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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AUTÁRQUICA 1º ANO - LABORAL DIFERENÇA ENTRE TEORIA CONTINGENCIAL, COMPORTAMENTAL, DE SISTEMAS E ESTRUTURALISTA QUELIMANE 2023 JORGINA JORGE LICENÇO DIFERENÇA ENTRE TEORIA CONTINGENCIAL, COMPORTAMENTAL, DE SISTEMAS E ESTRUTURALISTA ( Trabalho de Pesquisa do curso de Licenciatura em Administração Pública e Autárquica na Faculdade de Economia e Gestão , com a finalidade de avaliação na cadeira de . Docente: Dr. ) QUELIMANE 2023 Índice 1 Introdução 3 1.1 Objectivos 4 1.1.1 Geral 4 1.1.2 Específicos 4 1.2 Metodologia 4 2 Fundamentação teórica 5 2.1 Teorias de administração 5 2.1.1 Teoria contingencial 5 2.1.2 Teoria comportamental 6 2.1.2.1 Princípios básicos da teoria comportamental 6 2.1.3 Teoria de sistemas 7 2.1.4 Teoria estruturalista 8 2.2 Diferença entre Teoria Contingencial, Comportamental, de Sistemas e Estruturalista 9 3 Conclusão 11 4 Referências bibliográficas 12 Introdução No campo da administração, diversas teorias foram desenvolvidas para compreender e explicar o funcionamento das organizações. Quatro teorias amplamente discutidas são a Teoria Contingencial, a Teoria Comportamental, a Teoria de Sistemas e a Teoria Estruturalista. Neste trabalho de pesquisa, analisaremos as principais diferenças entre essas teorias, destacando seus conceitos-chave e abordagens. Essas quatro teorias - contingencial, comportamental, de sistemas e estruturalista - oferecem diferentes lentes através das quais podemos compreender e abordar a administração das organizações. Enquanto a teoria contingencial enfatiza a adaptação ao contexto, a teoria comportamental destaca o comportamento humano, a teoria de sistemas adota uma visão holística e a teoria estruturalista foca na estrutura organizacional. Compreender essas perspectivas teóricas pode auxiliar os gestores na tomada de decisões e na implementação de práticas administrativas mais eficazes. 3 Objectivos Geral Compreender a diferença entre teorias - contingencial, comportamental, de sistemas e estruturalista. Específicos · Conceitualizar as teorias - contingencial, comportamental, de sistemas e estruturalista; · Descrever as teorias - contingencial, comportamental, de sistemas e estruturalista; · Diferenciar as teorias - contingencial, comportamental, de sistemas e estruturalista. Metodologia Nesta pesquisa será aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por diversos autores em torno do tema em estudo. Igualmente, a pesquisa bibliográfica será aplicada de modo a ajudar na triangulação dos dados que são colhidos durante a pesquisa e, observados pelo autor do trabalho no decurso desta. Fundamentação teórica Teorias de administração Teoria contingencial A teoria contingencial é uma abordagem dentro da administração que enfatiza a importância do contexto e da adaptação das práticas de gestão às circunstâncias específicas de uma situação. Essa teoria sugere que não existe uma abordagem universalmente correcta para a administração, mas que as melhores práticas dependem de uma série de factores contingentes (Chiavenato, 2003). A teoria contingencial foi desenvolvida como uma resposta às limitações das teorias anteriores, como a teoria clássica da administração e a teoria das relações humanas. Essas teorias assumiam que existia uma única abordagem correta para a administração e que os gerentes deveriam seguir um conjunto de princípios universais. No entanto, a teoria contingencial reconhece que o ambiente de trabalho é complexo e está em constante mudança, e que as práticas de gestão devem se adaptar a essa realidade. Segundo a teoria contingencial, não há uma única maneira correcta de administrar uma organização. Em vez disso, a eficácia das práticas de gestão depende de factores contingentes, como a cultura organizacional, a estrutura da organização, a tecnologia utilizada, as características dos funcionários, o ambiente externo, entre outros. A teoria contingencial sugere que os gerentes devem analisar cuidadosamente esses factores contingentes e adaptar suas práticas de gestão de acordo com as circunstâncias específicas da organização. Um dos principais conceitos da teoria contingencial é o princípio da contingência, que