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Exercício 1: Ao propor uma visão conjunta da história e do homem, do indivíduo e da sociedade, da natureza e de Deus, Marx e Engels abrem a possibilidade de realização de uma síntese geral, ao mesmo tempo teórica e prática, da concepção de um sistema totalitário (ex. capitalista), e, portanto, uma concepção de mundo. Nesse sentido, Marx e Engels.
I. Recusam uma hierarquia exterior aos indivíduos (metafísica); consideram que há falta de consciência individual nos aspectos relacionados às práticas (trabalho e ação), sociais e históricas (estrutura econômica da sociedade, classes sociais etc.).
II. Consideram que há uma hierarquia exterior aos indivíduos (metafísica) e falta de consciência individual das práticas (trabalho e ação), sociais e históricas (estrutura econômica da sociedade, classes sociais etc.).
III. Não discutem se há hierarquia exterior aos indivíduos (metafísica); propõem a construção de uma consciência individual que relacione aspectos das práticas sociais e históricas.
Está correto somente o afirmado em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) I e II.
Resposta: A
Justificativa: 
A alternativa correta é a A porque ela descreve corretamente a visão de Marx e Engels em relação à hierarquia exterior aos indivíduos e à falta de consciência individual nos aspectos relacionados às práticas sociais e históricas. Vamos analisar cada uma das afirmações:
I. "Recusam uma hierarquia exterior aos indivíduos (metafísica); consideram que há falta de consciência individual nos aspectos relacionados às práticas (trabalho e ação), sociais e históricas (estrutura econômica da sociedade, classes sociais etc.)"
Esta afirmação está correta. Marx e Engels recusaram a ideia de uma hierarquia exterior aos indivíduos, ou seja, rejeitaram explicações metafísicas para as desigualdades sociais e econômicas. Eles argumentaram que a falta de consciência individual em relação às práticas sociais e históricas era uma característica do sistema capitalista, onde as relações de classe eram opressivas.
As outras afirmações não representam adequadamente as visões de Marx e Engels:
II. "Consideram que há uma hierarquia exterior aos indivíduos (metafísica) e falta de consciência individual das práticas (trabalho e ação), sociais e históricas (estrutura econômica da sociedade, classes sociais etc.)"
Esta afirmação contradiz a visão de Marx e Engels, que rejeitaram a ideia de hierarquia exterior aos indivíduos e atribuíram a falta de consciência individual às condições do sistema capitalista.
III. "Não discutem se há hierarquia exterior aos indivíduos (metafísica); propõem a construção de uma consciência individual que relacione aspectos das práticas sociais e históricas."
Esta afirmação não reflete completamente a visão de Marx e Engels, pois eles discutiram e rejeitaram explicitamente a ideia de hierarquia exterior aos indivíduos, além de argumentarem que a construção de uma consciência individual estava relacionada à transformação das condições sociais e econômicas.
Portanto, a alternativa A é a correta, pois descreve de forma precisa a visão de Marx e Engels sobre hierarquia exterior aos indivíduos e a falta de consciência individual nos aspectos sociais e históricos.
Exercício 2: (ST2010) A filósofa Marilena Chauí, em O que é ideologia (1997), tece importantes considerações sobre o modo pelo qual os homens atribuem sentido ao real. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O real é igualmente entendido por diferentes pessoas por conter em si mesmo os elementos para sua interpretação.
b) O real não é formado por coisas, mas por projeções universais da subjetividade humana sobre o concreto.
c) O real não existe de fato, pois tudo é ilusório e incerto.
d) O sentido do real não é em si: é uma construção sócia histórica e cultural que se dá a partir das relações humanas.
e) O real tende a ser o mesmo para diferentes seres humanos, pois percebê-lo é função do sistema sensorial humano, igual para todos os indivíduos normais da espécie.
Resposta: D
Justificativa: A alternativa D é a resposta correta porque reflete a perspectiva de Marilena Chauí sobre como os seres humanos atribuem sentido ao real. De acordo com Chauí, o sentido do real não é algo que existe de forma objetiva e independente, mas é uma construção que surge a partir das interações humanas, das relações sociais, históricas e culturais.
Isso significa que diferentes pessoas podem atribuir sentidos diferentes ao mesmo aspecto da realidade com base em suas experiências, contextos sociais e culturais. O sentido do real não é algo universal e absoluto, mas sim relativo e influenciado pelo contexto em que as pessoas vivem.
Portanto, a alternativa D está correta porque reflete essa ideia central de Marilena Chauí de que o sentido do real é uma construção social e cultural que se origina das relações humanas e não algo inerente ao próprio real.
Exercício 3: Chauí (2001), ao discutir Ideologia nos afirma que em sociedades divididas em classes nas quais uma classe explora e domina as outras, as ideias e representações produzidas e difundidas pela classe dominante têm por objetivo legitimar e assegurar o poder econômico, social e político. Essas ideias, por sua vez, têm a característica de: 
I. Explicitar o poder da classe dominante.
II. Dar a conhecer o modo real de produção das relações numa sociedade de classes e demonstrar que as desigualdades sociais são produzidas nessas relações sociais.
III. Ocultar a realidade social de forma a não explicitar suas contradições nem demonstrar as formas de exploração de uma classe sobre a outra.
Está correto o enunciado em
A. I, somente.
B. III, somente.
C. I e III, somente.
D. II e III, somente.
E. Todas as afirmativas.
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a B porque as afirmativas I e III não refletem com precisão a perspectiva de Marilena Chauí em relação às ideologias em sociedades divididas em classes. Vamos analisar cada uma das afirmativas:
I. "Explicitar o poder da classe dominante."
Essa afirmativa não está de acordo com a visão de Chauí. As ideologias produzidas pela classe dominante geralmente não explicitam seu próprio poder de maneira direta, mas tendem a ocultar ou justificar esse poder. Portanto, a afirmativa I não é correta.
III. "Ocultar a realidade social de forma a não explicitar suas contradições nem demonstrar as formas de exploração de uma classe sobre a outra."
Esta afirmativa está alinhada com a visão de Chauí. Ela argumenta que as ideologias produzidas pela classe dominante muitas vezes têm a função de ocultar as contradições sociais e as formas de exploração das classes dominantes sobre as classes exploradas. Portanto, a afirmativa III é correta.
A afirmativa II, por outro lado, está correta porque reflete a ideia central de Chauí de que as ideologias podem ocultar a realidade social e não demonstrar as desigualdades e exploração nas sociedades de classes. Portanto, a resposta correta é a B, pois apenas a afirmativa II está de acordo com a perspectiva de Marilena Chauí sobre ideologias em sociedades divididas em classes.
Exercício 4: (ENADE 2006) Na perspectiva epistemológica histórico-crítica, a epistemologia positivista.
A. Identifica o objeto de estudo das Ciências Humanas com o objeto de estudo das Ciências Naturais, sem preocupação com os distintos métodos de estudo dessas ciências.
B. Identifica o método de estudo das Ciências Humanas com o método de estudo das Ciências Naturais, sem preocupação com os distintos objetos de estudo dessas ciências.
C. Situa o estudo dos seres humanos em uma história natural evolucionista que o isenta de adotar posições político-ideológicas.
D. Identifica o objeto e o método de estudo das Ciências Humanas com o objeto e o método das Ciências Naturais.
E. Utiliza moldes experimentais no estudo de seres humanos, o que os distancia de concepções filosóficas vagas.
Resposta: D
Justificativa: A resposta correta é a D porque ela descreve corretamente a perspectiva epistemológica positivista em relação às Ciências Humanas. Vamos analisar cada uma das opções:A. "Identifica o objeto de estudo das Ciências Humanas com o objeto de estudo das Ciências Naturais, sem preocupação com os distintos métodos de estudo dessas ciências."
Essa afirmativa não reflete com precisão a perspectiva positivista. Embora o positivismo tenha uma abordagem científica das Ciências Humanas, ele reconhece a existência de métodos distintos entre as Ciências Humanas e Naturais. Portanto, a afirmativa A não é correta.
B. "Identifica o método de estudo das Ciências Humanas com o método de estudo das Ciências Naturais, sem preocupação com os distintos objetos de estudo dessas ciências."
Essa afirmativa também não representa adequadamente a perspectiva positivista. O positivismo tende a enfatizar a aplicação de métodos científicos nas Ciências Humanas, mas reconhece que os objetos de estudo são distintos. Portanto, a afirmativa B não é correta.
