mudança climática | ONU News. Proponha a rotina de pensamento think, pair, share e solicite aos estudantes que, individualmente e com base na leitura dos textos, descrevam o perfil da população que mais sofre com as consequências das mudanças climáticas. Na sequência, peça a eles que compartilhem os registros com um colega, de modo que comparem as ideias e destaquem pontos comuns e divergentes. Tam- bém é possível sugerir a cada estudante que leia um dos textos. Depois, una duplas que leram reportagens diferentes para trocar informações. Para finalizar, solicite aos estudantes que compartilhem com a turma uma síntese das ideias levantadas. https://ruimachado.com.br/portfolios/serie-amazonia-arte-fatos/ https://ruimachado.com.br/portfolios/serie-amazonia-arte-fatos/ https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho https://brasil.un.org/pt-br/175180-o-que-s%C3%A3o-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas https://brasil.un.org/pt-br/175180-o-que-s%C3%A3o-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas https://drive.google.com/file/d/1bmj7qrNMgt-b3yS6T1xOGpXobpq0sdTm/view?usp=share_link https://drive.google.com/file/d/1bmj7qrNMgt-b3yS6T1xOGpXobpq0sdTm/view?usp=share_link https://www.greenpeace.org/brasil/blog/quem-mais-sofre-as-consequencias-da-crise-do-clima-nas-cidades/ https://www.greenpeace.org/brasil/blog/quem-mais-sofre-as-consequencias-da-crise-do-clima-nas-cidades/ https://amazoniareal.com.br/mulheres-amazonenses-sentem-os-efeitos-da-crise-climatica/ https://news.un.org/pt/interview/2022/03/1781412 https://news.un.org/pt/interview/2022/03/1781412 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 70itinerariosamazonicos.org.br De olho nas estratégias As rotinas de pensamento são estratégias que possibilitam dar visibilidade às ideias, às opiniões e aos conhecimentos dos estudantes. Elas podem ser utilizadas em dife- rentes momentos de uma situação de aprendizagem, com distintos propósitos, como para introduzir ideias, ampliar perspectivas, fazer comparações e sintetizar ideias. Saiba mais sobre as rotinas de pensamento acessando PZ’s Thinking Routines Tool- box | Project Zero | Harvard e Avaliação: as rotinas de pensamento | Lilian Bacich | Inovação na Educação. Se desejar, proponha que as sínteses das duplas sejam inseridas em um cartaz, a ser afixado no mural ou na parede da sala de aula, ou em um mural digital no Padlet, para que os conhecimentos tornem-se visíveis a todos. Enquanto as duplas apresentam as sínteses, faça comentários e questionamentos que possibilitem reflexões acerca das ideias trazidas e como se conectam ao cenário das injustiças climáticas. De olho nas estratégias Um dos recursos digitais disponíveis para a criação de murais interativos e colaborati- vos é o Padlet. Ele permite a criação de diferentes formatos de murais que podem ser acessados em tempo real pelos estudantes, que incluirão ideias, opiniões, imagens e vídeos, por exemplo. Para saber mais sobre como criar murais virtuais com o Padlet, acesse o tutorial Padlet: como criar um mural virtual colaborativo | Tríade Educacional | YouTube. 4. Como tarefa de casa, proponha aos estudantes que pesquisem reportagens locais sobre situações de risco vivenciadas pela comunidade de seu entorno que podem ser atribuídas às consequências das mudançasclimáticas, por exemplo, disseminação de doenças; falta de recursos, como água potável, alimento e energia elétrica; escassez de água; poluição; queimada; deslizamentos de terra; e enchentes. Também é possí- vel instigar os estudantes a reconhecer algumas situações pesquisadas anteriormente como injustiças climáticas presentes em sua comunidade, bem como a avaliar se há al- gum tipo de relação entre as alterações locais, as intervenções humanas e os avanços da urbanização. Além disso, eles também podem levantar dados e depoimentos com familiares e vizinhos sobre as percepções em relação à ocorrência desses fenômenos. Os dados coletados nas reportagens ou nas conversas podem ser registrados no ca- derno ou em folha à parte, que poderá ser entregue a você, a fim de compor o pro- cesso de avaliação. Se em sua realidade a maioria dos estudantes da turma não tem acesso à internet em casa, selecione previamente algumas reportagens locais para que façam a atividade proposta. Os registros dos estudantes serão retomados e apli- cados nas próximas atividades, em sala de aula. Dessa maneira, lança-se mão dos princípios da metodologia ativa sala de aula invertida. Para ler mais informações sobre ela, acesse a Caixa de Metodologias e Estratégias. https://pz.harvard.edu/thinking-routines https://pz.harvard.edu/thinking-routines https://lilianbacich.com/2021/08/06/avaliacao-as-rotinas-de-pensamento/ https://lilianbacich.com/2021/08/06/avaliacao-as-rotinas-de-pensamento/ https://pt-br.padlet.com/ https://pt-br.padlet.com/ https://www.youtube.com/watch?v=tfAXW8pW2vc https://www.youtube.com/watch?v=tfAXW8pW2vc https://drive.google.com/file/d/1bmj7qrNMgt-b3yS6T1xOGpXobpq0sdTm/view?usp=share_link MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 71itinerariosamazonicos.org.br Saiba mais Para conhecer mais sobre as desigualdades sociais diante da emergência climática, seus impactos socioambientais e os conceitos de racismo ambiental e justiça socio- ambiental nas cidades, acesse o material Racismo ambiental e justiça socioambiental nas cidades | Instituto Pólis. Os gráficos e os mapas apresentados no material também podem ser utilizados para promover debates e reflexões com a turma. DESENVOLVIMENTO 5. Solicite aos estudantes que, em grupos, retomem os registros feitos como tarefa de casa. Eles deverão compartilhar suas ideias sobre as situações de risco vivenciadas pela comunidade do entorno, verificando pontos comuns e divergentes. Cada equipe deverá escolher uma das situações e compartilhar suas ideias com a turma, levantan- do hipóteses para as principais causas – naturais ou não. Por exemplo, se um grupo tratar do risco de enchentes e deslizamentos de terra em sua comunidade, ele poderá atribuir a situação ao aumento de chuvas e à falta de soluções propostas por políticas públicas locais para amenizar os impactos ocasionados por elas. Faça a mediação durante o compartilhamento e mantenha um ambiente de diálogo e respeito entre os estudantes. Se desejar, é possível ampliar o debate com a turma e trabalhar o conceito de risco, prevenção e precaução, por meio da leitura do material Princípio da precau- ção x princípio da prevenção: qual a diferença? | Isabela Bernardes | LinkedIn. Se desejar e tiver tempo disponível, convide a turma a elaborar um mapa conceitual colaborativo, no quadro ou em cartaz, para sistematizar e conectar as ideias apre- sentadas, estabelecendo relações entre as situações de risco da comunidade e suas causas. Também é possível construir um texto colaborativo conectando as ideias e os conceitos debatidos até o momento. De olho nas estratégias Para saber mais sobre como construir mapas conceituais e sua potencialidade para uma aprendizagem significativa, acesso o artigo Mapas conceituais e aprendizagem significativa | Marco Antonio Moreira | Instituto de Física – UFRGS. 