Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E 
ATUAÇÃO DO INTERPRETE NO 
MERCADO DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/_DzYdGSWQlDk/TLC1N1dVXOI/AAAAAAAAAvM/OPsstFrcUR4/s160 
0/INTERPRETE.jpg 
 
Segundo o dicionário Aurélio, intérprete é a pessoa que serve de 
intermediário para fazer compreender indivíduos que falam diferentes idiomas. 
Essa apostila pretende retratar sobre a importância desse profissional, sua 
história, seu código de ética e a regulamentação dessa profissão. 
Para ser um intérprete, esse profissional deve se manter imparcial, evitando 
com que religião ou vínculos de amizade interfira em seu trabalho. O processo 
de interpretação é uma habilidade científica que o cérebro aprende após muito 
treino e dedicação, portanto ser filho de pais surdos não é sinônimo de 
qualificação. Além disso, o intérprete tem que ser bilíngue, procurar participar de 
seminários, saber trabalhar em equipe, ter equilíbrio durante a interpretação e 
ser capaz de admitir suas limitações quando não se sentir capaz. 
Sendo assim, aproveite o conteúdo dessa apostila. 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
HISTÓRIA DO PROFISSIONAL 
TRADUTOR E INTÉRPRETE DE 
LÍNGUA DE SINAIS1 
 
http://1.bp.blogspot.com/_T_jF4- 
TJlmE/S7BE1h28NuI/AAAAAAAAAZM/yvHcFkRr2ss/s1600/interprete.jpg 
 
Em vários países há tradutores e intérpretes de língua de sinais. A história 
da constituição deste profissional se deu a partir de atividades voluntárias que 
foram sendo valorizadas enquanto atividade laboral na medida em que os 
surdos foram conquistando o seu exercício de cidadania. A participação de 
surdos nas discussões sociais representou e representa a chave para a 
profissionalização dos tradutores e intérpretes de língua de sinais. 
Outro elemento fundamental neste processo é o reconhecimento da língua 
de sinais em cada país. À medida que a língua de sinais do país passou a ser 
reconhecida enquanto língua de fato, os surdos passaram a ter garantias de 
acesso a ela enquanto direito linguístico. Assim, consequentemente, as 
 
1 Material completo em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
instituições se viram obrigadas a garantir acessibilidade através do profissional 
intérprete de língua de sinais. A seguir serão apresentados os fatos históricos 
relevantes sobre a constituição do profissional intérprete de língua de sinais na 
Suécia, nos Estados Unidos e no Brasil. 
 
Suécia 
 
a) Presença de intérpretes de língua de sinais sueca em trabalhos 
religiosos por volta do final do século XIX (Suécia, 1875). 
b) Em 1938, o parlamento sueco criou cinco cargos de conselheiros 
para surdos que imediatamente não conseguia atender a demanda da 
comunidade surda. 
c) Em 1947, mais de 20 pessoas assumiram a função de intérprete. 
d) Em 1968, por uma decisão do Parlamento, todos os surdos teriam 
acesso ao profissional intérprete livre de encargos diante de reivindicações da 
Associação Nacional de Surdos. Neste ano, também foi criado o primeiro curso 
de treinamento de intérprete na Suécia organizado pela Associação Nacional de 
Surdos, junto à Comissão Nacional de Educação e à Comissão Nacional para 
Mercado de Trabalho. 
e) Em 1981, foi instituído que cada conselho municipal deveria ter 
uma 
unidade com intérpretes. 
 
Estados Unidos 
 
a) Em 1815, Thomas Gallaudet era intérprete de Laurent Clerc (surdo 
francês que estava nos EUA para promover a educação de surdos). 
b) Ao longo dos anos, pessoas intermediavam a comunicação para 
surdos (normalmente vizinhos, amigos, filhos, religiosos) como voluntários 
utilizando uma comunicação muito restrita. 
c) Em 1964, foi fundada uma organização nacional de intérpretes para 
surdos (atual RID), estabelecendo alguns requisitos para a atuação do intérprete. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
d) Em 1972, o RID começou a selecionar intérpretes oferecendo um 
registro após avaliação. O RID apresenta, até os dias de hoje, as seguintes 
funções: selecionar os intérpretes, certificar os intérpretes qualificados; manter 
um registro; promover o código de ética; e oferecer informações sobre formação 
e aperfeiçoamento de intérpretes. 
 
Brasil 
 
http://4.bp.blogspot.com/- 
gQz7Hc7VQe4/UBFnVQSV6kI/AAAAAAAAlLo/de56XJT7bCo/s1600/novo.jpg 
 
a) Presença de intérpretes de língua de sinais em trabalhos religiosos 
iniciados por volta dos anos 80. 
b) Em 1988, realizou-se o I Encontro Nacional de Intérpretes de 
Língua de Sinais organizado pela FENEIS que propiciou, pela primeira vez, o 
intercâmbio entre alguns intérpretes do Brasil e a avaliação sobre a ética do 
profissional intérprete. 
c) Em 1992, realizou-se o II Encontro Nacional de Intérpretes de 
Língua de Sinais, também organizado pela FENEIS que promoveu o intercâmbio 
entre as diferentes experiências dos intérpretes no país, discussões e votação 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
do regimento interno do Departamento Nacional de Intérpretes fundado mediante 
a aprovação do mesmo. 
d) De 1993 a 1994, realizaram-se alguns encontros estaduais. 
e) A partir dos anos 90, foram estabelecidas unidades de intérpretes 
ligadas aos escritórios regionais da FENEIS. Em 2OO2, a FENEIS sedia 
escritórios em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Brasília e 
Recife, além da matriz no Rio de Janeiro. 
f) Em 2000, foi disponibilizada a página dos intérpretes de língua de 
sinais www.interpretels.hpg.com.br Também foi aberto um espaço para 
participação dos intérpretes através de uma lista de discussão via e-mail. Esta 
lista é aberta para todos os intérpretes interessados e pode ser acessada através 
da página dos intérpretes. 
g) No dia 24 de abril de 2OO2, foi homologada a lei federal que 
reconhece a língua brasileira de sinais como língua oficial das comunidades 
surdas brasileiras. Tal lei representa um passo fundamental no processo de 
reconhecimento e formação do profissional intérprete da língua de sinais no 
Brasil, bem como, a abertura de várias oportunidades no mercado de trabalho 
que são respaldadas pela questão legal. A seguir consta a transcrição desta lei: 
 
 
LEI N° 10436, DE 24 DE ABRIL DE 2OO2 
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
Art. 1° É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a 
Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela 
associados. 
 
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais -Libras a 
forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema 
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de 
pessoas surdas do Brasil 
o 
Art. 2 Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas 
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso 
e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação 
objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do 
Brasil. 
Art. 3° As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços 
públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento 
adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normaslegais em vigor. 
o 
Art. 4 O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de 
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus 
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como 
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme 
legislação vigente. 
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir 
a modalidade escrita da língua portuguesa. 
o 
Art. 5 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
o 
Brasília, 24 de abril de 2OO2; 181° da Independência e 114 'da República. 
 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Paulo Renato Souza 
 
Esta lei representa uma conquista inigualável em todo o processo dos 
movimentos sociais surdos e tem consequências extremamente favoráveis para 
o reconhecimento do profissional intérprete de língua de sinais no Brasil. Além 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
desta lei, vale destacar as seguintes leis que respaldam a atuação do intérprete 
de língua de sinais direta ou indiretamente: 
• Lei 1O.O98/OO (Lei da acessibilidade) 
• Lei 1O.172/O1 (Lei do Plano Nacional de Educação) 
• Resolução MEC/CNE: O2/2OO1 (Diretrizes Nacionais para a 
Educação Especial na Educação Básica) 
• Portaria 3284/2OO3 que substituiu a Portaria 1679/99 
(acessibilidade à Educação Superior) 
 
O resultado de uma pesquisa realizada sobre intérpretes na Europa conclui 
que à medida que os surdos ampliam suas atividades e participam nas atividades 
políticas e culturais da sociedade, o intérprete de língua de sinais é mais 
qualificado e reconhecido profissionalmente. 
 