C. "Situa o estudo dos seres humanos em uma história natural evolucionista que o isenta de adotar posições político-ideológicas."
Essa afirmativa não descreve a abordagem do positivismo em relação às Ciências Humanas. O positivismo não isenta o estudo dos seres humanos de posições político-ideológicas, mas busca uma abordagem científica para compreender fenômenos sociais. Portanto, a afirmativa C não é correta.
D. "Identifica o objeto e o método de estudo das Ciências Humanas com o objeto e o método das Ciências Naturais."
Essa afirmativa está correta e representa com precisão a perspectiva epistemológica positivista. O positivismo busca aplicar os métodos das Ciências Naturais às Ciências Humanas, tratando-as como disciplinas científicas que podem ser estudadas de maneira objetiva e empiricamente verificável.
E. "Utiliza moldes experimentais no estudo de seres humanos, o que os distancia de concepções filosóficas vagas."
Essa afirmativa não reflete completamente a abordagem positivista, uma vez que o positivismo não necessariamente exige a utilização de moldes experimentais nas Ciências Humanas, e seu objetivo principal é enfatizar a aplicação de métodos científicos para alcançar resultados objetivos e verificáveis.
Portanto, a alternativa D é a resposta correta porque descreve adequadamente a perspectiva epistemológica positivista em relação às Ciências Humanas.
Exercício 5: Silvia Lane (1984), em O processo grupal, faz uma revisão crítica das teorias psicológicas sobre grupos sociais, e aponta duas condições indispensáveis para conhecer um grupo:
1. O significado da existência e da ação grupal só pode ser encontrado se adotada uma perspectiva histórica que considere sua inserção na sociedade, bem como suas determinações econômicas, institucional e ideológica.
2. Um grupo só pode ser conhecido enquanto processo histórico e, nesse sentido, talvez fosse mais correto falarmos em processo grupal, em vez de grupo. (LANE, 1984:81)
Para essa autora: 
A. A compreensão dos grupos sociais somente é possível se for realizado um movimento de remontar-se a um passado distante o suficiente no tempo para que esses grupos tenham se tornado fatos históricos, objeto de estudo da História.
B. Afirmar que o grupo é determinado pela economia, por instituições e pela ideologia, significa concebê-lo como invariável no decorrer de curtos períodos temporais, como um mês ou um ano.
C. É mais correto utilizar o termo “processo grupal” ao invés de “grupo” porque o grupo se constitui ao longo do tempo, nunca de imediato.
D. O significado da existência grupal é auto explicável pela ação coletiva.
E. Entender o grupo como inserido em determinada sociedade significa concebê-lo como grupo institucional.
Resposta: C
Justificativa: A resposta correta é a alternativa C porque ela reflete a perspectiva de Silvia Lane em relação à compreensão dos grupos sociais. Vamos analisar as duas condições apresentadas por Lane:
"O significado da existência e da ação grupal só pode ser encontrado se adotada uma perspectiva histórica que considere sua inserção na sociedade, bem como suas determinações econômicas, institucionais e ideológicas."
Essa condição enfatiza a importância de se adotar uma perspectiva histórica para compreender a existência e a ação dos grupos sociais. Silvia Lane argumenta que é necessário considerar a inserção dos grupos na sociedade e suas determinações econômicas, institucionais e ideológicas para entender plenamente o significado de sua existência e ação.
"Um grupo só pode ser conhecido enquanto processo histórico e, nesse sentido, talvez fosse mais correto falarmos em processo grupal, em vez de grupo."
Essa condição destaca a ideia de que os grupos são processos em constante evolução ao longo do tempo. Portanto, para Silvia Lane, talvez seja mais apropriado falar em "processo grupal" em vez de simplesmente "grupo", porque os grupos estão sempre se desenvolvendo e mudando ao longo do tempo.
A alternativa C, "É mais correto utilizar o termo 'processo grupal' ao invés de 'grupo' porque o grupo se constitui ao longo do tempo, nunca de imediato", reflete a segunda condição apresentada por Lane, que enfatiza a natureza dinâmica e evolutiva dos grupos ao longo do tempo. Portanto, a resposta correta é a alternativa C, porque está alinhada com a abordagem de Silvia Lane em relação à compreensão dos grupos sociais como processos em constante desenvolvimento histórico.
Essa afirmação está em consonância com a perspectiva de Silvia Lane por várias razões:
Ênfase na dinâmica temporal: Silvia Lane destaca que a compreensão dos grupos sociais requer uma abordagem que leve em consideração o tempo e a evolução. Os grupos não são entidades estáticas, mas sim processos em constante transformação. Portanto, o uso do termo "processo grupal" enfatiza a ideia de que os grupos se constituem e se desenvolvem ao longo do tempo.
Reconhecimento da complexidade: Ao referir-se a um "processo grupal," Silvia Lane sugere que a análise dos grupos sociais não pode ser reduzida a uma visão estática ou simplista. Os grupos são influenciados por uma variedade de fatores, incluindo contextos históricos, econômicos, institucionais e ideológicos. Portanto, a compreensão completa dos grupos requer uma consideração cuidadosa de sua evolução ao longo do tempo.
Rejeição da ideia de imediatismo: A alternativa C afirma que os grupos não se constituem de imediato. Isso está em sintonia com a perspectiva de Silvia Lane de que a formação e o desenvolvimento dos grupos não ocorrem instantaneamente, mas sim gradualmente, à medida que interações sociais, influências culturais e históricas moldam sua identidade e dinâmica.
Ela reflete a ênfase de Silvia Lane na natureza dinâmica e evolutiva dos grupos sociais ao longo do tempo, destacando que a compreensão plena dos grupos requer a consideração de seu processo de formação e desenvolvimento.
Exercício 6: A partir de uma perspectiva crítica na tradição latino-americana, leia as afirmativas abaixo sobre psicologia na comunidade e psicologia comunitária.
I. Um dos objetivos da inserção da psicologia em comunidades é contribuir para a melhoria na qualidade de vida de pessoas e grupos sociais.
II. A psicologia comunitária deve assumir uma prática no sentido de assistir às necessidades básicas de pessoas e grupos socialmente excluídos. Daí seu caráter essencialmente assistencialista.
III. A psicologia comunitária deve adotar como orientação predominante a promoção da saúde, da educação, da conscientização popular e da facilitação de reformas sociais.
IV. A atuação do psicólogo em comunidades assemelha-se ao trabalho voluntário. Daí sua caracterização como ação predominantemente não remunerada.
Está correto o enunciado em: 
A. I e II, somente.
B. I e III, somente.
C. III e IV, somente.
D. I, II e III, somente.
E. Todas as afirmativas.
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a alternativa B porque ela reflete de forma mais precisa a perspectiva crítica na tradição latino-americana em relação à psicologia na comunidade e à psicologia comunitária. Vamos analisar cada uma das afirmativas:
I. "Um dos objetivos da inserção da psicologia em comunidades é contribuirpara a melhoria na qualidade de vida de pessoas e grupos sociais."
Essa afirmativa está de acordo com a perspectiva crítica na tradição latino-americana. A psicologia na comunidade e a psicologia comunitária têm como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pessoas e grupos sociais, abordando questões sociais e promovendo o bem-estar.
II. "A psicologia comunitária deve assumir uma prática no sentido de assistir às necessidades básicas de pessoas e grupos socialmente excluídos. Daí seu caráter essencialmente assistencialista."
Essa afirmativa não está alinhada com a perspectiva crítica. Na verdade, a psicologia comunitária busca ir além de uma abordagem meramente assistencialista. Ela se preocupa em promover a participação ativa das comunidades na identificação e resolução de seus próprios problemas, em vez de apenas fornecer assistência externa.
III. "A psicologia comunitária deve adotar como orientação predominante a promoção da saúde, da educação, da conscientização popular e da facilitação de reformas sociais."
Essa afirmativa está de acordo com a perspectiva crítica na tradição latino-americana. A psicologia comunitária busca promover a saúde mental, a educação, a conscientização popular e a facilitação de reformas sociais como parte de sua abordagem para lidar com questões sociais e promover o bem-estar comunitário.
IV. "A atuação do psicólogo em comunidades assemelha-se ao trabalho voluntário. Daí sua caracterização como ação predominantemente não remunerada."