6. Apresente o vídeo Tudo está conectado: crise hídrica, desmatamento e a sua conta de luz | Greenpeace Brasil | YouTube. Depois, com base no que viram, proponha a ro- tina de pensamento três porquês, que envolve três questionamentos sobre o que está em análise: • Por que esse tema pode ser importante para mim? • Por que isso importa para as pessoas ao meu redor (família, amigos, comunidade)? • Por que isso pode importar para o planeta? Proponha aos estudantes que respondam às questões individualmente e, posterior- mente, as apresentem para a turma em uma roda de conversa. Contribua para o de- bate estabelecendo conexões entre o que foi levantado por eles a respeito dos ris- cos vividos pela comunidade do entorno e os impactos socioambientais sofridos pela Amazônia. Para isso, sistematize as ideias em uma tabela, de modo que, na primeira https://polis.org.br/estudos/racismo-ambiental/ https://polis.org.br/estudos/racismo-ambiental/ https://www.linkedin.com/pulse/princ%C3%ADpio-da-precau%C3%A7%C3%A3o-x-preven%C3%A7%C3%A3o-qual-diferen%C3%A7a-isabela-bernardes/?trk=public_profile_article_view https://www.linkedin.com/pulse/princ%C3%ADpio-da-precau%C3%A7%C3%A3o-x-preven%C3%A7%C3%A3o-qual-diferen%C3%A7a-isabela-bernardes/?trk=public_profile_article_view https://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf https://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf https://www.youtube.com/watch?v=kO388XfaN4Y https://www.youtube.com/watch?v=kO388XfaN4Y MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 72itinerariosamazonicos.org.br coluna, esteja a lista dos riscos locais identificados e, na segunda, a relação com os impactos na Amazônia mencionados no vídeo. Os registros dos estudantes poderão ser entregues e compor os instrumentos avaliativos. 7. Após a rotina de pensamento, apresente a seguinte questão disparadora: “Como os modelos matemáticos podem nos ajudar a compreender a relação entre as situações de risco vivenciadas em nossa comunidade e as mudanças climáticas e as interven- ções humanas na Amazônia?”. Peça aos estudantes que registrem no caderno suas hipóteses iniciais e promova um breve debate, para que as compartilhem com os colegas. As hipóteses também po- dem ser registradas em um cartaz ou em um mural digital. Verifique, mesmo sem interferir, se eles se aproximam da ideia de que o uso de modelos matemáticos, envol- vendo sequências, séries históricas, gráficos e tabelas, podem ser usados para a re- presentação de determinado elemento climático, podendo contribuir para a avaliação da probabilidade de diferentes eventos climáticos estarem ou não relacionados a ati- vidades humanas na Amazônia brasileira e como esses eventos interferem em outras localidades. Ao final, informe que essas questões serão retomadas futuramente, a fim de confirmar ou refutar as hipóteses. De olho nas estratégias Para dar continuidade à atividade, é essencial ter em mente todo o trajeto que os es- tudantes percorrerão a partir daqui. Isso porque eles investigarão o conceito de corre- lação estatística entre variáveis e, para tal, precisarão do seu cuidado e sua mediação. O Texto de apoio, disponibilizado ao final deste módulo, pode ajudá-lo a se preparar melhor para conduzir essas atividades. 8. Solicite aos estudantes que se juntem nos mesmos grupos formados nas propostas anteriores. Explique que cada grupo vai aprofundar o estudo a respeito da mesma situação de risco escolhida anteriormente, investigando as principais variáveis que podem estar relacionadas aos impactos ambientais e às mudanças climáticas que vêm ocorrendo na Amazônia. Para que comecem a se aproximar do tipo de investigação que farão, solicite a eles que leiam o artigo Correlação não é causalidade, mas o que é então? | Escola de Dados e discutam os termos estatísticos citados que eles conhe- çam ou desconheçam. Sugira a eles que busquem tirar dúvidas entre si sobre termos que alguns compreendam e outros não e também que anotem aqueles desconheci- dos por todos os membros do grupo. Em seguida, proponha à turma a elaboração de um glossário colaborativo comos termos desconhecidos, em um espaço na sala de aula ou em um documento digital. Eles devem iniciar esse glossário estabelecendo definições para os termos destacados no texto, mas, à medida que identificarem no- vas palavras durante as pesquisas, devem incluí-las no glossário. Para essa proposta, os estudantes podem pesquisar e registrar os significados de taxa, índice, variável, causalidade e correlação. De acordo com a realidade da sua turma, é possível sugerir outros termos que julgar importantes. Se os estudantes não tiverem acesso à internet em casa ou na escola, forneça mate- riais impressos ou livros didáticos para que busquem os significados das palavras ao longo da produção do glossário. Retome sempre que necessário os registros do glos- sário e solucione as eventuais dúvidas que possam surgir. https://escoladedados.org/tutoriais/correlacao-nao-e-causalidade-mas-o-que-e-entao/ https://escoladedados.org/tutoriais/correlacao-nao-e-causalidade-mas-o-que-e-entao/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 73itinerariosamazonicos.org.br Uma vez feito o glossário, é essencial conversar com os estudantes sobre a falácia “cum hoc ergo propter hoc”, frase em latim que significa “com isto, logo por causa disto” – ou seja, estipula-se uma relação causal entre eventos, em geral, porque ocor- rem em sequência. Esse tipo de engano está entre os mais comuns nos processos de argumentação e consiste na confusão entre correlação e causalidade. Uma opção é apresentar o exemplo do artigo “Correlação não é causalidade, mas o que é então?”, que cita a reportagem cuja manchete é “País que come mais chocolates ganha mais prêmios Nobel”. Outra ideia é apresentar o site Spurious Correlations (em inglês), também citado no artigo, com diversas variáveis que, embora sejam independentes e não tenham nenhuma relação de causa e efeito, apresentam correlação estatística. 9. Para avançar no processo de encontrar respostas à questão disparadora, uma pri- meira etapa é a identificação de variáveis relacionadas às situações de risco identifica- das em sua localidade. Para isso, além de levantar e pesquisar conceitos importantes que ajudarão na escrita de suas conclusões, sugira aos grupos que registrem em um quadro os dados locais referentes à situação de risco; os dados da Amazônia que po- dem se relacionar aos dados e à situação local; bem como os conceitos importantes associados aos dados locais e da Amazônia, que poderão conectá-los e influenciar a situação de risco investigada. Veja uma sugestão de preenchimento de quadro a se- guir. Antes de compartilhar esse exemplo, é possível levantar as ideias dos estudantes sobre os tipos de dado que eles acham que devem buscar e que se relacionam com as situações de risco que serão investigadas. QUADRO 1 Exemplo de preenchimento da identificação de variáveis relacionadas às situações de risco identificadas Situação de risco local Tipos de dados locais Tipos de dados da Amazônia Conceitos importantes Escassez de água ou mudanças no regime de chuvas. Gráficos sobre o regime de chuvas e anomalias de precipitação. Número de nascentes destruídas ou regeneradas. Chuva média anual. Gráficos sobre as mudanças/anomalia de temperatura. Temperatura média anual. Dados sobre a emissão de gases de efeito estufa. Gráficos sobre o regime de chuvas e anomalias de precipitação. Chuva média anual. Gráficos sobre as mudanças/anomalia de temperatura. Temperatura média anual. Taxa de desmatamento. Avanços de áreas destinadas à agropecuária. Dados sobre a emissão de gases de efeito estufa. Regimes de chuvas e rios voadores. Desmatamento e avanços em áreas para agropecuária, mineração e extrativismo. https://www.tylervigen.com/spurious-correlations MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 74itinerariosamazonicos.org.br Deslizamentos de terra ou enchentes. Gráficos sobre o regime de chuvas e anomalias de precipitação. Chuva média anual. Taxas de urbanização, aglomerados urbanos e ocupação de áreas de risco. Dados demográficos de ocupação de áreas de risco. Taxa anual de desmatamento. Regimes de chuvas e rios voadores. Disseminação de doenças. Gráficos sobre o regime de chuvas e anomalias de precipitação. Chuva média anual. Índice de internação por doenças vetoriais ou de veiculação hídrica. Taxa de incidência. Taxa de mortalidade/ letalidade e prevalência. Taxas de disseminação de doenças. Taxa anual de desmatamento. Regimes de chuvas e rios voadores. Relação entre desmatamento e pandemias. Desmatamento e avanços em áreas para agropecuária, mineração e extrativismo. Falta de recursos como água, alimento e energia. Dados sobre manejo e distribuição dos recursos (políticas públicas locais). Dados demográficos sobre as populações mais vulneráveis relativos à falta de recursos. Taxa anual de desmatamento. Distribuição do número de queimadas. Taxa anual de queimadas. Avanços de áreas destinadas à agropecuária. Dados sobre impactos na construção de usinas hidrelétricas. Desmatamento e avanços em áreas para agropecuária, mineração e extrativismo. Poluição ou queimadas. Índice de internação por doenças respiratórias. Taxas de acidentes com animais silvestres. Dados sobre a emissão de gases de efeito estufa. Distribuição do número de queimadas. Taxa anual de queimadas. Distribuição das atividades ilegais de mineração. Dados sobre a emissão de gases de efeito estufa. Desmatamento, queimadas e avanços em áreas para agropecuária, mineração e extrativismo. Fonte: elaborado pelos autores, 2023. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 75itinerariosamazonicos.org.br Para a continuidade da atividade, é fundamental que os dados locais e os dados da Amazônia sejam quantitativos ou quantificáveis. Por isso, é importante destacar os tipos de dados que se acomodam nas colunas 2 e 3: taxas, índices, gráficos, tempe- raturas etc. Para o preenchimento do quadro, sugerimos a seguir algumas fontes de pesquisa para serem compartilhadas com os grupos. Se sua escola não possui aparelhos com acesso à internet, é necessário selecionar previamente os materiais, imprimi-los e disponibilizá-los para os estudantes. Caso os estudantes já tenham realizado o módulo O clima na Amazônia: conexão entre o co- nhecimento popular e a divulgação científica, que também integra a unidade curricu- lar Compreendendo a influência da Amazônia no clima do Brasil e do mundo por meio da análise de dados, da área de Matemática e suas Tecnologias, saliente que algumas das fontes sugeridas já são conhecidas por eles, mas agora as pesquisas que farão têm outros objetivos e intencionalidades. • TerraBrasilis | INPE: para levantar dados sobre desmatamento e queimadas. • Monitoramento Brasil | Previsão climática CPTEC | INPE: para gerar dados sobre o monitoramento climático local. • IPCC WGI Interactive Atlas: regional information | IPCC: para simular distintos cenários climáticos considerando diferentes variáveis. • INMET: Clima | INMET: para gerar séries históricas de mudanças climáticas (da- dos coletados nas estações meteorológicas dos estados). • Climate Change 2022: mitigation of climate change | IPCC: relatório de ações para mitigação das mudanças climáticas. • O futuro climático da Amazônia | Antonio Donato Nobre | Articulación Regional Amazônica. • Clima da Amazônia | José Marengo e Carlos Nobre | CPTEC/INPE. • Mudanças climáticas e Amazônia | Carlos Nobre, Gilvan Sampaio e Luis Salazar | Ciência e Cultura. • Mudanças climáticas: impactos e cenários para a Amazônia | José Marengo e Carlos | Apib, Greenpeace e outras instituições. • Temas atuais em mudanças climáticas para os Ensinos Fundamental e Médio | Pedro R. Jacobi et al. | IEE-USP. • Novos temas em emergência climática para os Ensinos Fundamental e Médio | Edson Grandisoliet al. | IEE-USP. 10. Com os dados locais e da Amazônia e as pesquisas de conceitos relevantes em mãos, os grupos são desafiados a analisar e tentar cruzar todas as informações para criar os próprios modelos matemáticos – gráficos, tabelas, séries históricas –, a fim de explicar e embasar suas conclusões, verificando se há causalidade e/ou correlação entre os im- pactos na Amazônia e as situações de risco locais. Se um grupo está se aprofundando na situação de risco “mudanças no regime de chuvas”, por exemplo, poderá analisar e cruzar os dados dos gráficos sobre o regime de chuvas e as anomalias de precipitação em sua região com os dados de desmatamento na Amazônia no mesmo período, re- lacionando-os à importância dos rios voadores. É possível compartilhar com a turma exemplos de explicitação gráfica de causalidade ou correlação, como os seguintes. http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/ https://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt https://interactive-atlas.ipcc.ch/regional-information#eyJ0eXBlIjoiQVRMQVMiLCJjb21tb25zIjp7ImxhdCI6OTc3MiwibG5nIjo0MDA2OTIsInpvb20iOjQsInByb2oiOiJFUFNHOjU0MDMwIiwibW9kZSI6ImNvbXBsZXRlX2F0bGFzIn0sInByaW1hcnkiOnsic2NlbmFyaW8iOiJzc3A1ODUiLCJwZXJpb2QiOiIyIiwic2Vhc29uIjoieWVhciIsImRhdGFzZXQiOiJDTUlQNiIsInZhcmlhYmxlIjoidGFzIiwidmFsdWVUeXBlIjoiQU5PTUFMWSIsImhhdGNoaW5nIjoiU0lNUExFIiwicmVnaW9uU2V0IjoiYXI2IiwiYmFzZWxpbmUiOiJwcmVJbmR1c3RyaWFsIiwicmVnaW9uc1NlbGVjdGVkIjpbXX0sInBsb3QiOnsiYWN0aXZlVGFiIjoicGx1bWUiLCJtYXNrIjoibm9uZSIsInNjYXR0ZXJZTWFnIjpudWxsLCJzY2F0dGVyWVZhciI6bnVsbCwic2hvd2luZyI6ZmFsc2V9fQ== https://clima.inmet.gov.br/ https://www.ipcc.ch/report/ar6/wg3/ http://www.ccst.inpe.br/o-futuro-climatico-da-amazonia-relatorio-de-avaliacao-cientifica-antonio-donato-nobre/ http://www.ccst.inpe.br/o-futuro-climatico-da-amazonia-relatorio-de-avaliacao-cientifica-antonio-donato-nobre/ http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/cliesp10a/fish.html http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300012 http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300012 https://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_Mudancas_Climaticas-Amazonia.pdf https://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_Mudancas_Climaticas-Amazonia.pdf https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/315 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/711 https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/711 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 76itinerariosamazonicos.org.br GRÁFICO 1 Global warming and CO 2 emissions – 1880-2015 (Aquecimento global e emissão de CO 2 – 1880-2015). GRÁFICO 2 Evolución de la concentración de CO 2 atmosférico y de la temperatura media en la Tierra desde el año 1000 al 2000. Fonte: MARTINE; ALVES, 2019. Fonte: BELTRÁN; SANZ, 2017. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 77itinerariosamazonicos.org.br Vale destacar que, diferentemente dos exemplos apresentados no boxe De olho nas es- tratégias, ao final do item 7, esses gráficos não mostram a correlação entre as variáveis, mas sim como o comportamento de duas variáveis ao longo do tempo é próximo um do outro. Nesse tipo de gráfico, uma variável é marcada no gráfico de acordo com uma escala no eixo à esquerda e outra de acordo com outra escala no eixo à direita, sendo ambas dependentes de uma terceira (tempo), marcada no eixo horizontal. Propor a leitura desse tipo de gráfico é uma boa forma de aprofundar seus conheci- mentos sobre leitura de gráficos, indo além dos gráficos mais comuns propostos na Formação Geral Básica. Outro destaque em relação a esses dois gráficos é o fato de que existem evidências científicas que apoiam a hipótese de que a temperatura global é diretamente influenciada pela emissão de dióxido de carbono no ambiente. Isso sugere uma correlação entre essas variáveis, que uma vez definida nos fornece mais argumen- tos para inferir a causalidade. Vale destacar que ter correlação não implica causalidade; no entanto, não é possível estabelecer causalidade se não houver correlação. 