 
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS2 
 
https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTTh4oVrkK95xAxYb_y3kXQD8
8t9Iu1gpEFgOdghLmk9BSxkpn 
 
 
2 Material completo em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
A língua brasileira de sinais é uma língua visual-espacial articulada através 
das mãos, das expressões faciais e do corpo. É uma língua natural usada pela 
comunidade surda brasileira. Estudos sobre essa língua foram iniciados no Brasil 
pela Gladis Knak Rehfeldt (A língua de sinais do Brasil, 1981). Há também artigos 
e pesquisas realizadas pela Lucinda Ferreira-Brito que foram publicadas em 
forma de um livro em 1995 (Por uma gramática das línguas de sinais). 
Depois desses trabalhos, as pesquisas começaram a explorar diferentes 
aspectos da estrutura da língua brasileira de sinais. Vale mencionar alguns 
exemplos, tais como Fernandez (199O), um trabalho de psicolinguística; 
Karnopp (1994) que estudou aspectos de aquisição de fonologia por crianças 
surdas de pais surdos; Felipe (1993) que propõe uma tipologia de verbos em 
língua brasileira de sinais; os meus trabalhos: Quadros (1995) que apresenta 
uma análise da distribuição dos pronomes na língua brasileira de sinais e as 
repercussões desse aspecto na aquisição da linguagem de crianças surdas de 
pais surdos (publicado parcialmente em forma de livro em 1997 - Educação de 
surdos: a aquisição da linguagem) e Quadros (1999) que apresenta a estrutura 
da língua brasileira de sinais. 
Tais pesquisas associadas às atividades dirigidas pela Federação Nacional 
de Educação e Integração do Surdo (FENEIS) foram responsáveis pelo 
reconhecimento da língua brasileira de sinais como uma língua de fato no Brasil. 
Como uma língua percebida pelos olhos, a língua brasileira de sinais apresenta 
algumas peculiaridades que são normalmente pouco conhecidas pelos 
profissionais. 
Perguntas sobre os níveis de análises, tais como, a fonologia, a semântica, 
a morfologia e a sintaxe são muitos comuns, uma vez que as línguas de sinais 
são expressas sem som e no espaço. Porém, as pesquisas de várias línguas de 
sinais, como a língua de sinais americana e a língua brasileira de sinais, 
mostraram que tais línguas são muito complexas e apresentam todos os níveis 
de análises da linguística tradicional. 
A diferença básica está no canal em que tais línguas expressam-se para 
estruturar a língua, um canal essencialmente visual. Stokoe et al. (1976), Bellugi 
e Klima (1979), Liddell (198O), Lillo-Martin (1986) são exemplos clássicos de 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
pesquisas da língua de sinais americana que trazem evidências da existência de 
todos os níveis de análise dessa língua. Karnopp (1994), Quadros (1995, 1999), 
Ferreira-Brito (1995) e Felipe (1993) são exemplos de pesquisas que evidenciam 
a complexidade da língua brasileira de sinais. 
Fonologia é compreendida como a parte da ciência linguística que analisa 
as unidades mínimas sem significado de uma língua e a sua organização interna. 
Quer dizer, em qualquer língua falada, a fonologia é organizada baseada em um 
número restringido de sons que podem ser combinados em sucessões para 
formar uma unidade maior, ou seja, a palavra. Nas línguas de sinais, as 
configurações de mãos juntamente com as localizações em que os sinais são 
produzidos, os movimentos e as direções são as unidades menores que formam 
as palavras. 
 
 
O INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE 
SINAIS 
 
http://www.ufjf.br/dircom/files/2010/04/libras.jpg 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
O que envolve o ato de Interpretar? 
 
Envolve um ato COGNITIVO-LINGÜÍSTICO, ou seja, é um processo em 
que o intérprete estará diante de pessoas que apresentam intenções 
comunicativas específicas e que utilizam línguas diferentes. O intérprete está 
completamente envolvido na interação comunicativa (social e cultural) com 
poder completo para influenciar o objeto e o produto da interpretação. Ele 
processa a informação dada na língua fonte e faz escolhas lexicais, estruturais, 
semânticas e pragmáticas na língua alvo que devem se aproximar o mais 
apropriadamente possível da informação dada na língua fonte. Assim sendo, o 
intérprete também precisa ter conhecimento técnico para que suas escolhas 
sejam apropriadas tecnicamente. Portanto, o ato de interpretar envolve 
processos altamente complexos. 
 
Quem é o intérprete de língua de sinais? 
 
É o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e 
que é qualificado para desempenhar a função de intérprete. No Brasil, o 
intérprete deve dominar a língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Ele 
também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de 
sinais americana e fazer a interpretação para a língua brasileira de sinais ou vice-
versa (por exemplo, conferências internacionais). Além do domínio das línguas 
envolvidas no processo de tradução e interpretação, o profissional precisa ter 
qualificação específica para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos 
processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. 
O profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua 
atuação (por exemplo, a área da educação). 
 
 
Qual o papel do intérprete? 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e 
viceversa observando os seguintes preceitos éticos: 
a) confiabilidade (sigilo profissional); 
b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com 
opiniões próprias); 
c) discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento 
durante a atuação); 
d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal 
são 
separados); 
e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérpretenão pode 
alterar a informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum 
assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito). 
 
O que acontece quando há carência de profissionais intérpretes? 
 
Quando há carência de intérpretes de língua de sinais, a interação entre 
surdos e pessoas que desconhecem a língua de sinais fica prejudicada. As 
implicações disso são, pelo menos, as seguintes: 
a) os surdos não participam de vários tipos de atividades (sociais, 
educacionais, culturais e políticas); 
b) os surdos não conseguem avançar em termos educacionais; 
c) os surdos ficam desmotivados a participarem de encontros, 
reuniões, etc. 
d) os surdos não têm acesso às discussões e informações veiculadas 
na 
língua falada sendo, portanto, excluído da interação social, cultural e política sem 
direito ao exercício de sua cidadania; 
e) os surdos não se fazem "ouvir"; 
f) os ouvintes que não dominam a língua de sinais não conseguem 
se 
comunicar com os surdos. 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
O que é possível fazer? 
a) investigação sobre todos os serviços de intérpretes existentes oficiais e 
extraoficiais; 
b) criação de leis sobre o direito ao serviço de intérprete reivindicando que 
a sociedade assuma a responsabilidade desses serviços; 
c) reconhecimento da profissão de intérprete; 
d) realização de pesquisas sobre interpretação e as condições de 
trabalho 
dos intérpretes; 
e) formação sistemática para os intérpretes; 
f) aumento de cursos de línguas de sinais; 
g) criação de programas para a formação de novos intérpretes; 
h) cursos que orientem aos surdos como e quando usarem os 
serviços do intérprete. 
 
ALGUNS MITOS SOBRE O 
PROFISSIONAL INTÉRPRETE 
 
http://imgs.concursoseempregos.opovo.com.br/app/noticia_132517821217/2013/01/07/2 
231/empregos-libras.jpg 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
Professores de surdos são intérpretes de língua de sinais 
 
Não é verdade que professores de surdos sejam necessariamente 
intérpretes de língua de sinais. Na verdade, os professores são professores e os 
intérpretes são intérpretes. Cada profissional desempenha sua função e 
papel que se diferenciam imensamente. O professor de surdos deve saber 
e utilizar muito bem a língua de sinais, mas isso não implica ser intérprete de 
língua de sinais. O professor tem o papel fundamental associado ao ensino e, 
portanto, completamente inserido no processo interativo social, cultural e 
linguístico. O intérprete, por outro lado, é o mediador entre pessoas que não 
dominam a mesma língua abstendo-se, na medida do possível, de interferir no 
processo comunicativo. 
 