Essa afirmativa não está diretamente relacionada à perspectiva crítica na tradição latino-americana. O trabalho do psicólogo em comunidades pode ser remunerado ou não, dependendo do contexto e da organização envolvida. Não se trata necessariamente de trabalho voluntário, e a remuneração pode variar.
Portanto, a alternativa B é a resposta correta, pois reflete melhor a perspectiva crítica em relação à psicologia na comunidade e à psicologia comunitária, destacando seus objetivos de melhoria da qualidade de vida, promoção da saúde e conscientização popular.
Exercício 7: Tendo em vista a posição crítica do psicólogo social em relação à dominação do corpo, a individualização de problemas sociais e à medicalização da vida, pode-se dizer que no âmbito da saúde pública.
A. Os problemas devem ser compreendidos no âmbito estritamente individual.
B. O psicólogo na saúde contribui para identificar desajustes comportamentais, prevenir problemas futuros e reduzir os índices de delinquência.
C. O psicólogo na saúde deve ser capaz de diagnosticar e intervir junto a crianças com queixa de aprendizagem, como a dislexia.
D. A atuação do psicólogo na saúde se pauta na análise das condições de saúde em sua complexidade, considerando, entre outros, aspectos históricos, econômicos e políticos.
E. A atuação do psicólogo caracteriza-se por uma ação voltada para a adaptação das pessoas a seu ambiente.
Comentários: D
Justificativa: A resposta correta é a alternativa D porque ela reflete a posição crítica do psicólogo social em relação à saúde pública e à abordagem dos problemas de saúde. Vamos analisar cada uma das alternativas:
A. "Os problemas devem ser compreendidos no âmbito estritamente individual."
Essa afirmativa não está de acordo com a posição crítica do psicólogo social. A abordagem crítica enfatiza a importância de considerar não apenas os aspectos individuais, mas também os fatores sociais, econômicos e políticos que influenciam a saúde pública.
B. "O psicólogo na saúde contribui para identificar desajustes comportamentais, prevenir problemas futuros e reduzir os índices de delinquência."
Essa afirmativa se concentra principalmente em aspectos individuais e comportamentais, o que não reflete a perspectiva crítica do psicólogo social na saúde pública.
C. "O psicólogo na saúde deve ser capaz de diagnosticar e intervir junto a crianças com queixa de aprendizagem, como a dislexia."
Essa afirmativa se concentra em aspectos individuais e diagnósticos, o que não reflete a ênfase na análise das condições de saúde em sua complexidade, incluindo aspectos históricos, econômicos e políticos.
D. "A atuação do psicólogo na saúde se pauta na análise das condições de saúde em sua complexidade, considerando, entre outros, aspectos históricos, econômicos e políticos."
Esta é a resposta correta, pois reflete a posição crítica do psicólogo social na saúde pública. A abordagem crítica considera que os problemas de saúde não podem ser compreendidos apenas no nível individual, mas devem ser analisados em sua complexidade, levando em conta fatores históricos, econômicos e políticos que afetam a saúde da população.
E. "A atuação do psicólogo caracteriza-se por uma ação voltada para a adaptação das pessoas a seu ambiente."
Essa afirmativa se concentra na adaptação das pessoas ao ambiente, o que não reflete completamente a perspectiva crítica que busca analisar e transformar as condições sociais que afetam a saúde.
A alternativa D afirma: "A atuação do psicólogo na saúde se pauta na análise das condições de saúde em sua complexidade, considerando, entre outros, aspectos históricos, econômicos e políticos."
Essa afirmativa está alinhada com a perspectiva crítica do psicólogo social na saúde pública por várias razões:
Análise das condições de saúde em sua complexidade: A abordagem crítica reconhece que os problemas de saúde não podem ser compreendidos de forma isolada ou simplista. Em vez disso, o psicólogo social crítico procura analisar as condições de saúde em sua complexidade, levando em consideração uma variedade de fatores que influenciam a saúde das pessoas e comunidades.
Consideração de aspectos históricos: A inclusão de aspectos históricos na análise das condições de saúde permite compreender como eventos passados, políticas e práticas podem ter impacto nas condições de saúde atuais. Isso ajuda a contextualizar os problemas de saúde e a identificar suas raízes históricas.
Consideração de aspectos econômicos: A análise das condições de saúde também deve levar em conta fatores econômicos, como acesso a recursos financeiros, desigualdades econômicas e acesso a serviços de saúde. A distribuição desigual de recursos econômicos pode ter um impacto significativo na saúde das pessoas.
Consideração de aspectos políticos: Aspectos políticos, como políticas públicas, sistemas de saúde e determinantes sociais da saúde, desempenham um papel fundamental na determinação das condições de saúde de uma população. Portanto, a análise crítica inclui a consideração desses fatores políticos.
Em resumo, a alternativa D enfatiza que o psicólogo na saúde pública, especialmente na perspectiva crítica, não se limita a uma abordagem estritamente individual ou comportamental, mas busca compreender as condições de saúde em sua totalidade, incluindo aspectos históricos, econômicos e políticos. Essa abordagem crítica visa não apenas tratar os sintomas individuais, mas também abordar as causas subjacentes das condições de saúde e promover mudanças sociais para melhorar a saúde da comunidade e está de acordo com a posição crítica do psicólogo social em relação à saúde pública, enfatizando a análise das condições de saúde em sua complexidade.
Exercício 8: (ST2010) A psicologia social latino-americana fundamenta-se no materialismo histórico e dialético. Segundo a concepção dialética, é incorreto afirmar que: 
A) a contradição é característica fundamental de tudo o que existe; a contradição e sua superação são à base do movimento de transformação constante da realidade, de todas as coisas, incluindo aí os fenômenos psicológicos ou o psiquismo humano.
B) embora as formas aparentes do existente sejam sempre mutáveis ou “metamorfose antes”, a subjetividade e os afetos humanos são universais.
C) o movimento do pensamento dialético, em termos esquemáticos, pode ser assim expresso: afirmação----negação da afirmação------negação da negação ou síntese.
D) ao ser neutralizada a contradição, em termos analíticos, torna-se impossível compreender o existente concreto.
E) o pensamento dialéticoestá presente na filosofia desenvolvida por Karl Marx e na psicologia de Vygotsky, autor que busca fundamentação epistemológica em Marx.
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a alternativa B: "embora as formas aparentes do existente sejam sempre mutáveis ou 'metamorfose antes', a subjetividade e os afetos humanos são universais."
A concepção dialética, que fundamenta a psicologia social latino-americana, parte do princípio de que a contradição é uma característica fundamental de tudo o que existe, e a superação das contradições é a base do movimento de transformação constante da realidade, incluindo os fenômenos psicológicos.
A alternativa B, no entanto, afirma que "a subjetividade e os afetos humanos são universais". Isso está em contradição com a perspectiva dialética, que não considera a subjetividade e os afetos humanos como universais no sentido de que são imutáveis e invariantes. Pelo contrário, a abordagem dialética reconhece que a subjetividade humana e os afetos são moldados pela história, pela cultura e pelas contradições sociais. Portanto, não são considerados como universais imutáveis na perspectiva dialética.
Assim, a alternativa B está incorreta em relação à perspectiva dialética da psicologia social latino-americana, pois ela implica em uma visão da universalidade dos afetos humanos que não se alinha com a abordagem dialética, que enfatiza a mutabilidade e a transformação das formas aparentes do existente, incluindo os aspectos psicológicos.
A concepção dialética na psicologia social latino-americana enfatiza a ideia de que tudo está em constante transformação e movimento, o que é representado pela frase "as formas aparentes do existente são sempre mutáveis". Isso significa que a realidade está em constante evolução e que as aparências superficiais são passageiras.
No entanto, a segunda parte da afirmação, que diz "a subjetividade e os afetos humanos são universais", não está em conformidade com a abordagem dialética. O pensamento dialético não assume que a subjetividade e os afetos humanos sejam universais e imutáveis. Pelo contrário, a perspectiva dialética reconhece que a subjetividade e os afetos humanos são influenciados por fatores históricos, culturais e sociais.
A abordagem dialética enfatiza a importância de entender como as contradições sociais moldam a subjetividade e os afetos das pessoas. Portanto, a ideia de que esses aspectos são "universais" no sentido de serem imutáveis e independentes de contextos históricos e sociais não está de acordo com a visão dialética.