11. Sugira às equipes que representem as informações em um gráfico, por exemplo, de modo que a variável escolhida como dependente esteja distribuída no eixo vertical e a variável independente esteja no eixo horizontal. Garanta que os pontos no gráfico sejam marcados com alguma escala predefinida em função da amplitude dos dados tratados por cada grupo. Ferramentas eficientes para criar os gráficos são planilhas eletrônicas, tais como Excel ou Google Planilhas. Também podem ser usados aplica- tivos, como o Winplot, que pode ser baixado e instalado gratuitamente nos compu- tadores para uso off-line. Em todas essas ferramentas, é possível realizar ajustes de reta, uma vez que os pontos no gráfico estejam marcados, a fim de obter a reta média que forneça a tendência de crescimento ou decrescimento da variável dependente em função da variável independente. Explique aos estudantes como determinar, utilizando ferramentas digitais, a linha de tendência e o coeficiente de correlação R2, de acordo com as indicações presentes no Texto de apoio desta etapa. Além de determinar o coeficiente de correlação, é essen- cial que eles consigam interpretá-lo. Para tal, explique que esse coeficiente indica o quanto cada ponto marcado no gráfico a partir dos dados amostrais se aproxima da reta determinada como linha de tendência. Assim, caso os pontos estejam próximos da reta, podemos afirmar que ela é um modelo matemático muito fiel ao comporta- mento da amostra. Se os pontos estão distantes da reta, ela é um modelo matemático mais distante da amostra. Se achar pertinente, proponha o seguinte exercício aos estudantes: • Considere, a princípio, os pontos (1,2) e (2,3) em um gráfico cartesiano. Supo- nha que esses pontos representem a correlação entre duas variáveis x e y. • Trace a reta entre os pontos (1,2) e (2,3). Se essa reta for traçada como uma li- nha de tendência em um aplicativo dinâmico como o Excel, o R2 será 1 ou 100%. Isso indica que os pontos da reta se encaixam 100% na amostra de pontos for- necida no gráfico. Observe que a equação dessa reta será y = x + 1. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 78itinerariosamazonicos.org.br • Determinando agora os pontos (3,5) e (4,4) que não estão na reta, é possível notar que a reta y = x + 1 ainda representa a linha de tendência dos quatro pon- tos que relacionam as variáveis x e y, a saber, (1,2); (2,3); (3,5) e (4,4). Entretan- to, o R2 agora é menor, uma vez que a reta não tem mais 100% de adequação aos pontos observados. Esse exercício deve levar os estudantes à compreensão de que o R2 indica a porcen- tagem de adequação da linha de tendência à amostra determinada no gráfico, e sua interpretação indica o quanto a amostra é ou não fiel ao contexto real de onde ela foi obtida. É possível compartilhar com a turma alguns tutoriais para o uso dessas ferramentas: • Excel: Curso completo e gratuito | Beto Camelini | YouTube. • Como fazer gráfico de coluna no Excel – passo a passo completo | Hashtag Treinamentos | YouTube. • Como fazer gráfico no Google Planilhas | Studio Excel Treinamentos | YouTube. Selecione e proponha aos estudantes sequências didáticas e desafios envolvendo es- tatística e probabilidade. Alguns exemplos podem ser encontrados em: Como explo- rar dados numéricos bivariados | Khan Academy e Revisão sobre regressão linear | Khan Academy. Quer adaptar a proposta? Caso não seja possível fazer uso de tecnologias, oriente os grupos a traçar o gráfico em um papel quadriculado, garantindo que a escala seja o mais fiel possível, de acor- do com a unidade mínima disponível no papel. Uma vez marcados os pontos no grá- fico, eles devem desenhar uma reta de modo que todos os pontos fiquemigualmente distribuídos abaixo e acima dela ou sobre ela. Em seguida, auxilie-os a determinar os coeficientes angular e linear, essenciais para as inferências que eles farão em seguida. Se necessário, retome o texto Correlação não é causalidade, mas o que é então? | Es- cola de Dados ou, ao menos, apresente o exemplo na imagem a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=9OIWw2h7al0 https://www.youtube.com/watch?v=9e4nPtgoYoI https://www.youtube.com/watch?v=9e4nPtgoYoI https://www.youtube.com/watch?v=RSI8CvaxtfA https://pt.khanacademy.org/math/statistics-probability/describing-relationships-quantitative-data https://pt.khanacademy.org/math/statistics-probability/describing-relationships-quantitative-data https://pt.khanacademy.org/math/statistics-probability/describing-relationships-quantitative-data/introduction-to-trend-lines/a/linear-regression-review https://pt.khanacademy.org/math/statistics-probability/describing-relationships-quantitative-data/introduction-to-trend-lines/a/linear-regression-review https://escoladedados.org/tutoriais/correlacao-nao-e-causalidade-mas-o-que-e-entao/ https://escoladedados.org/tutoriais/correlacao-nao-e-causalidade-mas-o-que-e-entao/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 79itinerariosamazonicos.org.br GRÁFICO 3 Alguns dos diferentes tipos de correlações possíveis em forma de gráfico. Fonte: ESCOLA DE DADOS, [20--]. 12. Proponha aos grupos que, com base nos modelos matemáticos gerados e sua co- nexão com os conceitos importantes que foram pesquisados, elaborem uma conclu- são que possa conectar a situação de risco local investigada com os impactos ambien- tais que ocorrem na Amazônia. Cada equipe deverá compartilhar sua conclusão com a turma e fundamentá-la usando os gráficos produzidos nas atividades anteriores. Faça a mediação desse debate, destacando pontos comuns e divergentes das conclusões das equipes, questionando-as sobre como representam relações de causalidade ou de correlação. A elaboração da conclusão e a apresentação para a turma poderão compor o pro- cesso avaliativo. É possível mostrar com antecedência uma rubrica de avaliação para essas produções ou, ainda, construí-la em conjunto com os estudantes. Para saber mais sobre a elaboração de rubricas, acesse os materiais sugeridos no boxe Avaliação em processo. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 80itinerariosamazonicos.org.br Eixos estruturantes em ação As habilidades do eixo Investigação científica são mobilizadas nas atividades, com destaque para as habilidades EMIFMAT01, EMIFMAT02 e EMIFMAT03. Ao selecionar, analisar e classificar variáveis estatísticas e selecionar as que melhor se encaixam na demanda que querem resolver, utilizando diferentes ferramentas para analisá-las, os estudantes constroem habilidades essenciais relacionadas ao reconhecimento da Ma- temática como ferramenta essencial à investigação científica e para a elaboração de modelos. SISTEMATIZAÇÃO 13. Retome a questão disparadora apresentada no item 7 – “Como os modelos ma- temáticos podem nos ajudar a compreender a relação entre as situações de risco vivenciadas em nossa comunidade e as mudanças climáticas e intervenções humanas na Amazônia?” – e peça aos estudantes que, em grupos, apresentem uma possível resposta a essa pergunta de acordo com as observações feitas nos gráficos produ- zidos por eles e pelos colegas. Então, eles devem comparar a resposta à hipótese inicial, elaborada individualmente e registrada no caderno ou no espaço colaborativo, verificando pontos comuns e divergentes, além de possíveis avanços decorrentes dos estudos feitos até aqui. Esses apontamentos podem ser compartilhados no grupo. Em seguida, oriente as equipes a debater e registrar como as atividades realizadas auxiliaram na formulação da sua resposta e no possível aprimoramento das hipóteses iniciais que foram elaboradas individualmente. Considerando que a coleta e análise de dados e a elaboração dos gráficos são evidências de aprendizagem significativas do que cada grupo de estudantes aprendeu, complemente esse conjunto de evidências recolhendo os registros finais como forma de atestar a aprendizagem de cada estu- dante individualmente. Avaliação em processo É possível combinar previamente com os estudantes como vai ser a avaliação: se notas serão atribuídas, quais instrumentos serão usados para gerar as evidências de aprendizagem, entre outros. Para cada situação de aprendizagem, algumas possibili- dades de instrumentos de avaliação também serão indicadas neste material. É importante que o processo avaliativo esteja focado na aprendizagem dos estudan- tes e em como apoiá-los em seus avanços e na superação dos desafios, o que ca- racteriza a avaliação como formativa. Mais informações sobre esse tipo de avaliação podem ser encontradas em Metodologias ativas e a avaliação | Lilian Bacich | Inovação na Educação e Avaliação formativa: corrigindo rotas para avançar na aprendizagem | Ingrid Yurie | Nova Escola. Ao longo das propostas da situação de