As pessoas ouvintes que dominam a língua de sinais são intérpretes 
 
Não é verdade que dominar a língua de sinais seja suficiente para a pessoa 
exercer a profissão de intérprete de língua de sinais. O intérprete de língua de 
sinais é um profissional que deve ter qualificação específica para atuar como 
intérprete. Muitas pessoas que dominam a língua de sinais não querem e nem 
almejam atuar como intérpretes de língua de sinais. Também, há muitas pessoas 
que são fluentes na língua de sinais, mas não têm habilidade para serem 
intérpretes. 
 
Os filhos de pais surdos são intérpretes de língua de sinais 
 
Não é verdade que o fato de ser filho de pais surdos seja suficiente para 
garantir que o mesmo seja considerado intérprete de língua de sinais. 
Normalmente os filhos de pais surdos intermediam as relações entre os seus 
pais e as outras pessoas, mas desconhecem técnicas, estratégias e processos 
de tradução e interpretação, pois não possuem qualificação específica para isso. 
Os filhos fazem isso por serem filhos e não por serem intérpretes de língua de 
sinais. Alguns filhos de pais surdos se dedicam a profissão de intérprete e 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
possuem a vantagem de ser nativos em ambas as línguas. Isso, no entanto, não 
garante que sejam bons profissionais intérpretes. O que garante a alguém ser 
um bom profissional intérprete é, além do domínio das duas línguas envolvidas 
nas interações, o profissionalismo, ou seja, busca de qualificação permanente e 
observância do código de ética. Os filhos de pais surdos que atuam como 
intérprete têm a possibilidade de discutir sobre a sua atuação enquanto 
profissional intérprete na associação internacional de filhos de pais surdos 
(www.coda-international.org). 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA 
 
http://1.bp.blogspot.com/-Et- 
5TfedhkY/UXDLzUAvbdI/AAAAAAAACCY/hc4zkow6ZYM/s1600/interpretee.jpg 
 
O código de ética é um instrumento que orienta o profissional intérprete na 
sua atuação. A sua existência justifica-se a partir do tipo de relação que o 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
intérprete estabelece com as partes envolvidas na interação. O intérprete está 
para intermediar um processo interativo que envolve determinadas intenções 
conversacionais e discursivas. Nestas interações, o intérprete tem a 
responsabilidade pela veracidade e fidelidade das informações. Assim, ética 
deve estar na essência desse profissional. A seguir é descrito o código de ética 
que é parte integrante do Regimento Interno do Departamento Nacional de 
Intérpretes (FENEIS). 
 
Registro dos Intérpretes para Surdos - em 28-29 de janeiro de 1965, 
Washington, EUA) Tradução do original Interpreting for Deaf People, Stephen 
(ed.) USA por Ricardo Sander. Adaptação dos Representantes dos Estados 
Brasileiros - Aprovado por ocasião do II Encontro Nacional de Intérpretes - 
Rio de Janeiro/RJ/Brasil - 1992. 
 
CAPÍTULO 1 Princípios fundamentais 
 
o 
Artigo 1 . São deveres fundamentais do intérprete: 1°. O intérprete deve ser 
uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio 
emocional. Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair 
confidencias, as quais foram confiadas a ele; 
o 
2 . O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da 
interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja 
requerido pelo grupo a fazê-lo; 
o 
3 . O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, 
sempre transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele 
deve lembrar-se dos limites de sua função e não ir além de a responsabilidade; 
4°. O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e ser 
prudente em aceitar tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou 
profissionais, quando necessário, especialmente em palestras técnicas; 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
5°. O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem 
adereços, mantendo a dignidade da profissão e não chamando atenção indevida 
sobre si mesmo, durante o exercício da função. 
CAPITULO 2 Relações com o contratante do serviço 
6°. O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a 
providenciar serviços de interpretação, em situações onde fundos não são 
possíveis; 
7°. Acordos em níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com 
a tabela de cada estado, aprovada pela FENEIS. 
CAPITULO 3 Responsabilidade profissional 
8°. O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem 
decisões legais ou outras em seu favor; 
o 
9 . O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de 
Sinais bem como da Língua Portuguesa; 2O°. Em casos legais, o intérprete deve 
informar à autoridade qual o nível de comunicação da pessoa envolvida, 
informando quando a interpretação literal não é possível e o intérprete, então terá 
que parafrasearde modo claro o que está sendo dito à pessoa surda e o que ela 
está dizendo à autoridade; 
11º. O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a 
pureza das línguas envolvidas. Ele também deve estar pronto para aprender 
e aceitar novos sinais, se isso for necessário para o entendimento; 
12°. O intérprete deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de 
assistência ao surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades 
particulares. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
CAPITULO 4 Relações com os colegas 
 
http://www.hrf.se/sites/default/files/tsptolk.jpg 
13°. Reconhecendo a necessidade para o seu desenvolvimento 
profissional, o intérprete deve agrupar-se com colegas profissionais com o 
propósito de dividir novos conhecimentos de vida e desenvolver suas 
capacidades expressivas e receptivas em interpretação e tradução. 
Parágrafo único. O intérprete deve esclarecer o público no que diz 
respeito ao surdo sempre que possível, reconhecendo que muitos equívocos 
(má informação) têm surgido devido à falta de conhecimento do público sobre 
a área da surdez e a comunicação com o surdo. 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
O INTÉRPRETE EDUCACIONAL 
 
http://gerenciador.tjma.jus.br/app/webroot/files/publicacao/22608/m_20110504_em_sala_ 
de_aula__instrutora_interprete_e_servidores_comunicandose_pela_linguagem_brasileira_de_s 
inais.jpg 
 
O intérprete educacional é aquele que atua como profissional intérprete 
de língua de sinais na educação. É a área de interpretação mais requisitada 
atualmente. Na verdade, essa demanda também é observada em outros 
países: 
Nos Estados Unidos, em 1989, estimava-se que 22OO intérpretes de língua 
de sinais estivessem atuando nos níveis da educação elementar e no ensino 
secundário. (...). Atualmente, mais de um terço dos graduados nos cursos de 
formação de intérpretes são empregados em escolas públicas. Mais da metade 
dos intérpretes estão atuando na área da educação. (Stewart, D. et alli, 1998) 
Considerando a realidade brasileira na qual as escolas públicas e 
particulares têm surdos matriculados em diferentes níveis de escolarização, seria 
impossível atender às exigências legais que determinam o acesso e a 
permanência do aluno na escola observando-se suas especificidades sem a 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
presença de intérpretes de língua de sinais. Assim, faz-se necessário investir na 
especialização do intérprete de língua de sinais da área da educação. 
O intérprete especialista para atuar na área da educação deverá ter um 
perfil para intermediar as relações entre os professores e os alunos, bem como, 
entre os colegas surdos e os colegas ouvintes. No entanto, as competências e 
responsabilidades destes profissionais não são tão fáceis de serem 
determinadas. Há vários problemas de ordem ética que acabam surgindo em 
função do tipo de intermediação que acaba acontecendo em sala de aula. Muitas 
vezes, o papel do intérprete em sala de aula acaba sendo confundido com o 
papel do professor. 
Os alunos dirigem questões diretamente ao intérprete, comentam e travam 
discussões em relação aos tópicos abordados com o intérprete e não com o 
professor. O próprio professor delega ao intérprete a responsabilidade de 
assumir o ensino dos conteúdos desenvolvidos em aula ao intérprete. Muitas 
vezes, o professor consulta o intérprete a respeito do desenvolvimento do aluno 
surdo, como sendo ele a pessoa mais indicada a dar um parecer a respeito. 
O intérprete, por sua vez, se assumir todos os papéis delegados por parte 
dos professores e alunos, acaba sendo sobrecarregado e, também, acaba por 
confundir o seu papel dentro do processo educacional, um papel que está sendo 
constituído. Vale ressaltar que se o intérprete está atuando na educação infantil 
ou fundamental, mais difícil torna-se a sua tarefa. As crianças mais novas têm 
mais dificuldades em entender que aquele que está passando a informação é 
apenas um intérprete, é apenas aquele que está intermediando a relação entre 
o professor e ela. 
Diante destas dificuldades, algumas experiências têm levado à criação de 
um código de ética específico para intérpretes de língua de sinais que atuam na 
educação. Em alguns casos, ao intérprete de língua de sinais é permitido 
oferecer feedback do processo de ensino-aprendizagem ao professor, por 
exemplo. 
Se esta possibilidade existe, poder-se-ia prever que o intérprete assumiria 
a função de tutoria mediante a supervisão do professor, o que em outras 
circunstâncias de interpretação não seria permitido. No entanto, isso poderia 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
gerar muitos problemas.... Os intérpretes-tutores deveriam estar preparados 
para trabalharem com as diferentes áreas do ensino. Se a eles fossem atribuídas 
às responsabilidades com o ensino, eles deveriam ser professores, além de 
serem intérpretes. E se estiverem assumindo a função de professores, por que 
estariam sendo contratados como intérpretes? Considerando tais questões, 
poder-se-ia determinar que o intérprete assumirá somente a função de intérprete 
que em si já se basta e caso seja requerido um professor que domine língua de 
sinais que este seja contratado como tal. 
Conforme apresentado em http://www.deafmall.net/deaflinx/ edcoe.html 
(2OO2), nos Estados Unidos já houve tal discussão e foi determinado ser 
antiético exigir que o intérprete assuma funções que não sejam específicas da 
sua atuação enquanto intérpretes, tais como: 
 