Em resumo, a alternativa B é a resposta correta porque reconhece a mutabilidade das formas aparentes do existente, o que está alinhado com a perspectiva dialética, mas também contém uma afirmação incorreta sobre a universalidade da subjetividade e dos afetos humanos, que não está em conformidade com a visão dialética.
Exercício 9: Assinale a afirmativa incorreta.
Ao discutir a abordagem materialista-histórica, Marilena Chauí (2001) toma por base a teoria das causas da permanência e da mudança proposta pelos filósofos gregos para tecer considerações sobreas ideias filosóficas da modernidade. Ao realizar esse percurso, Chauí pretende demonstrar que as ideias dos filósofos.
A. Gregos e dos filósofos modernos acerca da realidade física e social são idênticas.
B. Gregos são superiores às dos filósofos modernos.
C. Modernos são superiores às dos filósofos gregos.
D. Ao longo do tempo, buscam legitimar a divisão social do trabalho.
E. São frutos de puro exercício de abstração.
Resposta: D
Justificativa: A resposta correta é a alternativa D: "Ao longo do tempo, buscam legitimar a divisão social do trabalho."
A afirmação de que "ao longo do tempo, buscam legitimar a divisão social do trabalho" está correta e está alinhada com a abordagem materialista-histórica de Marilena Chauí. Ela argumenta que ao longo da história, as ideias filosóficas, tanto das eras gregas quanto das modernas, muitas vezes têm sido usadas para justificar e legitimar as estruturas sociais existentes, incluindo a divisão do trabalho na sociedade.
As ideias filosóficas podem ser usadas para explicar e legitimar a forma como a sociedade está organizada, incluindo as desigualdades de classe e a divisão do trabalho entre diferentes grupos sociais. Isso significa que as ideias filosóficas não são apenas produtos de exercícios de abstração, mas também têm implicações práticas e políticas na organização da sociedade.
Marilena Chauí, em sua abordagem materialista-histórica, examina a evolução das ideias filosóficas ao longo da história e como essas ideias têm sido usadas para entender e legitimar as estruturas sociais existentes. Ela argumenta que as ideias filosóficas não são apenas exercícios abstratos, mas têm implicações práticas e políticas na organização da sociedade.
A alternativa D afirma: "Ao longo do tempo, buscam legitimar a divisão social do trabalho." Essa afirmação está alinhada com a visão de Chauí de que as ideias filosóficas, tanto das eras gregas quanto das modernas, muitas vezes foram utilizadas para explicar e justificar a divisão do trabalho na sociedade. Aqui estão alguns pontos-chave que detalham essa conexão:
Legitimação da divisão social do trabalho: A divisão social do trabalho é um conceito central na teoria sociológica e econômica, e tem sido uma característica importante das sociedades ao longo da história. Chauí argumenta que as ideias filosóficas, por vezes, foram usadas para justificar e legitimar essa divisão, explicando-a como parte da ordem natural ou como resultado de diferenças inerentes entre as pessoas.
Análise histórica: A abordagem materialista-histórica de Chauí envolve uma análise histórica das ideias filosóficas e de como essas ideias foram influenciadas e moldadas pelas condições sociais e econômicas de suas épocas. Ela examina como as ideias filosóficas refletem e contribuem para a organização social existente.
Crítica à ideologia: Chauí utiliza sua abordagem para destacar como as ideias filosóficas muitas vezes funcionam como parte da ideologia dominante, servindo aos interesses das classes dominantes. Ela argumenta que as ideias filosóficas podem ser usadas para manter e perpetuar as desigualdades sociais, incluindo a divisão do trabalho.
Portanto, a alternativa D está correta, pois reflete a perspectiva crítica de Marilena Chauí de que ao longo do tempo, as ideias filosóficas têm sido usadas para legitimar e explicar a divisão social do trabalho e outras estruturas sociais, em vez de serem simples exercícios de abstração. Essa é uma parte fundamental de sua análise materialista-histórica das ideias filosóficas na história ela reflete a perspectiva crítica de Marilena Chauí de que as ideias filosóficas muitas vezes têm sido usadas para legitimar a divisão social do trabalho e outras estruturas sociais. As demais alternativas não estão alinhadas com o argumento apresentado por Chauí em sua abordagem materialista-histórica.
Exercício 10: A respeito das diferenças entre a psicologia social tradicional e a psicologia social crítica, é incorreto afirmar que: 
A. Do ponto de vista da psicologia crítica, sócio histórico, a dicotomia Indivíduo X Grupo ou Indivíduo X Sociedade é falsa, pois o homem não sobrevive isolado e só se constitui em relação com outros homens, inserido entre eles. A análise do processo grupal, nesta perspectiva, permite captar a dialética indivíduo-sociedade.
B. A diferença fundamental entre estes dois modelos epistemológicos em psicologia reside no fato de que enquanto para a psicologia tradicional o homem é determinado por sua biologia e pelo meio, para a psicologia crítica o homem não é determinado por nada que lhe seja exterior, pois ele é quem determina seu meio e até mesmo a própria biologia desde os progressos recentes da engenharia genética.
C. Em termos de proposições teórico-metodológicas a psicologia tradicional, assentada sobre o positivismo, entende que os fenômenos humanos e sociais, inclusive os psicológicos, são regulados por leis naturais que independem da açãohumana; para a psicologia crítica, apoiada no materialismo histórico e dialético, os fenômenos psicológicos só podem ser compreendidos a partir das “tramas sociais” que os engendram, isto é, a partir da própria concretude (histórica, social, cultural) de determinada sociedade.
D. Em termos de concepção e metodologia de pesquisa, a psicologia tradicional entende-se neutra, e entende que deve conhecer e controlar todas as variáveis ou contingências que interferem na produção de dado comportamento ou fenômeno social; a psicologia crítica, por sua vez, entende-se implicada na produção do próprio conhecimento, e entende que para compreender dado comportamento ou fenômeno social deve partir do entendimento de sua sócio gênese, isto é, de suas determinações históricas, culturais, sociais e econômicas.
E. Do ponto de vista de sua epistemologia, a psicologia tradicional trabalha com categorias da lógica clássica ou aristotélica; a psicologia crítica não descarta a lógica clássica, mas também trabalha com categorias da lógica dialética, o que permite a compreensão de comportamentos e fenômenos humanos complexos, em maior profundidade, revelando seus modos de engendramento (sua produção).
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a alternativa B: "A diferença fundamental entre estes dois modelos epistemológicos em psicologia reside no fato de que enquanto para a psicologia tradicional o homem é determinado por sua biologia e pelo meio, para a psicologia crítica o homem não é determinado por nada que lhe seja exterior, pois ele é quem determina seu meio e até mesmo a própria biologia desde os progressos recentes da engenharia genética."
Justificativa para a resposta correta (B):
A alternativa B está incorreta porque ela não reflete corretamente a diferença fundamental entre a psicologia social tradicional e a psicologia social crítica. A afirmação de que "o homem não é determinado por nada que lhe seja exterior, pois ele é quem determina seu meio e até mesmo a própria biologia desde os progressos recentes da engenharia genética" não é uma caracterização precisa da perspectiva da psicologia social crítica.
A psicologia social crítica não sustenta que o homem não é determinado por nada exterior a ele. Pelo contrário, ela enfatiza a interação complexa entre o indivíduo e o meio ambiente social, reconhecendo que o contexto social exerce influência sobre o comportamento e o desenvolvimento humano. Além disso, a afirmação sobre a engenharia genética não é relevante para a distinção entre psicologia social tradicional e crítica, uma vez que questões genéticas são abordadas de maneira diferente em áreas como a genética e a biologia, não na psicologia social.
Explicação da alternativa correta (C):
A alternativa correta (C) está alinhada com a diferença fundamental entre a psicologia social tradicional e a psicologia social crítica. Ela afirma:
"Em termos de proposições teórico-metodológicas, a psicologia tradicional, assentada sobre o positivismo, entende que os fenômenos humanos e sociais, inclusive os psicológicos, são regulados por leis naturais que independem da ação humana; para a psicologia crítica, apoiada no materialismo histórico e dialético, os fenômenos psicológicos só podem ser compreendidos a partir das 'tramas sociais' que os engendram, isto é, a partir da própria concretude (histórica, social, cultural) de determinada sociedade."
