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Fichamento TOLEDO, SÉCULOS XVII-XVIII Mulçumanos, cristãos e judeus o saber e a tolerância

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Nome do Texto: TOLEDO, SÉCULOS XVII-XVIII Mulçumanos, cristãos e judeus: o saber e a tolerância 
Autores: Jean Pierre Dedieu; Julián Montemayor; Dolores de Paz Escribano e Julio Porres de Mateo
Ano:1992 
O livro é uma coletânea com capítulos de diferentes autores espanhóis e franceses que contribuem para o conhecimento histórico através de pesquisas abrangentes sobre diferentes aspectos da história da Espanha. O primeiro capítulo é escrito por Jean Pierre Dedieu, um renomado historiador francês especializado na Inquisição espanhola, que também atua como diretor da Maison des Pays Ibériques em Bordeaux. O segundo capítulo é escrito pelo professor francês Julián Montemayor, especializado em história moderna, civilizações, arqueologia e arte dos períodos antigo e medieval, com experiência na história espanhola. O terceiro capítulo é escrito por Dolores de Paz Escribano e Julio Porres de Mateo, ambos historiadores espanhóis. Dolores de Paz Escribano é autora, professora e historiadora, enquanto Julio Porres de Mateo é professor universitário e membro da Real Academia de Bellas Artes e Ciências Históricas de Toledo.
O texto narra a história da Espanha, com foco especial na cidade de Toledo, a partir do ano 711, quando os muçulmanos conquistaram a cidade após a derrota dos visigodos. Essa conquista marca o início do domínio muçulmano na península ibérica, que se consolidou por volta de 1050, principalmente na região sul, conhecida como Al-Andalus. Al-Andalus era uma sociedade florescente, caracterizada pela riqueza, densidade populacional e avanço cultural. A região foi estrategicamente fortificada para se proteger dos ataques cristãos vindos do norte da península. Além disso, Al-Andalus era conhecida por suas práticas agrícolas avançadas e pela sua sociedade urbana desenvolvida.
No entanto, no final do século X, Al-Andalus enfrentou problemas políticos e se fragmentou em cerca de 20 taifas, pequenos reinos. Essa fragmentação facilitou os avanços dos cristãos na região. O rei de Castela, Afonso VI, gradualmente conquistou áreas muçulmanas, começando por Toledo em 1085. Essa conquista marcou a retomada de Toledo por um rei cristão, levando à fuga de muitos muçulmanos da cidade após a dominação. A mudança na cidade foi evidente, com a mesquita convertida em catedral e várias igrejas sendo construídas. Esse processo de reconquista pelos cristãos foi impulsionado pela união entre a Igreja Católica e os líderes políticos, fortalecendo a posição do cristianismo na região.
Durante a Batalha de Las Navas de Tolosa, ocorrida em 1212, os reinos cristãos da Península Ibérica conseguiram uma vitória significativa sobre o Califado Almóada do Marrocos, enfraquecendo consideravelmente o poder muçulmano na região. Esse evento marcou um ponto de virada na Reconquista, impulsionando o avanço dos reinos cristãos. Fernando III, por exemplo, conquistou diversas regiões, unificando os reinos cristãos e facilitando a conquista de partes da Andaluzia. Essas vitórias foram marcos importantes no processo de recuperação dos territórios espanhóis ocupados pelos muçulmanos.
Como resultado dessas conquistas, muitos muçulmanos migraram para Granada, que se tornou a última área de domínio islâmico na península. No entanto, dois séculos depois, a Espanha cristã dominou Granada, forçando a população muçulmana a escolher entre a conversão ao cristianismo ou o exílio. Esse processo de reconquista teve um impacto significativo na arquitetura e cultura da Espanha, como pode ser visto em cidades como Toledo, que combinam elementos visigóticos, muçulmanos e cristãos em sua arquitetura.
Embora o texto ofereça uma visão geral dos eventos históricos da Espanha, com destaque para Toledo, seria interessante se os autores considerassem adotar diferentes perspectivas e nuances para uma análise mais abrangente, um exemplo seria adotar uma perspectiva que reconheça os danos causados aos muçulmanos pela fragmentação e opressão subsequente. Isso inclui reconhecer as diferentes interpretações históricas, a diversidade étnica e religiosa da região, bem como as interações complexas entre os diversos grupos ao longo do tempo. A reflexão sobre os impactos sociais e culturais desse período histórico complexo é importante para uma compreensão mais completa da história da Península Ibérica. Essa abordagem mais ampla nos ajudaria a compreender a riqueza e a complexidade da história espanhola.

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