• Tutorar os alunos (em qualquer circunstância) 
• Apresentar informações a respeito do desenvolvimento dos alunos 
• Acompanhar os alunos 
• Disciplinar os alunos 
• Realizar atividades gerais extraclasse 
 
Em http://www.deafmall.net/deaflinx/useterp2.html (2OO2), apresentamse 
alguns elementos sobre o intérprete de língua de sinais em sala de aula que 
devem ser considerados: 
• Em qualquer sala de aula, o professor é a figura que tem autoridade 
absoluta. 
• Considerando as questões éticas, os intérpretes devem manter-se 
neutros e garantirem o direito dos alunos de manter as informações 
confidenciais. 
• Os intérpretes têm o direito de serem auxiliados pelo professor 
através da revisão e preparação das aulas que garantem a qualidade da sua 
atuação durante as aulas. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
• As aulas devem prever intervalos que garantem ao intérprete 
descansar, pois isso garantirá uma melhor performance e evitará problemas 
de saúde para o intérprete. 
• Deve-se também considerar que o intérprete é apenas um dos 
elementos que garantirá a acessibilidade. Os alunos surdos participam das 
aulas visualmente e precisam de tempo para olhar para o intérprete, olhar para 
as anotações no quadro, olhar para os materiais que o professor estiver 
utilizando em aula. Também, deve ser resolvido como serão feitas as 
anotações referentes ao conteúdo, uma vez que o aluno surdo manterá sua 
atenção na aula e não disporá de tempo para realizá-las. Outro aspecto 
importante é a garantia da participação do aluno surdo no desenvolvimento 
da aula através de perguntas e respostas que exigem tempo dos colegas e 
professores para que a interação se dê. A questão da iluminação também 
deve sempre ser considerada, uma vez que sessões de vídeo e o uso de 
retroprojetor podem ser recursos utilizados em sala de aula. 
 
Ainda se podem levantar outros problemas que surgem em relação aos 
intérpretes em sala de aula. Por exemplo, o fato dos intérpretes interagirem com 
os professores pode levar a um problema ético, pois é natural travar comentários 
a respeito dos alunos durante os intervalos.O código de ética prevê que o 
intérprete seja discreto e mantenha sigilo, não faça comentários, não compartilhe 
informações que foram travadas durante sua atuação. Assim, o código de ética 
dessa especialidade deveria também prever que ao intérprete fosse permitido 
apenas fazer comentários específicos relacionados à linguagem da criança, à 
interpretação em si e ao processo de interpretação quando estes forem 
pertinentes para o processo de ensino-aprendizagem. 
Outro aspecto a ser considerado na atuação do intérprete em sala de aula 
é o nível educacional. O intérprete de língua de sinais poderá estar atuando na 
educação infantil, na educação fundamental, no ensino médio, no nível 
universitário e no nível de pós-graduação. Obviamente que em cada nível deve-
se considerar diferentes fatores. Nos níveis mais iniciais, o intérprete estará 
diante de crianças. Há uma série de implicações geradas a partir disso. Crianças 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
têm dificuldades em compreender a função do intérprete puramente como uma 
pessoa mediadora da relação entre o professor e o aluno. A criança surda tende 
a estabelecer o vínculo com quem lhe dirige o olhar. No caso, o intérprete é 
aquele que estabelece essa relação. Além disso, o intérprete deve ter afinidade 
para trabalhar com crianças. Por outro lado, o adolescente e o adulto lidam 
melhor com a presença do intérprete. Nos níveis posteriores, o intérprete passa 
a necessitar de conhecimentos cada vez mais específicos e mais aprofundados 
para poder realizar as interpretações compatíveis com o grau de exigência dos 
níveis cada vez mais adiantados da escolarização. 
De modo geral, aos intérpretes de língua de sinais da área da educação é 
recomendado redirecionar os questionamentos dos alunos ao professor, pois 
desta forma o intérprete caracteriza o seu papel na intermediação, mesmo 
quando este papel é alargado. Neste sentido, o professor também precisa 
passar pelo processo de aprendizagem de ter no grupo um contexto 
diferenciado com a presença de alunos surdos e de intérpretes de língua de 
sinais. A adequação da estrutura física da sala de aula, a disposição das 
pessoas em sala de aula, a adequação da forma de exposição por parte do 
professor são exemplos de aspectos a serem reconsiderados em sala de aula. 
 
 
http://www.blogbahiageral.com.br/site/wp- 
content/uploads/2012/03/Libras_int%C3%A9rprete-na-sala-de-aula-230x142.jpg 
 
Cabe apresentar uma outra questão, há vários professores que também 
são intérpretes de língua de sinais. O próprio MEC está procurando formar 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
professores enquanto intérpretes. Isso acontece, pois, alguns professores 
acabam assumindo a função de intérprete por terem um bom domínio da língua 
de sinais. Nesse caso, esse profissional tem duas profissões: a de professor e 
a de intérprete de língua de sinais. A proposta do MEC em formar intérpretes 
selecionando professores da rede regular de ensino objetiva abrir este campo 
de atuação dentro das escolas. Assim, o "professor-intérprete" deve ser o 
profissional cuja carreira é a do magistério e cuja atuação na rede de ensino 
pode efetivar-se com dupla função: 
1) Em um turno, exercer a função de docente, regente de uma turma 
seja em classe comum, em classe especial, em sala de recursos, ou em escola 
especial (nesse caso, não atua como intérprete). 
2) Em outro turno, exercer a função de intérprete em contexto de sala 
de aula, onde há outro professor regente. 
 