Essa explicação reflete uma diferença fundamental entre as duas abordagens:
A psicologia tradicional tende a adotar uma perspectiva positivista, buscando leis naturais e universalizáveis que explicam o comportamento humano, muitas vezes ignorando o contexto social e cultural. Essa abordagem busca regularidades e generalizações que independem da ação humana.
A psicologia crítica, por outro lado, baseia-se no materialismo histórico e dialético e enfatiza a compreensão dos fenômenos psicológicos a partir das tramas sociais que os influenciam. Ela reconhece a importância do contexto histórico, social e cultural na compreensão do comportamento humano, rejeitando a busca por leis naturais universais.
Portanto, a alternativa correta (C) reflete com precisão a diferença teórico-metodológica fundamental entre a psicologia social tradicional e a psicologia social crítica.
Exercício 11: Leia o texto de Silvia Lane em O Processo Grupal e responda a seguir:
Em primeiro lugar, devemos partir da ideia de que o homem com quem estamos lidando é fundamentalmente o homem alienado, embora essa alienação possa assumir formas e graus diferentes. (...) Em segundo lugar, todo grupo ou agrupamento existe sempre dentro de instituições, que vão desde a família, a fábrica, a universidade até o próprio Estado. (...) Em terceiro lugar, a história de vida de cada membro do grupo também tem importância fundamental no desenrolar do processo grupal. (...) Em quarto lugar, tomando-se os dois níveis de análise, o da vivência subjetiva e o das determinações concretas do processo grupal, é sempre ancorada no segundo nível que qualquer dialética poderá se desenvolver. (...) É também fundamental o desenrolar das vivências subjetivas e das representações ideológicas do grupo (...). E por último, quanto aos papéis sociais, eles aparecem enquanto interação efetiva ao nível das determinações concretas, onde reproduzem a estrutura relacional característica do sistema (relação dominador-dominado)...
Considerando tais sugestões, assinale a afirmativa incorreta.
A) A trajetória autobiográfica de cada membro de um grupo influencia sua participação no processo coletivo.
B) Relações de dominação-submissão se desenrolam no interior dos grupos, e conforme o papel assumido pelo indivíduo, ele atuará como dominador ou como dominado.
C) Ao considerarmos a condição de determinado indivíduo no interior de um grupo, é preciso considerar o fenômeno da alienação.
D) Determinações concretas ou objetivas devem incidir sobre possíveis operações visando promover transformações no processo grupal.
E) Os grupos existem independentemente das instituições que os produzem, de modo que a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional.
Resposta: E
Justificativa: A resposta correta é a alternativa E: "Os grupos existem independentemente das instituições que os produzem, de modo que a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional." 
O trecho do texto de Silvia Lane destaca a importância de considerar vários aspectos ao analisar processos grupais. No entanto, a alternativa E está incorreta porque ela afirma que "os grupos existem independentemente das instituições que os produzem" e que, portanto, "a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional."
A afirmação da alternativa E não reflete adequadamente a abordagem apresentada no texto de Silvia Lane. De acordo com o texto, é fundamental reconhecer que os grupos existem sempre dentro de instituições, como família, fábrica, universidade e Estado. Essas instituições desempenham um papel significativo na moldagem das dinâmicas grupais, influenciando as interações e as relações de poder dentro dos grupos.
A análise de processos grupais não pode ser separada da análise do contexto institucional em que esses grupos estão inseridos. As instituições fornecem o cenário e as estruturas nas quais os grupos operam, e as relações de poder dentro das instituições têm impacto direto nas dinâmicas grupais.
Portanto, a alternativa E está incorreta porque não reflete a interconexão entre grupos e instituições, conforme apresentada no texto de Silvia Lane. Pelo contrário, o texto enfatiza que os grupos existem dentro de instituições e que a análise dos processos grupais deve considerar essa relação com as instituições.
Detalhamento de cada alternativa:
A) A trajetória autobiográfica de cada membro de um grupo influencia sua participação no processo coletivo. (CORRETA: Esta afirmação está de acordo com as sugestões do texto de Silvia Lane.)B) Relações de dominação-submissão se desenrolam no interior dos grupos, e conforme o papel assumido pelo indivíduo, ele atuará como dominador ou como dominado. (CORRETA: Esta afirmação também está alinhada com as sugestões do texto, que mencionam a importância das relações de dominação-submissão nos grupos.)
C) Ao considerarmos a condição de determinado indivíduo no interior de um grupo, é preciso considerar o fenômeno da alienação. (CORRETA: O texto menciona que os indivíduos são fundamentalmente homens alienados, portanto, esta afirmação está correta.)
D) Determinações concretas ou objetivas devem incidir sobre possíveis operações visando promover transformações no processo grupal. (CORRETA: O texto sugere que é importante considerar determinações concretas no processo grupal, portanto, esta afirmação está correta.)
E) Os grupos existem independentemente das instituições que os produzem, de modo que a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional. (INCORRETA: Esta afirmação está em desacordo com o texto de Silvia Lane. O texto enfatiza que os grupos existem dentro de instituições, como família, fábrica, universidade, e que as instituições desempenham um papel significativo nas dinâmicas grupais. Portanto, a análise de processos grupais não deve ser feita de forma independente da análise do processo institucional.)
Exercício 12: A psicologia social comunitária vem crescendo muito no Brasil e em outros países da América Latina cujas histórias e condições sócio econômicas têm gerado populações carentes e excluída. A psicologia social comunitária sofre influência do marxismo por ter integrado movimentos de resistência às ditaduras militares instaladas em países latino-americanos ao longo das décadas de 60 e 70.
Dada a raiz marxista da psicologia social comunitária, não se inclui entre suas características:
A. O trabalho em prol da saúde mental coletiva.
B. A administração científica de recursos da comunidade.
C. A conscientização e a politização de comunidades.
D. A educação popular de grupos socialmente excluídos.
E. A produção da capacidade para organizar e para realizar autogestão em grupos excluídos.
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a alternativa B: "A administração científica de recursos da comunidade."
A psicologia social comunitária é influenciada pelo marxismo e tem como foco principal a promoção da justiça social, a conscientização das comunidades e a busca pela emancipação das classes sociais oprimidas. As características dessa abordagem incluem:
A. O trabalho em prol da saúde mental coletiva: A psicologia social comunitária busca melhorar o bem-estar mental das comunidades, não apenas dos indivíduos, promovendo a saúde mental como um bem coletivo.
C. A conscientização e a politização de comunidades: Uma das principais metas é capacitar as comunidades a compreenderem e desafiarem as estruturas de poder e opressão, tornando-se agentes de mudança social.
D. A educação popular de grupos socialmente excluídos: A psicologia social comunitária valoriza a educação como uma ferramenta para capacitar grupos socialmente excluídos, permitindo que eles participem ativamente na transformação de suas realidades.
E. A produção da capacidade para organizar e realizar autogestão em grupos excluídos: A psicologia comunitária visa capacitar as comunidades a se organizarem e a desenvolverem a capacidade de autogestão, de modo que possam tomar decisões e resolver problemas coletivamente.
A alternativa B, "A administração científica de recursos da comunidade," não está alinhada com a abordagem da psicologia social comunitária. Essa abordagem não se concentra na administração de recursos de forma científica, mas sim na mobilização das comunidades para promover mudanças sociais, empoderamento e participação ativa. A administração científica de recursos é mais associada a abordagens de gestão e administração convencionais, não à psicologia social comunitária, que tem um foco mais amplo na transformação social e na justiça social. Portanto, a alternativa B está correta como a característica que não se inclui entre as características da psicologia social comunitária.
Exercício 13: Em relação às ideias de Antônio da Costa Ciampa sobre identidade enquanto processo dialético assinale a afirmativa correta.
A. É importante que o indivíduo lute para conquistar uma identidade que lhe possibilite a satisfação permanente de suas necessidades no decorrer da vida.
B. Podemos dizer que o capitalismo contribui para a cristalização da identidade do indivíduo, uma vez que parte do fato de sua humanidade lhe ser negada.
C. Tendo em vista o significado da palavra identidade, que evoca a ideia de algo idêntico a si mesmo, a identidade é algo permanente mantido ao longo da vida dos indivíduos.
D. A identidade do indivíduo somente pode ser compreendida se tomamos por referência uma teoria.
E. A identidade resulta de reflexões e escolhas de um indivíduo que, ao alcançar autonomia suficiente, se mostra capaz de autodeterminação dialética na construção de si mesmo.