aprendizagem, faça devolutivas aos estudan- tes, individualmente ou em equipes, destacando pontos que precisem de mais dedica- ção e os aspectos positivos de seu envolvimento com o projeto. Para isso, tome como base as produções e as entregas feitas ao longo da sequência didática. https://lilianbacich.com/2020/02/11/metodologias-ativas-e-a-avaliacao/ https://lilianbacich.com/2020/02/11/metodologias-ativas-e-a-avaliacao/ https://lilianbacich.com/2020/02/11/metodologias-ativas-e-a-avaliacao/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 81itinerariosamazonicos.org.br Cada etapa da pesquisa (coleta de dados, elaboração dos gráficos, correlação linear e interpretação dos resultados) pode ser avaliada de acordo com uma rubrica espe- cífica que leve em consideração as habilidades e as expectativas de aprendizagem mobilizadas na etapa. As rubricas podem ser compartilhadas previamente com os es- tudantes, para que possam desenvolver seu trabalho de acordo com o que é esperado deles. Diferentes rubricas podem ser utilizadas, tanto em relação aos produtos e às apresentações dos estudantes ou das equipes quanto em relação ao processo vivido pela turma, considerando a participação e o engajamento nas propostas. Sempre que possível, envolva os estudantes na elaboração dessas rubricas. Para saber mais sobre as rubricas, acesse o vídeo Uso de rubricas na avaliação forma- tiva | Cesar Nunes | YouTube. A autoavaliação e a avaliação por pares complementam o uso das rubricas, de modo que todos possam refletir sobre o que e quanto aprenderam, que competências e habilidades desenvolveram e como essas aprendizagens se refletem no produto final, que, nesse caso, pode ser a participação na elaboração do glossário colaborativo da turma, as pesquisas elaboradas pelos grupos, a construção das respostas à questão disparadora e a apresentação de suas conclusões. As produções individuais e coletivas, em especial a discussão da questão disparadora, a pesquisa e o levantamento de dados e a elaboração de conclusões poderão fornecer evidências em relação ao desenvolvimento das habilidades dos eixos estruturantes indicados nesta etapa. Em relação às expectativas de aprendizagem dos conceitos matemáticos, é possível considerar como evidências as explicações fornecidas pelos grupos sobre o papel do modelo matemático de linearização para o estabelecimento das conexões de causalidade e de correlação e a construção de suas conclusões. Re- veja as estratégias de aprendizagem adotadas e atente-se aos estudantes que preci- sem de mais atenção e de outras formas de engajamento e motivação. https://www.youtube.com/watch?v=ps5gpp3Tu-g https://www.youtube.com/watch?v=ps5gpp3Tu-g MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 82itinerariosamazonicos.org.br ETAPA 2: BUSCANDO SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA CARGAHORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 20H ACONTECE NA ETAPA Pesquisas sobre problema socioambiental. Análise e planejamento de solução sustentável para os problemas pesquisados. Mobilização e articulação de conhecimentos matemáticos para desenvolver a solução. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 CARGA HORÁRIA MÉDIA SUGERIDA: 20 horas Esta situação de aprendizagem convida os estudantes a pesquisar e prototipar solu- ções para um problema socioambiental local ou regional, utilizando recursos mate- máticos que apoiem a criação, a análise de viabilidade e/ou a divulgação da solução. PONTO DE PARTIDA 1. Solicite aos estudantes que se organizem nos mesmos grupos da etapa 1. Cada equipe deverá retomar a situação de risco local, relacionada às mudanças climáticas e aos impactos na Amazônia, investigada anteriormente. Em seguida, pergunte a eles se acreditam que existem e/ou conhecem soluções capazes de reduzir ou eliminar os impactos das mudanças climáticas investigadas por eles. Liste as ideias no quadro, em um mural digital ou em um cartaz, para que fiquem visíveis a todos. 2. Apresente materiais sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13 (ODS 13) da Agenda 2030 da ONU para a turma, debatendo sobre qual é a importância da implementação de medidas globais no combate às mudanças climáticas. Alguns ma- teriais que podem ser apresentados aos estudantes são ODS #13: Ação contra a mu- dança global do clima • IBGE Explica | IBGE | YouTube, Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13 – Ação contra a mudança global do clima | ONU Brasil e Indicadores ODS 13. Ação Contra a Mudança Global do Clima | Ipea. https://www.youtube.com/watch?v=ruOzd5Mthnc https://www.youtube.com/watch?v=ruOzd5Mthnc https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/13 https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/13 https://www.ipea.gov.br/ods/ods13.html https://www.ipea.gov.br/ods/ods13.html MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 83itinerariosamazonicos.org.br Solicite aos estudantes que comparem os dados, os indicadores e as metas apre- sentados no ODS 13 e as ideias que foram listadas por eles sobre possíveis soluções capazes de reduzir ou eliminar os impactos das mudanças climáticas. Em seguida, pe- ça-lhes que as listem no painel colaborativo que já estão utilizando (quadro, cartaz ou mural digital). Então destaque, com o apoio deles, o que há de comum e de divergente e elaborem, juntos, uma breve conclusão sobre a importância da implementação de soluções, locais e globais, no combate às mudanças climáticas. Diálogos Amazônicos Conheça um exemplo de agenda climática específica para o território amazônico no material Agenda climática para Belém | Uma Concertação pela Amazônia, que apre- senta os principais desafios da cidade de Belém em meio à crise climática, com pro- postas de soluções embasadas nas diferentes dimensões do desenvolvimento susten- tável – ambiental, social e econômico. 3. Tendo em vista as discussões anteriores, lance a questão disparadora: “Como a Ma- temática pode nos ajudar a prototipar soluções para adaptar ou mitigar as situações de risco local geradas ou agravadas pelos impactos ambientais e pelas mudanças climáticas da Amazônia?”. Para apoiar essa discussão, proponha uma reflexão sobre o significado de “prototipar” e por que isso é importante, com base no artigo Prototipação: o que é, quais são os tipos e 10 ferramentas | Leandro Piazza | 49 Educação. Você pode também propor outra discussão sobre a diferença entre os termos “miti- gar” e “adaptar”, de modo que os estudantes tenham mais assertividade ao sugerir soluções. Apresente o trecho a seguir e verifique se todos compreendem a diferença: As medidas de adaptação visam enfrentar os impactos das mudanças climáticas e as de mitigação reduzir ou eliminar esses impactos, por exemplo, por meio do estabelecimento de prazos e metas para redução da emissão de gases que contri- buem para o efeito estufa. Já a adaptação necessita do estabelecimento de medi- das imediatas para se conviver, da melhor maneira possível, com a ocorrência de determinado evento, por exemplo, com a elevação do nível do mar, já uma realidade em determinadas áreas. Evidentemente que, por meio de medidas de adaptação, os impactos também poderão ser reduzidos, uma vez que seus efeitos serão mini- mizados, mas o evento continuará a existir (JACOBI et al., 2015, p. 14). Após a discussão, explique aos grupos que deverão, ao final do módulo, apresentar um protótipo de uma solução de adaptação ou mitigação do problema estudado por eles. Oriente-os a redigir uma resposta final para a questão disparadora, que será re- tomada na sistematização do módulo. https://concertacaoamazonia.com.br/estudos/agenda-climatica-para-belem/ https://49educacao.com.br/mvp/prototipacao/ https://49educacao.com.br/mvp/prototipacao/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 84itinerariosamazonicos.org.br 4. Após a discussão sobre a questão disparadora, proponha aos grupos que realizem um brainstorming, ou tempestade de ideias, para pensar em possíveis soluções que utilizem conhecimentos da Matemática (que sejam também viáveis no contexto es- colar) para adaptar ou mitigar o problema estudado na etapa 1. Encoraje todos os estudantes a compartilhar suas ideias, já que esse é o momento para que levantem o máximo delas possível. As ideias podem ser anotadas por todos os estudantes em um mural digital ou um cartaz ou um dos membros do grupo poderá ficar responsável por registrá-las. As habilidades e o repertório matemático necessários para desenvolver essa solução podem ser modelos matemáticos, conhecimentos geométricos, de grandezas e me- didas, de grandezas direta e inversamente proporcionais, entre outros. Assim, podem ser retomados os estudos feitos na Formação Geral Básica ou investigados novos co- nhecimentos com sua ajuda. 