REGULAMENTO PARA ATUAÇÃO 
COMO TRADUTOR E INTÉRPRETE 
DE LÍNGUA DE SINAIS 
 
http://librasdiaria.files.wordpress.com/2014/07/educac3a7c3a3o-oferece-oficina-
paraintc3a9rpretes-de-libras.jpg 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
Publicada no Diário Oficial no dia 2-9-2O1O, a Lei 12.319, de 1-9-2O1O, 
que regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de 
Sinais - LÍBRAS. 
O novo profissional terá competência para realizar interpretação das duas 
línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e 
interpretação da Libras e da Língua Portuguesa. 
A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua 
Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de: cursos de educação 
profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou; cursos de extensão 
universitária; e cursos de formação continuada promovidos por instituições de 
ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação. 
De acordo com a lei, até o dia 22-12-2O15, a União, diretamente ou por 
intermédio de instituições credenciadas, promoverá, anualmente, exame 
nacional de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua 
Portuguesa. 
Veja a seguir a íntegra da Lei 12.319/2O1O: 
"LEI No- 12.319, DE 1o- DE SETEMBRO DE 2O1O 
Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de 
Sinais - LÍBRAS. 
O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
Art. 1o Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e 
Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LÍBRAS. 
Art. 2o O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação 
das 2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em 
tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa. 
Art. 3o (VETADO) 
Art. 4o A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua 
Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de: 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
I - cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os 
credenciou; 
II - cursos de extensão universitária; e 
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de 
ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação. 
Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser 
realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade 
surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituições 
referidas no inciso III. 
Art. 5o Até o dia 22 de dezembro de 2O15, a União, diretamente ou por 
intermédio de credenciadas, promoverá, anualmente, exame nacional de 
proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa. 
Parágrafo único. O exame de proficiência em Tradução e Interpretação de 
Libras - Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo 
conhecimento dessa função, constituída por docentes surdos, linguistas e 
tradutores e intérpretes de Libras de instituições de educação superior. 
Art. 6o São atribuições do tradutor e intérprete, no exercício de suas 
competências: 
I - efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e 
surdo-cegos, surdo-cegos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e 
vice-versa; 
II - interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as 
atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de 
ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar o acesso 
aos conteúdos curriculares; 
III - atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino 
e nos concursos públicos; 
IV - atuar no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim 
das instituições de ensino e repartições públicas; e 
V - prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos 
administrativos ou policiais. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
Art. 7o O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico, zelando 
pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa humana e à cultura 
do surdoe, em especial: I - pela honestidade e discrição, protegendo o direito de 
sigilo da informação recebida; II - pela atuação livre de preconceito de origem, 
raça, credo religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou gênero; 
III - pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber 
traduzir; 
IV - pelas postura e conduta adequadas aos ambientes que frequentar 
por causa do exercício profissional; 
V - pela solidariedade e consciência de que o direito de expressão é 
um direito social, independentemente da condição social e econômica daqueles 
que dele necessitem; 
VI - pelo conhecimento das especificidades da comunidade surda. 
Art. 8o (VETADO) 
Art. 9o (VETADO) 
Art. 1O. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 1º de setembro de 2O1O; 189o da Independência e 122o da 
República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
 
 
ARTIGO PARA REFLEXÃO 
 
MEDIADOR X INTERPRETE: A “Diferença” na Função e na Aprendizagem 
dos Alunos Surdos 
 
Elaine Cristina Gonçalves 
elainecrisg@bol.com.br 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
Resumo 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
Este trabalho apresenta uma análise das possíveis diferenças entre a função de 
mediador e de intérprete na aprendizagem de alunos, dos anos iniciais e finais 
do Ensino Fundamental. Através da legislação e documentos normativos do 
Estado Paraná, busca-se identificar a definição e a diferenciação entre a função 
estabelecida para o mediador (anos iniciais do Ensino Fundamental) e para o 
interprete (anos finais do Ensino Fundamental), para posteriormente analisar 
como ocorre a aprendizagem dos alunos surdos em ambos os níveis do ensino 
fundamental acompanhados por ambos. Além, da investigação normativa e legal 
em sites do Estado do Paraná, realizou-se entrevista com duas professoras, que 
exercem ou já exerceram ambas as funções (mediador e interprete) para assim, 
buscar analisar as possíveis diferenças de aprendizagem. Para tanto, 
primeiramente se apresentará um esboço da construção histórica da formação 
de professores no Brasil, para entender como se deu o processo de consolidação 
e aprimoramento desses profissionais em nosso país. Também discute-se, 
brevemente, a formação do educador para a Educação Especial, 
fundamentando-se nas ideias de Saviani (2OO9). Em seguida, apresenta-se 
uma discussão sobre a formação de mediador e de interprete, e sobre suas 
diferenças, fundamentando-se nas ideias de Goes (2OOO) e Lacerda (2OOO). 
Posteriormente, realiza-se uma análise dos dados coletados nas entrevistas e 
nos documentos normativos e legais, para compreender se há ou não diferenças 
na aprendizagem dos alunos surdos nos diferentes níveis do Ensino 
Fundamental por conta das distinções entre o papel de mediador e de interprete. 
As considerações apontadas como conclusivas, relatam o descaso ao 
atendimento do aluno surdo, por parte dos educadores dos diferentes níveis de 
ensino aqui analisados. Nos anos iniciais de Ensino Fundamental, assim 
chamado mediador, atua como um “professor ajudante”, que apoia não só na 
tradução da Língua de Sinais para o aluno surdo, como também, desempenha 
as funções de mediar à aprendizagem desse e dos outros alunos da turma, além 
de colaborar com ideias para o planejamento diário da professora regente. Já os 
intérpretes que atuam nos anos finais de Ensino Fundamental, somente atuam 
como tradutores da Língua de Sinais e reclamam da falta de compreensão por 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
parte dos professores regentes das diferentes disciplinas por não demonstrarem 
interesse em sanar determinadas dúvidas de seus alunos surdos. 
 
Palavras–chave: Educação, Formação de Professores, Educação de Surdos; 
Aprendizagem. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A busca para entender a diferença entre a função de mediador e de 
intérprete, pode remeter à compreensão sobre se há ou não uma discrepância 
na aprendizagem de alunos, nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental. 
Acredita-se que a aprendizagem do aluno se constitui da intervenção do 
educador. Essa intervenção, ou também, mediação, pode ajudar na elevação 
intelectual do mesmo, promovendo assim, uma elevação no nível de 
conhecimento e compreensão desse aluno, fazendo com que, algumas 
dificuldades sejam supridas. 
 Em se tratar de educação a aprendizagem plena dos alunos, é uma das maiores 
metas do educador, isso não é diferente com o aluno surdo, qual pode necessitar 
de maiores aparatos pedagógicos para que a aprendizagem ocorra, como a 
preparação e formação de seus educadores e até mesmo com a formação e 
função desempenhada pela pessoa que o acompanha na tradução da língua, 
entre outros pontos relevantes. 
 Para se fazer entender a função do professor, primeiramente se faz necessário 
uma retomada geral da formação do mesmo no Brasil, para em seguida discutir 
a sua necessidade de conhecimento para atuar com a Educação Especial, 
apontada como uma modalidade educacional, na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, nº 93949/96. Em seguida, entender a formação continuada 
e a função exercida pelo professor mediador e interprete e sua interferência na 
aprendizagem dos alunos. 
 Logo se faz uma análise perante os dados coletados nas entrevistas realizadas 
com as duas professoras do Município de Campo Largo, Paraná, para se 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
entender como se dá o processo de aprendizagem dos alunos surdos dos anos 
finais e iniciais do ensino fundamental, além de denotar a preocupação das 
mesmas com a aprendizagem desses alunos. 
Como metodologia de pesquisa, se utilizou como técnica de pesquisa a 
análise documental, retiradas do portal do Estado do Paraná, e entrevista com 
duas professoras que trabalham como mediadora e já trabalharam como 
interprete de alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental. 
Dessa forma, o que se pode constatar é que há uma diferença entre a 
função do mediador e do intérprete de Libras nos anos iniciais e finais do ensino 
fundamental no Município, assim como, nos anos iniciais de Ensino 
Fundamental, assim chamado mediador, atua como um “professor ajudante”, 
que apoia não só na tradução da Língua de Sinais para o aluno surdo, como 
também, desempenha as funções de mediar à aprendizagem desse e dos outros 
alunos da turma, além de colaborar com ideias para o planejamento diário da 
professora regente. Já os intérpretes que atuam nos anos finais de Ensino 
Fundamental, somente atuam como tradutores da Língua de Sinais e reclamam 
da falta de compreensão por parte dos professores regentes das diferentes 
disciplinas por não demonstrarem interesse em sanar determinadas dúvidas de 
seus alunos surdos. 
 