Resposta: B
Exercício 14: Segundo Lane (1984), os estudos de pequenos grupos sob perspectiva conservadora estão apoia do sem valores implícitos que visam reproduzir o individualismo, a harmonia grupal e, portanto, a manutenção, a adaptação e a estabilidade. Sob essa perspectiva, é função do grupo é estabelecer papeis para garantir a produtividade social. Essa compreensão indica que um pequeno grupo deve ser reconhecido como: 
I. Coeso, estruturado e ideal em sua maneira de constituir a si mesmo.
II. Histórico em sua relação com a sociedade.
III. Capaz de possibilitar o desenvolvimento de consciência crítica nos indivíduos que o integram.
IV. Capaz de estabelecer papéis para seus membros.
Está correto somente o afirmado em: 
A. I e II.
B. II e III.
C. I, II e III.
D. I, II e IV.
E. II, III e IV.
Resposta: D
Justificativa: A resposta correta é a alternativa B: "Podemos dizer que o capitalismo contribui para a cristalização da identidade do indivíduo, uma vez que parte do fato de sua humanidade lhe ser negada."
Antônio da Costa Ciampa é conhecido por sua abordagem da identidade como um processo dialético e crítico. Sua visão está alinhada com perspectivas críticas que analisam o impacto do capitalismo nas vidas das pessoas.
B. Podemos dizer que o capitalismo contribui para a cristalização da identidade do indivíduo, uma vez que parte do fato de sua humanidade lhe ser negada: Esta afirmação está correta de acordo com a visão de Ciampa. O capitalismo frequentemente impõe pressões e normas sociais que podem restringir a liberdade e a humanidade dos indivíduos. Eles podem ser incentivados a adotar identidades predefinidas ou padrões de comportamento que são convenientes para o sistema capitalista. Portanto, o capitalismo pode contribuir para a cristalização ou fixação de identidades, limitando a capacidade dos indivíduos de se autodeterminarem livremente.
As outras alternativas não refletem adequadamente a visão de Ciampa:
A alternativa A ("É importante que o indivíduo lute para conquistar uma identidade que lhe possibilite a satisfação permanente de suas necessidades no decorrer da vida.") não reflete diretamente a visão de Ciampa, que enfatiza mais a dimensão crítica e dialética da identidade em oposição à busca de satisfação permanente das necessidades.
A alternativa C ("Tendo em vista o significado da palavra identidade, que evoca a ideia de algo idêntico a si mesmo, a identidade é algo permanente mantido ao longo da vida dos indivíduos.") não reflete a visão de Ciampa, que aborda a identidade como um processo dinâmico e dialético, não como algo permanente e estático.
A alternativa D ("A identidade do indivíduo somente pode ser compreendida se tomamos por referência uma teoria.") não capta completamente a perspectiva de Ciampa, que enfatiza a compreensão da identidade como um processo que ocorre na prática social, não apenas por meio de teorias.
A alternativa E ("A identidade resulta de reflexõese escolhas de um indivíduo que, ao alcançar autonomia suficiente, se mostra capaz de autodeterminação dialética na construção de si mesmo.") parece estar mais alinhada com a visão de Ciampa, mas a alternativa B reflete de forma mais precisa sua ênfase na influência do capitalismo na cristalização da identidade.
Exercício 15: Para Lane (1984), o grupo deve ser reconhecido como processo e, a partir de uma análise dialética, podemos compreendê-lo como processo grupal inserido em uma totalidade maior. Leia atentamente as afirmativas abaixo e assinale a correta.
A) Não é preciso pertencer a um grupo para desenvolver-se psicologicamente.
B) O processo de socialização perdura por toda a vida de um sujeito e se concretiza por meio de relações estabelecidas no interior de distintos grupos.
C) Toda e qualquer análise que se faça de um indivíduo não pode prescindir de conhecimentos relativos ao grupo familiar, pois é esse grupo que determina sua maneira de ser.
D) A família, a classe social, o grupo de amigos, o grupo de trabalho e outros grupos aos quais um indivíduo, pertença devem ser analisados minuciosamente para identificar que tipo de relações causa-efeito foram estabelecidas por ele nesses grupos.
E) É preciso que o homem seja reconhecido como resultante da dinâmica de seus desejos e escolhas.
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a alternativa B: "O processo de socialização perdura por toda a vida de um sujeito e se concretiza por meio de relações estabelecidas no interior de distintos grupos."
Silvia Lane destaca a importância do grupo como um processo contínuo e dinâmico na vida de um indivíduo, e essa perspectiva é refletida na alternativa B.
B. O processo de socialização perdura por toda a vida de um sujeito e se concretiza por meio de relações estabelecidas no interior de distintos grupos: Esta afirmação está alinhada com a visão de Lane de que o desenvolvimento psicológico e a socialização não se limitam à infância ou à adolescência; eles continuam ao longo de toda a vida de um indivíduo e são moldados pelas relações estabelecidas nos diferentes grupos aos quais a pessoa pertence ao longo de sua vida.
A socialização e o desenvolvimento psicológico de um indivíduo são processos contínuos que ocorrem ao longo de toda a vida. Ela argumenta que a socialização não se limita à infância ou à adolescência, mas continua à medida que as pessoas interagem com diferentes grupos ao longo de sua existência.
Os "distintos grupos" mencionados na alternativa referem-se aos contextos sociais variados em que as pessoas participam, como a família, a escola, o trabalho, grupos de amigos, organizações sociais, comunidades e outros. Cada um desses grupos desempenha um papel na formação da identidade e no processo de socialização de um indivíduo.
Portanto, a alternativa B destaca a importância de reconhecer que a socialização é um processo ao longo da vida e que as relações estabelecidas em diferentes grupos desempenham um papel significativo na formação das experiências e da identidade de um indivíduo. Isso está de acordo com a abordagem de Silvia Lane, que enfatiza a compreensão do grupo como um processo contínuo e dinâmico na vida das pessoas.
As outras alternativas não refletem completamente a perspectiva de Lane:
A alternativa A ("Não é preciso pertencer a um grupo para desenvolver-se psicologicamente.") não está de acordo com a visão de Lane, que enfatiza a importância das relações grupais no processo de desenvolvimento psicológico.
A alternativa C ("Toda e qualquer análise que se faça de um indivíduo não pode prescindir de conhecimentos relativos ao grupo familiar, pois é esse grupo que determina sua maneira de ser.") concentra-se principalmente no grupo familiar, enquanto a visão de Lane abrange uma variedade de grupos ao longo da vida.
A alternativa D ("A família, a classe social, o grupo de amigos, o grupo de trabalho e outros grupos aos quais um indivíduo pertença devem ser analisados minuciosamente para identificar que tipo de relações causa-efeito foram estabelecidas por ele nesses grupos.") aborda a importância da análise dos grupos, mas não enfatiza o processo contínuo de socialização ao longo da vida.
A alternativa E ("É preciso que o homem seja reconhecido como resultante da dinâmica de seus desejos e escolhas.") aborda mais a autonomia individual do que o processo de socialização e desenvolvimento ao longo da vida.
Exercício 16: Nas práticas desenvolvidas junto a crianças em condição de exclusão por psicólogos sociais que adotam a perspectiva crítica parte-se do pressuposto de que todo indivíduo deve estar inserido em situações grupais que lhe garantam autonomia e a possibilidade de participar da construção de projetos coletivos. Satisfeitas tais condições, essas crianças poderão, em função das próprias necessidades e desejos, e de peculiaridades do contexto social em que se encontram desenvolver acrítica necessária para participarem de transformações da sociedade. Considerando o lugar da família e de outras instituições, como a escola, nesse processo, é correto afirmar.
A) ser preciso reservar momentos para que a criança aprenda e reproduza corretamente os papéis sociais tradicionalmente desempenhados por pais e mães.
B) que a escola tem por função transmitir os conhecimentos necessários à adequação e ajuste da criança ao ambiente em que vive.
C) tanto na escola quanto em casa, a criança deve receber o suporte necessário para construir individual e coletivamente os recursos exigidos para o enfrentamento de sua condição de exclusão e possa, ainda, vislumbrar possibilidades de mudança.
D) uma criança considerada socialmente desajustada não recebeu de seus familiares e educadores, a devida transmissão de papéis sociais.
E) a compreensão e a assimilação completa de papeis sociais garantem a uma criança, durante seu desenvolvimento, a capacidade de recriar ou transformar a própria vida.