5. Compartilhe com a turma exemplos de projetos desenvolvidos por estudantes do Ensino Médio, como: • Estudantes desenvolvem projetos sociais para empoderar outros jovens | Lau- ra Patta | Observatório do Terceiro Setor. • Estudante cria lixeira sustentável e leva ideia para escolas públicas do AP | Jorge Abreu | G1. • Estudantes de Ensino Médio Integral no Ceará desenvolvem projeto escolar com jogos para PCDs | Razões para Acreditar. • Estudantes do Ensino Médio desenvolvem cisterna automatizada para captar água da chuva | Agência Sistema Fiep. • Estudante de escola pública do Pará ganha prêmios de ciência e viagem aos EUA | Globoplay. Peça a cada equipe que registre sua lista de soluções possíveis, para que sejam pos- teriormente analisadas. Diálogos Amazônicos Conheça o projeto de pesquisa desenvolvido por uma estudante do Ensino Médio de Macapá sobre os impactos das queimadas na Amazônia para a economia nacional: Os impactos das queimadas amazônicas na economia nacional | Leva Ciência | YouTube. O projeto esteve entre os finalistas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) de 2022. Se desejar, compartilhe este e outros exemplos de projetos finalistas com os estudantes, para que se inspirem e se sintam incentivados a submeter seus projetos para feiras científicas locais e nacionais. 6. Após a tempestade de ideias, as equipes devem analisar, agrupar e classificar as opções, debatendo suas potencialidades, os prós e contras, além da viabilidade. Para isso, proponha a eles que elaborem uma rubrica com base no modelo a seguir e, assim, tenham mais critérios e parâmetros que os ajudem a avaliar se a solução es- colhida por eles tem potencial. Ressalte que os critérios para avaliação das soluções presentes na rubrica sugerida podem ser ampliados, mas não reduzidos, pois serão retomados futuramente. https://observatorio3setor.org.br/noticias/estudantes-desenvolvem-projetos-sociais-para-empoderar-outros-jovens/ https://observatorio3setor.org.br/noticias/estudantes-desenvolvem-projetos-sociais-para-empoderar-outros-jovens/ https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/06/estudante-cria-lixeira-sustentavel-e-leva-ideia-para-escolas-publicas-do-ap.htmlhttps://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/06/estudante-cria-lixeira-sustentavel-e-leva-ideia-para-escolas-publicas-do-ap.html https://razoesparaacreditar.com/estudantes-projeto-jogos-pcds/ https://razoesparaacreditar.com/estudantes-projeto-jogos-pcds/ https://agenciafiep.com.br/2020/02/18/estudantes-do-ensino-medio-desenvolvem-cisterna-automatizada-para-captar-agua-da-chuva/ https://agenciafiep.com.br/2020/02/18/estudantes-do-ensino-medio-desenvolvem-cisterna-automatizada-para-captar-agua-da-chuva/ https://globoplay.globo.com/v/7087946/ https://globoplay.globo.com/v/7087946/ https://www.youtube.com/watch?v=QlVxfPfX1o8&t https://www.youtube.com/watch?v=QlVxfPfX1o8&t https://virtual.febrace.org.br/ MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 85itinerariosamazonicos.org.br O essencial nesse momento é que eles preencham todos os campos do quadro com indicadores que devem ser observados na solução escolhida para que, ao avaliar as soluções futuramente, possam dizer se ela é adequada ou precisa de ajustes. QUADRO 2 Rubrica para avaliação das soluções para questões climáticas O que deve ser feito? (Descreva a solução proposta pelo grupo) CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA SOLUÇÃO Indicador de que a solução é ótima Indicador de que a solução é boa, mas pode melhorar Indicador de que a solução não é tão boa Por que deve ser feito? Quais mudanças climáticas essa solução ajuda a resolver? A solução ajuda a resolver os principais aspectos do problema apresentado. A solução resolve alguns, mas não todos os principais aspectos do problema. A solução não resolve a maior parte dos principais aspectos do problema. Quem é o responsável pela solução? Ela pode ser implementada por nossa comunidade escolar? Onde a solução será executada? Ela é viável para a nossa região? Quando a solução será realizada? Ela pode ser realizada em um prazo que faça sentido em relação à urgência do problema? Como a solução será realizada? As etapas necessárias para sua realização estão bem determinadas e são exequíveis? Quanto vai custar a execução da solução? Os recursos necessários para sua realização têm uma boa relação custo-benefício? Qual é a Matemática necessária para a execução da solução? Temos o conhecimento matemático necessário ou sabemos como consegui-lo? Fonte: elaborado pelos autores, 2023. Uma vez que todos os grupos tenham construído suas rubricas, proponha um com- partilhamento, a fim de que analisem os quadros uns dos outros e cheguem a uma única rubrica para a turma toda. Informe que ela será utilizada para avaliar, ao final do módulo, as produções de cada um. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 86itinerariosamazonicos.org.br Caso algum item relativo à sustentabilidade não apareça com profundidade na rubri- ca, acrescente-o a ela e oriente os grupos a contemplar esse aspecto, de modo que utilizem os recursos naturais de forma consciente e racional, reaproveitando materiais. Também precisam considerar se a solução é acessível à população e apresenta um baixo custo, respeitando as dimensões social, ambiental e econômica do desenvol- vimento sustentável. Pode ser compartilhado com os estudantes o vídeo Compreen- dendo as dimensões do desenvolvimento sustentável | ONU Brasil | YouTube. O modelo de rubrica apresentado pode ser adaptado e sempre é possível incluir no- vas perguntas. A rubrica aqui traz uma questão referente ao conteúdo matemático, mas os estudantes podem trazer outras informações que julguem relevantes. DESENVOLVIMENTO 7. De posse da rubrica final, construída pela turma no item 6, peça às equipes que a utilizem para analisar as soluções propostas pelo grupo na tempestade de ideias feita no item 4 e escolham uma para ser prototipada. Durante a aplicação da rubrica, veri- fique se os grupos optam por uma solução que possa ser prototipada e que atinja o mais alto indicador para o maior número possível de critérios estabelecidos na rubrica. Algumas equipes podem propor, por exemplo, soluções de adaptação a riscos so- cioambientais e propor um movimento coletivo da população local, na forma de um manifesto com argumentos e modelos matemáticos que expliquem a relação entre os fenômenos envolvidos no problema investigado. Outro exemplo de solução adaptati- va é o caso de sistemas de alerta à população no caso iminente de risco por desaba- mento ou enchente. Já soluções que busquem mitigar riscos podem tomar a forma de intervenções, como construções de cisternas, açudes, barragens etc. Seja qual for a proposta, é importante que os estudantes explicitem nela os elementos matemáticos que possam contemplar dados coletados nas investigações, conhecimentos de geo- metria, grandezas e medidas, traçado de plantas baixas ou modelos em miniatura com uso de escalas, bem como conhecimentos de programação ou robótica, no caso de protótipos que envolvam aplicativos de celular ou sistemas automatizados. Saiba