afirma que não existe uma única maneira correta de organizar uma empresa ou tomar decisões. Em vez disso, os gerentes devem escolher a abordagem que melhor se adapte às características e às demandas do ambiente em que a organização está inserida. (Chiavenato, 2003). Além disso, a teoria contingencial destaca a importância da flexibilidade e da adaptação. Os gerentes precisam estar abertos a ajustar suas práticas de gestão conforme necessário, à medida que o ambiente e as circunstâncias mudam. Desta forma, a teoria contingencial enfatiza que as melhores práticas de gestão dependem do contexto e das circunstâncias específicas de uma organização. Ela reconhece a complexidade do ambiente de trabalho e destaca a importância da adaptação e da flexibilidade por parte dos gerentes. Essa abordagem busca promover uma gestão mais eficaz, considerando as particularidades de cada situação. Teoria comportamental Segundo (Moraes, 2004) a teoria comportamental, também conhecida como teoria behaviorista, é uma abordagem da psicologia que se concentra no estudo do comportamento observável e mensurável. Essa teoria enfatiza o papel do ambiente externo na moldagem do comportamento humano e rejeita a ideia de que os processos mentais internos são a causa principal do comportamento. Princípios básicos da teoria comportamental · Condicionamento clássico: Esse tipo de condicionamento é baseado na associação de estímulos. Por exemplo, um cão aprende a associar o som de um sino com a chegada da comida. Com o tempo, o cão começa a salivar apenas com o som do sino, mesmo na ausência de comida (Moraes, 2004). · Condicionamento operante: segundo (Moraes, 2004) nesse tipo de condicionamento, o comportamento é influenciado pelas suas consequências. Se um comportamento é seguido por uma recompensa, é mais provável que seja repetido. Por outro lado, se o comportamento é seguido por uma punição, é menos provável que ocorra novamente. · Reforço: O reforço é usado para aumentar a frequência de um comportamento. Pode ser positivo, como oferecer uma recompensa após um comportamento desejado, ou negativo, como remover algo aversivo após o comportamento desejado. · Extinção: A extinção é usada para diminuir a frequência de um comportamento indesejado. Consiste em parar de reforçar o comportamento, o que leva gradualmente à diminuição ou eliminação desse comportamento. · Modelagem: A modelagem envolve a aprendizagem por observação e imitação de comportamentos. As pessoas tendem a imitar comportamentos que observam em outras pessoas, especialmente se forem reforçados. A teoria comportamental tem sido amplamente aplicada em várias áreas, como educação, terapia comportamental, treinamento de habilidades, gestão organizacional e análise do comportamento aplicada. Embora essa abordagem seja criticada por sua ênfase exclusiva no comportamento observável e por negligenciar os processos cognitivos internos, ela oferece uma perspectiva útil para entender como o ambiente influencia o comportamento humano e como as pessoas podem ser incentivadas a adotar comportamentos desejáveis ou abandonar comportamentos indesejáveis (Moraes, 2004). Teoria de sistemas Segundo (Chiavenato, 2003, p. 474) a Teoria de Sistemas é uma abordagem interdisciplinar que busca compreender e descrever os sistemas presentes na natureza, na sociedade e em outras áreas do conhecimento. Essa teoria foi desenvolvida na década de 1950 pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy e tem sido aplicada em diversas áreas, como biologia, psicologia, sociologia, administração, engenharia e ciência da computação. A Teoria de Sistemas parte do pressuposto de que um sistema é um conjunto de elementos interconectadosque interagem entre si e com o ambiente, formando um todo complexo. Esses sistemas podem ser físicos ou abstratos, simples ou complexos, e podem ser estudados em diferentes níveis de análise, desde o microscópico até o macroscópico. De acordo com (Chiavenato, 2003) alguns conceitos-chave da Teoria de Sistemas incluem: · Sistema: Um conjunto de elementos interconectados que atuam juntos para alcançar um objectivo comum. · Elemento: As partes individuais que compõem um sistema. Esses elementos podem ser pessoas, objectos, ideias, processos, entre