Resposta: C
Justificativa: A resposta correta é a alternativa C: "tanto na escola quanto em casa, a criança deve receber o suporte necessário para construir individual e coletivamente os recursos exigidos para o enfrentamento de sua condição de exclusão e possa, ainda, vislumbrar possibilidades de mudança."
A perspectiva crítica mencionada no exercício enfatiza a importância de criar condições para que as crianças em situação de exclusão possam desenvolver autonomia e participar na construção de projetos coletivos. Isso é fundamental para que elas possam não apenas se adequar ao ambiente em que vivem, mas também buscar transformações sociais.
C. Tanto na escola quanto em casa, a criança deve receber o suporte necessário para construir individual e coletivamente os recursos exigidos para o enfrentamento de sua condição de exclusão e possa, ainda, vislumbrar possibilidades de mudança: Esta afirmação reflete a ideia central da perspectiva crítica, que reconhece a importância tanto da escola quanto do ambiente familiar no desenvolvimento das crianças. Ela destaca que a criança deve receber apoio e suporte em ambos os contextos para construir habilidades individuais e coletivas que a ajudem a enfrentar a exclusão social e a enxergar a possibilidade de mudanças.
As outras alternativas não refletem adequadamente a perspectiva crítica:
A alternativa A ("ser preciso reservar momentos para que a criança aprenda e reproduza corretamente os papéis sociais tradicionalmente desempenhados por pais e mães.") sugere uma abordagem mais tradicional de reprodução de papéis sociais, o que não está de acordo com a perspectiva crítica.
A alternativa B ("que a escola tem por função transmitir os conhecimentos necessários à adequação e ajuste da criança ao ambiente em que vive.") reduz o papel da escola à mera transmissão de conhecimentos, ignorando a ênfase na construção de autonomia e na participação coletiva defendida pela perspectiva crítica.
A alternativa D ("uma criança considerada socialmente desajustada não recebeu de seus familiares e educadores, a devida transmissão de papéis sociais.") parece culpabilizar a criança e seusfamiliares, não abordando adequadamente a importância do suporte social para enfrentar a exclusão.
A alternativa E ("a compreensão e a assimilação completa de papeis sociais garantem a uma criança, durante seu desenvolvimento, a capacidade de recriar ou transformar a própria vida.") não leva em consideração a dimensão coletiva e crítica do desenvolvimento das crianças na perspectiva mencionada.
Exercício 17: Tendo em vista a posição crítica do psicólogo social em relação à dominação do corpo, a individualização de problemas sociais e à medicalização da vida, pode-se dizer que no âmbito da saúde pública.
A) os problemas devem ser compreendidos no âmbito estritamente individual.
B) o psicólogo na saúde contribui para identificar desajustes comportamentais, prevenir problemas futuros e reduzir os índices de delinquência.
C) o psicólogo na saúde deve ser capaz de diagnosticar e intervir junto a crianças com queixa de aprendizagem, como a dislexia.
D) a atuação do psicólogo na saúde se pauta na análise das condições de saúde em sua complexidade, considerando, entre outros, aspectos históricos, econômicos e políticos.
E) a atuação do psicólogo caracteriza-se por uma ação voltada para a adaptação das pessoas a seu ambiente.
Resposta: D
Justificativa: A resposta correta é a alternativa D: "a atuação do psicólogo na saúde se pauta na análise das condições de saúde em sua complexidade, considerando, entre outros, aspectos históricos, econômicos e políticos."
A posição crítica do psicólogo social, como mencionada na questão, implica uma abordagem mais ampla e contextualizada da saúde pública, indo além de uma perspectiva estritamente individual ou comportamental.
D. A atuação do psicólogo na saúde se pauta na análise das condições de saúde em sua complexidade, considerando, entre outros, aspectos históricos, econômicos e políticos: Esta afirmação reflete a abordagem crítica que considera que os problemas de saúde não podem ser compreendidos apenas no nível individual, mas devem ser analisados dentro de um contexto mais amplo. O psicólogo na saúde, de acordo com essa perspectiva, deve levar em consideração fatores históricos, econômicos, políticos e sociais que influenciam a saúde das populações.
A abordagem crítica busca entender as raízes dos problemas de saúde, como desigualdades sociais, acesso limitado a recursos de saúde, políticas públicas inadequadas, entre outros. Ela não se limita a identificar desajustes individuais, mas busca compreender e abordar as condições sistêmicas que afetam a saúde das comunidades.
As outras alternativas não estão alinhadas com a perspectiva crítica:
A alternativa A ("os problemas devem ser compreendidos no âmbito estritamente individual.") é contrária à abordagem crítica, que enfatiza a análise das condições sociais e estruturais que afetam a saúde.
A alternativa B ("o psicólogo na saúde contribui para identificar desajustes comportamentais, prevenir problemas futuros e reduzir os índices de delinquência.") aborda problemas comportamentais de forma isolada, sem considerar os fatores sociais subjacentes.
A alternativa C ("o psicólogo na saúde deve ser capaz de diagnosticar e intervir junto a crianças com queixa de aprendizagem, como a dislexia.") foca em diagnóstico e intervenção individuais, não considerando a complexidade das condições de saúde pública.
A alternativa E ("a atuação do psicólogo caracteriza-se por uma ação voltada para a adaptação das pessoas a seu ambiente.") não aborda a análise das condições de saúde em sua complexidade e contexto sociopolítico, que é característica da abordagem crítica.
Exercício 18: Em documento dirigido ao Ministério do Trabalho, o Conselho Federal de Psicologia delimita as atribuições do Psicólogo Social, ao considerar que o psicólogo social compreende uma pessoa em seu contexto histórico, considerando a permanente interação entre indivíduo e sociedade. Sendo assim, suas atribuições incluem:
1. A realização de estudos sobre características psicossociais de grupos étnicos, religiosos, classes e segmentos sociais nacionais, culturais, intra e interculturais;
2. A atuação junto a organizações comunitárias, em equipe multiprofissional, realizando diagnósticos, planejamentos, execução e avaliação de programas comunitários em âmbito da saúde, do lazer, da educação, do trabalho e da segurança;
3. A assessoria prestada a órgãos públicos e particulares, organizações de objetivos políticos ou comunitários;
4. A elaboração e implementação de programas de mudança de caráter social e técnico, em situações planejadas ou não;
5. A atuação junto a meios de comunicação, assessorando profissionais da mídia quando se trata de aspectos psicológicos próprios das técnicas de comunicação e propaganda;
6. A realização de pesquisas e estudos das variáveis psicológicas que influenciam o comportamento do consumidor.
Tomando isso por base, considere as afirmativas abaixo e assinale a correta A psicologia social: 
A. Não se diferencia das outras áreas da psicologia no que diz respeito à sua visão de homem. Diferencia-se somente no que diz respeito aos lugares nos quais atua.
B. Não tem atuação definida, podendo ser aplicada em qualquer área da psicologia, desde que o trabalhe seja realizado com grupos e não exclusivamente com indivíduos.
C. Pode ser exercida em ambientes como escolas e instituições de saúde, já que sua compreensão de homem e de mundo favorece ações voltadas tanto à educação quanto à saúde.
D. Não dialoga com outros campos da psicologia apesar da necessidade sempre presente de trabalhar com grupos.
E. Não dialoga com outras abordagens da psicologia, pois adota métodos e técnicas que lhes são exclusivos.
Resposta: C
Justificativa: A resposta correta é a alternativa C: "Pode ser exercida em ambientes como escolas e instituições de saúde, já que sua compreensão de homem e de mundo favorece ações voltadas tanto à educação quanto à saúde."
A psicologia social, como definida nas atribuições apresentadas no documento do Conselho Federal de Psicologia, tem uma compreensão do homem e da sociedade que a torna adequada para atuar em diversos ambientes, incluindo escolas e instituições de saúde. Vejamos por que a alternativa C é correta:
C. Pode ser exercida em ambientes como escolas e instituições de saúde, já que sua compreensão de homem e de mundo favorece ações voltadas tanto à educação quanto à saúde: A psicologia social considera o indivíduo em seu contexto histórico e social, o que a torna relevante para atuar em ambientes educacionais e de saúde. Sua abordagem leva em conta a interação entre indivíduo e sociedade, o que é fundamental para compreender e abordar questões relacionadas à educação e à saúde.