mais Para saber mais sobre o uso de sucatas no ensino de robótica, sugerimos a leitura do livro Robótica com sucata, de Débora Garofalo, bem como os seguintes conteúdos, que tratam também da linguagem de programação com Arduino: • Robótica com sucata: da sala de aula à política pública | Débora Garofalo | Porvir; • O que é Arduino, afinal de contas? | Manual do Mundo | YouTube; • Use um Arduino sem ter Arduino! | Manual do Mundo | YouTube. Encoraje os estudantes a selecionar a solução a ser prototipada, respeitando sua re- alidade e utilizando a rubrica elaborada por eles. Reforce que a estrutura do modelo de prototipação que vão utilizar deverá estar de acordo com a rubrica, o que será importante para a avaliação do produto final de cada equipe. https://www.youtube.com/watch?v=3kntkV6JtJ8 https://www.youtube.com/watch?v=3kntkV6JtJ8 https://porvir.org/robotica-com-sucata-da-sala-de-aula-a-politica-publica/ https://www.youtube.com/watch?v=sv9dDtYnE1g https://www.youtube.com/watch?v=CrHJj4OQ6Sw MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 87itinerariosamazonicos.org.br 8. Uma vez selecionada a solução, é hora de prototipar. Peça aos grupos que acessem o material 5W2H – plano de ação para empreendedores | Sebrae e o utilizem para or- ganizar o protótipo. Sugira também que cada grupo estabeleça diferentes papéis aos seus integrantes. A seguir, indicamos algumas sugestões: • vigilante: responsável por anotar as novas ideias e incluí-las no planejamento; • articulador: responsável por garantir que todos os integrantes compreendam as tarefas, sejam ouvidos e participem da proposta; • planejador: responsável por sempre retomar o cronograma e garantir que os prazos sejam cumpridos; • cético: responsável por analisar criticamente as produções, verificando se a qualidade máxima da solução está garantida (essa tarefa deve incluir a revisão de todos os cálculos e das informações numéricas registradas); • comunicador: responsável por registrar todos os pontos fortes da solução e prever um plano de comunicação que explique o projeto de forma atrativa para as outras equipes e a comunidade escolar. Também poderá fazer o registro fo- tográfico do processo de prototipação . Saiba mais A distribuição de papéis operacionais em trabalhos em grupo é uma técnica que pro- move a equidade no acesso ao conhecimento, uma vez que todos os estudantes pas- sam a ser corresponsáveis por um mesmo produto e se envolvem de forma equitativa nos desafios propostos. Os papéis descritos aqui são uma adaptação dos apresenta- dos no livro Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogê- neas, de Elizabeth G. Cohen e Rachel A. Lotan (2017). Para conhecer um pouco do livro, sugerimos o artigo Planejando o trabalho em grupo orientado para o ensino da equidade | Instituto Sidarta | Nova Escola. Caso seja necessário, os estudantes podem pedir apoio de outros professores e da comunidade local para a sua prototipação.O planejamento do trabalho pode ser feito com recursos digitais ou em um cartaz e, posteriormente, pode ser utilizado como instrumento avaliativo. Apoie os grupos na ideação das soluções. Atente-se ao fato de que, como cada equipe vai se dedicar a um problema diferente, os estudantes apli- carão e se aprofundarão em diversos conhecimentos, tanto da Matemática como de outras áreas. Eixos estruturantes em ação As habilidades dos eixos Processos criativos e Mediação e intervenção sociocultural são mobilizadas em diferentes momentos da atividade, especialmente EMIFMAT05, EMIFMAT06, EMIFMAT07 e EMIFMAT08. Ao delimitar um problema socioambiental para ser investigado e para a proposição de soluções com base na sustentabilidade e na aplicação de conhecimentos matemáticos, os estudantes selecionam, testam e mobilizam intencionalmente soluções e recursos criativos e éticos, bem como concei- tos e habilidades relacionados à Matemática. Além disso, aplica esses conhecimentos para avaliação e tomada de decisão, a fim de propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais. https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/5W2H.pdf https://novaescola.org.br/conteudo/14383/planejando-o-trabalho-em-grupo-orientado-para-o-ensino-da-equidade https://novaescola.org.br/conteudo/14383/planejando-o-trabalho-em-grupo-orientado-para-o-ensino-da-equidade MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 88itinerariosamazonicos.org.br SISTEMATIZAÇÃO 9. Quando todos os grupos estiverem com os protótipos prontos, proponha uma ava- liação entre pares utilizando a rubrica. Cada equipe apresentará o protótipo à outra, que utilizará a rubrica para avaliar a produção dos colegas. Oriente-os a avaliar os resultados do trabalho e dar devolutivas construtivas, sendo objetivos e específicos sobre o que pode ser melhorado no protótipo. Esse processo é bastante importante para auxiliá-los a refletir sobre suas próprias produções e a se autoavaliarem em rela- ção ao próprio processo de aprendizagem. Saiba mais Se desejar, é possível ampliar a proposta de avaliação entre pares e debater com os estudantes alguns princípios das competências socioemocionais e como a realização de atividades como a que foi proposta pode contribuir com seu desenvolvimento. Para isso, é possível se inspirar no texto Competências socioemocionais dos estudan- tes | Instituto Ayrton Senna. 10. Solicite aos grupos que compartilhem com a turma ideias de como poderiam apresentar para a comunidade escolar a solução prototipada por eles. Podem surgir sugestões, como feira de inovações, apresentação durante a reunião de pais, fórum sobre mudanças climáticas, criação de um site, blog, canal do YouTube ou de um per- fil no Instagram, produção de vídeos ou podcast, elaboração de materiais diversos, como cartazes e panfletos, entre outras. Também é possível aproveitar um evento já tradicional da escola, como a semana do meio ambiente ou a feira de ciências, para compartilhar os trabalhos. Eixos estruturantes em ação As habilidades do eixo Mediação e intervenção sociocultural são mobilizadas em dife- rentes momentos desta atividade, especialmente a EMIFMAT09, já que os estudantes são desafiados a planejar o melhor caminho para a apresentação e a comunicação de suas soluções à comunidade escolar, o que envolve a proposição de estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural e de natu- reza ambiental relacionados à Matemática. Saiba mais Conheça o movimento Escolas pelo Clima | Reconectta, uma comunidade de esco- las comprometidas com o desenvolvimento de projetos que buscam soluções para a emergência climática. 11. Retome e liste com os estudantes os conhecimentos construídos na situação de aprendizagem em que criaram protótipos de suas soluções. Para isso, resgate a ques- tão disparadora e as ideias iniciais das equipes, comparando-as ao planejamento da solução que foi elaborado por eles: “Como a Matemática pode nos ajudar a prototipar soluções para adaptar ou mitigar as situações de risco local geradas ou agravadas pelos impactos ambientais e pelas mudanças climáticas da Amazônia?”