ASPECTOS FUNDAMENTAIS NA HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOCENTE NO 
BRASIL 
 
 A preocupação com a formação docente só vem a repercutir no Brasil, nas duas 
ultimas décadas, mesmo que sua discussão história anteceda-se com as ideias 
defendidas por Comenius (163O). 
 Segundo Saviani (2OO9) a preocupação mundial com a formação do professor, 
principalmente voltada para a instrução população, acontece com a Revolução 
Francesa, no século XIX, assim, a mobilização dos países, influência a corte 
Portuguesa a prover ensaios educacionais no Brasil. 
Entre os anos de 1827 a 189O, surgem as Escolas de Primeiras letras, 
tendo um método único que o professor deveria dominar. Mas, como não haviam 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
professores formados, em 1834, por meio da Promulgação do Ato Adicional, 
segundo Saviani “que coloca a instrução primária sob a responsabilidade das 
províncias (...) com a criação de Escolas Normais”. Ou seja, primeira aparição 
de uma instituição pública voltada para a formação doprofessor e que se 
estabeleceu sem modificações até o ano de 189O. Somente no ano 189O, 
algumas reformas educacionais na formação do educador foram instigadas no 
Estado de São Paulo, quais provocaram algumas melhorias no ensino, 
provocando uma adaptação em outros Estados 
Brasileiros. 
 Essas reformas, segundo Saviani 
 
foi marcada por dois vetores: enriquecimento dos 
conteúdos curriculares anteriores e ênfase nos exercícios 
práticos de ensino, cuja marca característica foram à 
criação da escola-modelo anexa à escola Normal – na 
verdade a principal inovação da reforma. (2OO9, p. 145) 
Muitos Estados enviaram professores para estagiar ou 
realizar “missões” em São Paulo para atuar nos cursos de 
formação. 
 A organização de institutos de educação, surgem em nosso pais por volta dos 
anos de 1932 a 1939, com a finalidade de se abrir 
 
uma nova fase com o advento dos institutos de educação, 
concebidos como espaços de cultivo da educação, 
encarada como objeto do ensino e também da pesquisa. 
(SAVIANI, 2OO9, p. 145). 
 
Com inspiração nas ideias pedagógicas da Escola Nova, aderindo-se no 
currículo a fundamentação teórica da mesma. 
 Entre os anos de 1939 a 1971, alguns institutos de educação, passa a se 
consolidar como Universidades, enriquecendo assim, os cursos de formação de 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
professores para o ensino secundário da época, mas, mantêm-se ainda alguns 
institutos de educação para a formação primária. 
 Com o golpe Militar e com a Lei nº 5692/71, a escola de normalista para a se 
chamar, formação para o Magistério, que Saviani explica com 
 
Pelo Parecer nº 349/72 (Brasil – MEC-CFE, 1972), 
aprovado em 6 de abril de 1972, a habilitação especial do 
magistério foi organizada em duas modalidades básicas: 
uma com a duração de três anos (2.2OO horas), que 
habilitariam a lecionar até 4ª Série; e outra com a duração 
de quatro anos (2.9OO horas), habilitando ao magistério 
até a 6ª Série do 1º Grau. (2OO9, p. 147) 
 
 Além dessa modificação, se ampliou os problemas com a formação por causa 
da mudança do currículo, para então suprir essas falhas, ofereceu-se em 1892, 
o Projeto de Formação e aperfeiçoamento do Magistério (Camas), alcançando 
pontos positivos, mas, destituído por falta de quórum. 
 Somente em 198O, foram novamente levantadas algumas possíveis 
modificações nos cursos de licenciatura em Pedagogia, que para Saviani (2OO9, 
p. 148): 
À luz desse princípio, a maioria das instituições tendeu a 
situar como atribuição dos cursos de Pedagogia a 
formação de professores para a Educação Infantil e para 
as séries iniciais do ensino de 1º Grau (Ensino 
Fundamental). 
 
 As alterações e preocupações expostas em relação à formação para a 
Educação infantil e anos iniciais do fundamental, são novamente ressaltadas na 
Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional, nº 9394/96, exigindo formação 
superior ate a próxima década, promovendo assim, a formação aligeirada de 
alguns professores, com algumas instituições de cursos superiores à distância. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 Para Saviani a formação dos docentes no Brasil, por mais modificações 
propostas nos decorres dos séculos, “não se encontrou até hoje, um 
encaminhamento satisfatório” (2OO9, p. 148). 
 Principalmente em se tratando de Educação Especial, a formação docente ainda 
continua em aberto, como afirma Saviani “não se pode dizer que a educação 
especial não tenha sido contemplada na legislação em vigor” (2OO9, p. 152), 
mas a questão aqui apontada é a formação desse educador. 
Pois para Saviani (2OO9) a resolução CNE/CP 1, de 2OO6, que definiu 
as diretrizes do curso de pedagogia, no artigo 5º, inciso X e artigo 8º, inciso III, 
trata rapidamente em dois momento de Educação Especial. 
 
Vê-se que, nos dois dispositivos, a referência a Educação 
Especial é claramente secundária. No primeiro caso, a 
menção não chega a ser modalidade de ensino, mas 
apenas a situa no rol das várias situações demonstrativas 
da consciência da diversidade; no segundo caso, limita-se 
a uma atividade complementar, de caráter opcional, para 
efeito de integração dos estudos. (SAVIANI, 2OO9, p. 
153). 
 
 Observando as ponderações de Saviani (2OO9) acredita-se que, a 
formação dos professores de ensino fundamental ainda é falha e que a 
educação especial é uma modalidade de ensino que precisa de um espaço 
específico para a preparação desses educadores. 
 Como integrantes do corpo docente de uma escola regular ou especial, o 
tradutor da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, também, segundo a Lei 
12O95/98, de 11 de março de 1998, estabelece que, o interprete deve possuir 
 
[...] domínio da Língua de Sinais; conhecimento das 
implicações da surdez no desenvolvimento do indivíduo 
surdo; conhecimento da comunidade surda e convivência 
com ela; ¨ formação acadêmica, em curso de interpretação, 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
reconhecido por órgão competente; ¨ filiação a órgão de 
fiscalização do exercício dessa profissão; ¨ noções de 
linguística, de técnica de interpretação, e bom nível de 
cultura; ¨profissional bilíngue;¨ reconhecido pelas 
associações e /ou órgãos responsáveis-, ¨ interprete e não 
explicador; ¨ habilitado na interpretação da Língua oral, da 
Língua de Sinais, da Língua escrita para Língua de Sinais 
e da Língua de Sinais para a Língua oral. Formação: 
preferencialmente 3º grau Requisitos para o exercício da 
função. (PARANÁ, 1998, p. 1). 
 
Assim, não só há uma preocupação com a formação do professor regente, 
mas, também com a do tradutor da língua. 
 
A Função de Mediador e de Intérprete e suas Contribuições para 
a Aprendizagem dos Alunos 
 
Para atuar em uma escola regular do Estado do Paraná, o interprete de 
Libras, tal como estabelece a Lei 12O95/98, precisa ter formação e estar 
devidamente habilitado. Mas, ao se referir à função exercida, essa legislação 
vigente no Estado do Paraná, apresenta uma divisão entre a função de interprete 
de Libras, para os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, assim como, 
para o Ensino Médio. 
Segundo os dados de apoio, cedidos pela Secretaria de Educação 
Especial do Estado no Paraná (2OO9), ao intérprete de Libras (Língua 
Portuguesa/TILS – Área da Surdez), caberia à função de: 
 
[...] oferecer suporte pedagógico à escolarização de alunos 
surdos matriculados na Educação Básica, da rede regular 
de ensino, por meio da mediação linguística entre alunos 
(s) surdo (s) e demais membros da comunidade escolar, de 
modo a assegurar o desenvolvimento da proposta de 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
educação bilíngue (Libras/Língua Portuguesa). (PARANÁ, 
2OO9, p. 13). 
 