outros. · Interconexões: As relações e interações entre os elementos de um sistema. As interconexões podem ser físicas, como conexões entre objectos, ou conceituais, como relações entre ideias. · Ambiente: O contexto no qual um sistema está inserido. O ambiente influencia o sistema e é influenciado por ele. · Retroalimentação (feedback): Os mecanismos pelos quais as informações circulam entre um sistema e seu ambiente. A retroalimentação pode ser positiva (reforçadora) ou negativa (correctiva). · Hierarquia: A estrutura de camadas ou níveis em um sistema, que pode variar de simples a complexa. Ainda de acordo com (Chiavenato, 2003, p. 474) a Teoria de Sistemas é útil para analisar e compreender fenômenos complexos, permitindo uma abordagem holística que considera as interações e as relações entre as partes de um sistema. Ela também fornece uma base conceitual para o estudo da complexidade, da organização e do funcionamento de sistemas em diferentes áreas do conhecimento. É importante ressaltar que a Teoria de Sistemas não é uma teoria definitiva ou completa, mas sim uma abordagem que oferece um conjunto de conceitos e ferramentas para a compreensão e a análise de sistemas complexos. Ela tem sido continuamente desenvolvida e adaptada ao longo do tempo, com contribuições de diversos pesquisadores em diferentes áreas. Teoria estruturalista De acordo com Araújo (2004) a teoria estruturalista é uma abordagem teórica que busca compreender as organizações e outras estruturas sociais por meio do estudo de suas estruturas internas e das relações entre os elementos que as compõem. Essa teoria foi desenvolvida a partir da década de 1950 como uma crítica às teorias administrativas anteriores, como a teoria clássica e a teoria das relações humanas, que enfatizavam apenas aspectos isolados das organizações. O estruturalismo foi influenciado pela sociologia, antropologia e psicologia, e sua abordagem visa analisar a organização como um sistema complexo, onde as partes são interdependentes e interligadas. Ele busca identificar os padrões de funcionamento e as leis que regem essas estruturas (Araújo, 2004). Ainda segundo (Araújo, 2004) alguns dos principais conceitos da teoria estruturalista incluem: · Estrutura: refere-se à configuração de elementos e relações que formam uma organização. Esses elementos podem ser pessoas, departamentos, funções, hierarquias, processos, entre outros. · Subsistema: são as partes ou componentes de uma organização que desempenham funções específicas. Cada subsistema possui sua própria estrutura e também está interligado com os demais subsistemas. · Interdependência: destaca que os subsistemas de uma organização dependem uns dos outros para funcionar efectivamente. As acções e decisões em um subsistema podem afectar outros subsistemas. · Ambiente: refere-se ao contexto externo no qual a organização está inserida. O ambiente influencia a organização e é influenciado por ela. A organização precisa se adaptar às mudanças ambientais para sobreviver. · Equifinalidade: significa que é possível alcançar o mesmo objectivo através de diferentes caminhos ou estruturas. Uma organização pode adoptar diferentes estruturas para atingir os mesmos resultados. A teoria estruturalista também enfatiza a importância da análise da estrutura organizacional, das relações de poder e das interações entre os membros da organização. Além disso, busca compreender as motivações e comportamentos individuais dentro do contexto organizacional. No geral, a teoria estruturalista oferece uma abordagem interessante para analisar e compreender as organizações, mas é importante considerar também outras perspectivas teóricas para obter uma compreensão mais completa do funcionamento das organizações. Diferença entre Teoria Contingencial, Comportamental, de Sistemas e Estruturalista · Teoria Contingencial A Teoria Contingencial enfatiza que não há uma única maneira correcta de administrar uma organização. Ela argumenta que as práticas de gestão eficazes são contingentes ou dependentes de vários factores, como o ambiente externo, a tecnologia, a cultura organizacional e as características individuais. Em outras palavras, não há uma abordagem universalmente aplicável à administração, pois o