. https://institutoayrtonsenna.org.br/o-que-defendemos/socioemocional-estudantes/ https://institutoayrtonsenna.org.br/o-que-defendemos/socioemocional-estudantes/ https://www.reconectta.com/escolaspeloclima MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 89itinerariosamazonicos.org.br Proponha um debate sobre as respostas iniciais dadas à questão e registradas por eles. Auxilie-os a compreender o papel de cada categoria do planejamento/plano de ação 5W2H para a prototipação de suas soluções, além de listar os conceitos mate- máticos aplicados e os que seriam necessários para as próximas etapas de execução do projeto. Esse levantamento pode ser feito por meio do registro de palavras-chave no quadro, em um quadro de sistematização ou em um cartaz com o uso de bloco de notas autoadesivas que serão preenchidas pelos jovens e dispostas em um mural. Avaliação em processo De acordo com os combinados feitos previamente com a turma, retome e selecione os instrumentos que serão utilizados para a avaliação. Durante o percurso de aprendi- zagem, faça devolutivas aos estudantes, individualmente ou em equipes, destacando pontos que precisam de mais dedicação e os aspectos positivos de seu envolvimento com o projeto. As produções individuais e coletivas também poderão fornecer evidências em relação às expectativas de aprendizagem e às habilidades dos eixos estruturantes. Acompa- nhe a produção dos planos de ação das equipes e a aplicação de diferentes habilida- des matemáticas na ideação das soluções, de acordo com suas especificidades. Garanta que as produções e os registros individuais e coletivos dos estudantes sejam avaliados de maneira processual e formativa, de modo que eles possam receber devo- lutivas sobre seus esforços ao longo do módulo. Utilize e amplie a rubrica criada pela turma para fazer uma avaliação individual de cada estudante. Para conhecer estratégias para dar boas devolutivas, leia o artigo Trabalhando por dentro da caixa preta | Paul Black et al. | Cadernos Cenpec. Lembre-se de que as devo- lutivas devem ser baseadas nas rubricas e na expectativa de que todos os estudantes obtenham o melhor resultado possível. Sendo assim, reveja as estratégias de aprendi- zagem adotadas e fique atento aos estudantes que precisem de maior atenção e de outras formas de engajamento e motivação. https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/445 https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/445 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 90itinerariosamazonicos.org.br TEXTO DE APOIO COMO APOIAR OS ESTUDANTES A BUSCAR CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS COM BASE ESTATÍSTICA? Para dar continuidade à atividade, é essencial ter em mente todo o trajeto que os estu- dantes percorrerão. Isso porque eles investigarão o conceito de correlação estatística entre variáveis, e, para tal, precisarão do seu apoio. No item 8 da etapa 1, o conceito de correlação é apresentado aos jovens por meio de um artigo que você pode ler com antecedência: Correlação não é causalidade, mas o que é então? | Escola de Dados. Aqui, efetivamente, inicia-se o aprofundamento de conheci- mentos trazidos da Formação Geral Básica, ao ampliar conceitos e relações entre variá- veis obtidas estatisticamente. No item 9, os estudantes devem escolher variáveis que possam ser coletadas e que a correlação entre elas possa ser analisada. Assim, se for preciso mudar a situação a ser investigada, auxilie-os de modo a tornar o trabalho mais viável, mesmo considerando que não é necessário que escolham desde já variáveis que tenham correlação, mas de- vem ser capazes de coletar dados sobre essas variáveis e analisaras possibilidades de correlação existentes. Para apoiar seu trabalho, veja alguns exemplos de variáveis que os estudantes podem coletar para analisar: TABELA 1 Quantidade de habitantes na Amazônia Legal (aprox. para 0,1 milhão) 1991 17 2000 21 2010 25,5 2020 28,1 Fonte: elaborado pelos autores com base em CHEIN; PROCÓPIO, 2022 e SANTOS; SALOMÃO; VERÍSSIMO, 2021. ETAPA 1 - Situação de aprendizagem 1 https://escoladedados.org/tutoriais/correlacao-nao-e-causalidade-mas-o-que-e-entao https://escoladedados.org/tutoriais/correlacao-nao-e-causalidade-mas-o-que-e-entao MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 91itinerariosamazonicos.org.br TABELA 2 Temperatura máxima no Brasil (aprox. para 0,01 °C) 1989 28,81 2000 29,42 2010 30,37 2019 31,06 Fonte: elaborado pelos autores com base em FIORAVANTI, 2020. TABELA 3 Avanço da agropecuária na Amazônia brasileira (aprox. para 100 mil km2) 1990 389 2000 639 2010 850 2018 960 Fonte: elaborado pelos autores com base em OLIVEIRA, 2020. TABELA 4 Taxa anual de desmatamento (aprox. para 10 mil km2) 1995 29 2004 28 2012 5 2020 11 Fonte: elaborado pelos autores com base em ASSIS, 2021. No item 10, os estudantes analisam os dados relativos às variáveis escolhidas e cons- troem tabelas e gráficos na busca por estabelecer diversas relações entre as variáveis. Uma vez estudados os modelos matemáticos, no item 11, eles selecionam um gráfico que envolva duas variáveis analisadas para então adicionar uma linha de tendência que ajude a verificar a existência de correlação. Para isso, devem escolher qual variá- vel aparecerá no eixo x e qual aparecerá no eixo y; depois, devem construir os gráficos com ferramentas digitais e buscar estabelecer modelos matemáticos. Em seguida, recorrem a uma planilha eletrônica. No caso de optarem pelo Excel, é preciso clicar no gráfico de pontos ou linha obtido com os dados coletados, clicar em Layout, em Linha de tendência e, então, escolher o tipo de tendência (no caso, linear). Após esse processo, aparecerá a reta que melhor se ajuste aos dados. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 92itinerariosamazonicos.org.br Já no Google Planilhas, é preciso clicar no gráfico de dispersão e abrir a janela de edição do gráfico. Na aba Personalizar gráfico, é preciso selecionar o item Série e, em seguida, selecionar Linha de tendência. Em ambos os casos, é possível incluir auto- maticamente o valor do coeficiente de correlação (R2), que varia de 0 a 1. Isso dá uma ideia de quão bem a linha de tendência se ajusta aos dados. Se R2 for igual a 1, então a melhor linha de ajuste passa por todos os pontos nos dados, e toda a variação nos valores observados de y é explicada por sua relação com os valores de x. Por exemplo: se há um R2 no valor de 0,80, há 80% de probabilidade de que a variação dos valores de y seja explicada por sua relação linear com os valores observados de x. Veja alguns gráficos que podem ser construídos com os dados das tabelas anteriores: GRÁFICO 4 Tendência de correlação linear entre a variação da temperatura máxima anual no Brasil (em °C) e a variação da taxa anual de desmatamento da Amazônia Legal (em km2) entre os anos de 1989 e 2020. Fonte: elaborado pelos autores, 2023. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 93itinerariosamazonicos.org.br GRÁFICO 5 Tendência de correlação linear entre a variação da temperatura máxima anual no Brasil (em °C) e a variação anual da quantidade de habitantes na Amazônia Legal (em milhões de habitantes) entre os anos de 1989 e 2020. Fonte: elaborado pelos autores, 2023. Observe que, nos dois exemplos, os dados indicam forte correlação entre as variáveis, uma vez que R2 assume valores próximos de 1. Na relação entre desmatamento e va- riação da temperatura máxima no Brasil, a correlação é forte, o que indica que outros fatores podem causar o aumento da temperatura em todo o Brasil. Já a correlação é muito forte entre a ocupação humana na Amazônia e a variação da temperatura má- xima no país inteiro. Nas investigações dos estudantes, será preciso apoiar a interpre- tação dos valores de R2 que serão encontrados por eles para as diferentes variáveis que as equipes escolherão. No item 12, depois de os estudantes terem criado seus gráficos, eles elaborarão con- clusões entre os riscos socioambientais em sua localidade e as variáveis relativas a mudanças ambientais ou climáticas locais e na Amazônia. Será preciso explicar que a interpretação do R2 auxilia a compreender a importância de ampliar o tamanho da amostra coletada. Por exemplo, em uma amostra de apenas dois pontos, a reta que os conecta terá um R2 de 100% (100% = 1), o que indica que o modelo se adéqua per- feitamente à amostra, mas não necessariamente à realidade. Quanto mais pontos há, maior a chance de o R2 dizer algo sobre como o modelo se adéqua à realidade e não apenas à amostra. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO - MATEMÁTICA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A AMAZÔNIA 94itinerariosamazonicos.org.br REFERÊNCIAS ASSIS, Talita. Desmatamento na Amazônia: uma perspectiva histórica. Exame, 27 mar. 2021. 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