 A proposta denota, mediar à tradução da Libras/Língua Portuguesa, cabendo 
ainda ao interprete exercer maiores funções explicativas da fala do professor, 
mas não interagir no processo de aprendizagem do aluno, apenas exercer sua 
função de mediador da língua e não da aprendizagem. 
 No que se refere à outra função, cabe, segundo a Secretaria de Educação 
Especial do Paraná, ao Professor de Apoio Permanente em Sala de Aula, “atuar 
em sala de aula como mediador e interlocutor no apoio à comunicação entre o 
aluno, o grupo social e o processo de ensino e aprendizagem. Esse serviço de 
apoio especializado é nos estabelecimentos do 
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos” (2OO9, p. 
13). 
 Observado as duas funções, pode-se perceber que quanto ao apoio 
permanente, há a preocupação com a aprendizagem do aluno e não somente 
com a interação social, como ocorre na função do tradutor/interprete. 
 Segundo Góes, “tendo em vista que o ensinar-aprendersomente se dá na 
dialogia, a qualidade da experiência escolar dos surdos depende das formas 
pelas quais a escola aborda a questão da linguagem e concebe a importância 
ou o lugar das duas línguas” (2OOO, p. 29). 
 Pode-se perceber que a presença de um interprete é extrema relevância, não 
só para a inserção e comunicação social do surdo, mas, também, para a 
aprendizagem e desenvolvimento cognitivo do mesmo. Essa forma de educação 
chama-se, Educação Bilíngue. Pois, acordo com Lacerda, 
 
o objetivo da Educação Bilíngue é que a criança surda 
possa ter um desenvolvimento cognitivo-linguístico 
equivalente ao verificado na criança ouvinte, e que possa 
desenvolver uma relação harmoniosa também com 
ouvintes, tendo acesso às duas línguas: a língua de sinais 
e a língua do grupo majoritário. (2OOO, p. 54) 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
 A inserção da criança surda no ensino regular exige das autoridades 
responsáveis à presença de um tradutor da língua para que o aprendizado 
significativo ocorra, proporcionando a esse aluno o direito a igualdade perante a 
sociedade. 
 Para Lacerda, 
 
Quando se opta pela inserção do aluno surdo na escola 
regular, esta precisa ser feita com muitos cuidados que 
visem garantir sua possibilidade de acesso aos 
conhecimentos que estão sendo trabalhados, além do 
respeito por sua condição linguística e por seu modo 
peculiar de funcionamento. (2OOO, p. 55). 
 
 Ao exposto acima, fica clara a necessidade de um apoio de um interprete da 
língua, pois sem ela, o aluno surdo se torna incomunicável e não consegue se 
apropriar dos conhecimentos necessários. Assim, pode-se dizer que, o tradutor 
da Língua é um dos aparatos principais para a inclusão do surdo no ensino 
regular. 
 
 
 
 
 
Análise da Pesquisa. 
 
A análise a seguir, busca investigar as possíveis diferenças existentes 
entre a função do mediador e do interprete na aprendizagem de alunos, dos anos 
iniciais e finais do Ensino Fundamental Município de Campo Largo, PR, por meio 
dos pontos discutidos pelo Documento de Apoio da Secretaria Municipal de 
Educação Especial do Estado do Paraná (2OO9), vigente também em Campo 
Largo e por Lacerda (2OOO). 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 A função do tradutor de Libras no Município de Campo Largo segue fielmente, 
como pode ser observado nas entrevistas realizadas com duas professoras que 
atuam e já atuaram no Município (aos iniciais do Fundamental) e pelo Estado 
(anos finais do Fundamental), ao proposto pela secretária do Estado, quanto aos 
serviços especializados. 
 Constatou-se também, que há a presença de alunos inclusos no ensino regular 
do Município, tanto nos anos inicias e finais do ensino Fundamental, 
possibilitando a pesquisa. 
 As duas professoras entrevistadas relataram que já atuaram tanto na função de 
Interprete nos anos finais do fundamental, como também, nos anos iniciais como 
professoras de apoio permanente. Correspondendo assim, a real possibilidade 
de existência das diferentes funções do tradutor da língua. 
 Pode-se extrair durante a entrevista com as professoras, que ambas 
demonstram maior interesse de trabalho com os alunos dos anos iniciais do 
ensino fundamental, pois de acordo com uma das entrevistadas 
 
Acredito que, quando se trabalha como mediadora em sala 
de aula, o aproveitamento da aprendizagem do aluno se 
torna muito mais significativo, pois, acompanho 
diariamente o desenvolvimento do mesmo, além de 
participar ativamente na elaboração do plano de aula da 
professora, tirando dúvidas da mesma e combinando 
atividades que envolvam mais o aluno surdo, quanto aos 
outros alunos da turma. (Relato da professora entrevistada, 
2O1O). 
 
Verifica-se que com o professor de apoio permanente e a relação direta 
do mesmo com o professor regente da turma, o aproveitamento da 
aprendizagem do aluno surdo se torna muito mais significativo. 
 Já em relação à aprendizagem do aluno surdo, dos anos finais do fundamental, 
as professoras relatam que, por mais que a tradução da língua seja feita 
diariamente em todas as aulas, o interprete (assim denominado pólas 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
entrevistadas) não consegue conversar e participar da elaboração do 
planejamento de todos os professores que trabalham na turma, além de, muitas 
vezes não terem a possibilidade nem mesmo de uma conversa informal com o 
professor sobre o aluno surdo e seu desenvolvimento. Uma das professoras 
entrevista relata ainda que 
 
muitos dos professores fingem que o aluno não está 
presente, pois acreditam que a responsabilidade sobre o 
aluno, deve ser exercida, por nos interpretes. Não se 
preocupam em tirar suas dúvidas, quando o aluno pergunta 
alguma coisa, o professor nos olha e pede para que nos 
responda a duvida do mesmo, sem ao menos perguntar se 
nós, interpretes, temos algumas dúvidas, pois nossa 
formação não está relacionada à disciplina ministrada por 
ele. (Relato da professora entrevistada, 2O1O). 
 
 
Assim, por mais que o interprete esteja presente diariamente na turma à 
função que lhe recai não está vinculada a sua formação inicial e continuada, 
mesmo que se tenha como exigência do Município e do Estado uma formação 
em nível superior, mas, vale lembrar que são diferentes disciplinas ministradas. 
Pois de acordo com Lacerda, “a interprete figura efetivamente como 
educador, atuando frente às dificuldades, dúvidas, questionamentos, ou 
distanciamento do aprendiz” (2OOO, p. 71), ou seja, o interprete atua como uma 
ancora para os alunos surdos, mas, se é produtivo ainda não se sabe. 
 
Considerações Finais 
 
O que se verificou foi uma possível distinção na função do interprete e do 
professor de apoio permanente (mediação) , pois como interprete nos anos finais 
do ensino fundamental o professor só faz a mediação da língua, sendo seu apoio 
pedagógico fazer a tradução e mediar a aprendizagem por meio da mesma. Já 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
nos anos inicias do ensino fundamental, o professor mediador ou de apoio 
permanente em sala, como o próprio nome já diz, permanece diariamente 
apoiando o professor da turma com a inclusão do surdo, realiza a tradução da 
língua, além de interagir na aprendizagem do mesmo. 
Sucintamente, pode-se verificar com a elaboração deste artigo uma 
preocupação com o aluno surdo incluso nos anos iniciais e finais do Ensino 
Fundamental, mas, precisa um aprimoramento dos professores regentes para o 
tratamento com a inclusão de alunos surdos no ensino regular. 
 Dessa forma, acredita-se que a formação do professor, mesmo em outros 
cursos de licenciatura, precisa conter em seu currículo a preocupação em formar 
o mesmo para conviver e atuar com alunos com necessidades educacionais 
especiais, inclusos na rede regular de ensino. 
 
REFERÊNCIAS 
 
GÓES, M. C. R; LACERDA, C. B. F. (Orgs.). Surdez: processos educativos e 
subjetividade. São Paulo: Lovise, 2OOO. 
 
PARANÁ, Governo do. Departamento de Educação Especial e Inclusão 
Educacional: Semana Pedagógica – O2 a O6 fevereiro de 2OO9. Disponível em: 
www.diadia.pr.gov.br/arquivo/file/deein_sem_ped_2OO9.pdf. Acesso em: 
O8/O5/2O1O. 
 
SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do 
problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, v. 
14, nº4O, jan/abr 2OO9. Disponível em: 
www.scielo.br/pdf/rbedu/v14n4O/v14n4Oa12.pdf Acesso em: 2O/O5/2O1O. 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ARANHA, M. S. F. Inclusão social e municipalização. In: MANZINI, E. J. 
Educação especial: temas atuais. Marília, SP: UNESP, 2OOO,p. O1-O9. 
BASTOS, M. H. A experiência de uma implementação de um curso de Libras 
para professores da escola pública. 2OO9. 128 f. Dissertação (Mestrado em 
Educação) – Centro Universitário Moura Lacerda. Ribeirão Preto, SP, 2OO9. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política 
nacional de educação especial. Brasília: SEESP, 1994. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Subsídios 
para organização e funcionamento de serviços de educação especial. Brasília: 
SEESP, 1995. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei Nº. 9.394 de 2O de dezembro 
de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_O3/Leis/L9394.htm>. Acesso em O2 fev. 
2O11. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei Nº. 1O.436 de 24 de abril de 
2OO2. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras 
providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2OO2/L1O436.htm>. Acesso em 1O jan. 
2O11. 
SMOLKA, A. L.; GÓES, M. C. R. (Org.). A Linguagem e o outro no espaço 
escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. Campinas, SP; Papirus, 
1993. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico). 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
GÓES, M. C. R. Com quem as crianças surdas dialogam em Sinais? In: 
LACERDA, C. B. F.; GÓES, M. C. R. (Orgs.) Surdez: Processos educativos e 
subjetividade. São Paulo: Lovise, 2OOO. p. 29-49. 
GÓES, M. C. R. Linguagem, surdez e educação. 3. ed. Campinas, SP: Autores 
Associados, 2OO2. 
GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio 
interacionista. São Paulo: Plexus, 1997. 
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer?São Paulo: 
Moderna, 2OO3. 
NORTHERN, J. L.; DOWNS, M. P. Audição em crianças. 3. ed. São Paulo: 
Manole: 1989. 
PERLIN. G. T. T.; STROBEL, K. Fundamentos da educação de surdos. 
Florianópolis: Editora UFSC, 2OO6. 
SÁ, N. R. L. Cultura, poder e educação de surdos. Manaus: Editora UFA, 2OO2. 
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: 
WVA, 1997. 
SKLIAR, C. Educação & exclusão: abordagens sócio antropológicas em 
educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1997. 
SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora 
Mediação, 1998. 
SKLIAR, C. A localização política da educação bilíngue para surdos. In: SKLIAR, 
C. (Org.). Atualidade da educação bilíngue para surdos. Porto Alegre: 
Mediação, 1999. p. O7-14. 
SKLIAR, C. Uma perspectiva sócio histórica sobre a psicologia e a educação dos 
surdos. In: SKLIAR, C. (Org). Educação & exclusão: abordagens sócio 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
antropológicas em educação especial. Porto Alegre: Mediação 2OO1. p. 
1O7154. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1- Sobre a história da evolução da Língua de Sinais Brasileira, podemos afirmar 
que no Brasil aconteceram os seguintes fatos: 
a) Em 1815, Thomas Gallaudet era intérprete de Laurent Clerc. 
b) Ao longo dos anos, pessoas intermediavam a comunicação para surdos 
(normalmente vizinhos, amigos, filhos, religiosos) como voluntários utilizando 
uma comunicação muito restrita. 
c) Em 1988, realizou-se o I Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais 
organizado pela FENEIS que propiciou, pela primeira vez, o intercâmbio entre 
alguns intérpretes do Brasil e a avaliação sobre a ética do profissional 
intérprete. 
d) Em 1972, o RID começou a selecionar intérpretes oferecendo um registro 
após avaliação. O RID apresenta, até os dias de hoje, as seguintes funções: 
selecionar os intérpretes, certificar os intérpretes qualificados; manter um 
registro; promover o código de ética; e oferecer informações sobre formação 
e aperfeiçoamento de intérpretes. 
 
 
2- A Lei que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais é a nº: a) 
10.436 de 24 de abril de 2002. 
b) 10.526 de 22 de abril de 2003. 
c) 10.435 de 25 de abril de 2000. 
d) Nenhuma das respostas. 
 
 
3- Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação 
e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visualmotora, com 
estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Essa 
frase é> 
a) Verdadeira. 
b) Falsa. 
 
 
4- A língua brasileira de sinais é uma língua visual-espacial articulada através 
das: 
a) Mãos. 
b) Das expressões faciais. 
c) Do corpo. 
d) Todas as respostas estão corretas. 
 
 
5- Sobre o Interprete podemos afirmar que: 
a) É o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que 
é qualificado para desempenhar a função de intérprete. 
b) No Brasil, o intérprete deve dominar a língua brasileira de sinais e língua 
portuguesa. Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o 
espanhol, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a língua 
brasileira de sinais ou vice-versa (por exemplo, conferências internacionais). 
c) Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e 
interpretação, o profissional precisa ter qualificação específica para atuar 
como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das 
estratégias e técnicas de tradução e interpretação. O profissional intérprete 
também deve ter formação específica na área de sua atuação (por exemplo, 
a área da educação). 
d) Todas as respostas estão corretas. 
 
 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
6- Quando há carência de intérpretes de língua de sinais, a interação entre 
surdos e pessoas que desconhecem a língua de sinais fica prejudicada. As 
implicações disso são, pelo menos, as seguintes, exceto: 
a) Os surdos não participam de vários tipos de atividades (sociais, educacionais, 
culturais e políticas). 
b) Os surdos não conseguem avançar em termos educacionais. 
c) Os surdos se sentem motivados e encorajados a participar. 
d) Os surdos não têm acesso às discussões e informações veiculadas na língua 
falada sendo, portanto, excluído da interação social, cultural e política sem 
direito ao exercício de sua cidadania. 
 
 
6- Cada profissional desempenha sua função e papel que se diferenciam 
imensamente. O professor de surdos deve saber e utilizar muito bem a língua 
de sinais, mas isso não implica ser intérprete de língua de sinais. O professor 
tem o papel fundamental associado ao ________ e, portanto, completamente 
inserido no processo interativo social, cultural e linguístico. O intérprete, por 
outro lado, é o mediador entre pessoas que não dominam a mesma língua 
abstendo-se, na medida do possível, de interferir no processo 
__________________. Complete a frase: 
a) Ensino, comunicativo. 
b) Comunicativo, de aprendizagem. 
c) Comunicativo, de ensino. 
d) Ensino, de expressão. 
 
 
7- É um instrumento que orienta o profissional intérprete na sua atuação. A sua 
existência justifica-se a partir do tipo de relação que o intérprete estabelece 
com as partes envolvidas na interação. O intérprete está para intermediar um 
processo interativo que envolve determinadas intenções conversacionais e 
discursivas. Nestas interações, o intérprete tem a responsabilidade pela 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
veracidade e fidelidade das informações. Estamos nos referindo a qual 
documento? 
a) Código deconduta. 
b) Código de ética. 
c) Código da Língua Brasileira de Sinais. 
d) Nenhuma das respostas está correta. 
 
 
 
8- São deveres fundamentais do intérprete, exceto: 
a) O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, 
confidente e de equilíbrio emocional. 
b) Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair confidencias, as 
quais foram confiadas a ele. 
c) O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da 
interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja 
requerido pelo grupo a fazê-lo. 
d) O intérprete não precisa interpretar fielmente o que as pessoas estão falando, 
este pode transmitir o seu pensamento. 
 
 
9- O intérprete educacional é aquele que atua como profissional intérprete de 
língua de sinais na educação. É a área de interpretação menos requisitada 
atualmente. Essa frase é: 
a) Verdadeira. 
b) Falsa. 
 
 
 
10- A regulamentação da profissão de Tradutor e Interprete da Língua Brasileira 
de Sinais – LÍBRAS, aconteceu no ano de: 
a) 2002. 
 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
b) 2004. 
c) 2008. 
d) 2010.

Mais conteúdos dessa disciplina