Na educação, a psicologia social pode contribuir para entender como os fatores sociais afetam o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos, além de auxiliar na promoção de ambientes escolares saudáveis e inclusivos.
Na área da saúde, a psicologia social pode analisar como fatores sociais impactam a saúde mental e emocional das pessoas, além de colaborar na criação de programas e intervenções que considerem o contexto social dos indivíduos.
As outras alternativas não são corretas pelas seguintes razões:
A alternativa A ("Não se diferencia das outras áreas da psicologia no que diz respeito à sua visão de homem. Diferencia-se somente no que diz respeito aos lugares nos quais atua.") não está correta, pois a psicologia social tem uma abordagem específica que se diferencia de outras áreas da psicologia, especialmente no que diz respeito à ênfase na interação entre indivíduo e sociedade.
A alternativa B ("Não tem atuação definida, podendo ser aplicada em qualquer área da psicologia, desde que o trabalho seja realizado com grupos e não exclusivamente com indivíduos.") não está correta, pois a psicologia social tem uma atuação mais específica e direcionada para questões sociais e grupais, não sendo aplicável em qualquer área da psicologia.
A alternativa D ("Não dialoga com outros campos da psicologia apesar da necessidade sempre presente de trabalhar comgrupos.") não está correta, pois a psicologia social frequentemente dialoga e colabora com outras áreas da psicologia, especialmente quando se trata de questões que envolvem grupos e sociedade.
A alternativa E ("Não dialoga com outras abordagens da psicologia, pois adota métodos e técnicas que lhes são exclusivos.") não está correta, pois a psicologia social pode dialogar com outras abordagens da psicologia quando apropriado, e seus métodos e técnicas não são necessariamente exclusivos, embora possam ser adaptados para abordar questões sociais e grupais de forma mais eficaz.
Exercício 19: Leia o texto de Silvia Lane em O Processo Grupal e responda a seguir:
Em primeiro lugar, devemos partir da ideia de que o homem com quem estamos lidando é fundamentalmente o homem alienado, embora essa alienação possa assumir formas e graus diferentes. (...) Em segundo lugar, todo grupo ou agrupamento existe sempre dentro de instituições, que vão desde a família, a fábrica, a universidade até o próprio Estado. (...) Em terceiro lugar, a história de vida de cada membro do grupo também tem importância fundamental no desenrolar do processo grupal. (...) Em quarto lugar, tomando-se os dois níveis de análise, o da vivência subjetiva e o das determinações concretas do processo grupal, é sempre ancorada no segundo nível que qualquer dialética poderá se desenvolver. (...) É também fundamental o desenrolar das vivências subjetivas e das representações ideológicas do grupo (...). E por último, quanto aos papéis sociais, eles aparecem enquanto interação efetiva ao nível das determinações concretas, onde reproduzem a estrutura relacional característica do sistema (relação dominador-dominado)... Considerando tais sugestões, assinale a afirmativa incorreta.
A. A trajetória autobiográfica de cada membro de um grupo influencia sua participação no processo coletivo.
B. Relações de dominação-submissão se desenrolam no interior dos grupos, e conforme o papel assumido pelo indivíduo, ele atuará como dominador ou como dominado.
C. Ao considerarmos a condição de determinado indivíduo no interior de um grupo, é preciso considerar o fenômeno da alienação.
D. Determinações concretas ou objetivas devem incidir sobre possíveis operações visando promover transformações no processo grupal.
E. Os grupos existem independentemente das instituições que os produzem, de modo que a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional.
Resposta: E
Justificativa: A resposta correta é a alternativa E: "Os grupos existem independentemente das instituições que os produzem, de modo que a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional."
O texto de Silvia Lane enfatiza a importância de considerar a relação entre grupos e instituições e como isso afeta o processo grupal. No entanto, a alternativa E está incorreta, pois afirma que "os grupos existem independentemente das instituições que os produzem". Isso não condiz com a abordagem apresentada no texto e na psicologia social em geral.
O texto de Silvia Lane sugere que os grupos sempre existem dentro de instituições, como a família, a fábrica, a universidade e o Estado. Essas instituições desempenham um papel fundamental na estrutura e dinâmica dos grupos. Os grupos são moldados e influenciados pelas instituições em que estão inseridos. Portanto, a análise de processos grupais não deve ser realizada de forma independente da análise do processo institucional.
A alternativa correta seria reconhecer a interdependência entre grupos e instituições, onde as instituições desempenham um papel importante na formação e no funcionamento dos grupos. Portanto, a análise de processos grupais deve considerar a influência das instituições em que esses grupos estão inseridos.
No texto de Silvia Lane, ela enfatiza a importância das instituições na formação e no funcionamento dos grupos. As instituições, como a família, a fábrica, a universidade e o Estado, fornecem o contexto em que os grupos existem. Essas instituições influenciam as dinâmicas e relações dentro dos grupos.
A opção correta, "Os grupos existem independentemente das instituições que os produzem, de modo que a análise de processos grupais deve ser realizada de modo independente da análise do processo institucional," está incorreta porque contradiz essa perspectiva. Na realidade, os grupos não existem de forma isolada; eles estão sempre inseridos em instituições e contextos sociais mais amplos.
Para uma compreensão adequada dos processos grupais, é essencial considerar a relação entre os grupos e as instituições que os moldam. As instituições fornecem a estrutura, normas e valores que influenciam a dinâmica dos grupos. Portanto, a análise dos processos grupais deve levar em conta a influência das instituições e do contexto social mais amplo em que esses grupos operam.
Em resumo, a opção correta reconhece a interdependência entre grupos e instituições, destacando a importância de considerar o contexto institucional ao analisar os processos grupais.
Exercício 20: Sobre a identidade, tal como descrita no âmbito da psicologia social brasileira, analise as afirmativas a seguir.
I. A percepção da própria identidade depende do reconhecimento dos outros. Logo, é dada por nossas objetivações e assimilada por meio do processo de subjetivação da realidade externa.
II. O conceito de identidade como categoria psicossocial da psicologia social brasileira, deve ser compreendido, paradoxalmente, como transformação.
III. Para Ciampa, autor da psicologia social brasileira, identidade é a permanência, no tempo, das características psicossociais de um indivíduo. Em outras palavras, como o próprio termo indica, a identidade nos faz idênticos a nós mesmos por um período de tempo.
Está correto o enunciado em:
A. I, somente.
B. I e II, somente.
C. III, somente.
D. II e III, somente.
E. Nenhuma das afirmativas.
Resposta: B
Justificativa: A resposta correta é a B, e vou justificá-la com base nas afirmativas dadas:
I. A afirmativa I está correta. Ela descreve a concepção de identidade como um processo que envolve a interação entre a percepção de si mesmo e o reconhecimento pelos outros. A identidade não é apenas uma característica individual intrínseca, mas é moldada pelas relações sociais e pela forma como os outros nos veem. Destaca que a percepção da própria identidade depende do reconhecimento dos outros. Isso significa que a maneira como nos vemos e nos identificamos está intrinsecamente ligada à forma como os outros nos veem e nos percebem. Essa é uma ideia central na psicologia social brasileira, que enfatiza a construção da identidade por meio das interações sociais.
II. A afirmativa II também está correta. De acordo com a perspectiva da psicologia social brasileira, a identidade não é estática, mas sim um processo em constante transformação. Ela não se resume a uma identidade fixa, mas sim a um conjunto de identidades que podem evoluir ao longo do tempo. ressalta que o conceito de identidade na psicologia social brasileira é paradoxal, pois envolve a ideia de transformação. Isso significa que a identidade não é estática ou fixa, mas sim um processo dinâmico. Os indivíduos podem experimentar mudanças em suas identidades ao longo do tempo, à medida que interagem com diferentes contextos sociais e culturais. Portanto, a identidade é vista como algo que está em constante evolução e não como uma característica estática.
III. A afirmativa III está incorreta. Ela representa uma interpretação equivocada do conceito de identidade na psicologia social brasileira. Como mencionado nas afirmativas I e II, a identidade não é simplesmente a permanência das características psicossociais de um indivíduo, mas sim um processo dinâmico e em constante evolução.
Em resumo, a opção B está correta porque ambas as afirmativas I e II refletem conceitos-chave na psicologia social brasileira em relação à identidade. Essa abordagem reconhece a importância das relações sociais na formação da identidadee enfatiza sua natureza dinâmica e em constante transformação.