que funciona em uma situação pode não funcionar em outra (Chiavenato, 2003). · Teoria Comportamental Segundo (Moraes, 2004) a Teoria Comportamental, também conhecida como Teoria Behaviorista, enfoca o comportamento humano dentro das organizações. Ela afirma que os indivíduos têm necessidades, motivações e expectativas que influenciam seu comportamento. A teoria comportamental busca compreender o comportamento dos indivíduos e como ele pode ser modificado para alcançar uma maior eficácia organizacional. Ela valoriza a participação dos funcionários, a motivação intrínseca e a criação de um ambiente de trabalho saudável. · Teoria de Sistemas Conforme (Chiavenato, 2003) a Teoria de Sistemas considera uma organização como um sistema complexo e interdependente de partes que trabalham juntas para alcançar objectivos comuns. Ela examina as interações entre as diferentes partes da organização, como departamentos, equipes e processos, e como essas interações afetam o desempenho geral. A teoria de sistemas enfatiza a importância de uma abordagem holística e integrada para a administração, considerando o impacto das mudanças em uma parte sobre o sistema como um todo. · Teoria Estruturalista A Teoria Estruturalista destaca a importância da estrutura organizacional e da análise das relações entre as pessoas e os diferentes componentes da organização. Ela examina as relações de autoridade, as hierarquias, os papéis formais e informais, a comunicação e a coordenação dentro da organização. A teoria estruturalista busca entender como a estrutura organizacional afecta o comportamento e o desempenho das pessoas, bem como a eficácia geral da organização (Araújo, 2004). Embora essas teorias tenham enfoques diferentes, é importante observar que elas não são mutuamente exclusivas e podem se complementar. Muitas vezes, as organizações incorporam elementos de várias teorias para desenvolver abordagens de gestão mais abrangentes e eficazes. Parte superior do formulário 9 Conclusão Em suma, as teorias contingencial, comportamental, de sistemas e estruturalista são abordagens distintas para a compreensão e explicação do comportamento organizacional. Embora todas elas tenham surgido em momentos diferentes e enfatizem aspectos diferentes, todas contribuem para a nossa compreensão das organizações e do seu funcionamento. A teoria contingencial enfoca a ideia de que não existe uma abordagem universalmente correta para gerenciar uma organização. Em vez disso, a eficácia das práticas gerenciais depende das contingências específicas do ambiente externo e interno da organização. Portanto, a teoria contingencial destaca a importância da adaptação e flexibilidade por parte dos gerentes para lidar com diferentes situações. A teoria comportamental, por sua vez, se concentra no comportamento humano dentro das organizações. Ela rejeita a abordagem tradicional que considerava os funcionários como meros recursos produtivos, e busca entender a motivação, as atitudes e as necessidades dos indivíduos no ambiente de trabalho. A teoria comportamental enfatiza a importância da satisfação das necessidades dos funcionários para aumentar sua produtividade e bem-estar. A teoria de sistemas considera as organizações como sistemas complexos einterconectados, compostos por partes interdependentes que funcionam juntas para alcançar objetivos comuns. Ela analisa as interações e as relações entre os diferentes componentes de uma organização, bem como o impacto do ambiente externo nesse sistema. A teoria de sistemas destaca a importância da visão holística e do pensamento sistêmico para compreender as organizações. Por fim, a teoria estruturalista examina as estruturas formais e informais dentro das organizações. Ela busca entender como essas estruturas afetam o comportamento e o desempenho dos indivíduos e grupos. A teoria estruturalista considera fatores como a divisão do trabalho, a hierarquia, a autoridade e a comunicação para explicar como as organizações funcionam. Referências bibliográficas Araújo, L. C. (2004). Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas. Chiavaneto, I. (2003). Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier. Moraes, A. M. P. (2004). Introdução à Administração. São Paulo: Prentice Hall.